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Engenharia de Trânsito - 2018

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Sobre o autor (a) 
Ana Carolina Lopes de Azevedo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A autora Msc. Ana Carolina Lopes de Azevedo possui graduação em 
Engenharia Civil pelo Centro Universitário Redentor (UNIREDENTOR) de Itaperuna 
(2014). Trabalhou na Secretaria de Obras de Itaperuna (2013 e 2014). Tem 
especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho também pelo Centro 
Universitário Redentor (UNIREDENTOR) de Itaperuna (2017), Mestre em Engenharia 
de Transportes pelo Instituto Militar de Engenharia - IME (2017). Produziu questões 
para a empresa Kroton Educacional, e atualmente é doutoranda do Curso de Pós-
graduação em Engenharia de Defesa pelo IME. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação 
 
 
Olá querido aluno (a), seja muito bem-vindo (a)! 
 
Nossa disciplina intitula-se Engenharia de Trânsito e dedica-se a estudar as 
questões relevantes ao trânsito, abordando as noções básicas e apresentando os 
diferentes modos de transportes. 
Nela estudaremos ainda as vias, suas diferentes classificações, suas 
nomenclaturas, além de um breve estudo de capacidade das mesmas. Abordaremos 
pontos importantes sobre legislação de trânsito, sinalização e seus subgrupos. 
Ainda nessa disciplina apontaremos os impactos caudados pelo trânsito, suas 
consequências e formas de combate, conheceremos também os projetos de 
engenharia importantes para o trânsito. 
Esperamos que além desses conteúdos, os assuntos como transporte urbano, 
semáforos, defeitos no pavimento, teoria dos fluxos de trânsito e acidentes tornem-se 
assuntos de interesse e que todos se aprofundem ainda mais para conhece-los. 
. 
. 
. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos 
 
 
A Engenharia de Trânsito não trata somente os problemas físicos, mas 
também o comportamento humano e suas relações com o ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este caderno de estudos tem como objetivos: 
 
 Capacitar o aluno através dos assuntos abordados a compreender 
melhor a engenharia de trânsito; 
 Apresentar ao aluno as características de cada tipo de sinalização; 
 Abordar temas de legislação; 
 Tratar questões de Meio ambiente relacionadas a Engenharia de 
trânsito; 
 Mostrar ao aluno quais as características de um projeto de 
Engenharia de Trânsito. 
 
 
 
Sumário 
 
 
AULA 1 - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE TRÂNSITO 
1 INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE TRÂNSITO ........................................................... 14 
1.1 Termos e conceitos importantes .................................................................... 15 
1.1.1 Componentes dos sistemas de transportes ........................................ 16 
1.2 Modais de Transporte ..................................................................................... 19 
1.2.1 Modal Rodoviário .................................................................................... 19 
1.2.2 Modal Ferroviário ..................................................................................... 21 
1.2.3 Modal Aquaviário ................................................................................... 23 
1.2.4 Modal Dutoviário ..................................................................................... 26 
1.2.5 Modal Aéreo ............................................................................................ 28 
 
AULA 2 - VIAS 
2 VIAS ........................................................................................................................... 38 
2.1 Rodovias........................................................................................................... 40 
2.1.1 Tipos de Rodovias .................................................................................... 40 
2.1.2 Nomenclatura das Rodovias ................................................................. 41 
 
AULA 3 - CAPACIDADE E NÍVEIS DE SERVIÇO 
3 CAPACIDADE E NÍVEIS DE SERVIÇO ........................................................................ 53 
3.1 Rodovias de duas faixas e dois sentidos ...................................................... 53 
3.1.1 Níveis de Serviço ...................................................................................... 54 
3.2 Determinação dos níveis de serviço ............................................................. 57 
3.2.1 Analise bidimensional ............................................................................. 57 
 
AULA 4 - SINALIZAÇÃO 
4 SINALIZAÇÃO ............................................................................................................ 72 
4.1 Sinalização Vertical ........................................................................................ 72 
4.1.1 Vertical de regulamentação ................................................................ 72 
4.1.2 Vertical de advertência ......................................................................... 78 
4.1.3 Vertical de indicação ............................................................................ 83 
 
AULA 5 - SINALIZAÇÃO: HORIZONTAL E SEMAFÓRICA 
 
 
5 SINALIZAÇÃO .......................................................................................................... 100 
5.1 Horizontal ....................................................................................................... 100 
5.2 Sinalização Semafórica ................................................................................ 104 
 
AULA 6 - SINALIZAÇÃO: TEMPORÁRIA E DISPOSITIVOS AUXILIARES 
6 SINALIZAÇÃO .......................................................................................................... 117 
6.1 Sinalização Temporária ................................................................................ 117 
6.2 Dispositivos auxiliares ................................................................................... 120 
 
AULA 7 - LEGISLAÇÃO 
7 LEGISLAÇÃO............................................................................................................ 129 
7.1 O trânsito e a legislação .............................................................................. 129 
7.2 Sistema Nacional de Trânsito ....................................................................... 129 
7.3 Veículos ......................................................................................................... 131 
7.4 Crimes de Trânsito ......................................................................................... 133 
7.5 Infrações e Penalidades ............................................................................... 133 
 
AULA 8 - POLUIÇÃO 
8 POLUIÇÃO CAUSADA PELO TRÂNSITO ................................................................... 143 
8.1 Sonora ............................................................................................................ 143 
8.2 Do ar ............................................................................................................... 145 
8.2.1 Efeitos da poluição do ar e sobre o ser humano ............................. 146 
8.3 Lixo na via ...................................................................................................... 149 
 
AULA 9 - ENGENHARIA DE TRÂNSITO 
9 TRÂNSITO E O PROJETO DE ENGENHARIA .............................................................. 158 
9.1 Pré-requisitos para elaboração de projeto viário ...................................... 158 
9.1.1 Estudo técnico .......................................................................................158 
9.1.2 Diretrizes viárias ...................................................................................... 159 
9.1.3 Concepção ........................................................................................... 159 
9.1.4 Anteprojeto ............................................................................................ 159 
9.1.5 Levantamento Topográfico Planialtimétrico e Cadastral .............. 160 
9.1.6 Projeto Viário .......................................................................................... 160 
9.2 Escopo básico do projeto executivo e seus complementares ................ 161 
 
 
9.2.1 Elementos diversos ................................................................................ 161 
9.2.2 Levantamento Topográfico Planialtimétrico e Cadastral .............. 162 
9.2.3 Projeto Geométrico .............................................................................. 162 
9.2.4 Projeto de sinalização .......................................................................... 163 
9.2.5 Quantitativos e orçamentos ................................................................ 164 
 
AULA 10 - TRANSPORTE URBANO 
10 TRANSPORTE URBANO ............................................................................................. 171 
10.1 Os modelos de transporte coletivo ............................................................ 171 
10.1.1 Ônibus ................................................................................................... 171 
10.1.2 Bonde .................................................................................................... 172 
10.1.3 Metrô ..................................................................................................... 173 
10.1.4 Trem ....................................................................................................... 174 
10.1.5 Balsa ...................................................................................................... 174 
10.2 Funcionamento do transporte coletivo ...................................................... 174 
10.2.1 Forma de cobrança ........................................................................... 174 
10.2.2 Sistema .................................................................................................. 175 
10.3 Impactos ....................................................................................................... 176 
10.3.1 Ambientais ........................................................................................... 176 
10.3.2 Uso do solo ........................................................................................... 176 
10.3.3 Econômico ........................................................................................... 177 
10.3.4 Transporte público ilegal .................................................................... 177 
10.4 Problemas sociais ........................................................................................ 178 
 
AULA 11 - NORMAS DE CIRCULAÇÃO 
11 NORMAS DE CIRCULAÇÃO .................................................................................... 184 
11.1 Dever do Condutor ...................................................................................... 184 
11.2 Preferência ................................................................................................... 184 
11.3 Prioridade de passagem ............................................................................. 186 
11.4 Mudança de direção e retorno .................................................................. 187 
11.5 Ultrapassagens ............................................................................................. 189 
11.5.1 Dever do condutor ............................................................................. 190 
11.5.2 Proibido ultrapassar ............................................................................. 190 
11.6 Estacionamento e Parada ........................................................................... 191 
 
 
11.7 Veículos com duas rodas............................................................................ 191 
11.8 Bicicletas....................................................................................................... 192 
 
AULA 12 - SEMÁFOROS 
12 SEMÁFOROS ............................................................................................................ 201 
12.1 Definições importantes ................................................................................ 201 
12.2 Entreverdes ................................................................................................... 203 
12.3 Tempo de amarelo (Ta)................................................................................ 204 
12.4 Tempo de vermelho geral (Tvg) ................................................................... 205 
12.5 Instalações semafóricas ............................................................................. 205 
12.5.1 Controladores semafóricos ................................................................ 205 
12.5.2 Tipos de instalações e materiais ....................................................... 205 
12.5.3 Posicionamento dos grupos focais ................................................... 207 
 
AULA 13 - CONTROLE SEMAFÓRICO 
13 CONTROLE SEMAFÓRICO ....................................................................................... 214 
13.1 Semáforos isolados ...................................................................................... 214 
13.2 Rede de semáforos ...................................................................................... 214 
13.3 Redes não centralizadas ............................................................................. 214 
13.4 Redes centralizadas .................................................................................... 215 
13.5 Modo de operação dos semáforos em tempos fixos .............................. 215 
13.6 Modo de operação dos semáforos atuados ............................................ 216 
13.7 Modo de operação em tempo real ........................................................... 216 
13.8 Sistema de detecção de veículos ............................................................. 217 
13.9 Central de controle semafórico ................................................................. 218 
 
