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Prévia do material em texto

APOSTILA TEÓRICA PARA CONCURSOS 2019 
PROF. ELI CASTRO. 
 
 
FUNDAMENTAÇÃO 
 
Esta apostila está fundamentada nas seguintes gramáticas: Nova Gramática do Português 
Contemporâneo, de Celso Cunha & Lindley Cintra; Nova Gramática da Língua Portuguesa, 
de Evanildo Bechara; Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, de Domingos Paschoal 
Cegalla, Gramática para Concursos, de Marcelo Rosenthal e A Gramática para concursos, 
de Fernando Pestana. Das cinco, sugiro a última, uma vez que ela é rica em exercícios e traz 
base teórica na medida certa. Também sugiro a aquisição do Dicionário Houaiss, o melhor 
disponível no mercado. 
 
******* 
O AUTOR 
 
Eli Castro é graduado pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) com licenciatura em 
Língua Portuguesa, Literatura e Língua Espanhola. Foi professor de espanhol do Núcleo de 
Línguas da UECE entre os anos de 2002 e 2005. É mestre em Literatura Brasileira 
Contemporânea pela Universidade Federal do Ceará (UFC), onde foi professor substituto 
entre os anos de 2008 e 2010. É professor dos principais cursinhos preparatórios para 
concursos em Fortaleza. Eventualmente, leciona, também, em cursos de pós-graduação em 
faculdades particulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
Sumário 
Acentuação gráfica. 
Novo Acordo Ortográfico (inclui Uso Hífen) 
Processo e formação de palavras. 
Morfologia I 
Morfologia II 
Regência verbal 
Regência nominal 
Crase 
 
Concordância verbal 
Concordância nominal 
Termos da oração 
Funções do QUE e do SE. 
Pontuação 
Orações coordenadas 
Orações subordinadas adjetivas 
Orações subordinadas substantivas 
Orações subordinadas adverbiais 
Orações reduzidas 
Interpretação de textos 
Tipologia textual 
Coesão, coerência textual, intertextualidade 
Figuras de linguagem 
Bibliografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
Regras que não mudaram com o Novo Acordo Ortográfico 
 
1- Todas as palavras proparoxítonas (que têm o acento tônico na antepenúltima sílaba) são 
acentuadas: árvore, lâmpada, têmpora, esplêndido, lápide, sôfrego, hambúrgueres etc. 
 
CUIDADO!!!!! Polêmica!!!!! 
Alguns gramáticos (e consequentemente algumas bancas) defendem a ideia de que 
palavras como série, mágoa ou tênue são exemplos de proparoxítonas. Assim, seriam 
separadas da seguinte forma: sé-ri-e, má-go-a e tê-nu-e. Tais gramáticos costumam chamar 
esses vocábulos, também, de paroxítonas aparentes. 
 
2- Acentuam-se as palavras paroxítonas (que têm o acento tônico na penúltima sílaba) 
terminadas em: 
A) ditongo crescente ou decrescente: sério, ânsia, Mário, mágoa, espontâneo, viáveis, 
cárie, amáveis, jóquei, jóqueis, quisésseis etc. 
B) -ão, -ãos, -ã, -ãs: órfão, órfãos, órfã, órfãs; ímã, ímãs, órgão, órgãos. 
C) -i, -is: júri, júris, lápis, biquíni, biquínis, táxi, táxis etc. 
D) -on, -ons: próton, prótons, nêutron, nêutrons, elétron, elétrons, íon, íons, píton, pítons. 
E) -um, -uns, -us: álbum, álbuns, bônus, Vênus, médium, médiuns, fórum, fóruns, quórum. 
F) l, n, r, x, ps,: amável, fácil, hífen, pólen, dólar, revólver, hambúrguer, Félix, tórax, tríplex, 
látex, bíceps, fórceps. 
3- As palavras oxítonas e os monossílabos tônicos acentuados são os que terminam em A, 
E, O (seguidas, ou não, de “S”): 
A) Oxítonas: vatapá, cajá, Pará, você, vocês, café, cipó, paletós, mocotó, avô, mostrá-
lo, recebê-las, contrapô-la etc. 
B) Monossílabas: cá, fé, pó, pôs, mês, ré, sós, mês, fê-la, pô-las etc. 
 
4- Acento nas vogais i e u: Para serem acentuadas, as vogais I e U precisam preencher as 
seguintes condições: 
a) ser tônicas; 
 
 
b) ser precedidas de vogal; 
c) formar sílaba sozinha ou com S. 
 
Exemplos: aí, caí, juízes, caído, Luís, incluí-lo, caíste, baú, saúde, gaúcho, balaústre. 
Basta falhar uma dessas condições para não mais haver acento: vai, cai, juiz, caindo, Luiz. 
 
Exceções: 
- Rainha, fuinha, lagoinha, moinho etc. 
Obs.: Para que se caracterize a exceção, é necessário existir o dígrafo NH depois da vogal. 
 
REGRAS QUE MUDARAM COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Mudanças no alfabeto 
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo 
passa a ser: 
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z 
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da 
nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: 
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg 
(quilograma), W (watt); 
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, 
playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. 
Uso do Trema 
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve 
ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. 
Como era Como fica 
agüentar aguentar 
bilíngüe bilíngue 
cinqüenta cinquenta 
delinqüente delinquente 
 
 
eloqüente eloquente 
 
Atenção: 
O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. 
Exemplos: Müller, mülleriano, Bündchen, Schönberg etc. 
 
Quanto à acentuação 
 
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas 
(palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). 
Como era Como fica 
idéia ideia 
paranóia paranoia 
apóia (verbo apoiar) apoia 
asteróide asteroide 
bóia boia 
celulóide celuloide 
colméia colmeia 
 
Atenção: 
Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser 
acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, 
herói, heróis, troféu, troféus. 
 
Atenção: 
Depois de ditongo crescente, nas palavras oxítonas, o i ou o u serão acentuados 
normalmente. 
 Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 
 
 
 
2. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). 
 
Como era Como fica 
abençôo abençoo 
crêem (verbo crer) creem 
dêem (verbo dar) deem 
dôo (verbo doar) doo 
enjôo enjoo 
lêem (verbo ler) leem 
magôo (verbo magoar) magoo 
povôo (verbo povoar) povoo 
vêem (verbo ver) veem 
vôos voos 
 
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), 
pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. 
 
Como era: Ele pára o carro. 
Como fica: Ele para o carro. 
Como era: Ele foi ao pólo Norte. 
Como fica: Ele foi ao polo Norte. 
Como era: Ele gosta de jogar pólo. 
Como fica: Ele gosta de jogar polo. 
Como era: Esse gato tem pêlos brancos. 
Como fica: Esse gato tem pelos brancos. 
Como era: Comi uma pêra. 
Como fica: Comi uma pera. 
 
Atenção: 
 
 Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo 
poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do 
 
 
presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais 
cedo, mas hoje ele pode. 
 
 Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: 
Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. 
 
 Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim 
como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). 
 
Exemplos: 
 
-Ele tem dois carros. 
-Ele vem de Juazeiro. 
-Ele mantém a palavra. 
-Ele convém aos estudantes. 
-Ele detém o poder. 
-Ele intervém em todas as aulas. 
-Eles têm dois carros 
-Eles vêm de Juazeiro. 
-Eles mantêm a palavra. 
-Eles convêm aos estudantes.-Eles detêm o poder. 
-Eles intervêm em todas as aulas. 
 
 É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em 
alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma 
da fôrma do bolo? 
 
 Uso do hífen 
REGRAS 
 Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se 
trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos 
leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos 
mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo. 
1- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º termo 
está representado por forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal. 
 
 
Ano-luz, tio-avô, zé-povinho, má-fé, azul-escuro, seu-vizinho, sul-africano, afro-
asiático, vaga-lume, conta-gotas, primeiro-ministro, arco-íris, decreto-lei, joão-
ninguém, segunda-feira, porta-retrato, quebra-mar, porto-alegrense etc. 
NÃO CONFUNDIR: As formas empregadas adjetivamente do tipo afro-, anglo-, euro-, 
franco-, indo- ítalo- etc. continuam sem hífen em empregos em que só há uma etnia: 
Afrodescendente, anglomania, eurocêntrico, lusofonia, francolatria etc. 
 
Obs.: Algumas palavras, com o tempo, perderam, em certa medida, a noção de 
composição, e passaram a se escrever sem o hífen. 
Ex.: girassol, paraquedas, mandachuva, pontapé. 
Obs.: Mas, se a noção de composição se mantiver na memória do falante, usa-se hífen. 
Ex.: para-brisa, para-choque, ave-maria, abaixo-assinado etc. 
 
2- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º 
elemento está representado pelas formas além, aquém, recém, bem e sem. 
Além-Atlântico, bem-aventurado, bem-estar, sem-vergonha, recém-eleito, aquém-
mar, bem-dizer, além-mar etc. 
3- EMPREGA-SE HÍFEN nos nomes geográficos compostos pelas formas grã, grão, ou 
por forma verbal ou, ainda, naqueles ligados por artigo: 
Grã-Bretanha, Grão-Pará, Traga-Mouro, Baía de Todos-os-Santos, Trás-os-Montes 
etc. 
4- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos sem elemento de ligação quando o primeiro 
elemento está representado pela forma mal e o 2º elemento começar por vogal, h 
ou l. 
Mal-afortunado, mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo etc. 
PORÉM: malcriado, malgrado, malnascido, malpesado etc. (sem hífen). 
5- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos que designam espécies botânicas (plantas) ou 
zoológicas (animais). 
Andorinha-do-mar, feijão-verde, erva-doce, couve-flor, capim-limão, bem-me-quer 
(mas: malmequer é exceção), joão-de-barro, cobra-d’água etc. 
 
 
6- NÃO SE EMPREGA HÍFEN em certas locuções consagradas pela gramática 
normativa: 
Cão de guarda, fim de semana, fim de século, sala de jantar, cor de açafrão, cor de 
café, cor de vinho, depois de amanhã, em cima, por baixo de, por cima de, apesar 
de, a fim de, em contrapartida, faz de contas, um deus nos acuda, tomara que caia, 
maria vai com as outras, ponto e vírgula, comum de dois, arco e flecha etc. 
 
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por 
prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, 
ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, 
hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, 
pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. 
7- Com prefixos, USA-SE SEMPRE O HÍFEN diante de palavra iniciada por h. 
Exemplos: 
anti-higiênico anti-histórico 
co-herdeiro macro-história 
mini-hotel proto-história 
sobre-humano super-homem 
ultra-humano 
 
8- NÃO SE EMPREGA HÍFEN quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com 
que se inicia o segundo elemento. 
Exemplos: 
aeroespacial agroindustrial 
anteontem antiaéreo 
antieducativo autoaprendizagem 
autoescola autoestrada 
autoinstrução coautor 
coedição extraescolar 
infraestrutura plurianual 
semiaberto semianalfabeto 
semiesférico semiopaco 
 
 
 
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este 
se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, 
coocupante etc. 
 
9- NÃO SE EMPREGA HÍFEN quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento 
começa por consoante diferente de r ou s. 
Exemplos: 
anteprojeto antipedagógico 
autopeça autoproteção 
coprodução geopolítica 
microcomputador pseudoprofessor 
semicírculo semideus 
seminovo ultramoderno 
 
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. 
Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc. 
 
10- NÃO SE EMPREGA HÍFEN quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento 
começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. 
Exemplos: 
antirrábico antirracismo 
antirreligioso antirrugas 
antissocial biorritmo 
contrarregra contrassenso 
cosseno infrassom 
microssistema minissaia 
multissecular neorrealismo 
neossimbolista semirreta 
ultrarresistente ultrassom 
 
 
11- EMPREGA-SE HÍFEN quando o prefixo termina por vogal e o segundo elemento 
começa pela mesma vogal. 
 
 
Exemplos: 
anti-ibérico anti-imperialista 
anti-inflacionário anti-inflamatório 
auto-observação contra-almirante 
contra-atacar contra-ataque 
micro-ondas micro-ônibus 
semi-internato semi-interno 
 
12- EMPREGA-SE HÍFEN quando o prefixo termina por consoante e o segundo elemento 
começa pela mesma consoante. 
Exemplos: 
hiper-requintado inter-racial 
inter-regional sub-bibliotecário 
super-racista super-reacionário 
super-resistente super-romântico 
 
13- EMPREGA-SE HÍFEN sempre que o 1º elemento terminar graficamente acentuado. 
Pré-natal, Pós-graduação, Pré-história, Pró-europeu, Pré-vestibular etc. 
Atenção: 
 Nos demais casos, não se usa o hífen. 
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção. 
 Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, 
sub-raça etc. 
 
 Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: 
circum-navegação, pan-americano etc. 
 
 
14- NÃO SE USA O HÍFEN quando o segundo elemento começar por vogal e o prefixo 
termina por consoante. 
Exemplos: 
hiperacidez hiperativo 
interescolar interestadual 
 
 
interestelar interestudantil 
superamigo superaquecimento 
supereconômico superexigente 
superinteressante superotimismo 
 
 
15- USA-SE SEMPRE O HÍFEN com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, 
pró, vice. 
Exemplos: 
além-mar além-túmulo 
aquém-mar ex-aluno 
ex-diretor ex-hospedeiro 
ex-prefeito ex-presidente 
pós-graduação pré-história 
pré-vestibular pró-europeu 
recém-casado recém-nascido 
sem-terra 
 
16- DEVE-SE USAR O HÍFEN com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. 
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 
17- DEVE-SE USAR O HÍFEN para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se 
combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos 
vocabulares. 
Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo, o percurso Lisboa-Coimbra- Porto, o 
trecho Fortaleza-Itapipoca-Sobral etc. 
18- NÃO SE DEVE USAR O HÍFEN em certas palavras que perderam a noção de 
composição. 
Exemplos: 
girassol madressilva 
mandachuva paraquedas 
paraquedista pontapé 
Observações 
 
 
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por “r”: sub-
região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: 
subumano, subumanidade.2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: 
circum-navegação, pan-americano etc. 
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se 
inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc. 
 
Imposições do Acordo Ortográfico 
Não se utiliza hífen nas seguintes locuções: 
a) Cão de guarda 
b) Fim de semana 
c) Fim de século 
d) Sala de jantar 
e) Cor de açafrão 
f) Cor de café com leite 
g) Cor de vinho 
h) Deus nos acuda 
i) Salve-se quem puder 
j) Um faz de contas 
k) Um disse me disse 
l) Um maria vai com as outras 
m) Bumba meu boi 
n) Tomara que caia 
o) À toa 
p) Dia a dia 
q) Arco e flecha 
r) Calcanhar de aquiles 
s) Comum de dois 
t) Tão somente 
u) Ponto e vírgula 
 
Exceções impostas pelo Acordo Ortográfico 
Utiliza-se hífen nas seguintes locuções: 
a) Água-de-colônia 
b) Arco-da-velha 
 
 
c) Cor-de-rosa 
d) Mais-que-perfeito 
e) Pé-de-meia 
f) Ao deus-dará 
g) À queima-roupa 
 
Acordo Ortográfico 
 
 
Exercícios 1 
 
Questão única: Analise as composições abaixo e, em seguida, justifique a presença 
correta ou não do hífen. 
 
a) Má-fé: 
_________________________________________________________________________
_________________________________ 
 
Correto: 1º termo está representado por forma adjetiva. Ex.: luso-brasileiro, boa-fé, ano-
luz etc. 
 
 
b) Luso-fonia: 
_________________________________________________________________________
_________________________________ 
 
Errado: As formas afro- ,anglo-, euro-, indo-, franco- etc. continuam sendo grafadas sem 
hífen. 
 
 
c) Planalto: 
_________________________________________________________________________
_________________________________ 
 
Correto: Não se reconhece mais o sentido de plano + alto. Ex.: Fidalgo, aguardente etc. 
 
 
d) Conta-gotas: 
_________________________________________________________________________
_________________________________ 
 
Correto: 1º termo está representado por forma substantiva. Ex.: tio-avô, zé-povinho, 
primeiro-ministro, porta-retrato etc. 
 
 
 
e) Bem-dito 
_________________________________________________________________________
_________________________________ 
 
Correto: Usa-se hífen quando o 1º elemento está representado por além, aquém, recém, 
bem, sem. Ex.: bem-dizer, sem-número, recém-casado, além-mar, aquém-mar. 
 
f) Sem-vergonha 
_________________________________________________________________________
_________________________________ 
 
Correto: Usa-se hífen quando o 1º elemento está representado por além, aquém, recém, 
bem, sem. Ex.: bem-dizer, sem-número, recém-casado, além-mar, aquém-mar. 
 
 
g) Mal-humorado, Mal-entendido, mal-estar: 
_________________________________________________________________________
_________________________________ 
 
Correto: Use-se hífen quando o 1º elemento for MAL e o 2º for VOGAL, H ou L. Exceção: 
Mal de Alzheimer. 
 
 
h) Malcriado, malvisto, malnascido: 
_________________________________________________________________________
_________________________________ 
 
Correto: Use-se hífen quando o 1º elemento for MAL e o 2º for VOGAL, H ou L. 
 
 
i) Belorizontino, matogrossense, portoalegrense: 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_____________ 
 
Errado: Adjetivos gentílicos serão grafados sempre com hífen. Ex.: juiz-forano, ouro-
pretense etc. 
 
j) Erva-doce, galo-de-campina, feijão-verde, couve-flor: 
_________________________________________________________________________
_________________________________ 
 
Correto: nos compostos que designam espécies botânicas e zoológicas, usa-se o hífen. 
Ex.: joão-de-barro, cobra-d`água etc. 
 
 
 
 
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
A análise cuidadosa da estrutura das palavras mostra-nos que existem várias pequenas 
partes que compõem um vocábulo, os chamados morfemas ou elementos mórficos. 
 
 
MORFEMAS 
Os elementos mórficos são os seguintes: 
►Raiz; 
►Radical; 
►Vogal temática; 
►Tema; 
►Desinências; 
►Afixos; 
►Vogais e consoantes de ligação. 
 
1º) RAIZ 
 
É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, 
consideradas do ângulo histórico. Para muitos gramáticos, raiz é a mesma coisa que radical. 
A raiz encerra sentido lato e geral, comum às palavras de mesma família etimológica. Assim, 
a raiz seria o significado da palavra. 
 
Assim, a raiz noc (do latim nocere = prejudicar) tem significação geral de causar dano, e a 
ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, 
inócuo etc. 
 
 
 
2º) RADICAL 
 
É o elemento básico e significativo das palavras. Tal morfema é a parte irredutível da 
palavra, uma espécie de célula-mãe. O radical abriga a raiz, ou seja, abriga o significado 
originário da palavra. 
 
Como achar o radical de verbos e de nomes? 
 
Em verbos 
 
Coloque o verbo no infinitivo e isole o “R” final e a vogal anterior a ele. Assim, em CANTAR, 
teremos: 
 
 
 
RADICAL VOGAL CONSOANTE “R” 
CANT A R 
 
A partir do radical, outras palavras podem ser criadas: 
 
Radical CANT- Cantoria, cantiga, cantor, cantada, cantávamos etc. 
 
Em nomes 
Coloque o nome em sua forma primitiva. Depois, isole a parte irredutível do vocábulo. 
Assim, em PANELA, teremos: 
RADICAL VOGAL NÃO CONSTITUINTE DO RADICAL 
PANEL A 
 
A partir do radical, outras palavras podem ser criadas: 
 
Radical PANEL- Panelas, panelada, panelaço, panelinha, paneleiro. 
 
3º) VOGAL TEMÁTICA 
 
Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências de gênero e 
número, quando for nome; e também, quando for verbo, para indicar a conjugação a que 
este pertence. 
 
►Exemplo: saber, cantar, vender, partir, terra, milho, cerveja, vinho etc. 
 
 
OBSERVAÇÃO: 
 
Nem todas as formas verbais ou nominais possuem a vogal temática. Exemplo: (Eu) parto 
(radical + desinência), barril, tatu, saci, sabiá, peru, caju, sutil etc. Esses vocábulos que não 
possuem vogal temática são chamados de atemáticos. Nos nomes, veja que a última vogal 
dos vocábulos atemáticos é tônica. 
 
 
 
4º ) TEMA 
 
É o radical com a presença da vogal temática. O tema dá o “assunto” da palavra, ou seja, 
diz o que ela, de fato, significa. Veja: 
 
 
 
RADICAL VOGAL 
TEMÁTICA 
PONT- A 
PONT- E 
PONT- O 
 
 
 
Ex.: 
 
- O time precisa de dez...........................(pontos, pontes, pontas) para ser campeão. 
 
- A cidade só tem três ....................(pontos, pontes, pontas) para o acesso à praia. 
 
- Ele fez .................(pontos, pontes, pontas) para as estacas. 
 
 
Conclusão: é possível que existam palavras com o mesmo radical, mas com significados 
(raízes) diferentes. O tema, então, expõe essas diferenças. 
 
Outros exemplos de temas: chora-r, canta-r, chove-r, bolo-s, bola-s etc. 
 
 
5ª) DESINÊNCIAS 
 
São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar. São 
subdivididas em desinências nominais e desinências verbais: 
 
5ª ) DESINÊNCIAS NOMINAIS – indicam o gênero e número. As desinências de gênero são 
“a” e “o”; as desinências de número são o “S” para o plural e ZERO (Ø) para singular, pois 
ele não tem desinência própria. Veja: 
 
DESINÊNCIA DE GÊNERO FEMININO DESINÊNCIA DE GÊNERO MASCULINO 
A O 
MENIN- MENIN- 
ATREVID- ATREVID- 
GAT- GAT- 
MAGR- MAGR- 
ALUN- ALUN- 
ESPERT- ESPERT- 
DESINÊCIA DE NÚMERO (PLURAL) DESINÊNCIA DE NÚMERO (SINGULAR) 
Sø 
LIVRO- LIVRO- 
MESA- MESA- 
 
 
PRINCESA- PRINCESA- 
CONFUSO- CONFUSO- 
COERENTE- COERENTE- 
Obs.: o símbolo de vazio (ø) indica que, no português, em geral, só se sabe quando uma 
palavra está no singular quando não se nota o “S”. 
Situações em que o “S” não indica plural 
VOCÁBULO 
LÁPIS 
ÔNIBUS 
ANIS 
FÓRCEPS 
Obs.: Lembre-se de que o plural dessas palavras é sabido apenas quando se tem o artigo 
ou outro determinante antes do vocábulo. 
CUIDADO!!! 
 
Nem todo “O” será uma desinência de gênero masculino. Muitas vezes, esse “O” não faz a 
oposição entre os gêneros (masculino x feminino). Nesses casos, trata-se, apenas, de uma 
vogal temática. Veja: 
 
 
VOGAL TEMÁTICA VOGAL TEMÁTICA 
MILH-A MILH-O 
SAC- A SAC-O 
BOL-A BOL-O 
PORT-A PORT-O 
 
 
 
6º) DESINÊNCIAS VERBAIS – indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos. 
 
 
a) Desinência modo-temporal (DMT): indica em que modo e tempo se encontra o 
verbo. 
 
MODO INDICATIVO 
Presente Pret. 
Imperf. 
Pret. Perf. Pret. + q 
Perf. 
Fut. Pres. Fut. Pret. 
ø - IA 
- VA 
Ø - RA -RE 
- RÁ ~ 
- RIA 
 
MODO SUBJUNTIVO 
 
 
 
Presente Pret. 
Imperf. 
Futuro 
-A 
-E 
 
-SSE 
 
-R 
 
 
b) Desinência número-pessoal (DNP): indica em que número se encontra o verbo. Os 
números dos verbos são os seguintes: 
 
1ª do singular (eu) falo 
2ª do singular (tu) Falas 
3ª do singular (ele/a) Fala 
 
1ª do plural (nós) Falamos 
2ª do plural (vós) Falais 
3ª do plural (eles/as) Falam 
 
Outros exemplos: 
 
RADICAL VT DMT DNP 
Fal a va S 
Dorm i ría mos 
Cr e Ø mos 
Falh a r des 
Toc a Ø m 
Fal Ø Ø O 
Lat i Ø am 
beb ê sse is 
 
 
 
7º) AFIXOS 
 
São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos 
podem ser: 
 
PREFIXOS – quando colocado antes do radical. 
SUFIXOS – quando colocado depois do radical. 
 
Exemplo: 
 
PREFIXO RADICAL SUFIXO 
DES ARM- MENTO 
IN ESQUEC- ÍVEL 
 
 
 
 
Obs.: no primeiro exemplo acima, foi retirada a vogal de ligação “A” para que ficassem 
expostos, apenas, os afixos e os radicais. 
 
8º) VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO 
 
São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por 
motivos de eufonia, ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras. 
Exemplo: silvícola, cronômetro, psicodélico, cafeicultura, pazada, paulada, chapeLaria, 
cafeTeira, sonoLento, frioRento etc. 
 
8º) PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
Inicialmente, observemos alguns conceitos sobre palavras primitivas e derivadas: 
 
PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que NÃO são formadas a partir de outras. 
Exemplo: pedra, casa, livro etc. 
 
PALAVRAS DERIVADAS – palavras que SÃO formadas a partir de outras já existentes. 
 Exemplo: pedrada (derivada de pedra), casinha (derivada de casa), livraria (derivada de 
livro) etc. 
 
Na língua portuguesa, existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e 
composição. 
 
 
DERIVAÇÃO 
 
É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já 
existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras: 
 
Prefixal; 
Sufixal; 
Prefixal-sufixal; 
Parassintética; 
Regressiva; 
Imprópria. 
 
►PREFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo a um radical. 
 
Exemplos: 
 
Obs.: as organizadoras de concursos pouco pedem aos candidatos que identifiquem as vogais 
e consoantes de ligação. Baixa possibilidade de esse aspecto aparecer em provas. 
 
 
 
DESFAZER 
 
INÚTIL 
 
AMORAL 
 
IMORAL 
 
AFÔNICO 
 
REORGANIZAR 
 
Os falsos prefixos 
Algumas palavras têm estruturas que se assemelham a prefixos. Contudo não o são, pois 
fazem parte do radical e, consequentemente, não apresentam valor semântico. Veja: 
INDÍGENA (não existe o substantivo “dígena”). 
DESMANTELAR (não existe o verbo “mantelar”). 
ATÔNITO (não existe o adjetivo “tônito”). 
RETALIAR (não existe o verbo “taliar”) 
 
►SUFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um sufixo a um radical. 
 
Exemplos: 
 
CARRINHO, LIVRINHO, CAMINHA, TAMPINHA ETC. 
 
LOUVÁVEL, AMÁVEL, SOFRÍVEL, ALIENÁVEL ETC. 
 
BAMBUZAL, BABAÇUZAL, AÇAIZAL, CAPINZAL ETC. 
 
 
REPUBLICANO, FRANCISCANO, CAMONIANO, ITALIANO ETC. 
 
COMUNISTA, CAPITALISTA, MILITARISTA, INDIVIDUALISTA ETC. 
 
HORROROSO, AFETUOSO, HABILIDOSO, CRITERIOSO ETC. 
 
TOLICE, IMUNDICE, MALUQUICE, CHATICE, CAFONICE ETC. 
 
 
 
 
 
► PREFIXAL-SUFIXAL 
 
Ocorre quando ambos os afixos surgem acoplados ao radical. Contudo, podem perder um 
deles que, mesmo assim, o vocábulo continua com significação corrente. 
 
INFELIZMENTE 
AMORALIDADE 
DESMISTIFICAÇÃO 
DESMORALIZÁVEL 
 
►PARASSINTÉTICA 
Processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo, simultaneamente, ao 
radical. Nesse casso, os dois afixos precisam estar acoplados ao radical. Detalhe: não é todo 
gramático que reconhece esse processo. 
Exemplo: 
 
A-NOIT-ECER 
 
PER-NOIT-AR 
 
EN-FORC-AR 
 
DES-ALM-ADO 
 
 
 
►REGRESSIVA (ou DEVERBAL) 
Processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos. As palavras 
formadas por deverbal terminam em a, e, o e geram substantivos abstratos. 
Exemplo: 
 
- Ninguém justificou o atraso. (do verbo atrasar) 
 
- O debate foi longo. (do verbo debater) 
 
- Não reconheço nenhuma chamada no meu celular. (do verbo chamar) 
 
Outros exemplos: 
 
 
 
Amparar = o amparo 
Perder = a perda 
Enlaçar = o enlace 
Dançar = a dança 
Fugir = a fuga 
Engasgar = o engasgo 
 
►IMPRÓPRIA 
Processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que 
sua forma se altere. 
Exemplos: 
 
Classe gramatical 01 Classe gramatical 02 
Ele vai jantar cedo. (verbo) O jantar estava ótimo. (substantivo) 
Respeite os meus cabelos brancos. 
(adjetivo) 
Respeite os meus cabelos, brancos. 
(substantivo) 
Tenho dois filhos. (numeral) O dois é um número par. (substantivo) 
Sim, nós vamos à praia. (advérbio) A noiva não disse o “sim”. (substantivo) 
 
 
 
 COMPOSIÇÃO 
 
É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A 
composição pode ocorrer de duas formas: justaposição e aglutinação. 
 
► JUSTAPOSIÇÃO 
 
Ocorre quando não há alteração nas palavras, e elas continuam sendo faladas e escritas da 
mesma forma como eram antes da composição. 
 
Detalhe: é possível, em palavras formadas por justaposição, que haja hífen ou não. 
 
Exemplo: passatempo, pé de moleque, pé-de-meia, beija-flor, guarda-roupa, radiotáxi, 
abelha-africana, paraquedas, dezoito, beija-flor etc. 
 
► AGLUTINAÇÃO 
Ocorre quando há alteração em pelo menos uma das palavras, seja na grafia, seja na 
pronúncia. 
 
 
Detalhe: Em palavras formadas por aglutinação, é impossível haver hífen. 
 
Exemplo: boquiaberto (boca + aberta), petróleo (pedra + óleo), pernilongo (perna + longa), 
planalto (plano + alto); embora (em+ boa+ hora); viandante (via + andante), lobisomem 
(lobo + homem), aguardente (água + ardente), pontiagudo (ponta + aguda) etc. 
 
Além da derivação e da composição, existem outros tipos de formação de palavras que são 
abreviação, hibridismo e onomatopeia. 
 
 
ABREVIAÇÃO (OU REDUÇÃO) 
É a forma reduzida apresentada por algumas palavras: 
 
Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta), boteco (botequim), 
Rio (Rio de Janeiro), Zé (José), Pneu (pneumático), Foto (fotografia), Pólio (Poliomielite), Ex 
(Ex-namorada/o), Fone (telefone) etc. 
 
HIBRIDISMO 
 
É a formação de palavras a partir da junção de elementosde idiomas diferentes. Raramente 
aparece em provas de concurso. 
 
Exemplo: automóvel (grego + latim), burocracia 
(francês + grego), micro-ônibus (grego + latim), reportagem (inglês + latim), televisão 
(grego + latim), bicicleta (latim + grego) etc. 
 
ONOMATOPEIA 
 
Consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza. 
 
Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!, pingue-pongue, mimimi etc. 
 
 
EXERCÍCIO DE CONCURSOS 
 
1. Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo: 
 
 a) ajoelhar / antebraço / assinatura 
 b) atraso / embarque / pesca 
 c) o jota / o sim / o tropeço 
 d) entrega / estupidez / sobreviver 
 
 
 e) antepor / exportação / sanguessuga 
 
2. A palavra "aguardente" formou-se por: 
 
 a) hibridismo 
 b) aglutinação 
 c) justaposição 
 d) parassíntese 
e) derivação regressiva 
 
3. Que item contém somente palavras formadas por justaposição? 
 
 a) desagradável - complemente 
 b) navio- escola / pé-de-cabra 
 c) encruzilhada - estremeceu 
 d) supersticiosa - valiosas 
 e) desatarraxou - estremeceu 
 
4. Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados 
à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à sequência numérica 
encontrada: 
 
 ( ) aguardente 1) justaposição 
 ( ) casamento 2) aglutinação 
 ( ) portuário 3) parassíntese 
 ( ) pontapé 4) derivação sufixal 
 ( ) os contras 5) derivação imprópria 
 ( ) submarino 6) derivação prefixal 
 ( ) acéfalo 
 
 
5. Indique a palavra que foge ao processo de formação de chapechape: 
 
 a) zunzum 
 b) reco-reco 
 c) toque-toque 
 d) tlim-tlim 
 e) vivido 
 
6. Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de derivação imprópria? 
 
a- Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a votação. 
b- Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto secreto ... Bobagens, bobagens! 
c- Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continuariam sendo uma farsa! 
d- Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se entenderam. 
e- Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva. 
 
 
 
7. Assinale a série de palavras em que todas são formadas por parassíntese: 
 
 a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer 
 b) solução, passional, corrupção, visionário 
 c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente 
 d) biografia, macróbio, bibliografia, asteroide 
 e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo 
 
8. As palavras couve-flor, planalto e aguardente são formadas por: 
 
 a) derivação 
 b) onomatopeia 
 c) hibridismo 
 d) composição 
e) prefixação 
 
9. A palavra resgate é formada por derivação: 
 
 a) prefixal 
 b) sufixal 
 c) regressiva 
 d) parassintética 
 e) imprópria 
 
10. Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical: 
 
 a) noite, anoitecer, noitada 
 b) luz, luzeiro, alumiar 
 c) incrível, crente, crer 
 d) festa, festeiro, festejar 
 e) tampa, destampado, tampão. 
 
11. Em qual dos exemplos abaixo está presente um caso de derivação parassintética? 
 
 a) Lá vem ele, vitorioso do combate. 
 b) Ora, vá plantar batatas! 
 c) Começou o ataque. 
 d) Assustado, continuou a se distanciar do animal. 
 e) Não vou mais me entristecer, vou é cantar. 
 
12. Em "O pernalta da vida e o passatempo do tempo que passa não brincam nos lagos da 
lua", há, respectivamente: 
 
a) um elemento formado por aglutinação e outro por justaposição 
b) um elemento formado por justaposição e outro por aglutinação 
c) dois elementos formados por justaposição 
d) dois elementos formados por aglutinação 
 
 
e) n.d.a 
 
13. Aponte a alternativa que classifica corretamente os elementos mórficos do verbo a 
seguir: CONFI-A-SSE-S 
 
a) Radical; VL; DNP; DMT 
b) Raiz; VL; DNP; DMT 
c) Radical; VT; DMT; DNP 
d) Raiz; VT; DMT; DNP 
e) Radical; VT; DNP; DMT 
 
14. As Desinências Modo Temporais de LEVAR no futuro do presente (3ª pessoa do 
singular) e pretérito imperfeito (2ª pessoa do singular) são: 
 
a) RA e SSE 
b) S e MOS 
c) VA e RA 
d) S e M 
e) RÁ e VA 
 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
B B B 2441536 E D A D C B 
 
11 12 13 14 
E A C E 
 
 
 
 
 
MORFOLOGIA I e II 
 
As classes de palavras 
Qualquer idioma necessita de palavras para que a comunicação se estabeleça. Quando 
essas palavras se organizam para formar um texto, adquirem significações específicas: 
nomear seres, indicar características, qualidades, fazer conexões etc. De acordo com essas 
significações, as palavras da língua portuguesa estão agrupadas em dez classes, 
denominadas classes de palavras ou classes gramaticais, a saber: substantivo, artigo, 
adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. 
 
1 - SUBSTANTIVOS 
 
 
São as palavras que dão nome aos seres e às coisas em geral. 
Como identificá-los em um texto? Os substantivos, em tese, virão sempre acompanhados 
de um determinante (artigo, pronome, numeral, adjetivo e/ ou locução adjetiva). Leia o 
poema baixo: 
 
VERSOS ÍNTIMOS 
 
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável 
Enterro de tua última quimera. 
Somente a Ingratidão — esta pantera — 
Foi tua companheira inseparável! 
 
Acostuma-te à lama que te espera! 
O Homem, que, nesta terra miserável, 
Mora, entre feras, sente inevitável 
Necessidade de também ser fera. 
 
Toma um fósforo. Acende teu cigarro! 
O beijo, amigo, é a véspera do escarro, 
A mão que afaga é a mesma que apedreja. 
 
Se a alguém causa inda pena a tua chaga, 
Apedreja essa mão vil que te afaga, 
Escarra nessa boca que te beija! 
 
CLASSIFICAÇÃO TRADICIONAL DOS SUBSTANTIVOS 
Comum: 
Indica um nome genérico, aberto e sem história no contexto. 
Exemplos.: criança, rio, cidade, mesa, garrafa etc. 
Próprio: 
É aquele que particulariza uma coisa ou um ser. Os substantivos próprios têm uma história 
no contexto. 
Exemplos: Ayrton Senna, Recife, Gramado, Fortaleza, Audi, Pão de Açúcar, Heineken, 
Coca-cola etc. 
 
Concreto: 
 
 
Nomeia coisas ou seres (reais ou imaginários) de existência independente de outros seres. 
Exemplos: Casa, cobra, livros, mar, areia, rato, Deus, Saci etc. 
 
 Abstrato: 
Nomeia seres ou coisas que dependem de outros seres ou de outras coisas para existir. 
Exemplos: ódio, solidão, beleza, medo, pavor, salto, vantagem, amor etc. 
 
 Coletivo: 
Indica uma multiplicidade de coisas ou seres de uma mesma espécie. 
Exemplos: antologia (de livros), conselho (de membros de associações, de parlamentares, 
de classe etc.), horda (de bandidos, de bárbaros), banca (de examinadores) etc. 
 
Substantivos coletivos x Concordância verbal. 
Quando um substantivo coletivo apresenta valor partitivo, nossa banca pode envolvê-lo 
numa questão de concordância verbal. Fique atento. 
Ex.: 
- Bando de bactérias................................o corpo do doente. (invadiu / invadiram). 
- A multidão de torcedores........................ a conquista do título. (comemorava / 
comemoravam). 
 
Com quais verbos vamos preencher as lacunas acima? Resposta: com todos. Nesses casos, 
o verbo pode concordar com o núcleo, ou com a expressão especificadora. 
 
ARTIGOS 
São as palavras que acompanham os substantivos, modificando-os ou determinando-os, 
istoé, indicando gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural). Os artigos 
podem ser definidos ou indefinidos. 
 
 
 
DEFINIDOS O, A, OS, AS. 
INDEFINIDOS UM, UNS, UMA, UMAS. 
 
