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Industrialização -Plano de metas

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Economia Brasileira – Profª Glória Moraes
I - Da industrialização ao Plano de Metas
“Economia Brasileira Contemporânea”. Vasconcelos, Et alli, da pg. 389 até pg. 409 
ou “Economia Brasileira”. Lacerda, Et alli, da pg. 108 até pg. 126. Gambiagi, Fabio. 
Economia brasileira Contemporânea. 
O contexto mundial da crise e substituição das 
importações
• Crise de Hegemonia mundial, globalização, hiperinflação, 
crises (Polanyi, Hobsbawn, Arrigh)
• É um processo que coincide com um “fechamento” da 
população brasileira: até 1930 a população imigrante 
representava mais de 10% do crescimento anual da 
população. A partir daí passa a ser menos de 5%. 
• Doença holandesa mata?
• Crise e oportunidade geralmente andam juntas: Reservas 
em ouro (divisas) do Brasil caem vertiginosamente L& 31 
milhões em 1919 para zero em 1930.
Processo de Substituição das Importações (PSI) 
• Fechada e voltada para dentro, até como forma de suprir o 
gap das importações 
• Implantada de forma sequencial, com quatro etapas bem 
definidas
1)Estrangulamento Externo
2)Proteção à indústria (incipiente) existente
3)Geração de uma onda de investimentos em setores 
substituidores
4)Novo estrangulamento externo 
Sequência do PSI: 
1)Estrangulamento Externo
• Conjuntura Internacional (crise)
• Pouca diversificação
• Falta de Planejamento (estratégico) -> superprodução
• Especulação
2)Proteção à Indústria
• Desvalorização do Câmbio em termos reais
• Controle (Burocracia e licenças seletivas)
• Taxas múltiplas de câmbio
• Elevação das (múltiplas) tarifas aduaneiras e subsídios 
cruzados
Sequência do PSI:
3) Geração de Investimentos em Setores Substituidores
• Bens de Consumo Leve
• Bens de Consumo Duráveis
• Bens Intermediários
• Bens de Capital
4) Novo Estrangulamento Externo (Recorrente e Limitado)
• Derivado do Próprio Crescimento Econômico, é um processo 
que iria ocorrer ao longo de três décadas
Percalços do PSI:
1) Tendência ao desequilíbrio Externo nas Transações 
Correntes
• Transferência de renda da agricultura para a indústria.: tarifas 
e câmbio diferenciados desestabilizam status quo da 
agricultura remanescente
• Indústria voltada para o mercado interno era pouco 
competitiva
• Elevada demanda por importados decorrente do aumento da 
produção e da renda
Percalços do PSI:
2) Aumento da participação do estado
• Adequação do arcabouço institucional à indústria (CTEF, 
CPA, BNDE)
• Geração de Infra-estrutura básica (transporte e energia)
• Fornecimento de Insumos básicos à produção (CRVD, CSN, 
CNA, hidrelétricas)
• Captação e distribuição de poupança (BB, BNDE, CEF)
Percalços do PSI:
3) Aumento da concentração de renda
• Êxodo rural
• Perfil de capital intensivo
• Recorrência derivada da insuficiência de políticas 
compensatórias
Percalços do PSI:
4) Escassez de fontes de financiamento
• SF praticamente inexistente (Lei da usura, financiamento 
compulsório)
• Ausência de ampla reforma tributária
• Limitações da indústria, agricultura e salários desencadeiam 
financiamento inflacionário, compulsório, previdenciário e 
externo.
Balanço do PSI:
• Promoveu transição da República Velha, associada ao café, 
para formação de um estado capitalista, iniciando a 
industrialização
• Promoveu algumas importantes reformas estruturais
• Industrialização recorrente e relativa sem plano estratégico.
• Aproveitou janela de oportunidade (conjuntura internacional, 
crise e imigração) e as “vantagens do atraso” (Gershenkron)
Plano de Metas:
• Idéia de Planejamento sucede a industrialização por etapas: 
planos geram integração e sinergias entre os setores de 
atividade econômica. (economia soviética praticamente 
quadruplica na década de 30)
• Desenvolvimento do mercado na AL era estratégico para a 
potência hegemônica
• Perfil gerencial do novo governo
• Identificação de forte demanda reprimida por bens duráveis 
decorrente da elevação da renda, especialmente dos setotres 
mais ricos
Concepção do Plano de Metas:
• Comissão Brasil-EUA (CMBEU) e CEPAL/BNDE identificam 
pontos de estrangulamento de germinação:
• Germinação: automobilística, construção civil.
• Estrangulamento: transporte, energia, alimentação, 
construção civil.
• Elaboração/Detalhamentodo do Plano se dá a partir de ação 
integrada entre CMBEU, CEPAL, BNDE que criam grupos 
colegiados. 
Implementação do Plano de Metas 
• Grupos Colegiados: GEIA, GEICC, GEICON, GEIMAR, 
GEIMF
• Financiamento: Capital Estatal,Multinacional direto e indireto 
(Eximbank, BIRD) e nacional privado (em menor escala)
Implementação do Plano de Metas 
• Etapa 1 : Investimento Estatal em infra-estrutura: energia 
elétrica e rodovias em substituição às ferrovias do período 
Vargas.
• Etapa 2 : Estímulo à produção de bens intermediários (aço, 
carvão, cimento, zinco) .
• Etapa 3 : Estímulo à produção de bens duráveis e e bens de 
capital (basicamente,setor automobilístico com capital alemão, 
francês e nacional).
Balanço do Plano de Metas:
• Promoveu ampla abertura da economia ao capital externo 
não obstante permanecesse fechada aos fluxos comerciais.
