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1 
 
 
 
 
 
GERTRUDES PEREIRA SOARES 
SIMONE APARECIDA FERNANDES SCHUENCK 
TEREZINHA LÚCIA DA SILVA SÁTIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEFICIÊNCIAS MULTIPLAS (FÍSICA E MENTAL): INCLUSÃO NO 
ENSINO REGULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IBAITI 
2014 
2 
 
 
 
 
Gertrudes Pereira Soares 
Simone Aparecida Fernandes Schuenck 
Terezinha Lúcia da Silva Sátiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEFICIÊNCIAS MULTIPLAS (FÍSICA E MENTAL): INCLUSÃO NO 
ENSINO REGULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação, do 
ESAP – Instituto de Estudos Avançados e Pós Graduação e 
UNIVALE – Faculdades Integradas do Vale do Ivaí, como 
requisito parcialpara a obtenção de Especialista. 
Orientador (a): ProfessoraMaria Cristina Carreira do Valle 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ibaiti 
2014 
3 
 
GERTRUDES PEREIRA SOARES 
SIMONE APARECIDA FERNANDES SCHUENCK 
TEREZINHA LÚCIA DA SILVA SÁTIRO 
 
 
 
 
DEFICIÊNCIAS MULTIPLAS (FÍSICA E MENTAL): INCLUSÃO NO 
ENSINO REGULAR 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação, do 
ESAP – Instituto de Estudos Avançados e Pós Graduação e 
UNIVALE – Faculdades Integradas do Vale do Ivaí, como 
requisito parcial para a obtenção de Especialista. 
 
 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA ______________ 
 NOTA 
 
 
 
 _________________________________________ 
 Professor avaliador 
 
 
 _________________________________________ 
 Secretaria 
 
 
 _________________________________________ 
 Secretaria 
 
 
 
 
 
 
Ibaiti, 18 de agosto de 2014 
 
 
 
4 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
Dedico o presente trabalho primeiramente a Deus que nos deu força e nos 
abençoou durante o decorrer do curso e durante a elaboração deste trabalho. 
Dedicamos também aos nossos familiares que estiveram sempre conosco 
durante o decorrer deste curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
Agradecemos a Deus pela presença constante em nossas vidas. 
Agradecemos aos nossos familiares, obrigada pela paciência e companhia 
em todos os momentos de nossas vidas. 
Agradecemos aos nossos amigos que fizeram e fazem parte de nossas 
vidas como companheiros. 
Agradecemos aos professores e a nossa orientadora Prof.(a). Maria Cristina 
Carreira do Valle que fez deste momento único e de extrema importância em nossas 
vidas, o nosso muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Nós não devemos deixar que as 
incapacidades das pessoas nos 
impossibilitem de reconhecer suas 
habilidades” – Hallahan e Kauffman, 
1994. 
7 
 
 
SOARES, Gertrudes Pereira, SCHUENCK, Simone Aparecida Fernandes, SÁTIRO, 
Terezinha Lúcia da Silva. Deficiências Múltiplas (física e mental): inclusão do MD no 
ensino regular. ESAP – Instituto de estudos Avançados e Pós Graduação e 
UNIVALE – Faculdades Integradas do Vale do Ivaí. Monografia de curso de pós-
graduação Lato Sensu em Deficiência Intelectual/Mental e Múltiplas. Ibaiti. 2014. 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho versa sobre a inclusão escolar da criança com deficiência 
múltipla, com enfoque especial a deficiência física e mental, tendo como 
pressuposto a inclusão desse aluno no ensino regular. O objetivo principal do estudo 
é discutir a urgente necessidade de inclusão da criança com necessidades especiais 
na escola comum, no sentido de que este um dos caminhos principais, para alcançar 
uma sociedade mais justa e igual para todos em direitos e oportunidades, e como 
consequência, efetivar os princípios constitucionais da igualdade, da dignidade e da 
não discriminação. Para conduzir a argumentação, examinam-se a legislação 
pertinente sobre o processo de inclusão escolar, pesquisando em fontes sobre o 
assunto. Com ênfase na necessidade de romper barreiras que impossibilitam a 
inserção da criança com deficiência no ensino regular, com base em posturas e 
comportamentos estereotipados e preconceituosos, que, há muito tempo, vem 
legitimando toda forma de exclusão. Propõem-se mudanças atitudinais urgentes por 
meio de propostas de ações afirmativas, como forma de efetivar a inclusão escolar, 
ressaltando que a pior forma de segregação é aquela que marginaliza a pessoa em 
qualquer ambiente, o qual dificulta a aproximação e o contato natural com a 
interação social. Por fim, o processo de inclusão exige profundas mudanças com o 
único fim de melhorar a qualidade da educação, seja ela para os alunos com ou sem 
necessidades físicas e mentais. 
 
Palavras-chave: Inclusão escolar; Deficiência Múltipla; Deficiência física e mental; 
Processo de Inclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
LISTRA DE ABREVIATURA E SIGLAS 
 
AAIDD – Associação Americana de Deficiência Intelectual e de Desenvolvimento. 
AEE – Atendimento Educacional Especializado 
CENESP – Centro Nacional de Educação Especial 
DF – Deficiência Física 
DM – Deficiência Mental 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
LDBEN – Lei de Diretrizes Bases da Educação 
MD – Múltiplas Deficiências 
MEC – Ministério da Educação e Cultura 
ONU – Organização das Nações Unidas 
PNE – Plano Nacional de Educação 
SEE – Secretaria de Educação Especial 
UNESCO – Organização das nações Unidas para a Educação, a Ciência e a 
Cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO...........................................................................................................10 
1 EDUCAÇÃO ESPECIAL: HISTÓRIAS E LEIS .....................................................12 
1.1 Leis que norteiam a Educação Especial...............................................................15 
2 DEFICIÊNCIAS MULTIPLAS (FÍSICA E MENTAL)...............................................21 
2.1 Deficiência Mental................................................................................................24 
2.2 Deficiência Física.................................................................................................27 
3 INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MULTIPLAS..................................29 
3.1 Aluno com Deficiência Múltiplas no Ensino Regular............................................31 
CONCLUSÃO............................................................................................................39 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
INTRODUÇÃO 
 
A inclusão escolar configura-se como um desafio as escolas brasileiras 
diante do seu sistema e principalmente para os educadores, que se tornam 
personagens principais para o sucesso da verdadeira inclusão escolar. Os 
problemas que envolvem este processo de inclusão vão das dificuldades estruturais, 
organizacionais, motivacionais por parte dos professores até curriculares somados a 
dificuldades de aceitação e quebra de paradigmas. 
Por maiores que seja as necessidades de incluir e não apenas integrar, se 
faz presente em nossos dias primeiro por amparo legal e depois por entender que 
todos os envolvidos neste processo de inclusão escolar se beneficiam, os alunos 
pela convivência e com isso aprendem a respeitar a todos. Os professores, pois são 
desafiados a uma pratica mais consistente, afinalo processo ensino e aprendizagem 
deve ocorrer com eficiência para todos os envolvidos. 
Diante deste quadro o presente trabalho tem por objetivo da ênfase no 
processo de inclusão do Deficiente Múltiplo (MD) física/mental no ensino regular, 
verificando se a escola realmente está preparada para este processo de inclusão 
escolar, com o intuito de saber até que ponto essas crianças são aceitas e como é 
feito o processo de integração, ou seja, como as escolas trabalhão com essas 
crianças, de que forma os professores atuam em sala e se eles estão preparados 
para lidar com essas crianças. 
Este texto está organizado em três momentos distintos, porém interligados 
entre si. No primeiro, contextualizam-se os aspectos históricos da inclusão. No 
segundo momento apresenta-se, de forma sucinta, o conceito das deficiências. No 
terceiro, trata do processo de inclusão do aluno com deficiência múltipla, 
conceituando e fundamentando-se no processo de inclusão deste aluno no ensino 
regular. E finalmente, é apresentada a conclusão da pesquisa. 
Portanto é de fundamental importância ressaltar que a educação é uma das 
formas de participação popular que permite ao individuo portador de qualquer tipo de 
deficiência seja ela Física, Mental ou outras, a integração com o contexto ao qual faz 
11 
 
parte, ou seja, é possibilitar-lhe o crescimento. Salientando que é necessário e 
urgente fazer com que a integração evolua do discurso para ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1 EDUCAÇÃO ESPECIAL: HISTÓRIA E LEIS 
 