AULA 14 - DEFEITOS NO PAVIMENTO 
14 DEFEITOS NO PAVIMENTO ASFÁLTICO ................................................................... 225 
14.1 Avaliações do pavimento flexível .............................................................. 229 
14.1.1 Avaliação Funcional ........................................................................... 230 
14.1.2 Avaliação Estrutural ............................................................................ 231 
 
AULA 15 -TEORIA DO FLUXO DE TRÁFEGO 
15 FLUXO DE TRÁFEGO ................................................................................................ 241 
 
 
15.1 Macroscópica .............................................................................................. 241 
15.2 Abordagem Microscópica ......................................................................... 242 
15.2.1 Modelo clássico de perseguição ..................................................... 242 
15.3 Abordagem Mesoscópica .......................................................................... 243 
 
AULA 16 - ACIDENTES: SEGURANÇA 
16 ACIDENTES: SEGURANÇA ....................................................................................... 250 
16.1 Consequências Econômicas ...................................................................... 250 
16.2 Consequências sociais............................................................................... 251 
16.3 Causas dos acidentes ................................................................................. 252 
16.4 Soluções ....................................................................................................... 253 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Iconografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução a Engenharia de Trânsito 
Aula 1 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Nesta aula faremos uma introdução sobre engenharia de trânsito, 
apresentando conceitos e curiosidades que os ajudarão ao decorrer da disciplina. 
Aqui o conteúdo será amplo mostrando os diferentes modais de transportes e 
apresentando cada um individualmente, para maior conhecimento de vocês alunos. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
 Conhecer os conceitos básicos da engenharia de trânsito; 
 Conhecer alguns componentes dos sistemas de transporte; 
 Entender sobre fluidez, comodidade e segurança; 
 Saber como funciona cada modal de transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
1 INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE TRÂNSITO 
A Engenharia de Trânsito não trata somente os problemas 
físicos, mas também o comportamento humano e suas relações 
com o ambiente. 
Ela tem como objetivo, garantir o deslocamento de veículos 
e pedestres de forma segura, com fluidez e comodidade. 
 
a) Segurança 
A engenharia de trânsito relaciona segurança e índice de acidentes, tendo 
como meta a redução da ocorrência dos mesmos. A segurança em um projeto 
de estrada por exemplo avalia a distância e tempo de frenagem em condições 
distintas de tráfego. 
O usuário pode ser analisado como um sistema de entrada e saída de 
informação, ou seja, ele recebe uma informação e reage a essa informação 
dentro de um tempo. Existe 4 palavras que descrevem esse sistema, são elas: 
percepção, identificação, decisão e ação. 
 
A Ilustração 1 mostra como exemplo uma relação entre velocidade e visão 
periférica, mostrando que quanto maior for a velocidade menor 
será o ângulo de visão do motorista, o que nos mostra uma maior 
probabilidade de acidentes como atropelamentos e batidas. 
Quando estamos em maior velocidade, pois, apesar de estamos 
atentos o ângulo de visão e o tempo de reação serão menores. 
Ilustração 1: Engenharia de Trânsito. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SILVA (2011) 
Velocidade 
(km/h) 
Visão 
Periférica 
(graus) 
40 100 
50 90 
75 60 
100 40 
 
15 
 
 
b) Fluidez 
Cabe a engenharia de trânsito procurar estratégias para 
reduzir a frequência de congestionamentos e lentidão 
excessiva, buscando sempre um deslocamento fluido. 
 
c) Comodidade 
Proporcionar condições de deslocamentos com conforto para bens e pessoas 
é uma função da engenharia de trânsito. 
Na Figura 1 é possível perceber que foi construído para que os três elementos 
fossem alcançados. 
Figura 1: Elementos do Trânsito. 
 
Fonte: ROCHESTER SUBWAY (2018) 
1.1 Termos e conceitos importantes 
Ao longo desta aula vamos aprender termos e conceitos importantes para o 
decorrer da disciplina. 
Muitos de nós costumamos confundir trânsito com tráfego. 
A primeira pergunta que devemos fazer é: Qual a diferença entre TRÂNSITO 
e TRÁFEGO? 
 
 
16 
 
 
Trânsito é atualmente descrito como o movimento de pessoas e veículos, enquanto 
tráfego é refere-se ao deslocamento de pessoas, mercadorias ou veículos, através 
de meios adequados, com origem e destino definidos. 
 
O DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) se utiliza dessa definição 
para diferenciar acidente de trânsito de acidente de tráfego. 
Para ele, acidente de trânsito são relacionados à segurança dos 
deslocamentos, já acidente de tráfego são perturbações nos fluxos que ocasionam 
consequências operacionais. 
Ao longo do nosso estudo sobre a engenharia de trânsito, nos deparamos com 
termos que muitas vezes não temos conhecimento, no decorrer deste item vamos 
fazer um breve lembrete que nos familiarizarão com o conteúdo. 
 Volume de tráfego – é o número de veículos que passam por um 
determinado ponto de uma via dentro de um tempo determinado. 
 Volume anual – é o volume de tráfego registrado em um ano. Utiliza-se esse 
dado para determinação de índice de acidentes por exemplo. 
 Volume médio diário (VMD) – é o volume de tráfego registrado em um dia. 
Utiliza-se esse dado para calcular a demanda de uma via por exemplo. 
 Hora de pico – é o intervalo de tempo em que um determinado ponto, uma 
via, apresenta no dia seu maior movimento. 
 Volume de pico – é o volume de tráfego registrado em uma hora na hora de 
pico. 
1.1.1 Componentes dos sistemas de transportes 
Morlok (1978) define sistemas de transportes como um 
conjunto de elementos que realizam ações para que o 
transporte aconteça. 
Dentre destes destacamos quatros elementos básicos, que são: o veículo, a 
via, os terminais e o plano de operação. 
 
 
 
 
17 
 
 
a) Veículos – meio utilizado para transporte de cargas e 
pessoas, Figura 2. Eles podem ser movidos por animais 
como as carroças por exemplo, porém, os animais não são 
considerados veículos mesmo quando usados para meio 
de transportes. 
Ex.: carro, caminhão, reboque, locomotiva, bicicleta, navio, barco, submarino, 
avião, balão, etc. 
Figura 2: Exemplos de veículos. 
 
Fonte: SIGASAT (2018) 
b) Vias – são consideradas as conexões que ligam pontos, ou seja, uma 
passagem de algum meio de transportes que possibilita sair de um determinado 
ponto e chegar em outro. Elas podem se fixas como no caso das ferrovias ou 
virtual indicativa, como com as vias de tráfego aéreo e marítimo, Figura 3. 
Ex.: estradas de ferro, ruas, avenidas, hidrovias, aerovias, oleoduto, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Figura 3: Exemplos de vias. 
 
Fonte: CINTRA et al. (2017) 
c) Terminais – são os pontos que dão a uma viagem início e fim, ou seja, 
estrutura determinada para embarque e desembarque de pessoas e cargas, 
Figura 4. 
Ex.: Terminais ferroviários, terminais de passageiros, centro de distribuição, 
etc. 
Figura 4: Exemplos de terminais. 
 
Fonte: Silvio TANAKA (200-); PORTOS E NAVIOS (200-) 
d) Plano de operação – é um conjunto de métodos realizados para que o 
sistema permaneça operando com a circulação adequada de bem, pessoas e 
veículos. 
19 
 
 
Ex.: Sistema de semáforo inteligente com operação em tempo real, garantia de 
fluxo seguro e contínuo, procedimentos necessários a operação e 
funcionamento dos sistemas de transportes, etc. 
1.2 Modais de Transporte 
Antes de falar dos modais de transporte é preciso primeiro definir o que é 
transporte. Transportar é a ação de movimentar algo ou alguma coisa, seja ela 
mercadorias, produtos, pessoas, animais, entre outros. 
Dessa forma a ação de transportar pode ser feita de diversos modos, ou seja, 
utilizando diferentes meios de transporte, que são chamados de modais. 
Esses modais são classificados em 5 tipos: rodoviário, ferroviário, aquaviário, 
dutoviário e aéreo. 
1.2.1 Modal Rodoviário 
É o modo de transporte mais usado no Brasil, e consiste no transporte realizado 
por rodovias, estradas, ruas, sendo elas pavimentadas ou não. Nele transitam 
automóveis, caminhões, ônibus, Figura 5. 
Figura 5: Transporte rodoviário. 
 
Fonte: MATÉRIA (2015) 
A CNT realizou um estudo na malha federal pavimentada e constatou que a 
situaçãoglobal das rodovias públicas federais passou de 18,7%, classificadas como 
20 
 
 
ótimo ou bom, no ano de 2004, para 42,7%, no ano de 2016. No entanto, mesmo com 
o aumento da qualidade, ainda temos 57,3% das rodovias em condições inadequadas 
ao tráfego. O que causa prejuízos como aumento do custo operacional do transporte, 
comprometimento da segurança e impactos ambientais negativos. 
A Figura 6 apresenta os percentuais de rodovias pavimentadas, não 
pavimentadas e planejadas no Brasil, em um estudo realizado por Eduardo Thomas 
em 2016. A Figura 7 mostra um comparativo entre 2015 e 2001 também apresentado 
pela CNT em seu anual rodoviário. 
Figura 6: Extensão da malha rodoviária no Brasil. 
 
Fonte: EDUARDO THOMAS (2016) 
 
21 
 
 
Figura 7: Comparativo entra a malha rodoviária no Brasil nos anos de 2001 e 2015. 
 
Fonte: CNT (2017) 
Esse modal apresenta algumas vantagens, como: facilidade de entrega 
(entrega em qualquer local), transportar cargas pequenas e fracionadas, velocidade e 
a facilidade de deslocamento (já que a malha rodoviária do país é bem grande). Porém 
ele apresenta desvantagens também, como: a necessidade de grandes investimentos 
na construção e manutenção, os custos elevados de manutenção de veículos, a carga 
tributária incidente, o alto índice de acidentes e riscos de roubos, etc. 
1.2.2 Modal Ferroviário 
É o modal onde o transporte é feito por vagões, puxados por uma locomotiva, 
movido sobre trilhos, ou seja, é o transporte feito por ferrovias, Figura 8. 
Figura 8: Transporte ferroviário. 
 