• Obteve o êxito esperado em termos de crescimento 
econômico
• Intensificou gargalo no financiamento público (Saldo das 
Transações Correntes e Dívida Externa).
• Estimulou processo de industrialização do PSI
• Não mitigou concentração de renda.
• Surge um novo tipo de dependência externa: tecnológica.
• Surge a primeira crise endógena da economia brasileira.
Balanço do Plano de Metas:
Ano PIB Indústria Inflação
1955 8,8 11,1 2,3
1956 2,9 5,5 2,1
1957 7,7 5,4 16,1
1958 10,8 10,8 14,8
1959 9,8 12,9 39,2
1960 9,4 10,6 29,5
1961 8,6 11,1 33,2
1962 6,6 8,1 49,4
1963 0,6 -0,2 72,8
1964 3,4 5,0 91,8
PAEG e o Milagre Brasileiro
Exercício PSI e Plano de Metas:
1 – Considerando que a Política Cambial no período da PSI foi ativa no sentido de 
conferir competitividade aos produtos nacionais e inibir a entrada de produtos 
estrangeiros, avalie quais teriam sido os impactos desta política sobre as finanças 
públicas (considere que não houve política fiscal ativa) e sobre a inflação (considere 
também que não houve política monetária ativa)?
2 – Em sua opinião, quais seriam os efeitos sobre as taxas de crescimento no Plano 
de Metas na hipótese de uma política monetária ativa por parte do governo?
3 – Ao final da década de 1950, quais teriam sido os efeitos sobre as taxas de câmbio 
comparativamente ao período anterior? (PSI)
Crise 61- 64:
• “Carry over” do crescimento até 1962.
• Dependência externa em função de maior vinculação ao 
capital estrangeiro
Debate Estruturalistas x Ortodoxos:
• Dependência externa em função da matriz industrial mais 
complexa;
• Demanda insatisfatória vinculada à baixa renda per capita e à 
má distribuição de renda;
• Crescimento das demandas sindicais associado ao 
desestímulo ao capital estrangeiro
Crise 61- 64:
• Pouca experiência no controle inflacionário;
• Indefinição na negociação externa;
• Plano Trienal - 100% de desvalorização cambial;
• Arcabouço institucional de crédito frágil;
• Obtenção de novos financiamentos e linhas de crédito;
• Fuga de capitais estrangeiros
Limitação ao crédito externo:
• Crise política - renúncia de Jânio Quadros;
Crise 61- 64 - Cronologia do Golpe:
• 11/61 - Restabelecimento de relações diplomáticas com 
URSS
• 07/62 - Sancionada lei do 13 salário, após greve geral;
• 06/62 - Tancredo Neves renuncia ao cargo de Primeiro 
Ministro;
• 01/63 - Presidencialismo é escolhido em plesbicito;
• 13/03/64 - Comício da Central;
• 19/03/64 - Marcha em SP;
• 31/03/64 - Intervenção MilitarPAEG:
• Proposta de reformas estruturais associadas às políticas de 
combate à inflação surgem em contraponto ao Plano Trienal;
• PAEG se propõe a acelerar o ritmo de desenvolvimento, 
combater desequilíbrios setoriais e externos e controlar a 
inflação;
• Medidas de caráter “técnico” são sobrepostas à discussão 
política.
Reformas Estruturais do PAEG:
• Sistema Financeiro Nacional: Criação do BACEN e do 
Conselho Monetário Nacional;
• Infra-estrutura e saneamento básico através do BNH e do 
SFH, utilizando recursos da Caderneta de Poupança e do 
FGTS;
• Reforma Bancária, estimulando a concentração;
• Criação do FGTS como compensação à flexibilização das leis 
trabalhistas;
• Reforma Tributária.
Reforma Tributária:
• Criação de Fundos e Programas de Assistência (PIS/PASEP);
• ICM na esfera estadual;
• Centralização de recursos na esfera do poder federal;
• IPI, IR, ITR na esfera federal;
• ISS e IPTU na municipal;
Reforma da Política Externa:
• Estímulo à diversificação das exportações com as midis 
cambiais;
• Restrições às importações somente pela via tarifária;
• Abertura de linhas de crédito na esteira do relacionamento 
político com os EUA (Resolução 63 e Lei 4131).
• Início do processo de internacionalização financeira do Brasil;
Balanço do PAEG:
Ano PIB Indústria Inflação
1955 8,8 11,1 2,3
1956 2,9 5,5 2,1
1957 7,7 5,4 16,1
1958 10,8 10,8 14,8
1959 9,8 12,9 39,2
1960 9,4 10,6 29,5
1961 8,6 11,1 33,2
1962 6,6 8,1 49,4
1963 0,6 (0,2) 72,8
1964 3,4 5,0 91,8
1965 2,4 (4,7) 65,7
1966 6,7 11,7 41,3
1967 4,4 2,2 30,4
O “Milagre” Brasileiro 68-73:
• Recrudescimento do quadro político: troca do comando 
militar, A.I. 5;
• Elevada capacidade ociosa;
• Saída econômica para viabilizar fechamento político:
• Ampliação dos financiamentos externos;
• Aparato institucional “sob medida”;
Milagre Brasileiro - principais fontes de crescimento:
• Retomado do financiamento interno não inflacionário, com 
emissão de títulos;
• Retomada do investimento público em infra-estrutura:
• Reforma fiscal, concentrando recursos na esfera da união
• “Auto” financiamento;
• Aumento do investimento em empresas estatais:
• Restabelecimento tarifário
• Aporte direto.
