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ROTEIRO DE ESTUDO – DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO – 8º SEMESTRE – 2019.2 
PROF. ROSILENE BRITO E-mail: rosilene.brito@estacio.br 
MANDADO DE SEGURANÇA 
 
CONCEITO: o mandado de segurança é um remédio constitucional criado com 
a Constituição de 1934, que visa proteger o direito líquido e certo, não amparado 
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou 
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício 
do Poder Público. 
 
Foi regulamentado pela Lei nº 12.016/09 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REQUISITOS PARA O MANDADO DE SEGURANÇA 
� Direito líquido e certo; 
� Quando não couber habeas corpus ou habeas data; 
� O ato ilegal deve partir de uma autoridade pública ou de agente de pessoa 
privada que esteja, por delegação, no exercício de atribuição do Poder 
Público. 
 
DIREITO LÍQUIDO E CERTO: é aquele direito que pode ser provado com 
prova pré-constituída. Segundo Hely Lopes Meirelles direito liquido e certo é “o 
que se apresenta manifesto, delimitado a sua extensão e apto a ser exercido no 
momento da impetração”. 
 
A jurisprudência entende que direito líquido e certo é o que pode ser 
comprovado de plano, pela apresentação de documentos. A prova é toda pré-
constituída (prova que já está documentada). 
 
OBS: Os documentos comprobatórios do direito devem acompanhar a própria 
petição inicial, a não ser que essa evidência se ache em repartição ou em poder 
de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão (art. 6º da Lei nº 
12.016/2009). 
 
O MS tem o caráter residual, isto é, só pode ser impetrado para amparar direito 
líquido e certo que não disser respeito ao direito de locomoção (habeas corpus) 
e ao direito ao acesso, retificação ou anotação de informações pessoais (habeas 
data). 
 
CF: art. 5º, LXIX 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus 
ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou 
abuso de poder for autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder 
Público; 
ROTEIRO DE ESTUDO – DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO – 8º SEMESTRE – 2019.2 
PROF. ROSILENE BRITO E-mail: rosilene.brito@estacio.br 
NATUREZA JURÍDICA: o MS é uma ação constitucional de natureza civil e 
possui caráter subsidiário, vez que só cabível se não couber habeas corpus ou 
habeas data. 
 
ESPÉCIES DE MANDADO DE SEGURANÇA: o MS pode ser preventivo e 
repressivo. 
 
MS preventivo: quando o direito líquido e certo está na iminência de ser 
violado. 
 
MS repressivo: Quando o direito líquido e certo já foi violado. 
 
NÃO CABE MS, quando se tratar: 
� De ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo; 
� Decisão judicial transitada em julgado; 
� De lei em tese; 
� De gestão comercial; 
� De substituição por ação popular ou ação de cobrança; 
 
LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA 
 
Legitimidade ativa: é o detentor do direito líquido e certo, não amparado por 
habeas corpus ou habeas data, podendo ser: 
� Pessoa Física: brasileiro ou estrangeiro, residente ou não no país. 
� Pessoa jurídica: nacional ou estrangeira, privada ou pública. 
� Mesas das Casas Legislativas, Chefia dos executivos, Chefia do 
Tribunal de Contas, Ministério público; 
� Agentes políticos; 
� Espólio 
� Massa falida 
 
Legitimidade passiva: é a autoridade coatora, ou seja, aquela que pratica ou 
ordena a execução ou a inexecução do ato a ser impugnado via MS. 
� Autoridade: pública ou privada (desde que esteja no exercício de 
atribuições do poder público. 
� Partido político 
 
Prazo para impetração do Mandado de Segurança: 
 
Prazo de 120 dias ���� contados do conhecimento oficial pelo interessado do ato 
a ser impugnado (art. 23, da Lei nº. 12.016/2009). 
 
Trata-se de prazo decadencial � não se interrompe e nem suspende. 
 
ROTEIRO DE ESTUDO – DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO – 8º SEMESTRE – 2019.2 
PROF. ROSILENE BRITO E-mail: rosilene.brito@estacio.br 
Obs: STF: caso o MS seja impetrado dentro do prazo adequado (120 dias), 
todavia em juízo incompetente, sendo o mesmo remetido ao juízo competente, 
o STF já se posicionou no sentido de que não há caducidade vez que a 
impetração se deu no curso do lapso temporal. 
 
COMPETÊNCIA: a competência para julgamento do MS é fixada em 
conformidade com a autoridade impetrada. Existem duas regras para fixação 
de competência em MS: 
1 – Competência funcional (por prerrogativa de função), prevista 
constitucionalmente nos arts. 102, I, “d” (STF); art. 102, I, “r” (STF); art. 105, I, 
“b” (STJ); art. 108, I, “c” (TRF); art. 109, VIII (justice federal); art. IV (justiça 
do trabalho). 
 
2 – competência infraconstitucional: na qual o juízo competente para a 
impetração do MS será o da sede da autoridade coatora. 
 
COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DO MS 
Autoridade coatora Autoridade judicial competente 
Autoridade estadual, dirigentes ou serventuários 
estaduais ou municipais 
Juiz de Direito 
Autoridade federal - art. 109, VIII CF Juiz Federal 
Juiz de Direito; Mesa da Assembleia Legislativa Tribunal de Justiça 
Juiz Federal TRF 
Juiz dos Juizados Especiais Turma Recursal 
Turma Recursal Tribunal de Justiça ou Tribunal 
Regional Federal 
Tribunal de Justiça; Tribunal Regional Federal; 
Superior Tribunal de Justiça; Supremo Tribunal 
Federal 
Pleno ou Órgão Especial dos 
Tribunais listados, a depender do 
Regimento Interno de cada um 
deles. 
Ministro de Estado, Comandantes da Marinha, 
Exército o Aeronáutica. 
Superior Tribunal de Justiça 
Presidente da República, Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado, Tribunal de Contas da 
União, Procurador-Geral da República 
 
Supremo Tribunal Federal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDO – DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO – 8º SEMESTRE – 2019.2 
PROF. ROSILENE BRITO E-mail: rosilene.brito@estacio.br 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO 
 
O mandado de segurança coletivo serve para proteger direito líquido e certo de 
uma coletividade, de um grupo de pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim, diferentemente, do MS individual, o foco do MS coletivo é a 
coletividade e a proteção de seus direitos (coletivos e individuais homogêneos). 
 