Fonte: E. C. COMEX (2018) 
Ele totaliza 29.706 quilômetros, mais concentrados nas regiões Sul, Sudeste e 
Nordeste, mas atendendo também parte do Centro-Oeste e Norte do país. Nos anos 
22 
 
 
2000, segundo a GEIPOT ele, o transporte ferroviário, correspondia a cerca de 
20,86% da matriz de transporte de carga no Brasil. 
Ele passou a ter um crescimento considerável a partir do momento em que 
começou a concessão das malhas federais para a iniciativa privada. Com essas 
concessões os serviços de manutenção e prestação de serviço passou a ser 
responsabilidade do setor privado, o que melhorou a eficiência e a segurança. 
O mapa da Figura 9 apresenta o Sistema Ferroviário Nacional e a Figura 10 
apresenta a extensão das linhas principais e ramais por Concessionária segundo o 
anuário ferroviário de 2017 da CNT. 
Figura 9: Mapa do Sistema Ferroviário Nacional. 
 
Fonte: ANTT (2000) 
 
 
 
 
 
23 
 
 
Figura 10: Extensão das linhas principais e ramais por Concessionária 
 
Fonte: CNT (2017) 
Como vantagens ele apresenta: capacidade de transportar grande quantidade 
de carga, é considerado seguro, causa pequeno impacto ambiental e baixo consumo 
de combustível. No entanto apresenta como desvantagens: baixa velocidade de 
transporte, pouca flexibilidade nas rotas, a necessidade de grandes investimentos na 
construção, alto custo de manutenção, necessidade de integração com outros modais 
como o rodoviário por exemplo. 
1.2.3 Modal Aquaviário 
Este modal é caracterizado pelo transporte pela água, podendo ser chamado 
também de hidroviário. 
O Gráfico 1 apresenta as porcentagens dos tipos de navios mais utilizados. 
 
 
 
24 
 
 
Gráfico 1: Tipos de navios 
 
Fonte: CNT (2017) 
 
Ele pode ser dividido em três tipos diferentes: 
Marítimo – é o transporte que ocorre nos oceanos e mares, eles utilizam navios 
que podem realizar o transporte de carga por cabotagem, transporte realizado 
entre portos de um mesmo país, ou longo curso, transporte realizado entre 
países. 
O transporte marítimo é um importante ponto de desenvolvimento do país, por 
possibilitar a importação e a exportação de produtos no território nacional. Ele 
é muito eficiente quando tratamos do transporte de grande quantidade de carga 
por longas distâncias. 
Segundo a CNT em 2016, aproximadamente 997 milhões de toneladas foram 
movimentadas em portos brasileiros, quantidade 1,1% menor que o ano de 
2015. O gráfico da Figura 11 apresenta a movimentação de cargas por natureza 
de carga entre os anos de 2010 – 2016. Ainda segundo a CNT 740,7 milhões 
de toneladas foram transportadas utilizando a navegação por longo curso e 
212,5 milhões usando a cabotagem, em 2016. 
 
 
 
18,57%
27,68%
29,28%
16,19%
3,80%
4,50%
Carga Geral solta
Contêiner
Granel Sólido
Granel Líquido
P.C.C./Ro-Ro
Passageiros
25 
 
 
Figura 11: Extensão das linhas principais e ramais por Concessionária 
 
Fonte: CNT (2017) 
 
Fluvial – é o transporte realizado nos rios, utilizando barcos. O Brasil possui 
cerca de 16 hidrovias e 20 portos fluviais, apresentando 48 mil quilômetros de 
rios navegáveis. No entanto apesar de apresentar uma grande quilometragem 
de rios navegáveis, uma grande parte deixa de ser navegável durante a época 
de seca. 
Na região norte é a região em que o transporte fluvial é mais realizado. As 
principais hidrovias no território nacional são: a do Tocantins-Araguaia, 
Solimões-Amazonas, São Francisco, Tietê-Paraná, etc. 
 
Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=bRT1PVcSb5g>. 
 
 
Lacustre – é quando o transporte é realizado em lagos ou lagoas. No brasil ele 
é pouco utilizado, no entanto podemos citar vias lacustres utilizadas no país: 
Lagoa dos Patos em Porto Alegre, que liga Rio Grande e Porto Alegre e a Lagoa 
Mirim que conecta Brasil ao Uruguai. 
 
Como vantagens podemos citar: baixo custo de transporte, transporta 
grandes cargas por grandes distâncias, facilidade de rotas, o que evita 
congestionamentos. Porém como desvantagem apresenta: longo tempo de 
viagens, dependência de terminais especializados e distância entre o local da 
produção. 
 
26 
 
 
Uma curiosidade é a utilização de eclusas para facilitar a passagem de barcos 
quando existe diferença de nível em rios. 
Eclusas são elevadores de navios e barcos para passagem de nível. 
Um exemplo famoso de eclusa é o Canal do Panamá, Figura 12. 
Figura 12: Eclusas no Canal do Panamá. 
 
Fonte: INFOESCOLA SERVIÇOS EM INFORMÁTICA LTDA (2018) 
1.2.4 Modal Dutoviário 
É o transporte que acontece por dutovias, ou seja, dutos, tubulações, Figura 
13. No Brasil ele surgiu na década de 50, mas pouco utilizado quando comparado com 
os outros modos de transportes, correspondendo a 4% do transporte Nacional. São 
exemplos de transporte dutoviário os oleodutos de São Sebastião/Paulínia e o de 
Angra dos Reis/Caxias, o mineroduto Paragominas/Barcarena e o gasoduto Brasil-
Bolívia (considerado o maior da América Latina). 
Nele são transportados gás, óleos, gases e produtos químicos. 
Os dutos podem ser classificados quanto ao local da construção: subterrâneos, 
aparentes, aéreos, submarinos. Mas também são classificados quanto a substância 
que transportam: gasodutos, oleodutos, minerodutos, carbodutos, polidutos. 
27 
 
 
Figura 13: Exemplos de dutos aparentes e aéreos. 
Fonte: METÁLICA (2018) 
Os dutos subterrâneos são dutos posicionados abaixo da terra, os aparentes, 
como o próprio nome já diz, são visíveis e geralmente vistos em estações de 
abastecimento, ao aéreos são dutos suspensos pois estão localizados em terrenos 
acidentados e os dutos submarinos são os que estão submersos no mar, geralmente 
transportam petróleo para as plataformas. 
Quanto a classificação pela substância transportada: o gasoduto transporta gás 
natural e dióxido de carbono, o oleoduto transporta derivados e não derivados do 
petróleo, o mineroduto transporta minério de ferro, diesel, cimento, querosene e sal-
gemas, carbodutos é responsável portransportar carvão mineral e o poliduto 
transporta produtos variados como cerveja, água, vinho, etc. 
 
Sal-gema é o nome dado ao cloreto de sódio (NaCl), 
acompanhado de cloreto de potássio e de cloreto de magnésio 
que ocorre em jazidas na superfície terrestre. 
 
Como todo modal, o dutoviário apresenta vantagens e 
desvantagem. Como vantagem podemos citar: a diminuição do trânsito de 
substâncias perigosas e o risco de desastres ecológicos, a segurança em transportar 
grande quantidade de material por longas distâncias, entre outras. 
Como desvantagens temos: é considerado lento, e possui pouca flexibilidade 
de destinos e produtos. 
 
 
 
 
28 
 
 
1.2.5 Modal Aéreo 
O transporte aéreo é aquele realizado pelo ar, aviões, helicópteros, dirigíveis, 
teleféricos, entre outros. 
Ele é considerado o mais seguro, quando comparados ao outros modais, tanto 
para o transporte de carga, quanto para o de pessoas. Teve sua utilização mais 
intensificada durante a Segunda Guerra Mundial e atualmente tem sido muito 
utilizado. 
No Brasil temos a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária 
como a empresa responsável pela infraestrutura e administração dos transportes 
aéreos no país. Ela é responsável por gerenciar 66 aeroportos, com sedes em São 
Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, etc. O gráfico da Figura 14 apresenta a quantidade de 
aeronaves registradas no Brasil por categoria. 
 
Figura 14: Quantidade de aeronaves registradas por categoria de 2001 - 2016 
 
Fonte: CNT (2017) 
O gráfico da Figura 15 apresenta a evolução da quantidade de passageiros 
transportados entre os anos de 2004 e 2015. 
 
 
 
 
29 
 
 
Figura 15: Quantidade de passageiros transportados de 2004 - 2015 
 
Fonte: CNT (2017) 
 
Como vantagem do transporte aéreo a mais fácil de lembrar é a de percorrer 
grandes distâncias em menor tempo, porém ele apresenta alto custo de manutenção, 
combustível e fretes, outra desvantagem é a dependência das condições climáticas. 
 
Exercícios: 
1. De acordo com o conteúdo estudado em nossa primeira 
aula marque a alternativa correta. 
(a) É objetivo da engenharia de trânsito a garantia de 
deslocamento se forma segura e rápida. 
(b) É objetivo da engenharia de trânsito garantir que o 
deslocamento de veículos e pedestres seja de maneira 
segura, com fluidez e comodidade. 
(c) Cavalos e mulas são veículos muito utilizados em regiões rurais. 
(d) Centro de distribuição não podem ser considerados terminais, pois não 
realizam embarque e desembarque de pessoas. 
 