Milagre Brasileiro - principais fontes de crescimento:
• Acesso de novos contigentes aos bens de consumo leve 
e redução da incidência de pobreza;
• Aumento do crédito ao consumidor para bens duráveis e 
construção civil:
• “Explosão” dos fusquinhas;
• Aumento das construções em função dos financiamentos 
do SFH;BNH;
• Crescimento do comércio internacional com forte impacto 
sobre as exportações.
Milagre Brasileiro - principais críticas:
• “Teoria do bolo”;
• Crescimento acelerado da dívida externa
Dívida Externa Bruta (US$ bi)
1968 3,8
1969 4,4
1970 5,3
1971 6,6
1972 9,5
1973 12,6
• Começo da estatização da dívida externa: dívida pública 
com share de 25% para 40% entre 72 e 73.
• Estouro da capacidade ociosa
• “Ame-o ou deixe-o”
Balanço do Milagre:
Ano PIB Indústria Inflação
1964 3,4 5,0 91,8
1965 2,4 (4,7) 65,7
1966 6,7 11,7 41,3
1967 4,4 2,2 30,4
1968 9,8 14,2 21,8
1969 9,5 11,2 18,7
1970 10,4 11,9 18,5
1971 11,3 11,9 21,4
1972 12,1 14,0 15,9
1973 14,0 16,6 15,5
II PND e a Crise da Dívida
Exercício PAEG e Milagre:
1 – Considerando que a Política Cambial no PAEG foi ativa no sentido de realinhar as 
taxas de câmbio e promover a competitividade aos produtos nacionais, explique por 
que não houve, neste caso, impactos inflacionários como aconteceu no PSI? 
2 – Em que medida o PAEG contribuiu para o sucesso da política econômica que que 
levou o Brasil ao Milagre?
3 – O que você acha que teria acontecido com a economia brasileira caso o ajuste 
tivesse ocorrido logo após o choque do petróleo em 1973? 
II PND - Condições de Contorno:
• Choque do petróleo
• Reversão do ciclo de crescimento mundial:
• Quebra do padrão-ouro;
• Economias centrais respondem com ciclo recessivo:
• Nível de atividade acima do pleno emprego, com ameaças 
de inflação de demanda (Inflação reacelera entre 1973 e 
1974)
• Recado político das urnas, com mudança do grupo militar 
hegemônico;
• Intenso debate político e acadêmico, que resultaria na 
reposta brasileira vem através do II PND:
II PND - Debate entre o ajustamento e a continuidade:
• Desvantagem: freio poderia representar deterioração do 
quadro político
• Ajustamento:
• Vantagem: Minimização de gargalos com restrições de 
demanda
• Oportunidade: perspectiva de reversão da conjuntura 
internacional adversa: petróleo e restrição aos 
financiamentos.
II PND - Debate entre o ajustamento e a continuidade:
• Continuidade:
• Vantagem: Minimização de gargalos com ampliação da 
oferta:
• Desvantagem: Aprofundamento dos desequilíbrios e do 
superaquecimento;
• Oportunidade: pólo de desenvolvimento mundial 
absorveria excedente de poupança ainda remanescente.
II PND - Principais medidas:
• Simonsen sinaliza com opção pelo ajuste, mas logo a 
alternativa do II PND prevalece com a montagem do novo 
governo
• Meta de crescimento de 12% para a indústria e 10% de 
crescimento do PIB
• Intensifica a participação de empresas estatais: “capitalismo 
prussiano”
II PND - Principais medidas:
• Altera a estrutura produtiva para enfrentar o período de 
marcha forçada:
• Aumento da oferta de energia: Itaipu, Nuclebrás, 
Carajás, Proálcool, etc.
• Descentralização da matriz energética: Siderúrgica 
(MA), Petroquímica (BA), Carvão (SC), Fertilizantes 
(SE), etc.
• Do fusquinha à siderurgia: deslocamento do eixo de 
bens de consumo duráveis para a produção de bens de 
capital e insumos básicos
• Descentralização política.
II PND - Desdobramentos:
• Intensifica o swap da dívida externa entre o setor público e 
setor e o setor privado;
• Resolução 432 do Bacen estimula o endividamento privado 
externo com garantias internas: taxas de juros subsidiadas 
aliadas à correção monetária levam à ciranda financeira.
