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TRIBUTARIO II GERAL

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TRIBUTARIO II GERAL
1)O quê se entende por lançamento e quais seus efeitos? 
O lançamento é o ato que constitui o crédito tributário, praticado, privativamente pela respectiva Autoridade Administrativa. (andrine: é o olhar sobre a incidência, o fato gerador para ter a certeza do que realmente foi realizado, fato contribuinte) ato procedimental administrativo de fiscalização.(ART.148CTN) De acordo c om o art. 142 do CTN, lançamento tributário é o procedimento administrativo vinculado que verifica a ocorrência do fato gerador, identifica o sujeito passivo da obrigação tributária, determina a matéria tributável, aponta o montante do crédito e aplica, se for o caso, a penalidade cabível . O lançamento tributário é ato privativo do ente político competente credor da obrigação tributária (Fazenda Pública credora), sendo atividade administrativa vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional, nos moldes do parágrafo único do art. 142 do CTN. OBS: através do ato administrativo vinculado denominado lançamento tributári o é possível agora saber quem é o contribuinte (ou responsável); quanto ele deve ao Fisco; onde deve efetuar o pagamento do tributo; como deve efetuar o pagamento do tributo e quando deve efetuar o pagamento do tributo. 
ART 142 do CTN define o lançamento como sendo o procedimento administrativo tendente a: 
a) verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente;
b) determinar a matéria tributável;
c) calcular o montante do tributo devido, ou seja, o débito a pagar;
d) identificar o sujeito passivo; e
e) propor a aplicação da penalidade cabível, quando for o caso.
SEUS EFEITOS: lançamento é ato administrativo “declaratório ”da obrigação tributária. Logo, seus efeitos retroagem ao tempo da ocorrência do fato gerador (fato imponível), apresentando o denominado efeito ex tunc (efeito retroativo), sendo a lei aplicável também a da data da ocorrência do fato gerador (art. 144 do CTN)
2)NATUREZA JURÍDICA 
Declaratória ou constitutiva.
O Majoritário, entende que todavia, é o pensamento no sentido de que o lançamento possui dupla finalidade: declarar a obrigação e constituir o crédito. Podemos utilizar o seguinte esquema:
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA + FATO GERADOR = OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA + LANÇAMENTO = CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Obs: sobre o mesmo fato gerador não pode haver 2 duas hipóteses de incidência
3) TIPOS DE ESPÉCIES DE LANÇAMENTO TRIBUTARIO
lançamento por declaração ou (misto), b) lançamento direto (ex officio) e c) lançamento por homologação.
Direto (ou de ofício ou ex-officio): é o lançamento realizado diretamente pelo Fisco, pois já possui todos os elementos e informações necessárias para sua realização (art. 149 do CTN). Exemplo: imposto predial e territorial urbano (IPTU).
Declaração (ou misto ou por deliberação): É o lançamento realizado pela Administração Pública após receber do sujeito passivo as necessárias informações, documentos ou outros elementos indispensáveis a sua constituição (arts. 147 e 148 do CTN). Exemplo: o imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI), quando o contribuinte informa ao fisco municipal todos os dados relativos à transação imobiliária e, com base nessas informações, o município emite a guia do imposto a ser pago pelo sujeito passivo.
Homologação: é realizado pelo próprio sujeito passivo que apura o montante devido de tributo, faz o pagamento e somente após encaminha à Administração Pública todas as informações com a prova do pagamento, para que o Fisco, aquiescendo, homologue aquele ato mportante lembrar que se a lei não fixar um prazo para homologação, a Fazenda Pública terá o prazo decadencial de 5 (cinco) anos, a contar da ocorrência do fato gerador para realizar o lançamento de ofício, caso haja diferença entre o valor pago pelo contribuinte e o efetivamente devido.
Atualmente, a maior parte dos tributos está sujeito ao lançamento por homologação, temos como exemplo: ICMS, IPI, IR e ITCMD.. Exemplo: imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS).
4) O que é lançamento por arbitramento?
O arbitramento nada mais é do que uma técnica de lançamento de ofício; Trata-se de uma técnica utilizada para avaliar a base de cálculo do tributo, quando se referir ao valor ou preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos; Que poderá ser utilizada quando inexistir os documentos ou declarações do contribuinte, ou, quando existirem, estes não mereçam fé; Que a base de cálculo arbitrada sempre poderá ser contestada, administrativa ou judicialmente, pelo contribuinte.