A educação inclusiva realmente é um dos maiores desafios de nossa 
sociedade, vivenciada de maneira mais efetiva desde a década de 70, ela envolve 
aluno, escola e família. Para compreender melhor o processo atual de inclusão 
escolar, é necessário entender como a pessoa com deficiência foi vista ao longo de 
nossa história. 
Diante disso temos, na idade antiga, segundo Miranda (s.d) uma ausência 
total às pessoas com deficiência e na sua maioria eles eram exterminadas. Isto 
associado a um pensamento cristão, pois muitos acreditavam e atribuíam essa 
diferença a um castigo divino, “Para outros hierarcas a condição de cristãos dos 
deficientes, os torna culpados, justo castigo do céu por pecados seus ou de seus 
descendentes” (PESSOTTI,1984). 
Na Grécia e em Roma, as pessoas com deficiência eram mortas ou 
abandonadas e os pais também cometiam assassinato de seus próprios filhos no ato 
do nascimento, quando se detectava a deficiência, tudo isso amparado por lei, pois 
na concepção Greco-romana, o Estado tinha o direito de não permitir que qualquer 
família permitisse a vida de crianças com deficiências. (AMARAL, 1997). 
As maiores dificuldades encontradas pelas pessoas com deficiências eram a 
educação, então o médico Benjamim Rush, de 1700, foi o primeiro norte-americano 
a introduzir a idéia de educação para pessoas com deficiência, mas somente em 
1817 que Thomas Gallaudett, estabeleceu o “Asilo Norte-Americano para a 
Educação e Instrução de surdos e mudos”. 
As instituições para pessoas com deficiência continuaram a crescer em 
número e tamanho durante o final do século XIX até a década de 1950, ao 
mesmo tempo em que surgia uma nova tendência de escola conhecida com 
“escolas comuns”, nas quais a maioria das crianças eram educadas, 
embora vários grupos de crianças fossem excluídas das escolas publicas 
regulares. Entre 1814 e 1918, todos os estados legislaram o ensino 
obrigatório e as escolas públicas atraíram enorme quantidade de recursos 
para seu desenvolvimento (RURY, 1985; U. S. BUREA OF THE CENSUS, 
1975; U. S. DEPARTAMENTO EDUCATION, NATIONALCENTER FOR 
EDUCATION STATISTICS, 1991). 
Pelo mundo, podemos citar que este assunto também foi discutido e 
aprimorado na Escandinávia em 1972, pelo líder Wolfensberger, com o Princípio de 
13 
 
Normalização da Educação Especial, o mesmo defende que todas as pessoas com 
deficiências têm o direito de usufruir de condições mais normais possíveis (BATISTA 
E ENUMO, 2004). 
Como vimos até aqui, durante muito tempo pelo mundo, a pessoa com 
algum tipo de deficiência era excluída e muitas vezes eliminada. 
 
Os indivíduos com deficiência, vistos como “doentes” e incapazes, sempre 
estiveram em situações de maior desvantagem, ocupando, no imaginário 
coletivo, a posição de alvos da caridade popular e da assistência social, e 
não sujeitos de direitos sociais, entre os quais se inclui o direito a educação 
(TAVARES FILHO, s.d. p.3-4). 
 
Então vamos neste momento relatar de forma breve como se deu a história 
da Educação Especial no Brasil. 
Em nosso país, as pessoas com deficiência começaram a ser atendidas com 
a criação de duas instituições localizadas no Estado do Rio de Janeiro, 1854 – o 
Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atual Instituto Benjamim Constant IBC) e em 
1857 – o Instituto dos Surdos e Mudos (hoje Instituto Nacional da Educação dos 
Surdos INES). 
No início do século XX é fundado o Instituto Pestalozzi (1926), instituição 
especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954, é 
fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE 
(BRASIL, 2007). 
Destacamos então, que as grandes tendências pela educação especial 
surgem em meados do século XX, quando a direção pedagógica do atendimento 
educacional dessas pessoas torna-se mais evidente, a princípio mais voltada para 
um atendimento médico, mas atrelado a uma discussão e preocupação com a 
educação e inclusão social destas pessoas na sociedade. 
Na década de 50 surgem às primeiras escolas especializadas e as classes 
especiais, predominavam a concepção científica da deficiência acompanhada pela 
atitude assistencialista, contando para isso com instituições filantrópicas de 
atendimento aos alunos com deficiência (BRASIL, 2006). 
14 
 
A educação especial no Brasil é marcada então por dois períodos, 1854 a 
1956, por iniciativas oficiais, particulares e isoladas; e de 1957 a 1993 por iniciativas 
oficiais e de âmbito nacional. 
Na década de 70 as crianças com deficiências passam a freqüentar as 
classes especiais, devido ao pensamento concreto de que estes indivíduos 
necessitam participar de ambientes escolares, mesmo que seja por poucas horas, 
demonstrando novas possibilidades educacionais. 
[...] classes especiais em escolas públicas, visando oferecer à pessoa 
deficiente uma educação à parte [...] no final do século XX, por volta da 
década de 70, observa-se um movimento de integração social dos 
indivíduos que apresentavam deficiência, cujo objetivo era integrá-los em 
ambientes escolares, o mais próximo possível daqueles oferecidos à 
pessoa normal (MIRANDA, s.d. p.2) 
Temos agora, as décadas de 80 e 90, uma educação inclusiva que propõe 
uma escola responsável por criar condições de promover uma educação de 
qualidade para essa clientela diferenciada. 
[...] esse paradigma é o da inclusão social- as escolas (tanto comuns como 
especial) precisam ser reestruturadas para acolherem todo espectro da 
diversidade humana representado pelo alunado em potencial, ou seja, 
pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas e com 
qualquer grau de severidade dessas deficiências, pessoas sem deficiências 
e pessoas com outras características atípicas, etc. É o sistema educacional 
adaptando-se as necessidades ao sistema educacional (escolas integradas) 
(SASSAKI, 1998, p.9-17). 
Sassaki (2006), em seu artigo Inclusão: Construindo uma sociedade para 
todos, explica de uma forma muito clara e interessante como se deu, por meio de 
fazes, o desenvolvimento da história da inclusãoFase de Exclusão: período em que não havia nenhuma preocupação ou 
atenção especial com as pessoas deficientes ou com necessidades 
especiais. Eram rejeitadas e ignoradas pela sociedade. 
Fase da Segregação Institucional: neste período, as pessoas com 
necessidades especiais eram afastadas de suas famílias e recebia 
mantimentos em instituições religiosas ou filantrópicas. Foi nessa fase que 
surgiram as primeiras escolas especiais e centros de reabilitação. 
Fase da Integração: algumas pessoas com necessidades especiais eram 
encaminhadas às escolas regulares, classes especiais e salas de recursos, 
após passarem por testes de inteligência. Os alunos eram preparados para 
adaptar-se à sociedade. 
Fase de Inclusão: todas as pessoas com necessidades especiais devem 
ser inseridas em classes comuns, sendo que os ambientes físicos e os 
procedimentos educativos é que devem ser adaptados aos alunos, 
conforme suas necessidades e especificidades. 
15 
 
Temos então, um breve histórico da evolução da Educação Inclusiva no 
Brasil e em alguns lugares do mundo que acabou influenciando nossas ações por 
aqui. Agora é necessário pensarmos como a legislação da Educação Especial 
acontece em nosso país e direciona todas as ações inclusivas escolares e sociais da 
nossa sociedade. 
1.1 LEIS QUE NORTEIAM A EDUCAÇÃO ESPECIAL 
No Brasil a implementação consistente do discurso favorável a inclusão foi 
influenciada por declarações e movimentos internacionais, tudo isso desde a década 
de 40 pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), ao longo da 
história, produziu inúmeros documentos internacionais norteadores de políticas 
públicas para seus países membros, o Brasil sendo membro e signatário desses 
documentos, os respeita e reconhece-os na elaboração de suas próprias políticas 
públicas. Dentre os documentos produzidos, destacamos: Declaração Universal dos 
Direitos Humanos; Declaração Mundial sobre Educação para Todos e “Plano de 
Ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem”; Declaração de 
Salamanca; Convenção da Guatemala e a Declaração de Montreal. 
A ONU ponta em 2010, que existem 600 milhões de pessoas com 
deficiência no mundo, sendo que, 400 milhões estão nos países em 
desenvolvimentos, incluindo aqui o Brasil, já que o Banco Mundial relata que pelo 
menos 79 milhões estão na América Latina, dos quais 24 milhões são brasileiros. O 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta e comprova tal pesquisa 
relatando que existem aproximadamente 3 milhões de jovens com pelo menos uma 
deficiência, (INCLUSÂO – REVISTA DA EDUCAÇÂO, 2010). 
Temos a educação inclusiva como alvo de muitos para a sua verdadeira 
consolidação, alicerçado nas proposições de duas declarações mundiais: em 1990 a 
Declaração Mundial de Educação para Todos e quatro anos depois a Declaração de 
Salamanca. 
Diante da importância destes dois eventos e suas respectivas declarações 
para a efetivação da inclusão no Brasil, vamos então, comentar sobre ambas. 
16 
 
A Declaração Mundial de Educação para Todos, foi aprovada em Jomtien na 
Tailândia, em 1990, apresentando como principal objetivo garantir o atendimento as 
necessidades básicas da aprendizagem de todas as crianças e seu artigo 3º a 
Declaração trata da universalização do acesso a educação e do principio de 
equidade, destacando a educação dos alunos com deficiência o documento afirma: 
 
As necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadores de 
deficiência requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que 
garantam a igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e 
qualquer tipo de deficiência, como parte do sistema educativo (p.4). 
 