PEGADINHAS!!! 
a) Não confundir os artigos definidos com os pronomes pessoais oblíquos. 
 
-João é um rapaz muito determinado. Aquele fato o motivou. (pronome) 
[o = representa alguém citado no texto; mas poderia, num outro texto, representar algo, e 
não uma pessoa] 
-Ele não citou o motivo de sua demissão. (artigo) 
[o = é o determinante de “motivo”] 
-Maria muito trabalhava no ano passado. Nunca a encontrava em casa. (pronome) 
[a = representa alguém citado no texto; mas poderia, num outro texto, representar algo, e 
não uma pessoa] 
- A moça encontrava-se em casa. (artigo) 
[ a = é o determinante de “moça”] 
 
Morfologicamente Sintaticamente 
Artigos A, O, AS, OS Adjuntos Adnominais (100% das vezes) 
Pronomes A, O, AS, OS Objetos Diretos (em 99% das vezes) 
 
 
b) Não confundir os artigos definidos com os pronomes demonstrativos. 
 
- O que....= aquilo que ou aquele que 
 
 
- Os que....= aqueles que 
- A que....= aquela que 
- As que....= aquelas que 
 
ESQUEMATIZANDO 
O “COMBO” DE PRONOMES 
Pronome demonstrativo Pronome relativo 
O que 
Os que 
A que 
As que 
 
 
Exemplos: 
- Quase todos os alunos saíram; os que ficaram tinham dúvidas. 
- O que mais admiro em você é a sinceridade. 
- Não sei se o que houve foi proposital. 
- Mulheres são exigentes; as que não são devem ter valores diferenciados. 
 
ADJETIVOS 
São palavras que caracterizam os seres e as coisas em geral, podendo expressar qualidade, 
estado, modo de ser, aparência etc. Os adjetivos sempre orbitam a “atmosfera” do 
substantivo. Portanto, onde há substantivos, há grande chance de se notar, no mínimo, um 
adjetivo. 
Ex.: combativo, mau, amargurado, arrogante, tristíssimo etc. 
 
PEGADINHA!!!! 
 
 
As formas analíticas representadas por “mais bom”, “mais mau”, “mais grande” e “mais 
pequeno” apenas devem ser utilizadas quando se comparam duas características de um 
mesmo ser. 
Exemplos: 
 
- Pedro é mais bom (do) que esforçado. 
- O garoto é mais mau (do) que esperto. 
- Aquele cão é mais pequeno (do) que bravo. 
- Teu quarto é mais grande (do) que ventilado. 
 
Esquema 02 
Grau superlativo relativo 
de inferioridade de superioridade 
Ele é o menos fraco do grupo. Ele é o mais fraco do grupo. 
 
 
Grau superlativo absoluto 
Analítico sintético 
Este livro é muito fraco. Este livro é fraquíssimo. 
 
 
 
Veja outros exemplos: 
Adjetivos Superlativo absoluto sintético 
Ágil Agilíssimo ou agílimo 
Amargo Amaríssimo 
Áspero Aspérrimo 
Amigo Amicíssimo 
Agradável Agradabilíssimo 
Bom Boníssimo ou ótimo 
Benéfico Beneficentíssimo 
Benévolo Benevolentíssimo 
 
 
Cruel Crudelíssimo 
Capaz Capacíssimo 
Difícil Dificílimo 
Dócil Docílimo 
Doce Dulcíssimo ou docíssimo 
Eficaz Eficacíssimo 
Fácil Facílimo 
Fiel Fidelíssimo 
 Feroz Ferocíssimo 
 Frágil Fragílimo* 
 Geral Generalíssimo 
 Grande Máximo* 
 Humilde Humílimo* 
 Incrível Incredibilíssimo 
 Jovem Juveníssimo 
 Livre Libérrimo* 
 Magro Magríssimo ou macérrimo 
 Manso Mansuetíssimo 
 Miserável Miserabilíssimo 
 Negro Negríssimo ou nigérrimo 
 Notável Notabilíssimo 
 Nobre Nobilíssimo 
 Pobre Paupérrimo ou pobríssimo 
 Pequeno Mínimo* 
 Respeitável Respeitabilíssimo 
 Sábio Sapientíssimo 
 Sagrado Sacratíssimo 
 Simpático Simpaticíssimo 
 Terrível Terribilíssimo 
 Veloz Velocíssimo 
 Voraz Voracíssimo 
 
*O Dicionário Houaiss regista as formas marcadas também assim, respectivamente: 
fragilíssimo, grandíssimo, humildíssimo ou humilíssimo, livríssimo, pequeníssimo. 
 
NUMERAIS 
São palavras que quantificam, ordenam, multiplicam ou fracionam o substantivo. Os 
numerais podem ser: 
 
 
 
- Cardinais: Indicam uma quantidade determinada de seres. Exemplos: um, dois, três... 
- Ordinais: Indicam a ordem (posição) que o ser ou a coisa ocupa numa série. Exemplos: 
primeiro, segundo, terceiro... 
- Multiplicativos: Expressam ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade 
foi aumentada. Exemplos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, Sêxtuplo, Sétuplo, Óctuplo, 
Nônuplo, Décuplo, Undécuplo e Duodécuplo. 
- Fracionário: Expressa ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi 
dividida. Exemplo: um meio, um terço, dois quartos, dois quintos...etc. 
 
Obs.: Ambos e Ambas são considerados numerais duais. 
 
Numerais x Concordância verbal 
a- Já...............(são/é) cinco horas da tarde. 
b- Acontece que, no meu relógio,............................ (marca/marcam) uma e meia. 
c- Acontece que, no meu relógio,............................ (marca/marcam) 13h 30min. 
d- ..............(É/São) meio-dia e meia. 
e- ...................(É/São) 12h 30 min. 
f- .........................(Resta/Restam) 15 minutos de jogo. 
g- 1,4% não.....................(sabe/sabem) em quem votar. 
h- 3% não .................................(resolve/resolvem) os problemas da população. 
i- 51% .............................(decide/decidem) uma eleição. 
RESPOSTAS 
a- são, b- marca, c- marcam, d- É, e- São, f- Restam, g- sabe, h- resolvem, i- decidem. 
 
PRONOMES 
Palavras que acompanham ou substituem o substantivo. Os pronomes apoiam os 
substantivos ou evitam a repetição deles dentro do texto. 
 
 
 
CUIDADO!!!! 
a) Quando sujeitos, os pronomes retos não podem ser preposicionados. 
 
1- Não era o momento dele abandonar o futebol. (frase................*). 
2- Não era o momento de ele abandonar o futebol. (frase..............*). 
 
RESPOSTAS: errada e certa, respectivamente. 
JUSTIFICATIVA: Em 1, “DELE” é o sujeito preposicionado do verbo “abandonar”. 
 
B) Nossa banca pode pedir, em relação ao pronome interrogativo “que”, para você 
mudar a ordem dos elementos da frase. Note que o acento circunflexo passa a ser 
obrigatório na ordem direta. 
 
 
 Ordem inversa Ordem direta 
- O que você viu ontem? 
 
- Você viu ontem o quê? 
 
- De que ele gosta mais? 
 
- Ele gosta mais de quê? 
 
Para que eu fiz isso? - Eu fiz isso para quê? 
 
 
Pronomes possessivos 
 
O nome sugere, claramente, a sua função: indicar relação de posse. São estes: 
Meu(s), minha (s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s). 
 
 
 
 
Como podem cair nas provas: 
 
a) Os possessivos femininos no singular permitem, quando há situação de crase, a sua 
facultatividade. 
 
- Ele disse tudo à minha família. (a minha família) 
- A direito à tua privacidade é fundamental (a tua privacidade). 
- Esse fato diz respeito à sua vida. (a sua vida) 
 
Pronomes demonstrativos 
 
Os pronomes demonstrativos “apontam” para algo ou alguém, servem para precisar dados, 
pessoas ou fatos que ocorram num texto. 
 
Este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), isto, isso, aquilo, tal, o, a, os, as. 
 
Como podem cair nas provas: 
 
a) Alguns desses pronomes podem desempenhar o papel de retomar /sinalizar palavras 
ou ideias no texto. Chamamos esse papel de anafórico (referência para trás) e 
catafórico (referência para frente). 
 
 
 
A dupla “Bebeto & Romário” = Este(a)(s) & Aquele(a)(s) 
 
 
Este(a)(s) retomará o referente mais próximo. 
Aquele(a)(s) retomará referente mais distante. 
 
 
“A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas que 
ele realizoue que fizeram o sentido de sua vida. Esta, infelizmente, já não parece fazer 
muito sentido para aquela”. 
 
 
 
 
a) “Esta” retoma “...............................”. 
b) “Aquela” retoma “.................................”. 
 
 
“A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas que 
ele realizou e que fizeram o sentido de sua vida. Estas deveriam ser mais valorizadas, pois 
aquele lutou muito para que elas se realizassem”. 
 
 
a)“Estas” retoma “............................”. 
b) “Aquele” retoma “.............................”. 
 
 
 
O “Este(a)(s)” pode surgir sozinho no texto: 
 
 
- “Ela comprou os livros, os cadernos e os lápis. Estes, contudo, foram os mais fáceis de 
achar”. 
 
“Estes” remete a........................................ 
 
 
O “trio ternura” Este(a)(s), Esse(a)(s) e Aquele(a)(s) : 
 
 
- “Ela comprou os livros, os cadernos e os lápis. Estes foram os mais fáceis de achar, esses 
estavam em promoção e aqueles tiveram seus preços reduzidos na última semana”. 
 
 
“Estes” remete a.........................; “esses” remete a .......................; “aqueles” remete a 
............................ 
 
 
- “Após a Lava a Jato, o único político tucano punido foi este: nenhum”. 
 
- “Este” remete a........................................ 
 
 
 
A dupla Esse(a)(s) /Tal + Substantivo “lanterna” 
 
SITUAÇÃO 00 
 
 
 
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema 
feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por 
falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. 
(....) 
 
 
SITUAÇÃO 01 
 
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema 
feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por 
falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. 
Esse fenômeno também pôde ser notado.... 
 
 
SITUAÇÃO 02 
 
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema 
feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por 
falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. 
Essa pesquisa foi divulgada.... 
 
 
SITUAÇÃO 03 
 
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema 
feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por 
falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. 
Tais consequências já apreciam em .... 
 
SITUAÇÃO 04 
 
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema 
feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por 
falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. 
Essas patologias se destacaram em um estudo... 
 
SITUAÇÃO 05 
 
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema 
feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por 
falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. 
Tal curso também divulgou trabalhos em áreas... 
 
 
SITUAÇÃO 06 
 
 
 
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema 
feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por 
falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. 
Essa universidade colabora com produções científicas.... 
 
 
 
Como usar o ISSO 
 
- O pronome “isso” retoma uma ideia (um processo), e não uma palavra ou expressão 
isolada do texto. 
 
“O Estado do Amazonas é o que tem a floresta mais preservada. Isso é repetido por todos 
e lá eles dizem que 98% da floresta estão preservados”. 
- “Isso” refere-se a.......................................... 
 
Como usar o ISTO 
“Só desejo a você isto: que seja aprovado”. 
- “Isto” refere-se a................................. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Verbos 
Sem dúvida, é a classe gramatical mais complexa de todas. Rica em variações, usos, 
substituições, irregularidades, significações etc., é a classe que iremos analisar ao longo do 
nosso curso; ou seja, não para por aqui, até porque seria uma grande injustiça. Portanto, o 
que iremos investigar, agora, é apenas uma amostra dessa classe tão versátil. 
 
 
 
Definição 
Palavra que indica ação, estado ou fenômeno da natureza. 
 
Obs.: “Ação” não significa, necessariamente, ação física. 
 
Exemplos: 
- Os médicos deixaram o hospital bem cedo. (ação) 
- A Bovespa especula que tais ações podem cair. (ação) 
- O tema “verbos” é complexo. (qualidade) 
- A cidade parece calma. (estado) 
- Choveu ontem. (fenômeno da natureza) 
 
Modos verbais 
Os verbos do português têm modos. Os modos indicam os valores semânticos que podem 
ser notados em cada verbo. Vamos a eles: 
 
a) Indicativo: Manifesta uma certeza da ação ou do estado que manifesta o verbo. O leitor 
não tem dúvidas de que aquela ação esteja ocorrendo, tenha ocorrido ou venha a ocorrer. 
- Ontem, Marcela fez um belo jantar. 
- João sempre joga futebol depois da aula. 
- No fim do ano, eles farão uma grande festa. 
 
b) Subjuntivo: Manifesta uma ação incerta, duvidosa ou mesmo hipotética. Agora, o leitor 
não está mais seguro quanto à ação verbal; tudo é dúvida. 
- Quero que o livro desperte a atenção dos alunos. (Será que vai despertar? É uma hipótese) 
 
 
- Se eu fizesse uma requisição, eles poderiam me atender. (Eu farei a requisição? Talvez sim, 
talvez não) 
- Quando vocês decidirem, estaremos à disposição. (Quando eles vão decidir? Não se sabe.) 
 
c) Imperativo: Manifesta uma ordem, um conselho, um pedido, uma advertência ou uma 
súplica. Agora, o sujeito da ação é orientado a fazer algo. 
 
- Leve este livro até sua mãe, meu filho. 
- Nunca mais faça isso, seu mentiroso!!! 
- Rapaz, deixe essa vida de farras! 
- Gente, fiquemos em pé para saudar o diretor! 
 
TEMPOS VERBAIS 
 
Os tempos verbais expressam o momento de uma ação. Os verbos podem estar no 
presente, passado ou futuro. Visualmente, é possível identificar em que tempo e modo 
estão muitos verbos. 
 
MODO INDICATIVO 
 
Presente Pret. 
Imperf. 
Pret. Perf. Pret. + q 
Perf. 
Fut. Pres. Fut. Pret. 
Ø - IA 
- VA 
Ø - RA -RE 
- RÁ 
- RIA 
 
 
MODO SUBJUNTIVO 
 
 
 
Presente Pret. 
Imperf. 
Futuro 
-A 
-E 
-SSE -R 
 
 
 
 TEMPOS VERBAIS 
Presente do indicativo 
O presente indica um fato que ocorre no momento do enunciado, não 
necessariamente no momento cronológico atual. Não tem desinência fixa. 
- O Brasil vive um momento decisivo: o repúdio à corrupção. (ação presente, mas em curso 
neste momento) 
 
- Nós, concurseiros, sempre estudamos bastante. (ação rotineira no presente). 
 
- Quando Cabral chega ao Brasil, vê que o nosso povo é bem diferente do dele. 
 (a ação é passada, mas dita como se fosse presente). 
 
 
PRETÉRITOS 
Perfeito 
O pretérito perfeito indica uma ação totalmente realizada, que iniciou e terminou no 
passado. Não tem desinência. 
- Na Idade Média, os padres escreveram leis duras ao cristão. 
- Ontem, todos foram ao cinema e se emocionaram. 
- Há dez minutos, escrevi um artigo sobre verbos. 
 
 
Imperfeito 
O pretérito imperfeito indica uma ação que iniciou no passado, mas que não chegou a ser 
totalmente concluída. As desinências são –VA e –IA. 
- Hoje cedo, eu preparava os convites, quandotive que sair. (ação interrompida 
bruscamente no passado) 
- Na década passada, os brasileiros comiam menos carne do que hoje. (ação iniciada, mas 
não finalizada em sua totaalidade no passado). 
Mais-que-perfeito 
O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação passada, que começou no passado distante, 
mas que foi, contudo, a primeira ação a terminar. Desinência: –RA. 
- Quando deixamos o chalé, notamos que nosso filho caçula esquecera um de seus 
brinquedos no quarto. 
- O jovem fizera tudo para ser feliz. 
Detalhe: as formas do pretérito mais-que-perfeito podem ser substituídas por HAVER ou 
TER + PARTICÍPIO. 
 
FUTUROS 
Futuro do presente 
O futuro do presente indica ações convictas (ou seja, certas) que acontecerão em relação 
ao presente, já que este permite tal certeza. É um tempo meio “prepotente”, meio “já 
ganhou”. Desinências: -RÁ ou -RE. 
- No fim do ano, ele comprará aquele carro. 
- Amanhã, resolveremos este problema. 
Futuro do pretérito 
O futuro do pretérito (ou condicional) inidica ações futuras em relação ao passado. 
Desinência: -RIA. 
 
 
- Caso Pedro chegasse cedo, resolveria esse problema. (Contexto: quem falou a frase 
espera ainda a chegada de Pedro; ou seja, a ação ainda não aconteceu, é uma ação futura). 
Também serve para indicar ações hipotéticas ou irreais. 
- O Brasil jamais seria goleado por time algum nesta Copa. (Contexto: o Brasil ainda não 
havia enfrentado a Alemanha). 
 
ADVÉRBIO: 
Classe que exprime valor circunstancial, podendo modificar um verbo, um adjetivo, ou um 
advérbio. 
Exemplo 1: Choverá amanhã - Advérbio de tempo. 
O termo grifado, no caso, sob uma análise sintática, é um adjunto adverbial, modificando 
um verbo intransitivo, de sentido pleno, que no caso é o verbo "chover". 
Exemplo 2: Será um divórcio tão complicado! - Advérbio de intensidade. 
O termo grifado, neste caso, “modifica” (torna mais “encorpado”) o adjetivo complicado. 
Exemplo 3: Aquele foi um planejamento tão criteriosamente estudado! - Advérbio de 
intensidade. 
O termo grifado, neste caso, modifica o advérbio criteriosamente. 
 
Classificação de alguns dos advérbios: 
- LUGAR (aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto etc.). 
Ex.: Ele dormiu aqui ontem. 
- TEMPO (ontem, hoje, amanhã, cedo, tarde, ainda, agora). 
Ex.: Amanhã, sairemos cedo. 
- MODO (bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados em -mente). 
Ex.: Ela deixou a sala de aula bem. 
 
 
- INTENSIDADE (muito, pouco, mais, menos, bastante, intensamente etc.). 
Ex.: Ele estudou muito. 
- DÚVIDA (talvez, acaso, provavelmente, quiçá etc.). 
Ex.: Talvez eu vá com você. 
- AFIRMAÇÃO (Sim, certamente, realmente). 
Ex.: Certamente sairemos hoje. 
- NEGAÇÃO (não, nunca, jamais) 
Ex.: Nunca menospreze seus amigos. 
- DE INCLUSÃO: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. 
Ex.: Emocionalmente o indivíduo TAMBÉM amadurece durante a adolescência. 
- CONFORMIDADE (conforme, segundo, consoante). 
Ex.: Conforme o jornal, gasolina sofrerá redução. 
 
Algumas locuções adverbiais. 
- CAUSA 
Ex.: As pessoas não saíram de casa por conta do frio. 
- FINALIDADE 
Ex.: Estudava para a prova. 
- INSTRUMENTO 
Ex.: Feriu-se com o bisturi. 
- COMPANHIA 
Ex.: Saiu com os amigos. 
- CONCESSÃO (se bem que, muito embora, apesar disso, a despeito de, malgrado etc.) 
 
 
Ex. Malgrado o tempo ruim, todos foram à praia. 
 
8. PREPOSIÇÃO: 
Palavra invariável, que liga dois termos. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, 
em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás, durante etc. 
As preposições não têm, em si, sentido independente. Porém, podem “parasitar” 
significados dos contextos. 
- João falou a Pedro. 
- João falou ante Pedro. 
- João falou após Pedro. 
- João falou com Pedro. 
- João falou contra Pedro. 
- João falou de Pedro. 
- João falou em Pedro. 
- João falou para Pedro. 
- João falou perante Pedro. 
- João falou por Pedro. 
- João falou sem Pedro. 
- João falou sobre Pedro. 
 
9. CONJUNÇÃO: 
Conjunção é a palavra cuja função é ligar termos ou orações, atribuindo, muitas vezes, 
valores semânticos às frases. Portanto, as conjunções podem ou não manifestar sentido. 
Detalhe: às vezes, a conjunção apresenta mais de uma palavra; quando isso acontece, 
chamamos locução conjuntiva. 
 
Conjunções ou locuções que manifestam sentidos. 
a) Coordenativas 
b) Adverbiais 
 
 
 
O que cai mais em provas? 
Na maioria das vezes, pede-se ao candidato para reconhecer as conjunções, seus valores 
semânticos e se certas trocas são possíveis. 
 
Vamos, primeiro, ver as conjunções ou locuções coordenativas mais importantes: 
1) Aditivas: e, nem, não só...mas também (não somente...como também etc.) 
- O prefeito fez a licitação, e resolveu logo os problemas da população carente. 
- O prefeito não só fez a licitação, mas também resolveu logo os problemas da população 
carente. 
 
2) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, não obstante, em 
contrapartida. 
- O prefeito fez a licitação, mas não resolveu os problemas da população carente. 
 
As demais conjunções coordenativas são as seguintes: alternativas (ou...ou; seja...seja; 
ora...ora; quer...quer), conclusivas (portanto, logo, por conseguinte) e explicativas (porque, 
pois, que). 
 
Vamos, agora, ver as conjunções ou locuções adverbiais mais importantes: 
A) Causais: introduzem relação de causa e se combinam com uma ideia de consequência. 
As conjunções e locuções mais importantes são as seguintes: já que, como, pois que, na 
medida em que, uma vez que, visto que, sendo que, dado que, porquanto. 
- Já que os médicos iniciaram uma pesada greve, as unidades de saúde vivem um verdadeiro 
caos. 
 
B) Concessivas: introduzem relação de contradição, oposição. As conjunções e locuções 
mais importantes são as seguintes: ainda que, mesmo que, embora, posto que, se bem que, 
em que pese, malgrado, a despeito de, não obstante, conquanto. 
- Ainda que todos os médicos tenham entrado em uma pesada greve, as unidades de saúde 
resistem bravamente. 
 
 
 
As conjunções que não manifestam sentido são as integrantes. 
- Os médicos não notaram que as unidades de saúde estavam precisando deles. 
- Eles não viram se tudo aquilo era mesmo verdade. 
10. INTERJEIÇÃO: 
Palavra que procura expressar sentimentos, emoções. Ih! Oh! Viva! Psiu! Aleluia! 
 
EXERCÍCIOS 01 
01- Em: “Trata-se da construção de uma alternativa à lógica dominante, ao ajustamento 
de todas as sociedades...” (L.32-33) 
 
No trecho acima há: 
 
a) quatro adjetivos 
b) três adjetivos 
c) dois adjetivos 
d) um adjetivo 
e) nenhum adjetivo 
 
02- Assinale a frase em que os termos destacados estão corretamente empregados. 
 
a) Promoveu um evento grandioso em setembro deste ano onde gastou uma 
fortuna. 
b) O meu engenheiro é um cidadão em cuja capacidade podemos confiar. 
c) Certificou a seus superiores no Ministério de que a Comissão de Licitações estava 
prestes a pedir demissão. 
 
 
d) Prefiro ficar sozinho do que perdoar os que me deixaram neste estado deplorável 
de dependência física. 
 
Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão e da próxima, sugiro que você 
consulte a tabela de PRONOMES RELATIVOS, no final dessa bateria de exercícios, na 
seção CURIOSIDADES SOBRE AS CLASSES DE PALAVRAS. 
 
 
03- Assinale a opção em que é possível substituir, de acordo com a norma culta, a 
expressão grifada pela palavra “onde”. 
 
a) O cinema em que nos encontramos passa bons filmes.b) Vejo você às 11 horas, quando iremos almoçar. 
c) Se o tempo melhorar, então vamos à praia. 
d) A situação que ele criou não é aceitável. 
e) Lembrei-me do tempo no qual íamos junto trabalhar. 
 
04- João e Maria 
 
Agora eu era o herói 
E o meu cavalo só falava inglês 
A noiva do cowboy 
Era você 
Além das outras três 
Eu enfrentava os batalhões 
Os alemães e seus canhões 
Guardava o meu bodoque 
E ensaiava um rock 
 
 
Para as matinês 
(...) 
Não, não fuja não 
Finja que agora eu era o seu brinquedo 
Eu era o seu pião 
O seu bicho preferido 
Sim, me dê a mão 
A gente agora já não tinha medo 
No tempo da maldade 
Acho que a gente nem tinha nascido 
 (Chico Buarque e Sivuca). 
 
I. Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já não tinha medo, o uso do 
advérbio agora mostra-se inadequado, pois os verbos conjugados no pretérito 
imperfeito designam fatos transcorridos no tempo passado. 
II. Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim, me dê a mão, os verbos grifados 
estão flexionados no mesmo modo. 
III. Substituindo-se a expressão a gente pelo pronome nós nos versos A gente agora 
já não tinha medo e Acho que a gente nem tinha nascido, a forma verbal 
resultante, sem alterar o contexto, será teríamos. 
 
Está correto o que se afirma em 
 
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) II, apenas. 
e) I, apenas. 
 
 
 
Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão, sugiro que você revise o tema 
MODOS VERBAIS. Lembre-se de que modo verbal é totalmente diferente de tempo 
verbal. 
 
05- “À evidência imposta, que presume que a única forma aceitável de organização de uma 
sociedade é a regulação pelo mercado, podemos opor a proposta de organizar as 
sociedades e o mundo a partir do acesso para todos aos direitos fundamentais.” 
 
As ocorrências da palavra QUE no trecho acima são classificadas como: 
 
a) conjunção integrante e conjunção integrante. 
b) pronome relativo e conjunção integrante. 
c) pronome relativo e pronome relativo. 
d) conjunção subordinativa e conjunção subordinativa. 
e) conjunção integrante e pronome relativo. 
 
Obs.: Para um aprofundamento dessa questão, sugiro que você vá aos capítulos FUNÇÕES 
DO “QUE” e ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS. 
06- “Com o real, os brasileiros redescobriram o valor do dinheiro e das coisas.”; a frase a 
seguir em que a preposição com tem o mesmo valor semântico da ocorrência 
sublinhada é: 
 
a) Com a chuva, todas as ruas ficaram alagadas. 
b) Os turistas encontraram-se com os amigos no aeroporto. 
c) Todos saímos com os amigos recém-chegados. 
d) Com quem eles viajaram nós não vimos. 
e) Brigaram com os adversários durante horas. 
 
 
 
07- Em “Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca de valores materiais, nem mesmo 
os que consideram tal atitude um privilégio dado pela existência”, os pronomes 
destacados no período acima classificam-se, respectivamente, como: 
 
a) indefinido - demonstrativo - relativo - demonstrativo 
b) indefinido - pessoal oblíquo - relativo - indefinido 
c) de tratamento - demonstrativo - indefinido - demonstrativo 
d) de tratamento - pessoal oblíquo - indefinido - demonstrativo 
e) demonstrativo - demonstrativo - relativo - demonstrativo 
 
08- Na frase "As negociações estariam meio abertas só depois de meio período de 
trabalho", as palavras destacadas são, respectivamente: 
 
a) adjetivo, adjetivo 
b) advérbio, advérbio 
c) advérbio, adjetivo 
d) numeral, adjetivo 
e) numeral, advérbio 
 
Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão, sugiro que você vá ao capítulo 
CONCORDÂNCIA NOMINAL e leia, com atenção, a parte que fala das palavras 
“bastante”, “meio”, “caro” e “barato”. 
 
01- Na frase: "Passaram dois homens a discutir, um a gesticular e o outro com a cara 
vermelha", o termo a está empregado, sucessivamente, como: 
 
a) artigo, preposição preposição 
b) pronome, preposição, artigo 
c) preposição, preposição, artigo 
 
 
d) preposição, pronome, preposição 
e) preposição, artigo, preposição 
 
Obs.: Não cabe o uso de acento grave nas duas primeiras evidências de “a”, uma vez que, 
na sequência de tais palavras, há dois verbos. 
 
02- Observe o período a seguir: "Podem acusar-me: estou com a consciência tranquila". Os 
dois pontos do período acima poderiam ser substituídos por vírgula, explicando-se o 
nexo entre as duas orações pela conjunção: 
 
a) portanto 
b) e 
c) como 
d) pois 
e) embora 
 
Obs.: para um melhor entendimento, sugiro que você vá ao capítulo PONTUAÇÃO e leia, 
com cuidado, o uso de vírgulas em Orações Coordenadas. 
 
03- Assinale a alternativa cuja relação é incorreta: 
 
a) Sorria às crianças que passavam - pronome relativo 
b) Declararam que nada sabem - conjunção integrante 
c) Que manifestação alegre foi a sua - advérbio de intensidade 
d) Que enigmas há nesta vida - pronome adjetivo indefinido 
e) Uma ilha que não consta no mapa - conjunção coordenativa explicativa 
 
Obs.: Para um melhor entendimento, sugiro que você vá ao capítulo “FUNÇÕES DO QUE”. 
 
 
 
04- Há três substantivos em: 
 
a) “... com sérias dificuldades financeiras.” 
b) “... não conseguiu prever nem a crise econômica atual.” 
c) “... vai tornar inúteis arquivos e bibliotecas.” 
d) “... o site precisa da confirmação e do endosso do ‘impresso’,” 
e) “Muitos dos blogs e sites mais influentes...” 
 
 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
D B A D B A A C C D 
 
11 12 
E D 
 
 
PARA VOCÊ SE ADMIRAR COM OS SUBSTANTIVOS 
Gêneros confusos 
1. Mascote é sobrecomum OU comum de dois gêneros? Os nossos principais dicionários 
e o Vocabulário da ABL consideram MASCOTE um substantivo sobrecomum, ou seja, A 
MASCOTE é uma palavra feminina que serve aos dois sexos. 
Acredito que a forma masculina esteja consagrada e deva ser aceita. MASCOTE passaria a 
ser um substantivo de dois gêneros: O MASCOTE e A MASCOTE. 
 
 
2. Modelo é sobrecomum OU comum de dois gêneros? Para o dicionário Aurélio e para o 
Vocabulário Ortográfico da ABL, é sobrecomum, ou seja, a forma masculina O MODELO 
serviria para homens ou mulheres. O dicionário Houaiss considera MODELO substantivo 
de dois gêneros: O MODELO e A MODELO. 
3. Ídolo é sobrecomum ou comum de dois gêneros? É sobrecomum. Devemos dizer O 
ÍDOLO tanto para homens como para mulheres: “Ela é o meu ídolo”. Não há registro de 
“ídola” nem de “ídala”. 
4. Personagem é sobrecomum OU comum de dois gêneros? Originariamente, 
PERSONAGEM era substantivo sobrecomum: A PERSONAGEM para homens e para 
mulheres. Hoje em dia, PERSONAGEM é comum de dois gêneros: O PERSONAGEM e A 
PERSONAGEM. 
5. O tapa OU a tapa? A forma masculina é aceita por todos os dicionários: “Recebeu UM 
TAPA no rosto”. A forma feminina é considerada regionalismo pelo dicionário Aurélio e 
pelo Vocabulário Ortográfico da ABL. 
6. O grama OU a grama? A forma feminina é a relva: “A grama do jardim estava bem 
aparada”. A forma masculina refere-se à massa (peso): “Comprei DUZENTOS gramas de 
mortadela”. 
Acredito que a forma feminina (A GRAMA) para massa (peso) está de tal forma 
consagrada que provavelmente venha a ser aceita em breve. 
7. Um telefonema OU uma telefonema? As palavras de origem grega terminadas em “-
ema” são masculinas: o problema, o teorema, o estratagema, O TELEFONEMA. 
8. O tsunami OU a tsunami? TSUNAMI refere-se a um fenômeno: terremoto no fundo do 
mar que provoca ondas gigantes. Em japonês os substantivossão neutros e são 
aportuguesados no masculino: o quimono, o caratê, o caraoquê ou o karaoke, o sushi, o 
sashimi, O TSUNAMI. 
9. O xerox OU a xérox? Tanto faz. Tudo é válido: o xerox, a xerox, o xérox ou a xérox. 
10. O lotação OU a lotação? O LOTAÇÃO é o microônibus: A Dama do Lotação; A 
LOTAÇÃO é a “capacidade de lotar”: “O cinema estava com sua lotação esgotada”. 
 
 
11. O moral ou a moral? O conjunto de regras, a ética ou a conclusão é A MORAL. O 
ânimo, brio ou vergonha é O MORAL: “Os jogadores estão com o moral baixo”. 
 
12. O alface OU a alface? 
Alface é substantivo feminino. Devemos dizer A ALFACE. 
13. Caixa eletrônica OU caixa eletrônico? 
É caixa ELETRÔNICO. O caixa também pode ser o homem que trabalha no banco. A caixa 
pode ser a mulher ou o objeto: a caixa registradora, a caixa de sapato. 
14. O cal OU a cal? 
Cal é substantivo feminino. No caso do pênalti, a bola deve ser colocada na marca da cal. 
15. O chinelo OU a chinela? 
Tanto faz. A forma mais usada é O CHINELO. A forma feminina é regional e está em 
desuso. 
16. Cônjuge é sobrecomum OU comum de dois gêneros? 
Segundo os dicionários Aurélio e Houaiss, O CÔNJUGE é substantivo sobrecomum, ou 
seja, é masculino e serve tanto para o homem como para a mulher. O Vocabulário 
Ortográfico da Academia Brasileira de Letras já considera CÔNJUGE como substantivo de 
dois gêneros: O CÔNJUGE e A CÔNJUGE. 
17. O dengue OU a dengue? Segundo o dicionário Aurélio, é masculino: o dengue 
hemorrágico. 
Para o dicionário Houaiss, é feminino: a dengue hemorrágica. O Vocabulário Ortográfico 
da ABL considera DENGUE um substantivo de dois gêneros: O DENGUE ou A DENGUE. 
18. O diabete OU a diabete? 
DIABETE ou DIABETES é substantivo de dois gêneros. Pode ser o diabete, a diabete, o 
diabetes ou a diabetes. 
19. O dó OU a dó? 
DÓ é um substantivo masculino: “Estou com UM DÓ IMENSO”. 
 
 
20. O êxtase OU a êxtase? 
É substantivo masculino: O ÊXTASE. 
21. O fondue OU a fondue? 
O dicionário Aurélio e o Vocabulário Ortográfico da ABL registram FONDUE como 
substantivo feminino. Para o dicionário Houaiss, é substantivo de dois gêneros: O 
FONDUE e A FONDUE. 
22. O musse OU a musse? 
Segundo os dicionários Aurélio e Houaiss, é substantivo feminino: A MUSSE. 
23. O omelete OU a omelete? 
O Aurélio registra A OMELETE. O dicionário Houaiss e o Vocabulário Ortográfico da ABL 
consideram OMELETE um substantivo de dois gêneros: O OMELETE e A OMELETE. 
24. O gambá OU a gambá? 
Tanto faz. As duas formas são corretas. 
25. O guaraná OU a guaraná? 
É substantivo masculino. Vamos beber UM GUARANÁ. 
 
OUTRAS CURIOSIDADES SOBRE OS SUBSTANTIVOS 
Algumas curiosidades sobre os substantivos: 
Palavras masculinas: 
 o ágape (refeição dos primitivos cristãos); 
 o anátema (excomungação); 
 o axioma (premissa verdadeira); 
 o caudal (cachoeira); 
 o carcinoma (tumor maligno); 
 o champanha, clã, clarinete, contralto, coma, diabete/diabetes (Fem classificam como 
gênero vacilante); 
 o diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno); 
 o herpes, hosana (hino); 
 o jângal (floresta da Índia); 
 o lhama; 
 o praça (soldado raso); 
 o proclama, sabiá, soprano (FeM classificam como gênero vacilante); 
 
 
 o suéter, tapa (FeM classificam como gênero vacilante); 
 o teiró (parte de arma de fogo ou arado); 
 o telefonema, trema, vau (trecho raso do rio). 
 
Palavras femininas: 
 a abusão (engano); 
 a alcíone (ave doa antigos); 
 a aluvião, araquã (ave); 
 a áspide (reptil peçonhento); 
 a baitaca (ave); 
 a cataplasma, cal, clâmide (manto grego); 
 a cólera (doença); 
 a derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto); 
 a filoxera (inseto e doença); 
 a gênese, guriatã (ave); 
 a hélice (FeM classificam como gênero vacilante); 
 a jaçanã (ave); 
 a juriti (tipo de aves); 
 a libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino); 
 a sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa); 
 a usucapião (FeM classificam como gênero vacilante); 
 a xerox (cópia). 
 
Gênero vacilante: 
 acauã (falcão); 
 inambu (ave); 
 laringe, personagem (Ceg. fala que é usada indistintamente nos dois gêneros, mas que 
há preferência de autores pelo masculino); 
 víspora. 
 
Alguns femininos: 
 abade - abadessa; 
 abegão (feitor) - abegoa; 
 alcaide (antigo governador) - alcaidessa, alcaidina; 
 aldeão - aldeã; 
 anfitrião - anfitrioa, anfitriã; 
 beirão (natural da Beira) - beiroa; 
 besuntão (porcalhão) - besuntona; 
 bonachão - bonachona; 
 
 
 bretão - bretoa, bretã; 
 cantador - cantadeira; 
 cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz; 
 castelão (dono do castelo) - castelã; 
 catalão - catalã; 
 cavaleiro - cavaleira, amazona; 
 charlatão - charlatã; 
 coimbrão - coimbrã; 
 cônsul - consulesa; 
 comarcão - comarcã; 
 cônego - canonisa; 
 czar - czarina; 
 deus - deusa, déia; 
 diácono (clérigo) - diaconisa; 
 doge (antigo magistrado) - dogesa; 
 druida - druidesa; 
 elefante - elefanta e aliá (Ceilão); 
 embaixador - embaixadora e embaixatriz; 
 ermitão - ermitoa, ermitã; 
 faisão - faisoa (Cegalla), faisã; 
 hortelão (trata da horta) - horteloa; 
 javali - javalina; 
 ladrão - ladra, ladroa, ladrona; 
 felá (camponês) - felaína; 
 flâmine (antigo sacerdote) - flamínica; 
 frade - freira; 
 frei - sóror; 
 gigante - giganta; 
 grou - grua; 
 lebrão - lebre; 
 maestro - maestrina; 
 maganão (malicioso) - magana; 
 melro - mélroa; 
 mocetão - mocetona; 
 oficial - oficiala; 
 padre - madre; 
 papa - papisa; 
 pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja; 
 parvo - párvoa; 
 
 
 peão - peã, peona; 
 perdigão - perdiz; 
 prior - prioresa, priora; 
 mu ou mulo - mula; 
 rajá - rani; 
 rapaz - rapariga; 
 rascão (desleixado) - rascoa; 
 sandeu - sandia; 
 sintrão - sintrã; 
 sultão - sultana; 
 tabaréu - tabaroa; 
 varão - matrona, mulher; 
 veado - veada; 
 vilão - viloa, vilã. 
 
