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CINOMOSE CANINA ETIOLOGIA - Ordem: Mononegavirales - Família: Paramyxoviridae - Subfamília: Paramyxovirinae - Gênero: Morbilivirus - Espécie: Canine distemper virus - Antigenicamente relacionado com vírus do sarampo, rinderpest (peste bovina), peste dos pequenos ruminantes - RNA fita simples, sentido negativo, envelopado - Vírions lábeis, sensíveis ao calor, dessecação, solventes lipídicos, desinfetantes - Sinônimos: “distemper”, “moquillo” - Glicoproteínas F e H: imunogênicas essenciais para resposta imune efetiva ◦ Proteína H: responsável pelo tropismo viral no organismo, inclusive neurotropismo ◦ Pantrópico pode replicar em diferentes tecidos/células - Só um genótipo/sorotipo, até meados dos anos 2000 - A partir de então, dois genótipos: ◦ Old-type-CDV (genótipo América-1): incluindo amostras vacinais ◦ New-type-CDV: amostras de campo recentes, isoladas em população com alta cobertura vacinal; surtos nos EUA; também já descrito na Itália, Japão e Brasil - Várias amostras com diferentes patogenicidades e tropismo tecidual - Amostras neurotrópicas Snyder Hill – imunossupressora, infecta neurônios = encefalite aguda fatal A75/17; R252 – encefalite desmielinizante crônica e progressiva - Amostras vacinais Onderstepoort – cultivo em células aviárias Rockborn – cultivo em células caninas = risco de encefalite pós-vacinal (atenuada) Snyder Hill – cultivo em células caninas - Corpúsculo de inclusão = corpúsculo de Lentz - Depois da metade do século 20: começaram a aparecer vacinas - Vacina recombinante: vírus multiplica sem ser patogênico cria imunidade EPIDEMIOLOGIA - Doença altamente contagiosa de cães e outros carnívoros - Distribuição mundial, sendo enzoótica em várias partes do mundo - Maior frequência em cães jovens não vacinados - Falhas vacinais: ◦ Esquema de vacinação inadequado vacinar antes de cair imunidade materna (começa protocolo entre 45-60 dias; se der antes, anticorpos maternos inativam os vacinais) ◦ Vacinas comerciais de baixa qualidade controle defasado; armazenamento também influencia eficácia ◦ Diferenças antigênicas entre vírus vacinais e de campo - Surtos esporádicos mesmo em países desenvolvidos que usam vacinação em massa HOSPEDEIROS - Canidae: cão, lobo, raposa, coiote, dingo, chacal - Procyonidae: guaxinim, quati, panada, jupará - Mustelidae: furão, marta, lontra, texugo, cangambá - Viverridae: civeta - Hyanidae: hiena - Ursidae: urso - Ailuridae: panda vermelho - Felidae: leão, tigre, leopardo Brasil: onça, puma TRANSMISSÃO - Contato direto com secreções nasais/orais, urina, fezes - Aerossol: curta distância - Fômites e ambiente contaminado - Transplacentária: menor frequência - Animais infectados excretam vírus nas secreções respiratórias, lacrimais, fezes e urina por períodos prolongados suabe de conjuntiva/nasal (anticorpos) - Infecção subclínica: frequente (50%) PATOGÊNESE - Infecção oro-nasal replicação no trato respiratório superior (células epiteliais e macrófagos) disseminação para tonsilas e linfonodos regionais - Viremia primária (1º pico febril): viremia associada a células (linfócitos) acometimento de tecidos linforreticulares - Progressão da infecção: dependente da resposta imune celular e humoral do animal - Animais sem resposta imune eficiente: doença em diferentes níveis de gravidade, até 3 semanas pós-infecção - Replicação viral nesses animais linfocitólise e leucopenia imunossupressão viremia secundária - Viremia secundária (2º pico febril) disseminação para os sistemas digestivo, respiratório, urogenital, tegumentar, nervoso - A extensão da disseminação a tecidos e órgãos é determinada pela rapidez e pela efetividade da resposta imunológica - Manifestações clínicas correlação com os órgãos e tecidos afetados - Células mononucleares carreiam o vírus para o SNC pelas vias: barreiras hematoencefálica, líquido cefalorraquidiano, epêndima dos ventrículos - Variedade de sinais neurológicos lesões multifocais no SNC ◦ SNC não permite inflamação grande possibilidade de lesão vascular e edema é perigosa, muitas vezes pior que ação do próprio agente (por isso resposta imune dentro do SNC é limitada, por isso tem barreira) - Infecção de neurônios e células da glia do SNC permanência por longos períodos - Desmielinização: lesão predominante disfunção motora ◦ Replicação viral na substância branca disfunção metabólica dos oligodendrócitos ◦ Inflamação crônica: destruição das células da glia por macrófagos - Encefalite dos cães velhos: associada à prolongada persistência do vírus no cérebro, devido à disseminação não citolítica, sem o brotamento, com evasão do sistema imune - A presença do antígeno viral no SNC estimula uma discreta resposta inflamatória prolongada que leva aos sinais nervosos SINAIS CLÍNICOS - Letargia, perda de apetite, febre, dispneia, tosse e descarga oculonasal - Sinais respiratórios, intestinais e dermatológicos - Descarga nasal purulenta*, tosse, dispneia, pneumonia, diarreia, vômito e pústula *Inicialmente descarga é serosa depois, com imunossupressão, tem contaminação secundária - Incoordenação motora, nistagmo, andar em círculos, tetraplegia/paraplegia, convulsão, rigidez cervical e demência - PI: ~7 dias pode ser 4 semanas ou + quando os sinais nervosos aparecem sem evidência prévia de infecção - Gravidade e duração da doença dependem da patogenicidade da amostra viral, idade, status, imunológico e rapidez da resposta imune à infecção - Apresentação varia de subclínica a doença severa, com ou sem sinais neurológicos - Mortalidade: 50% FORMA AGUDA (SUAVE): - PI: 3-7 dias - 1º pico de febre: 39,5-41°C - Intervalo sem febre: 1-2 dias - 2º pico febril: 11º dia - Sintomas iniciais: fraqueza, inapetência, secreção serosa bilateral, tosse e dispneia (semelhante a tosse dos canis), dermatite pustular (micro-abcessos, principalmente na região abdominal e da virilha) FORMA AGUDA (SEVERA): - PI e sintomas iniciais semelhantes a forma branda - Sintomas: conjuntivite com secreção mucopurulenta, seguida de tosse seca que evolui para tosse produtiva, estertores no trato respiratório inferior (pneumonia), depressão, anorexia, vômitos, diarreia, desidratação (morte se não medicado) - Digestório: diarreia (semi-fluidas, mucosas, fétidas), vômito, anorexia, caquexia, perda de peso, desidratação hipoplasia de esmalte = tropismo por ameloblasto - Dermatológico: alopecia úmida das margens palpebrais, vesícula e pústulas, hiperceratose (coxins e focinho) - Oftalmológicos: perda parcial ou total da visão, conjuntivite purulenta, retinitite, alterações degenerativas e inflamatórias dos nervos ópticos, degeneração focal ou completa da retina lesões oculares - Neurológicos: iniciam 1-2 semanas depois da doença sistêmica alguns cães podem desenvolver doença neurológica sem doença sistêmica, principalmente cães adultos entre 3-8 anos ◦ Convulsões (cerebral cortical) ◦ Sinais neurológicos progressivos e resultantes de lesões multifocais ◦ Mioclonia, hiperestesia (aumenta da sensibilidade), tiques nervosos (ex: cão movimenta a boca como se estivesse mascando chicletes = pode ter sequela), depressão, ataxia (incoordenação