Assim, esta Declaração deixa evidente que toda e qualquer criança, tem o 
direito a educação “inclusive” as crianças com qualquer tipo de deficiência. 
Mesmo diante de tal declaração e importância para o mundo, a exclusão 
ainda era presente em muitos países, o que culminou, em julho de 1994, a 
Conferencia Mundial de Educação, que contou com representantes de 94 países e 
25 organizações internacionais, organizado pelo governo espanhol e a Organização 
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), tem tudo 
para se discutir sobre a educação e mais uma vez dar ênfase a educação 
integradora. 
Em suma a reunião proclama que as escolas regulares que estão 
preparadas para inclusão, constituem os meios mais eficazes de combater atitudes 
discriminatórias. 
Destacamos então, alguns artigos da Declaração de Salamanca, que 
evidencia o direito a educação e a minimização de ações discriminatórias: 
 
• Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a 
oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem; 
• Toda criança possui características, interesses, habilidades e 
necessidades de aprendizagem que são únicas, 
• Sistemas educacionais deveriam ser designados e programas 
educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta 
a vasta diversidade de tais características e necessidades, 
• Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso 
à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia 
centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades, 
• Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os 
meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se 
comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e 
17 
 
alcançando educação para todos; além disso, tais escolas provêem uma 
educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em 
última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional (BRASIL, 
2007). 
 
Para tornar nosso estudo ainda mais completo, agora vamos destacar, em 
ordem cronológica, as leis que nortearam todo o processo de Inclusão de crianças 
com Necessidades Educacionais e Especiais nas escolas regulares. 
Este passeio cronológico pelas leis começa em 1961, pela Lei de Diretrizes 
Bases da Educação Nacional (LDBEN), lei nº 4.024/61, que aponta o direito dos 
“excepcionais” a educação, preferencialmente dentro do sistema geral de ensino 
(BRASIL, 2007). 
Pela Lei nº 5.692/71, que altera a anterior, define que o tratamento especial 
para os alunos com deficiência física, mental, ou qualquer alunos com atraso 
considerável de aprendizagem, não pode ser feito nas escolas regulares ou sem 
nenhum preparo, haja vista que a organização do sistema de ensino é incapaz de 
atender às necessidades especiais educacionais destes alunos e acaba reforçando 
o encaminhamento destes para as classes especiais (Ibidem, 2007). 
O Ministério da Educação e Cultura (MEC) cria em 1973, o Centro nacional 
de Educação Especial – CENESP – responsável pela gerencia da educação 
especial no Brasil, que promove ações por meio de políticas publicas de acesso 
universal à educação. 
Depois de algum tempo temos A Constituição da República Federativa do 
Brasil de 1988, que estabelece em seu artigo 3º inciso IV “promover o bem de todos, 
sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação”. Destaca ainda em seu artigo 205 que a educação é um direito de 
todos, garantindo pleno desenvolvimento da pessoa, o seu exercício de cidadania e 
qualificação para o trabalho. Seu próximo artigo (206º), inciso I, estabelece a 
“igualdade de condições de acesso e permanência na escola”, ou seja, todos têm 
direito a ir e permanecer em uma escola que respeita a todos (BRASIL, 2006). 
Em 1989, a Lei nº 7.853/89, dispõe sobre as pessoas portadoras de 
deficiência e sua interação social e ainda define como crime recusar a matricula de18 
 
um estudante deficiente, isso em qualquer nível de ensino, seja ele nas escolas 
públicas ou privadas. 
Pela Lei nº 8.069/90, em 1990, O Estatuto da Criança e do Adolescente, 
conforme o seu artigo 55 determina aos “pais ou responsáveis a obrigação de 
matricular seus filhos na rede regular de ensino”, está culminando com a Declaração 
mundial de Educação para Todos, já mencionada no texto. 
Quatro anos depois temos a Declaração de Salamanca que torna-se mais 
um marco na luta pela inclusão para todos e em todas as escolas, mas juntamente 
com esta Conferência temos a Política de Educação Especial, que torna-se uma 
marco de retrocesso ao orientar a “integração institucional” que condiciona o acesso 
às classes comuns do ensino regular para os alunos que não dispõe do mesmo 
ritmo de aprendizagem dos alunos ditos “normais”. 
Em 1996, a Lei de Diretrizes Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/96, 
no seu artigo 59 coloca que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos 
currículo, métodos, recursos e organização especifica para atender as necessidades 
de todos seus alunos e outros, no seu artigo 58 dispõem “o atendimento educacional 
especializado será feito em classes, escolas ou serviços especializados,sempre que, 
em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração 
nas classes comuns de ensino regular”. Em resumo a lei aponta que a educação de 
pessoas portadoras de deficiência deve dar-se preferencialmente na rede regular de 
ensino, sendo um dever do Estado e da Família promovê-la, tendo como principal 
objetivo que as escolas promovam o pleno desenvolvimento do educando, 
preparando-o para o exercício da cidadania e qualificando-o para o trabalho. 
O Decreto nº 3.298 regulamenta a lei nº 7.853/89 em 1999, Política Nacional 
para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, define a educação especial 
como modalidade transversal. 
Em 2001, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação 
Básica (Resolução CNE/CEB nº2/2001), determina em seu 2º Artigo que todos os 
sistemas de ensino devem efetuar as matriculas de alunos com necessidades 
educacionais especiais, ampliando o caráter da educação especial para realizar o 
atendimento educacional especializado. 
19 
 
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às 
escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com 
necessidades educacionais especiais, assegurando as condições 
necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MEC/SEESP, 
2001). 
No mesmo ano, 2001, o Plano Nacional de Educação – PNE, Lei nº 
10.172/2001, observa que “o grande avanço que a década da educação deveria 
produzir seria a construção de uma escola inclusiva que garanta o atendimento à 
diversidade humana”. 
No ano seguinte, pela Lei nº 10.436/02 reconhece a Língua Brasileira de 
Sinais – Libras como meio legal de comunicação e expressão e a inclusão da 
disciplina de Libras como integrante do currículona formação de professores. 
Em 2003, é implementado pelo MEC o Programa Educação Inclusiva: que 
promove o direito à diversidade e apóia a transformação dos sistemas de ensino em 
sistemas educacionais inclusivos. 
Em 2004, é lançado o documento “O acesso de Alunos com Deficiência às 
Escolas e Classes Comuns da Rede Regular”, pelo Ministério Público Federal, tendo 
o objetivo de mostrar os conceitos e diretrizes mundiais para a inclusão. 
Já em 2006, a ONU, organiza a Convenção sobre os Direitos das Pessoas 
com Deficiência, tendo o Brasil como signatário, estabelece que todos os Estados 
Partes devem instaurar um sistema de educação inclusiva em todos os níveis de 
ensino, em seu 24º artigo coloca: 
 
- as pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional 
geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não 
sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob 
alegação de deficiência; 
- as pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental 
inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condições com as 
demais pessoas na comunidade em que vivem; 
- adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais sejam 
providenciadas; 
- as pessoas com deficiência recebem o apoio necessário, no âmbito do 
sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; e 
- efetivas medidas individualizadas de apoio sejam adotadas em ambientes 
que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, compatível com a 
meta de inclusão plena. 
 
20 
 
Este documento reafirma a visão de superar a oposição entre a educação 
regular e a educação especial. 
 
Contrariando a concepção sistêmica da transversalidade da educação 
especial nos diferentes níveis, etapas e modalidades de ensino, a educação 
não se estruturou na perspectiva da inclusão e do atendimento às 
necessidades educacionais especiais, limitando, o cumprimento do princípio 
constitucional que prevê a igualdade de condições para o acesso e 
permanência na escola e a continuidade nos níveis mais elevados de 
ensino (BRASIL 2007, p. 09). 
 