Substantivos em -ÃO e seus plurais: 
 alão - alões, alãos, alães; 
 aldeão - aldeãos, aldeões; 
 capelão - capelães; 
 castelão - castelãos, castelões; 
 cidadão - cidadãos; 
 cortesão - cortesãos; 
 ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães; 
 escrivão - escrivães; 
 folião - foliões; 
 hortelão - hortelões, hortelãos; 
 pagão - pagãos; 
 sacristão - sacristães; 
 tabelião - tabeliães; 
 tecelão - tecelões; 
 verão - verãos, verões; 
 vilão - vilões, vilãos; 
 vulcão - vulcões, vulcãos. 
 
Alguns substantivos que sofrem metafonia no plural: 
 
abrolho, caroço, corcovo, 
corvo, coro, despojo, 
 
 
destroço, escolho, esforço, 
estorvo, forno, forro, 
fosso, imposto, jogo, 
miolo, poço, porto, 
posto, reforço, rogo, 
socorro, tijolo, toco, 
torno, torto, troco. 
 
Substantivos só usados no plural: 
 
anais, antolhos, arredores, arras (bens, penhor), calendas (1º dia do mês romano), cãs 
(cabelos brancos), cócegas, condolências, damas (jogo), endoenças (solenidades 
religiosas), esponsais (contrato de casamento ou noivado), esposórios (presente de 
núpcias), exéquias (cerimônias fúnebres), fastos (anais), férias, fezes, manes (almas), 
matinas (breviário de orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras, primícias (começos, 
prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., além dos nomes de naipes. 
 
Coletivos: 
 
 alavão - ovelhas leiteiras; 
 armento - gado grande (búfalos, elefantes); 
 assembleia (parlamentares, membros de associações); 
 atilho - espigas; 
 baixela - utensílios demesa; 
 banca - de examinadores, advogados; 
 bandeira - garimpeiros, exploradores de minérios; 
 bando - aves, ciganos, crianças, salteadores; 
 boana - peixes miúdos; 
 cabido - cônegos (conselheiros de bispo); 
 cáfila - camelos; 
 cainçalha - cães; 
 cambada - caranguejos, malvados, chaves; 
 cancioneiro - poesias, canções; 
 caterva - desordeiros, vadios; 
 choldra, joldra - assassinos, malfeitores; 
 chusma - populares, criados; 
 conselho - vereadores, diretores, juízes militares; 
 conciliábulo - feiticeiros, conspiradores; 
 concílio - bispos; 
 canzoada - cães; 
 
 
 conclave - cardeais; 
 congregação - professores, religiosos; 
 consistório - cardeais; 
 fato - cabras; 
 feixe - capim, lenha; 
 junta - bois, médicos, credores, examinadores; 
 girândola - foguetes, fogos de artifício; 
 grei - gado miúdo, políticos; 
 hemeroteca - jornais, revistas; 
 legião - anjos, soldados, demônios; 
 malta - desordeiros; 
 matula - desordeiros, vagabundos; 
 miríade - estrelas, insetos; 
 nuvem - gafanhotos, pó; 
 panapaná - borboletas migratórias; 
 penca - bananas, chaves; 
 récua - cavalgaduras (bestas de carga); 
 renque - árvores, pessoas ou coisas enfileiradas; 
 réstia - alho, cebola; 
 ror - grande quantidade de coisas; 
 súcia - pessoas desonestas, patifes; 
 talha - lenha; 
 tertúlia - amigos, intelectuais; 
 tropilha - cavalos; 
 vara - porcos. 
 
 
 
 
REGÊNCIA VERBAL 
 
Sem dúvida, o assunto que mais ajudará você a resolver importantes questões das 
principais bancas de concursos públicos do país. É que o tema “regência verbal” funciona 
como uma espécie de “porta de acesso” a vários raciocínios gramaticais. Mas quais 
questões, especificamente, você poderia resolver? Vamos a elas: 
 
 
 
a) Todas as de regência verbal (o que é óbvio); 
b) Muitas das de crase (quase todas, sem exagero); 
c) Muitas das de análise sintática: sujeito, objeto direto, objeto indireto etc. 
d) Muitas das de vozes verbais; 
e) Muitas das de orações subordinadas substantivas; 
f) Muitas das de funções do “QUE”; 
g) Algumas das de funções do “SE”; 
h) Algumas das de concordância verbal; 
i) Algumas das de interpretação de texto. 
 
O conceito de Regência Verbal. 
Ocorre quando o termo regente (um verbo) se liga ao seu termo regido (o 
complemento verbal) por meio de uma preposição ou não. Aqui, é fundamental o 
conhecimento das transitividades verbais. Os verbos podem assumir as seguintes 
transitividades: 
a) Verbo transitivo direto (vtd) 
b) Verbo transitivo indireto (vti) 
c) Verbo transitivo direto e indireto / bitransitivo (vtdi) 
d) Verbo intransitivo (vi) 
Mas, para que você descubra a que transitividade pertence um verbo, é necessário 
que utilize um simples procedimento para identificar se o verbo pede ou não preposição. 
A seguir, você verá aquilo que eu chamo de “Aplicativo”. É com ele que você descobre que 
tipo de complemento o verbo regerá. 
 
 
 
 Quem + Verbo + Verbo → Algo ou Alguém 
 
 
 
Instalando o “Aplicativo”. 
 
1. Deposite o verbo envolvido na questão onde há a palavra VERBO. 
a, de, em, para, com, por. 
LADO A 
 LADO B 
 
 
2. Leia a sequência completa da ferramenta (do LADO A ao LADO B), repetindo o verbo 
duas vezes. 
3. Se a leitura se efetivar de forma rápida e imediata (direta) até o LADO B (e você não 
precisar usar nenhuma preposição do quadrado abaixo), o verbo é transitivo direto. 
Ex.: Quem estuda + estuda algo ou alguém. 
Logo, ESTUDAR é VTD (não rege preposição, apenas um objeto, que é direto) 
Ex.: O técnico estudava as jogadas adversárias. 
 
4. Caso haja uma pausa na leitura e a exigência de preposição por parte do verbo, 
este será transitivo indireto. 
Ex.: Quem crê + crê EM algo ou crê EM alguém. 
Logo, CRER é VTI (rege preposição EM; tem-se, logo, um objeto indireto) 
Ex.: Os cristãos creem na vida eterna. 
5. Dependendo do verbo, o movimento pode ser duplo, o que gera verbos bitransitivos. 
Ex.: Quem diz + diz algo A alguém. 
Logo, DIZER é VTDI (regendo dois objetos: o primeiro sem preposição [objeto direto] e o 
segundo com preposição [objeto indireto]). 
Ex.: Nós dissemos a verdade aos nossos pais. 
6. Agora, se a leitura nem precisar chegar ao ALGO ou ao ALGUÉM, o verbo deve ser 
interpretado como intransitivo. 
Ex.: Quem existe + existe. 
Logo, EXISTIR é VI (não rege preposição, nem pede complemento) 
Ex.: Fantasmas existem? 
 
CONTUDO, CUIDADO! 
Algumas frases podem induzir você a interpretar certas estruturas de forma errada, a 
saber: 
- A mulher chegou ø. 
 
 
- A mulher chegou ao entardecer. 
 - A mulher chegou de sapatos vermelhos. 
- A mulher chegou em seu carro novo. 
- A mulher chegou para o treino. 
- A mulher chegou com os pais. 
- A mulher chegou por volta das dez. 
 
Conclusões 
a) Nem tudo que é introduzido por preposição é objeto indireto; 
b) Ainda que um verbo não peça (exija) uma preposição, ele pode aceitá-la; 
c) Quando um verbo exige uma preposição, tem-se aí um objeto indireto. 
d) Quando um verbo aceita uma preposição, tem-se aí um adjunto adverbial. 
 
- Aquela criança não gosta de sapatos. (o verbo exige a preposição “de”). 
- Aquela criança dormiu de sapatos. (o verbo não exige a preposição “de”, mas a aceita). 
 
Obs.: os verbos intransitivos têm sentido cheio, completo, 100%. O que surgir a mais é só 
“um extra”, ou seja, um Adjunto Adverbial (ou complemento circunstancial), que chamo 
aqui de “10%”. 
 
MAIS UM CUIDADO: O FALSO V.T.D.I . 
Alguns verbos se parecem muito com VTD’Is, mas não o são. 
- A criança riscou o livro do pai. 
- A criança entregou o livro ao pai. 
Nas frases acima, os dois verbos são bitransitivos? Antes de responder, veja as 
construções a seguir: 
- A criança riscou [ ] do pai. 
- A criança entregou [ ] ao pai. 
 
 
 
Conclusão 
Só o segundo é VTDI, pois o complemento “ao pai”, de fato, está ligado ao verbo, ou seja, 
complementa o sentido do verbo “entregar”. Já o termo “do pai” se liga ao nome “livro” 
(e manifesta ideia de posse), cumprindo papel de adjunto adnominal. 
 
Vamos fazer um teste agora? Use o aplicativo e descubra as transitividades dos verbos 
abaixo e transcreva os seus possíveis objetos: 
 
 
 
 
 
Só para lembrar: 
 Tipo de Verbo Exigência 
VTD Objeto Direto (OD) 
VTI Objeto Indireto (OI) 
VTDI OD / OI 
VI Ø 
 
Obs.: “Ø” quer dizer que não vai aparecer nem OD nem OI na frase. 
 
Verbos de ligação 
 
São aqueles cuja função é conectar o sujeito a uma qualificação. A estrutura qualificadora 
cumprirá a função sintática de Predicativo do Sujeito. Logo, esses verbos servem para 
indicar estados ou qualidades do sujeito. 
 
Ser, Estar, Permanecer, Ficar, Andar (=estar), Viver(=estar), Tornar-se, Continuar, Parecer. 
 
Obs. 01: as regências não são fixas. 
Obs.02: leve em conta o contexto de cada frase. 
 
 
 
 
Ex.: 
- Brasil permanece caótico. 
- Parecem insuficientes as medidas do governo. 
- Tornou-se frequente banalizar a vida. 
- O clima, depois da reunião, ficou tenso. 
- Meu filho anda preocupado. 
 
Verbos supostamente de ligação 
 
São aqueles que, pela morfologia (pela aparência), lembram verbos de ligação. Contudo, 
não conseguem dar ao sujeito qualificação alguma. 
 
Ex.: 
- Os senadores ainda estão em Fortaleza. 
- Os fãs permanecem na entrada do hotel. 
- O pai está com as crianças. 
 
Note que“em Fortaleza”, “no local do acidente” e “na gaveta” indicam ideia de lugar, e não 
de estado. Logo, são Adjuntos Adverbiais de lugar. Quando isso ocorre, o verbo não pode 
mais ser considerado de ligação. Ele deverá ser reconfigurado e, assim, assume o caráter 
de verbo intransitivo. 
 
REGÊNCIAS CLÁSSICAS 
 
As regências clássicas são aquelas que devem ser memorizadas por você. Por quê? 
Simplesmente porque elas caem em provas, só por isso. Fechado? 
 
1 – AGRADAR/DESAGRADAR (Duas possibilidades) 
 
 
 
Sentido 1: Causar agrado, ser agradável (VTI). 
Preposição exigida: a 
Exemplo: Estes projetos já não agradam aos alunos. 
 
Sentido 2: Acariciar; mimar (VTD). 
Preposição exigida:  
Exemplo: Ele agradava o pelo do animal. 
 
 
2 – ASPIRAR (Duas possibilidades) 
 
Sentido 1: Desejar, pretender, ter como objetivo (VTI). 
Preposição exigida: a 
Exemplo: O homem aspirava a este posto de trabalho. 
 
Sentido 2: Sorver, respirar (VTD). 
Preposição exigida:  
Exemplo: Aspire seu carro uma vez por semana. 
 
 
3 – ASSISTIR (Quatro possibilidades) 
 
Sentido 1: Ajudar, auxiliar (VTD) ou (VTI). 
Preposição:  ou “a”. 
Exemplo: Os pais assistem os filhos desde cedo. 
Exemplo: Os pais assistem aos filhos desde cedo. 
 
 
Os dois exemplos acima estão corretos e dizem, semanticamente, a mesma coisa. 
 
Sentido 2: Presenciar, ver (VTI). 
Preposição exigida: a 
Exemplo: Eu assisti a uma cena degradante. 
Exemplo: Vamos assistir ao jogo da Alemanha. 
 
Sentido 3: Morar, ter residência ou fixar-se (VI). 
 
Exemplo: Ele assiste em Fortaleza. 
Exemplo: A loja de tintas assiste na avenida João Pessoa. 
 
Ou seja, para concursos (que seguem a tradição), “em Fortaleza” e “na avenida João 
Pessoa” NÃO são objeto indireto, mas sim ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR (também 
chamado de LOCATIVO ou mesmo COMPLEMENTO CIRCUNSTANCIAL). 
 
Sentido 4: Ter direito; Caber (VTI). 
Preposição: a 
Exemplo: Este é um direito que assiste a todo trabalhador. 
 
 
4 - CHEGAR 
 
Sentido: Atingir o término do movimento de ida ou vinda (VI). 
Preposição exigida: Ø 
Um porém: este verbo costuma ser acompanhado de uma expressão introduzida por “A”. 
Tal expressão NÃO é o objeto indireto, mas sim o ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR, também 
conhecido como locativo ou complemento circunstancial. 
 
 
 Exemplo: 
- Ele já chegou ao colégio. 
 - Minha filha nunca chegava cedo ao trabalho. 
 
Obs.: É errada a construção que usa a preposição EM para indicar o adjunto adverbial de 
lugar. Assim, em “Ele chegou em casa” é, para a gramática tradicional, um erro. A forma 
correta é “Ele chegou a casa”. Detalhe: não se usa crase em “a casa”, pois não está 
especificada. Caso estivesse, aí teria: “Ele chegou à casa das primas”. Fechado? 
 
5 – IR 
Sentido: Deslocar-se de um lugar para outro (VI). 
Obs.: Esse verbo costumeiramente vem acompanhado de um complemento 
circunstancial, o qual poderá ser introduzido ou por “a” ou por “para”. 
 
- Para: Quando há intenção de permanecer, de fixar residência. 
Ex.: Ele ia para Belém no fim deste ano. 
- A: Quando há intenção de não se demorar, de não fixar residência. 
Ex.: Ele irá a Sobral no próximo mês. 
 
6 – MORAR 
Sentido: Ter habitação ou residência, habitar (VI). 
Preposição: Ø 
Exemplos: 
 
- Moro em Porto Alegre desde os sete anos. 
- Nunca morei só. 
 
Obs.: “em Porto Alegre” é adjunto adverbial de lugar e, “desde os sete anos”, é de tempo. 
 
 
 
 
7 - NAMORAR 
Sentido: Cortejar, desejar(VTD). 
Preposição:  
Exemplos: 
- Janaina namora seu primo desde a época do colégio. 
- Depois da estressante festa do casamento, os noivos não namoraram. 
 
8 – OBEDECER/DESOBEDECER 
Sentido: Submeter-se à vontade de alguém (VTI). 
Preposição: a 
 
Exemplo: O atleta obedeceu às orientações do técnico. 
Exemplo: O cão obedecia ao dono. 
 
9 – PAGAR (Também com AVISAR, DIZER, REVELAR, INFORMAR etc.). 
Sentido: Satisfazer dívida, encargo etc. 
De acordo com a tradição gramatical é: Transitivo Direto e Indireto. 
 
Exemplos: 
- Paguei a consulta (vtd). 
- Paguei ao médico (vti). 
- Paguei a consulta ao médico (vtdi). 
 
 
 
 
10 - PISAR 
Sentido: Pôr os pés sobre, humilhar, moer (VTD). 
 
Exemplos: 
 
Não pise o tapete da sala. 
Ele sempre pisava os seus adversários. 
O chef pisava as especiarias para compor o tempero. 
 
 
11 – PREFERIR 
Sentido: Dar primazia a (VTDI). 
 
Preposição: a 
 
Exemplo: O governador preferiu investir em novas escolas a recuperar a penitenciária da 
cidade. 
Exemplo: Eu prefiro caju a goiaba. 
Exemplo: Ele prefere Raul Seixas a Lobão. 
 
 
12 – QUERER 
Sentido 1: Ter afeto, amar, estimar (VTI). 
Preposição: a 
Exemplo: 
 
- Os pais querem bem aos filhos. 
 
 
 
Sentido 2: Ter posse (VTD). 
Preposição:  
Exemplo: Ele só queria diversão. 
 
 
13 – VISAR 
 
Sentido 1: Almejar, ter em vista, objetivar (VTI). 
Preposição: a. 
Exemplo: Aqueles jovens profissionais visam a fins nobres. 
 
Sentido 2: Ver, dar visto (VTD). 
Preposição:  
Exemplo: A professora visou a tarefa da aluna. 
 
 
14- IMPLICAR 
 
Sentido 1: Provocar, acarretar: VTD. 
Exemplo: Essa decisão deve implicar mudanças significativas. 
 
Obs.: alguns gramáticos consideram o verbo “implicar”, no sentido de “provocar”, VTI, 
regendo a preposição EM. Tal ideia não é consensual. 
Ex.: O depoimento implicou na descoberta dos fatos. 
 
 
 
Sentido 2: Envolver (alguém ou a si mesmo) em complicação: VTDI, regendo preposição 
“em”. 
Exemplo: O depoimento que prestou implicava Fulano na fraude. 
Sentido 3: Ser incompatível; não estar de acordo: VTI, regendo preposição “com”. 
Exemplo: Tal atitude implica com as normas prescritas. 
 
 
15- ABDICAR 
 
Pode significar renunciar, desistir. Pode ser um verbo intransitivo, transitivo direto ou 
transitivo indireto. 
 Exemplo: 
- O príncipe abdicou. (VI) 
- Não abdicarei das minhas ideias. (VTI) 
 
 
16- AGRADECER 
 
Pode aparecer como transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto. 
 
Exemplo: 
- Agradeci as flores. (VTD) 
- Agradeci aos diretores. (VTI) 
- Agradeci o presente ao amigo. (VTDI) 
 
 
17- CHAMAR 
 
 
 
Será transitivo direto no sentido de convidar, convocar. 
 
Exemplo: 
 
- Nós chamamos todos os presentes. 
 
No sentido denominar há 4 construções possíveis: 
- Eles chamaram o político de ladrão. ( transitivo direto); 
- Eles chamaram o político ladrão. (transitivo direto); 
- Eles chamaram ao político de ladrão. (transitivo indireto); 
- Eles chamaram ao político ladrão. (transitivo indireto). 
 
Obs.: todas as formas acima estão corretas e dizem a mesma coisa. 
 
18- CUSTAR 
 
- No sentido de ser custoso, ser difícil será transitivo indireto. 
 
Exemplo: 
Aquela difícil meta custou ao governo. 
 
- No sentido de acarretar será transitivo direto e indireto. 
 Exemplo: 
A insensatez custou a ele os bens. 
 
 
 
19- ESQUECER 
20- LEMBRAR 
 
Serão transitivos diretos se não forem pronominais. 
Exemplo: 
 
- Esqueci o nome da rua. 
- Lembrei um caso antigo. 
 
Serão transitivos indiretos se forem pronominais. 
 
Exemplo: 
- Esqueci-me do nome da rua. 
- Lembrei-me de um caso antigo. 
 
 
21- PRECISAR 
 
No sentido de marcar com precisão é transitivo direto. 
Exemplo: 
-Ele precisou a hora e o local da consulta. 
No sentido de necessitar é transitivo indireto. 
 
Exemplo: 
- Nós precisamos de bons políticos. 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 01 
01- FCC: “Mas o mundo globalizado também assiste a um ininterrupto e crescente sistema 
de produção...”. 
 
O mesmo tipo de regência, tal como está empregado o verbo grifado acima, encontra-
se na frase: 
 
a) A sociedade mundial resultante do processo de padronização não tem 
propriamente uma cultura global a ela vinculada, que possa distingui-la. 
b) As práticas cotidianas dos povos, elementos de distinção entre eles, recebem 
novos ingredientes que maculam a pureza cultural de cada nação. 
c) Por haver predomínio de certos hábitos e comportamentos, é que o inglês tornou-
se uma espécie de língua global. 
d) Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior 
respeito pela especificidade de cada um. 
e) Muitos críticos do processo de globalização discordam de seus possíveis 
benefícios, comparando-os a situações perversas para pessoas e povos. 
 
02- TRE (MA – 2009) CESPE: Em “Sem a teoria da evolução, a moderna biologia, incluindo 
a medicina e a biotecnologia, simplesmente não faria sentido. O enigma reside na 
relutância, quase um mal-estar, que suas ideias causam entre um vasto contingente 
de pessoas, algumas delas fervorosamente religiosas, outras nem tanto”. 
( ) A forma verbal “reside” (2º período do texto) tem sentido completo. 
( ) A forma verbal “causam” (2º período do texto) não tem sentido completo. 
 
03- FCC: “Todos os anos o Brasil perde com o tráfico uma quantia financeira incalculável...” 
(final do texto) 
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima é: 
 
 
a) Grupos de preocupação ecológica investem na proteção aos recursos naturais do 
país. 
b) Compete à Justiça a aplicação de penalidades aos traficantes de animais silvestres, 
nos termos da lei. 
c) O comércio de animais silvestres é prática ilegal, reprovada por toda a sociedade. 
d) Animais silvestres transportados sem o devido cuidado acabam morrendo. 
e) Pesquisadores destacam a necessidade de maior proteção aos recursos naturais 
do país. 
04- FCC: “Todo lugar-comum, porém, tem um alicerce na realidade ou nos sentimentos 
humanos ...”. (1o parágrafo) 
 
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: 
 
a) ...ele é um dos nossos instintos básicos. 
b) ....realidade que cresce a passos largos ... 
c) ... situações que conduziram a isso ... 
d) ... as famílias encolheram drasticamente ... 
e) ... fator que acrescenta ansiedade ... 
 
05- CESPE (2010) “A pobreza é um dos fatores mais comumente responsáveis pelo baixo 
nível de desenvolvimento humano e pela origem de uma série de mazelas, algumas 
das quais proibidas por lei ou consideradas crimes. É o caso do trabalho infantil. A 
chaga encontra terreno fértil nas sociedades subdesenvolvidas, mas também viceja 
onde o capitalismo, em seu ambiente mais selvagem, obriga crianças e adolescentes a 
participarem do processo de produção”. 
( ) O emprego de preposição em "a participarem" é exigido pela regência da forma 
verbal "obriga". 
06- CESPE: “Nas últimas décadas, o aumento dos índices de criminalidade e a atuação de 
organizações criminosas transnacionais colocaram a segurança pública entre as 
principais preocupações da sociedade e do Estado brasileiros. A delinquência e a 
violência criminal afetam, em maior ou menor grau, toda a população, provocando 
 
 
apreensão e medo na sociedade, e despertando o sentimento de descrença em relação 
às instituições estatais responsáveis pela manutenção da paz social”. 
( ) Estaria gramaticalmente correto o emprego da preposição “a” antes de "toda a 
população" - a toda a população - visto que a forma verbal "afetam" apresenta 
dupla regência. 
07- CESPE: “Tendo como principal propósito a interligação das distantes e isoladas 
províncias com vistas à constituição de uma nação-Estado verdadeiramente unificada, 
esses pioneiros da promoção dos transportes no país explicitavam firmemente a sua 
crença de que o crescimento era enormemente inibido pela ausência de um sistema 
nacional de comunicações e de que o desenvolvimento dos transportes constituía um 
fator crucial para o alargamento da base econômica do país”. 
( ) A preposição em "de que o desenvolvimento" é exigida pela regência da palavra 
"crença". 
08- CESGRANRIO: Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo 
com a norma culta da língua: 
 
a) Os brasileiros aspiram a uma vida mais confortável. 
b) Obedeceu rigorosamente o horário do planejamento. 
c) O rapaz assistiu à demolição do prédio. 
d) O fazendeiro agrediu o funcionário sem necessidade. 
e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro pretendido. 
 
09- UECE: O “Que” devidamente empregado só não seria regido de preposição na 
opção: 
 
a) O cargo ............................. aspiro depende de concurso. 
b) A situação....................... passei foi bem difícil. 
c) Rui é o orador...................... mais admiro. 
d) O jovem ................... te referiste foi reprovado. 
e) Ali está o abrigo ....................... necessitamos. 
 
 
 
05- CESGRANRIO: “Foram inúmeros os problemas ________ nos defrontamos e inúmeras 
as experiências ________ passamos. 
 
De acordo com a norma culta da língua, completam a frase, respectivamente, 
 
a) que e em que. 
b) que e de que. 
c) de que e por que. 
d) com que e por que. 
e) com que e em que. 
 
10- FGV: “A crise imobiliária nos Estados Unidos revela o papel que o superendividamento 
exerce...”. 
 
Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho destacado acima, não se manteve 
adequação à norma culta. Ignore as alterações de sentido. 
 
a) a que o superendividamento se refere 
b) de que o superendividamento lembra 
c) a que o superendividamento procede 
d) a que o superendividamento prefere 
e) de que o superendividamento se queixa 
 
 
12- CESPE: “Em razão da complexidade, da amplitude e do poderio das redes criminosas 
transnacionais, a solução para a criminalidade depende de decisões político-
econômico-sociais e, concomitantemente, de ações preventivas e repressivas de 
 
 
órgãos estatais. Nesse contexto, as operações de inteligência são instrumentos legais 
de que dispõe o Estado na busca pela manutenção e proteção de dados sigilosos”. 
( ) A preposição "de" empregada antes de "que" é exigência sintática da forma 
verbal "dispõe"; portanto, sua retirada implicaria prejuízo à correção gramatical 
do período. 
GABARITO EXERCÍCIOS 01 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
E F/V E E V F V B C D 
 
11 12 
B V 
 
EXERCÍCIOS 02 
01- ESAF (Denit: analista em infraestrutura e transporte 2012) “Coisas espantosas 
acontecem conosco, a cada segundo, pelo simples fato de existirmos. Agora mesmo, 
enquanto escrevo – ou enquanto você lê –, fatos fantásticos e dramáticos se 
desenrolam dentro de nós. Células se reproduzem aos milhões. Bando de bactérias 
percorrem nossas vias interiores, procurando encrenca. Nossos sucos se encontram e 
se misturam em alquimias inacreditáveis. E giramos em torno do Sol, que, por sua vez, 
se desloca pelo espaço, em alta velocidade, cuspindo fogo”. 
(Verissimo, Luis Fernando. Orgias. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 1989, p.80-1, 
Adaptado). 
( ) No segmento “percorrem nossas vias interiores” o termo “nossas vias interiores” 
expressa uma circunstância de lugar do verbo intransitivo “percorrem”. 
() Na oração “e se misturam em alquimias inacreditáveis”, conforme faculta a regência, 
o complemento do verbo “misturar” poderia ser introduzido pela preposição “com”. 
02- ESAF (Denit: analista em infraestrutura e transporte 2012) Assinale a opção correta a 
respeito do período “Tem um personagem de Voltaire que um dia descobre, 
encantado, que falou em prosa toda a sua vida, sem saber”. 
( ) O sentido com que foi empregada a forma verbal “Tem” possibilitaria, sem que 
houvesse alteração do sentido do período, a seguinte organização dos termos da 
primeira oração: Voltaire tem um personagem. 
 
 
03- Padrão ESAF/CESPE - Nos itens a seguir, são apresentados trechos adaptados de jornal 
de grande circulação. Julgue-os quanto à regência de verbos e de nomes. Marque o que 
não apresentar erro. 
a) Mais de 1 bilhão de moradores das cidades enfrentarão de uma grave escassez de 
água em 2050 na medida em que o aquecimento global piorar os efeitos da 
urbanização, indicou um estudo nesta segunda-feira. 
b) A escassez ameaça o saneamento em algumas das cidades de mais rápido crescimento 
no mundo, particularmente na Índia, mas também representa riscos para à vida 
silvestre caso as cidades bombeiem água de fora, afirma o artigo publicado nas Atas 
da Academia Nacional de Ciências (PNAS). 
c) O estudo concluiu que, se continuarem as atuais tendências de urbanização, em 
meados deste século, em torno de 990 milhões de moradores de cidades viverão com 
menos de 100 litros diários de água cada um ─ mais ou menos a quantidade necessária 
para encher uma banheira ─, quantidade que, segundo os autores, é a mínima 
necessária. 
d) Além disso, mais 100 milhões de pessoas não terão água para beber, cozinhar, limpar, 
tomar banho e ir no banheiro. "Não tomem os números como um destino. São o sinal 
de um desafio", disse o principal autor do estudo, Rob McDonald. 
 e) Atualmente, cerca de 150 milhões de pessoas estão abaixo do patamar dos 100 litros 
de uso diári o. A casa de um americano médio gasta 376 litros por dia por pessoa, 
apesar do uso real variar dependendo da região, disse McDonald. Mas o mundo está 
experimentando de mudanças sem precedentes no nível urbano, à medida que as 
populações rurais de Índia, China e outras nações em desenvolvimento mudam-se para 
as cidades 
Correio Braziliense, 01/ 04/ 11 (Com adaptações) 
 
 
04- ESAF (Denit: analista em infraestrutura e transporte 2012) “Restam os pedestres, em 
sua humilde visibilidade, para nos lembrar de que as cidades foram feitas para as 
pessoas”. 
 
( ) Seriam mantidos o sentido original do período e a correção gramatical se o último 
período do texto fosse reescrito da seguinte forma: Restam os pedestres que, em sua 
humilde visibilidade, lembram-nos que cidades foram construídas para pessoas. 
 
 
 
GABARITO EXERCÍCIOS 02 
01 02 03 04 
EE E C E 
 
EXERCÍCIOS 03 
01- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Quando possível, os teoremas e teorias mais 
belos são também os mais simples: dadas duas ou mais explicações para o mesmo 
fenômeno, vence a mais simples. Esse critério é conhecido como a lâmina de Ockham, 
atribuído a William de Ockham, um teólogo inglês do século XIV”. 
 
( ) No trecho “um teólogo inglês do século XIV” (R .13), que serve como aposto 
apresentador de informações acerca de William de Ockham, o artigo indefinido 
poderia ser omitido sem que se prejudicasse a correção gramatical do texto. 
02- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “O problema da linguagem é inseparável do 
conteúdo essencial daquilo que se quer comunicar, quando não se visa apenas a 
informar, mas também a fornecer modelos e diretivas de ação. A linguagem de um 
código não se dirige a meros espectadores, mas se destina antes aos protagonistas 
prováveis da conduta regulada”. 
( ) No trecho “não se visa (...) a informar (...) a fornecer”, o elemento “a”, em ambas 
as ocorrências, poderia ser omitido sem que isso trouxesse prejuízo à correção 
gramatical do texto. 
03- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Diferentes autores apresentam de maneiras 
diversas as características que deve ter a lei bem feita. Em geral, todos concordam que 
é mister conciliar cinco qualidades essenciais da linguagem legislativa, a saber: 
simplicidade, precisão, clareza, concisão e correção”. 
 
( ) A ausência do artigo “as” imediatamente antes de “cinco qualidades essenciais da 
linguagem legislativa” permite inferir a possibilidade de a linguagem legislativa ser 
caracterizada por outras qualidades essenciais não mencionadas. 
 
04- (CESPE 2010 Ministério do Planejamento) “Naquele final de década de sessenta, no 
entanto, o jovem arquiteto interessava-se menos por torres que escalavam os céus do 
que por estruturas abandonadas na periferia e por sistemas subterrâneos da cidade. 
Em vez de construir, seu projeto era ‘cortar’ edifícios ou ‘desfazer espaços’”. 
 
 
 
( ) O uso da forma não pronominal “interessar”, retirando-se o pronome de “interessava-
se”, preservaria a correção gramatical e a coerência textual, desde que fosse 
empregada a preposição “a” antes de “o jovem arquiteto”, escrevendo “ao jovem 
arquiteto interessava”. 
05- (CESPE 2013 Serpro) “O novo milênio ― designado como era do conhecimento, da 
informação ―é marcado por mudanças de relevante importância e por impactos 
econômicos, políticos e sociais. Em épocas de transformações tão radicais e 
abrangentes como essa, caracterizada pela transição de uma era industrial para uma 
baseada no conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”. 
 
( ) Estariam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto se, na oração 
“aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”, a forma verbal estivesse flexionada 
no plural, desde que suprimida a partícula “-se”. 
06- (CESPE MPU 2013) “A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar 
desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam. Nessa desigualdade 
social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da 
igualdade”. 
 
( ) A oração “quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam” 
exerce a função de complemento indireto da forma verbal “consiste”. 
 
 
 
GABARITO EXERCÍCIO 03 
01 02 03 04 05 06 
C C C E E C 
 
 
EXERCÍCIOS 04 
01- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Escrevi uma carta aos meus concidadãos, 
pedindo-lhes que me dissessem francamente o que consideravam que fosse política, 
e dispensando-os de citar Aristóteles, Maquiavelli, Spencer, Comte (...)”. 
 
 
( ) Por terem como referente a palavra “concidadãos”, os pronomes empregados em 
“pedindo-lhes” e “dispensando-os” poderiam ser intercambiados, sem prejuízo para 
os sentidos e a correção gramatical do texto. 
02- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “ ‘Na hierarquia dos problemas nacionais, 
nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação.’ (...) Escrito há 80 
anos, o enunciado do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova continua tão atual 
quanto em 1932”. 
( ) Mantém-se a correção gramatical do primeiro período ao se considerar a forma verbal 
‘sobreleva’ como transitiva direta, com a seguinte reescrita: nenhum sobreleva em 
importância e gravidade o da educação. 
 
03- CESPE ( PF 2012) “Essa discrição é apresentada como um progresso: os povos 
civilizados não executam seus condenados nas praças. Mas o dito progresso é, de fato, 
um corolário da incerteza ética de nossa cultura. 
Reprimimos em nós desejos e fantasias que nos parecem ameaçar o convívio social. 
Logo, frustrados, zelamos pela prisão daqueles que não se impõem as mesmas 
renúncias. Mas a coisa muda quando a pena é radical,pois há o risco de que a morte 
do culpado sirva para nos dar a ilusão de liquidar, com ela, o que há de pior em nós”. 
 ( ) Considerando-se a dupla regência do verbo “impor” e a presença do pronome 
“mesmas”, seria facultado o emprego do acento indicativo de crase na palavra “as” da 
expressão “as mesmas renúncias”. 
04- CESPE ( PF 2012) 
“Considerai no mistério 
dos humanos desatinos, 
e no polo sempre incerto 
dos homens e dos destinos! 
Por sentenças, por decretos, 
pareceríeis divinos: 
e hoje sois, no tempo eterno, 
como ilustres assassinos. 
 
 
 
 
 
Ó soberbos titulares, 
tão desdenhosos e altivos! 
Por fictícia autoridade, 
vãs razões, falsos motivos, 
inutilmente matastes: 
— vossos mortos são mais vivos; 
e, sobre vós, de longe, abrem 
grandes olhos pensativos. 
 
Cecília Meireles. Romanceiro da Inconfidência. Rio 
de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p. 267-8 
 
( ) Os trechos “Por sentenças, por decretos” (v .29) e “Por fictícia autoridade, vãs razões, 
falsos motivos” ( v.35-36) exercem função adverbial nas orações a que pertencem e 
ambos denotam o meio empregado na ação representada pelo verbo a que se referem. 
 
GABARITO EXERCÍCIO 04 
01 02 03 04 
E C E E 
 
 
COMPLEMENTOS VERBAIS X USO DE PRONOMES OBLÍQUOS 
Para que você inicie esta segunda pare do assunto, é importante (para não dizer 
fundamental) que você conheça o funcionamento dos pronomes enquanto elementos que 
representam complementos verbais (ou seja, os objetos diretos e os indiretos). Portanto, 
iniciemos com esta tabela: 
 
 
o, a, os, as Terão, NORMALMENTE, função de OD. 
lhe, lhes terão, NORMALMENTE, função de OI. 
me, te, se, nos, vos terão, NORMALMENTE, função de OD 
ou OI. 
 
Exemplos com problemas: 
- A criança riscou-lhe. 
- O filho o obedecia. 
- O ladrão lhes molestou. 
 
Exemplos corrigidos: 
- A criança riscou-o. 
- O filho lhe obedecia. 
- O ladrão os molestou. 
 
Portanto, frases como “O professor viu-lhe na rua” não obedecem ao padrão culto da 
língua, porque não podemos associar a um verbo transitivo direto (ver) o pronome LHE. 
QUANDO USAR LO, LA, LOS e LAS? 
- Se verbos terminam em R, S ou Z. 
- E se os pronomes o, a, os ou as devem surgir na posição de ênclise. 
 
FAÇA O SEGUINTE: 
- Retire a dita consoante final. 
- Coloque um hífen. 
- E acrescente “L” ao pronome que o contexto pedir. 
Exemplos: 
- Trouxemos os livros ontem. 
- Trouxemo-los ontem. 
 
- Fiz todas as compras hoje. 
- Fi-las hoje. 
 
 
 
- Ele gosta de criticar esses atores. 
- Ele gosta de criticá-los. 
 
QUANDO USAR NOS, NAS, NO e NA? 
Se você tiver os pronomes O, A, OS e AS ligados a verbos com finais nasais, faça assim: 
- Acrescente a letra “N” ao pronome para indicar nasalização. 
Ex.: O treinador propõe as mudanças antes do jogo. 
 O treinador propõe-nas antes do jogo. 
Ex.: Levaram as alunas depois da aula. 
 Levaram-nas depois da aula. 
 