Resposta: 
1 - A resposta correta é a letra “b”. 
A letra “a” está INCORRETA. Ela é bem parecida com a letra “b”, porém o 
objetivo da engenharia de trânsito não é somente garantir o deslocamento 
30 
 
 
seguro, mas também de forma fluida e com comodidade, a velocidade também 
não é o principal objetivo, pois muitas vezes seu aumento reduz a segurança. 
A letra “c” está INCORRETA. Cavalos e mulas (animais) não são considerados 
veículos, eles em alguns casos são a fonte de tração de charretes ou carroças 
por exemplo, porém as charretes e carroças que são consideradas veículos. 
A letra “d” está INCORRETA. Centro de distribuição são SIM considerados 
terminais, pois são pontos de saída e entrada de cargas, materiais, alimentos, 
ou seja, dão início e fim a uma viagem. 
 
2. O modo de transporte dutoviário é o transporte realizado por dutos, ou seja, 
tubulações, podendo ser classificado de acordo com o local que é construído e 
o tipo de material transportado. De acordo com a matéria e seus conhecimentos 
complementares relacione as colunas. 
(A) gasoduto 
(B) carbodutos 
(C) polidutos 
(D) minerodutos 
(I) Transporta vinho, cerveja, etc. 
(II) gás natural e dióxido de carbono. 
(III) Transporta minério de ferro, diesel, cimento, etc. 
(IV) Transporta carvão mineral. 
 
Marque a alternativa correta. 
(a) A-I, B-II, C-III, D-IV 
(b) A-IV, B-II, C-I, D-III 
(c) A-II, B-IV, C-I, D-III 
(d) A-III, B-I, C-IV, D-II 
 
Resposta: 
2 - A resposta correta é a letra “c”. 
A letra”a”, “b” “d” estão INCORRETAS. O gasoduto transporta gás natural e 
dióxido de carbono. O carboduto apesar de parecer não transporta dióxido de 
carbono e sim carvão mineral. 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
 
 
Nesta aula, abordamos: 
 
 Vimos a importância da fluidez, segurança e comodidade para o sistema 
de transporte. 
 Que trânsito é atualmente descrito como o movimento de pessoas e 
veículos, enquanto tráfego é refere-se ao deslocamento de pessoas, 
mercadorias ou veículos, através de meios adequados, com origem e 
destino definidos 
 O objetivo da engenharia de trânsito, conceitos como via, terminais, 
veículos, volume de tráfego, hora de pico, entre outros conceitos 
importantes. 
 Sobre os modais de transportes: rodoviário, ferroviário, aquaviário, 
dutoviário e aéreo. 
 Sobre eclusas, como exemplo mais famoso o Canal do Panamá, e sua 
importância para o transporte aquaviário. 
 Esperamos que tenham compreendido e se aprofundado mais sobre o 
assunto e que a aula 2 seja ainda mais prazerosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Complementar 
 
Transporte aquaviário 
<https://www.youtube.com/watch?v=sJ5q2Ar02TE>. 
<https://www.youtube.com/watch?v=qzIuRdMzvoA>. 
 
Transporte Dutoviário 
<https://www.youtube.com/watch?v=upuiYzWo0ss>. 
 
Complemento: 
Figura 16: Frota registrada por tipo de veículos entre 2001 - 2016. 
 
Fonte: CNT (2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
Básica: 
CATARINA. Lenise Grando Goldner. Centro Tecnológico Departamento de 
Engenharia Civil. Engenharia de Tráfego 1° Módulo. Universidade Federal de Santa 
Catarina. 
 
CELSO. Barra Bonita o fenômeno da eclusa. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=sJ5q2Ar02TE>. Acesso em: 12 abr. 2018. 
 
COLÉGIO ETEC. Transporte Dutoviario. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=upuiYzWo0ss>. Acesso em: 10 abr. 2018. 
 
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. Manual do 
Planeamento de Acessibilidades e Transportes: Engenharia de Tráfego: Conceitos 
Básicos. 2008. Américo Henrique Pires da Costa e Joaquim Miguel Gonçalves 
Macedo. Disponível em: 
<http://www.estgv.ipv.pt/PaginasPessoais/vasconcelos/Documentos/ManualdeAcess
ibilidades/ManuaisCCDRNmiolo_AF/01EngTrafego_AF.pdf>. Acesso em: 10 abr. 
2018. 
 
Confederação Nacional do Transporte. Audiência pública sobre concessão 
da ferrovia Norte-Sul abre nesta semana. Disponível em: 
<http://www.cnt.org.br/Imprensa/noticia/audiencia-publica-concessao-ferrovia-norte-
sul>. Acesso em: 10 abr. 2018. 
 
DIA, Engenharia em. Como funciona uma eclusa? Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=qzIuRdMzvoA>. Acesso em: 12 abr. 2018. 
 
E. C. COMEX. Transporte ferroviário. Disponível em: 
<http://eccomex.com/modal-ferroviario.html>. Acesso em: 12 abr. 2018. 
 
INFOESCOLA SERVIÇOS EM INFORMÁTICA LTDA. Eclusas no Canal do 
Panamá. Chris Jenner. Disponível em: < 
https://www.infoescola.com/engenharia/eclusa/>. Acesso em: 12 abr. 2018. 
 
MATÉRIA, Toda. Transporte Rodoviário. 2015. Disponível em: 
<https://www.todamateria.com.br/transporte-rodoviario>. Acesso em: 10 abr. 2018. 
 
METÁLICA, Portal. As dutovias como boa alternativa de transporte, apesar 
da predominância do modo rodoviário. Disponível em: 
<http://wwwo.metalica.com.br/as-dutovias-como-boa-alternativa-de-transporte>. 
Acesso em: 14 abr. 2018. 
 
PARANÁ. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Introdução a 
Engenhariade Tráfego. Disponível em: 
<http://www.dtt.ufpr.br/eng_trafego_optativa/arquivos/INTRODUCAO.pdf>. Acesso 
em: 10 abr. 2018. 
 
 
 
ROCHESTER SUBWAY. Rochester 2020 — Rail vs. Fast Buses? Disponível 
em: 
<http://www.rochestersubway.com/topics/2009/04/rochester_2020_rail_vs_fast_buse
s/>. Acesso em: 10 abr. 2018. 
 
SIGASAT (Goiânia). Exemplos de veículos. Disponível em: 
<http://www.sigasat.com.br/>. Acesso em: 02 abr. 2018. 
 
SILVA, Sonaly Beatriz Frazão. Engenharia de Trânsito. Pernambuco: Sonaly 
Beatriz Frazão Silva, 2011. 37 slides, color. 
 
TVNBR. Transporte fluvial da Amazônia movimenta mais de 13 milhões de 
passageiros por ano. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=bRT1PVcSb5g>. Acesso em: 10 abr. 2018. 
 
Pesquisa Aquaviária CNT 2006: Portos Marítimos: Longo Curso e 
Cabotagem. – Brasília: Confederação Nacional do Transporte, 2006. 
 
MATÉRIA, Toda. Transporte Lacustre. 2015. Disponível em: <https:// 
https://www.todamateria.com.br/transporte-lacustre/>. Acesso em: 07 maio. 2018. 
 
Confederação Nacional do Transporte. Transporte Rodoviário - 
Desempenho do Setor, Infraestrutura e Investimentos. Disponível em: 
<http://http://www.cnt.org.br/Estudo/transporte-rodoviario-desempenho>. Acesso em: 
07 maio. 2018. 
 
 THOMAS, Eduardo, Apenas 12,4% das rodovias no Brasil estão asfaltadas. 
2016. Disponível em: < http://www.eduardothomas.com.br/2016/01/apenas-124-das-
rodovias-no-brasil-estao-asfaltadas/> Acesso em 07 maio 2018. 
 
Confederação Nacional do Transporte. Anuário CNT 2017 reúne série 
histórica de dados do transporte. Disponível em: 
<http://www.cnt.org.br/Imprensa/noticia/anuario-cnt-2017-serie-historica-dados-
transporte >. Acesso em: 07 maio. 2018. 
 
Transporte Ferroviário Internacional de Cargas, Transporte Ferroviário. 
Disponível em: <http://appweb2.antt.gov.br/carga/ferroviario/ferroviario.asp>. Acesso 
em: 07 maio. 2018. 
 
MATÉRIA, Toda. Transporte Dutoviário. 2015. Disponível em: <https:// 
https://www.todamateria.com.br/ transporte-dutoviario/>. Acesso em: 07 Maio. 2018. 
 
 
 
AULA 1 
Exercícios 
 
1. VUNESP (2016) As distâncias básicas de visibilidade 
que devem ser consideradas no projeto de uma via são as 
distâncias de visibilidade de parada, as de tomada de 
decisão, as de ultrapassagem e aquelas a serem 
respeitadas nas interseções e são determinadas através 
da fórmula geral: 
 d = 0,278Vt + 0,039 (V2 /j) 
 
Onde: 
d = distância de visibilidade de parada (m) 
V = velocidade 
t = tempo de percepção e reação = 2,5 s 
j = taxa de desaceleração (m/s2 ) = 3,4 m/s2 
 
A velocidade a ser utilizada nos cálculos é a velocidade 
a) média. 
b) diretriz. 
c) instantânea. 
d) pontual. 
e) de operação. 
 
2. FGV (2013) Com relação aos parâmetros que influenciam o tempo de 
percepção e reação (TPR ou PIEV), analise as afirmativas a seguir: 
I. A acuidade visual máxima do ser humano está compreendida na faixa de 15° 
a 20°. 
II. Quanto mais iluminada a via, menor o TPR. 
III. A padronização da sinalização de trânsito diminui o TPR. 
 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta 
b) se somente a afirmativa II estiver correta 
c) se somente a afirmativa III estiver correta 
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas 
36 
 
 
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas 
 
3. (FGV (2013) Um veículo transita a uma velocidade de 36 km/h, quando seu 
condutor percebe que há um veículo parado à sua frente. Admitindo que o 
coeficiente de atrito entre os pneus do veículo e o pavimento é de 0,4 e que a 
aceleração da gravidade vale 10 m/s², a distância percorrida pelo veículo desde 
o momento em que o condutor aciona o pedal do freio, iniciando a 
desaceleração, até o instante em que o veículo para totalmente é de, 
aproximadamente 
a) 10,0 m. 
b) 12,5 m. 
c) 15,0 m. 
d) 17,5 m. 
e) 20,0 m. 
 