Depois disso, alguns decretos que reforçam esta idéia de real inclusão de 
pessoas com deficiências educacionais especial em escolas regulares tanto públicas 
quanto particulares, dentre elas destacamos: 2007 – Decreto nº 6.094/07; 2008 – 
Decreto nº 6.571; 2009 – Decreto nº 6.949 e ainda em 2009 – Resolução nº 4 
CNE/CEB. 
Em 201, o Plano Nacional de Educação PNE – Um projeto de lei cuja meta 
pretende “Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar a 
estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.” E por fim em 2012 – Lei nº 
12.764 é instituí a Política Nacional de Proteção da Pessoa com Transtorno do 
Espectro Autista. 
Temos então, uma pequena e resumida explanação de algumas leis, 
decretos e resoluções que norteiam a Educação Especial no Brasil, destacando a 
importância dos mesmos para uma boa efetivação da Educação Inclusiva para 
todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
2 DEFICIÊNCIA MULTIPLAS (FÍSICA E MENTAL) 
 
O Decreto nº. 5.296 da constituição Federal, define Deficiência Múltipla 
como a associação de duas ou mais deficiências com mobilidade reduzida. O seu 
conceito varia muito no âmbito geral, ARAÚJO (2013) em seu artigo Inclusão de 
Portadores de Múltiplas Deficiências (MD) no Mercado do Trabalho denomina a 
Deficiência Múltipla: 
O indivíduo que possui duas ou mais deficiências primárias (mental, visual, 
auditiva, física), com comprometimentos que acarretam atrasos no 
desenvolvimento global e na capacidade adaptativa, no qual serão supridas 
e priorizadas as principais necessidades e desenvolvidas através das 
habilidades básicas para o seu bom convívio em sociedade. (ARAÚJO, 
2013, p.10) 
No Brasil o conceito de maior utilização é o do Ministério da Educação, onde 
caracteriza MD quem apresenta alteração completa ou parcial de uma ou mais 
partes do corpo, perda parcial ou total da audição e da visão, desempenho 
intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes os dezoito 
anos ou associação de duas ou mais deficiências (MEC, 2006). 
A classificação da Deficiência Múltipla pode ser precedida da seguinte 
maneira: 
 Física e Psíquica: Na qual consiste na associação da 
deficiência física com a intelectual e também poderá ser defina pela 
ligação da deficiência física a transtornos mentais; 
 Sensorial e Psíquica: Engloba a deficiência auditiva com a 
intelectual; a visual com a intelectual; auditiva com transtornos mentais 
e perda visual a transtornos mentais; 
 Sensorial e Física: Consiste na associaçãoda deficiência 
auditiva com afísica; deficiência visual à deficiência física; 
 Física, Psíquica e Sensorial: deficiência visual associada 
com física e intelectual; deficiência física ligada à deficiência auditiva e 
intelectual; a Deficiência física com associação a deficiência auditiva e 
visual. 
Além destes, podemos ainda salientar a deficiência múltipla sensorial, no 
qual abrange: a surdez com a deficiência mental; surdez com distúrbios neurológicos 
22 
 
de conduta e emocionais; surdez com deficiência física; a baixa visão com 
deficiência mental; abaixa visão com distúrbios neurológicos emocionais, de 
linguagem e conduta; abaixa visão com deficiência física; cegueira com deficiência 
física; cegueira com deficiência mental; cegueira com distúrbios emocionais, 
neurológicos, conduta e linguagem. 
A de se notar que a deficiência múltipla, não implica somente a aquelas 
crianças que nascem com algum tipo de problema e acabam caucionando outro no 
decorrer da vida, mais existem algumas que acabam adquirindo no parto ou durante 
sua existência, sendo que se não for cuidado e diagnosticado no início, pode vir a 
afetar diversas áreas do desenvolvimento, tanto da comunicação, quanto também 
intelectual psicomotora e entre outras. 
Neste sentido a deficiência inicial pode vir a causar outras deficiências 
secundárias, definindo a múltipla deficiência. Segundo Contreras& Valente (1993), a 
caracterização da deficiência múltipla exige a observância de certos aspectos: 
Têm de haver simultaneamente, na mesma pessoa, duas ou mais 
deficiências (psíquicas, físicas e sensoriais). Essas deficiências não têm de 
ter relação de dependência entre si, quer dizer, uma das deficiências não 
condiciona que exista outra ou outras deficiências; também não tem de 
haver uma deficiência mais importante do que a outra ou outras. 
Estabelecer a importância ou o predomínio de uma deficiência sobre a outra 
é difícil e não conduz a nada [...] (CONTRERAS&VALENTE, 1993, p.378). 
No âmbito do contexto geral é de suma importância o prognóstico rápido em 
ambos os casos de MD, isso é necessário para o direcionamento ao tratamento 
correto. Desta forma os Profissionais devem ser muito bem habilitados e 
especializados no assunto, vale ainda ressaltar que quanto mais rápido e mais cedo 
à criança ser examinada e diagnosticada, célere será seu desenvolvimento. 
Vivemos num País onde a maioria das famílias é carente e de poucos 
recursos financeiros, por isso acaba ficando difícil e mais prolongada à identificação 
da deficiência. O prognóstico tardinho acarreta inúmeras perdas, pois é preciso 
preparar a família para tal, ela é de suma importância para o bom desenvolvimento 
da criança com MD. 
A identificação da deficiência é marcante para uma melhor elaboração de 
estratégias e entrosamento da equipe que atenderá esta criança. Visando que a 
23 
 
educação tem um papel significativo no desenvolvimento, aprendizagem e interação 
familiar. O indivíduo pode, assim, ter uma deficiência, mas isso não significa 
necessariamente que ele seja incapaz; a incapacidade poderá ser minimizada 
quando o meio lhe possibilitar acessos. 
Na escola encontraremos alunos com diferentes diagnósticos, para os 
professores será importante a informação sobre quadros progressivos ou estáveis, 
alterações ou não da sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa; se existem outras 
complicações associadas como epilepsia ou problemas de saúde que requerem 
cuidados e medicações (respiratórios, cardiovasculares, etc.). 
Essas informações auxiliarão o professor especializado a conduzir seu 
trabalho com o aluno e orientar o professor da classe comum sobre questões 
específicas de cuidados. Alunos, com níveis funcionais básicos e possibilidades de 
adaptação ao meio podem e devem ser educados em classe comum, mediante a 
necessária adaptação e suplementação curricular. 
Alunos com Deficiências Múltiplas essencialmente deverão receber 
Atendimento Educacional Especializado no espaço do atendimento educacional, 
será extremamente importante para a escolarização deste aluno, requerendo 
colaboração entre educação, saúde e assistência social: ação complementar dos 
profissionais nas diferentes áreas do conhecimento (neurologia, fisioterapia, 
fonoaudióloga, terapia ocupacional e psicologia escolar) quando necessário, 
fornecendo informações e orientações específicas para o atendimento às 
particularidades decorrentes de cada deficiência. 
No entanto é imprescindível que os professores admitam a disparidade e a 
complexidade dos diferentes tipos de deficiência, para definir estratégias de ensino 
que desenvolvam o potencial do aluno. 
De acordo com a limitação apresentada é necessário utilizar recursos 
didáticos e equipamentos especiais para a sua educação buscando viabilizar a 
participação do aluno nas situações prática vivenciadas no cotidiano escolar, para 
que o mesmo, com autonomia, possam aperfeiçoar suas potencialidades e 
transformar o ambiente em busca de uma melhor qualidade de vida. (BRASIL, 2006, 
p. 29). 
24 
 