A Lei nº 1 2.016/2009 deixou assente, de maneira expressa, quais os direitos 
protegidos pelo mandado de segurança coletivo. 
 
De acordo com o art. 21, parágrafo único, são eles: 
(i) coletivos, assim entendidos, para efeito da Lei, os transindividuais, de 
natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas 
entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; 
 
(ii) individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os 
decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade 
ou de parte dos associados ou membros do impetrante. 
 
LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA: 
Legitimidade ativa 
Quem pode impetrar MS: 
� Partido político com representação no Congresso Nacional (para ter 
representação no congresso nacional, basta um representante na Câmara 
ou no Senado Federal); 
� Sindicatos 
� Entidades de classes 
� Associações – constituídas há pelo menos 1 ano. 
 
Esses legitimados atuam como substitutos processuais – esses entes não 
precisam de autorização específica para atuar. 
 
Súmula nº. 629 do STF: A impetração de mandado de segurança coletivo por 
entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes. 
 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado 
por: 
 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um 
ano, em defesa dosinteresses de seus membros ou 
associados; 
ROTEIRO DE ESTUDO – DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO – 8º SEMESTRE – 2019.2 
PROF. ROSILENE BRITO E-mail: rosilene.brito@estacio.br 
Quanto à entidade de classe, entende o STF que a entidade quando forem 
representar seus afiliados, ela pode fazer o MS para defender parcela de seus 
afiliados, ou seja, elas podem impetrar MS não para defender os interesses da 
integralidade, mas interesses parciais. 
 
Legitimidade Passiva: é a mesma do MS individual. 
 
EFEITOS DA DECISÃO EM MS COLETIVO: os efeitos da decisão em MS 
coletivo abrange todos os associados que se encontrem descritos na petição 
inicial do writ, independentemente se o ingresso na associação tenha ocorrido 
antes ou após a impetração. 
� Faz coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria 
substituídos pelo impetrante. 
 
Parte considerável da doutrina afirma que a concessão do writ acarretará coisa 
julgada material beneficiando todos os que se encontram como membros da 
entidade no momento da execução da sentença. 
 
Por outro lado, sendo a sentença denegatória, esta gerará coisa julgada 
formal, o que possibilita a qualquer membro ou associado da entidade a pleitear, 
individualmente, mandado de segurança. 
 
Nesse sentido, a impetração do mandado de segurança coletivo não gera 
litispendência entre a esfera individual e coletiva, o que possibilita a posterior 
utilização do mandado de segurança individual. 
 
Ressalta-se, porém, que embora o mandado de segurança coletivo não induza 
litispendência para as ações individuais, os efeitos da coisa julgada não 
beneficiam o impetrante a título individual se o mesmo não requerer a 
desistência de seu mandado de segurança no prazo de trinca dias a contar da 
ciência comprovada da impetração da segurança coletiva (are. 22, § 1°, Lei 
nº 12.016/2009). 
 
DICA: 
Pode ser praticado MS contra ato ilegal praticado por Reitor de Universidade 
particular? R: Sim. Será julgado na Justiça Federal. 
 
Ato complexo: é formado por duas manifestações de vontades, autônomas, 
independentes, que unem para formar outro ato administrativo. Em casos de ato 
complexo a autoridade coatora é a autoridade que praticou o último ato (STF 
627). 
 
ALGUMAS SÚMULAS RELACIONADAS AO MS 
Súmulas do STF 
ROTEIRO DE ESTUDO – DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO – 8º SEMESTRE – 2019.2 
PROF. ROSILENE BRITO E-mail: rosilene.brito@estacio.br 
súmula nº 101: O mandado de segurança não substitui a ação popular. 
 
súmula nº 248: É competente, originariamente, o Supremo Tribunal Federal, 
para mandado de segurança contra ato do Tribunal de Contas da União. 
 
súmula nº 266: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese. 
 
súmula nº 267: Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de 
recurso ou correição. 
 
súmula nº 268: Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com 
trânsito em julgado. 
 
súmula nº 269: O mandado de segurança não é substitutivo de ação de 
cobrança. 
 
súmula nº 270: Não cabe mandado de segurança para impugnar enquadramento 
da Lei nº 3.780, de 1 2 de julho de 1 960, que envolva exame de prova ou de 
situação funcional complexa. 
 
súmula nº 271: Concessão de mandado de segurança não produz efeitos 
patrimoniais, em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados 
administrativamente ou pela via judicial própria. 
 
súmula nº 272: Não se admite como ordinário recurso extraordinário de decisão 
denegatória de mandado de segurança. 
 
súmula nº 294: São inadmissíveis embargos infringentes contra decisão do 
Supremo Tribunal Federal em mandado de segurança. 
 
súmula nº 299: O recurso ordinário e o extraordinário interpostos no mesmo 
processo de mandado de segurança, ou de habeas corpus, serão julgados 
conjuntamente pelo Tribunal Pleno. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo. 7ª ed. São Paulo: 
Saraiva educação, 2018. 
 
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 23º ed. São Paulo: Saraiva, 2019. 
 
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4ª ed. Juspodvm, 2016. 
 
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 33ª ed. São Paulo: Atlas, 2017.