 
DETLAHE: A gramática diz que, toda vez que um verbo for flexionado na 1ª pessoa do 
plural e tiver que usar, encliticamente, o pronome NOS o “S” do final do verbo deverá 
ser suprimido. Assim: 
 
- Vimos + nos perdidos = Vimo-nos perdidos. (forma correta) 
 
- Vimos + nos perdidos = VimoS-nos perdidos. (forma INcorreta) 
 
- Encontramos + nos na festa = Encontramo-nos na festa. (forma correta) 
 
- Encontramos + nos na festa = EncontramoS-nos na festa. (forma INcorreta) 
 
 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
 
 
É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, 
as, lhes) em relação ao verbo. 
Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do 
verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise). 
PRÓCLISE 
Usamos a próclise nos seguintes casos: 
(a) Com palavras negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem etc. 
- Nada me perturba. 
- Ninguém se mexeu. 
- Jamais me afastarei daqui. 
- Ela nem se importou com meus problemas. 
Ou seja, seriam ERRADAS as seguintes construções: 
- Nada perturba-me. 
- Ninguém mexeu-se. 
- Jamais afastar-me-ei daqui. 
- Ela nem importou-se com meus problemas. 
 
(b) Com conjunções ou locuções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, 
embora, ainda que, já que, quanto etc. 
- Quando se trata de boa comida, ele é um especialista. 
- É necessário que a deixe em casa. 
- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros. 
Ou seja, seriam ERRADAS as seguintes construções: 
- É necessário que deixe-a em casa. 
- Embora encontre-me com problemas, estou indo bem no trabalho. 
 
(c) Advérbios: só, apenas, muito, pouco, cedo, tarde, ali, aqui, também etc. 
 
 
- Aqui se tem paz. 
- Sempre me dediquei aos estudos. 
- Talvez o veja na escola. 
OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome. 
- Aqui, trabalha-se. 
- Ontem, revelei-lhe toda a verdade. 
 
(d) Pronomes relativos, indefinidos e interrogativos. 
 
Um lembrete: 
- Relativos: que, quem, onde. 
- Indefinidos: tudo, nada, algo, alguém, ninguém, qualquer etc. 
- Interrogativos: que, quem, qual, quanto etc. 
 
- Exemplos: 
- Quem te ligou bem cedo? (interrogativo) 
- A pessoa que me chamou era minha amiga. (relativo) 
- Nada nos traz felicidade. (indefinido) 
 
 (e) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo). 
- “Macacos me mordam!” 
- Deus te abençoe, meu filho! 
 
(f) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM. 
 
 
- Em se plantando tudo dá. 
- Em se tratando de beleza, ela é a campeã. 
 
CASOS FACULTATIVOS 
(a) Diante de substantivos quando funcionam como sujeito: 
- Os alunos se aproximaram. 
- Os alunos aproximaram-se. 
(b) Diante de pronomes retos: 
- Ela me disse tudo. 
- Ela disse-me tudo. 
(c) Diante de pronomes de tratamento. 
- Vossa Excelência me perguntou algo? 
- Vossa Excelência perguntou-me algo? 
 
(d) Diante de pronomes demonstrativos. 
- Aquilo me deixou triste. 
- Aquilo deixou-me triste. 
 
(e) Quando houver conjunções coordenativas (exceto as aditivas Nem, Não só...mas 
também e companhia e todas as alternativas): 
- O homem chegou e se dirigiu a mim imediatamente. 
- O homem chegou e dirigiu-se a mim imediatamente. 
- Eu cheguei cedo, mas me barraram na entrada. 
- Eu cheguei cedo, mas barraram-me na entrada. 
 
 
 
BOMBA BOMBA BOMBA!!!!! A maior pegadinha de todas!!!! 
(f) Infinitivo não flexionado precedido de palavras atrativas ou de preposições: 
- Meu desejo era não o incomodar. (FORMA CORRETA) 
- Meu desejo era não incomodá-lo. (FORMA CORRETA) 
- Calei-me para sempre o contrariar. (FORMA CORRETA) 
- Calei-me para sempre contrariá-lo. (FORMA CORRETA) 
- Corri para o defender. (FORMA CORRETA) 
- Corri para defendê-lo. (FORMA CORRETA) 
 
MESÓCLISE 
 
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito. 
- Convidar-me-ão para a festa. 
- Convidar-me-iam para a festa. 
- Revelar-lhe-ei meus segredos. 
Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória. 
- Não me convidarão para a festa. 
- Algo te levará a um bom destino. 
 
ÊNCLISE 
Regra básica: a ênclise será sempre obrigatória no início de período. 
- Amo-te muito, meu amor! 
 
 
- Dá-me mais um pouco de vinho? 
- Comprei-o no mês passado. 
 
Outros casos: 
 
a) Com o verbo no imperativo afirmativo: 
- Alunos, comportem-se. 
 
b) Com o verbo no gerúndio: 
- Saiu rapidamente, deixando-nos a sós por alguns instantes.c) Com o verbo no infinitivo impessoal: 
- Contar-lhe tudo é fundamental. 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS 
Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio. 
 
AUXILIAR + INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes ou 
depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
 
- A polícia nos deseja revelar a verdade. 
- A polícia deseja-nos revelar a verdade. 
- A polícia deseja revelar-nos a verdade. 
 
 
 
AUXILIAR + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome 
oblíquo virá antes ou depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
 
- As crianças me vêm perguntando muitas coisas. 
- As crianças vêm-me perguntando muitas coisas. 
- As crianças vêm perguntando-me muitas coisas. 
 
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do 
verbo principal. 
 
Infinitivo 
- A polícia não nos deseja revelar a verdade. 
- A polícia não deseja revelar-nos a verdade. 
 
Gerúndio 
- As crianças agora me vêm perguntando muitas coisas. 
- As crianças agora vêm perguntando-me muitas coisas. 
 
 
AUXILIAR + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar sempre depois do verbo auxiliar, nunca 
depois do particípio. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo 
auxiliar. 
- O preso lhe havia contado a verdade. 
- O preso havia-lhe contado a verdade. 
 
 
 
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá SOMENTE antes do verbo auxiliar. 
 
- O preso jamais lhe havia contado a verdade. 
 
Para as perguntas de 01 a 28 você deverá assinalar com “C “ o que estiver correto e 
com “I” os incorretos: 
 
 
01) ( ) O presente é a bigorna onde se forja o futuro. (próclise) 
02) ( ) Nossa vocação molda-se às necessidades. (ênclise) 
03) ( ) Se não fosse a chuva, acompanhar-te-ia. (mesóclise) 
04) ( ) Macacos me mordam! 
05) ( ) Caro amigo, muito lhe agradeço o favor... 
06) ( ) Ninguém socorreu-nos naqueles momentos difíceis. 
07) ( ) As informações que se obtiveram, chocavam-se entre si. 
08) ( ) Quem te falou a respeito do caso? 
09) ( ) Não foi trabalhar porque machucara- se na véspera. 
10) ( ) Não só me trouxe o livro, mas também me deu presente. 
11) ( ) Ele chegou e perguntou-me pelo filho. 
12) ( ) Em se tratando de esporte, prefere futebol. 
13) ( ) Vamos, amigos, cheguem-se aos bons. 
14) ( ) O torneio iniciar-se-á no próximo Domingo. 
15) ( ) Amanhã dizer-te-ei todas as novidades. 
16) ( ) Os alunos nos surpreendem com suas tiradas espirituosas. 
17) ( ) Os amigos chegaram e me esperam lá fora. 
18) ( ) O torneio iniciará-se no próximo domingo. 
19) ( ) Ele tinha oferecido-lhe as explicações. 
20) ( ) Convido-te a fazeres-lhes essa gentileza. 
21) ( ) Para não falar- lhe, resolveu sair cedo. 
22) ( ) É possível que o leitor nos não creia. 
23) ( ) A turma quer-lhe fazer uma surpresa. 
24) ( ) A turma havia convidado-o para sair. 
25) ( ) Ninguém podia ajudar-nos naquela hora. 
26) ( ) Algumas haviam-nos contado a verdade. 
27) ( ) Todos se estão entendendo bem. 
28) ( ) As meninas não tinham-nos convidado para sair. 
 
29) Assinale a frase com erro de colocação pronominal: 
 
 
 
a) Tudo se acaba com a morte, menos a saudade. 
b) Com muito prazer, se soubesse, explicaria-lhe tudo. 
c) João tem-se interessado por suas novas atividades. 
d) Ele estava preparando-se para o vestibular de Direito. 
 
30) Assinale a frase com erro de colocação pronominal: 
 
a) Tudo me era completamente indiferente. 
b) Ela não me deixou concluir a frase. 
c) Este casamento não deve realizar-se. 
d) Ninguém havia lembrado-me de fazer as reservas. 
 
 
GABARITO 
 
01.C 
02.C 
03.C 
04.C 
05.C 
06.I 
07.C 
08.C 
09.I 
10.C 
11.C 
12.C 
13.C 
14.C 
15.I 
16.C 
17.C 
18.I 
19.I 
20.C 
21.C 
22.C 
23.C 
24.I 
25.C 
26.I 
27.C 
 
 
28.I 
29.B 
30.D 
 
 
EXERCÍCIOS 05 
01- FCC: em “Ajudamos a criar essa nova arma no intuito de impedir que os inimigos 
tivessem acesso antes de nós a essa nova arma”. 
Valendo-se do emprego de pronomes, estará correta a seguinte reconstrução da frase 
acima: 
 
a) Ajudamos a criar-lhe no intuito de impedir eles de acessarem antes de nós essa 
nova arma. 
b) Ajudamos a criá-la no intuito de lhes impedir o acesso dos inimigos a essa nova 
arma antes de nós. 
c) Ajudamo-la a criar no intuito de impedir-lhes que eles tivessem acesso à ela antes 
de nós. 
d) Ajudamos a criá-la no intuito de impedir que eles tivessem acesso a ela antes de 
nós. 
e) Ajudamos a criá-la no intuito de os impedir de acessar-lhe antes de nós 
 
02- CESGRANRIO: Assinale a frase em que está usado indevidamente um dos pronomes 
seguintes: o, lhe. 
 
a) Não lhe agrada semelhante providência? 
b) A resposta do professor não o satisfez. 
c) Ana o ajudou na semana passada. 
d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema dedicação. 
e) Vou visitar-lhe na próxima semana. 
 
 
 
03- FCC: “Maquiavel escreveu um tratado político, e a potência de análise desse 
tratado político permite considerar esse tratado político como um texto que 
efetivamente revela os mecanismos do poder, embora sempre haja quem julgue 
indevassáveis esses mecanismo do poder, pois todos os políticos buscam dissimular 
esses mecanismo do poder”. 
 
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os segmentos 
sublinhados, respectivamente, por 
 
a) cuja potência de análise / considerá-lo / os julgue indevassáveis / dissimulá-los. 
b) em cuja potência de análise / o considerar / lhes julgue indevassáveis / os 
dissimular. 
c) cuja a potência de análise / considerá-lo / julgue-os indevassáveis / dissimular-lhes. 
d) que a potência de análise / considerar-lhe / os julgue indevassáveis / dissimulá-los. 
e) de cuja potência de análise / lhe considerar / os julgue indevassáveis / lhes 
dissimular. 
 
04- FCC: “A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a palavra 
progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mágicos que elevam essa palavra 
ao patamar dos nomes miraculosos”. 
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo- se os elementos 
sublinhados, na ordem dada, por: 
 
a) a pronunciam - lhe atribuem - a elevam 
b) a pronunciam - atribuem-na - elevam-na 
c) lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe 
d) a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam 
e) pronunciam-na - atribuem-na - a elevam 
 
 
 
05- FCC: “O editorial foi considerado um desrespeito à soberania de Cuba, trataram a 
soberania de Cuba como uma questão menor, pretenderam reduzir a soberania de 
Cuba a dimensões risíveis, como se os habitantes do país não tivessem construído a 
soberania de Cuba com sangue, suor e lágrimas”. 
 
Evitam-se as viciosas repetições acima substituindo-se os segmentos sublinhados, 
respectivamente, por 
 
a) trataram a ela / reduzir-lhe / a tivessem construído. 
b) trataram-na / reduzi-la / a tivessem construído. 
c) a trataram / a reduziram / tivessem-na construído. 
d) trataram-lhe / reduziram-lhe / lhe tivessem construído. 
e) trataram-na / reduziram-lhe / lhe tivessem construído. 
 
06- FCC (Metrô São Paulo) A substituição do elemento grifado pelo pronome 
correspondente, com os necessários ajustes no segmento, foi realizada corretamente 
em: 
 a) que pretende construir máquinas multifuncionais = que lhes pretende construir 
b) que desejam limpar seu carpete = que desejam o limpar 
c) precisa processardados coletados = precisa processá-los. 
d) que busque uma caneca = que busque-a. 
e) requerem um grande conjunto de habilidades = requerem-nas. 
 
 
GABARITO EXERCÍCIOS 02 
 
01 02 03 04 05 06 
D E A A B C 
 
 
 
 
REGÊNCIA NOMINAL 
Estuda as relações em que os nomes – substantivos, adjetivos e advérbios – exigem 
complemento para que os sentidos da frase fiquem estabilizados. Essa relação entre o 
nome e seus complementos é estabelecida pela presença de preposição e gera uma função 
sintática chamada Complemento Nominal. 
 
Exemplos: 
 
1- O jovem tinha aversão ---------- a + os políticos. 
2- O filho era atencioso---------- com + os avós. 
 
Observação: Existem nomes que admitem mais de uma preposição; comportamento 
absolutamente normal. 
 
Exemplo: 
- Minha amiga é pobre de espírito. 
- Pedro está confiante na vitória. 
- Eles se posicionaram favoravelmente aos empresários. 
 
 
NOMES QUE ADVÊM DE VERBOS 
 
1- Ele avançou 200 metros. 
1.1- O avanço de 200 metros ocorreu em seguida. (o termo regente é um nome) 
2- O convidado gostou do que foi oferecido pelo chef árabe. 
 
 
2.1- O gosto pela gastronomia árabe é comum no Brasil. (o termo regente é um nome) 
3- O motorista atrasou o ônibus. 
3.1- O atraso do ônibus foi causado pelo motorista. (o termo regente é um nome) 
4- Ele não confia em você. 
4.1- A confiança em Deus é fundamental. (o termo regente é um nome) 
 
 
Obs.: Perceba que, em quase todos os casos, quando o verbo transformou-se em nome, a 
regência foi alterada. Portanto, atenção a esses movimentos. 
 
► A seguir veremos a relação de alguns nomes e as suas preposições mais usuais: 
 
A 
acessível, adequado, alheio, análogo, apto, avesso, benéfico, cego, 
conforme, desatento, desfavorável, desleal, equivalente, fiel, grato, guerra, 
hostil, idêntico, inerente, nocivo, obediente, odioso, oposto, peculiar, 
pernicioso, próximo (de), superior, surdo (de), visível. 
De 
amante, amigo, ansioso, ávido, capaz, cobiçoso, comum, contemporâneo, 
curioso, devoto, diferente, digne, dotado, duro, estreito, fértil, fraco, 
inocente, menor, natural, nobre, orgulhoso, pálido, passível, pobre, pródigo 
(em), temeroso, vazio, vizinho. 
com 
afável, amoroso, aparentado, compatível, conforme, cruel, cuidadoso, 
descontente, furioso (de), ingrato, liberal, misericordioso, orgulhoso, 
parecido (a), rente (a, de). 
contra desrespeito, manifestação, queixa. 
em 
constante, cúmplice, diligente, entendido, erudito, exato, fecundo, fértil, 
fraco (de), forte, hábil, indeciso, lento, perito, sábio, último (de, a), único. 
entre convênio, união. 
para apto, bom, essencial, incapaz, inútil, pronto (em), útil 
para com afável, amoroso, capaz, cruel, intolerante, orgulhoso 
 
 
Por ansioso, querido (de), responsável, respeito (a, de) 
Sobre dúvida, influência, triunfo. 
 
 
DIFERENÇA ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO ADNOMINAL 
 
O complemento nominal sempre é iniciado por preposição; o adjunto, às vezes. 
 
Quando o adjunto não é iniciado por preposição, é tranquilo, não existe a confusão 
complemento/adjunto. 
 
No entanto, quando é, surgem os casos em que o aluno tem dificuldade para distinguir 
esses dois termos. 
 
Para não ter essa dificuldade, o estudante tem de ficar atento às diferenças entre o 
complemento nominal e o adjunto adnominal. 
 
PRIMEIRA DIFERENÇA: o complemento nominal se liga a substantivos abstratos, a 
adjetivos e a advérbios; o adjunto se liga a substantivos, que podem ser abstratos ou 
concretos. 
 
SEGUNDA DIFERENÇA: o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a 
ação expressa pelo nome a que se liga; o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a 
ação expressa pelo substantivo modificado por ele. 
 
TERCEIRA DIFERENÇA: o complemento não expressa ideia de posse; o adjunto 
frequentemente indica posse. 
 
Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno". 
 
“De madeira” é complemento nominal ou adjunto? 
 
Lembra-se do que dissemos na “primeira diferença”? O complemento nominal se liga 
exclusivamente a substantivos abstratos. 
 
“De madeira” está modificando um substantivo concreto, “casas”. 
 
Logo, “de madeira” é adjunto adnominal. 
 
Outro exemplo: “Ele é igual ao pai”. 
 
Qual a função de “ao pai”? 
 
Ele está se referindo a “igual”, que é adjetivo. 
 
 
 
Como dissemos na “primeira diferença”, o complemento nominal se liga a adjetivos, o 
adjunto não. 
 
Portanto, “ao pai” é complemento nominal. 
 
Mais um exemplo: “Amor de mãe é eterno”. 
 
Qual a função do termo “de mãe”? 
 
Ele está modificando um substantivo abstrato, “amor”. 
 
Logo, pode ser complemento nominal ou adjunto. 
 
A “segunda diferença” vai nos ajudar: “de mãe” tem sentido ativo, a mãe sente o amor. 
 
Assim, “de mãe” é adjunto adnominal. 
 
Mais um: “O amor à mãe é sagrado”. 
 
O termo “mãe” agora tem sentido passivo. 
 
“Mãe” não está dando amor, mas sim recebendo. 
 
Conclusão: “à mãe” é complemento nominal. 
 
Um último exemplo: “A fuga do ladrão foi ousada”. 
 
Há neste caso ideia de posse: “do ladrão” é, portanto, adjunto adnominal. 
 
 
Outros exemplos de complemento nominal 
 
- Ele lutou pela defesa da pátria. 
 
-O estudo das células é fascinante. 
 
- A resolução de exercícios ocorrerá à noite. 
 
- O jovem é precavido contra os males. 
 
- Meu filho está apto para o trabalho pesado. 
 
-Ele mostrou-se insensível à dor. 
 
- Ele tem bom gosto pela arte contemporânea. 
 
 
 
- Eu estou satisfeito com o resultado. 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 01 
01- CESPE: “Floresta nacional, floresta estadual e municipal: é uma área com uma 
cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo 
básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais de florestas nativas. É uma 
área de posse e domínio públicos”. 
( ) O vocábulo "públicos" está no plural por se tratar de caso de regência nominal. 
Obs.: O detalhe dessa questão consiste numa “pegadinha”. 
02- CESPE: “Hipermodernidade é o termo usado para denominar a realidade 
contemporânea, caracterizada pela cultura do excesso, do acréscimo sempre 
quantitativo de bens materiais, de coisas consumíveis e descartáveis”. 
( ) A repetição da preposição “de” em "do acréscimo", "de bens materiais" e "de 
coisas" indica que esses termos são empregados, no texto, como complementos 
de "cultura", vocábulo que tem como primeiro complemento "do excesso". 
Obs.: Uma boa leitura é fundamental para resolver essa questão. 
03- CESPE: Com base no texto abaixo, julgue a questão a seguir. 
 
O Brasil tem 24,8 milhões de pessoas consideradas aptas para trabalhar. Mas, nesse 
universo, há cerca de 5,5 milhões de pessoas condenadas a ficar fora do mercado de 
trabalho, tal como ele se apresenta hoje, visto que lhes falta a essencial qualificação. 
Para estes, 20% da força de trabalho, resta tentar ganhar o pão de cada dia fazendo 
bicos o trabalhos regulares, porém de baixa exigência e, portanto, com ganhos 
ínfimos. 
 
Esses números estão em trabalho recentemente divulgado pelo Instituto de Pesquisas 
Econômicas Aplicadas (IPEA), no qual se revela que outros 653 mil trabalhadores, no 
 
 
topo da pirâmide do preparo profissional, igualmente tenderão a ficar batendo de 
porta em porta em busca de colocação. Para eles, em razão da crise mundial, 
fecharam-se postos de trabalho, pois suas empresas preferiram liberar mão de obra 
qualificada, reduzir gastos — esses profissionais são os de mais altos salários — e 
esperar a tempestade passar. E ela ainda não passou. 
 
Em outras áreas, porém, como construçãocivil, comércio e hotelaria, o estudo do IPEA 
revela que já se faz sentir a falta de profissionais por motivo semelhante ao causado 
pela crise. A recuperação econômica, que ocorreu com velocidade espantosa em áreas 
como a de construção, não deixou espaço e tempo para que se preparasse tanta gente, 
em número e qualidade, para atender à demanda, especialmente no Sudeste e no Sul 
do país, onde se constroem mais moradias e obras de infraestrutura alimentadas por 
programas habitacionais, pelas eleições e, como não poderia deixar de ser, pelo 
futebol, que terá o Brasil como sede da Copa do Mundo em 2014. Casas, saúde, 
transportes, saneamento e iluminação implicarão investimentos superiores a R$ 1 
trilhão, conforme anunciado pelo governo em março. Para este ano, o crescimento 
econômico deve gerar 2 milhões de vagas, dizem as estimativas oficiais. 
 
Hélio Terra. Trabalho há e haverá. In: 
O Estado de S.Paulo, 4/4/2010 (com adaptações) 
 
Acerca da regência nominal e verbal empregada no texto, assinale a opção correta. 
 
a) A substituição do termo “aptas” (1º parágrafo) por “capazes” manteria o sentido 
original, mas não a correção gramatical do período. 
b) Na oração “visto que lhes falta a essencial qualificação” (1º parágrafo), o verbo 
não exige complemento indireto. 
c) No trecho “por motivo semelhante ao causado pela crise” (3º parágrafo), o 
elemento “ao” pode ser corretamente substituído por “com o”. 
d) O uso do sinal indicativo de crase em “para atender à demanda” (3º parágrafo) 
ocorre por conta da existência de regência nominal no período. 
 
 
e) A inserção da preposição “em” imediatamente após a forma verbal “implicarão” 
(3º parágrafo) não acarreta prejuízo ao sentido nem à estrutura sintática do 
período. 
 
04- FCC: “A ocupação do cerrado por agricultores provenientes de outras áreas ...” (3º 
parágrafo) 
O mesmo tipo de regência assinalado acima SÓ NÃO se configura no segmento grifado 
em: 
 
a) graças ao investimento em novas tecnologias. 
b) nas condições de vida de milhões de brasileiros 
c) o ingresso de centenas de milhões de pessoas. 
d) a expansão do comércio. 
e) por uma combinação de ações políticas e empresariais. 
 
Obs.: Uma dica para você não perder a paciência ao resolver essa questão é perceber que 
nem todos os nomes advêm das mesmas classes de palavras. Vimos isso no início da 
aula. Volte um pouco, faça uma nova leitura. 
 
GABARITO 01 
01 02 03 04 
F F A B 
 
 
EXERCÍCIOS 02 
 
01- A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e integra a 
mesma construção sintática com que é usado em “ele pegou um balde grande de 
plástico,” é: 
 
 
 
a) Os alunos pegam facilmente tudo o que é ensinado. 
b) Pegar um bom emprego é o objetivo de todos. 
c) Pegou do irmão a mania de fazer coleção de figurinhas. 
d) Pegou no que era seu, deu adeus e foi embora. 
e) Pegou sem cuidado o copo e deixou-o quebrar 
02- Assinale a opção em que a regência do verbo destacado difere da dos demais. 
 
a) “...tal fato exige de nós a capacidade de atuarmos em áreas...”. 
b) “O sentir faz a ponte entre o pensar e o agir”. 
c) “... essa atitude consequentemente nos leva ao aprendizado”. 
d) “alguém perguntou a um velho se ele tinha crescido naquela cidade”. 
e) “...é esse ensinamento que nos ensina a resposta do velho sábio”. 
 
03- O verbo destacado NÃO é impessoal em: 
 
a) Fazia dias que aguardava a sua transferência para o setor de finanças. 
b) Espero que não haja empecilhos à minha promoção. 
c) Fez muito frio no dia da inauguração da nova filial. 
d) Já passava das quatro horas quando ela chegou. 
e) Embora houvesse acertado a hora, ele chegou atrasado. 
 
04- Em relação à regência nominal, em qual das frases a seguir a preposição empregada 
NÃO está ADEQUADA? 
 
a) A partir daí, estava apto para ajudar alguém. 
b) Ele, então, estava sedento por um futuro melhor. 
 
 
c) Não seja inconstante em suas decisões. 
d) Na vida, todos nós somos passíveis a equívocos. 
e) Temeroso de um resultado negativo, não seguiu sua intuição. 
 
05- Em relação à regência nominal, em qual das frases a seguir a preposição empregada 
NÃO está ADEQUADA? 
 
a) Aquele personagem é destituído de complexidade. 
b) O vigilante estava atento a tudo que passava a sua volta. 
c) O homem ficou grato com todos os que o ajudaram. 
d) Aquele soldado foi cruel para com o preso. 
e) Não houve a correta adaptação ao clima frio da Europa. 
 
06- Assinale a opção em que a preposição destacada constitui caso de regência nominal. 
 
a) “ele precisava se adaptar rapidamente a uma nova situação...”. 
b) “acho que ele deve saber se comunicar com a equipe...”. 
c) “ele deve ter capacidade de negociação são características extras...”. 
d) “Para chegar a esta conclusão foram analisados três fatores:”. 
e) “Então, que tal começar a exercitar a linguagem? Faz bem para você e para aqueles 
com quem se relaciona”. 
 
07- Marque o item que contempla incorreto uso de regência verbal. 
 
a) O homem chamou o político de corrupto. 
b) Ele chamou ao amigo de covarde. 
c) Nós lhe chamamos crápula. 
 
 
d) O jovem anuiu ao professor. 
e) O belo projeto do governo implicou em esforço da população. 
 
08- Marque o item que contempla incorreto uso de regência verbal. 
 
a) Vimos o filme mencionado pela crítica. 
b) Os protestantes só queriam a atenção de todos os presentes. 
c) Os políticos não se lembram o que fazem com o dinheiro público. 
d) O palestrante esqueceu tudo que ia dizer naquela apresentação. 
e) A Igreja dos Milagres assiste na Avenida Dom Pedro. 
 
 
GABARITO 02 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 
E B E D C C E C 
 
 
 
PRONOMES RELATIVOS E O USO DE PREPOSIÇÕES 
Observe a seguinte oração: 
 
- Os fatos que o jornalista não crê tinham muito fundamento. 
 
Note que, aparentemente, o período não apresenta falhas; auditivamente, tudo parece 
estar bem. Contudo, sabendo que a regência do verbo acreditar pede a preposição “em”, 
fica mais claro que a construção não obedece à norma culta. 
 
 
 
Em situações como esta, é necessário antecipar a preposição para antes do pronome 
relativo QUE. Assim: 
 
- Os fatos em que o jornalista não crê tinham muito fundamento. 
 
Essa nova construção obedece à norma culta e também poderia ser reescrita da seguinte 
forma: 
 
- Os fatos nos quais o jornalista não crê tinham muito fundamento. 
 
As duas últimas construções estão corretas, ao passo que a primeira apresenta erro 
gramatical. 
 
 
PRONOMES RELATIVOS 
 
Como já sabemos, os pronomes substituem os nomes. Assim, no lugar de “Ana” em Ana 
recebeu um comunicado, poderíamos escrever Ela recebeu um comunicado. Contudo, Ela 
não é um pronome relativo, mas sim um pronome pessoal do caso reto. 
 
Os pronomes relativos, além de mais complexos, são mais decisivos no momento da 
redação de um texto. Os mais utilizados em provas de concurso são os seguintes: QUE (o 
qual, a qual, as quais....), QUEM, ONDE e CUJ-. Esses pronomes seguem uma rigorosa 
disciplina quanto à sua referência e uso. 
 
Vejamos: 
 
Pronome Referência 
 
 
QUE (a qual....) A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele. 
QUEM A um termo (substantivo comum ou próprio), na condição de Ser 
Humano, anterior a ele. 
ONDE A um termo (substantivo comum ou próprio) que indique lugar, 
também anterior a ele. 
CUJO(A)(S) A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele, mas 
que estabelece concordância com seu termo posterior, que 
tambémserá um substantivo. 
 
 
Exercícios reflexivos 01 
 
Agora, vamos fazer um exercício prático! 
 
a) A ideia ________ que ele discordou é antiga. 
b) O livro ________ que o aluno concordou trazia cenas fortes. 
c) As médicas ________ quem o paciente se referiu estavam cansadas. 
d) Os policiais ________ quem o povo duvidou não eram culpados. 
e) Os ensinamentos ________ que ele disseminava tinham fundamento. 
f) As cidades ________ onde ele viveu são fascinantes. 
g) As pousadas________ onde ele dormiu recebiam muitos turistas. 
h) O restaurante ________ onde o homem foi só servia pratos franceses. 
i) Os livros _____ cujas páginas ele se referiu sumiram. 
j) A aluna _____ cujos cadernos foram roubados estava revoltada. 
k) As personagens _____ cuja genialidade muitos discordam eram as mais queridas 
pelo povo. 
 
 
RESPOSTAS 
 
a b c d E f g h i j k 
de com a de Ø Ø Ø a a ø de 
 
Ou então, 
 
 
 
a) A ideia ________ a qual ele discordou é antiga. 
b) O livro ________ o qual o aluno concordou trazia cenas fortes. 
c) As médicas ____que / ____ as quais o paciente se referiu estavam cansadas. 
d) Os policiais ____ que/ ____os quais o povo duvidou não eram culpados. 
e) Os ensinamentos ____ os quais ele disseminava tinham fundamento. 
f) As cidades _____ que/ ____ as quais ele viveu são fascinantes. 
g) As pousadas____ que/____as quais ele dormiu recebiam muitos turistas. 
h) O restaurante ___ que/____ o qual o homem foi só servia pratos franceses. 
i) Os livros ____ cujas páginas estavam resgadas sumiram. 
j) Os políticos _____ cujos programas o povo acredita estão mortos. 
k) As personagens _____ cuja força muitos admiram eram as mais queridas. 
 
 
RESPOSTAS 
 
a b c d e f g h i j k 
de com a de ø em em a ø em ø 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS REFLEXIVOS 02 
 
► Leia, reflita e constate se há a necessidade de preposição antes dos pronomes relativos 
a seguir. Depois, confira as respostas. 
 
01- As cidades brasileiras _______ que receberam novas propostas de crescimento tinham 
boa reputação. 
 
02- Os esforços da população ______ que o ministro se reportou antes das eleições 
valeram muito. 
 
 
 
03- A imagem daquela população ______ que o ministro se reportou antes das eleições 
demonstrou que ela é, de fato, atuante. 
04- As notícias _____ que os eleitores, de fato, necessitavam ainda não foram tão 
alvissareiras. 
 
05- O homem maduro, _______ quem ela se apaixonou, era, na verdade, cheio de 
problemas. 
 
06- As muitas pessoas ______ quem o político dizia se dedicar precisavam demasiado de 
ajuda. 
 
07- As ruas do bairro ______ onde ela morou no passado eram cheias de crianças. 
 
08- A antiga cidade chilena _______ onde meu amigo foi produzia bons vinhos. 
 
09- O prédio novo ______ onde os computadores foram roubados tinha péssima 
segurança. 
 
10- O prédio novo ______ onde os computadores foram levados tinha péssima segurança. 
 
11- Aceitei o perfume_____ cuja fragrância não gostei somente por educação. 
 
12- Quem matou o hábito das cartas foi o telefone,____ cujo reinado trouxe muitas 
mudanças. 
 
RESPOSTAS 
 
 
 
01- Ø 
02- A 
03- A 
04- DE 
05- POR 
06- A 
07- Ø 
08- A ou PARA 
09- DE 
10- DE ou PARA 
11- DE 
12- Ø 
 
EXERCÍCIOS 01 
01- Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em: 
 
a) O autor se pergunta por que haveriam de ser cruéis os animais que aspiram à 
propagação da espécie. 
b) Quando investigamos o porquê da suposta crueldade animal, parece de que nos 
esquecemos da nossa efetiva crueldade. 
c) À lagarta, de cujo ventre abriga os ovos da vespa, só caberá assistir ao martírio de 
sua própria devoração. 
d) Se a ideia de compaixão é puramente humana, não há porque imputarmos nos 
animais qualquer traço de crueldade. 
e) Os bichos a cujos atribuímos atos cruéis não fazem senão lançar-se na luta pela 
sobrevivência. 
 
02- Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase: 
 
 
 
a) Os restos de esperanças socialistas, por cujas o autor já demonstrara simpatia, 
misturam-se a outras convicções. 
b) Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente, poderiam levá-
lo a combater a fome do mundo. 
c) As propostas políticas, de cuja falta sentiu Mario Capanna, eram, na verdade, 
inúmeras e contrastantes. 
d) As posições dos jovens manifestantes, das quais o autor se congratulou, eram as 
mais díspares possíveis. 
e) As ruas de Gênova, aonde se fixaram grupos de manifestantes, ganharam uma 
nova animação. 
 
03- “... tema que faz com que em certas ocasiões ...” (último parágrafo) 
A lacuna que deverá ser corretamente preenchida pela expressão grifada acima está 
em: 
 
a) O mercado editorial de autoajuda, ......... abrange várias categorias, cresce a olhos 
vistos em todo o mundo. 
b) O conteúdo dos livros de autoajuda, ......... os leitores acreditam, serve de 
inspiração para o sucesso na vida e na carreira profissional. 
c) Os leitores estão convictos .......... essas publicações serão a inspiração para uma 
vida mais harmônica e feliz. 
d) Os livros de autoajuda procuram conduzir as pessoas a obterem com tenacidade 
tudo aquilo ........ sonham. 
e) A literatura de autoajuda constitui, no momento, os meios ........ as pessoas 
recorrem para viver melhor. 
 
04- Está correto o emprego do elemento sublinhado em: 
 
a) O Príncipe é um símbolo reincidente, a cujo nome pessoal talvez nem mesmo a 
Branca de Neve tenha conhecimento. 
 
 
b) A necessidade de bajular o poder é um vício de que muita gente da imprensa não 
consegue se esquivar. 
c) A trama com a qual o personagem anônimo participa jamais seria a mesma sem o 
seu concurso. 
d) Em dois segundos o lenhador tomou uma decisão na qual decorreria toda a trama 
já conhecida de Branca de Neve. 
e) Os figurantes anônimos muitas vezes são responsáveis por uma ação em que irão 
depender todas as demais. 
 
05- “A diferença é que eles viviam em comunhão com o mundo...” (final do texto) 
 
A frase cuja lacuna estará corretamente preenchida pela palavra grifada acima é: 
 
a) As hipóteses ........ que a humanidade teve sua origem na África já foram 
comprovadas por cientistas. 
b) As armas ......... que os homens primitivos se defendiam dos perigos eram feitas 
de materiais encontrados na natureza. 
c) Ossos de animais serviam ......... que os nossos ancestrais reproduzissem as 
melodias percebidas nos sons da natureza. 
d) São inúmeras as cavernas ......... que se encontraram desenhos primitivos, as 
chamadas pinturas rupestres. 
e) Instrumentos foram criados pelo homem de modo ......... que ele conseguisse 
reproduzir os sons ouvidos no mundo exterior. 
 
06- As expressões de que e com que preenchem corretamente, nessa ordem, as lacunas 
da frase: 
 
a) O prestígio ...... o texto de Maquiavel desfruta até hoje é merecido, pois é um 
tratado político ...... muitos têm muito a aprender. 
 
 
b) As qualidades morais ...... muitos estavam habituados a considerar como tais 
foram substituídas pelas políticas, no tratado ...... Maquiavel tornou uma obra 
basilar. 
c) Os valores abstratos ...... muita gente costuma cultuar não tinham, para 
Maquiavel, qualquer aplicação ...... pudesse se valer na análise da política. 
d) O adjetivo maquiavélico, ...... muitos utilizam para denegrir o caráterde alguém, 
ganhou uma acepção ...... costumam discordar os cientistas políticos. 
e) A leitura de O Príncipe, ...... muita gente até hoje se entrega, interessa a todos ...... 
se sintam envolvidos na lógica da política. 
 
07- “Mas o mundo globalizado também assiste a um ininterrupto e crescente sistema de 
produção...”. 
O mesmo tipo de regência, tal como está empregado o verbo grifado acima, encontra-
se na frase: 
 
a) A sociedade mundial resultante do processo de padronização não tem 
propriamente uma cultura global a ela vinculada, que possa distingui-la. 
b) As práticas cotidianas dos povos, elementos de distinção entre eles, recebem 
novos ingredientes que maculam a pureza cultural de cada nação. 
c) Por haver predomínio de certos hábitos e comportamentos, é que o inglês se 
tornou uma espécie de língua global. 
d) Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior 
respeito pela especificidade de cada um. 
e) Muitos críticos do processo de globalização discordam de seus possíveis 
benefícios, comparando-os a situações perversas para pessoas e povos. 
 
08- Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: 
a) A obsolescência e o anacronismo, atributos nos quais os americanos manifestam 
todo seu desprezo, passaram a se enfeixar com a expressão dez de setembro. 
b) O estado de psicose, ao qual imergiram tantos americanos, levou à adoção de 
medidas de segurança em cuja radicalidade muitos recriminam. 
 
 
c) A sensação de que o 11/9 foi um prólogo de algo ao qual ninguém se arrisca a 
pronunciar é um indício do pasmo no qual foram tomados tantos americanos. 
d) Não é à descrença, sentimento com que nos sentimos invadidos depois de uma 
tragédia, é na esperança que queremos nos apegar. 
e) Fatos como os de 11/9, com que ninguém espera se deparar, são também lições 
terríveis, de cujo significado não se deve esquecer. 
 
 
GABARITO 01 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 
A B D B B A E E 
 
EXERCÍCIOS 02 
(Cespe MPU 2010 Técnico) “O corte de 125 mil empregos em junho indica que a esperança 
de gradual retomada do crescimento do mercado de trabalho no curto prazo era prematura 
e não deverá se concretizar. As razões para esse estancamento encontram-se no 
comportamento do polo dinâmico da economia mundial, os países emergentes, cujo 
desenvolvimento econômico começou a desacelerar — ainda que a partir de taxas 
exuberantes de expansão”. 
01- No trecho “cujo desenvolvimento econômico (...) expansão”, identifica-se relação de 
causa e consequência entre a construção sintática destacada com travessão e a oração 
que a antecede. 
 