muscular), paralisia, tremor muscular ◦ Deterioração mental e motora progressiva - Outros: artrite reumatoide (resposta auto-imune), infecções secundárias - Infecções transplacentárias: abortos, natimortos, filhotes fracos e imunossuprimidos, filhotes com sinais neurológicos (4-6 semanas) LESÕES MACRO: - Inflamação na nasofaringe - Pneumonia exsudato mucopurulento nas vias aéreas - Edema pulmonar - Fase sistêmica aguda da doença linfonodos de tamanhos variáveis - Cães jovens áreas de necrose e mineralização do miocárdio, hipoplasia do esmalte - SNC malácia (necrose) MICRO: - Linfonodos e sistema linforreticular hiperplasia e formação de células gigantes multinucleadas - SNC encefalite não supurativa (não tem contaminação, predomínio de células mononucleares); necrose no cerebelo e poções mais basais do encéfalo; raramente no córtex - Sistema respiratório pneumonia intersticial - Corpúsculos de inclusão eosinofílicos intracitoplasmáticos e intranucleares (corpúsculos de Lentz) células sanguíneas, astrócitos, neurônios e células epiteliais da bexiga (urina e bexiga = bom para isolamento/identificação viral, alta quantidade de vírus) - Infiltrado mononuclear perivascular na substância cinzenta do SNC DIAGNÓSTICO - Anamnese + sinais clínicos (doença febril com sintomatologia respiratória e cutânea, associada ou não com sinais neurológicos) + diagnóstico laboratorial - Amostras: secreções oculares, nasais, urina, fezes, tecidos (cérebro, pulmão, bexiga, linfonodos) - Detecção do antígeno viral: imunocromatografia, imunofluorescência, imunoperoxidase, RT-PCR ◦ Teste rápido - Isolamento viral: difícil células primárias, MDCK, vero (amostras = bexiga, cérebro, leucócitos) - Histopatologia: imunohistoquímica, inclusões eosinofílicas tecido nervoso e epitelial (bexiga e sistema respiratório) - Sorologia pareada: soroneutralização, ELISA, detecção de IgM LABORATORIAL: - Diretos = isolamento viral, IHQ, colorações, PCR, IC, IFD - Indiretos = imunofluorescência indireta, soroneutralização, ELISA PATOLOGIA CLÍNICA: - Leucopenia e linfopenia - Trombocitopenia - Anemia e hipoproteinemia - Líquor: altos níveis de albumina (distúrbios na barreia hematoencefálica) DIFERENCIAL: - Raiva, epilepsia, intoxicação, parvovírus/rotavírus/coronavírus (sinais entéricos) - Sinais respiratórios: pneumonia bacteriana - Sinais gastrointestinais: gastroenterites - Episódios epiléticos e outros sinais neurológicos: toxoplasmose e epilepsia PREVENÇÃO E CONTROLE - Isolamento e terapia de doentes - Cuidados com animais jovens: ambiente (limpeza e desinfecção), colostro (70-90% proteção do cão) - Vacinação: vacinas inativadas, atenuadas e recombinantes VACINAS ATENUADAS: - Células aviárias = amostra Onderstepoort menor % de cães imunizados - Células caninas = amostra Rockborn induz imunidade em cães suscetíveis, encefalite pós-vacinal - Ambos tipos vacinais podem ser virulentos para carnívoros silvestres OBS: recombinante é mais segura e eficaz - Vacinação de filhotes a partir de 6-8 semanas (queda de ac maternos) duas doses mensais revacinação anual - Encefalite pós-vacinal associada a vacinas que usam vírus produzido em cultura de células caninas e usadas em animais imunossuprimidos sinais neurológicos entre 7-14 dias pós-vacinação ESQUEMA: - Vacinar filhotes filhos de cadelas imunes aos 2/3/4 meses de idade - Vacinar filhotes filhos de cadelas não imunes aos 1/2/3 meses de idade - Vacinar as cadelas antes da cobertura - Revacinação anual - Filhotes órfãos ou que não mamaram colostro soro hiperimune até a primeira dose (4/6 