2.1 DEFICIÊNCIA MENTAL 
O Decreto nº 5.296 de 2004, define a deficiência mental (DM) como sendo o 
indivíduo que possui um desenvolvimento intelectual abaixo da média, esta 
manifestada antes dos dezoitos anos, com limitações associadas a duas ou mais 
áreas de habilidades adaptativas, como: comunicação, relação social, cuidado 
pessoais, relacionamento, saúde, lazer, trabalho, dificuldade de aprendizagem, etc. 
Sendo assim, podemos enfatizar que a pessoa com deficiência intelectual ou 
mental é aquela que possui ausência ou disfunção de uma estrutura psíquica, 
fisiológica ou anatômica referente à biologia da pessoa, possuindo assim 
dificuldades de locomoção, percepção e relação social. Tal situação ocorre em 
decorrência de problemas que afetam o cérebro levando desta forma ao baixo 
rendimento, mais não acabam atingindo outras regiões cerebrais. 
Existem inúmeras causas para a deficiência mental, as mais comuns são: 
 Genéticas – no qual decorrem durante a gestação e até o parto: 
desnutrição, má assistência médica à gestante, doenças infecciosas 
(sífilis, rubéola, toxoplasmose), Fatores tóxicos (álcool, drogas, efeitos 
de remédios, poluição ambiental, fumo), Fatores genéticos (alterações 
cromossômicas); 
 Perinatais – Fatores que ocorrem durante o parto como: traumas e 
lesões durante o parto, hipóxia ou anóxia (oxigenação cerebral 
insuficiente), bebê prematuro ou abaixo do peso, icterícia grave; 
 Fatores pós natal – fatores decorrentes após o parto até a 
adolescência, exemplos: Desnutrição, infecções, intoxicações 
exógenas, acidentes, infestações, etc. 
 Problemas de saúde – Causas por motivos de algum tipo de doença 
como o sarampo, meningite, má desnutrição extrema e também 
exposição a algum tipo de veneno como chumbo e o mercúrio. 
A classificação da gravidade da deficiência mental segundo a Associação 
Mundial de Saúde, esta estabelecido em: 
25 
 
o Leve (entre 53 a 70 de QI)- Apresenta um ligeiro atraso nas 
aprendizagens, ou algumas dificuldades concretas, pode desenvolver 
aprendizagens sociais ou de comunicação, e tem capacidade de 
adaptação e integração no mundo laboral. 
o Moderado (entre 36 a 52 de QI) - Dificuldade na expressão oral, e na 
compreensão dos convencionalismos sociais. Apresente 
desenvolvimento motor aceitável. 
o Severa (entre 20 a 35 de QI) -Fundamentalmente necessitam que se 
trabalhe para instaurar alguns hábitos de autonomia, já que há 
probabilidade de adquiri-los. Sua capacidade de comunicação é muito 
primária. Podem aprender de uma forma linear, são crianças que 
necessitam revisões constantes. 
o Profundo (abaixode 20 de QI) - São pessoas com uma incapacidade 
total de autonomia. Os que têm um coeficiente intelectual inferior a 10, 
inclusive aquelas que vivem num nível vegetativo. 
De acordo com a Associação Americana de Deficiências Intelectual e de 
Desenvolvimento (AAIDD, 2002), o diagnóstico deve-se basear em três critérios: 
Funcionamento Intelectual; comportamento adaptativo; e idade do início da 
manifestação ou dos sinais que indicam o atraso do desenvolvimento. Para a 
definição clara da deficiência é necessário fazer um teste de QI no qual o 
aproveitamento deva ser inferior a 70 ou 75. Há deficiência intelectual conforme a 
Associação, esta definida em cinco dimensões: 
1. Habilidades Intelectuais: Esta relacionada a habilidades gerais, 
raciocínio, compreensão da idéias, pensamento abstrato, 
aprendizagem, habilidade de soluções de problemas; 
2. Comportamento Adaptativo: Define-se por habilidades conceituais, 
sociais e práticas; 
3. Participação, interação e papeis sociais: Ressalta a importância da 
relação do individuo com o meio social e comunitário; 
4. Saúde: É importante o diagnóstico da deficiência mental, com fatores 
etiológicos e de saúde e mental; 
26 
 
5. Contextos:Relaciona-se com as condições e a qualidade de vida do 
individuo. 
A AAIDD desde 1992 salienta a importância do apoio para a pessoa com 
DM, no qual desempenham um papel importante no desenvolvimento e da 
aprendizagem durante a vida toda. Estes apoios estão classificados da seguinte 
forma: 
a. Intermitentes- são disponíveis somente em momentos necessários de 
crise ou períodos de transição no ciclo de vida da pessoa; 
b. Limitados- Caracteriza-se como apoio em pequenos períodos de 
treinamento ou ações voltadas ao atendimento de curta duração, com 
contribuição até o final. 
c. Extensivos- Apoio caracterizado pela sua regularidade (ex: 
diariamente) em limitação temporal. 
d. Pervasivos- Caracteriza pelo apoio de alta intensidade, proporcionados 
em deferentes ambientes e por toda a vida, envolvendo uma equipe 
com maior número de pessoas. 
O diagnóstico da pessoa com DM deve ser realizado por profissionais muito 
bem habilitados (psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, etc.) com ajuda da 
família, pais e educadores que convivem com a criança. As observações e analises 
feita observa-se: O funcionamento cognitivo, ou seja, na sua capacidade de 
aprender, pensar, resolver problemas, encontrar um sentido no mundo, uma 
inteligência do mundo que as rodeias; e funcionamento adaptativo, que se baseia 
nas competências necessária para viver com autonomia e independência na 
comunidade em que se insere. 
É importante que a criança com deficiência mental, receba desde o começo 
apoio e orientações necessárias para o seu desenvolvimento cognitivo e adaptativo, 
o ambiente educativo (creche, pré-escola, escola) é imprescindível neste sentido. A 
educação prepara a criança com deficiência a enfrentar o mundo sozinho, 
procurando de forma consciente promover atividades que a ajudem a adquirir as 
capacidades básicas necessárias para sua sobrevivência. 
27 
 
Todo e qualquer aluno com deficiência mental é capaz de adquirir 
habilidades que os possibilitam a exercer qualquer tipo de atividade, mais para isso 
devem ser estimulado de forma a identificar seu potencial e conseguir se posicionar 
no mundo onde esta inserido. 
2.2 DEFICIÊNCIA FÍSICA 
A deficiência física (DF) mediante o Decreto nº 3.298 de 1999, ha define 
sendo uma perda ou anomalia de uma estrutura psicológica, fisiológica ou 
anatômica que resultaem comprometimento que limita ou impede o desempenho 
motor da pessoa afetada. 
De acordo com o decreto nº 5.296 de 2004 Art. 4º, a DF consiste em uma: 
Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, 
acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a 
forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, 
tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, 
amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros 
com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas 
e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções. 
(BRASIL, 2004) 
Conforme descrito pela Secretária de Educação Especial (SEE, 2006) 
dependendo da doença ou lesão ocorrida, esta afetando quaisquer uns dos sistemas 
Osteoarticular, muscular ou nervoso, isoladamente ou conjuntamente acarretará em 
grandes limitações físicas de graus e gravidades isoladas. 
As causas da deficiência física podem ser por decorrência de problemas 
durante a gestação, má formação do bebê ou ainda por dificuldade durante o 
nascimento. Além disso, pode ser causado por lesão medulares resultantes de 
acidentes (mergulho, por exemplo) ou problemas do organismo (derrame, por 
exemplo). 
Dependendo das causas da DF a parte neurológica que se refere à 
deficiência neuro motora, também pode ser afetada. Nestas circunstâncias o 
individuo terá dificuldades na fala, no andar, na visão, nos movimentos das mãos ou 
de outra parte do corpo e também de controlar seus movimentos. Mais dependendo 
do caso há crianças com este tipo de deficiência, poderão se locomover sozinhas 
28 
 
sem auxilio, outras, no entanto precisarão de ajuda na realização de tarefas da vida 
diária. 
A Deficiência Física pode ser classificada como: 
 Temporária - Quando tratada, permite que a pessoa volte às 
condições anteriores; 
 Recuperável - Quando diante do tratado existe uma melhora 
considerável ou ainda suplência por outras áreas não atingidas; 
 Definitiva - Quando apesar do tratamento, a pessoa não apresenta 
possibilidades de cura, substituição ou suplência; 
 Compensável - Permite melhora por suplência de órgãos. 
Ao tentar definir qualquer tipo de deficiência, no entanto, é preciso focar nas 
aptidões que a pessoa possui, não somente nas atividades que ela não pode 
realizar ou tem dificuldade de desempenhar sozinha. 
Na escola haverá vários alunos com vários tipos de diagnósticos. Neste 
sentido é importante que o professor fique a par de todas as informações e 
diversidades de cada caso, para que assim possa conduzir seu trabalho de maneira 
a definir estratégias de ensino que desenvolva o potencial desta criança. 
A criança com deficiência física de acordo com suas limitações deve receber 
recursos didáticos e matérias especiais, promovendo sua interação e 
desenvolvimento no ambiente escolar. Dessa maneira o aluno encontrará sua 
autonomia e suas potencialidades, adquirindo as habilidades necessárias para 
transformar e melhorar o meio onde vive. 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
3 INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MULTIPLAS 
 