4. Dois importantes atributos competitivos intermodais são a acessibilidade e a 
disponibilidade. 
Com relação a esses atributos, o transporte rodoviário tem acessibilidade e 
disponibilidade, respectivamente, 
a) pontual e superficial. 
b) pontual e pontual. 
c) linear e linear. 
d) linear e pontual. 
e) linear e superficial. 
 
5. IOBV (21016) Considerando uma via com volume de circulação de 24 carros 
por minuto, com volume horário de 1220 carros, pede-se o seu fator de pico-
hora: 
a) 0,847. 
b) 0,956. 
c) 1,121. 
d) 1,180. 
 
 
 
 
Vias 
Aula 2 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Nesta aula estudaremos sobre vias, classificação, se é arterial, principal, 
secundária, etc., nomenclatura e posicionamento, se é radial, longitudinal, diagonal, 
aprendendo a identifica-las e saber de onde elas saem e para onde elas vão. Além de 
tudo isso, conheceremos conceitos importantes que nos ajudarão a entender ainda 
mais sobre vias. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
 Entender mais sobre vias; 
 Compreender as classificações; 
 Aprenda como as vias são nomeadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
2 VIAS 
A definição de vias foi apresentada na aula anterior, porém 
nessa aula, nos direcionaremos para o modal rodoviário. 
Nele as vias, usadas para trânsito de veículos, pessoas e 
carga, são classificadas pela velocidade e função, Figura 17. 
 
Figura 17: Tipos de vias. 
 
Fonte: WATANABE (2018) 
Observando a imagem acima nos ajuda a compreender 
melhor os tipos de via. 
O Código Brasileiro de Trânsito – CBT classifica as vias 
como vias urbanas e vias rurais. 
 
 
39 
 
 
a) A vias urbanas são: 
Arterial principal – também chamada de vias de trânsito 
rápido, é a via de acessos especiais e onde o trânsito é 
livre, sem interseções, sem acesso direto aos lotes 
fronteiriços e sem travessia de pedestres em nível. 
Arterial secundária – é a via que apresenta interseções em nível, geralmente 
regidas por semáforo, com acesso aos lotes fronteiriços e às vias secundárias 
e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. 
Coletoras – tem a função de coletar e distribuir o trânsito que entrar ou sai das 
vias de trânsito rápido ou arteriais, permitindo o trânsito dentro das regiões da 
cidade. 
Local – apresenta interseções em nível sem semáforos, destinadas apenas ao 
acesso local ou a áreas restritas. 
 
b) A vias rurais são: 
Rodovias – é uma via rural pavimentada, ou seja, é qualquer estrada pública 
asfaltada. 
Estradas – é uma via rural não pavimentada. 
Vicinais – é a estrada local que tem como função principal dar acesso a 
propriedades lindeiras ou caminho que liga povoações relativamente pequenas 
e próximas. 
 
A Tabela 1 apresenta a velocidade máxima referente a cada tipo de via. 
Tabela 1: Velocidade das vias. 
Vias urbanas Velocidade máxima 
De trânsito rápido 80 km/h 
Arterial 60 km/h 
Coletora 40 km/h 
Local 30 km/h 
Vias rurais Velocidade máxima 
Rodovias 
Automóveis – 110 km/h 
Ônibus – 90 km/h 
Estradas 60 km/h 
Fonte: MOVIMENTO CONVIVA. Bradesco Seguros (2018) 
 
40 
 
 
2.1 Rodovias 
2.1.1 Tipos de Rodovias 
As rodovias podem ser classificadas com relação à sua largura e circulação de 
veículos, podendo ser pista simples, pista dupla e pista múltipla. 
Pista simples – são as compartilhadas pelos veículos nos dois sentidos, 
conhecidas como mão dupla. Nelas os veículos devem trafegar sempre do lado 
direito da pista (no sentido que está seguindo), utilizando o outro lado apenaspara ultrapassagens (quando possível), Figura 18. 
Figura 18: Via de pista simples. 
 
Fonte: LUIZ (2018) 
Pista dupla – são que possuem duas faixas de rolamento para cada direção, 
com uma barreira física no centro dos dois sentidos. Essa barreira apesar de 
dificultar a realização de retornos irregulares, possibilita que o motorista atinja 
maiores velocidades, evitando a ocorrência de colisões frontais, Figura 19. 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
Figura 19: Via de pista dupla. 
 
Fonte: ESTRADAS (2018) 
Pistas múltiplas – são as que possuem três ou mais faixas de rolamento para 
um mesmo sentido, Figura 20. 
Figura 20: Via de pista dupla. 
 
Fonte: RIGHTSMITH (2018) 
2.1.2 Nomenclatura das Rodovias 
Por meio do nome das rodovias podemos saber se ela é 
federal ou estadual. As rodovias federais apresentam a sigla B 
R seguida de três algarismos e as rodovias estaduais são 
indicadas pela sigla referente a cada estado. 
Neste item vamos aprender a interpretar e classificar as 
rodovias pelo nome apresentado. 
42 
 
 
A Figura 21 apresenta o modelo indicando a função de cada letra e algarismo. 
Figura 21: Funções das letras e algarismos. 
 
Fonte: CENTOFANTE (2018) 
As rodovias federais e estaduais são classificadas quanto a: 
 
As Rodovias não apresentam quilometragem cumulativa, ou seja, zera sempre 
que entrar em um novo estado. 
 
a) Categoria 
Radial – são as que saem de Brasília em direção aos extremos do país, para 
ligá-la a capitais estaduais. Possui o “0” como o primeiro algarismo, Figura 22. 
Ex.: BR-040 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
Figura 22: Rodovias Radiais. 
 
Fonte: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (2018) 
Longitudinais – são as que se orientam no sentido NORTE – SUL. Possui o 
“1” como primeiro algarismo, Figura 23. Ex.: BR-101, BR-153. 
Figura 23: Rodovias Longitudinais. 
 
Fonte: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (2018) 
Transversais – são as que se orientam no sentido LESTE – OESTE. Possui o 
“2” como primeiro algarismo, Figura 24. Ex.: BR-230, BR-290. 
44 
 
 
Figura 24: Rodovias Radiais. 
 
Fonte: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (2018) 
Diagonal – são as que se orientam nas direções NORDESTE – SUDOESTE 
ou NOROESTE – SUDESTE. Possui o “3” como primeiro algarismo, Figura 25. 
Ex.: BR- 56, BR-319. 
Figura 25: Rodovias Diagonais. 
 
Fonte: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (2018) 
 
45 
 
 
Ligações – são as que ligam pontos importantes de duas ou mais rodovias, 
para encurtar o caminho. Possui o “4” como primeiro algarismo. Ex.: BR-401 
(Boa Vista/RR – Fronteira BRA/GUI), BR-470 (Navegantes/SC – 
Camaquã/RS). 
 
b) Posição 
Radiais – apresentam o 1º algarismo “0” e os dois 
seguintes são numerados de 05 a 95 no sentido horário. 
Longitudinais – apresentam o 1º algarismo “1” e os dois 
seguintes são numerados de 00 a 49 no sentido Leste de 
Brasília e 51 a 99 no sentido Oeste de Brasília; 
Transversal – apresentam o 1º algarismo “2” e os dois seguintes são 
numerados de 00 a 49 no sentido Norte de Brasília e 51 a 99 no sentido Sul de 
Brasília; 
Diagonais – apresentam o 1º algarismo “3” e os dois seguintes são numerados 
os pares de 00 a 48 (para cima) e de 52 a 98 (para baixo) no sentido Nordeste 
- Sudeste e os impares de 01 a 49 (para cima) e de 53 a 99 (para baixo) no 
sentido Noroeste - Sudoeste; 
Ligação – apresentam o 1º algarismo “4” e os dois seguintes são numerados 
de 01 a 99 a partir do Norte, ligando rodovias federais ou fronteiras 
internacionais. 
 
A Tabela 2 apresenta um resumo das categorias e posições das rodovias. 
Tabela 2: Numeração e sentido das rodovias. 
Algarismo Rodovia Numeração Sentido 
0 Radiais 05 a 95 Sentido horário 
1 Longitudinais 
00 a 49 Leste de Brasília 
51 a 99 Oeste de Brasília 
2 Transversais 
00 a 49 Norte de Brasília 
51 a 99 Sul de Brasília 
3 Diagonais 
Os pares de 00 a 48 (cima) 
e 52 a 98 (baixo) 
NO – SE 
Os ímpares de 01 a 49 
(cima) e 53 a 99 (baixo) 
NE - SO 
4 Ligação 01 a 99 Extremo norte. 
 
 
46 
 
 
Exercícios: 
1. Via são as conexões que ligam pontos, ou seja, uma 
passagem de algum meio de transportes que possibilita sair de 
um determinado ponto e chegar em outro. Sobre as vias do modo 
de transporte rodoviário marque a alternativa correta. 
a) As vias urbanas são classificadas em rodovias, estradas e vicinais. 
b) As vias coletoras são consideradas de trânsito rápido. 
c) As vias rurais são subdivididas em rodovias, estradas e vicinais. 
d) A via arterial secundária é exemplo de via rural que apresenta interseção em 
nível. 
 
Resposta: 
A resposta CORRETA é a letra “c” 
A letra “a” está INCORRETA. As vias urbanas são subdivididas em: arterial 
principal, arterial secundária, coletora e local. 
A letra “b” estra INCORRETA. As vias coletoras NÃO são de trânsito rápido e 
sim tema função de coletar e distribuir o trânsito que entra e sai das cias de 
trânsito rápido (arteriais). 
A letra “d” está INCORRETA. A via arterial secundária é um exemplo de via 
urbana. 
 