• Dívida externa cresce 3 vezes entre 74 e 79 e chega a US$ 
50 bi! Dívida Externa Bruta (US$ bi)
1968 3,8
1969 4,4
1970 5,3
1971 6,6
1972 9,5
1973 12,6
1974 17,2
1975 21,2
1976 26,0
1977 32,0
1978 43,5
1979 49,9
1979: um ano crucial
• Estado sustenta o swap enquanto as dívidas 
permanecem baixas, porém atreladas à indexador 
flutuante
• II Choque do petróleo
• Aumento dos juros no mercado financeiro 
internacional
• Desequilíbrio das finanças públicas: redução da carga 
tributária efetiva e aumento das remesssas de juros das 
estatais
1979: um ano crucial (continuação)
• Aumento das demandas sindicais
• Aceleração inflacionária: pressão do aumento dos 
juros, petróleo e quebra de safra agrícola
Ano PIB Indústria Inflação
1968 9,8 14,2 21,8
1969 9,5 11,2 18,7
1970 10,4 11,9 18,5
1971 11,3 11,9 21,4
1972 12,1 14,0 15,9
1973 14,0 16,6 15,5
1974 9,0 7,8 34,5
1975 5,2 3,8 29,4
1976 9,8 12,1 46,3
1977 4,6 2,3 38,6
1978 4,8 6,1 40,5
1979 7,2 6,9 77,2
• A troca de governo em 1979 estimularia um novo momento 
de decisões cruciais entre o ajustamento e a manutenção do 
crescimento. Prevalece a chamada “heterodoxia delfiniana”:
• Controle das taxas de juros internas (subsídio)
• Expansão dos créditos para a agricultura
• Criação da SEST
• Estímulo tarifário às exportações e Máx de 30% em 
dez/79
• Pré-fixação da correção monetária: 50% em 79 e 45% 
em 80
• Nova lei salarial: semestralidade
1979: um ano crucial (continuação)
Condições de Contorno do II PND:
• Debate entre ajustamento e continuidade
• Principais medidas:
• Meta de crescimento de menos ousada
• Participação de empresas estatais: “capitalismo prussiano”
• Deslocamento para bens de capital, descentralizaçãogeo
• Estímulo ao endividamento externo, subsídios, swap
Dívida Externa Bruta (US$ bi)
1968 3,8
1969 4,4
1970 5,3
1971 6,6
1972 9,5
1973 12,6
1974 17,2
1975 21,2
1976 26,0
1977 32,0
1978 43,5
1979 49,9
Balanço do II PND e da reedição do “Milagre”
• Aceleração do PIB e da Infação
• Desequilíbrio das contas externas e queima de 
reservas
• Ciranda Financeira
Simonsen: “A inflação é péssima, mas o impasse 
externo é mortal”
A B. Castro: “Cigarras e formigas”
Ano PIB Indústria Inflação
1974 9,0 7,8 34,5
1975 5,2 3,8 29,4
1976 9,8 12,1 46,3
1977 4,6 2,3 38,6
1978 4,8 6,1 40,5
1979 7,2 6,9 77,2
1980 9,1 nd 110,2
1981 (3,1) (8,8) 95,2
1982 1,1 0,1 99,7
1983 (2,8) (5,9) 211,0
1984 5,4 6,4 223,1
A Crise da Dívida - Condições de Contorno
• Dificuldades com a gestão das contas externas impõe, 
ainda em 1980 (out), o “ajuste voluntário”, defendido em 79
• “Reagnomics” acentua de forma significativa o aumento 
dos juros
• Aceleração inflacionária para o patamar de 100% e 
queima de reservas
• Maximização dos Financiamentos (projeto star wars)
• Minimização dos Custos (Curva de Lafer)
• Consolidação dos novos patamares dos preços do 
petróleo 
Medidas de combate à crise:
• Corte nos gastos públicos e subsídios à exportação
• Aumento dos impostos (IR e IOF)
• Restrição ao crédito e aumento das taxas de juros 
internas
• Arrocho salarial
• Aceleração das desvalorizações cambiais
• Reordenamento da estrutura produtiva
• Estímulo às energias alternativas
• Desestímulo à importação de petróleo
Aprofundamento da crise:
• Setembro negro de 1982: moratória mexicana, polonesa 
e argentina
• Redução da base tributária
• Reaceleração da inflação para o patamar de 200% 
(Teoria do BP)
• Nova maxidesvalorização de 30% em 1983
• Vitória da oposição em 1982 e acordo com FMI pós 
eleição (metas de STC)
• Queda de 11% do poder de compra dos salários 
(maior desde a Crise de 1929)
Balanço da Crise
• Eliminação dos desequilíbrios recorrentes no Balanço de 
Pagamentos (superávit de US$ 6,5 em 83)
• Queda no poder de compra dos salários
• Deterioração das condições de distribuição de renda e 
pobreza
• Pressão pela redemocratização e pela moratória
• Restruturação da matriz energética
Dívida Externa Bruta (US$ bi)
1974 17,2
1975 21,2
1976 26,0
1977 32,0
1978 43,5
1979 49,9
1980 53,9
1981 61,4
1982 69,7
1983 81,3
1984 91,0
Balanço da Crise (continuação)
• Retomada da Economia Americana em 1984
• Manutenção do superávit externo mesmo com 
crescimento
• Aceleração inflacionária mesmo com crescimento 
(descolando do patamar de 200% aa)
• Retomada do crescimento sobre bases mais sólidas
• “Monitoração” do crescimento com FMI
Ano PIB Indústria Inflação
1974 9,0 7,8 34,5
1975 5,2 3,8 29,4
1976 9,8 12,1 46,3
1977 4,6 2,3 38,6
1978 4,8 6,1 40,5
1979 7,2 6,9 77,2
1980 9,1 nd 110,2
1981 (3,1) (8,8) 95,2
1982 1,1 0,1 99,7
1983 (2,8) (5,9) 211,0
1984 5,4 6,4 223,1
Planos de Estabilização dos 
Anos 1980 até Collor: a década 
perdida
Exercício II PND e Crise da Dívida:
1 – Aponte semelhanças e diferenças entre as crises vividas pelos país no inícios dos 
anos 1930 e 1980.
2 – Em sua opinião, quais seriam os efeitos sobre as taxas de crescimento no ínicio 
dos anos 1980 na hipótese da realização do ajuste já em 1979 com a II Crise do 
Petróleo e o choque dos juros dos EUA?
3 – Explique as relações existentes entre o descontrole das contas externas e os 
processo de elevada inflação?
O Desafio do Combate à Inflação na Nova República
• Manutenção do superávit das contas externas, mesmo 
com crescimento
• Ganha força a teoria neo estruturalista, baseada nas rigidezes 
de preços e no conflito distributivo. Havia uma componente 
inercial na inflação.