O processo de inclusão a cada dia ganha mais destaque no campo 
educacional, rompendo barreiras, mudando paradigmas, modificando conceitos e 
reestruturando as práticas pedagógicas no âmbito de atender as legislações e 
normas da Política Nacional de Educação. 
A Constituição Federal deixa bem claro, que a educação deve ser igualitária 
com condições de acesso a todo cidadão sem nenhuma distinção, promovendo 
assim “o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de discriminação”. Proporcionando uma escola aberta a 
todos, com condições de acesso a todas as etapas e níveis de ensino. 
O Ministério da Educação salienta que a educação inclusiva deve seguir, 
Os princípios do direito de todos à educação e valorização da diversidade 
humana fundamenta a política de educação especial que orienta os 
sistemas de ensino para garantir o acesso de todos às escolas comuns da 
sua comunidade e o atendimento às necessidadeseducacionais especiais 
dos alunos.Considerando a heterogeneidade presente na sociedade, as 
escolas devem acolher todas as crianças, independentemente das suas 
condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas e outras. 
Nessa perspectiva, o desafio da educação é assegurar um ensino de 
qualidade que beneficie os alunos com deficiência e com altas 
habilidades/superdotação, com a organização de escolas que promovam a 
participação e a aprendizagem de todos. (MEC/SEESP, 2006). 
A Declaração de Salamanca designa que as escolas de ensino regular 
devem se planejar e se organizar a receber todos os alunos independentemente de 
suas deficiências, diferenças ou classes sociais, proporcionando um ambiente 
educacional interativo e inclusivo, direcionado a todos os indivíduos. 
A escola deve adaptar seu currículo de acordo com as necessidades e 
ritmos de cada um, procurando estratégias, recursos e atividades voltadas para cada 
tipo de deficiência física, mental, sensoriais ou múltiplas, disponibilizando espaços 
democráticos que visem às diversidades, igualdades e oportunidades. 
A inclusão escolar é um direito garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (Lei n. 9.934/96), que afirma aoferta da educação especial 
30 
 
enquanto dever constitucional do Estado deve ter início na Educação Infantil, na 
idade de zero a seis anos. (BRASIL, 1996). 
A Declaração de Salamanca (1994) afirma que toda criança tem o direito a 
Educação, e ela deve ser dada de forma a proporcionar as oportunidades por igual, 
assim atingindo e mantendo o nível adequado de aprendizagem. 
 A educação inclusiva deve favorecer e satisfazer todos os alunos 
independentemente de seu comprometimento, talento, deficiência, origem 
socioeconômica ou cultural (STAINBACK E STAINBACK, 1999). 
A inclusão impõe uma escola adaptativa, tendo que se ajustarem as 
particularidades de cada aluno, assegurando um ensino especializado que exija 
mudanças no relacionamento pessoal e social, efetivando os processos de ensino e 
aprendizagem (MANTOAN, 1997). 
O conteúdo das definições abaixo é de autoria de Claudia Werneck, 
encontrado no primeiro volume do Manual da Mídia Legal (apud MELERO, 2002). 
Inclusão: a inserção é total e incondicional (crianças com deficiência não 
precisam “se preparar” para ir à escola regular). 
Integração: a inserção é parcial e condicional (crianças “se preparam” em 
escolas ou classes especiais para estar em escolas ou classes regulares). 
Inclusão: exige rupturas nos sistemas. 
Integração: pede concessões aos sistemas. 
Inclusão: mudanças que beneficiam toda e qualquer pessoa (não se sabe 
quem “ganha” mais; TODAS ganham). 
Integração: mudanças visando prioritariamente a pessoa com deficiência 
(consolida a idéia de que elas “ganham” mais). 
Inclusão: exige transformações profundas. 
Integração: contenta-se com transformações superficiais. 
Inclusão: sociedade se adapta para atender às necessidades das pessoas 
comdeficiência e, com isso, se torna mais atenta às necessidades de 
TODOS. 
Integração: pessoas com deficiência se adaptam às necessidades dos 
modelos que já existem na sociedade, que faz apenas ajustes. 
Inclusão: defende o direito de TODAS as pessoas, com e sem deficiência. 
Integração: defende o direito de pessoas com deficiência. 
Inclusão: traz para dentro dos sistemas os grupos de “excluídos” e, 
paralelamente, transforma esses sistemas para que se tornem de qualidade 
para TODOS. 
Integração: insere nos sistemas os grupos de “excluídos” que provarem 
estar aptos (sob este aspecto, as cotas podem ser questionadas como 
promotoras da inclusão). 
Inclusão: o adjetivo inclusivo é usado quando se busca qualidade para 
TODAS as pessoas com e sem deficiência (escola inclusiva, trabalho 
inclusivo, lazer inclusivo etc.). 
31 
 
Integração: o adjetivo integrador é usado quando se busca qualidade nas 
estruturas que atendem apenas as pessoas com deficiência consideradas 
aptas (escola integradora, empresa integradora etc.). 
Inclusão: valoriza a individualidade de pessoas com deficiência (pessoas 
comdeficiência podem ou não ser bons funcionários; podem ou não ser 
carinhosos etc.). 
Integração: como reflexo de um pensamento integrador podemos citar a 
tendência a tratar pessoas com deficiência como um bloco homogêneo 
(exemplos: surdos se concentram melhor; cegos são excelentes 
massagistas). 
Inclusão: não quer disfarçar as limitações, porque elas são reais. 
Integração: tende a disfarçar as limitações para aumentar a possibilidade de 
inserção. 
Inclusão: não se caracteriza apenas pela presença de pessoas com e sem 
deficiência em um mesmo ambiente. 
Integração: a presença de pessoas com e sem deficiência no mesmo 
ambiente tende a ser suficiente para o uso do adjetivo integrador. 
A educação de hoje precisa mudar seus objetivos, no intuito de que as 
pessoas com deficiência obtenham uma cultura suficiente para que pudessem 
conduzir sua própria vida. A escola inclusiva é aquela que oferece um modelo 
educativo onde busca estabelecer ligações cognitivas entre os alunos e o currículo, 
para que adquiram e desenvolvam estratégias que lhes permitam resolver 
problemas da vida cotidiana e que lhes preparem para aproveitar as oportunidades 
que a vida lhes ofereça. 
Portanto, para construirmos uma escola de qualidade, precisamos aprimorar 
a cultura da diversidade. Onde o processo de ensino aprendizagem é permanente, 
sendo necessário aprender novos significados e comportamentos de relações entre 
as pessoas, respeitando e valorizando as diferenças. 
 
3.1 ALUNO COM DEFICIÊNCIA MULTIPLAS NO ENSINO REGULAR 
 
A inclusão de alunos com deficiência múltipla, nas escolas de ensino regular, 
é um fato novo a os olhos de todos, pois se trata de uma deficiência mais acentuada 
que as demais. Neste caso, muitas vezes os próprios pais e até mesmo os 
professores ficam receosos, não sabem como lidar com a situação, não acreditam 
que este aluno conseguirá aprender realmente. 
 Mais para a inclusão acontecer realmente é preciso que todos participem 
tanto autoridades, profissionais em geral e também a família, os pais são de suma 
32 
 
importância no processo educacional, sabem e conhecem esse aluno como ninguém 
e poderá ajudar a escola a planejar e proporcionar a ele, as melhores condições de 
acessibilidade e uma educação voltada principalmente às reais dificuldades que eles 
possuem. 
A escola deve estar preparada para receber esse aluno, facilitando sua 
integração social, tanto com os professores e preciosamente com os demais 
colegas. É de fato sabido, que há pouquíssimas escolas que disponibilizam de 
espaço físico, recursos, matérias complementares e profissionais especializado para 
tal atendimento. Sendo que o professor deve adaptar o currículo, procurando focar 
nos assuntos mais relevantes, visando o grau de deficiência do qual esta se 
trabalhando. 
A instituição de ensino precisa dispor de sala de recursos com matérias e 
profissionais muito bem qualificados e especializados contribuindo na recuperação, 
ajudando na assimilação de assuntos não dominados em sala de aula e ainda em 
seu desenvolvimento de acordo com suas necessidades, promovendo a integração 
e participação nas salas comuns. 
Também vale ressaltar sobre o papel do professor itinerante, no qual se trata 
de um professor especializado em Educação Especial voltada a um tipo ou vários 
tipos de deficiências, seu papel visa proporcionar um apoio especializado ao aluno 
com MD. Este docente auxilia o professor regular, tanto na elaboração e 
planejamento das aulas com recursos adaptativos e, além disso, dá um suporte 
essencial na comunicação e relacionamento com os demais alunos. 
Montoan (2007) destaca que o aluno com deficiênciasó é capaz de 
desempenhar seus direitos a uma educação de qualidade, a partir do momento em 
que a escola tome consciência em aprimorar suas práticas pedagógicas, para que 
este consiga obter o aproveitamento desejável para seu desenvolvimento. 
Fundamenta-se assim que a ensino deve ser planejado no âmbito geral, buscando 
as melhores estratégias e recursos de ensino aprendizagem, visando que este aluno 
com deficiência, consiga vencer todos os obstáculos escolares, para assim obter o 
conhecimento necessário para as próximas etapas de sua vida. 
33 
 