(Cespe MPU 2010 Técnico) “Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e 
traficantes que possam ser encontrados em uma rua escura da cidade são o cerne do 
problema criminal. Mas os danos que tais criminosos causam são minúsculos quando 
comparados com os de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho branco e trabalham 
para as organizações mais poderosas”. 
02- A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas se a oração “que 
possam ser encontrados em uma rua escura da cidade” estivesse entre vírgulas. 
 
 
 
(Cespe Banco do Brasil 2010) “A rede de atendimento aos “famintos de felicidade” tornou-
se um negócio rendoso, e os usuários, para mantê-la, exigem mais exploração dos que já 
são superexplorados. Quem vive permanentemente na infelicidade não pode olhar o outro 
como alguém com quem possa ou deva preocupar-se. O sentimento íntimo de quem 
padece é de que o mundo lhe deve alguma coisa, e não de que ele deva qualquer coisa ao 
mundo”. 
03- A substituição da preposição “com”, exigida pelo verbo “preocupar-se”, pela 
preposição “em” preservaria a coerência do texto e o respeito às normas gramaticais. 
 
(Cespe MPU 2010 Analista) “Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a 
eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e 
serviços das organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de um 
país. Para isso, é preciso criatividade, capacidade de inventar e coragem para sair dos 
esquemas tradicionais. Inovador é o indivíduo que procura respostas originais e 
pertinentes em situações com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude de abertura 
para as coisas novas, pois a novidade é catastrófica para os mais céticos”. 
04- O segmento “as quais” remete a “situações” e, por isso, admite a substituição pelo 
pronome “que”; no entanto, nesse contexto, tal substituição provocaria ambiguidade. 
 
(Cespe 2010 Ministério do Planejamento) “Naquele final de década de sessenta, no 
entanto, o jovem arquiteto interessava-se menos por torres que escalavam os céus do que 
por estruturas abandonadas na periferia e por sistemas subterrâneos da cidade. Em vez de 
construir, seu projeto era “cortar” edifícios ou “desfazer espaços”. Matta Clark interessava-
se pela situação paradoxal de um contexto urbano em que conviviam modernização e 
abandono”. 
05- As relações gramaticais e textuais em que ocorre a expressão “em que” permitem sua 
substituição no texto, tanto por “onde” como por “no qual”, sem se prejudicar a 
coerência e a correção do texto. 
 
(Cespe 2011 Ministério das Comunicações) “Essa abordagem “objetal” levanta um 
problema específico no plano da memória. Não seria ela fundamentalmente reflexiva, 
como nos inclina a pensar a prevalência da forma pronominal: lembrar-se de alguma coisa 
é, de imediato, lembrar-se de si? Entretanto, insistimos em colocar a pergunta “o quê?” 
antes da pergunta “quem?”, a despeito da tradição filosófica, cuja tendência foi fazer 
prevalecer o lado egológico da experiência mnemônica”. 
06- O pronome “cuja” introduz explicação acerca de “tradição filosófica”. 
 
 
 
(Cespe 2011 Ministério das Comunicações) “As tecnologias digitais, segundo Pierre Lévy, 
“surgiram com a infraestrutura do ciberespaço, novo espaço de comunicação, de 
sociabilidade, de organização e de transação, mas também novo mercado da informação e 
do conhecimento”. O ciberespaço abre caminhos para a cibercultura, pela qual a produção 
e a disseminação de informações são pautadas pelo dispositivo de comunicação todos-
todos”. 
07- A expressão “pela qual” poderia ser corretamente substituída por “por que”, o que 
conferiria mais clareza ao texto, já que evitaria repetição — “pela” ( da expressão “pela 
qual” ) e “pelo” (depois de “pautados”). 
 
08- (TJ Rio de Janeiro 2012) “O restaurante Reis, ......... o poeta era assíduo frequentador, 
ficava no velho centro do Rio”. 
 Preenche corretamente a lacuna da frase acima: 
(A) de cujo. 
(B) em que. 
(C) o qual. 
(D) no qual. 
(E) de que. 
 
09- (TRE São Paulo 2012) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na 
frase: 
 (A) A argumentação na qual se valeu o ministro baseava-se numa analogia em cuja 
pretendia confundir função técnica com função política. 
(B) As funções para cujo desempenho exige-se alta habilitação jamais caberão a quem 
se promova apenas pela aclamação do voto. 
(C) Para muitos, seria preferível uma escolha baseada no consenso do voto do que a 
promoção pelo mérito onde nem todos confiam. 
 (D) A má reputação de que se imputa ao "assembleísmo" é análoga àquela em que se 
reveste a "meritocracia". 
 (E) A convicção de cuja não se afasta o autor do texto é a de que a adoção de um ou 
outro critério se faça segundo à natureza do caso. 
 
10- (TRT 11ª Região 2012) Está correto o emprego da expressão sublinhada em: 
 
 
 
(A) Os dicionários são muito úteis, sobretudo para bem discriminarmos o sentido das 
palavrasem cujas resida alguma ambiguidade. 
(B) O texto faz menção ao famoso caso das cotas, pelas quais muitos se 
contrapuseram por considerá-las discriminatórias. 
(C) Por ocasião da defesa de políticas afirmativas , com as quais tantos aderiram, 
instaurou-se um caloroso debate público. 
(D) Um dicionário pode oferecer muitas surpresas, dessas em que não conta quem vê 
cada palavra como a expressão de um único sentido. 
(E) Esclarece-nos o texto as acepções da palavra discriminação, pela qual se 
expressam ações inteiramente divergentes. 
GABARITO EXERCÍCIOS 02 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
E E E E C C E E B E 
 
 
 
 
CRASE 
Teoria 
 
O uso do acento grave é produto da fusão de duas vogais idênticas: a + a = à (fusão). O 
primeiro “a” é uma preposição, e o segundo “a” é um artigo. 
 
Em geral, só ocorre crase diante das seguintes situações: 
 
ANTES DURANTE DEPOIS 
VTI SUB.FEM. 
VTDI AQUILO, AQUELE(A)(S) 
NOME A QUAL, AS QUAIS 
 
 
 
Obs.: todos os substantivos, adjetivos e advérbios são NOMES. 
 
Detalhando a tabela acima: 
 
ANTES Preposição FUSÃO artigo DEPOIS 
 
VTI 
a à a Sub.fem. 
VTDI a à a -quilo 
-quele(a)(s) 
NOME a à a 
as 
- qual 
- quais 
 
 
 
 
 
 
Na 
prática, teremos o seguinte: 
 
ALGUNS NOMES QUE REGEM A PREPOSIÇÃO “A”. 
Acessível (a) Habilitado (a) (em) (para) 
Acostumado (a) (com) Habituado (a) 
Adaptação (a) Hino (a) 
Afeição (a) Homenagem (a) 
Aliado (a) Horror (a) 
Atentado (a) Hostil (a) (com) (contra) (em) (para 
com) 
Apto (a) (para) Idêntico (a) 
Oposto (a) Imune (a) 
Brinde (a) Infiel (a) 
Comum (a) Insensível (a) 
Dedicado (a) Leal (a) 
Contrário (a) Obediente (a) 
Desrespeito (a) (contra) Nojo (a) (de) 
Disposto (a) Necessário (a) (para) 
Dedicado (a) Nocivo (a) 
Essencial (a) (em) (para) Propício (a) 
Estranho (a) Parecido (a) (com) 
Favorável (a) Relativo (a) 
Gratidão (a) (por) (para) (com) Superior (a) 
Guerra (a) Vinculado (a) (com) (entre) 
 
 
 
 
Grupo 01 
 
01- Todos os alunos se referiam......... .......... apresentação do fim de semana. 
 
Antes Depois 
Verbo ( x ) ou Nome ( ) Sub. Fem. ( x ) ou Pronome ( ). 
 
02- A mãe deu um livro ........ .......... filha mais nova. 
 
Antes Depois 
Verbo ( x ) ou Nome ( ) Sub. Fem. ( x ) ou Pronome ( ). 
 
03- O direito .......... ........... justiça deve ser buscado a todo custo. 
 
Antes Depois 
Verbo ( ) ou Nome ( x ) Sub. Fem. ( x ) ou Pronome ( ). 
 
04- Essa proposta é nociva ......... .........comunidade indígena. 
 
Antes Depois 
Verbo ( ) ou Nome ( x ) Sub. Fem. ( x ) ou Pronome ( ). 
 
05- O deputado votou favoravelmente ......... ..........pena de morte. 
 
Antes Depois 
Verbo ( ) ou Nome ( x ) Sub. Fem. ( x ) ou Pronome ( ). 
 
 
 
 
Grupo 02 
 
01- O aluno recorreu........ .........-quele fato da semana passada. 
 
Antes Depois 
Verbo ( x ) ou Nome ( ) Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( x ). 
 
02- Não houve continuidade....... .......-quela discussão do último congresso. 
 
Antes Depois 
 
 
Verbo ( ) ou Nome ( x ) Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( x ). 
 
03- São todos indiferentes ........ ........-quilo que magoa a humanidade. 
 
Antes Depois 
Verbo ( ) ou Nome ( x ) Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( x ). 
 
 
BASE PARA A RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO 04, 05 e 06. 
 
- O homem DE que o médico DISCORDOU era o dono do hospital. 
- O homem Do qual o médico DISCORDOU era o dono do hospital. 
 
- A mulher EM que os internautas ACREDITAVAM era uma farsa. 
- A mulher Na qual os internautas ACREDITAVAM era uma farsa. 
 
- A ideia A que todos os alunos SE REFERIRAM provocou discordância na escola. 
- A ideia À qual todos os alunos SE REFERIRAM provocou discordância na escola. 
 
- As medidas que a polícia TOMOU foram criticadas pela imprensa. 
- As medidas as quais a polícia TOMOU foram criticadas pela imprensa 
 
04- A propaganda, ........ ........ qual os alunos assistiram, não era ofensiva. 
 
Antes Depois 
Verbo ( x ) ou Nome ( ) Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( x ). 
 
05- As medidas, ....... ........ quais os políticos não aderiram, são importantíssimas. 
 
Antes Depois 
 
 
Verbo ( x ) ou Nome ( ) Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( x ). 
 
 
06- A iniciativa ........ .........qual o empresário era atento poderia lhe render muito 
dinheiro. 
 
Antes Depois 
Verbo ( ) ou Nome ( x ) Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( x ). 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO: As formas craseadas “à qual” e “às quais” podem ser substituídas por “a 
que”, sem crase. 
 
 
 
Grupo 03 
 
Em alguns casos, um “à” ou um “às” é equivalente a “àquela(s)”. Nesses casos, o 
substantivo feminino fica implícito no texto. 
 
01- A novela que ele viu é semelhante à que passou nos anos de 1980. 
[A novela que ele viu é semelhante àquela que passou nos anos de 1980]. 
 
02- Suas ideias são idênticas às do meu pai. 
 
[Suas ideias são idênticas àquelas do meu pai]. 
 
 
Grupo 04: as três “meninas rebeldes”. 
 
Nesse grupo, as palavras “casa”, “terra” e “distância” só receberão o acento grave se 
estiverem especificadas. 
 
Sem especificação, fica assim: 
 
- Pedro não voltou a casa. 
- Depois de dias, o jangadeiro voltou a terra. 
- Eles namoram a distância. 
 
 
 
Mas, se estiverem com especificação, recebem o acento: 
 
- Pedro não voltou à casa dos amigos da faculdade. 
- Depois de dias, o jangadeiro voltou à terra de seus colonizadores. 
- Eles namoram à distância de 400 km. 
 
CUIDADO: 
- Se o verbo (o antes) não exigir ou sugerir a preposição “a”, não ocorrerá crase, ainda 
que os vocábulos estejam especificados. 
- O arquiteto projetou a casa dos meus pais. 
- O náufrago cultivou a terra dos ingleses, onde esteve perdido por meses. 
- O agente de trânsito calculou a distância de 8 km entre um carro e outro. 
 
Obs.: esse mesmo procedimento também pode ser notado para o nome de certos lugares. 
Ex.: 
- O jovem foi a São Paulo. 
- O jovem foi à São Paulo da 25 de março. 
- A turista irá a Londres. 
- A turista irá à Londres dos famosos chás. 
- Nossa equipe ia à China. 
 
 DICA: 
 
 
 
 
CASOS FACULTATIVOS 
 
Volta de NÃO há crase. 
Volta da HÁ crase. 
 
 
1 . Antes de pronomes possessivos femininos no SINGULAR: 
 
Ex.: Ele disse tudo à minha amiga. (a minha amiga) 
Ex.: Convém à tua família enfrentar esse problema. (a tua) 
Ex.: Ele disse tudo à minha professora e à tua mãe. (a minha / a tua). 
 
PORÉM, há um caso de obrigatoriedade: 
Ex.: O professor recorreu à minha tese e à tua. 
Ex.: Isso diz respeito à tua vida e à nossa. 
(As últimas evidências são obrigatórias). 
 
2. Antes de nomes próprios femininos: 
Ex.: O porteiro comunicou o ocorrido a Patrícia. (à Patrícia) 
 
Obs. 1: Se o nome próprio feminino estiver especificado, dando a entender que tal 
pessoa é única (e/ou que haja intimidade entre os interlocutores), o acento grave será 
obrigatório. 
 Ex.: O porteiro comunicou o ocorrido à Patrícia do 4º andar. 
*Veja que há, no mínimo, duas moradoras de nome Patrícia nesse condomínio. Contudo, 
o texto refere-se apenas à do 4º andar. 
 
Obs. 2: se a mulher for historicamente famosa, não ocorre crase. 
Ex.: O jornal dedicou um caderno especial a Clarice Lispector. 
 
3. Depois da preposição ATÉ. 
Ex.: O turista irá até à praça velha. (ou “até a praça velha”)CASOS ESPECIAIS 
 
 
 
a) Ocorre, obrigatoriamente, crase nas locuções adjetivas, adverbiais, conjuntivas e 
prepositivas com núcleo substantivo feminino. 
 
- O barco à vela ia muito longe no mar. (locução adjetiva) 
- A criança sempre comia à vontade na casa dos avós. (locução adverbial) 
- Deixou a capital do país às sete horas. (locução adverbial) 
- À medida que o tempo passa, mais experientes ficamos. (locução conjuntiva) 
- Ele está à espera de um grande amor. (locução prepositiva). 
 
Outros exemplos de locuções craseadas: 
à tarde, à chave, à noite, à escuta, à direita, à deriva, às claras, às avessas, às escondidas, 
às moscas, à toa, à revelia, à beça, à luz, à esquerda, à larga, às vezes, às ordens, às ocultas, 
às turras, à beira de, à sombra de, à exceção de, à força de à frente de, à imitação de, à 
procura de, à semelhança de, à proporção que, à medida que, à zero hora, à uma hora, às 
duas horas, às oito e meia etc. (e todas as horas precisas). 
 
b) Caso a locução NÃO tenha núcleo feminino, não ocorrerá crase: 
 
- O leão sempre mata a sangue-frio. 
- O quarto cheirava a óleo de cozinha. 
- Ando muito a pé. 
- Use sal e pimenta a gosto. 
- O quarto cheirava a perfume barato. 
 
c) Ocorrerá crase quando a locução “à moda (de)” ou “à maneira (de)” estiver 
implícita: 
 
- Pedro se vestia à Augustinho Carrara. 
- Ele costumava sair das reuniões à francesa. 
- Adoro peixada à cearense. 
 
CASOS ESPECIAIS 
 
 
 
a) Enquadramento de horas, páginas, dias da semana etc. 
 
Enquadramento impreciso “....de....a....” 
Enquadramento preciso “.....da...à.....” ou “...das....às.....”. 
 
- Li de dez a vinte páginas daquele livro. (impreciso) 
- Li da décima à vigésima página daquele livro. (preciso) 
- Ela estuda de cinco a oito horas por dia. (impreciso) 
- Ela estuda das cinco às oito horas, todos os dias. (preciso) 
 
b) Não ocorre crase quando o paralelismo sintático não exigir do substantivo 
feminino o artigo (situação muito rara): 
 
- O comentário do turista remete a parques, a estádio, a praias e a noitada desta cidade. 
Ou seja, 
- O comentário do turista remete a Ø parques, a Ø estádio, a Ø praias e a Ø noitada desta 
cidade. 
 
- O comentário do turista remete a Ø parques, Ø estádio, Ø praias e Ø noitada desta cidade. 
(construção também correta). 
 
Ou seja, para ocorrer crase, basta usar os artigos antes de TODOS substantivos. 
 
- O comentário do turista remete aos parques, ao estádio, às praias e à noitada desta 
cidade. 
 
 
CASOS PROIBITIVOS 
(PARA LER EM CASA E FICAR AINDA MAIS SEGURO) 
 
01- Antes de substantivos masculinos: 
 
 
 
- Ele cheirava a vinho. 
- Use sal a gosto. 
 
02- Antes de artigos indefinidos, principalmente o “uma”: 
 
- Dedico a minha vida a uma pessoa especial. 
- O homem se referia a um caso de agressão. 
 
03- Antes de pronomes pessoais do caso reto, especialmente o ELA: 
 
- Nós dedicamos nossa atenção a ela. 
 
04- Diante de santas e Nossa Senhora: 
 
- Ele tem devoção a Santa Helena. 
- Minhas orações são dedicadas a Nossa Senhora. 
 
05- Antes do pronome interrogativo “quem”: 
 
- Você disse isso tudo a quem mais? 
 
06- Antes de pronomes demonstrativos: 
 
- Não me refiro a esta questão. 
- Ele só queria se dedicar a isto: um novo amor em sua vida. 
 
Exceção: para todos os gramáticos, os pronomes demonstrativos aquilo, aquele(a)(s) 
aceitam crase. Já outros aceitam que mesma(s), própria(s) e tal também possam receber 
acento grave. 
 
07- Antes de pronomes indefinidos: 
 
 
 
- Essa criança não obedece a ninguém. 
- Só não dê essa atenção toda a qualquer um que surja em sua vida. 
 
Detalhe: os pronomes indefinidos são, APENAS, estes: 
algum, alguma, nenhum, nenhuma, todo(s), toda(s), muitos, muitas, pouco(s), pouca(s), 
demais, certa, certo, tanta(s), tanto(s), vários, diversos, bastante, ninguém, nada, tudo, 
cada, algo, alguém, qualquer, quaisquer, determinado(s), determinada(s), outro(s), 
outra(s). 
 
Exceção: 
Os pronomes indefinidos pouca(s), muitas, demais, outra(s) e várias podem receber 
acento indicativo de crase quando houver, claro, contexto para a fusão de preposição mais 
artigo. 
- De uma geração à outra, tudo pode mudar. 
 
 
 
08- Antes de verbos, principalmente os no infinitivo: 
 
- O jovem dedica sua vida a buscar novas experiências. 
 
09- Entre palavras repetidas, componentes de uma expressão: 
 
- A médica analisou o remédio gota a gota. 
- Li página a página o romance de Machado de Assis. 
 
 Caso as palavras repetidas não façam parte de uma expressão, há amplas 
possibilidades de crase: 
- O jovem pai deu mais vida à vida de seus filhos. 
 
 
 
10- Quando o substantivo feminino estiver no plural e a preposição surgir sozinha: 
 
- Ele ofereceu livros a pessoas carentes. 
- Esse tema remonta a situações complexas do nosso país. 
 
11- Antes de pronomes de tratamento: 
- Isso diz respeito a Vossa Excelência. 
- Não negaria nada a você. 
 
EXERCÍCIOS 01 
 
01- CEPSE: “O desinteresse pela política e a descrença no voto são registrados como mera 
“escolha”, sequer como desobediência civil ou protesto. A consagração da alienação 
política como um direito legal interessa aos conservadores, reduz o peso da soberania 
popular e desconstitui o sufrágio como universal”. 
( ) Ao se substituir o trecho "aos conservadores" por à parcela inovadora da 
sociedade, o uso do acento indicativo de crase será obrigatório. 
 
02- ESAF: Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto. 
Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no 
Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A iniciativa 
do governo federal em conjunto com o Movimento Nacional pela Cidadania e 
Solidariedade e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai 
selecionar e dar visibilidade __1___ experiências em todo o país que estão 
contribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 
(ODM), como __2__ erradicação da extrema pobreza e __3__ redução da mortalidade 
infantil. Os ODM fazem parte de um compromisso assumido, perante __4__ 
Organização das Nações Unidas, por 189 países de cumprir __5__ 18 metas sociais até 
o ano de 2015. 
(Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da 
Presidência da República, n. 390, Brasília, 06 de janeiro de 2006) 
 
a) a – à – à –a – às 
 
 
b) as – a – a –à – as 
c) às – à – a –à – às 
d) a – a – a –a – as 
e) a – a – a –à – às 
 
03- CESGRANRIO: O item em que há crase é: 
 
a) Responda a todas as perguntas. 
b) Avise a moça que chegou a encomenda. 
c) Volte sempre a esta casa. 
d) Dirija-se a qualquer caixa. 
e) Entregue o pedido a alguém na portaria. 
 
04- CESPE: “O Decreto n.º 3.298/1999 considera apoios especiais a orientação, a supervisão 
e as ajudas técnicas que auxiliem ou permitam compensar uma ou mais limitações 
funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa com deficiência. Adaptar provas 
é tornar acessível o seu conteúdo, que é o mesmo para todos os candidatos, de tal 
forma que o candidato com deficiência possa se apropriar do inteiro teor das questões 
formuladas e, ao mesmo tempo, ter condições de proceder à resposta à formulação”. 
( ) O emprego do sinal indicativo de crase, nas duas ocorrências, em “ter condições 
de proceder à resposta à formulação”, justifica-se pela regência de “proceder”, 
que exige emprego de preposição “a”, e da presença deartigo definido feminino 
precedendo os substantivos “resposta” e “formulação”. 
 
05- FCC: Opção que preenche corretamente as lacunas: “O gerente dirigiu-se ....... sua 
sala e pôs-se ....... falar ....... todas as pessoas convocadas”. 
a) à, à, à 
b) a, à, à 
c) à, a, a 
 
 
d) a, a, à 
e) à, a, à 
 
06- CESPE: “Conquanto o desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado 
absolutamente frágeis os limites que separavam o público do privado, assiste-se hoje 
a uma nova tendência de politização e visibilidade do privado, com a estruturação de 
novas relações familiares, bem como à privatização do público”. 
( ) O uso do sinal indicativo da crase em "à privatização" mostra que o conectivo 
"bem como" introduz um segundo complemento ao verbo assistir. 
DICA: “Conquanto” é conjunção concessiva, mesma coisa que “Embora”. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 
V D B F C V 
 
EXERCÍCIOS 02 
 
01- Qual das alternativas completa corretamente os espaços vazios? 
 
I- "Ele não quis reconhecer, mas preferia esta vida insossa em casa humilde.......... 
outra de barão”. 
II- "Habituara-se ....... boa vida, tendo de tudo, regalada." 
III- "Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e não 
fazer ....... ." 
 
a) àquela, aquela, aquilo 
b) do que àquela, àquela, àquilo 
 
 
c) àquela, àquela, aquilo 
d) aquela, àquela, aquilo 
e) do que aquela, aquela, aquilo 
 
02- Assinale a opção incorreta com relação ao emprego do acento indicativo de crase: 
 
a) O pesquisador deu maior atenção àquela cidade menos privilegiada. 
b) Este resultado estatístico complementa àquela opinião exposta. 
c) Mesmo atrasado, o recenseador compareceu àquela entrevista. 
d) A verba aprovada destina-se somente àquelas cidades interioranas. 
e) Ele não costuma se referir àquilo que aconteceu no passado. 
 
03- Analise as sentenças abaixo e, depois, faça o que se pede: 
 
1- Quero agradecer àquela advogada a atenção dispensada. 
2- Refiro-me aquilo que houve na aula passada. 
3- Não dei importância àquilo que foi mencionado pelo André. 
4- Foi ele quem escreveu àquele e-mail. 
5- O jornal anunciou aquela notícia que todos esperavam. 
Estão corretos, segundo a norma culta, os itens: 
a) 1, 2 e 3 somente. 
b) 1, 3 e 5 somente. 
c) 1, 3 e 4 somente. 
d) Somente 1. 
e) Somente 3. 
 
 
PADRÃO CESPE: “Segundo preceituam diversos documentos bioéticos, éticos e, em 
alguns países, até normas legais, qualquer voluntário tem que ser informado sobre os 
possíveis riscos que a experiência, à qual será submetido, poderá acarretar, para 
somente depois dar seu aceite; porém, se considerarmos o desnivelamento sócio-
educacional da população, veremos que é no mínimo dúbia a plena capacidade de 
entendimento dos voluntários sobre a experiência à qual será submetido”. 
 
04- A ocorrência de crase em à qual (nas duas evidências) ocorre pelas seguintes razões: 
primeiro, a estrutura será submetido é fornecedora de preposição A; e, segundo, o 
pronome relativo a qual, cuja referência é feita à palavra experiência, disponibiliza o 
artigo A em sua composição original. 
 
05- Ainda sobre a ocorrência de crase do texto acima, é correto afirmar que, caso 
substituíssemos o conjunto à qual (também nas duas possibilidades) por à que os 
sentido bem como a correção gramatical seriam mantidos. 
 
GABARITO 
 
1 2 3 4 5 
C B B V F 
 
EXERCÍCIOS 03 
01- CESPE: “A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), órgão central do Sistema Brasileiro 
de Inteligência (SISBIN), deve assumir a missão de centralizar, processar e distribuir 
dados e informações estratégicas para municiar os órgãos policiais (federais, estaduais 
e municipais) nas ações de combate ao crime organizado. Além disso, a ABIN é 
responsável por manter contato com os serviços de inteligência parceiros, para 
favorecer a troca de informações e a cooperação multilateral”. 
 ( ) A substituição da expressão "ao crime organizado" por à criminalidade 
alteraria o sentido original do texto, mas não prejudicaria a correção gramatical 
do período. 
 
 
 
02- CESPE: “Assim, os dilemas inerentes à convivência entre democracias e serviços de 
inteligência exigem a criação de mecanismos eficientes de vigilância e de avaliação 
desse tipo de atividade pelos cidadãos e(ou) seus representantes”. 
( ) O uso do sinal indicativo de crase no trecho "os dilemas inerentes à convivência" 
não é obrigatório. 
 
03- CESPE: “A ocultação, pela indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados 
por seus produtos provavelmente custou tantas vidas quanto as destruídas por todos 
os assassinatos ocorridos nos Estados Unidos da América durante uma década inteira; 
e outros produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada ano, mais 
mortes do que essas”. 
( ) No segmento "quanto as destruídas" o emprego do acento grave é facultativo, 
visto que o termo "quanto" rege complemento com ou sem a preposição “a”. 
 
04- CESPE: “Essa análise permite, ainda, abordar um outro ponto: a caracterização dos 
grupos em função de sua representação social. Isto quer dizer que é possível definir os 
contornos de um grupo, ou, ainda, distinguir um grupo de outro pelo estudo das 
representações partilhadas por seus membros sobre um dado objeto social. Graças a 
essa reciprocidade entre uma coletividade e sua teoria, esta é um atributo 
fundamental na definição de um grupo”. 
( ) Já que a estrutura sintática exige a preposição “a”, a ausência de sinal indicativo 
da crase em "a essa reciprocidade" mostra que, por causa da presença do 
pronome demonstrativo "essa", o artigo não é aí usado. 
 
05- FCC: Leia atentamente as orações abaixo e, em seguida, faça o que se pede: 
 
I - Em relação a renda familiar, o emprego intensivo de mão-de-obra não é a melhor 
solução. 
II - Desde a última década, sinistros presságios atormentavam-lhe a mente. 
III - Os investidores americanos, habituados à lentidão do ritmo inflacionário, 
conseguem acumular fortuna. 
 
 
 
De acordo com a norma culta: 
 
a) todos os períodos estão corretos 
b) nenhum dos três períodos está correto 
c) estão corretos os períodos I e II 
d) estão corretos os períodos II e III 
e) somente o período III está correto 
 
06- CESGRANRIO: Na frase: "O pacote econômico tende a satisfazer as exigências do 
mercado", substituindo-se satisfazer por satisfação, tem-se a forma correta: 
 
a) tende à satisfação as exigências do mercado. 
b) tende a satisfação das exigências do mercado. 
c) tende a satisfação das exigências ao mercado. 
d) tende a satisfação às exigências do mercado. 
e) tende à satisfação das exigências do mercado. 
 
07- FCC: “Uma floresta secundária apresenta, segundo estudo recente, biodiversidade 
semelhante ...... da floresta original, embora haja especialistas que contestam o fato 
de que as matas de segunda geração evoluam de modo ...... garantir as condições 
ideais de sobrevivência ...... cada uma das espécies”. 
 
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por 
 
a) a - à - à 
b) à - a - à 
c) à - a - a 
d) a - à - a 
 
 
e) à - à - a 
 
Obs.: O detalhe dessa questão é lembrar que crase pode ocorrer em palavras elididas (ou 
seja, apagadas). 
 
08- FCC: Os objetivos ...... que se propunham os idealizadores da Declaração dos Direitos 
Humanos referiam-se ...... criação de situações favoráveis de vida ...... mais diversas 
populações do planeta. 
As lacunas da frase acima estarãocorretamente preenchidas, respectivamente, por:,,,, 
 
a) a - a - às 
b) à - à – as 
c) à - à – às 
d) à - a - as 
e) a - à – às 
 
Obs.: Lembre-se de que adjetivos não neutralizam crase. Tipo: “Eu fui à mais antiga praia 
da cidade”. 
 
09- FCC: Justificam-se ambas as ocorrências do sinal de crase em: 
 
a) Na entrevista que concedeu à TV, a juíza recorreu à uma frase de Disraeli. 
b) A frase à que se reportou a juíza diz respeito à distinções éticas. 
c) Faltam audácia e iniciativa à quem deveria propor-se às ações afirmativas. 
d) Não se abra àqueles inescrupulosos o campo favorável à impunidade. 
e) A comunidade dos justos assiste à obrigação de dar combate à tal ousadia. 
 
 
 
Obs.: O detalhe dessa questão baseia-se no fato de que “tal” é um pronome indefinido. 
Não ocorre crase diante de pronomes indefinidos. 
 
10- ESAF: Marque o item que preenche de forma correta as lacunas do texto seguinte: 
“Institucionalizada ___ partir das lutas antiabsolutistas, no século 18, e da expansão 
dos movimentos constitucionalistas, no século 19, ___ democracia representativa foi 
consolidada ao longo de um processo histórico marcado pelo reconhecimento de três 
gerações de direitos humanos: os relativos ___ cidadania civil e política, os relativos 
___ cidadania social e econômica e os relativos ___ cidadania "pós-material", que se 
caracterizam pelo direito ___ qualidade de vida, ___ um meio ambiente saudável, ___ 
tutela dos interesses difusos e ao reconhecimento da diferença e da subjetividade”. 
 
(Baseado em Mário Antônio Lobato de Paiva em www.ambitojurídico.com.br) 
 
a) a, à, à, a, à, à, a, a 
b) a, a, à, à, à, à, a, à 
c) à, a, a, à, à, a, a, à 
d) à, a, a, à, à, à, a, à 
e) a, à, à, a, à, à, a, à 
 
Obs.: Uma boa leitura, entendendo o conjunto das ideias, resolve suas dúvidas. 
 
GABARITO 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
V F F V D E C E D B 
 
EXERCÍCIOS 04 
 
 
01- CESPE: “E, enquanto os latifúndios de mais de mil hectares ─ 3% do total das 
propriedades rurais do Brasil ─ ocupam 57% agriculturáveis, 4,8 milhões de famílias 
sem-terra estão à espera de chão para plantar”. 
( ) O emprego do sinal indicativo de crase na expressão "à espera" é obrigatório; 
portanto, sua retirada acarretaria prejuízo ao sentido do texto. 
 
Obs.: Mesmo que você não perceba, quando se retira acendo grave de expressões como 
“à vontade” ou “às vezes” os sentidos serão alterados ou danificados. 
 
02. Assinale a opção em que o A sublinhado nas duas frases deve receber acento grave 
indicativo de crase: 
 
a) Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou a falar em voz alta. 
b) Pedimos silêncio a todos. Pouco a pouco, a praça central se esvaziava. 
c) Esta música foi dedicada a ela. / Os romeiros chegaram a Bahia. 
d) Saiu, às escondidas, da casa do amigo. / O carro entrou a direita da rua. 
e) Todos a aplaudiram. / Escreva a redação a tinta. 
Obs.: Aqui você usar aquela conhecida dica: 
 
03- Observe as alternativas e assinale a que não contiver erro em relação à crase: 
 
a) Rabiscava todos os seus textos à lápis para depois escrevê-los à máquina. 
b) Sem dúvida que, com novos óculos, ele veria a distância do perigo, aquela hora do 
dia. 
c) Referia-se com ternura ao menino, afeto às meninas e, com respeito, a várias 
pessoas menos íntimas. 
d) Àquela distância, os carros só poderiam bater; não obedeceram as regras do 
trânsito. 
e) Fui à Maceió provar um sururu à região. 
 
 
 
04- Assinale a frase gramaticalmente correta: 
 
a) O papa caminhava à passo firme. 
b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz. 
c) Chegou à noite, precisamente as 10 horas. 
d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas. 
e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada. 
 
Obs.: Note que, no último item, há presença de paralelismo sintático. 
 
05- De acordo com a norma padrão culta, a única frase incorreta é: 
 
a) Partirei daqui à uma hora. 
b) O teste visa à esta qualidade do produto. 
c) Ele vive à margem da comunidade. 
d) O funcionário foi chamado às pressas pelo diretor. 
e) Deixou a cidade à procura de um ideal. 
 
06- O acento grave, indicador de crase, está empregado incorretamente em: 
 
a) Tal lei se aplica, necessariamente, à mulheres de índole violenta. 
b) As novelas, às quais assisti, problematizam a questão da droga. 
c) Entregou as chaves da loja àquele senhor que nos desacatou na praça. 
d) O delegado disse ao prefeito e aos vereadores que estava à procura dos foragidos. 
e) O bom atendimento às pessoas pobres deve ser prioridade da nova administração. 
 
 
Obs.: Se você vir uma “a” e, depois, uma palavra feminina no plural, nunca haverá crase. 
Lembre-se! 
Quem volta 
DE 
Não há crase 
Quem volta 
DA 
Há crase 
 
07- Assinale a frase que pode ser completada por Há - a - à, nessa ordem: 
 
a) ....... tempos não ....... via, mas sempre estive ....... espera de um encontro. 
b) Aqui, ....... beira do rio, ....... muitos anos, existiu ....... casa-grande do engenho. 
c) Em resposta ....... essa solicitação, só posso dizer que não ....... vaga ........ disposição. 
d) Fiz ver, ....... quem de direito, que não ....... possibilidades de atender ....... 
solicitação. 
e) ....... esperança de obtermos, ....... custa de muito empenho, ....... vaga de 
segurança. 
 
 
Obs.: “Haver” pode assumir valor de “existir” e de “fazer”, indicando tempo decorrido (ou 
seja, tempo passado). 
 
08- O uso da crase está incorreto está em: 
 
a) Chegaram a argumentar cara à cara que não aceitariam sugestões. 
b) Já demos nossa contribuição à associação beneficente do bairro. 
c) À custa de sacrifício, os estudantes conseguiram ser aprovados. 
d) Transmita àqueles jovens nossa mensagem de esperança no futuro. 
e) Esta construção é igual à que meu primo construiu na periferia. 
 
 
 
09- Preencha a sequência da melhor forma possível. “O fenômeno ....... que aludi é visível 
....... noite e ....... olho nu”. 
 
a) a - a - a 
b) a - à - à 
c) a - à - a 
d) à - a - à 
e) à - à – a 
 
10- Assinalar a alternativa em que está correto o uso da crase: 
 
a) Tenho um carro à álcool e outro à gasolina. 
b) Os turistas ficaram um bom tempo à contemplar a praia. 
c) Escreva sempre à tinta, nunca à lápis. 
d) Andávamos às escuras, à procura dos índios. 
e) Aquela expedição esteve à andar pelas selvas durante muito tempo. 
 
11- Assinale a frase na qual a palavra não deve receber o acento indicativo de crase: 
 
a) Os apelos a internacionalização da Amazônia ganham contornos de avalanche. 
b) Toda manhã, a qualquer hora, depois de ler o jornal do dia, fico pensando na vida. 
c) Aquela hora morta da madrugada, todos estavam recolhidos ao leito. 
d) Muitas das reivindicações dos sindicatos trabalhistas são semelhantes as da classe 
patronal. 
e) Os petroleiros apresentaram ao Ministro uma pauta de reivindicações igual a que 
haviam divulgado no ano anterior. 
 
 
 
Obs.: Note que, antes de “da” (item d) e “que” (item e) notam-se as respectivas palavras 
subentendidas “reivindicações” e “pauta” (ambas femininas). 
 
 
GABARITO 
 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 
V D C D B A A A C D B 
 
Exercícios 05 
01- CESPE: “A tintura do alecrim-pimenta é um medicamento fitoterápico, ou seja, 
produzido exclusivamente de matéria-prima ativa vegetal. O líquido, obtido após a 
maceração das folhas e o descanso em uma solução com álcool, é indicado para muitas 
aflições”. 
( ) A correçãogramatical do texto seria mantida se, no trecho "após a maceração" 
fosse empregado acento indicativo de crase, dado que a expressão nominal está 
antecedida da palavra "após", a qual faculta o uso desse acento. 
 
02- CESPE: “Assim, os dilemas inerentes à convivência entre democracias e serviços de 
inteligência exigem a criação de mecanismos eficientes de vigilância e de avaliação 
desse tipo de atividade pelos cidadãos e(ou) seus representantes”. 
( ) O uso do sinal indicativo de crase no trecho "os dilemas inerentes à convivência" 
não é obrigatório. 
 