2. Relacione a nomenclatura das rodovias com primeiro dígito referente a cada 
uma delas e marque a alternativa correta. 
 
(A) Radial 
(B) 
Longitudinal 
(C) 
Transversal 
(D) Diagonal 
(E) Ligação 
(I) 2 
(II) 0 
(III) 3 
(IV) 1 
(V) 4 
 
a) A-I, B-II, C-III, D-IV, E-V 
b) A-IV, B-I, C-III, D-V, E-II 
47 
 
 
c) A-II, B-I, C-IV, D-III, E-V 
d) A-II, B-IV, C-I, D-III, E-V 
 
Resposta: 
A letra “e” está CORRETA 
As letras “a”, “b” e “c” estão INCORRETAS. O primeiro algarismo da rodovia 
radial é 0 (zero). 
Radial = 0; Longitudinal = 1; Transversal = 2; Diagonal = 3; Ligação = 4. 
 
3. Sobre rodovias marque a alternativa INCORRETA. 
a) O primeiro algarismo refere-se à categoria e os outros dois indicam a 
posição. 
b) Apresentam quilometragem cumulativa. 
c) A quilometragem zera quando muda de estado. 
d) A rodovias de radiais tem seu sentido horário. 
 
Resposta: 
A letra “b” está CERTA, ou seja, INCORRETA. As rodovias não apresentam 
quilometragem cumulativa, pois como a letra “c” afirma, a quilometragem zera 
quando muda o estado (quando entra em um novo estado). 
 
 
 
Resumo 
 
 
Nesta aula, abordamos: 
 
 Que o CBT classifica as vias como vias urbanas e vias rurais. 
 Que as rodovias podem ser classificadas com relação à sua largura e 
circulação de veículos, podendo ser pista simples, pista dupla e pista 
múltipla. 
 Que as rodovias podem ser classificadas quanto a categoria e posição 
e que sua nomenclatura é definida por esses dois critérios: longitudinal, 
transversal, diagonal, radial e ligação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Complementar 
 
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Referências Bibliográficas 
Básica: 
Manual de Implantação Básica de Rodovia, publicação IPR-742 do DNIT - 
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Ministério dos 
Transportes. 
 
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito - Volume IV - Sinalização 
Horizontal, Código de Trânsito Brasileiro - CONTRAN Resolução Nº 236, de 11 de 
maio de 2007. 
 
Projeto de Intesecções, publicação IPR-718 do DNIT- Departamento Nacional 
de Infraestrutura de Transportes do Ministério dos Transportes. 
 
Projeto Geométrico de Travessias Urbanas, publicação IPR-740 do DNIT - 
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Ministério dos 
Transportes. 
 
WATANABE, Roberto Massaru. O Raio da Curva. Disponível em: 
<http://www.ebanataw.com.br/trafegando/raiodacurva.htm>. Acesso em: 10 abr. 
2018. 
 
MOVIMENTO CONVIVA. Bradesco Seguros. Entendendo os limites de 
velocidade: movimento conviva. Disponível em: 
<http://movimentoconviva.com.br/entendendo-os-limites-de-velocidade/>. Acesso 
em: 10 abr. 2018. 
 
LUIZ, Reinaldo. O que é pista simples ou pista dupla. Disponível em: 
<https://reinaldoinstrutor.blogspot.com.br/2017/04/o-que-e-pista-simples-ou-pista-
dupla.html>. Acesso em: 10 abr. 2018. 
 
ESTRADAS, Portal da. Rodovia Raposo Tavares tem mais 110 km de pista 
dupla. Disponível em: <http://estradas.com.br/rodovia-raposo-tavares-tem-mais-110-
km-de-pista-dupla>. Acesso em: 08 abr. 2018. 
 
RIGHTSMITH, Framepool &. Autopista / Atlanta / Estados Unidos. 
Disponível em: <http://footage.framepool.com/es/shot/448383290-georgia-usa-de-
varios-carriles-sur-de-estados-unidos-autopista>. Acesso em: 08 abr. 2018. 
 
CENTOFANTE, Roberta. O que é um Projeto Geométrico Rodoviário. Santa 
Maria: Roberta Centofante, 2016. Color. 
 
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Plano Nacional de 
Viação. Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/rodovias/rodoviasfederais/>. Acesso 
em: 08 abr. 2018. 
 
Complementar: 
BONADIA, Jaqueline Silva. Tipos de Rodovias em Gestão de Transportes. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=WGsSTAZeZI8.>. Acesso em: 09 
abr. 2018.
 
 
AULA 2 
Exercícios 
 
1. FGV (2013) Uma importante variável no trânsito é a via e 
uma forma de classificá-la é quanto à sua disposição em 
relação aos polos urbanizados ou polos de interesse. 
Desse modo, as vias que se orientam na direção leste 
oeste são chamadas, de maneira geral, de vias: 
a) longitudinais. 
b) transversais. 
c) anulares. 
d) perimetrais. 
e) radiais. 
 
2. FUNCAB (2012) Nas vias de trânsito urbanas classificadas como arteriais, 
pelo CTB (Art. 60), a velocidade máxima permitida, quando não há sinalização 
regulamentadora, é de: 
a) 110 km/h 
b) 80 km/h 
c) 60 km/h 
d) 40 km/h 
e) 30 km/h 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capacidade e Níveis de serviço 
Aula 3 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Nesta aula estudaremos sobre capacidade e níveis de serviço, conceitos, 
classificações e características. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
 Entender sobre capacidade de vias; 
 Conhecer as classes das vias; 
 Conhecer sobre os níveis de serviços e suas diferenças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
3 CAPACIDADE E NÍVEIS DE SERVIÇO 
A análise da capacidade de uma via tem como quantificar o 
quanto ela pode acomodar de volume de tráfego, ou seja, o 
número máximo de veículos que podem passar por uma faixa da 
via durante um período determinado. 
Embora a capacidade seja um dado básico, não é possível 
entender completamente as condições de utilização da via, por se referir a apenas ao 
número de veículos que pode circular e ao intervalo de tempo dessa circulação. Sendo 
assim, outros fatores são utilizados, tais como: velocidade e tempo de percurso, 
facilidade de manobras, segurança, conforto, custos de operação etc. não são 
considerados na determinação da capacidade. 
Como forma de tentar melhor entender a utilização da via pelo usuário foram 
criados níveis de serviço. Esse conceito permite avaliar o grau de eficiência de serviço 
da via desde um baixo volume de trânsito até um volume máximo. 
Após essa breve introdução vamos entender alguns conceitos e definições que 
nos ajudarão ao longo dessa aula, segundo o DNIT. 
Volume de tráfego – é o número total de veículos que passam em um 
determinado ponto durante um intervalo de tempo. 
Velocidade média de operação – é a relação entre comprimento de um 
segmento de uma rodovia e o tempo médio que um veículo percorre esse 
trecho. 
Porcentagem em tempo pedido – é o tempo que os veículos trafegam em 
pelotão esperando para fazer uma ultrapassagem sobre os mais lentos. 
3.1 Rodovias de duas faixas e dois sentidos 
A capacidade de uma rodovia de simples com duas faixas, ou seja, uma faixa 
para cada sentido do tráfego, é de 1700 carros de passeio por hora (ucp/h), 
considerando cada sentido de tráfego, sem exceder o volume de 3200 (ucp/h) nos 
dois sentidos. Uma exceção acontece quando existe algum trecho com túneis e/ou 
pontes, que faz com que a capacidade nos dois sentidos seja 3400 ucp/h. 
 
Para analisar a capacidade essas rodovias são divididas em duas classes: 
54 
 
 
 Classe : fazem a ligação entre cidades e rodovias 
arteriais principais, rota diária de trabalho e ligação 
estadual e federal de grande importância. São rodovias 
onde os motoristas devem desenvolver uma 
relativamente elevada. Geralmente nessa classe, as vias, 
servem o tráfego de longa distância ou fazem conexão entre essas vias. 
 Classe : funcionam como acesso para rodovias de Classe  ou como 
rodovias para turismo e possui um terreno com topografia acidentada. São 
rodovias onde os motoristas não desenvolvem velocidades elevadas. 
Geralmente nessa classe, as vias, servem ao tráfego de viagens curtas, início 
e fim de viagens longas. 
Uma rodovia de duas faixas e dois sentidos de tráfego deve apresentar algumas 
condições que o DNIT considera ideais. 
 
 Ausência de fatores geométricos, de tráfego e ambientais que sejam 
restritivos; 
 Faixas de tráfego iguais ou maiores que 3,60 metros; 
 Acostamentos ou afastamentos laterais superiores ou iguais a 1,80 metros; 
 Ausência de áreas com ultrapassagem proibida; 
 Tráfego exclusivo de carros de passeio; 
 Terreno plano; 
 Distribuição de tráfego igual para os dois sentidos (50/50). 
3.1.1 Níveis de Serviço 
Os níveis de serviço para uma rodovia são definidos de acordo com as classes: 
Classe I e Classe II. 
Na classe I o nível, Figura 26, de serviço é definido rem relação a dois 
parâmetros: velocidade média de viagem e percentagem de tempo perdido. Já para 
rodovias de classe II, somente o tempo perdido é considerado. 
 
 
 
55 
 
 
Figura 26: Níveis de serviço. 
 