Cada ser humano pensa, fala, age e aprende de formas diferentes, e a 
pessoa com deficiência múltipla também é sim, portanto é imprescindível que o 
professor saiba explorar de maneira significante suas potencialidades e identificando 
suas limitações, desde modo procurar desenvolver o método mais adequado para 
ajudá-lo em seu aprendizado. Cada passo no decorrer do aprendizado e do 
desenvolvimento do aluno deve ser muito bem planejado, começando pelas 
atividades menos complexas até chegar as mais difíceis. 
O professor deve-se observar como o aluno se comporta e se esta 
conseguindo se habituar e desenvolver tal atividade, a cada etapa que os alunos 
derem deve ser anotado diariamente, fazendo assim o seu próprio controle do 
progresso que cada um deles obtiver, podendo a seguir fazer um planejamento mais 
seguro do próximo passo a seguir, construindo desta forma uma escola de real 
inclusão. 
O processo de inclusão do individuo com deficiência múltipla, é uma etapa 
que requer um grande esforço por parte de todos os profissionais. É preciso que os 
mesmos se conscientizem da importância da integração deste aluno no ambiente 
escolar. Sendo que os valores sociais, culturais, e intelectuais para os mesmos são 
fatores determinantes para o seu desenvolvimento. 
A inclusão do aluno com vários tipos de deficiência não depende somente do 
grau de severidade “ou nível de seu desempenho intelectual, mais das 
possibilidades de interação, acolhida, socialização, adaptação do individuo ao grupo 
e principalmente, da modificação da escola para atendê-lo”. (MEC/SEED/SEESP, 
2007, p. 9) 
Um dos grandes desafios para que a inclusão se torne uma realidade, ela 
depende de preparação, interação e conscientização da equipe pedagógica, bem 
como na formação, participação e formação de professores, no qual se faz 
necessários programas de formação mais significativos para uma qualificação maior 
desses profissionais. A escola deve se readequar, promover modificações estruturas 
para que se ajustem às necessidades especiais de seus alunos. 
34 
 
O Brasil defende uma educação para todos por meio de uma escola 
heterogenia, pluralista e acolhedora, sem olhar as diferenças. A inclusão pressupõe 
que as instituições se preparem para receber esses educandos com vários tipos de 
deficiências, revendo e reformulando currículos, adequando o espaço físico, revendo 
metodologias e recursos didáticos. (LOCATELLI; VAGULA, 2009, p.2). 
Nesta perspectiva LOCATELLI e VAGULA (2009), destacam que o sucesso 
escolar colabora com a inclusão e aceitação do individuo na sociedade, aumentado 
sua auto-estima e valorizando-o como ser humano. As oportunidades, existentes ou 
não, bem como dos instrumentos e medições que possam ser apropriados por estas 
pessoas em suas relações sociais e não resultam unicamente das deficiências 
biológicas que possam apresentar. Se favoráveis forem as condições sociais, a 
situação de deficiência será suavizada, uma vez que não serão impostas exceções à 
participação dessas pessoas. (ROSS, 2004, p. 204). 
Mediante a Declaração de Salamanca (1994, p.23): 
A integração e a participação fazem parte essencial da dignidade humana e 
do gozo do exercício dos direitos humanos. No campo da educação, essa 
situação se reflete no desenvolvimento de estratégias, que possibilitem uma 
autêntica igualdade de oportunidades. 
Todos são diferentes, isto é um fato inegável, e nas escolas estas diferenças 
estão em destaque, mas ainda é pouco vivenciada, pois encarar diferenças de 
pensamento, de gostos pessoais, de estilos de vida é fácil, mas quando falamos de 
diferenças físicas e intelectuais que condicionam o aluno a situações especiais de 
educação a diferença torna-se muito difícil e muitas vezes vista como impossível. 
A educação para todos e com todos envolvidos, faz com que os alunos se 
beneficiam pelas atitudes positivas, aprendem a ser mais compreensivos, respeitadores 
das diferenças e ainda aprendem com elas, pois reconhecem que muitas ações são 
limitadas por algumas deficiências. Assim todos os alunos necessitam dessa interação, 
para aprenderem a viver em comunidade. 
Nesta perspectiva, STAINBACK (1999, p.22) acrescenta: 
Nas salas de aulas integradas, todas as crianças enriquecem-se por terem 
oportunidade de aprenderem uma com as outras e conquistam as atitudes, 
as habilidades e os valores necessários para as nossas comunidades 
apoiarem a inclusão de todos os cidadãos. 
35 
 
A escola precisa então efetivar a inclusão em todas as suas especificidades, 
respeitando a todos e fazendo com que este momento seja único e de muita qualidade, 
como coloca Carvalho “As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando um 
sistema educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando 
as necessidades de qualquerdos alunos” (CARVALHO, 2004, p. 26). 
A Política nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 
(2008) cria o Atendimento Educacional Especializado (AEE), de maneira a garantir uma 
educação de qualidade aos alunos com qualquer tipo de deficiência. Esse atendimento 
da possibilidade aos alunos a aprender “o que é diferente dos conteúdos curriculares do 
ensino comum e que é necessário para que possam ultrapassar as barreiras impostas 
pela deficiência” (SEESP/SEED/MEC, p.22, 2010). 
O AEE tem a tarefa de identificar, planejar e efetuar solução para a 
acessibilidade, e também pedagogos que promovam a participação dos alunos incluídos 
no ensino regular, visando-o seu desenvolvimento e sua aprendizagem. A escola neste 
contexto deve apresentar todas as oportunidades possíveis para que o aluno seja 
incentivado de maneira a se expressar, pesquisar, inventar e reinventar, dentro do 
espaço educacional. 
As escolas precisam e devem se preparar para a inclusão, uma que seja real 
e não apenas com o fim próprio da interação. Uma inclusão significativa que propõe 
aos educandos um sentimento de pertencimento, que instiga a construção de 
relações identitárias do sujeito com o grupo e fazer isso acontecer nas escolas é 
uma tarefa bem complicada, principalmente quando se trata de incluir sujeitos com 
deficiência. O autor Paulo Freire relata isso com muita simplicidade: 
Uma das tarefas mais importantes da prática educativa-crítica é propiciar as 
condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e 
todos com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de 
assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, 
comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter 
raiva por que capaz de amar. Assunção de nós mesmos não significa a 
exclusão dos outros (FREIRE, 1996, p. 46). 
Ensinar não é uma tarefa fácil, requer tempo, formação adequada, 
planejamento, dedicação, motivação, amor e muito mais, mesmo porque essas 
especificidades tornam-se mais evidentes e necessárias quando se tem um projeto 
de inclusão escolar. 
36 
 
Para se incluir alunos com necessidades especiais de educação nas escolas 
regulares é preciso muitas mudanças: estruturais, flexibilização ou adequação do 
currículo, metodológicas, funcionais, profissionaise principalmente, uma mudança 
de valores, pois a escola em toda a sua essência não foi preparada para este 
momento, então a quebra de paradigmas torna-se ainda mais complexo e tudo isso 
deve ser feito sem perder a fundamental essência de uma educação de qualidade. 
Essas mudanças têm seu inicio em pequenas alterações curriculares, nas 
quais não necessitam de autorização ou supervisão, conhecidas como Adaptações 
curriculares de Pequeno Porte, ampara da pelo MEC: 
Respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de 
forma a favorecer a todos os alunos e dentre estes,os que apresentam 
necessidades educacionais especiais: a) de acesso ao currículo; b)de 
participação integral, efetiva e bem sucedida em uma programação escolar 
tão comum quanto possível; (BRASIL, 2000, p. 7). 
Este desafio envolve a escola toda, mas temos um agente principal o 
professor que muitas vezes não está preparado para as mudanças, mas precisa 
enfrentá-las. 
O professor deve estar ciente de que ele é o agente principal destas 
mudanças e torna-se fundamental para o sucesso delas, mesmo porque ele se 
beneficia com a inclusão escolar, segundo Olga Maria Rolim “o professor exercita 
sua competência em realizar projetos educacionais mais completos e adaptados as 
necessidades especificas dos seus alunos; e desenvolve a responsabilidade pela 
aprendizagem deles” (2008, p.22). 
Saviani (2001) aponta na concepção histórico-critica que o papel do 
professor frente a este desafio de inclusão é fundamental, uma vez que ele seja o 
mediador do processo de ensino e aprendizagem. 
E diante de tal afirmação, torna-se necessário a real participação do 
professor neste processo, então torna-se importante cativá-lo, incentivá-lo, motivá-lo, 
afinal, o sucesso desta inclusão escolar está diretamente relacionada ao bom 
trabalho do educador. 
37 
 