03- PADRÃO CESPE: “Em dezembro de 2010, no auge da perseguição ao Wikileaks, os EUA 
conseguiram tirá-lo do ar. O site acabou voltando, mas, motivado por esse episódio, 
um grupo de hackers e piratas quer tomar uma medida radical: criar uma rede 
alternativa, que seria imune às autoridades. O projeto é encabeçado pelo sueco Peter 
 
 
Sunde, que tem motivos para isso - é dono do site Pirate Bay, que vive na mira da 
polícia”. 
 
Revista Superinteressante (Com adaptações) 
 
 
Com relação às estruturas linguísticas, assinale a opção correta. 
 
a) Uma maneira correta de reescrever a estrutura “...quer tomar uma medida 
radical:...” seria da seguinte forma: “...quer tomar à medida radical de...”. 
b) A ocorrência de crase na estrutura “às autoridades” é, conforme as regras 
gramaticais, facultativa e, por isso, poderíamos escrevê-la assim: “a autoridades”. 
c) A ocorrência de crase em “às autoridades” é obrigatória porque a estrutura verbal 
reclama a presença de preposição e “autoridades” é substantivo feminino que 
aceita artigo “as”. 
d) Caso substituíssemos a expressão “na mira da polícia” por “à mercê da polícia”, as 
regras gramaticais seriam respeitadas bem como os sentidos originais seriam 
preservados. 
e) Embora os sentidos fossem levemente alterados (sem que houvesse prejuízo ao 
texto), seria correto gramaticalmente escrever “a autoridades” no lugar de “às 
autoridades”. 
Obs.: Volte aos casos facultativos e confirme quais elementos gramaticais permitem uso 
ou não de crase. 
 
04- PADRÃO CESPE: “Segundo o inglês Jack Challoner, autor de diversos livros sobre 
história da ciência, entre eles 1.001 invenções que mudaram o mundo (Sextante), 
recém-lançado no Brasil, embora toda invenção tenha a sua importância, algumas 
mudaram mais os rumos do mundo por serem essenciais em momentos específicos. 
“Se você estiver no banheiro e precisa se limpar, o motor a vapor ou a roda não tem a 
mínima importância. Naquele momento, a maior invenção do mundo é o papel 
higiênico, algo bem mais simples”, exemplifica o escritor em entrevista ao Correio. 
A análise de Challoner mostra que não é porque algo foi criado há muito tempo e seu 
 
 
uso acabou extremamente banalizado que ele deixa de ser importante. A cola, ele 
lembra, foi desenvolvida pelos egípcios há cerca de 6 mil anos. 
(...) 
As primeiras versões, feitas à base de cera de abelha, serviam para colar as tábuas dos 
barcos. “Os humanos inventam coisas há milhares de anos, e as espécies anteriores ao 
homem, há mais tempo ainda. Mesmo assim, ao pensarmos em invenções, logo 
imaginamos realizações do último século”, afirma Challoner. “Isso acontece porque o 
mundo muda muito mais rápido do que antes. As novas invenções chamam mais a 
atenção do que aquilo que foi feito há séculos”, completa”. 
Correio Braziliense (Com adaptações) 
 
Com relação às estruturas linguísticas, assinale a opção correta. 
 
a) O uso de acento indicado de crase em “a”, antes de “sua” é facultativo, já que 
existe a presença de pronome possessivo feminino. 
b) As expressões “a vapor” e “a roda” não recebem acento indicador de crase por 
tratarem de expressões gramaticais cuja classificação é igual à que surge na frase 
a seguir: “O petroleiro cheirava a gás”. 
c) O uso de acento grave na expressão “à base de” justifica-se pela mesma razão que 
ocorre tal fenômeno na sentença a seguir: “Aquela criança está à margem da 
civilidade humana”. 
d) O verbo “há”, depois de “coisas”, poderia ser substituído por “à cerca de” sem que 
a correção gramatical bem como os sentidos textuais fossem comprometidos. 
e) O uso de crase em “a” (último período) é facultativo. 
 
Obs.: Adjuntos adverbiais (que se relacionam com verbos, adjetivos e até advérbios) são 
diferentes de adjuntos adnominais (que se relacionam com substantivos). 
 
GABARITO 
 
 
 
01 02 03 04 
F F E C 
 
 
 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
Assunto sempre presente nas provas de concursos, a concordância verbal se destaca por 
sua regularidade. Nesse assunto, um problema é evidente: a quantidade de regras. Numa 
conta genérica, que leva em consideração apenas a regra isolada, sem avaliar, contudo, as 
variações que decorrem do contexto, podemos contabilizar mais de vinte. No entanto, as 
bancas costumam “girar em círculos”, abordando, ano a ano, as mesmas situações. Nessa 
segunda conta, temos um número muito menor: oito. 
Já que o nosso objetivo é passar, sugiro que você dê prioridade às regras que vamos 
apresentar agora, as chamadas, por mim, de regras de “primeiro escalão”. Num segundo 
plano, apresento as que fazem parte do “segundo escalão”, que têm menos probabilidade 
de aparecer em provas. Por fim, colocarei as do “terceiro escalão”, que são mui raras, mas 
bastante excêntricas. 
 
Princípio 
Em geral, na concordância verbal, quem dita as regras do jogo é o sujeito. Ou seja, será o 
sujeito o termo sintático responsável pelo “movimento” do verbo. “Movimento” quer 
dizer, na linguagem da gramática, flexão verbal. O verbo sofre seis (06) flexões: três no 
singular e três no plural. Em provas de concurso, entretanto, as flexões que dominam são 
as da terceira do singular e as da terceira do plural, ou seja, as bancas costumam exigir 
apenas duas flexões. Assim, o que elas mais gostam de fazer é pedir ao candidato para 
avaliar se um verbo pode sair do singular e ir para o plural (ou vice e versa). 
 
1º ESCALÃO DE REGRAS 
 
1- Somente o núcleo do sujeito é capaz de “acionar” (flexionar) o verbo ou a locução 
verbal. 
 
Ex.: A atividade dos novos funcionários americanos motivou os atletas locais. 
Ex.: Os projetos da nova equipe do governo podem causar polêmica. 
 
 
 
 
CONSTRUÇÕES ERRADAS 
 
Ex.: A atividade dos novos funcionários americanos motivaram os atletas locais. 
Ex.: Os projetos da nova equipe do governo pode causar polêmica. 
 
 
2- É comum que o sujeito seja distanciado do verbo ou da locução verbal com o 
propósito de confundir o candidato. 
 
Ex.: O conceito, defendido amplamente em livros populares de condicionamento físico na 
última década, dita que o ato de exercitar-se com o estômago vazio força o corpo a 
buscar combustível nos depósitos de gordura acumulada. 
 
Ex.: Após anos de revisão de pesquisas sobre o assunto, um relatório publicado nesse ano 
em dois importantes jornais americanos concluiu que o corpo queima basicamente a 
mesma quantidade de gordura, desconsiderando se você se alimentou ou não antes 
do exercício. 
 
3- É comum que o sujeito seja deslocado (daí a frase fica na “ordem indireta”) para o 
meio ou o fim do período a fim de confundir o candidato. 
 
Ex.: Embora remonte aos hábitos das sociedades mais violentas do passado, a pena de 
talião ainda goza de prestígio entre cidadãos que se dizem civilizados. 
 
Ex.: Demonstram como se formaram os primeiros agrupamentos humanos os vestígios que 
a ciência estuda para tentar recompor os hábitos de nossos ancestrais. 
 
 
CUIDADO!!!! 
Se o sujeito for composto e estiver posposto ao verbo, este poderá concordar com onúcleo mais próximo ou ir para o plural. 
Nível básico: 
- Saiu o pai e a mãe. 
- Saíram o pai e a mãe. 
Nível avançado: 
- Embora remonte aos hábitos das sociedades mais violentas do passado, a pena de Talião 
e a justiça com as próprias mãos ainda têm prestígio entre cidadãos que se dizem 
civilizados. 
 
 
 
- Embora remontem aos hábitos das sociedades mais violentas do passado, a pena de Talião 
e a justiça com as próprias mãos ainda têm prestígio entre cidadãos que se dizem 
civilizados. 
 
 
 
 
4- Quando o sujeito for uma oração (ou seja, sua base for um verbo), lembre-se de que 
o verbo fica, obrigatoriamente, na 3ª pessoa do singular. 
 
Ex.: Malhar de estômago vazio não ajuda a queimar gordura, diz estudo. 
 
Sujeito: “Malhar de estômago vazio”. Base do sujeito: Malhar. 
 
Obs.: mesmo que haja dois ou três verbos no infinitivo, a regra do sujeito oracional 
permanece. 
 
Ex.: Estudar muitas horas por dia e cuidar da dieta exige muita força e muita fé. 
 
Ex.: Cabe aos candidatos, segundo dizem os especialistas, organizar um horário 
satisfatório de estudos. 
 
CUIDADO!!!!!! 
- O estudar e o cuidar exigem muita força e muita fé. 
Obs.: agora, o sujeito tem base nominal, pois “estudar” e “cuidar” são substantivos. 
 
 
5- Quando o sujeito estiver representado pelo pronome relativo “que”, concorde com 
o termo ao qual o pronome se refere. 
 
Ex.: O estudioso apresentou os detalhes que fazem toda a diferença na hora de estudar. 
 
(O estudioso apresentou os detalhes. Que fazem toda a diferença na hora da prova). 
 
Ex.: Grande foi a comoção que, depois de muitas horas passadas e discutidas, revelou as 
verdadeiras facetas daquela instituição. 
 
Ex.: A economia brasileira foi uma das que sofreu com a crise mundial. 
 
Ex.: A economia brasileira foi uma das que sofreram com a crise mundial. 
 
 
 
 
6- Quando a oração não tem sujeito, o verbo é chamado de impessoal e fica sem 
“comando”; por isso, permanecerá na 3ª pessoa singular (e raras vezes no plural). 
 
Ex.: Havia muitas dificuldades naquela escola. 
 
Ex.: Grandes palestras houve no auditório da universidade. 
 
 
O verbo EXISTIR, contudo, é pessoal e passa, automaticamente, a ter sujeito. Ou seja, o 
objeto direto do verbo HAVER será, portanto, o sujeito do verbo EXISTIR. Sempre!!! 
- Existiam muitas dificuldades naquela escola. 
- Grandes palestras existiram no auditório da universidade. 
 
Ex.: Faz trinta dias que o edital saiu. 
 
Ex.: Neva na serra gaúcha. 
 
Ex.: Chove muito em Londres. 
 
As raras vezes!!! 
- Muitos flocos bonitos nevavam naquela cidade europeia. 
- Choviam péssimas notícias nos jornais. 
- Eram seis horas quando a polícia chegou. 
 
 
7- Quando o sujeito estiver na voz passiva sintética, tenha muita atenção. 
 
Nível básico: 
 
Ex.: Dominou-se o suspeito rapidamente. 
 
(O suspeito foi dominado rapidamente). 
 
 
Nível avançado: 
 
Ex.: Organizam-se, no nosso atual século, num mesmo movimento, as resistências ao 
poder, a constituição de si e o diagnóstico do presente. 
 
 
 
(As resistências ao poder, a constituição de si e o diagnóstico do presente, num mesmo 
movimento, no nosso século atual, são organizados). 
 
CUIDADO!!!!!! 
 
Quando o verbo (VTI, VI ou VL) vem acompanhado do pronome “se”, funcionando como 
índice de indeterminação do sujeito, o verbo SEMPRE FICARÁ na terceira pessoa do 
singular: 
 
- Dos depoimentos prestados ontem pouco se discordou. 
 
- Sempre se sofre muito no Brasil, pois a corrupção é implacável. 
 
- Assiste-se a um novo momento cultural no Brasil. 
 
- Era-se desconfiado naquela cidade. 
 
 
8- Quando o sujeito formado por expressão partitiva, percentual ou fracionária. 
 
Para termos que indiquem ideia partitiva ou fracionária, quando possuírem adjunto 
adnominal pluralizado, admitirão que o verbo vá para o plural ou fique no singular. 
 
Ex.: 
- A maioria dos médicos quis a greve. 
- A maioria dos médicos quiseram a greve. 
 
- A menor parte dos testes revelou impropriedades no sistema. 
- A menor parte dos testes revelaram impropriedades no sistema. 
 
 
 
 
 
 
Ex.:. 
- 30% da empresa receberam críticas. 
- 30% da empresa recebeu críticas. 
 
- 1,8% dos brasileiros pedia a intervenção militar. 
- 1,8% dos brasileiros pediam a intervenção militar. 
 
 
DETALHE: de 0,0% até 1,9% significa SINGULAR. De 2,0% até o infinito, PLURAL. 
 
Caso a palavra partitiva vier encabeçada por uma porcentagem, a concordância também 
se dará com o número percentual ou com o adjunto. 
 
 
 
Caso não haja adjunto no plural, a concordância se dará normalmente com o número 
percentual. 
 
Ex.: 
 
- 25% chegaram aos seus objetivos. 
- 1,6% desistiu da prova. 
 
 
 
ATENÇÃO: Caso surja o artigo “OS” (ou outro determinante, como ESSES, ESTES, 
AQUELES) antes dos percentuais, o verbo irá, OBRIGATORIAMENTE, para o PLURAL. 
 
Ex.: Os 10% da comunidade requereram novas eleições. 
 
Ex.: Esses 15% da pesquisa não representam muita coisa. 
 
 
Caso o sujeito seja formado por um numeral em forma de fração, concorde com o 
numerador ou com o adjunto. 
 
Ex.: 
 
- ¼ dos alunos não entregou (entregaram) o trabalho. 
- 2/6 da cidade questionaram (questionou) a prefeitura. 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
01- FCC 2016 Prefeitura de Campinas 
 
As regras de concordância estão plenamente respeitadas em: 
 
(A) A professora procurou fazer com que os alunos entendessem que eram possíveis 
encontrar muitas maneiras de falar a mesma língua. 
 
(B) A professora explicou que, embora exista diferenças na maneira como se falam nas 
diferentes regiões do Brasil, todos falamos português. 
 
(C) O sotaque e o vocabulário do gaúcho se mostrava muito diferente do português falado 
na escola, o que despertou a curiosidade dos colegas. 
 
(D) Na sala de aula, houve uma pequena parte dos alunos que não compreendeu por que 
o novo colega falava “tu” em vez de “você”. 
 
 
 
(E) Explicando que o povo do Sul e o do Sudeste falava a mesma língua, a professora buscou 
convencer os alunos que não se deveriam zombar do colega gaúcho. 
 
 
02- CESPE 2016 DPU 
 
“O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então 
existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver essas contendas — já dava 
início a situações em que constantemente as partes se viam impossibilitadas de arcar com 
os possíveis custos judiciais das demandas”. 
( ) Seria mantida a correção gramatical do período caso a forma verbal “dava” fosse 
flexionada no plural, escrevendo-se davam. 
 
03- (CCV- UFC 2011 / UNILAB) Assinale a alternativa cujo verbo grifado admite, no 
contexto, outra concordância, conforme a norma gramatical. 
A) “...a maioria das pessoas ‘tomasse’ a ciência como um ‘deus’”. 
B) “...muitas ainda acreditam que a Ciência e a Tecnologia provocam...”. 
C) “O conhecimento científico e tecnológico, (...), é uma forma que a ciência encontrou 
para manipular...”. 
D) “Ao mesmo tempo em que a ciência ultrapassou os seus limites de bondade”. 
E) “...a escassa reflexão sobre a forma e o modelo do conhecimento produzido traz 
algumas consequências negativas...”. 
 
04- (CCV- UFC 2014 / Técnico administrativo) Assim como “haver” em “Isto porque a 
gente havia que fabricar os nossos brinquedos” foi empregado corretamente, o verbo 
destacado igualmente correto está na alternativa: 
A) Haviam duas estátuas representando os heróis da guerra. 
B) Havia participado da guerra soldados ainda muito jovens. 
C) Sempre deverão haver soldados dispostos a defender a pátria. 
D) Soldados bem treinados sempre se houveram bem nas batalhas. 
E) Podem haver inúmeras guerras,mas a humanidade permanecerá. 
 
GABARITO DO TESTE 
 
01 02 03 04 
 
 
D E A D 
 
 
 
2º ESCALÃO DE REGRAS (Aparecem menos em provas de concursos) 
 
Ficará como leitura de casa. Tal leitura é importante, pois deixará você mais seguro. Porém, 
o mais importante agora é o grupo do 1º escalão. Concentremo-nos nele! 
 
 
1º Caso: 
Quando os núcleos do sujeito composto vierem resumidos por tudo, todos, nada, alguém 
ou ninguém, o verbo concordará com a palavra resumidora. 
 
Ex.: 
 
- Leitura, trabalho, planejamento, nada parecia conveniente àquele novo governo. 
 
- Motoristas, taxistas, caminhoneiros, todos queriam a greve. 
 
 
2º. Caso: Sujeito ligado por “ou”. 
 
Quando os núcleos do sujeito vierem ligados pela conjunção “Ou”, o verbo ficará no 
singular se houver ideia de exclusão. Se houver ideia de inclusão o verbo irá para o plural. 
 
Ex.: 
 
- Brasil ou Argentina vencerá a Copa de 2018. (Exclusão) 
 
- Queijo ou peixe combinam com vinho branco. (Inclusão) 
 
- Pelé ou Maradona será escolhido o melhor do século. (Exclusão) 
 
- Laranja ou mamão fazem bem à saúde. (Inclusão) 
 
 
3º. Caso: com expressões aproximativas. 
 
Quando o sujeito for constituído das expressões aproximativas "mais de", "menos de", 
"cerca de" o verbo concordará com o numeral que segue as expressões. 
 
Ex.: 
 
Mais de uma pessoa protestou contra a lei. 
 
Mais de vinte pessoas protestaram contra a decisão. 
 
 
 
Cerca de seis homens discutiram. 
 
4º. Caso: COM O PRONOME RELATIVO “QUE”. 
 
Quando o sujeito de um verbo for pronome relativo "que", o verbo concordará com o 
antecedente deste pronome. 
 
Ex.: 
 
- Sou eu que pago as minhas contas. 
 
- Foi ele que compartilhou o jantar conosco. 
 
- Foram Antônio e Adriano que controlaram a equipe. 
 
 
5º. Caso: COM O PRONOME RELATIVO “QUEM”. 
 
Quando o sujeito de um verbo for um pronome relativo "quem", o verbo concordará com 
o antecedente ou ficará na 3º pessoa do singular concordando com o sujeito “quem”. 
 
Ex.: 
 
- Sou eu quem pago as minhas contas. 
 
- Sou eu quem paga as minhas contas. 
 
- (Quem paga as minhas contas sou eu) 
 
- Foram elas quem compraram os vestidos. 
 
- Foram elas quem comprou os vestidos. 
 
- (Quem comprou os vestidos foram elas). 
 
- Era Fernanda quem recebia as encomendas. 
 
- Fomos Pedro, André e eu quem discutimos (discutiu) o caso. 
 
- (Quem discutiu o caso fomos Pedro, André e eu). 
 
 
3º. Caso: QUANDO O SUJEITO FOR NOME PRÓPRIO PLURAL 
 
Quando o sujeito for formado por nome próprio que só tem plural, não antecipado de 
artigo, o verbo ficará no singular; se o nome próprio vier antecipado de artigo o verbo irá 
 
 
para o plural. 
 
Ex.: 
 
- Minas Gerais possui grandes fazendas. 
 
- As Minas Gerais possuem grandes fazendas 
 
- Vidas Secas é um romance regionalista. 
 
- As Vidas Secas são um romance regionalista. 
 
- Os Estados Unidos fabricam muitas armas. 
 
- Estados Unidos fabrica muitas armas. 
 
- Os Emirados Árabes produzem muito petróleo. 
 
- Filipinas planta banana. 
 
- As Filipinas plantam banana. 
 
- Alagoas tem lindas praias. 
 
- As Alagoas têm lindas praias. 
 
 
 
3º ESCALÃO DE REGRAS (Raras em provas de concursos) 
 
 1º Caso: Sujeito ligado por uma série aditiva enfática: 
Se o sujeito composto tem os seus núcleos ligados por uma série aditiva enfática 
(não só...mas também; tanto...quanto; não só...como também etc.), o verbo vai, 
NORMALMENTE, para o plural. 
 
Ex.: Tanto o Brasil como a Argentina haviam perdido a classificação. 
 
 2º Caso: Sujeito ligado por “com”. 
Se o sujeito no singular é seguido imediatamente de outro no singular ou no plural 
mediante a preposição “com” o verbo ficar no plural se não houver presença de vírgulas: 
 
Ex.: 
 
Essas explicações evitavam que o desembargador com os seus velhos amigos 
interrogassem os primeiros suspeitos. 
 
 
 
Se houver presença de vírgulas, concorde com o núcleo anterior à expressão virgulada: 
 
O rei, com toda a sua corte, estava satisfeito por tudo que ocorria no castelo. 
 
Os alunos, com toda a equipe pedagógica, modificaram o planejamento. 
 
 
 
 3º Caso: Sujeito ligado por nem...nem. 
Quando o sujeito for ligado pela série aditiva nem..nem, o verbo pode ir, 
NORMALMENTE, para o plural ou ficar no singular. 
 
Ex.: É difícil entender que nem o respeito nem o amor comoviam (comovia) o ator. 
 
 
 Mas cuidado!!! 
 
Se o sujeito for constituído por nem um nem outro, o verbo fica, NORMALMENTE, 
no singular. 
 
Ex.: Nem um nem outro aluno compareceu à aula. 
 
4º Caso: Sujeito ligado por “Um ou outro”. 
Se o sujeito for constituído por Um ou outro, o verbo fica, NORMALMENTE, no 
singular. 
Ex.: Um ou outro menino usava sapatos. 
 
5º Caso: Sujeito ligado por “Um e outro” 
 
Se o sujeito for constituído por Um e outro, o verbo fica, NORMALMENTE, no plural. 
 
Ex.: Uma e outra aluna estudavam bastante. 
 
 
CONCORDÂNCIA COM O VERBO SER (concordância especial). 
 
Para analisarmos o próximo caso, é importante que responda ao seguinte questionário: 
 
01- O que vale mais, um ser humano ou uma xícara de chá? 
02- O seu time procura um atacante, mas há um mistério em torno de seu nome. Entre um 
goleador e Neymar, qual você queria que vestisse a camisa do seu time? 
03- Entre comprar roupas ou uma roupa, você prefere o quê? 
 
 
 
Como as repostas forma óbvias, vamos às conclusões: 
 
- ENTRE pessoa x coisa, PREVALECE a pessoa. 
 
Ex.: 
- O mundo são os homens. 
- Os professores são a educação. 
 
- ENTRE nome próprio x nome comum, PREVALECE o nome próprio. 
Ex.: 
- Ayrton Senna era as alegrias de domingo. 
- As tristezas daquela cidade é a Praça das dores, lugar feio e sujo. 
 
- ENTRE plural x singular, PREVALECE o plural. 
 
Ex.: 
- Sua roupa eram alguns trapos. 
- Nosso trabalho são batalhas. 
 
a) Quando aparecerem os pronomes isto, isso, tudo, nada ou aquilo ou “coisas” 
concorde com o sujeito ou com o predicativo: 
 
Exemplos: 
- Tudo eram /era alegrias e cânticos. 
- Isso são / é mentiras. 
- Aquilo são / é verdades incontestáveis. 
- Isto não são / é palavras de amor. 
 
b) Quando o sujeito for formado pelos pronomes interrogativos que, quem ou o que 
concorde com o predicativo. 
 
Exemplos: 
- Que são essas cartas? 
- O que são atos éticos? 
- Quem eram os convidados? 
- Não sei quem são os vencedores. (Veja que aqui há uma interrogação indireta). 
 
c) Quando o verbo Ser for empregado impessoalmente. 
 
Exemplos: 
- São dez horas. 
- Hoje são 15 de novembro. 
 
 
 
Obs.: Aqui também se permite a forma “Hoje é dia 15 de novembro” e “Hoje é 15 de 
novembro”, quando, neste último caso, a palavra “dia” estará implícita. 
 
- De minha casa ao Teatro José de Alencar são 5 quilômetros. 
 
d) Quando o verbo “Ser” for usado nas expressões é muito, é pouco, é mais de, é tanto e 
o sujeito for representado por termo no plural que denote preço, medida ou quantidade. 
Exemplos: 
- Oitenta mil reais é pouco para quem quer mudar radicalmente de vida. 
 
- Duzentos gramas de queijo é muito para o café da manhã. 
 
- 20 quilômetros é mais do que eu esperava. 
 
 
 
 CONCORDÂNCIA COM PRONOMES PESSOAIS DO CASO RETO 
 
Quando os pronomes pessoais do caso reto representarem o sujeito, você terá dois 
caminhos, a saber: 
 
a) Se o “Eu” fizer parte do sujeito, concorde SEMPRE com “Nós”. 
- Eu, Marcela e Beatriz vamos ao teatro. 
 
- Jorge, Túlio e eu detestamos este bar. 
 
b) Se o “Tu” fizer parte do sujeito (sem que exista o “Eu”), concorde com “Vós” (menos 
usual) ou com “Eles/as” (mais usual). 
- Tu, Márcia e André desejais alguma coisa?- Tu, Márcia e André desejam alguma coisa? 
 
- João, Lara e tu pareceis nervosos. 
 
- João, Lara e tu parecem nervosos. 
 
COM FORMAS INTERROGATIVAS 
 
Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular o verbo só concordará 
com ele. Se esses pronomes estiverem no plural, o verbo concordará com ele ou com o 
pronome pessoal. As expressões mais utilizas são: Quais de nós; qual de vós, Alguns de 
nós, Muitos de vós, Poucos deles; Poucos de nós, Qual deles etc. 
 
Ex.: 
 
 
 
Qual de nós resolverá o assunto? 
 
Qual de nós viajará? 
 
Quais de nós viajarão / viajaremos na próxima semana? 
 
Quais de vós estudarão/estudareis matemática? 
 
 
4- COM NÚCLEOS COLETIVOS 
 
Quando o sujeito for um coletivo o verbo ficará no singular. 
 
Ex.: A correição passeava pelo bosque. 
 
 
Não esqueça!!! 
 
Quando o coletivo vier seguido de um adjunto no plural, o verbo ficará no singular ou 
poderá ir para o plural. 
 
 Ex.: A correição de tanajuras vermelhas passeava / passeavam pelo bosque. 
 
 
CONCORDÂNCIA COM O VERBO AUXILIAR “PARECER”. 
 
O verbo parecer, seguido de infinitivo admite duas construções: 
 
A) Flexiona-se o verbo “parecer” e não se flexiona o infinitivo. 
 
- Os alunos parecem entender o assunto. 
 
B) Flexiona-se o infinitivo e não se flexiona o verbo “parecer”. 
 
- Os alunos parece entenderem o assunto. 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 01 ( Padrão CESPE) 
 
01- Na oração "Há vinte meses que o Decreto foi revogado", a forma verbal "Há" poderia 
ser corretamente substituída por Faziam. 
 
 
 
02- Na oração "Segue anexa a nota editorial", foi atendida regra de concordância nominal, 
visto que o adjetivo "anexa" está no feminino para concordar com a expressão no 
feminino "a nota editorial", que exerce a função de sujeito da oração. 
 
03- “Estudos e o senso comum mostram que a carga genética exerce forte influência nas 
características pessoais às quais damos o nome de talento”. 
 
► A flexão de plural em "mostram" deve-se à concordância com o sujeito composto por 
dois termos; se qualquer um desses termos fosse retirado, o verbo deveria ir para o singular 
para que as regras de concordância da norma culta fossem respeitadas. 
 
04- “ Da combinação entre velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilidade 
surge a noção contemporânea de agilidade, transformada em principal característica 
de nosso tempo. Uma agilidade que vem se tornando lugar comum, se não na vida 
prática das organizações, pelo menos nos discursos. Empresas, governos, 
universidades, exércitos e indivíduos querem ser ágeis”. 
 
►A forma verbal "surge" poderia, sem prejuízo gramatical para o texto, ser flexionada no 
plural, para concordar com "velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilidade". 
 
05- “Não direi, senhores, que a obra chegou à perfeição, nem que lá chegue tão cedo. Os 
meus pupilos não são os solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um 
povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares”. 
 
► A forma verbal "formam" está flexionada na terceira pessoa do plural para concordar 
com a ideia de coletividade que a palavra "povo" expressa. 
 
06- “A recuperação econômica dos países desenvolvidos começou perigosamente a perder 
fôlego. A reação dos indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram 
robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à paralisia. Os Estados 
Unidos da América cresceram a uma taxa superior a 3% em 12 meses, mas a maioria 
dos analistas aposta que a economia americana perderá força no segundo semestre”. 
 
► Se o verbo da oração "mas a maioria dos analistas aposta" estivesse flexionado no plural 
- apostam -, o período estaria incorreto, visto que, de acordo com a prescrição gramatical, 
a concordância verbal, em estrutura dessa natureza, deve ser feita com o termo "maioria". 
 
 
 
07- “Assim, distintas teorias políticas e econômicas, fundadas em diferentes ideologias do 
humano, enfatizam um aspecto ou outro dessa dualidade, seja reclamando uma 
subordinação dos interesses individuais aos interesses sociais, ou, ao contrário, 
afastando o ser humano da unidade de sua experiência cotidiana. Além disso, cada 
uma das ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas 
constitui uma visão dos fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em 
uma descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual do humano”. 
 
► Na concordância com "cada uma das ideologias", a flexão de plural em "fundamentam" 
reforça a ideia de pluralidade de "ideologias"; mas estaria gramaticalmente correto e 
textualmente coerente enfatizar "cada uma", empregando-se o referido verbo no singular. 
 
08- “O movimento da vida passa a ser uma efervescência constante e as mudanças a 
ocorrer em ritmo quase esquizofrênico, determinando os valores fugidios de uma 
ordem temporal marcada pela efemeridade. Como tentativas de acompanhar essa 
velocidade vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade 
hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a fluidez das relações 
interpessoais”. 
 
► A forma verbal "surge" está flexionada no singular porque estabelece relação de 
concordância com o conjunto das ideias que compõem a oração anterior. 
 
06- “Em consonância com essa visão do desenvolvimento, a expansão da capacidade 
humana pode ser descrita como a característica central do desenvolvimento. O 
conceito de “capacidade” de uma pessoa pode ser encontrado em Aristóteles, para 
quem a vida de um indivíduo pode ser vista como uma sequência de coisas que ele faz 
e que constituem uma sucessão de funcionamentos. A capacidade refere-se às 
combinações alternativas de funcionamentos a partir das quais uma pessoa pode 
escolher”. 
 
► A flexão de plural em "constituem" mostra que o pronome "que" (anterior ao verbo) 
concorda em número com "coisas"; mas seria igualmente correto e coerente usar-se aí a 
flexão de singular, constitui, caso em que o pronome concordaria com "sequência". 
 
10- “Entre outros exemplos, citemos a formação da consciência moral, das modalidades de 
controle de pulsões e afetos numa dada civilização, ou o dinheiro e tempo. A cada um 
deles correspondem maneiras pessoais de agir e sentir, um habitus social que o 
indivíduo compartilha com outros e que se integra na estrutura de sua personalidade”. 
 
 
 
► A flexão de plural em "correspondem" mostra que, pela concordância, se estabelece a 
coesão com "maneiras"; mas seria igualmente correto e coerente estabelecer a coesão com 
"cada um", enfatizando este termo pelo uso do verbo no singular: corresponde. 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
E C E E E E E E C E 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 02 
(Padrão CESPE) 
 
TEXTO I 
 
“Um governo, ou uma sociedade, nos tempos modernos, está vinculado a um pressuposto 
que se apresenta como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a própria ideia de 
democracia. Para ser democrático, deve contar, a partir das relações de poder estendidas 
a todos os indivíduos, com um espaço político demarcado por regras e procedimentos 
claros”. 
 
01- O desenvolvimento das ideias demonstra que a flexão de singular em “deve” 
estabelece relações de coesão e de concordância gramatical com o termo 
“democracia”. 
 
TEXTO II 
 
 “O governo garante que não faltarão recursos para as obras de infraestrutura. As favelas 
ocupadas dispunham de cerca de 827 milhões de reais do Programa de Aceleração do 
Crescimento para obras de saneamento e outras intervenções urbanas. Também foram 
anunciados a construção de 19 escolas, obras de contenção de encostas e um programa 
habitacional orçado em 144 milhõesde reais, entre outras medidas”. 
 
 
 
02- A substituição de “foram anunciados” por “foi anunciado” manteria a correção 
gramatical do texto. 
TEXTO III 
 
“Por um lado, congestionamentos crônicos, queda da mobilidade e da acessibilidade, 
degradação das condições ambientais e altos índices de acidentes de trânsito já constituem 
problemas graves em muitas cidades brasileiras”. 
 
 
03- A forma verbal “constituem” está flexionada na terceira pessoa do plural para 
concordar com “problemas graves”. 
 
 
TEXTO IV 
 
“Contraposto aos sucessivos recordes de congestionamentos nas grandes cidades 
brasileiras, esse resultado expõe as fragilidades de um modelo de desenvolvimento e 
urbanização que privilegia o transporte motorizado individual, prejudica a mobilidade e até 
a produtividade das pessoas. O carro, no entanto, não é o único vilão”. 
 
04- O trecho “o transporte motorizado individual” poderia, sem prejuízo à coerência da 
argumentação, ser substituído por os transportes motorizados individuais; contudo, 
para se preservar a correção gramatical do texto, seria necessário flexionar a forma 
verbal “prejudica” na terceira pessoa do plural, escrevendo-se prejudicam. 
 
 
TEXTO V 
 
“A Bike será, quando entrar em linha de montagem, uma sucessora do Fusca. Tem a mesma 
conjugação de linhas curvas. Encarna a próxima geração do meio de transporte ao mesmo 
 
 
tempo racional, popular e simpático. Como tal, apresentou-se oficialmente ao público, 
semanas atrás, em uma feira de automóveis na China. 
 
Ela é elétrica. Carrega-se até em bateria de automóvel. Dobrável como um contorcionista 
de circo, cabe no compartimento do estepe, no fundo do porta-malas”. 
 
 
05- Preservam-se a correção gramatical e as relações de coerência entre os argumentos 
do texto ao se inserir a forma verbal “É” no período sintático iniciado por “Dobrável”, 
escrevendo-se “É dobrável”. 
 
 
TEXTO VI 
 
“A evidência surgiu com a análise das informações colhidas pela sonda Lcross da agência 
espacial norte-americana. Os cientistas apresentam quatro hipóteses para explicar a 
presença de água na Lua. Ela pode ter chegado ao satélite a bordo de cometas, astros 
formados por gelo e poeira”. 
 
06- A substituição de “apresentam” por “têm apresentado” mantém a correção gramatical 
do texto. 
 
 
TEXTO VII 
 
“O medo tem raízes profundas na alma dos seres. Radica-se no inconsciente e é objeto 
constante da pesquisa científica, com destaque para a psicanálise”. 
 
07- Em “Radica-se”, o pronome indica que o sujeito é indeterminado. 
 
 
 
TEXTO VIII 
 
“Durante a realização das provas, o chefe da sala, verificando que Roberto não tinha 
condições para a escrita cursiva, solicitou a presença do coordenador para orientá-lo 
quanto à exigência dos procedimentos de identificação desse candidato. O coordenador 
orientou-o, dizendo que a folha de respostas e a folha de frequência poderiam ficar em 
branco, sem a assinatura do candidato e sem a transcrição da frase, e que a ocorrência 
deveria ser relatada na ata de sala”. 
08- Estaria mantida a correção gramatical do texto se, em “a folha de respostas e a folha 
de frequência poderiam ficar em branco” , a forma verbal “poderiam” fosse substituída 
pelo singular poderia, estabelecendo-se a concordância com o termo mais próximo. 
 
 
TEXTO IX 
 
Quase dois terços da área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já 
teve, a exemplo do cerrado, aproximadamente metade de sua extensão, que é de 826.000 
km², destruída. 
 
09- Preserva-se a correção gramatical do período substituindo-se a forma verbal “estão” 
pelo singular “está”. 
 
 
TEXTO X 
 
“Mantido por contribuições das empresas associadas, o CIEE lançou o Guia Prático para 
Entender a Nova Lei do Estágio, com respostas a mais de 30 perguntas acerca das mudanças 
e normas mais importantes. Entre elas, destacam-se a limitação da jornada diária para seis 
horas, a obrigatoriedade de pagamento do auxílio-transporte, a concessão do recesso 
obrigatório de 30 dias após um ano de estágio e o limite máximo de dois anos de 
permanência em uma mesma empresa”. 
 
 
 
10- A concordância verbal permaneceria igualmente correta se, em lugar de “destacam-
se”, fosse empregada a forma “destaca-se”. 
 
 
TEXTO XI 
 
“Veja o que ocorre nos Estados Unidos da América. O país dispõe das melhores 
universidades do mundo, detém metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra 
mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados. Ainda assim, só um em 
cada dois norte americanos acredita que o homem possa ser produto de milhões de anos 
de evolução”. 
 
11- O plural de “detém” grafa-se “deteem”. 
 
12- Os sujeitos de “detém” e de “registra” são indeterminados. 
 
13- Levando-se em conta o contexto, o verbo “acredita” poderia concordar com a ideia de 
plural que a frase dá a entender que exista, escrevendo-se “acreditam”. 
 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
E E E E C C E E C C 
 
11 12 13 
 
 
E E E 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 03 
(padrão UECE, CESGRANRIO, FUNRIO, IMPARH) 
 
01. Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a 
norma culta: 
 
a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova. 
b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha. 
c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui. 
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou. 
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo. 
 
02. Assinale a frase em que há erro de concordância verbal: 
 
a) Um ou outro escravo conseguiu a liberdade. 
b) Não poderia haver dúvidas sobre a necessidade da imigração. 
c) Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada. 
d) Deve existir problemas nos seus documentos. 
e) Choveram papéis picados nos comícios. 
 
03. Assinale a opção em que há concordância inadequada: 
 
a) A maioria dos estudiosos acha difícil uma solução para o problema. 
b) A maioria dos conflitos foram resolvidos. 
c) Deve haver bons motivos para a sua recusa. 
d) De casa à escola é três quilômetros. 
e) Nem uma nem outra questão é difícil. 
 
04- Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito, exceto em: 
 
a) Quem sabe de que será capaz a mulher de seu sobrinho? 
b) Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios. 
c) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram às piscinas. 
 
 
d) Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros. 
e) É preciso que haja muita compreensão para com os amigos. 
 