Fonte: DNIT (2006) 
 Nível de serviço A: Tanto na classe I quanto na classe II esse 
nível de serviço é considerado de alta qualidade. Nele os 
motoristas podem trafegar na velocidade que desejam, sem que a 
existência de redutores de velocidade, alcançando velocidades 
médias próximas a 90 km/h, não são atrasando mais que 35 % do 
tempo de viagem (classe I). Ocorre pouca ultrapassagem, pois filas com três 
ou mais carros ocorrem com raridade. Na classe II apesar da velocidade poder 
ser abaixo de 90 km/h os motoristas não são atrasados mais que 40 % do seu 
tempo de viagem. 
56 
 
 
 Nível de serviço B: Em rodovias de classe I os veículos alcançam 
velocidades de 80 km/h em terreno plano. Os motoristas estão em vilas em 
50 % do tempo da viagem. Nas rodovias de classe II a velocidade fica abaixo 
de 80 km/h, mas os motoristas não sofrem um atraso no tempo da viagem maior 
que 55 %. 
 Nível de serviço C: Apresenta maior quantidade de fluxo e por isso, torna-
se mais frequente e maiores filas de carros, aumentando a dificuldade de 
ultrapassagens. A velocidade média é maior que 70 km/h, porém devido aoengarrafamento causado por manobras de giro e veículos mais lentos a 
porcentagem de tempo na fila pode chegar a 65%. Na classe II a velocidade 
fica abaixo de 70 km/h e o tempo de fila chega a 70% do tempo da viagem. 
 Nível de serviço D: Apresenta fluxo instável com elevada demanda de 
ultrapassagem. Filas formadas com 5 e 10 veículos são comuns apesar da 
velocidade média ser 60 km/h nas rodovias de classe I. Cerca de 80% do tempo 
de viagem os veículos encontram-se em filas. Na classe II a velocidade fica 
abaixo de 60 km/h, e o tempo em fila chega a 85% do tempo de viagem. 
 Nível de serviço E: Em rodovias de classe I e classe II o tempo em filas 
chega a 80 % e 85 % respectivamente. As velocidades podem ser menores que 
60 km/h para condições ideais e 40 km/h para condições piores (subidas 
longas). 
 Nível de serviço F: Apresenta fluxo altamente congestionado, com 
demanda acima da capacidade. Os fluxos são menores que a capacidade e as 
velocidades muito variáveis. 
 
Para rodovias com trechos de extensão de pelo menos 3 km são usados os 
seguintes critérios para enquadramento dos níveis de serviço: velocidade de fluxo 
livre, fluxo de tráfego, velocidade média de viagem, percentagem de tempo gasto 
seguindo, nível de serviço e razão volume/capacidade, determinados por meio de 
equações matemáticas e tabelas disponíveis no Manual de Estudos de Tráfego do 
DNIT. 
 
 
 
57 
 
 
3.2 Determinação dos níveis de serviço 
O manual de capacidade (HCM, 2000) nos mostra um método de avaliar o nível 
de serviço destas vias, por meio da velocidade de fluxo livre, características físicas e 
composição do tráfego. 
Para rodovia de duas faixas, que é a que estamos estudando, a capacidade 
pode ser avaliada de duas formas: unidirecional, quando analisamos casa faixa 
separadamente, ou bidirecional. 
A análise unidirecional é usada quando o segmento apresenta aclives ou 
declives acentuados. 
3.2.1 Analise bidimensional 
Ao longo da nossa aula veremos o procedimento para avaliação do nível de 
serviço utilizando análise bidimensional. No final da nossa aula será disponibilizado 
um link com uma apostila da professora Vania Barcelos em que é apresentada a 
análise unidimensional. 
Para avaliarmos uma rodovia rural de duas faixas (dois sentidos) devemos 
seguir as seguintes etapas: 
1. Estimativa de velocidade de fluxo livre 
Pode ser determinada de três maneiras: 
a) Por uma pesquisa de campo, quando o fluxo bidimensional for menor que 
200 cp/h; 
b) Utilizando a Equação 1, para um volume, medido em campo, superior a 200 
cp/h; 
 
VFL = VM +
0,0125 TF
fhv
 Equação 1 
 
Onde: 
VFL é a estimativa da velocidade de fluxo livre (km/h); 
VM é a velocidade média no campo; 
TF é a taxa de fluxo (veículos/h); 
fhv é o fator de ajustamento para veículos pesados. 
 
58 
 
 
c) A partir de uma velocidade de fluxo livre básica (VFLB), ela deve representar 
as características de tráfego e de alinhamento da rodovia. (Equação 2) 
VFL = VFLB − fLS − fA Equação 2 
 
Onde: 
VFL é a estimativa de fluxo livre (km/h); 
VFLB é a velocidade de fluxo livre básica; 
fLS é o fato de ajustamento para largura e faixa de acostamento, Tabela 3; 
fA é o fator de ajustamento para pontos de acesso, Tabela 4. 
Tabela 3: Fator de ajuste para largura de acostamento. 
Largura da pista 
(m) 
Redução em FFS (km/h) 
Largura do acostamento (m) 
≥ 0,0 < 0,6 ≥ 0,6 < 1,2 ≥ 1,2 < 1,8 ≥ 1,8 
2,7 < 3,0 10,3 7,7 5,6 3,5 
≥ 3,0 < 3,3 8,5 5,9 3,8 1,7 
≥ 3,3 < 3,6 7,5 4,9 2,8 0,7 
≥ 3,6 6,8 4,2 2,1 0,0 
Fonte: CAMPOS (2018) 
Tabela 4: Fator de ajuste para ponto de acesso. 
Ponto de acesso por km Redução em FFS (km/h) 
0 0,0 
6 4,0 
12 8,0 
18 12,0 
≥ 24 16,0 
Fonte: CAMPOS (2018) 
2. Taxa de fluxo; 
Continuando nossa análise, para determinar o nível de serviço, devemos fazer 
um ajustamento do volume para alcançarmos a taxa de fluxo em carros de 
passeio, e para isso usaremos a Equação 3. 
Vcp =
V
fHV. fG. FHP
 Equação 3 
 
Onde: 
Vcp é a taxa de fluxo em carros de passeio para 15 minutos; 
V é o volume total na hora de pico (nos dois sentidos); 
FHP é o fator de hora de pico; 
59 
 
 
fHV é o fator de ajustamento para veículos pesados, Equação 4; 
fG é o fator de ajustamento para greide, Tabela 5. 
Tabela 5: Fator de ajuste de greide (fG) para determinação da VMV na análise bidirecional e 
unidirecional. 
Taxa de fluxo 
bidirecional (cp/h) 
Taxa de fluxo 
direcional (cp/h) 
Tipo de terreno 
Plano ondulado 
0 - 600 0 – 300 1,00 0,71 
> 600 – 1200 > 300 – 600 1,00 0,93 
> 1200 > 600 1,00 0,99 
Fonte: CAMPOS (2018) 
Obs.: Os valores de fG variam conforme o terreno (plano ou ondulado) o volume 
(taxa). 
fHV =
1
1 + PT(ET − 1) + P𝑅(ER − 1)
 Equação 4 
 
Onde: 
fHV é o fator de ajustamento para veículos pesados; 
PT é percentual de caminhões e ônibus; 
PR é o percentual de veículos de recreio; 
ET é o equivalente de carros de passeio para caminhões e ônibus, Tabela 6; 
ER é o equivalente em carros de passeio para veículos de recreio, Tabela 6. 
Tabela 6: Equivalente em automóveis para veículos pesados para determinação da VMV na 
análise bidirecional e unidirecional. 
Veículo tipo 
Taxa de fluxo 
bidirecional 
(cp/h) 
Taxa de fluxo 
direcional (cp/h) 
Tipo de terreno 
Plano Ondulado 
Trucks, ET 
0 - 600 0 – 300 1,7 2,5 
> 600 – 1200 > 300 – 600 1,2 1,9 
> 1200 > 600 1,1 1,5 
RVs, ER 
0 - 600 0 – 300 1,0 1,1 
> 600 – 1200 > 300 – 600 1,0 1,1 
> 1200 > 600 1,0 1,1 
Fonte: CAMPOS (2018) 
3. Velocidade média de viagem (VMV); 
Para determinar a velocidade média de viagem utilizamos a Equação 5. 
 
VMV = VFL − 0,0125Vcp − fnp Equação 5 
 
60 
 
 
Onde: 
VMV é a velocidade média de viagens para os dois lados (km/h); 
Vcp é a taxa de fluxo (veic/hora); 
fnp é o fator de ajustamento para o percentual de não ultrapassagem, Tabela 7. 
Tabela 7: Fator de ajuste (fnp) para % de faixas de não ultrapassagem na determinação da 
VMV na análise bidirecional. 
Taxa de fluxo de 
demanda bidirecional 
Redução da velocidade média de deslocamento(km/h) 
Zona de não ultrapassagem (%) 
0 20 40 60 80 100 
0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 
200 0.0 1.0 2.3 3.8 4.2 5.6 
400 0.0 2.7 4.3 5.7 6.3 7.3 
600 0.0 2.5 3.8 4.9 5.5 6.2 
800 0.0 2.2 3.1 3.9 4.3 4.9 
1000 0.0 1.8 2.5 3.2 3.6 4.2 
1200 0.0 1.3 2.0 2.6 3.0 3.4 
1400 0.0 0.9 1.4 1.9 2.3 2.7 
1600 0.0 0.9 1.3 1.7 2.1 2.4 
1800 0.0 0.8 1.7 1.6 1.8 2.1 
2000 0.0 0.8 1.0 1.4 1.6 1.8 
2200 0.0 0.8 1.0 1.4 1.5 1.7 
2400 0.0 0.8 1.0 1.3 1.5 1.7 
2600 0.0 0.8 1.0 1.3 1.4 1.6 
2800 0.0 0.8 1.0 1.2 1.3 1.4 
3000 0.0 0.8 0.9 1.1 1.1 1.3 
3200 0.0 0.8 0.9 1.0 1.0 1.1 
Fonte: CAMPOS (2018) 
4. Percentagem de tempo perdido (PTP); 
Essa percentagem é determinada pela taxa de fluxo, da distribuição direcional 
de tráfego e da percentagem de zona de não ultrapassagem, Equação 6. 
PTP = PBTP + fd/np Equação 6 
 