• No meio acadêmico tornam-se comuns as críticas às 
medidas ortodoxas de combate à inflação, que já não 
surtiam efeito
• Nova República começa sob o signo da ortodoxia:
• Corte de 10% nos gastos públicos;
• Proibição de novas contratações no setor público;
• Congelamento de preços e tarifas públicas por 3 
meses
• Correção monetária e cambial com base no trimestre 
móvel
O Desafio do Combate à Inflação na Nova República
• 1986, debate heterodoxo x heterodoxo: congelamento ou 
moeda indexada (Lara Rezende e Arida)
• Troca de moeda
• Primeira medida: Correção monetária e cambial com 
base na variação corrente de preços
O Plano Cruzado - principais medidas:
• Congelamento de preços, salários e câmbio
• Abono de 8% sobre salários, sendo 16% sobre o mínimo
• Gatilho salarial
• Desindexação de contratos
• Forte aumento da demanda com redistribuição em favor 
dos salários (“profit squeeze”)
O Plano Cruzado - conseqüências:
• Valorização do câmbio e desequilíbrio no Balanço de 
Pagamentos
• Política monetária passiva incondizente com a demanda 
aquecida
• Desabastecimento
• Cruzadinho (jun/86): gasolina, automóveis, passagens
• Adiamento das medidas de ajuste em função do 
calendário eleitoral (nov/86)
• Retorno às minidesvalorizações cambiais
Cruzado II:
• Reajuste de combustíveis, automóveis, preços públicos e 
supérfluos
• Inflação acelera e dispara o gatilho salarial
• Queima de reservas e deterioração das contas externas
• Moratória
• Troca de comando na economia
• Combina elementos ortodoxos e heterodoxos:
Plano Bresser - Fev/87:
• Desvalorização de 8,5% do câmbio
• Aumento das taxas de juros
• Redução dos gastos do governo
• Novo congelamento de preços e salários por três meses 
e reindexação pela URP
Alguns resultados são colhidos em função da melhor 
consistência técnica do Plano: queda transitória da inflação e 
aumento do superávit comercial propiciam a renegociação da 
moratória em condições menos desfavoráveis, porém um novo 
fracasso viria a ocorrer:
Fracasso do Plano Bresser:
• Falta de credibilidade nas medidas heterodoxas
• Desequilíbrio dos preços relativos
• retomada da ciranda financeira
• Adiamento da reforma tributária - constituinte
Feijão-com-arroz - Mailson, jan/88:
• Acontece no “timing”da constituinte e da tentativa de 
construção do pacto social
• Medidas ortodoxas de manutenção dos juros, contenção 
dos preços públicos e dos salários do funcionalismo, 
visando a estabilização da inflação em 15% ao mês! 
• Não obstante a celebração do pacto social em nov/88, a 
inflação reacelera e chega ao patamar de 30% ao mês 
• Suspensão da moratória
Plano Verão - jan/89:
• Novamente, há a combinação de elementos orto e 
heterodoxos:
• Aumento de juros e restrição ao crédito
• Desvalorização cambial: NCZ$ = US$
• Salários convertidos pela média de 1 ano; reajuste a 
cargo do congresso
• Promessa de ajuste fiscal!
• Novo congelamento
Ano PIB Indústria Inflação Dívida Externa Bruta (US$ bi)
1981 (3,1) (8,8) 95,2 61,4
1982 1,1 0,1 99,7 69,7
1983 (2,8) (5,9) 211,0 81,3
1984 5,4 6,4 223,1 91,0
1985 7,9 8,4 235,1 95,8
1986 7,6 11,8 65,0 101,8
1987 3,6 1,1 415,8 107,5
1988 0,0 (2,6) 1.037,6 102,6
1989 3,2 2,9 1.782,9 99,3
Fracasso do Plano Verão:
• Reaceleração inflacionária já em mar/89; reindexação à 
BTN
• Suspensão do pagamento dos juros da dívida externa 
(nova moratória)
• Descontrole econômico e social: ‘híperinflação indexada”, 
governo refém da rolagem da dívida
A Modernização Conservadora - Diagnóstico:
• “Posição Líquida” dos exportadores e rentistas 
• Atraso da estrutura produtiva brasileira
• Obsolescência da indústria e ie produtiva
• Métodos gerenciais ultrapassados
• Relações capital-trabalho distantes da agenda (neo) 
conservadora
• Elevação do consumo com ameaça de hiperinflação
• Fechamento excessivo ao comércio exterior: alíquota 
média de 40% 
O Plano Collor :
• Reforma monetária: desindexação, troca demoeda e 
confisco de liquidez:
• 50% dos DAV;
• 80% do Over -> 70% de M4
• Arrocho salarial, desregulamentação dos contratos de 
trabalho e enxugamento do setor público (reforma 
administrativa)
• Câmbio flutuante com valorização da taxa; aproximação 
com o exterior, não obstante a renegociação não surtisse 
ainda o efeito desejado
• Abertura comercial e redução das alíquotas de 
importação 
O Plano Collor (continuação):
• Profundo ajuste fiscal:
• Superávit primário de 4,5 do PIB em 1991;
• Suspensão de subsídios, incentivos fiscais e isenções
• Tributação sobre o setor exportador
• Fim do anonimato fiscal
• Privatizações
• Congelamento de preços
• Gestão “maquiavélica” dos fluxos e estoques 
(recomposição da política monetária) diferencia este plano 
dos anteriores 
O Plano Collor - conseqüências:
• Graves desestruturação do setor produtivo com o 
confisco da liquidez:
• Queda violenta do PIB;
• Deflação;
• Inadimplência generalizada
• Deterioração do Balanço de Pagamentos agravada pela 
aumento do petróleo
• Acirramento do conflito distributivo
• Círculo vicioso: enfraquecimento político => política 
monetária ativa => reversão das expectativas => 
ressurgimento da inflação => pressão pela reindexação
Política de juros altos sanciona a explosão especulativa e 
o aumento dos preços (Beluzzo, L.G.)