05- O “se” é índice de indeterminação do sujeito na frase: 
 
a) Não se ouvia o sino. 
b) Assiste-se a espetáculos degradantes. 
c) Alguém se arrogava o direito de gritar. 
d) Perdeu-se um cão de estimação. 
e) Não mais se falsificará tua assinatura. 
 
06- Indique o único segmento que apresenta concordância verbal condizente com as 
normas do português padrão: 
 
a) O funcionamento dos dois hemisférios cerebrais são necessários tanto para as 
atividades artísticas como para as científicas. 
b) As diferentes divisões e subdivisões a que se submetem a área de ciências 
humanas provocam uma indesejável pulverização de domínios do conhecimento. 
c) Normalmente, a aplicação de métodos quantitativos e exatos acaba por distorcer 
as linhas de raciocínio em ciências humanas. 
d) Uma das premissas básicas do conjunto de assunções teóricas e epistemológicas 
do trabalho que ora vêm a lume é a concepção da Arte como uma entre as muitas 
formas por meio das quais o conhecimentohumano se expressa. 
e) Não existem fórmulas precisas ou exatas para avaliar uma obra de arte, não existe 
um padrão de medida ou quantificação, tampouco podem haver modelos rígidos 
pré-estabelecidos. 
 
07- O verbo deve ir para o plural em: 
 
 
 
 a) Organizou-se em grupos de quatro. 
 b) Atendeu-se a todos os clientes. 
 c) Faltava um banco e uma cadeira. 
 d) Pintou-se as paredes de verde. 
 e) Já faz mais de dez anos que o vi. 
 
08- O verbo certo no singular está em: 
 
 a) Procurou-se as mesmas pessoas 
 b) Registrou-se os processos 
 c) Respondeu-se aos questionários 
 d) Ouviu-se os últimos comentários 
 e) Somou-se as parcelas 
 
09- Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal: 
 
a) Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram. 
b) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém foram demitidos. 
c) José chegou ileso a seu destino, embora houvessem muitas ciladas em seu caminho. 
d) Fomos nós quem resolvemos aquela questão. 
e) O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara sua petição. 
 
07- A concordância verbal está correta na alternativa: 
 
a) Ela o esperava já faziam duas semanas. 
b) Na sua bolsa haviam muitas moedas de ouro. 
c) Eles parece estarem doentes. 
d) Devem haver aqui pessoas cultas. 
e) Todos parecem terem ficado tristes. 
 
 
 
11- Assinale a incorreta: 
 
a) Dois reais é pouco para se divertir. 
b) Nem tudo são sempre tristezas. 
c) Quem fez isso foram vocês. 
d) Era muito árdua a tarefa que os mantinham juntos. 
e) Quais de vós ainda tendes paciência? 
 
12- É provável que ....... vagas na academia, mas não ....... pessoas interessadas: são 
muitas as formalidades a ....... cumpridas. 
 
a) hajam - existem - ser 
b) hajam - existe - ser 
c) haja - existem - serem 
d) haja - existe - ser 
e) hajam - existem – serem 
 
13- Complete as lacunas: ........ de exigências! Ou será que não ....... os sacrifícios que ....... 
por sua causa? 
 
 a) Chega - bastam - foram feitos 
 b) Chega - bastam - foi feito 
 c) Chegam - basta - foi feito 
d) Chegam - basta - foram feitos 
e) Chegam - bastam - foi feito 
 
 
Gabarito 
 
01 02 03 04 05 06 07 
C D D D B C D 
 
 
08 09 10 11 12 13 
C D C D C A 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 04 
(padrão UECE, CESGRANRIO, FUNRIO, IMPARH) 
 
01- Coloque C ou I nos parênteses, conforme esteja correta ou incorreta a concordância 
verbal. 
 
( ) Surgiu, na semana do evento, um novo problema, dois processos e duas críticas 
construtivas. 
( ) Surgiram, na semana do evento, um novo problema, dois processos e duas críticas 
construtivas. 
( ) O homem do campo e da cidade mantém diferenças flagrantes entre si. 
( ) Os povos andinos e sua cultura, assim diz a tradição, contém muita riqueza. 
 
Assinale a sequência correta. 
 
a) I – C – C ─ C 
b) I – C – I─ C 
c) I – I – C ─ 
d) C – I – I ─ I 
e) C – C – C ─ I 
 
02- Coloque C ou I nos parênteses, conforme esteja correta ou incorreta a concordância 
verbal. 
 
 
 
( ) Brasileiros ou americanos devem concorrer a prêmio em abril. 
( ) Um líquido perigoso retém as finas camadas de gordura das veias. 
( ) Colesterol ou açúcar pode ser o novo vilão da obesidade, dizem cientistas. 
( ) Pode-se questionar o novo sistema do banco privado. 
 
Assinale a sequência correta. 
 
a) I – C – C ─ C 
b) I – C – I─ C 
c) C – I – C ─ C 
d) C – I – I─ I 
e) C – C – I─ I 
 
03- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o registro culto 
e formal da língua. 
 
a) Eu, ela e João vamos ao parque no fim de semana. 
b) Tu e elas trabalharíeis nos fins de semana? 
c) Tu, ela e vocês formáveis uma grande equipe. 
d) Eu e vocês deveríeis deixar logo a cidade. 
e) Tu e ela vão cumprir todas as metas. 
 
04- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal. 
 
a) Nem os alunos nem os professores porão seus registros à mostra. 
 
 
b) Talvez, um e outro assunto serão discutidos. 
c) É certo que um e outro assunto será discutido. 
d) Nem a vida nem a morte podem mudar a força do amor. 
e) Um ou outro candidato serão avaliados pelos jornalistas. 
 
05- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal. 
 
a) 2/5 da cidade quis o plebiscito. 
b) Somente 1/3 da comunidade acadêmica requereu novos livros para a biblioteca. 
c) Grande parte dos impostos não são revertidos à comunidade. 
d) Somente 40% do estoque mantiveram-se bem armazenados. 
e) Somente os 0,98% da comunidade saldou suas dívidas. 
 
06- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal. 
a) Mais de um torcedor invadiu o gramado. 
b) Fomos nós quem requereu o aumento do salário. 
c) Foste tu quem arrumaste a bancada dos livros? 
d) Foste tu quem arrumou a bancada dos livros? 
e) Foi eu quem questionou a equipe de médicos. 
 
07- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal. 
a) Os assuntos principais da reunião foi Fernando Pessoa. 
b) Cem mil reais era pouco para ele. 
c) Já são uma e meia da manhã. 
d) Hoje são 20 de abril. 
e) Tudo eram vantagens para a empresa. 
 
 
 
08- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o registro culto 
e formal da língua. 
 
a) Necessita-se de novos programas de qualidade de vida. 
b) A pressão, a ansiedade e a tensão muscular, tudo prejudicava a saúde do 
trabalhador. 
c) Os Estados Unidos contrataram profissionais especializados em comunicação. 
d) Já fazem três meses que ele se adaptou a uma nova realidade profissional. 
e) Cada um dos profissionais do RH deve saber administrar o seu estresse. 
 
09- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o registro culto 
e formal da língua. 
 
a) Necessita-se de novos programas de qualidade de vida. 
b) A pressão, a ansiedade e a tensão muscular, tudo prejudicava a saúde do 
trabalhador. 
c) Os Estados Unidos contrataram profissionais especializados em comunicação. 
d) Já fazem três meses que ele se adaptou a uma nova realidade profissional. 
e) Cada um dos profissionais do RH deve saber administrar o seu estresse. 
 
10- Considere as frases abaixo. 
 
I – Há amigos de infância de quem nunca nos esquecemos. 
II – Deviam existir muitos funcionários despreparados; por isso, talvez, existissem 
discordâncias entre os elementos do grupo. 
 
 
 
Substituindo-se em I o verbo “haver” por “existir” e em II o verbo existir por haver, a 
sequência correta é 
 
a) existem, devia haver, houvesse. 
b) existe, devia haver, houvessem. 
c) existe, devia haver, houvesse. 
d) existem, deviam haver, houvesse. 
e) existe, deviam haver, houvessem. 
 
11- De acordo com a norma, o verbo pode ficar, indiferentemente, no singular ou no 
plural na frase da alternativa 
 
a) Precisa-se (ou precisam-se) de funcionários dedicados 
b) Perceberam-se (ou percebeu-se) os detalhes da cidade 
c) Cada um dos brasileiros cuidará (ou cuidarão) do país. 
d) Vendem-se (ou vende-se) frutas no mercado de nacional. 
e) A maioria dos brasileiros pratica (ou praticam) esporte. 
 
12- Assinale a alternativa em que a reescritura do trecho “’Dos entrevistados, 84% 
afirmaram sentir raiva enquanto dirigem. Pessoas que tinham mais tempo de 
habilitação e dirigiam com maior frequência cometiam mais erros e eram mais 
agressivas’, dizCláudia.” mantém a correção gramatical e não compromete o sentido 
original. 
 
a) A maioria dos entrevistados afirmou que sente raiva enquanto dirige. Pessoas 
mais experientes na condução de veículos automotivos cometem mais erros e são 
mais agressivas. 
b) 84% dos entrevistados afirmou que sentem raiva enquanto dirigem. Pessoas, que 
tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com maior frequência, cometiam 
mais erros e eram mais agressivas. 
 
 
c) Dos entrevistados, 84% afirmou que sentem raiva enquanto dirigem. Pessoas que 
tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com mais frequência cometiam mais 
erros e eram mais agressivas. 
d) Dos entrevistados, 84% afirmou que sente raiva enquanto dirige. Pessoas com 
mais tempo de habilitação e que dirigiam com mais frequência, cometiam mais 
erros e eram mais agressivas. 
e) A maior parte dos entrevistados afirmou que sente raiva enquanto dirigem. 
Pessoas que dirigiam com mais tempo de habilitação frequentemente cometiam 
mais erros. 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
E C D E E E C D D A 
11 12 
E A 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 05 (Padrão FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) 
 
Itens aparentemente corretos. 
 
- Devem-se ressaltar, nos meios de comunicação, a constância com que promovem 
abusos, na exploração da cultura popular. (Forma verbal correta: Deve-se ressaltar) 
 
- Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da cultura popular pouco mais que um 
resistente núcleo de práticas comunitárias. (Forma verbal correta: Resta) 
 
 
 
- Produzem-se nas pequenas células comunitárias, a despeito das pressões da cultura de 
massa, lento e seguro dinamismo de cultura popular. (Forma verbal correta: Produz-se) 
 
- Não sensibilizavam aos possíveis interessados em apartamentos de luxo a visão grotesca 
daqueles velhos carros-placa. (Forma verbal correta: sensibiliza) 
 
- Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes 
é suprimida a visibilidade social. (Forma verbal correta: Destina-se) 
 
- O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o 
autor quando criança, só anos depois se esclareceram. (Forma verbal correta: se 
esclareceu) 
 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO (BATERIA I) 
 
01- Quanto à concordância verbal, está inteiramente correta a frase: 
 
a) Devem-se ressaltar, nos meios de comunicação, a constância com que promovem 
abusos, na exploração da cultura popular. 
b) Nem mesmo um pequeno espaço próprio querem conceder à cultura popular os 
que a exploram por interesses estritamente econômicos. 
c) Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da cultura popular pouco mais que 
um resistente núcleo de práticas comunitárias. 
d) Muita gente acredita que se devem imputar aos turistas a responsabilidade por 
boa parte desses processos de falseamento da cultura popular. 
e) Produzem-se nas pequenas células comunitárias, a despeito das pressões da 
cultura de massa, lento e seguro dinamismo de cultura popular. 
 
02- A concordância verbal e nominal está inteiramente correta em: 
 
 
 
a) A redução da emissão de partículas poluentes pelo escapamento dos carros é uma 
das metas que devem ser atingidas pelos órgãos responsáveis pela organização do 
trânsito nas grandes cidades. 
b) Em cidades maiores, inúmeros moradores, para fugir da violência e do estresse 
urbano, se mudou para condomínios fechados próximos e passou a depender de 
carro para seus deslocamentos. 
c) O planejamento urbano das grandes e médias cidades nem sempre 
acompanharam os deslocamentos de grandes contingentes da população, que 
depende de transporte coletivo para ir e vir do trabalho diariamente. 
 d) O número de automóveis nos países desenvolvidos costumam ser mais elevados, 
mas nessas cidades existe bons sistemas de transporte coletivo e as pessoas usam 
seus carros apenas para viagens e passeios de fins de semana. 
e) No caso das regiões metropolitanas brasileiras, é necessário os investimentos na 
expansão de sistemas integrados de transporte coletivo, para desestimular o uso 
de veículos particulares no dia a dia das cidades. 
 
03- Para cumprimento das normas de concordância verbal, será necessário CORRIGIR a 
frase: 
 
a) Atribui-se aos esquemas de construção das fábulas populares a capacidade de 
representarem profundos anseios coletivos. 
b) Reserva-se a pobres camponeses, nas fábulas populares, a possibilidade de virem 
a se tornar membros da realeza. 
c) Aos desejos populares de ascensão social correspondem, em algumas das fábulas 
analisadas, a transformação de pobres em príncipes. 
d) Prosperam no fundo do inconsciente coletivo incontáveis imagens, pelas quais se 
traduzem aspirações de poder e de justiça. 
e) Não cabe aos leitores abastados avaliar, em quem é pobre, a sensatez ou o 
descalabro das expectativas alimentadas. 
 
04- A concordância verbal e nominal está inteiramente correta em: 
 
 
 
a) Presume-se que já tenha sido extinto muitas espécies da fauna e da flora com a 
destruição de enormes extensões de florestas. 
b) Os desequilíbrios no ecossistema de uma floresta pode pôr em risco a 
sobrevivência de certas espécies de plantas. 
c) Deve valer para todos os países as medidas de segurança a ser tomada em relação 
à preservação de florestas. 
d) Para a restauração de áreas ocupadas por atividades agrícolas, é observado os 
tipos de uso do solo e as características do entorno para traçar o projeto de ação. 
e) Projetos desenvolvidos por especialistas mostram que é possível conciliar 
restauração de florestas nativas com o manejo sustentável de seus recursos 
naturais. 
 
05- As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase: 
 
a) Há frases que se repete à exaustão e que, exatamente por isso, passam a soar 
como se constituíssem cada uma delas uma verdade incontestável. 
b) Frases sempre haverão que, à força de se repetirem ao longo do tempo, acabam 
sendo tomadas como verdades absolutas. 
c) Quando a muitas pessoas interessam dar crédito a frases feitas e lugares-comuns, 
há o risco de se cristalizar falsos juízos. 
d) O hábito da repetição mecânica de frases feitas e lugares-comuns acabam por nos 
conduzirem à fixação de muitos preconceitos. 
e) Cabe aos indivíduos mais conscientes combater o chavão e o lugar-comum, para 
que não se percam de vista os legítimos valores sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 
B A C E E 
 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO (BATERIA II) 
 
01. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singular para 
preencher de modo correto a lacuna da frase: 
 
a) Jamais ...... (satisfazer) as crianças aquele tipo de resposta convencional às 
perguntas essenciais que elas formulam. 
b) Como ...... (poder) ocorrer ao professor respostas exatas para um questionário 
irrespondível? 
c) Não ...... (dever) envergonhar a ninguém as lacunas do conhecimento humano 
sobre os mistérios do universo. 
d) A aflição a que ....... (levar) um cientista tais perguntas é a mesma que perturba as 
crianças. 
 
e) Quanto às questões que a mais ninguém ...... (conseguir) incomodar, ou já 
encontraram resposta ou não eram essenciais. 
 
02. Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente correta é: 
 
a) Entre as questões essenciais, que a todo cientista deve importar, estão as que se 
prendem à origem e ao destino do ser humano. 
b) Não houvesse outras razões, bastaria a propriedade das perguntas que lhe dirigiu o 
público para fazê-lo sentir-se um professor privilegiado. 
c) Só é dado alimentarem a curiosidade e ainsatisfação ao cientista que não abdica 
de fazer as perguntas fundamentais. 
d) Diante do interesse que representavam cada uma das perguntas que lhe cabiam 
responder, o professor sentiu-se um privilegiado. 
e) O autor considerou um privilégio o fato de o interrogarem, com perguntas tão 
instigantes, aquele público curioso que encontrou na escola. 
 
 
 
03. Quanto à concordância verbal, está inteiramente correta a seguinte frase: 
 
a) De diferentes afirmações do texto podem-se depreender que os atos de grande 
violência não caracterizam apenas os animais irracionais. 
b) O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o 
autor quando criança, só anos depois se esclareceram. 
c) Ao longo dos tempos tem ocorrido incontáveis situações que demonstram a 
violência e a crueldade de que os seres humanos se mostram capazes. 
d) A todos esses atos supostamente cruéis, cometidos no reino animal, aplicam-se, 
acima do bem e do mal, a razão da propagação das espécies. 
e) Depois de paralisadas as lagartas com o veneno das vespas, advirá das próprias 
entranhas o martírio das larvas que as devoram inapelavelmente. 
 
04. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para 
preencher corretamente a lacuna da frase: 
 
a) Não se ...... (atribuir) às lagartas a crueldade dos humanos, por depositarem os ovos 
no interior das vespas. 
b) O que ...... (impelir) os animais a agirem como agem são seus instintos herdados, e 
não uma intenção cruel. 
c) Não se ...... (equiparar) às violências dos machos, competindo na vida selvagem, a 
radicalidade de que é capaz um homem enciumado. 
d) ...... (caracterizar-se), em algumas espécies animais, uma modalidade de violência 
que interpretamos como crueldade. 
e) ...... (ocultar-se) na ação de uma única vespa os ditames de um código genético 
comum a toda a espécie. 
 
05. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singular para 
preencher corretamente a lacuna da frase: 
 
a) Há muito não se ...... (tolerar) atitudes arrogantes como a do editorial da revista 
britânica. 
b) É natural que ...... (ferir) o orgulho do povo cubano as exortações publicadas na 
revista britânica. 
c) Os pesquisadores não ...... (haver) de se ofender, caso os termos do editorial da 
revista fossem menos prepotentes. 
d) Foi precisa a argumentação de que se ...... (valer) os pesquisadores latino-
americanos em sua réplica ao editorial. 
e) Aos países ricos não ...... (competir) tomar decisões que afetem a soberania dos 
países em desenvolvimento. 
 
 
 
06. Para que se respeite a concordância verbal, será preciso corrigir a frase: 
a) Têm havido dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano. 
b) Têm sido levantadas dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano. 
c) Será que o sistema de saúde cubano tem suscitado dúvidas sobre sua eficácia? 
d) Que dúvidas têm propalado os adversários de Cuba sobre seu sistema de saúde? 
e) A quantas dúvidas tem dado margem o sistema de saúde de Cuba? 
 
 
07. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: 
a) Já faz muitos séculos que se vêm atribuindo à palavra progresso algumas 
conotações mágicas. 
b) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem conhecer seu sentido real muitos 
equívocos ideológicos. 
c) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso não chega a representarem, 
de fato, qualquer avanço significativo. 
d) Se muitas novidades tecnológicas houvesse de ser investigadas a fundo, veríamos 
que são irrelevantes para a melhoria da vida. 
e) Começam pelas preocupações com nossa casa, com nossa rua, com nossa cidade a 
tarefa de zelarmos por uma boa qualidade da vida. 
08. As normas de concordância verbal estão plenamente atendidas na frase: 
 
a) Fosse porcas, arruelas, parafusos, tudo o que não tivesse aplicação imediata era 
remetido à “bacia das almas.” 
b) O fato é que muita gente, tal como ocorre com o pai no referido texto da Internet, 
têm a tendência de alimentar preconceitos contra os poetas. 
c) Atira-se à “bacia das almas” as tranqueiras que não parecem úteis, e que talvez 
nunca de fato os sejam. 
d) Costumam-se atribuir às expressões evocativas e nostálgicas o sentido poético que 
advém de tudo o que nos fala do passado. 
e) Ao filho não pareceu coerente que expressões tão sugestivas fossem criadas 
justamente por quem tinha por hábito desancar os poetas. 
 
09. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para 
preencher de modo correto a lacuna da frase: 
 
a) ...... (acabar) por mais nos favorecer o que foi esquecido do que todas as coisas de 
que costumamos nos lembrar. 
 
 
b) ......-se (costumar) atribuir às nossas memórias uma vantagem que, para o autor do 
texto, elas não propiciam. 
c) A ninguém ...... (dever) limitar essas expectativas, criadas pela memória que 
cristaliza a personalidade. 
d) ......-se (sedimentar) nos processos da nossa memória o perfil de uma 
personalidade a que nos obrigamos a ser fiéis. 
e) À força dos nomes próprios ...... (corresponder), pelas razões expostas no texto, a 
força de estreitamento do espaço que há numa gaiola. 
 
 
10. A concordância verbo-nominal está inteiramente correta na frase: 
 
a) No século XX, a produção em massa permitiu que objetos, antes de posse restrita a 
reis, fossem acessíveis a toda a população. 
b) Sempre existiu colecionadores de objetos, que exerce maior poder de atração sobre 
pessoas quanto mais estranho ele é. 
c) No século XIX, foi dividido as áreas temáticas da ciência, surgindo então os 
colecionadores especializados em reunir um único tipo de objetos. 
d) Permaneceu imutável por séculos as razões que levam algumas pessoas a 
colecionar objetos, algumas delas de gosto duvidoso. 
e) O costume de enviar marinheiros pelo mundo para encontrar objetos exóticos 
mudaram a paisagem de alguns países e modernizaram a Europa. 
 
11. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: 
 
a) Compreenda-se as lições de O Príncipe não como exercícios de cinismo, mas como 
exemplos de análises a que não se devem furtar toda gente interessada na lógica 
do poder, seja para exercê-lo, seja para criticá-lo. 
b) A problemática divisão da Itália em principados, que tanto preocupavam 
Maquiavel, fizeram com que ele se dedicasse à ciência política, em cujos 
fundamentos espelha-se, até hoje, aqueles que se preocupam com o poder. 
c) Integrava as qualidades morais a da virtude, tomada num sentido essencialmente 
religioso, até que Maquiavel, recusando esse plano de valores em que a inseriam, 
deslocou seu sentido para o campo da política. 
d) Todas as acepções de virtude, até o momento em que surgiu Maquiavel, compunha-
se no campo da moral e da religião, e estendia-se à esfera da política, como se tudo 
fosse essencialmente um mesmo fenômeno. 
e) Nunca faltaram aos “príncipes” de ontem, de hoje e de sempre a ambição 
desmedida pelo poder e pela glória pessoal, mas couberam a poucos discernir as 
sutilezas da política, em que Maquiavel foi um mestre. 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 
A B E E E A A E C A C 
 
 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
 REGRA GERAL: 
 
O adjetivo e as palavras adjetivas (artigo, numeral e pronome) concordam em 
gênero e número com o substantivo a que se refere. 
 
Ex.: As minhas revistas novas estão no quarto. 
 
No exemplo acima, percebe-se que as palavras adjetivas (as, minhas e novas) 
referem-se ao substantivo revistas, concordando com ele. 
 
 1º. Caso: 
Quando o adjetivo é posposto a vários substantivos do mesmo gênero, ele vai para 
o plural ou concorda com o substantivomais próximo. 
 
- O caju e o abacaxi azedo parecem bons. 
 
 
- O caju e o abacaxi azedos parecem bons. 
 
 2º. Caso: 
Se os substantivos forem de gêneros diferentes, o adjetivo pode ir para o plural 
masculino ou pode concordar com o substantivo mais próximo. 
Ex.: 
 
- O caju e a manga madura estavam em falta no mercado. 
- O caju e a manga maduros estavam em falta no mercado. 
- A cidade, o hospital, a lanchonete e o bar antigo foram varridos pelo temporal. 
- A cidade, o hospital, a lanchonete e o bar antigos foram varridos pelo temporal. 
 
 3º. Caso: 
 
Quando o adjetivo posposto funciona como predicativo, vai obrigatoriamente para o 
plural e concorda com o sujeito. 
 
Ex.: 
- O caju e a laranja parecem azedos. 
- A cidade, o hospital, a lanchonete e o bar estão devastados. 
 
 REGRAS ESPECÍFICAS 
► Adjetivo anteposto aos substantivos: 
 
 1º. Caso: 
 
Quando o adjetivo vem anteposto aos substantivos, concorde com o mais próximo.1 
 
1 Aqui existe uma divergência entre os gramáticos Evanildo Becharra e Celso Cunha. Para o primeiro, os adjetivos antepostos a vários 
substantivos podem concordar com o mais próximo ou com todos os substantivos pela lei da soma. Exemplo: Lerei interessante 
 
 
 
Ex.: 
- Ele era dotado de extraordinária coragem e talento. 
- No hospital, percebi a cansada médica e enfermeiros. 
 
 2º. Caso: 
Quando o adjetivo anteposto funciona como predicativo, pode concordar com o 
substantivo mais próximo ou pode ir para o plural. 
Ex.: 
- Estavam desertos a casa e o barraco. 
- Estava deserta a casa e o barraco. 
 
 
► Um só substantivo e mais de um adjetivo: 
 
1ª . Possibilidade: 
 
Ex.: O produto conquistou o mercado europeu e o americano. (O substantivo fica no 
singular e repete-se o artigo). 
2ª . Possibilidade: 
Ex.: O produto conquistou os mercados europeu e americano. (O substantivo vai para o 
plural e não se repete o artigo). 
 
- Esse autor aderiu à escrita clássica, à moderna e à contemporânea. 
- Esse autor aderiu às escritas clássica, moderna e contemporânea. 
- O país desenvolveu a cultura da leitura e a do estudo. 
 
(interessantes) livro e jornal. Já para o segundo, a concordância, nesta situação, só ocorrerá com o mais próximo. Exemplo: Comprei novo 
carro e casa. 
 
 
- O país desenvolveu as culturas da leitura e do estudo. 
 
OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL: 
 
 1º. Caso: 
 
A palavra Bastante: 
 
- Função adjetiva: Variável - refere-se a substantivo. 
- Função adverbial: Invariável - refere-se a verbo, adjetivo e a advérbio. 
 
Ex.: 
Ele tem bastantes livros. (pronome indefinido) 
Havia bastantes pessoas na rua. (pronome indefinido) 
 
Eles conversaram bastante ontem. (advérbio) 
 
As moças são bastante inteligentes. (pronome indefinido) 
 
Nosso país tem bastantes estados (substantivo). 
 
Eles estudam bastante. (advérbio) 
 
Vanessa e Melissa são bastante simpáticas (pronome indefinido). 
 
DICA: quando o a palavra BASTANTE for um pronome indefinido (o que significará, sempre, 
volume, quantidade), permitirá as seguintes trocas: 
 
 
 
Nosso país tem bastantes estados. 
(Nosso país tem muitos estados). 
 
Na rua, havia bastantes pessoas elegantes. 
(Na rua, havia muitas pessoas elegantes). 
 
Vi bastante gente educada. 
(Vi muita gente educada). 
 
Obs.: 
- Nessa regra, podemos incluir ainda as seguintes palavras: meio, muito, pouco, caro, 
barato, longe. Só variam se acompanhar o substantivo. 
 
 
 2º. Caso: 
 
Palavras como: quite, obrigado, anexo (incluso ou apenso), obrigado, mesmo, 
próprio, leso e incluso são adjetivos. Devem, portanto, concordar com o nome a que se 
referem. 
 
Ex.: 
- Nós estamos quites com o serviço militar. 
- Ela mesma fez o café. 
- Seguem anexos estes documentos para a devida verificação. 
Obs.: A expressão "em anexo" é invariável. 
Ex.: As cartas seguem em anexo. 
 
3º. Caso: 
 
 
 
Se nas expressões: "é proibido", "é bom", "é preciso" e "é necessário", o sujeito não 
vier antecipado de artigo, tanto o verbo de ligação quanto o predicativo ficam invariáveis. 
Ex.: 
- É proibido  entrada. 
 Estudar é preciso. 
Entretanto: Se o sujeito dessas expressões vier determinado por artigo, numeral 
ou pronome (femininos, no singular ou no plural), tanto o verbo de ligação quanto o 
predicativo variam para concordar com o sujeito. 
Ex.: 
- É proibida a entrada de jovens menores de 35 anos neste local. 
- A meia entrada é necessária aos estudantes. 
 
 4º. Caso: 
 
Palavras invariáveis: 
- Menos. 
- A olhos vistos (expressão). 
- Em anexo. 
- A sós. 
- Azul-marinho. 
- Monstro (na condição de adjetivo). 
- Alerta. 
- Todo (em termos compostos). 
- Mediante. 
- Tirante. 
- Pseudo. 
- Salvo (significando exceto, afora). 
 
Ex.: 
- Salvo aquelas poucas palavras, a palestra foi um desastre. 
- Agora estou com menos fome. 
- Os candidatos estão alerta. 
 
 
- O homem ficou a sós com os seus problemas. 
- As pseudomédicas foram localizadas pela polícia. 
- Aquela foi uma partida monstro. 
- As mulheres todo-poderosas deixaram a sala cedo. 
 
5º Caso: 
Nas expressões "o mais ... possível" e "os mais ... possíveis" , o adjetivo "possível" 
concorde com o artigo que inicia a expressão. 
 
Exs: 
Tinha um carro o mais veloz possível. 
Seus carros eram os mais velozes possíveis. 
São alunos o mais estudiosos possível. 
São alunos os mais estudiosos possíveis. 
 
 
6º Caso: Haja vista/ Hajam vista 
 
Evanildo Bechara afirma: “a construção natural e mais frequente da expressão haja 
vista, com o valor de “veja” ou “por exemplo”, é ter invariável o verbo, qualquer que seja 
o número do substantivo seguinte” (p. 565 de Moderna Gramática da Língua Portuguesa, 
1999). 
 
Ex.: Ele foi sempre muito dedicado à família, haja vista o quanto era dedicado aos filhos. 
Para Marcelo Rosenthal ”o termo serve para exemplificação. Caso o exemplificado 
esteja no singular, o verbo somente poderá estar no singular; caso o elemento 
exemplificado esteja no plural, o verbo tanto poderá vir no singular como no plural”. (p. 
437 de Gramática para concursos, 2007). 
 
Ex.: O repórter era mesmo competente, haja (hajam) vista seus últimos trabalhos. 
 
 
DICA: Como é um caso polêmico, prefira usar a estrutura com o verbo sempre no singular 
“haja vista”. Fazendo assim, você nunca estará errando. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 02 
(Padrão UECE, IMPARH, FCC, CESGRANRIO, FGV). 
 
01. A frase em que a concordância nominal está correta é: 
 
a) A vasta plantação e a casa grande caiados há pouco tempo eram o melhor sinal da 
prosperidade familiar. 
b) Eles, com ar entristecidos, dirigiram-se ao salão onde se encontravam as vítimas do 
acidente. 
c) Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas que ele cultivava na sua pacata e 
linda chácara do interior. 
d) Quando foi encontrado, ele apresentava feridos a perna e o braço direitos, mas 
estava totalmente lúcido. 
e) Esses livro e caderno não são meus, mas poderão ser importante para a pesquisa 
que estou fazendo. 
 
02. Todas as alternativas, abaixo, estão corretas quanto à concordância nominal, exceto: 
 
a) Conserve limpas as mãos e os pés. 
b) O jovem, ao completar dezenove anos, deve estar quite com o serviço militar. 
c) As edições extras dos jornais sempre trazem notícias interessantes.d) No café da manhã deste hotel, servem-se geleia e pão torradinhos. 
e) Deste lado da rua há menos casas, por isso precisamos ficar mais alerta. 
 
03. Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância nominal: 
 
 
 
a) Os torcedores traziam, em cada mão, bandeira e flâmula amarela. 
b) Um e outro aplicador indecisos desistiram do negócio. 
c) Tinha as mãos e o rosto coloridos de púrpura. 
d) Escolheste ótima ocasião e lugar para o churrasco. 
e) Ele estava com o braço e a cabeça quebradas. 
 
04. Quanto à redação das frases a seguir, assinale a que estiver errada: 
 
a) Ao voltar do passeio, encontrou o portão e a janela arrombados. 
b) Os cavalarianos desfilavam com porte e garbo altivos. 
c) O aluno destacava-se pelo raciocínio e objetividade aguçados. 
d) Não podemos concordar com tantas máquinas e artifícios bélicos. 
e) Belas poesias e discursos marcaram o encerramento do ano letivo. 
 
05. Assinale a alternativa errada no que diz respeito ao atendimento à norma culta: 
 
a) O escritor e o mestre alemães admiravam o belo quadro. 
b) Estudaram o idioma francês e o espanhol. 
c) O ministro e os deputados alagoanos votaram contra o projeto. 
d) As opiniões e argumentos expostos não agradaram à plateia. 
e) Considero fácil as questões e testes propostos na prova. 
 
06. Está perfeitamente correta a concordância nominal apenas na frase: 
 
a) Eles se moviam meios cautelosos. 
 
 
b) O relógio da igreja bateu meio-dia e meio. 
c) Seus argumentos eram sempre o mais pertinentes possíveis. 
d) Os resultados falam por si só. 
e) Chegada a sua hora e a sua vez, intimidou-se. 
 
07. “Fazia ............................... elogios, embora as saudações fossem agora 
........................ enfáticas para uns e talvez ............................... evasivas para outros”. 
A opção que completa corretamente as lacunas da frase acima é: 
 
a) bastante / menos / meio; 
b) bastantes / menas / meia; 
c) bastante /menos / meia; 
d) bastantes / menas / meio; 
e) bastantes / menos / meio. 
 
08. Assinale a alternativa que preencha corretamente os espaços em branco: 
"Ainda ............................ furiosa, mas com ..................................... violência, proferia 
injúrias ..................................... para escandalizar os mais arrojados." 
a) meia – menas – bastantes; 
b) meia – menos – bastantes; 
c) meio – menos – bastante; 
d) meio – menos – bastantes; 
e) meia – menas – bastantes. 
 
09. Assinale a alternativa em que há erro de concordância nominal: 
a) Com opinião e propostas claras desfez as dúvidas que pairavam sobre a questão. 
b) Tenho por mentirosos o réu e seu cúmplice. 
 
 
c) Por que os namorados preferem andar só, detestando as companhias? 
d) Sua atitude, seu olhar, seu gesto suspeito chamou a atenção da polícia. 
e) Não temos razões bastantes para impugnar sua candidatura. 
 
10. Assinale a alternativa em que a concordância nominal está de acordo com a norma 
culta. 
a) A moça mesmo me disse que andava meia aborrecida com a vida. 
b) O Presidente visitou as novas instalações da escola. Sua Excelência estava bem 
disposto e bem-humorado. 
c) A declaração de bens foi mandada anexo ao processo, pode verificar. 
d) Sabemos que é necessário a paciência da mãe para suportar manha de criança. 
e) Consegui comprar o que queria: um carro zero e um terreno próximos à praia. 
 
11. Assinale a alternativa cuja redação não está de acordo com a norma culta. 
a) Todos, parentes, amigos e vizinhos permaneceram juntos. 
b) Seguem inclusas as certidões solicitadas. 
c) As alunas foram ao teatro juntas com o professor de Educação Artística. 
d) Patrícia e Luís, esquecidos de si próprios, cuidavam da filha. 
e) Muito obrigados ficamos a você, por acompanhar-nos ao local do vestibular. 
12. Preencha as lacunas das frases abaixo. 
 
Vocês estão ............................. com a tesouraria. 
As janelas ................................... abertas deixavam entrar a leve brisa. 
Vai .......................... a presente a relação dos livros solicitados. 
As matas foram ................................. danificadas pelo fogo. 
É ...................... a entrada de animais. 
 
 
 
A alternativa contendo a sequência verdadeira, de cima para baixo, é: 
a) quite – meia – anexa – bastantes – proibida; 
b) quites – meia – anexa – bastantes – proibida; 
c) quite – meio – anexo – bastante – proibido; 
d) quites – meio – anexa – bastante – proibida; 
e) quites – meio – anexo – bastante – proibido. 
 
13. Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância. 
 
a) No calor, água é bom para refrescar. 
b) Deficiências de verbas não é o suficiente para desencorajar novas atividades 
técnico-científicas. 
c) Sambistas os mais brilhantes possível participaram dos desfiles. 
d) Houve atitudes o mais belas possível. 
e) Houve atitudes as mais belas possíveis. 
 
14. Assinale a alternativa em que a frase está gramaticalmente correta quanto à 
concordância nominal. 
a) Eles estão só. 
b) Não gostei dos seus ternos azul-celestes. 
c) Pimenta não é bom, mas no momento é prato propício. 
d) Vendeu duas meia entradas para o teatro. 
e) Só as meninas estão meias sonolentas. 
 
15. Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância nominal: 
a) Foram previstas grandes safras para o próximo ano. 
b) O juiz deu por terminada a audiência e foi para a outra sala. 
 
 
c) Todas as estatísticas que comprovam meus argumentos estão anexas a esta 
monografia. 
d) Não revele tais segredos. Ainda é necessário essa discrição. 
e) Entretidos com seus brinquedos, Guido e suas irmãs nem olharam para mim. 
 
16. Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado, segundo a norma gramatical, 
poderia igualmente aparecer flexionado em outro gênero. 
a) "... permite que uns meninos boêmios e esquisitos toquem música [...] nas suas 
missas." 
b) "... começa a [...] abrir novas portas e janelas." 
c) "... e também pelas minhas leituras e opiniões." 
d) "... nós apegávamos a tesouros e pompas terrenos." 
e) "Esse é o caso de muitos escritores e pensadores católicos..." 
 
17. Todas as alternativas estão corretas quanto à concordância nominal, exceto em: 
 
a) Todos os executivos da empresa optaram por champanha francês. 
b) Homens e mulheres sindicalizados reivindicavam segurança no trabalho. 
c) É proibido entrada de pessoas não identificadas naquele recinto. 
d) O garimpeiro comemorou a descoberta de quinhentas gramas de ouro. 
e) Durante o debate, a plenária permaneceu meio silenciosa. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 
D D E E E E E D C 
10 11 12 13 14 15 16 17 
 
 
B C D C C D D D 
 
 
TERMOS DA ORAÇÃO 
Para um concurseiro, entender os termos da oração é fundamental. Eles são decisivos 
para o entendimento das relações sintáticas e, muitas vezes, influenciam até na 
intepretação dos enunciados. 
 