meses) TRATAMENTO SINTOMÁTICOS: - Antibioticoterapia - Fluidoterapia - Anti-emético - Vitaminas: B, E, C, A - Distúrbios neurológicos: glicorticoides (anti-edema SNC), sinais neurológicos 24-48h - Anticonvulsivantes - Estudos recentes: droga antiviral ribavirina (tratamento específico, outros são de suporte) RETROVIROSES FELINAS Vírus da Leucemia Felina (FeLV) Vírus da Imunodeficiência Felina (FiV) RETROVÍRUS – CARATERÍSTICAS - Capsídeo icosaédrico - Possuem envelope não são viáveis por muito tempo no ambiente - Genoma composto de duas moléculas idênticas de RNA fita simples (+) - Conseguem transformar RNA em DNA e inserir DNA no genoma do hospedeiro toda vez que essa célula que inseriu replicar, irá replicar vírus junto = latência - Só esse vírus tem = enzimas transcriptase reversa, protease, integrasse enzimas estão presentes no genoma do vírus INTEGRAÇÃO DO DNA VIRAL (PROVÍRUS) NO DNA DO HOSPEDEIRO: - Tanscriptase reversa pega RNA e transforma em DNA DNA grande protease quebra em 3 DNAs principais (envelope, capsídeo, replicação) integrase gruda DNA em qualquer genoma do hospedeiro (não é local específico) pode estar inserindo em local que promove expressão de genes oncogênicos possíveis tumores - Infecção persistente - Vírus multiplicam nas glândulas e células do sistema hematopoiéticos (linfócitos T/B, células da medula óssea) - Entra na célula (adsorção) penetração desnudamento RNA transcriptase reversa DNA integração do DNA proviral ao DNA cromossomal da célula hospedeira - Em momentos de estresse, por exemplo, DNA que não está produzindo vírus vai replicar e começar a produzir vírus enquanto está em latência, só está em fase de material genético ◦ Estresse = DNA RNA montagem do vírus - Animal infectado: detecta genoma de DNA na célula e não RNA do vírus, normalmente - RNA + = multiplicação do vírus (infecção ativa) - RNA – e DNA + = em algum momento, vírus entrou no animal, inseriu, mas não está produzindo vírus (infecção passiva) - Retrovírus endógenos: infectam células germinativas consegue passar para progênie (animal já nasce com DNA infectado) - Retrovírus exógenos: células somáticas não passa para a progênie FAMÍLIA RETROVIRIDAE - Infecção persistente (RNA – cDNA – integrase) - Animal infectado, uma vez infectado, é infectado para todo sempre - Doenças graves: imunodeficiências, anemia não regenerativa, inflamações crônicas (infecções oportunistas), doenças malignas (linfomas/leucemia) - Multiplica em células de defesa imunossupressão - Sobrevivem no hospedeiro graças a supressão do sistema imune - Leva os antígenos virais a um estado de anergia (imunotolerância) - Vírus multiplica na glândula salivar e cornetos nasais principal forma de transmissão = saliva CLASSIFICAÇÃO - Subfamília: Orthoretrovirinae - FeLV = Gamaretrovirus (gênero) - FIV = Lentivirus (gênero) DISTRIBUIÇÃO - Ambos os vírus apresentam distribuição mundial - Já foram isolados de felinos selvagens - 2% da população geral de gatos 33% em gatis - Grupo de risco: machos, adultos, com acesso às ruas FeLV – SUBGRUPOS VIRAIS - Existem 5 subgrupos (A, B, C, D e T) - Subtipos B, C e T foram originados através de mutações entre os subgrupos A e FeLV endógeno - O subtipo D não ocorre naturalmente - A: espécie felina - B e C: grande variedade de hospedeiro - T: depleção linfoide/tropismo LT - B: doença mieloproliferativa = leucemia/linfoma - C: doença mielossupressora = anemia não regenerativa FATORES VIRAIS: curso clínico da infecção - Quantidade de vírus exposição contínua - Subgrupo (A, B ou C) viremia e gravidade das doenças - A (viremia e infecção latente), B (linfomas), C (anemias), T (leucemias e imunodeficiência) FIV – SUBTIPOS VIRAIS - Existem 5 subtipos (A, B, C, D e E) - Derivados de mutações no gene env - C: mais patogênico - D: somente no Brasil TRANSMISSÃO - Através da saliva - Contato direto entre gatos - Também pode ser transmitido pelo sêmen e leite - Porta de entrada + comum: via oronasal - Ato de lamber, morder ou compartilhamento de recipientes saliva contaminada (2 milhões de partículas virais por ml) gatos virêmicos (saudáveis X doentes; podem estar clinicamente bem e transmitindo) FATORES PREDISPONENTES: - Elevada densidade populacional - Contato frequente/prolongado - Vírus instável no meio ambiente dessecação, luz ultravioleta e calor - Transmissão congênita: placenta feto; pode alterar desenvolvimento embrionário reabsorçãofetal e aborto (nem sempre ocorre) - Secreções respiratórias e lacrimais - Leite, urina e fezes - Sêmen, fluidos vaginais e epitélio urogenital - Iatrogênica agulha contaminada - Susceptibilidade à infecção e severidade dos sinais clínicos maiores em gatos + jovens; animais mais velhos não tem doença tão grave - Gatos infectados: transmitem agentes zoonóticos no ambiente humano Salmonella spp, Toxoplasma gondii, Chlamydia psittaci, Mycobaterium tuberculosis SINAIS CLÍNICOS - Semelhante para ambos os vírus - Fase assintomática longa - Podem desenvolver tumores, desordens hematopoiéticas, distúrbios neurológicos, imunodeficiência, doenças imuno- mediadas, estomatite LESÕES: - Orais: gengivite/estomatite - Respiratórias: pneumonia/rinite/sinusite - Digestórias: enterites persistentes - Cutâneas: abcessos, otite, piodermites - Oculares: conjuntivite/queratite FeLV – ESTÁGIOS - Inoculação oronasal 1º MOMENTO: - Tecido linfoide local tonsilas e linfonodos faringeanos/células mononucleares das amígdalas - Gatos imuncompetentes vírus não consegue inserir gato debela e não vai ter mais infecção; consegue destruir vírus antes 2º MOMENTO: - Gato pode ser imunocompetente, mas carga viral foi tanta que não consegue destruir todos primeira viremia, febre, linfadenopatia vírus consegue inserir (células hematopoieticas) infecção latente nessas células - Mas todas as células do corpo tem período de duração vírus está dentro da célula, depois que célula morrer, vírus morre junto infecção não persiste 3º MOMENTO: - Se vírus conseguir chegar na medula e infectar células mononucleares da medula, vai inserir e vai ser persistentemente infectado - Depois que vira persistentemente virêmico/latente vai fazendo viremia na circulação sanguínea - Toda vez que imunossuprime, vírus é transcrito e é montado viremia - Vírus só está replicando/produzindo vírus quando tem RNA positivo - A partir do momento que detecta DNA, está em infecção latente - Depois que atinge medula, pode disseminar glândulas lacrimais, salivares, bexiga, intestino transmissão por saliva, urina e fezes INFECÇÃO ABORTIVA: - Raramente ocorre - Gatos imunocompetentes acabam com a replicação viral através da resposta imune - Não apresentam antígenos virais, RNA viral ou provírus (DNA no genoma) INFECÇÃO REGRESSIVA: - Após a infecção inicial, a resposta imune pode acabar com viremia - Porem, vírus continua no hospedeiro na forma de provírus e a viremia pode retornar - Podem transmitir o vírus na infecção inicial ou reativação (viremia transitória) - Latência - Exame de DNA + e RNA – (+ quando tem replicação viral, – quando sistema imune conseguiu debelar) INFECÇÃO PROGRESSIVA: - Grande replicação viral - Viremia persistente - Desenvolvimento de sinais