O Plano Collor II- condições de contorno:
• Quadro político e macroeconômico crítico:
• Depressão econômica
• Inflação em 20% a.m., desindexada!
• Enfraquecimento político
Ano PIB Indústria Inflação Dívida Externa Bruta (US$ bi)
1989 3,2 2,9 1.782,9 99,3
1990 (4,3) (8,0) 1.476,6 96,5
1991 1,2 0,0 480,2 93,0
1992 (0,9) (3,7) 1.158,0 110,8
1993 5,0 9,0 2.708,6 114,3
O Plano Collor II:
• Congelamento, com conversão de salários pela média 
dos últimos 12 meses
• Reindexação e criação da Taxa Referencial (TR)
• Permanecem, entretanto, as condições objetivas do 
círculo vicioso: enfraquecimento político => política 
monetária ativa => reversão das expectativas => 
ressurgimento da inflação 
• Vinculação do câmbio à TR
Do Fracasso do Plano Collor II ao “Plano Nada”:
• Reaceleração da inflação combinada com isolamento do governo. 
Críticas até da FIESP:
• Reaproximação com o capital internacional e intensificação da 
abertura comercial
As empresas não suportam mais planos.(FIESP, 1992)
Plano Nada:
• Intensificação das privatizações
• Arrocho salarial e gradualismo no combate à inflação
• Aprofundamento da recessão, impeachment
Ano PIB Indústria Inflação Dívida Externa Bruta (US$ bi)
1989 3,2 2,9 1.782,9 99,3
1990 (4,3) (8,0) 1.476,6 96,5
1991 1,2 0,0 480,2 93,0
1992 (0,9) (3,7) 1.158,0 110,8
1993 5,0 9,0 2.708,6 114,3
Governo Itamar: Etapa anterior ao Plano Real
• Demora na definição dos rumos da política econômica: 
Krause, Hadad e Eliseu Resende
• Intensificação da abertura comercial, privatizações, 
acúmulo de divisas e das negociações com FMI
• Diagnóstico consensual de que a solução para crise 
dependeria de abertura comercial e aproximação com 
exterior
• Regra básica: sem congelamento ou confiscos
O Plano Real e as reformas 
estruturais dos anos 1990
Exercício Planos de estabilização até Collor:
1 – Aponte as principais razões do fracasso do Plano Cruzado.
2 – Em sua opinião, quais seriam os efeitos sobre as taxas de inflação na hipótese da 
realização uma política monetária restritiva no final dos anos 1980?
3 – Explique por que a Velocidade de Circulação da Moeda se alterou violentamente 
por ocasião da edição do Plano Collor? Utilize o esquema da TQM para demonstrar.
Governo Itamar: Etapa anterior ao Plano Real
• Demora na definição dos rumos da política econômica: 
Krause, Hadad e Eliseu Resende
• Intensificação da abertura comercial, privatizações, 
acúmulo de divisas e das negociações com FMI
• Diagnóstico consensual de que a solução para crise 
dependeria de abertura comercial e aproximação com 
exterior
• Regra básica: sem congelamento ou confiscos
Plano Real
Três “âncoras” norteiam o processo de recuperação 
da confiança na moeda:
• Âncora Monetária:
• URV reajustada diariamente de acordo com evolução 
da média de três Índices de Preços até atingira a 
paridade de US$ 1 = R$ 1 = 2,75 URV.
• Forte elevação das Taxas de Juros 
• Âncora Fiscal com o Plano de Ação Integrada (PAI), 
propicia equilíbrio das contas públicas:
• Intensifica as privatizações
• Cria a CPMF
• Intensifica o controle das contas públicas.
Plano Real
• Âncora Cambial: Brasil passa de doador a receptor de 
poupança externa em período relativamente curto, favorecido 
pela conjuntura internacional:
• Ampliação das reservas cria o “colchão” para o câmbio 
barato e o aumento das importações
• Aumento das importações sanciona o grau de substituição 
entre os produtos nacionais e estrangeiros.
Ano 
Balança 
Comercial 
(US$ bi)
Balança de 
Serviços 
(US$ bi)
Transações 
Correntes 
(US$ bi)
Resevas 
(US$ bi) Dívida Externa Bruta (US$ bi)
1991 11,0 (12,0) (1,0) 9,4 93,0
1992 15,0 (9,2) 5,8 23,8 110,8
1993 13,0 (13,0) 0,0 32,2 114,3
1994 10,0 (12,1) (2,1) 39 119,7
1995 (3,0) (12,9) (15,9) 52 129,3
1996 (6,0) (19,6) (25,6) 60 142,1
1997 (8,0) (24,7) (32,7) 52 163,3
1998 (6,0) (27,1) (33,1) 45 197,5
Plano Real
• Reestruturação Produtiva: Brasil passa por uma séria de 
mudanças no processo produtivo e gerencial em período 
relativamente curto:
• Abertura financeira
• Fusões, aquisições, reestruturações.