Mantoan (2006) coloca que é necessário promover a confiança dos 
professores com urgência em relação ao sucesso do processo de ensino 
aprendizagem para todos, ou seja, ele precisa acreditar mesmo que é possível, e 
não apenas fazê-la por obrigação legal. 
Carvalho (2004,p.77) acrescenta: 
A Letra das leis, os textos teóricos e os discursos que proferimos 
asseguram os direitos, mas o que os garante são as efetivas ações, na 
medida em que se concretizam os dispositivos legais e todas as 
deliberações contidas nos textos de políticas públicas. Para tanto,mais que 
prever há que prover recursos de toda a ordem, permitindo que os direitos 
humanos sejam respeitados, de fato. 
Inúmeras são as providências políticas, administrativas e financeiras a 
serem tomadas, para que as escolas, sem discriminações de qualquer 
natureza, acolham a todas as crianças, independentemente de suas 
condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras... 
Assim os professores precisam entender seu real papel frente a este 
processo de inclusão, e não somente entender, mas querer fazer parte disso com 
muita convicção que o sucesso do ensino e da aprendizagem podem ser alcançados 
por todos os envolvidos. 
Sua função é tão importante que Olga Rolim (2008, p.21) destaca: 
É papel do professor: 
- Valorizar as diferenças – ser diferente e único é uma característica de todo 
ser humano; 
- Descobrir e valorizar as potencialidades – cada um tem capacidades 
próprias; devem ser descobertas, proclamadas, cultivadas e exploradas; 
- Valorizar o cooperativismo – promover a solidariedade entre crianças com 
deficiência e seus colegas. O aluno sem deficiência aprende a ajudar 
alguém em suas reais necessidades e isto diminui tabus, mitos e 
preconceitos; 
- Mudar sua metodologia – individualizar o ensino, trabalhar de forma 
diversificada, avaliar permanente e qualitativamente; 
- Oferecer, quando necessário, serviços de apoio para suprir dificuldades 
individuais 
– alunos que necessitam devem utilizar outras modalidades de serviços: 
reforço, professor itinerante, sala de recursos, desde que associados ao que 
está aprendendo na sala regular. 
Para que haja sucesso na inclusão, a tarefa deve ser coletiva, não ficando 
somente em função do professor, mais de todos os envolvidos. Só irá obter sucesso 
no processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno com deficiência física e 
mental, quando todos (pais, professores, gestores, e especialistas) se 
conscientizarem que cada um tem um papel fundamental nesta ação. E para que o 
38 
 
mesmo aconteça há um grande trabalho a ser realizado, exigirá pesquisa, estudo, 
debate, avaliação, planejamento e estratégias todas formuladas em conjunto com 
toda a equipe. 
A escola trabalhando em parceria com o professor especialista e com a 
equipe terapêutica (fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional), no qual 
realiza atendimentos individuais fora da escola, com este auxilio os alunos com 
necessidades especiais, consegue uma melhor adaptação, interação, comunicação 
e possibilitando um melhor desempenho nas atividades escolares. 
Vale também ressaltar que o conhecimento das características do ambiente 
familiar e escolar, as formas de interação e expressão utilizadas pelo aluno, pelos 
colegas e seus cuidadores, conhecer também os interesses, necessidades e 
experiências vividas, constituem-se em valiosos pontos de partida para adaptar as 
atividades às demandas e as especularidades de cada deficiência. 
Mesmo com todos estes procedimentos, é importante enfatizar que este 
processo só poderá ocorrer se os pais obtiverem o desejo de tal realidade ocorra. 
Pois a família são agentes indispensáveis no processo educacional de seus filhos, 
ainda mais quando possuem dificuldades especiais, a presença deles é mais 
cobrada no ambiente escolar, afinal, a dependência destas crianças são maiores. 
Os pais encontram diante de si um longo caminho de obstáculos na 
educação de seus filhos, e a participação deles, neste processo, é o que 
determinará o avanço educacional destas crianças. Os pais precisam manter uma 
boa interação com a escola, pois isto representa um fator positivo para a inclusão 
escolar dos seus filhos e estes possuem conhecimentos e experiências para ensiná-
los. 
Os alunos com deficiência necessitam de incentivo e atenção para vencer as 
dificuldades de aprendizagem que muitas vezes fazem com que elas desistam de 
estudar. Manter uma boa relação entre pais e a escola é fundamental para o 
sucesso da inclusão. 
 
 
39 
 
CONCLUSÃO 
Não há duvida de que todos precisam e têm direto a uma educação de 
qualidade, principalmente os alunos com deficiências múltiplas. 
Para a formação de verdadeiros cidadãos é indispensável à educação, e 
quando ela chega até os alunos com necessidades especiais educacionais 
deixamos claro que o respeito a sua integridade produz crescimento. 
A escola para todos não é fácil de ser construída em toda a sua essência, 
pois necessita da colaboração de muitos: sociedade, pais, educadores, secretarias e 
o governo em geral, e quando um projeto envolve tantas pessoas as dificuldades se 
atenuam. 
As instituições apresentam ainda falta de estruturas físicas e de materiais 
adequados para receber e trabalhar pedagogicamente com as diversidades, como 
também os professores destacam a falta de capacitação adequada e com isso a 
fragilidade do processo de ensino e aprendizagem se torna impossível ou muito 
complexo. 
É necessário entender a importância da inclusão nas escolas para poder 
cativar a todos como participantes deste processo de inclusão educacional. Mesmo 
porque a inclusão deve ser vista como um processo que requer etapas, tempo e 
análise, pois não basta ser ela garantida por lei, mas a inclusão vai além das 
regulamentos e dos espaços definidos como regulares ou especiais,ela refere-se ao 
respeito dos momentos, capacidades e necessidades dos indivíduos. 
As mudanças são importantes, no entanto exige esforço detodos permitindo 
que a escola seja vista como um ambiente de construção do conhecimento, evitando 
qualquer tipo de discriminação. Para que isso aconteça, a educação deverá ser 
aberta, procurando o favorecimento da construção durante a vida do aluno, 
independente de suas dificuldades, dando-lhes oportunidades adequadas para o 
desenvolvimento de suas potencialidades. 
A postura do professor de ser mudado, o seu papel deve ser redefinido para 
que o processo de inclusão realmente aconteça. As barreiras impostas devem ser 
40 
 
revistas, como também as políticas e práticas pedagógicas e dos processos de 
avaliação. É imprescindível conhecer o desenvolvimento de cada indivíduo, 
considerando que o processo é diferente cada aluno. 
A utilização de novas tecnologias, o Investimento em capacitação, 
atualização,e sensibilização de todos é importante para o decorrer do processo. A 
formação profissional do professor é significativa para aprimoramento curricular e 
pedagógico, proporcionando desta forma melhorias do processo ensino 
aprendizagem. 
O assessoramento ao professor é necessário na solução de problemas 
vivida continuamente na sala de aula, criando alternativas para beneficiar todos os 
alunos. Usar propostas diversificadas de conteúdos e práticas que visam melhorar a 
convivência entre docente e alunos. A avaliação deve ser imposta de forma 
continuada e permanente, dando destaque na qualidade e não na quantidade do 
conhecimento, favorecendo a criatividade, a cooperação e a participação. 
A construção do processo de inclusão escolar deve ser aberta a toda 
comunidade. As transformações impostas no sistema de ensino devem vir a 
beneficiar a todos, levando em conta as deficiências e limitações de cada ser 
humano. 
As dificuldades ainda são muitas, a inclusão desse alunado em classes 
comuns gera novas circunstâncias de desafios que se somam com as dificuldades já 
existentes, reafirmando que o processo de inclusão exige profundas mudanças com 
o único fim de melhorar a qualidade da educação, seja ela para os alunos com ou 
sem necessidades especiais. 
O entendimento da criança com deficiência é um direito, sendo dever do 
Estado e Municípios arcar com as despesas de adaptação do ambiente, recursos, 
materiais e formação docente para melhor atender esta clientela, afinal, educação 
de qualidade é direito de todos. 
Portanto, a inclusão só se tornará uma realidade, no momento em que todos 
se responsabilizem, procurando desenvolve-la com competência e preparo 
profissional, amor, perseverança e respeito. 
41 
 
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