5) Como se constitui o crédito tributário? ART.142CTN
O crédito tributário é constituído por uma autoridade administrativa, que deve obrigatoriamente fazer o seu lançamento.
O lançamento é o procedimento que apura e verifica a existência da obrigação, além de determinar qual é o valor exato a ser pago.
6)Conceitue e cite as hipóteses de suspensão do crédito tributário
Suspensão do crédito tributário significa que a obrigação de fazer o pagamento fica suspensa. Ela é adiada para outro momento, até que seja resolvida ou chegue ao fim a situação que a suspendeu.
As hipóteses de suspensão de um crédito tributário são previstas no art. 151 do CTN e podem ocorrer nas seguintes situações:
Moratória: é a concessão de um prazo maior para que o crédito tributário seja pago.
Depósito do montante total: o valor do crédito é depositado como garantia para que a obrigação seja discutida por via judicial ou administrativa.
Reclamações e recursos: a obrigação de pagamento fica em suspenso até que o recurso do contribuinte seja analisado e decidido.
Concessão de uma medida liminar em mandado de segurança: a obrigação de pagar o crédito fica em suspenso até que a ação de mandado de segurança seja julgada.
Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada (em outras ações judiciais): o pagamento fica suspenso até a decisão final da ação judicial que foi proposta pelo devedor do crédito.
Parcelamento: é a concessão de um parcelamento para que o contribuinte faça a liquidação (pagamento total) do crédito.
7)Diferencie prescrição de decadência? 
Prescrição é a perda do direito de ação.
Decadência: perda do direito de cobrar/ fato gerador.
Prescrição e Decadência: a prescrição ocorre quando o prazo de cobrança termina e o Estado perde o direito de exigir o pagamento do crédito. Na decadência, a obrigação de pagamento deixa de existir porque o lançamento do crédito tributário não foi feito dentro do prazo devido.
8)Remissão é o mesmo que anistia?
A anistia somente pode abranger as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei.
A remissão só pode se referir a crédito tributário definitivamente constituído antes da vigência da lei.
A anistia tributária, por sua vez, significa extinção da punibilidade das infrações fiscais. Consoante afirmamos, a anistia “exclui a dívida penal tributária. Não abarca o crédito tributário decorrente da obrigação principal que surge com a ocorrência do fato gerador, mas tão só aquele oriundo de infrações praticadas anteriormente à vigência da lei que a concedeu, como se depreende do expresso dispositivo do art. 180 do CTN”.
Remissão do crédito tributário corresponde ao ato de remitir ou perdoar uma dívida. Não se confunde com remição, que significa ato de remir, isto é, resgatar uma dívida. Como se depreende do art. 172 do CTN, a remissão do crédito tributário poderá ser parcial ou total, podendo ser concedida, caso a caso, por despacho fundamentado da autoridade administrativa competente, observados os requisitos previstos na lei que a instituiu. De conformidade com o parágrafo único desse art. 172, o despacho concessivo da remissão não gera direito adquirido, podendo serrevogado de ofício sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições, ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor fiscal.
9)por qual razão a isenção é considerada uma antinomia jurídica?
10) Cite explique as espécies de imunidade. 
Podemos definir a imunidade tributária como uma barreira instituída por um dispositivo de nossa Constituição Federal que veda a incidência de tributação sobre (i) determinado fato, (ii) determinada pessoa, e/ou (iii) determinada categoria de pessoas.
ESPECIES 
consequentemente, por exemplo, as Igrejas, em razão do referido artigo da CF não recolhem Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e nem, Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
 Vejamos as imunidades tributárias genéricas aplicáveis aos impostos (previstas no artigo 150 de nossa Constituição Federal), tais como, imunidade da renda e dos serviços dos templos de qualquer culto; imunidade recíproca às pessoas políticas; imunidade dos Partidos Políticos, Sindicatos dos empregados, Instituições assistências e educacionais sem fins lucrativos; imunidade dos jornais, livros, periódicos e o papel destinado a sua impressão em relação aos impostos.
IGREJAS: em razão do referido artigo não recolhem Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e nem, Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Imunidade tributária concedida no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): aos produtos industrializados exportados (artigo 153, §3º, III de nossa Constituição Federal). 
Imunidade em relação ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) para as pequenas globais rurais quando o proprietário que as explore não possua outro imóvel.

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