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ANALISES CLÍNICAS – 05/09/2018 COCOS GRAM POSTIVOS Crescem no CLED e no Ágar Sangue – NÃO CRESCEM NO MACCONKEY Principais Espécies Família Micrococcaceae Staphylococcus Micrococcus Planococcus Stomatococcus Família Streptococcaceae Streptococcus Enterococcus Aerococcus Lactococcus Gemella STAPHYLOCOCCUS SPP. Anaeróbico facultativo e não possuem flagelos/esporos (raros os que possuem capsulas). Crescem em meio contendo 10% de NaCl e em temperaturas q variam entre 18 a 40ºC. Formas: são bactérias esféricas que se agrupam em: I. Cachos (de uva) II. Tétrades (4 cocos juntos) III. Diplococcos (2 cocos juntos) IV. Cocos isolados Espécies mais frequentes: S. aureus (mais virulenta), S. saprofíticos e S. epidermidis S. aureus – COAGULASE + CATALASE + Lesão de pele e mucosa: furúnculo, pênfigo, impetigo, celulite, infecção de feridas e pariquina. Bacteremia – pode ser bacteremia transitória: se colonizar o órgão = septicemia. Infecções localizadas: osteomielite, artrite infecciosa, endocardite, meningite, pneumonia Processos tóxicos: síndrome da pele escaldada (causada pela toxina exfoliatina), síndrome do choque tóxico (causada pela toxina TSST-1) e infecções alimentares. Fatores de virulência: Proteína A: inibe a eliminação dos microrganismos mediada por anticorpos através da ligação dos receptores Fc de IgG1, IgG2 e IgG4; quimiotática para leucócitos; anticomplementar; RESISTÊNCIA Resistente a penicilina, mediada pela aquisição de genes que codificam enzimas penicilinases (β-lactamases); CONVERTE FIBRINOGÉNIO EM FIBRINA CATALISA A REMOÇÃO DO PERÓXIDO DE HIDROGÉNIO ANALISES CLÍNICAS – 05/09/2018 Resistente a meticilina (MRSA): está relacionada à alteração de proteínas ligadoras de penicilina (PBP), codificada pelo gene mecA, sem relação com a produção das β-lactamases. A presença de PBP2a (enzima responsável pela síntese da parede celular em MRSA) faz com que a meticilina e os compostos penicilinase-resistentem tenha baixa afinidade pelo local de ligação na bactéria a parede celular, e por consequência, deixem de ser efetivos. As infecções das MRSA normalmente não se desenvolvem em pessoas saudáveis, sendo mais comuns em pessoas hospitalizadas, que geralmente têm um ponto de entrada para a bactéria poder entrar no organismo, por exemplo um ferimento cirúrgico ou um tubo intravenoso. S. saprophyticus – COAGULASE -, CATALASE + 2ª maior causa de infecção urinária (a 1ª é E. coli), essa infecção é chamada de cistite em lua de mel, pois é comum em mulheres que começam a vida sexual. S. epidermidis – COAGULASE -, CATALASE + Infecção hospitalar em paciente com cateteres e próteses Endocardite: válvula cardíaca contaminada Septicemia OBS: Caso não consiga chegar a espécie, pode liberar com as outras provas, principalmente coagulase. Por exemplo: Staphylococcus spp. coagulase positiva. STREPTOCOCCUS SPP. Anaeróbico facultativo e não possuem flagelos/esporos, algumas espécies possuem capsulas (na microscopia, essas capsulas são vistas como um halo branco ao redor da bacteria). Formas: se arranjam em formato de cadeias “correntinhas”, pares ou isoladas. Analise do LCR: se tiver diplococos gram positivo lanceolado (formado de chama de vela) é sugestivo de pneumococos; já se tiver diplococos gram negativos intracelular e extracelular, é sugestivo de Neisseria. Pesquisa Lancefield avaliava antígenos da parede celular e separava em grupos sorológicos: A, B, C, D, F e G, com exceção de: Enterococcus, S. pneumoniae e grupo Viradans (odontologia e trato respiratório) que fazem parte de grupos distintos. GRUPO A: S. PYOGENES ⎯ Causa faringoamigdalite (+ grave) – 90%; produz toxina (disseminada) que causa escarlatina. ⎯ Causa complicações superativas (abcessos amigdalianos, otite, osteomielite, septicemia). ⎯ Infecção cutâneas (piodermite, erisipela, celulite, gangrena). ANALISES CLÍNICAS – 05/09/2018 ⎯ Septicemia puerperal (pós-parto) ⎯ Também pode causar meningite, peritonite, endocardite, glomerulonefrite. GRUPO B: S. AGALACTIAE ⎯ Causa meningite e septicemia neonatal (no parto pode transmitir a criança. Portanto, antes do parto, deve- se realizar cultura da secreção vaginal para possível identificação do m.o). ⎯ Oportunista em DM, imunodeprimidos e pacientes com enfermidades vasculares periféricas (bacteremia, pneumonia e pielonefrite). S. PNEUMONIAE (Pneumococo) ⎯ Pneumonia pneumococite; otite; sinusite. ⎯ Invade a cavidade pleural e pericárdica (empiema) ⎯ É uma bactéria fastidiosa (exigente) – α-hemolítica ⎯ É cultiva no Ágar Thayer Martin, temperatura a 35ºC GRUPO VIRIDANS ⎯ Causa de 50% das endocardites ⎯ Infecções são relacionadas com a cavidade oral ⎯ Processo inflamatórios graves em pacientes neutropênicos (↓ neutrófilos); TGI, urogenital, SNC e respiratório. IDENTIFICAÇÃO COCOS GRAM + Staphylococcus 1º Exame direto: coloração de gram – se der positivo: catalase. 