clínicos - Atinge medula sempre dá RNA + INFECÇÃO FOCAL: - Infecção muito rara e pouco elucidada - O vírus se replica em tecidos atípicos (glândulas mamárias, bexiga, olhos, articulações, testículos) pouca resposta imune INFECÇÃO LATENTE: - Provírus integrado no genoma = células germinativas da medula óssea, baço, intestino, linfonodos - Semanas, meses, anos - Não há transmissão do vírus nem viremia - Teste Ags (até reativação) / PCR DNA + animal em latência = se der negativo, manda repetir depois de 8 semanas, pode voltar replicação DOENÇAS RELACIONADAS AO FeLV: - Tumores linfoides e hematopoiéticos = doenças citoproliferativas fibrossarcomas, linfossarcomas, leucemias - Doenças degenerativas = citosupressivas anemia, imunossupressão e infecções secundárias (estomatite, gengivite, dermatite, perda de peso e diarreia, infecções respiratórias) FIV – ESTÁGIOS - Fase aguda, assintomática e terminal FASE AGUDA: - Curta duração (semanas) - Aumento da carga viral - Episódios febris, perda de peso, linfadenopatia e neutropenia - Replica-se rapidamente em CD4+/CD8+/LB/monócitos/medula óssea/células dendríticas/células da micróglia - Logo depois da fase aguda, sistema imune consegue debelar infecção - Durante viremia, tem alta destruição dos linfócitos CD4 quando animal começa a debelar, linfócitos começam a aumentar e vírus começa a se manter em carga viral estável/baixa - Chega momento que linfócitos estão tão baixos que não consegue mais debelar e viremia volta a crescer FASE ASSINTOMÁTICA: - Variável duração (anos) - Resposta imune antiviral relativamente forte, títulos virais mais baixos, declínio em células CD4 - Sinais clínicos mínimos - Não é considerado um período de latência verdadeiro: replica em baixos níveis - LT/plasma/LCR/sêmen/tecidos linfoides FASE TERMINAL: - Descompensação imunológica - Carga viral elevada - Sinais clínicos de imunodeficiência com infecções oportunistas - Síndrome da imunodeficiência felina (FAIDES) PATOGENIA DO ANIMAL INFECTADO PELO FIV DEPENDE: - Idade do animal (jovens desenvolvem sinais mais cedo) - Estirpe viral isolada (algumas estirpes são mais patogênicas) - Carga viral DIAGNÓSTICO - Detecção de antígenos: testes imunocromatográficos, ELISA (soro-plasma), IFI (interior de células sanguíneas infectadas) - Teste + (viremia persistente): confirmação após 12 semanas - IFA esfregaço sg/ELISA - Leucócitos - Soro/plasma - Saliva - Biologia molecular é melhor - Detecção do vírus = negativo não quer dizer que não tenha infecção - Cuidado com retrovírus endógeno PROGNÓSTICO - Com cuidados apropriados os animais podem viver vários anos com qualidade de vida - FIV: sobrevida de 4,9 anos - FeLV: 2,4 anos TRATAMENTO - Não existe cura - Tratamento específico: antirretrovirais - Tratamento de suporte: controle de infecções secundárias - Imunomoduladores: aumentar a imunidade PREVENÇÃO E CONTROLE - Diagnóstico preventivo - Isolamento de gatos infectados - Tratamento - Vacinação - Castração não deixar ter acesso a rua (brigas) VACINAS - FIV: em desenvolvimento - FeLV: preparadas com o vírus inativado e vacinas recombinantes ◦ Vírus inativado ◦ Subunidades virais ◦ Proteína env recombinantes ◦ Vírus vivos inapropriada, podem sofrer recombinação genética (potencial oncogênico) ◦ Vacina ideal proteger contra viremia e imunossupressão, prevenir linfossarcomas e anemias - Imunização - Método inadequado de prevenção - Existe controvérsias sobre eficácia das vacinas - Vacina + adjuvante (hidróxido de alumínio) desenvolvimento de tumores
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