• Abertura comercial
• Novas formas de gestão
• Aumento do desemprego
Plano Real
• Política Econômica à la FMI:
• Taxa de Câmbio e taxa de juros são as âncoras para 
enfrentar as crises externas (México em 95;Ásia em 97 e 
Rússia em 98). Novas “palavras de ordem”:
• Estabilidade
• Atração de Capital Estrangeiro
• Racionalidade defensiva
Ano PIB Indústria Inflação
1993 4,0 7,5 2.708,6
1994 5,9 7,6 2.342,0
1995 4,2 1,8 14,8
1996 2,8 3,9 9,3
1997 3,0 2,0 7,5
1998 0,1 (0,7) 1,7
Plano Real - Balanço da I Fase
Ano 
Balança 
Comercial 
(US$ bi)
Balança de 
Serviços 
(US$ bi)
Transações 
Correntes 
(US$ bi)
Resevas 
(US$ bi) Dívida Externa Bruta (US$ bi)
1991 11,0 (12,0) (1,0) 9,4 93,0
1992 15,0 (9,2) 5,8 23,8 110,8
1993 13,0 (13,0) 0,0 32,2 114,3
1994 10,0 (12,1) (2,1) 39 119,7
1995 (3,0) (12,9) (15,9) 52 129,3
1996 (6,0) (19,6) (25,6) 60 142,1
1997 (8,0) (24,7) (32,7) 52 163,3
1998 (6,0) (27,1) (33,1) 45 197,5
• Binômio câmbio-juros:
• Favorece: 
• Non tradeables
• Importadores
• Rentistas 
• Desfavorece:
• Exportadores
• Setor Público
• Produção Interna
• Salários 
Plano Real - Balanço da I Fase
• Ranking de indicadores básicos entre 94 e 98:
• Salários: 73% 
• Câmbio: 21%
• IGP-DI: 90%
• Juros: 306% 
• Desequilíbrio das finanças públicas e das contas externas
• Aumento da inadimplência e crise no setor bancário - PROER
• Queima de divisas
• Adiamento da mudança do regime cambial em função do ciclo 
político:
• Emenda da reeleição (97)
• Reeleição (98)
Plano Real - Ajuste após 98
• Uma nota sobre o Balanço de Pagamentos
Ano 
Balança 
Comercial 
(US$ bi)
Balança de 
Serviços 
(US$ bi)
Transações 
Correntes 
(US$ bi)
Resevas 
(US$ bi) Dívida Externa Bruta (US$ bi)
1991 11,0 (12,0) (1,0) 9,4 93,0
1992 15,0 (9,2) 5,8 23,8 110,8
1993 13,0 (13,0) 0,0 32,2 114,3
1994 10,0 (12,1) (2,1) 39 119,7
1995 (3,0) (12,9) (15,9) 52 129,3
1996 (6,0) (19,6) (25,6) 60 142,1
1997 (8,0) (24,7) (32,7) 52 163,3
1998 (6,0) (27,1) (33,1) 45 197,5
• Reservas e Fundos soberanos
Plano Real - Ajuste após 98
• Desvalorização cambial de jan/99:
• Inicialmente regime de bandas (Lopes)• Câmbio Livre (Fraga)
• US$ passa de R$ 1,21 para R$ 1,98 em dias
• Aumento de Impostos:
• CPMF: de 0,2% para 0,38%
• Cofins: 2% para 3%
• IR: 27,5 %
• Corte na Previdência (regra de transição)
• Novo acordo com FMI, favorecido pelo risco de “contágio”.
• Intensificação das privatizações
Plano Real - Balanço do ajuste após 98
• Reacelaeração da Inflação estimulada pela desvalorização 
cambial
• Fixação do Regime de metas inflacionárias pelo COPOM
• Ajuste recessivo, com aumento de juros, é transitório. Já no final 
de 1999 a economia retoma o ritmo de crescimento
• Bom desempenho das exportações
• Conjuntura internacional favorável
• Impacto favorável sobre as contas externas
• Recuperação de 2000 se estende até 2001, ano em que após 
quase seis anos a Balança comercial volta a ser positiva.
• Novo ajuste recessivo, com aumento de juros, não é transitório. 
Em 2002 o Brasil é forçado a tomar um empréstimo recorde com 
o FMI.
• Conjuntura internacional favorável, mas conjuntura interna 
incerta.
Plano Real - Balanço da Segunda Fase
• Transferência de renda em favor do setor exportador
• Saída sem inflação, recessão ou crise financeira a exemplo de Rússia, 
Argentina e México
• Baixo crescimento, arrocho salarial e aumento do endividamento privado, 
reforma administrativa do Estado
• Do câmbio-juros ao fisco-juros
• LAFIS – Aperto fiscal; efeito pão-de-queijo;elevação da carga tributária
• COPOM – Regime de Metas – aperto dos juros
Ano PIB Indústria Inflação
Balança 
Comercial 
(US$ bi)
Balança de 
Serviços 
(US$ bi)
Transações 
Correntes 
(US$ bi)
Resevas 
(US$ bi) Dívida Externa Bruta (US$ bi)
1993 4,0 7,5 2.708,6 13,0 (13,0) 0,0 32,2 114,3
1994 5,9 7,6 2.342,0 10,0 (12,1) (2,1) 39 119,7
1995 4,2 1,9 14,8 (3,0) (12,9) (15,9) 52 129,3
1996 2,7 3,3 9,3 (6,0) (19,6) (25,6) 60 142,1
1997 3,3 4,7 7,5 (8,0) (24,7) (32,7) 52 163,3
1998 0,1 (1,5) 1,7 (6,0) (27,1) (33,1) 45 197,5
1999 0,8 (1,6) 20,0 (1,0) (24,0) (25,0) 36 199,0
2000 4,4 4,9 9,8 (1,0) (24,0) (25,0) 33 189,5
2001 1,3 (0,3) 10,4 1,6 (26,0) (24,4) 36 162,7
2002 1,9 2,6 26,4 13,1 (20,9) (7,8) 38 165,0
2003 (0,2) (1,0) 7,7 24,8 (20,4) 4,4 43 165,0
Governos Lula e Dilma até 2016
Livros: Economia Brasileira Contemporânea ou Economia Brasileira
Exercício Plano Real:
1 – Explique como foi possível o Plano Real estabilizar os preços sem que houvesse 
congelamento ou confisco de liquidez.
2 – Explique como foram criadas as três âncoras de sustentação do Plano Real?