2º Catalase: avalia se a bactéria produz enzima catalase, essa enzima quebra a molécula de peroxido, liberando O2. Caso de positivo, haverá liberação de bolhas (Staphylococcus spp), do contrário será negativo (Streptococcus spp. ou Enterococcus). Se der positivo, realizar a prova da Coagulase ou DNase. OBS: catalase a partir do Ágar Sangue: o sangue tem catalase, por isso, pode dar falso positivo. Deve-se ter cuidado para não pegar a bactéria com sangue junto. 3º Coagulase ou DNase Coagulase: semear a bactéria no tubo com plasma de coelho. Se a bactéria produzir a enzima coagulase, terá formação do molho de fibrina (coagulo), nesse caso, é sugestivo de S. aureus. Caso dê negativo, Staphylococcus spp coagulase negativo. Alguns Staphylococcus sofrem fibrinólises, ficando liquido: deve ser observado de hora em hora para ver a formação do coagulo. ANALISES CLÍNICAS – 05/09/2018 Coagulase ligado – feito com um Kit Staphylococcus: teste coagulase através da reação de aglutinação em látex. Caso forme grumos, é positivo, do contrário é negativo. DNase – tem dois tipos: Com indicador de pH: 4/5x mais cara. O indicador é o azul de toluidina, conforme a bactéria consome o DNA, o ph irá mudar naquela região sem o DNA, ficando cor de rosa, isso identifica S. aureus. Caso fique amarelo, é negativo, identificando Staphylococcus coagulase negativa. Sem indicador de pH: placa com DNA na composição, semear bem forte e colocar na estufa a 35ºC por 24 horas, a bactéria que for positiva para esse teste, irá quebrar o DNA e usá-lo. No dia seguinte, deve-se pingar ácido clorídrico normal na superfície do ágar, este, irá reagir com DNA e precipitar o meio, a placa ficará turva onde houve essa precipitação (identifica S. aureus). Onde a bactéria usou o DNA não precipita, com isso, deverá realizar o teste de novobiocina. Resumo: S. aureus – coagulase e catalase positiva, colônia beta hemolítica com cheiro de chulé. Novobiocina: fazer suspensão bacteriana na solução fisiológica e semear com swab por toda a placa (Ágar Mueller Hinton ou sangue), colocar os discos de filtro com ATB onde semeou e pressionar com a própria pinça levemente contra o agar, colocar na estufa a 35ºC por 24 horas. Interpretação: S. epidermidis – sensível (forma colônias brancas/não é hemolítico. S. saprophyticus – resistente. BACTÉRIA COAGULASE DNase NOVOBIOCINA S. AUREUS + + S S. EPIDERMIDIS - - S S. SAPROPHYTICUS - - R ANALISES CLÍNICAS – 05/09/2018 Streptococcus 1º Exame direto – gram positivo. 2º Catalase: negativo. Deve-se avaliar a hemólise no ágar sangue OBS: Bactérias podem produzir hemolisinas normais e potentes (degradas todas as hemácias) – AHEMOLISE É UM FATOR DE VIRULENCIA. BETA HEMÓLISE - Teste bacitracina (igual da novobiociona), se for SENSÍVEL -> S. pyogenes, se for RESISTENTE (formação do halo) -> realizar TESTE CAMP. CAMP é utilizado para identificação de bacilos também e cultura de secreção vaginal. Usa-se em placa de ágar sangue e também usa uma bactéria referência do teste, ou seja, uma cepa CONHECIDA (ATCC – S. aureus, ATCC, βhemolítico, nº 25923), com essa, é semeado em uma estria grossa no centro da placa e 4 estrias perpendicular com outros Streptococcus (não pode encostar no S. aureus). RESULTADO: Será POSITIVO se formar hemólise em forma de seta (S. agalactiae), caso não forme, será NEGATIVO (realizar outras provas: B/E e Nacl 6%). ALFA HEMÓLISE Teste de optoquina, objetivo desse é ver pneumococos. Pode ser feito no ágar sangue ou chocolate. Se for RESISTENTE (S. viridans), se for SENSÍVEL (S. pneumoniae). GAMA HEMÓLISE B/E (tubo bom ágar bile esculina – cor castanha) – objetivo é avaliar se a bactéria degrada a esculina em presença da bile. Caso seja NEGATIVO (grupo viridans), mas se formar um precipitado negro, é POSITIVO, a partir daí deve-se realizar a prova de Nacl 6,5%. Nacl 6,5%: Se for POSITIVO irá turvar (Enterococcus), se for NEGATIVO ficará límpido (Estreptococos grupo D). Existe com indicador de pH, ficará amarelo (é roxo). Gama (ausência de hemólise) Beta (hemólise total) – dourada Alfa (hemólise parcial) – esverdeada ANALISES CLÍNICAS – 05/09/2018 Caso clínico 1 Hb baixa (ref. 11 a 13): processo inflamatório – a mobilização dos neutrófilos pode depressear a utilização do Ferro. Leucócito alto (até 17 mil) | Urina turva, leucócito 128k e nitrito positivo. 1) Possivelmente está acontecendo um quadro infeccioso. a. CLED 1250 colônias. b. Urocultura Lac -, no MacConkey não está pink c. Há formação de Swarnning (véu) no Agar Sangue. 2)
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