Onde: 
PBTP é o percentual de tempo perdido para as duas direções (Equação 7); 
fd/np é o fator de ajustamento para efeito combinado de distribuição direcional e 
percentual de tempo perdido, 
Tabela 8. 
PBTP = 100(1 − e0.000879Vcp) Equação 7 
61 
 
 
 
Tabela 8: Fator de ajuste (fd/np) combinando o efeito de distribuição direcional e 
percentagem de faixas de não ultrapassagem no cálculo de PMP na análise bidirecional. 
Taxa de fluxo bidirecional, Vp 
(cp/h) 
Aumento em % de tempo gasto 
Zona de não ultrapassagem (%) 
0 20 40 60 80 100 
Divisão direcional = 50/50 
≤ 200 0.0 10.1 17.2 20.2 21.0 21.8 
400 0.0 12.4 19.0 22.7 23.8 24.8600 0.0 11.2 16.0 18.7 19.7 20.5 
800 0.0 9.0 12.3 14.1 14.5 15.4 
1400 0.0 3.6 5.5 6.7 7.3 7.9 
2000 0.0 1.8 2.9 3.7 4.1 4.4 
2600 0.0 1.1 1.6 2.0 2.3 2.4 
3200 0.0 0.7 0.9 1.1 1.2 1.4 
Divisão direcional = 60/40 
≤ 200 1.6 11.8 17.2 22.5 23.1 23.7 
400 0.5 11.7 16.2 20.7 21.5 22.2 
600 0.0 11.5 15.2 18.9 19.8 20.7 
800 0.0 7.6 10.3 13.0 13.7 14.4 
1400 0.0 3.7 5.4 7.1 7,6 8.1 
2000 0.0 2.3 3.4 3.6 4.0 4.3 
≥ 2600 0.0 0.9 1.4 1.9 2.1 2.2 
Divisão direcional = 70/30 
≤ 200 2.8 13.4 19.1 24.8 25.2 25.5 
400 1.1 12.5 17.3 22.0 22.6 23.2 
600 0.0 11.6 15.4 29.1 20.0 20.9 
800 0.0 7.7 10.5 13.3 14.0 14.6 
1400 0.0 3.8 5.6 7.4 7.9 8.3 
≥ 2000 0.0 1.4 4.9 3.5 3.9 4.2 
Divisão direcional = 80/20 
≤ 200 5.1 17.5 24.3 31.0 31.3 31.6 
400 2.5 15.8 21.5 27.1 27.6 28.0 
600 0.0 14.0 18.6 23.2 23.9 24.5 
800 0.0 9.3 12.7 16.0 16.5 17.0 
1400 0.0 4.6 6.7 8.7 9.1 9.5 
≥ 2000 0.0 2.4 3.4 4.5 4.7 4.9 
Divisão direcional = 90/10 
≤ 200 5.6 21.6 29.4 37.2 37.4 37.6 
400 2.4 19.0 25.6 32.2 32.5 32.8 
600 0.0 16.3 21.8 27.2 27.6 28.0 
800 0.0 10.9 14.8 18.6 19.0 19.4 
≥ 1400 0.0 5.5 7.8 10.0 10.4 10.7 
Fonte: CAMPOS (2018) 
5. Definição do nível de serviço. 
Por fim chegamos a determinação do nível de serviço. Para isso é preciso 
comparar a taxa de fluxo com os 3200 cp/h. Se Vcp é maior do que a 
62 
 
 
capacidade, então, a rodovia já está saturada (nível F). Isso também acontece 
se uma das faixas estiver com demanda de fluxo maior que 1700 cp/h. 
Se analisarmos uma rodovia de classe I que apresenta uma demanda menor 
que a capacidade, o nível de serviço é determinado por meio da localização de 
um ponto dentro do gráfico da Figura 27. 
Mas se analisarmos uma rodovia de classe II e a demanda for menor que a 
capacidade, o nível de serviço será determinado pela comparação da 
percentagem de tempo perdido dada na Tabela 9. 
Figura 27: Nível de serviço para rodovias de classe I. 
 
Fonte: CAMPOS (2018) 
Tabela 9: Nível de serviço para rodovias classe II. 
 
Fonte: CAMPOS (2018) 
 
63 
 
 
Exercícios: 
1. A análise da capacidade de uma via nos permite saber o 
número máximo de veículos que podem passar por uma faixa 
desta via durante um período determinado. 
Com base no conteúdo estudado é correto afirmar. 
a) Volume de tráfego é o número total de veículos que passa em uma via 
durante um ano. 
b) Velocidade média de operação é a relação entre o comprimento da via e o 
tempo médio que um veículo demora para percorre-lo. 
c) Hora de pico é o volume de tráfego registrado em uma hora. 
d) Volume de pico é o menor número de veículos que passa em um período de 
tempo. 
 
Resposta: 
A letra “b” é a CORRETA. 
A letra “a” está INCORRETA, pois apresenta a definição de volume anual. 
A letra “c” está INCORRETA, pois hora de pico é o intervalo de tempo em que 
em ponto da via registra o maior volume de veículos. 
A letra “d” está INCORRETA, pois volume de pico é o volume de tráfego 
registrado em uma hora na hora de pico. 
 
2. Sobre as rodovias de pista simples marque a alternativa correta. 
a) São divididas em duas classes para classificar a capacidade. 
b) As faixas são iguais ou menores que 3,6 metros. 
c) As classes II e III dão acesso para as rodovias da classe I. 
d) A classe I são conhecidas por não permitir ao motorista uma velocidade 
elevada. 
 
Resposta: 
A letra “a” está CORRETA. 
A letra “b” está INCORRETA, pois as faixas de tráfego têm largura igual ou 
maiores que 3,6 metros. 
A letra “c” está INCORRETA, pois as rodovias de pista simples são 
classificadas em classe I e II. 
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A letra “d” está INCORRETA, pois as rodovias de classe I permitem que o 
motorista desenvolva uma velocidade relativamente elevada. 
 
3. Os níveis de serviço para uma rodovia são definidos de acordo com as 
classes. Sobre níveis de serviço marque a alternativa INCORRETA. 
a) O nível de serviço A é considerado de qualidade tanto para a classe I quanto 
para a classe II. 
b) No nível de serviço B os motoristas estão em filas 50% do tempo da viagem. 
c) O nível de serviço D os veículos apresentam velocidade média de 60 km/h. 
d) Os níveis de serviço são aplicados para um pico de 25 minutos. 
 
Resposta: 
3 - A letra “d” está CORRETA, pois os níveis de serviço são aplicados para um 
pico de 15 minutos para segmentos de extensão significativa. 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
 
 
Nesta aula, abordamos: 
 
 Que a análise da capacidade de uma via tem como quantificar o quanto 
ela pode acomodar de volume de tráfego; 
 Que a capacidade de uma rodovia de simples com duas faixas, ou seja, 
uma faixa para cada sentido do tráfego, é de 1700 carros de passeio por 
hora (ucp/h), considerando cada sentido de tráfego, sem exceder o 
volume de 3200 (ucp/h) nos dois sentidos; 
 Que as rodovias são divididas em duas classes: classe I e classe II, e 
que nessas classes elas são sub classificadas em níveis de serviços; 
 Aprendemos calcular a estimativa de velocidade de fluxo livre, a taxa de 
fluxo, a velocidade média de viagem, e a percentagem de tempo perdido, 
para por fim definir a capacidade da via pelo gráfico (classe I) ou tabela 
(classe II); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Complementar 
 
Vídeos: 
<https://www.youtube.com/watch?v=BWuH1UPufqE>. 
 
 
 
 
Material extra: 
<http://aquarius.ime.eb.br/~webde2/prof/vania/apostilas/Apostila-
%20capacidade.pdf>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
Básica: 
Brasil. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. Diretoria de 
Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de 
Pesquisas Rodoviárias. Manual de estudos de tráfego. - Rio de Janeiro, 2006. 384 p. 
(IPR. Publ., 723). 
 
CAMPOS, Vânia Barcellos G.. Metodologia para cálculo da capacidade de 
rodovias de duas faixas e rodovias de múltiplas faixas. Disponível em: 
<http://aquarius.ime.eb.br/~webde2/prof/vania/apostilas/Apostila- capacidade.pdf>. 
Acesso em: 10 abr. 2018. 
 
PARANÁ. Universidade Federal do Paraná. Universidade Federal do Paraná. 
Estudos de Capacidade: Introdução. Disponível em: 
<http://www.dtt.ufpr.br/eng_trafego_optativa/arquivos/CAPACIDADE - 
INTRODUCAO.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2018. 
 
Sergio Henrique Demarchi. Análise de capacidade e nível de serviço de 
rodovias de pista simples. Disponível em: 
<http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/disciplinas/412_aula_6_-
_pista_simples.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 3 
Exercícios 
 
1. VUNESP (2016) O s itens I e II são características de 
níveis de serviços para vias urbanas. 
I. Nível de serviço em que ocorre a queda de velocidade 
média devido aos atrasos e conflitos entre veículos nas 
interseções, porém com 70% da velocidade de fluxo livre 
e onde os motoristas não sofrem incômodos operacionais. 
II. Nível de serviço aproximando-se no fluxo instável. Velocidade média cai para 
40% da velocidade de fluxo livre. Atrasos nas interseções tornam-se grandes. 
 
Assinale a alternativa que corresponde à caracterização dos níveis de serviço 
dos itens I e II respectivamente. 
a) B e D. 
b) D e C. 
c) C e E. 
d) A e C. 
e) B e E. 
 
2. FGV (2013) O gráfico a seguir indica a variação do número de veículos por 
hora contra o número de veículos por km em uma rodovia. 
Ilustração 2: Exercício 2. 
 
 
Fonte: FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

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