3 – Explique por que o adiamento do relaxamento da âncora cambial nos anos de 
1997 e 1998 foi nocivo à retomada do crescimento no segundo mandato de FHC.
O governo Lula I e a continuidade da política econômica
• 2003: “carry over” das políticas recessivas. Manutenção 
das linhas gerais da política econômica nos moldes da 
Carta aos Brasileiros.
• Nova orientação na política externa com melhor 
distribuição da corrente de comércio exterior; 
• Novo mecanismo de financiamento da dívida com 
intensificação dos “swaps” cambiais;
• Política social com redução da incidência de pobreza e 
melhoria na distribuição de renda:
• Ampliação dos gastos com “imposto negativo”;
• Ampliação dos gastos em políticas sociais;
• Ampliação dos juros reais e da carga tributária
O governo Lula I e a continuidade da política 
econômica
• Recuperação de 2004 em moldes parecidos com os de 
2000;
• Em 2005, novo ajuste recessivo, com aumento de juros, 
em função da conjuntura internacional e da política 
nacional;
• Aprofundamento do gradualismo, premido pela conjuntura 
política interna
• Tênue recuperação em 2006, com a volta do debate entre 
a ortodoxia e heterodoxia:
• Binômio câmbio-juros e relaxamento da âncora fiscal;
• Controle do fluxo de capitais externos;
• Debate sobre déficit nominal zero;
• Debate sobre o controle dos gargalos internos.
O governo Lula I e a continuidade do “vôo da galinha”
• Criação do Programa de Aceleração do Crescimento, com 
pressão de gastos superiores a R$ 500 bilhões até 2010;
• Intensificação das PPP;
• Compromisso com reforma política e tributária
• Debate entre Economia “de oferta” e “de demanda” : o “fio 
da navalha” ;
• Investment grade, Fundos Soberanos e Déficit Nominal 
zero;
• Superação da crise de 2009 com políticas ativas de 
crédito: mas do mesmo;
• “PIBão” de 2010 e a oportunidade de reforma 
tributária/política desperdiçada
Lula II: decolagem com PAC e aparente retorno ao “stop-and-go”
Balanço do Governo Lula
• Problema 1: recrudescimento da situação mundial;
• Problema 2: interlocução política;
• Compromisso com manutenção das políticas ativas de 
crédito: mais do mesmo;
• Queda artificial dos juros
• Tentativa de estímulo aos setores dinâmicos. Problema 3: 
falta de foco;
• Aumentos do nível de preços passa a testar o limite da 
meta e o patamar da taxa de câmbio;
• A partir de 2013, enfrentamento político (manifestações) e 
deterioração das contas externas. Saída: relaxamento da 
âncora fiscal até o pleito de 2014.
Dilma I: tentativa de manutenção da política econômica autônoma
Regime Metas para inflação: 
principal vantagem é 
coordenar as expectativas 
inflacionárias
Preservou o equilíbrio 
doméstico: Inflação baixa
Redução risco
inflacionário
Câmbio flutuante combinado 
com elevação das Reservas 
Internacionais
Preservou o equilíbrio externo: 
Dívida Externa Líquida 
decrescente e atualmente 
negativa
Redução risco 
externo
Disciplina fiscal com metas de 
superávits primários
Dívida Pública Líquida/PIB 
decrescente
Redução risco 
fiscal
Crescimento sustentado
Redução das Taxas de 
Juros aliada à maior 
Credibilidade
Redução Prêmios de 
Risco Brasil
Círculo virtuoso imaginado:
• Problema 1: recrudescimento da situação mundial;
• Problema 2: interlocução política;
• Compromisso com manutenção das políticas ativas de 
crédito: mais do mesmo;
• Guinada à ortodoxia entendida como medida de afogadilho 
pelo mercado;
• Intensificação das ações do Ministério público –
paralisação administrativa do governo;
• Deterioração das contas públicas – “pedaladas”
• Boa notícia: recuo da valorização cambial para reequilíbrio 
das contas externas;
• Impeachment.
Dilma II: tentativa de fuga para frente e bloqueio político
Governos Temer e Perspectivas
Exercício Governo Lula e Dilma:
1 – Aponte as principais razões que contribuíram para a melhoria das contas 
externas mesmo com a queda do Dólar.
2 – Em sua opinião, quais seriam os efeitos sobre as contas públicas no momento 
atual caso em ambos os governos houvesse mais foco nos estímulos/subsídios e 
tivesse ocorrido a reforma tributária?
3 – Explique por meio de dados econômicos os fatores que levaram o presidente 
Lula a ter batido recordes de popularidade no período? Utilize a planilha de variáveis 
conjunturais para demonstrar.
Política de Rendas 
 Recrudescimento da desigualdade
 Corte nas políticas sociais
Governo Temer – o que esperar no curto e médio prazos?
Política Fiscal
 Aperto das contas públicas – teto – PEC55
 Corte nas políticas sociais
 Reforma previdenciária
 Maior transparências nas contas do governo 
VINCULAÇÕES DAS RECEITAS DO TESOURO*
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10
20
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40
50
60
70
80
90
100
70 79 81 83 85 87 89 91 93 95 97 99 01 03 05 07 09 LOA
2011ANO
%
Desvinculada FSE/FEF/DRU Vinculada Tranf. Est./Mun.
* Desconsideradas as de Colocação de Títulos e as de Privatizações
Política Fiscal:
• Expectativas confirmadas, com continuidade da desaceleração até 2017
• Possibilidade de alguma reaceleração em 2018 por conta da desvalorização cambial
Política Monetária:
• Queda no compulsório
< 70%;
90%(FMI)!
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	I - Da industrialização ao Planode Metas
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