As bancas gostam de pedir o seguinte em relação aos termos da oração: 
 
a) Reconhecimento de cada uma das estruturas. 
b) Entendimento do que ocorre na frase quando um termo é suprimido ou 
deslocado. 
c) Discernimento quando um termo é trocado por outro no texto. 
d) Crítica à norma culta quando certos procedimentos ferem o padrão gramatical. 
e) Diálogo dos termos com outros aspectos do padrão culto, a saber: pontuação, 
colocação pronominal, regência, concordância etc. 
 
Os termos da oração estão divididos em essenciais, integrantes e acessórios. 
 
01- Essenciais: 
- Sujeito. 
- Predicado. 
02-Termos integrantes: 
- Objeto direto.- Objeto indireto. 
- Complemento nominal. 
- Agente da passiva. 
03-Termos acessórios: 
- Adjunto adnominal. 
- Adjunto adverbial. 
- Aposto. 
- Vocativo. 
 
Termos essenciais 
 
Sujeito 
Palavra ou expressão que pratica, sofre ou pratica e sofre (ao mesmo tempo) a ação 
verbal. O sujeito pode também simplesmente receber uma qualidade, sem desenvolver 
ação verbal alguma. 
 
a) Simples. 
 
 
 
Quando possui apenas um núcleo (geralmente um substantivo). Esse núcleo traz a 
ideia principal do sujeito: 
Ex.: 
- O funcionamento dos dois hemisférios cerebrais é necessário tanto para as atividades 
artísticas como para as científicas. 
 
 
 
 
b) Composto. 
 
Quando possui mais de um núcleo: 
 
Ex.: 
- Os crimes de estelionato e o tráfico de drogas exigiram mais atenção das autoridades. 
 
 
c) Subentendido, Elíptico, Oculto ou Desinencial, Implícito. 
 
Neste caso, sabemos que ele existe, porém não está explícito na oração. A forma pela 
qual o reconhecemos é pela terminação verbal (desinência). 
 
Ex.: 
 
- Compramos novos computadores para a empresa. (NÓS) 
 
- Tens um cigarro aí? (TU) 
 
d) Indeterminado. 
 
Quando ele não está expresso e não podemos reconhecê-lo nem pela terminação do 
verbo e nem pela identificação dos elementos aos quais o predicado se refere. 
 
Há, portanto, duas regras específicas para reconhecermos os casos de ocorrência: 
 
1º) Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, sem que se notem antecedentes 
no texto: 
 
- Quebraram a mesa da sala. 
- Roubaram a santa da igreja. 
 
Obs.: Na sentença a seguir, note que o sujeito não é indeterminado, mas sim 
subentendido. 
 
- Muitos policiais aderiram à greve da última semana. Devem, provavelmente, exigir 
melhores condições de trabalho. 
 
 
 
2º) Quando o verbo (VTI, VI ou VL) está na terceira pessoa do singular acompanhado do 
pronome “se”, funcionando como índice de indeterminação do sujeito: 
 
- Pouco se discordou dos depoimentos prestados ontem. 
- Sempre se sofre muito no Brasil, pois a corrupção é implacável. 
- Assiste-se a um novo momento cultural no Brasil. 
- Era-se desconfiado naquela cidade. 
 
 
e) Sujeito inexistente ou oração sem sujeito. 
 
Ocorre quando simplesmente não existe um elemento ao qual o predicado se refere. 
Especificamente neste caso, há regras mais complexas que o determinam: 
 
i- Verbos que indicam fenômenos da natureza, como: nevar, chover, trovejar, 
relampejar (raramente acionados). 
 
- Está nevando muito na Suíça. 
- Trovejou bastante hoje. 
 
ii- Verbo “Haver” no sentido de “Existir”. 
 
- Havia muitos indícios de corrupção naquele dossiê. 
 
- Pode haver greves demoradas até o fim do mês. 
 
iii- Verbo “Fazer” indicando tempo decorrido (tempo retroativo): 
 
- Faz dois meses que os políticos corruptos foram presos. 
- Amanhã fará seis dias que o país adotou as novas medidas. 
 
 
f) Sujeito oracional (razoavelmente pedido pelas bancas de concursos). 
 
Quando o sujeito é formado por uma estrutura verbal. Trata-se de uma oração 
subordinada substantiva subjetiva ou de uma oração reduzida de infinitivo. 
 
- Deixou as cidades afetadas quem promoveu enorme baderna. 
- Arriscar tudo uma vez na vida parece ser normal. 
 
Dica: quando o sujeito é oracional, o verbo sempre fica na 3ª pessoa do singular. 
 
 
O PREDICADO 
 
(raramente acionado, em termos de classificação, pelas bancas em geral). 
 
 
Os predicados contêm necessariamente um verbo, mas seu núcleo pode ser um verbo, 
um nome, ou pode ser formado por um verbo e um nome. De acordo com o tipo de 
núcleo os predicados se classificam em: 
 
 
a) Predicado verbal é aquele que tem como núcleo um verbo. 
 
Ex.: 
- Os jogadores andam pelo gramado. 
- A polêmica trouxe irritação na escola. 
 
b) Predicado nominal é aquele que tem como núcleo um nome, uma forma nominal 
(substantivo, adjetivo, locução adjetiva). Tipo de predicado em que ocorre verbo de 
ligação e predicativo do sujeito. 
 
Ex.: 
- Ela anda feliz. 
- Estão falidos os discursos moralistas. 
- Ele está de ressaca. 
 
 
C) Predicado verbo-nominal é aquele que tem dois núcleos: um verbo e um nome. 
 
Ex.: 
 
- Os jogadores andam pelo gramado cansados. 
- A aluna deixou o auditório nervosa. 
- O professor fez a chamada distraído. 
 
 
02-Termos integrantes 
 
 
 
Objeto direto: complemento verbal (geralmente não preposicionado) que estabiliza a 
carência semântica do verbo. 
Ex.: 
 
- Estes livros trazem a cultura do velho mundo. 
 
- A chuva castiga a cidade de Petrópolis. 
 
- Os professores leram os jornais de Pernambuco. 
 
Objeto direto preposicionado. 
 
Esse objeto é pouco conhecido. Ele só é utilizado quando se deseja valorizar muito o 
objeto direto por algumas razões específicas, a saber: ambiguidade, ideologia ou 
extração de sentido. 
 
- O advogado o juiz viu. (ambiguidade) 
 
- Ao advogado o juiz viu. (o juiz viu o advogado) 
 
- O advogado ao juiz viu. (o advogado viu o juiz) 
 
- O cristão ama a Deus. (ideologia) 
 
- Ele comeu do bolo. (extração de sentido). 
 
 
 
Objeto indireto: complemento (sempre preposicionado) que estabiliza a carência 
semântica do verbo. 
Ex.: 
 
- O deputado, segundo jornais locais, discordou dos vereadores. 
 
- Discordou dos vereadores , segundo os jornais locais, o deputado. 
 
- Ele não crê em milagres. 
 
- O tema se refere a novos questionamentos. 
 
- A novos questionamentos o tema se refere. 
 
 
Complemento nominal 
 
 
 
Elemento (sempre preposicionado) que estabiliza os sentidos de um nome (substantivo, 
adjetivo ou advérbio). 
 
Ex.: 
- Este medicamento é compatível com aquela erva medicinal. 
 
- O combate à dengue começa na casa de cada brasileiro. 
 
- O pai tem orgulho da filha. 
 
Agente da passiva 
 
Termo que representa quem pratica a ação verbal na voz passiva. É sempre 
preposicionado. 
 
Ex.: 
- O livro foi descrito pelo crítico. 
(Na voz ativa: O crítico descreveu o livro) 
 
- Os assuntos vêm sendo discutidos pela população. 
(Na voz ativa: A população vem discutindo os assuntos) 
 
- Os brasileiros são cercados de “impostos vampiros”. 
(Na voz ativa: “Impostos vampiros” cercam os brasileiros) 
 
Termos acessórios 
Os termos acessórios da oração são aqueles considerados dispensáveis, porém necessários, 
em alguns contextos, para o entendimento daquilo que é enunciado. Além de serem 
termos de função secundária, os termos acessórios são responsáveis por caracterizar um 
ser, determinar os substantivos e exprimir alguma circunstância. Os termos acessórios são 
os seguintes: adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto. Apesar de o vocativo ser 
um termo independente, ele está presente neste artigo. 
 
Resumindo 
 
Termos acessórios da oração: 
 
- Adjunto adnominal. 
- Adjunto adverbial. 
- Aposto. 
- Vocativo (com ressalvas). 
 
ADJUNTO ADNOMINAL 
 
Termo acessório cujo objetivo é apoiar os substantivos, determinando-os, especificando-
os e/ou adjetivando-os. As classes de palavras que podem desempenhar a função de 
adjunto adnominal são adjetivos, locuções adjetivas, pronomes, numerais e artigos. Ele é 
 
 
uma expressão que acompanha um ou mais nomes, conferindo-lhe um atributo. Trata-se, 
portanto, de um termo de valor adjetivo que modificará o nome a que se refere. 
 
- Duas meninas vestiam estas calças e camisetas verdes. 
 
- O jogo de futebol foi suspenso até segunda ordem. 
 
- Aquele espetáculo coreográfico foi suspenso até segunda ordem. 
 
- Este menino comprou dois brinquedos. 
 
- O primeiro amor nunca se esquece. 
 
DIFERENÇA ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO ADNOMINAL 
 
O complemento nominal sempre é iniciado por preposição;o adjunto, às vezes. 
 
Quando o adjunto não é iniciado por preposição, é tranquilo, não existe a confusão 
complemento/adjunto. 
 
No entanto, quando é, surgem os casos em que o aluno tem dificuldade para distinguir 
esses dois termos. 
 
Para não ter essa dificuldade, o estudante tem de ficar atento às diferenças entre o 
complemento nominal e o adjunto adnominal. 
 
PRIMEIRA DIFERENÇA: o complemento nominal se liga a substantivos abstratos, a 
adjetivos e a advérbios; o adjunto se liga a substantivos, que podem ser abstratos ou 
concretos. 
 
SEGUNDA DIFERENÇA: o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a 
ação expressa pelo nome a que se liga; o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a 
ação expressa pelo substantivo modificado por ele. 
 
TERCEIRA DIFERENÇA: o complemento não expressa ideia de posse; o adjunto 
frequentemente indica posse. 
 
Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno". 
 
“De madeira” é complemento nominal ou adjunto? 
 
Lembra-se do que dissemos na “primeira diferença”? O complemento nominal se liga 
exclusivamente a substantivos abstratos. 
 
“De madeira” está modificando um substantivo concreto, “casas”. 
 
Logo, “de madeira” é adjunto adnominal. 
 
 
 
Outro exemplo: “Ele é igual ao pai”. 
 
Qual a função de “ao pai”? 
 
Ele está se referindo a “igual”, que é adjetivo. 
 
Como dissemos na “primeira diferença”, o complemento nominal se liga a adjetivos, o 
adjunto não. 
 
Portanto, “ao pai” é complemento nominal. 
 
Mais um exemplo: “Amor de mãe é eterno”. 
 
Qual a função do termo “de mãe”? 
 
Ele está modificando um substantivo abstrato, “amor”. 
 
Logo, pode ser complemento nominal ou adjunto. 
 
A “segunda diferença” vai nos ajudar: “de mãe” tem sentido ativo, a mãe sente o amor. 
 
Assim, “de mãe” é adjunto adnominal. 
 
Mais um: “O amor à mãe é sagrado”. 
 
O termo “mãe” agora tem sentido passivo. 
 
“Mãe” não está dando amor, mas sim recebendo. 
 
Conclusão: “à mãe” é complemento nominal. 
 
Um último exemplo: “A fuga do ladrão foi ousada”. 
 
Há neste caso ideia de posse: “do ladrão” é, portanto, adjunto adnominal. 
 
 
Outros exemplos de complemento nominal 
 
- Ele lutou pela defesa da pátria. 
 
-O estudo das células é fascinante. 
 
- A resolução de exercícios ocorrerá à noite. 
 
- O jovem é precavido contra os males. 
 
 
 
- Meu filho está apto para trabalhar. 
 
- Tudo ficou reduzido a cinzas. 
 
- Ele tem bom gosto pela arte contemporânea. 
 
- Eu estou contente com a sorte. 
 
ADJUNTO ADVERBIAL 
 
O adjunto adverbial é um termo acessório da oração que obrigatoriamente exprime valor 
circunstancial, podendo modificar um verbo, um adjetivo, ou um advérbio. Pode vir 
preposicionado ou não. 
Classificação de alguns dos adjuntos adverbiais: 
- LUGAR (aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto, em casa, no 
cinema). 
Ex.: Ele dormiu aqui ontem. 
- TEMPO (ontem, hoje, amanhã, cedo, tarde, ainda, agora). 
Ex.: Amanhã, sairemos cedo. 
- MODO (bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados em -
mente). 
Ex.: Ela deixou a sala de aula bem. 
- INTENSIDADE (muito, pouco, mais, menos, bastante, intensamente etc.). 
Ex.: Ele estudou muito. 
- DÚVIDA (talvez, acaso, provavelmente, quiçá etc.). 
Ex.: Talvez eu vá com você. 
- CAUSA 
Ex.: As pessoas não saíram de casa por conta do frio. 
- FINALIDADE 
Ex.: Estudava para a prova. 
 
 
- INSTRUMENTO 
Ex.: Feriu-se com a faca. 
- COMPANHIA 
Ex.: Saiu com os amigos. 
- AFIRMAÇÃO (Sim, certamente, realmente). 
Ex.: Certamente sairemos hoje. 
- NEGAÇÃO (não, nunca, jamais) 
Ex.: Nunca menospreze seus amigos. 
- DE INCLUSÃO: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. 
Ex.: Emocionalmente o indivíduo TAMBÉM amadurece durante a adolescência. 
- CONCESSÃO (se bem que, muito embora, apesar disso, a despeito de, malgrado etc.) 
Ex. Malgrado o tempo ruim, todos foram à praia. 
- CONFORMIDADE (conforme, segundo, consoante). 
Ex.: Conforme o jornal, gasolina sofrerá redução. 
 
APOSTO 
Serve para explicar, esclarecer, elucidar, discriminar ou mesmo enumerar um termo que 
venha antes ou depois. Nesta função, os sinais gráficos, na maioria das vezes, são 
decisivos. 
Aposto explicativo 
É aquele que explica um termo anterior ou posterior a ele. É marcado pelo uso de 
vírgulas, travessões, parênteses ou dois pontos. Exemplo: 
 Ele contou histórias sobre Hagar, o terrível homem de histórias horrendas. 
 Helena, a professora do 4º ano, estava triste. 
 A morte, angústia dos vivos, ocorre ao acaso. 
 A morte ― angústia dos vivos ― ocorre ao acaso. 
 A presidente do STF (Carmen Lúcia) vem sendo bastante questionado 
ultimamente. 
 
 
 
Aposto enumerativo 
É aquele utilizado para enumerar dados relacionados ao termo fundamental. 
Exemplo: 
 Aquele funcionário tinha muitos problemas: fumo, álcool e farras. 
 Tenho três amigos: José, Marcos e André. 
 A pesquisa analisou dois grupos ― crianças e adolescentes. 
Aposto especificativo 
É aquele que especifica o termo a que se refere. Não é acompanhado de vírgulas. 
Exemplo: 
 O professor João Lucas é muito criativo. 
 A empresa Gol é uma das mais criticadas. 
 O livro Cinquenta tons de cinza causou frisson entre as mulheres. 
 
Aposto oracional 
É o aposto que possui um verbo. 
Exemplo: 
 Desejo uma única coisa: que plantem novas árvores. 
 Ele me disse apenas esta verdade: que nossa sociedade acabou. 
 
Aposto Resumidor (Recapitulativo) 
É o aposto que resume toda a oração. 
Exemplo: 
 Trocar fraldas, amamentar, colocar para dormir, acordar à noite, tudo exige 
paciência. 
 Vento, chuva, neve, nada o impediu de cumprir sua missão. 
 
 
 
VOCATIVO 
É o nome do termo sintático que serve para nomear um interlocutor a que se dirige a 
palavra ( chama a atenção da frase). 
Exemplos 
 "Tenho certeza, amigos, de que isso vai acabar bem." 
 "José, venha cá." 
 "Vamos logo sair desta casa, João!" 
 "Camila, saia daí!" 
 "Olhe aqui, Isabel!" 
 "Deus, tenha piedade de nós!" 
 
 
AS FUNÇÕES SINTÁTICAS DO “QUE”. 
Inicialmente, é prudente avisar que as funções que vamos analisar são as dos pronomes 
relativos. 
O pronome relativo QUE 
 - Refere-se a um termo substantivo anterior a si. 
- O termo não estará, necessariamente, imediatamente antes do pronome relativo. 
- O pronome relativo QUE pode ser substituído por o qual, a qual, os quais e as quais. 
 
Quando o QUE é sujeito. 
a) Nós vimos os alunos que deixaram a sala mais cedo. 
Dica: 
- Use, mentalmente, um ponto final antes do QUE. 
(Nós vimos os alunos. Que deixaram a sala mais cedo) 
- Substitua o QUE pelo seu referente. 
(Nós vimos os alunos. Os alunos deixaram a sala mais cedo) 
- A função sintática que o termo “os alunos” desempenhar na segunda oração será a 
função sintática do pronome relativo QUE. 
- O “QUE” é, portanto, sujeito. 
 
 
Veja outros exemplos e aplique a mesma técnica de substituição. 
a) As notícias que deixaram a cidade preocupada eram confusas. 
______________________________________________________________________
_______ 
b) Ela mencionou o ocorrido que foi noticiado pelo jornal. 
______________________________________________________________________
_______ 
c) O principal aspecto das democracias, que influencia muitas decisões, é a liberdade 
de pensamento. 
______________________________________________________________________
_______ 
 
Quando o QUE é objeto direto. 
a) O professor indicou um livro que todos os alunos detestaram. 
______________________________________________________________________
_______b) O assunto que o jornalista muito criticou era o mais complexo. 
______________________________________________________________________
_______ 
c) A lista dos alunos que nós esquecemos na sala de reuniões está desaparecida. 
______________________________________________________________________
_______ 
 
Quando o QUE é objeto indireto. 
 
a) As informações de que o professor discordou tinham fundamento. 
______________________________________________________________________
_______ 
b) Nós mencionamos o caso a que os jornais se referiam. 
______________________________________________________________________
_______ 
c) As histórias em que meus amigos creem são hilárias. 
 
 
______________________________________________________________________
_______ 
 
Quando o QUE é complemento nominal. 
 
a) Os problemas, em que o mecânico era perito, eram raros de acontecer em um 
carro. 
______________________________________________________________________
_______ 
b) Essas manifestações, com que a imprensa se mostrou descontente, mudam o 
cenário político. 
______________________________________________________________________
_______ 
c) Eles ameaçaram os professores, de que o governador tinha medo. 
______________________________________________________________________
_______ 
 
Quando o QUE é predicativo do sujeito. 
 
a) Olhei aquele trator, que era a minha própria imagem. 
______________________________________________________________________
_______ 
b) Não se conhece o segredo que a vida é. 
______________________________________________________________________
_______ 
c) Esta é a fortaleza que meu amigo parece. 
______________________________________________________________________
_______ 
 
Quando o QUE é Agente da passiva 
 
a) Este é o jornal por que ele foi caluniado. 
 
 
______________________________________________________________________
_______ 
b) Lindos são os seus filhos, por que vocês são amados. 
______________________________________________________________________
_______ 
c) Esta é a senhora por que a professora foi criticada. 
______________________________________________________________________
_______ 
 
 
 
FUNÇÕES DA PALVRA “SE” 
 
CRITÉRIOS BÁSICOS DE DIFERENCIAÇÃO: 
 
► Será conjunção 
Quando o “SE” não estiver vinculado ao verbo. 
 
► Será pronome (mas receberá várias denominações) 
Quando o “SE” estiver vinculado ao verbo. 
 
 “SE” não vinculado ao verbo. 
 
a) Conjunção integrante: 
 
DICA: Sempre que você substituir a oração iniciada pelo SE por ISTO, e tal substituição 
fizer sentido, constata-se que o SE é conjunção integrante. 
 
 
 
- A imprensa não investigou se, de fato, as acusações eram verdadeiras. 
- Note se todos os alunos já chegaram. 
 
b) Conjunção condicional. 
 
DICA: O SE condicional fará parte de uma oração de valor hipotético, provável ou incerto. 
Esse mesmo SE terá o valor da conjunção CASO, e, por esta, muito provavelmente, poderá 
ser substituída. 
 
- A população poderia ser compreensiva com os políticos se eles tivessem mais 
compromisso com os seus programas eleitorais. 
 
- Se todos compreendessem o verdadeiro sentido da palavra respeito, a humanidade 
cresceria muito mais. 
 
 
c) Conjunção temporal. 
 
DICA: A oração em que esse SE se insere NÃO terá valor hipotético, provável ou incerto, 
mas sim de certeza, de convicção e/ou de fato. Será equivalente à conjunção QUANDO, 
e por esta poderá ser substituído. 
 
- Se as chuvas devastam cidades todos os anos, os governantes dizem a mesma coisa: que 
a tragédia não era esperada. 
- Ele fica muito chateado se todos riem de suas mancadas. 
 
d) Conjunção causal. 
 
 
 
DICA: Certamente, o SE menos comum de todos. A oração em que ele estiver envolvido 
relacionar-se-á com uma segunda de valor consecutivo. Permite troca por JÁ QUE, 
PORQUANTO, COMO etc. 
 
- Se o país vive tendo crises econômicas, os índices de desemprego só aumentam. 
- Se o Brasil ganhou mesmo o ouro olímpico no futebol feminino, todos os brasileiros 
ficaram emocionados. 
 
“SE” vinculado ao verbo. 
As várias denominações do pronome “SE”: 
- Parte 
- Palavra 
- Partícula 
- Índice 
- Indício 
 
a) Pronome reflexivo: 
 
1. “SE” será pronome reflexivo quando a ação verbal puder ser desempenhada, 
voluntariamente ou não, pelo sujeito contra si mesmo. 
2. Essas ações são, quase sempre, físicas (objetivas e/ou conscientes), mas podem ser 
também psicológicas (subjetivas e/ou inconscientes). 
3. O contexto, nessas horas, é fundamental. 
 
Exemplos: 
 
1- A moça maquiava-se diante do espelho. 
2- O cão mordia-se procurando uma pulga. 
3- O homem forte motiva-se sempre. 
4- Aquele país ainda se culpa pelo holocausto. 
 
b) Partícula apassivadora: 
 
 
 
1- É responsável pela transformação do objeto direto em sujeito paciente. 
2- Quando o verbo está no singular, costuma induzir o candidato a pensá-la como índice de 
indeterminação do sujeito. 
3- Está condicionada, sempre, a verbos transitivos diretos ou bitransitivos. 
 
Exemplos: 
 
- Escreveu-se uma nova legislação. 
- Dedicou-se uma vida ao trabalho. 
- Questiona-se a existência de vida em outros planetas. 
 
b) Índice de indeterminação do sujeito. 
 
1- Está ligada a verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação. 
VTI + SE + OBJETO INDIRETO. 
VI + SE + ADJ. ADV.* 
VL + SE + PRED. DO SUJEITO. 
* muito provavelmente. 
Exemplos: 
 
- Divergiu-se muito das opiniões do senador. 
- Sempre se acredita em milagres religiosos. 
- Saiu-se muito naquele fim de semana. 
- Parecia-se nervoso no dia da prova. 
- Era- se feliz naquele país. 
 
 
 
 
c) Partícula expletiva (ou de realce). 
 
1- Seu objetivo é criar um efeito poético à frase. 
2- Sua retirada não modifica a estrutura sintática do período. 
Ex.: 
- As flores murcharam-se todas. 
- O amor foi-se embora. 
- Os atletas partiram-se chorando. 
 
d) Parte integrante do verbo. 
 
1- Funciona como um componente do verbo. 
2- Sua retirada invalida ou modifica os sentidos do verbo. 
 
Ex.: 
- O homem arrependeu-se de suas palavras. 
- A jornalista se referiu aos casos de irregularidade. 
- O talentoso artista suicidou-se nesta manhã. 
 
1 - Classifique a partícula SE nos períodos abaixo: 
 
- Jamais se consertaram as bicicletas. 
(_____________________________) 
 
- Trabalha-se muito aqui. 
(______________________________.) 
 
- Os convidados foram-se embora ao amanhecer. 
(_________________________) 
 
 
 
- Se ela não vier, teremos muito trabalho. 
(_____________________________) 
 
- Não sei se ele voltará hoje para casa. 
(_____________________________.) 
 
2 - Relacione a primeira coluna com a segunda. 
(1) Conjunção Subordinativa 
(2) Pronome Reflexivo. 
(3) Pronome Apassivador 
(4) Índice de Indeterminação do Sujeito. 
(5) Partícula Expletiva ou de Realce 
 
( ) Solange considerou-se culpada. 
( ) Precisa-se de operários especializados. 
( ) Nunca se sabe se ele vai chegar cedo ou não. 
( ) A platéia riu-se das piadas do apresentador. 
( ) Ali ainda se viam grandes florestas. 
 
3 - No período "O irmão deixou-se envolver por más companhias ", o SE é classificado 
como: 
 
a) Conjunção Subordinativa 
b) Pronome Reflexivo. 
c) Pronome Apassivador 
d) Índice de Indeterminação do Sujeito. 
e) Partícula Expletiva ou de Realce 
 
4 - No período "Conseguiremos lugar, se chegarmos cedo ao teatro",o SE é classificado 
como: 
 
a) Conjunção Subordinativa. 
b) Pronome Reflexivo. 
c) Pronome Apassivador. 
d) Índice de Indeterminação do Sujeito. 
e) Partícula Expletiva ou de Realce. 
 
5 - No período "A mulher arrependeu-se do que fez", o SE é classificado como: 
 
a) Conjunção Subordinativa 
b) Pronome Reflexivo. 
c) Parte Integrante do verbo. 
d) Pronome Apassivador 
e) Partícula Expletiva ou de Realce 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTAS 
01- Pronome apassivador; índice de indeterminação do sujeito; partícula de realce; 
conjunção condicional; conjunção integrante. 
02- (2), (4), (1), (5), (3). 
03- B 
04- A 
05- C 
 
 
 
TEORIA DA PONTUAÇÃO 
 
 
1. VÍRGULA: REGRA BÁSICA 
 
S + V + C + Adj. Adv. 
 
Não se usa uma unidade de vírgula entre: 
 
 
a) O sujeito e o verbo. 
 
b) O verbo e o complemento. 
 
Exemplos errados: 
 
- A redução da emissão de partículas poluentes pelo escapamento dos carros, é uma das 
metas que devem ser atingidas pelos órgãos responsáveis pela organização do trânsito nas 
grandes cidades. 
 
- A antiga cidade do sul da Polinésia, recebeu bem os turistas. 
 
- Uns saem, lutam e vencem; já outros, ficam, acomodam-se e fracassam. 
 
- O Brasil ainda não definiu, seus novos rumos. 
 
 
Exemplos problemáticos 
 
 
 
- Seus novos rumos, o Brasil ainda não definiu. (VÍRGULA POLÊMICA!!!) 
 
 
É, entretanto, possível (em determinados contextos) usar uma unidade de vírgula entre: 
 
c) O complemento e o adjunto adverbial, ainda que este esteja em sua posição 
padrão. 
 
Exemplos possíveis: 
 
- O resultado saiu à tarde. 
 
- O resultado saiu, à tarde. (uso enfático) 
 
- Eu vou estudar só sem você. 
 
- Eu vou estudar só, sem você. (uso para mudar o sentido) 
 
 
 
REGRAS ESPECÍFICAS 
 
 
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa): 
 
a) para separar os elementos mencionados numa relação: 
 
- Aquela sala é grande, arejada, iluminada e bem decorada. 
Obs.: os elementos de uma lista sempre pertencem à mesma classe gramatical e têm a 
mesma função sintática. 
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois 
banheiros. 
A pontuação abaixo também está correta: 
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço, dois 
banheiros. 
A pontuação abaixo, contudo, está incorreta: não se usa “, e” para concluir listas. 
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço, e dois 
banheiros. 
 
 
 
 
b) para isolar o vocativo: 
 
- Pedro, o que aconteceu? 
- O que acontece, amiga, é que você não escuta ninguém. 
- Ajude-me, Deus! 
 
 
c) para isolar o aposto: 
 
- Sebastião Salgado, um fotógrafo brasileiro extraordinário, denunciou a miséria humana 
em seu trabalho. 
 
Variações quanto ao posicionamento do aposto explicativo. 
 
- Denunciou a miséria humana em seu trabalho Sebastião Salgado, um fotógrafo brasileiro 
extraordinário. 
 
- Um fotógrafo brasileiro extraordinário, Sebastião Salgado Denunciou a miséria humana 
em seu trabalho. 
 
Variações quanto à pontuação. 
 
- Alex Atala ― um dos maiores chefs do mundo ― é um brasileiro apaixonado por sua 
cultura. 
 
- Alex Atala (um dos maiores chefs do mundo) é um brasileiro apaixonado por sua cultura. 
 
- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala ― um dos maiores chefs do mundo. 
 
- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala (um dos maiores chefs do mundo). 
 
É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala: um dos maiores chefs do mundo. 
 
 
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, 
aliás, além disso etc.): 
 
- Reinvenção do presente, o futuro está no passado, ou seja, temos de perceber o que nos 
aconteceu há milhões de anos, o que aconteceu antes de nos ter acontecido alguma coisa, 
para nos libertarmos desse vazio a que chamamos futuro. 
 
- Pedro e Karina viajaram para a Europa, aliás, para a África. 
 
 
e) para isolar o adjunto adverbial antecipado: 
 
 
 
Lembrete: o que temos abaixo é uma mera especulação com base nos gabaritos das 
bancas CESPE e FCC, pois nenhum gramático ousa resolver tal imbróglio. 
REALIDADE A: 
1 2 
Adjuntos com até dois termos podem ser interpretados pelo CESPE ou pela FCC como 
de pequena extensão. Assim sendo, a banca vê as vírgulas ou a vírgula como 
facultativa(s). 
REALIDADE B: 
1 2 3 
Adjuntos com até três termos podem ser interpretados pelo CESPE ou pela FCC como de 
grande extensão. Assim sendo, as bancas podem interpretar as vírgulas ou a vírgula 
como obrigatória(s). 
"No ano de 2007, eu estava à frente da 28ª DP, investigava a atuação da milícia naquele 
local e recebi, via disque-denúncia, três informes sobre a possibilidade de um atentado que 
seria feito contra a minha pessoa", disse o investigador. 
- À tarde, todos assistiram ao jogo do Brasil. 
 
f) para isolar os adjuntos adverbiais: 
 
- A multidão foi, aos poucos, avançando para o palco principal. 
 
- Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente. 
 
 
g) para isolar, nas datas, o nome do lugar: 
 
- Fortaleza, 22 de maio de 2016. 
- Paris, 13 de dezembro de 2016. 
 
 
h) para isolar as orações coordenadas2: 
 
- O médico chegou cedo e começou logo o expediente. 
 
 
2 Aqui existe uma pequena polêmica. Para alguns gramáticos, a vírgula antes das conjunções coordenadas (principalmente a E) é 
obrigatória. Entretanto, gramáticos renomados, como Evanildo Bechara e Celso Cunha discordam dessa opinião. Para Bechara “A vírgula 
pode ser usada para separar orações coordenadas aditivas ainda que sejam iniciadas pela conjunção E, proferida com pausa” ( Moderna 
Gramática da Língua Portuguesa, p.609). Para Cunha, a vírgula antes do E só aparecerá se os sujeitos das duas orações forem diferentes. 
 
 
- Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança. 
 
- Na manhã de hoje, houve um novo deslizamento de terra, mas, segundo o coordenador 
da Defesa Civil de Santos, a queda do bloco não modificou a questão da segurança do local.3 
 
- Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente. 
 
(Obs.: Veja que a estrutura “,pois” poderia ser substituída por dois-pontos). 
 
- Cheguei bem cedo ao estádio; não vi, entretanto, a apresentação do hino nacional. 
 
(Obs.: Não se esqueça de que, nesse caso, as vírgulas que envolvem a conjunção 
“entretanto” são obrigatórias porque a conjunção está posposta ao verbo VER. Sempre que 
a conjunção estiver posposta ao verbo, uso obrigatório de duas vírgulas). 
 
CONJUNÇÕES X PONTUAÇÃO 
 
CONJUNÇÕES LEVES (VERSÃO I) 
 
____________________ , e _____________________ 
Ou _________________ , ou ___________________ 
____________________ , mas___________________ 
____________________, pois__________________ 
____________________, porque________________ 
____________________, que___________________ 
CONJUNÇÕES LEVES (VERSÃO II) 
 
____________________; e _____________________ 
Ou _________________; ou ___________________ 
____________________; mas___________________ 
____________________; pois_______________ 
____________________; porque________________ 
____________________; que___________________ 
 
 
Cuidado com a conjunção “e”: 
 
a) O homem chegou e fez logo o seu serviço. 
 
Para os gramáticos é proibida, pois os sujeitos das duas orações são iguais. Contudo, o 
CESPE já interpretou como facultativa. 
 
b) O tempo muda tudo, e as pessoas buscam, às vezes, o seu melhor. 
 
 
 
3 Para Bechara e Cunha é possível, antes de conjunções adversativas, usar também o PONTO-E-VÍRGULAquando há a 
intenção de realçar o contraste entre as duas orações. 
 
 
Para a maioria dos gramáticos é obrigatória, pois os sujeitos das orações são diferentes. 
Contudo, o CESPE já interpretou como facultativa. 
 
c) O amor colocou tudo em desordem no coração do homem, e estava feliz. 
 
Vírgula obrigatória, pois a conjunção “e” tem valor de “mas”. 
 
d) O Brasil venceu a Copa, e todos foram às ruas comemorar. 
 
Vírgula obrigatória, pois a conjunção “e” tem valor de “portanto”. 
 
e) A conjunção “e” nunca fica entre vírgulas: 
 
- O time jogou bem, e, depois de muitas tentativas, o atacante fez o gol. 
 
Obs.: quem está entre vírgulas é o adjunto adverbial “depois de muitas tentativas”. 
 
 
 
CONJUNÇÕES PESADAS (VERSÃO I) 
 
____________________, porém________________ 
____________________, contudo_______________ 
____________________, todavia _______________ 
____________________, entretanto_____________ 
____________________, no entanto_____________ 
____________________, em contrapartida_______ 
____________________, todavia________________ 
____________________, portanto_______________ 
____________________, logo__________________ 
____________________, assim_________________ 
 
CONJUNÇÕES PESADAS (VERSÃO II) 
 
(Essa versão somente será possível quando a conjunção estiver deslocada do verbo ou 
do sujeito). 
 
____________________, porém,________________ 
____________________, contudo,_______________ 
____________________, todavia, _______________ 
____________________, entretanto,____________ 
____________________, no entanto,____________ 
____________________, em contrapartida,______ 
____________________, todavia,_______________ 
____________________, portanto,______________ 
____________________, logo,_________________ 
____________________, assim,________________ 
 
 
 
 
CONJUNÇÕES PESADAS (VERSÃO III) 
 
____________________; porém________________ 
____________________; contudo_______________ 
____________________; todavia _______________ 
____________________; entretanto_____________ 
____________________; no entanto_____________ 
____________________; em contrapartida_______ 
____________________; todavia________________ 
____________________; portanto_______________ 
____________________; logo__________________ 
____________________; assim_________________ 
 
 
CONJUNÇÕES PESADAS (VERSÃO IV) 
 
____________________. Porém,________________ 
____________________. Contudo,______________ 
____________________. Todavia, ______________ 
____________________. Entretanto,____________ 
____________________. No entanto,____________ 
____________________. Em contrapartida,______ 
____________________. Todavia,_______________ 
____________________. Portanto,______________ 
____________________. Logo,_________________ 
____________________. Assim,________________ 
 
 
i) para indicar a elipse de um elemento da oração: 
 
Obs.: Elipse quer dizer apagamento. 
 
- Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal. 
 
- O europeu costuma beber vinho em suas refeições; o sul-americano, refrigerante. 
 
j) após a saudação em correspondência (social e comercial): 
 
- Atenciosamente, 
 
- Respeitosamente, 
 
 
k) para isolar as orações adjetivas explicativas: 
 
 
 
 
A)Explicativas: com vírgula(s), mas sem subentendidos. 
 
B) Restritivas: sem vírgula(s), mas com subentendidos. 
 
i- Sofre na vida o homem que não reconhece seus erros. 
 
(Apenas os homens que não reconhecem seus erros sofrem). 
 
ii- Sofre na vida o homem, que não reconhece seus erros. 
 
(Todos os homens sofrem na vida). 
 
 
- Dilma Russef, que é a ex-Presidente do Brasil, foi acusada de fraude fiscal. 
 
- Os médicos, que nem sempre tratam bem os pacientes, receberam um “não” do Conselho 
Regional de Medicina quanto ao aumento de salário. 
 
- Por ser fã de águas profundas e de grandes deslocamentos, esse gigantesco bicho, que 
pode chegar a 2 toneladas, dá muito trabalho para ser estudado. 
 
- Fortaleza, onde há muitos concurseiros, é referência quando se fala em aprovação. 
 
- O homem, cujo destino fatal é morte, mistifica a vida para suportá-la. 
 
l) para isolar orações intercaladas: 
 
- A maior invenção do mundo, exemplifica o escritor em entrevista ao jornal, é o papel 
higiênico. 
 
- Não lhe posso, respondi secamente, garantir nada. 
 
2. PONTO 
 
 Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um frase declarativa 
de um período simples ou composto. 
 Desejo-lhe uma feliz viagem. 
 
 A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior 
era conservado com primor. 
 
 O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = 
fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia. 
 
 O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto 
final. 
 
 
 
 
3. PONTO E VÍRGULA 
 
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, 
praticamente uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula. Geralmente, emprega-se 
o ponto-e-vírgula para: 
 
a) separar orações coordenadas cujo sentido anterior deve ser enfatizado: 
 
- A maioria dos alunos passou de ano; porém não houve a tradicional festa de formatura. 
 
 
b) num trecho longo, onde já existam vírgulas, para enunciar pausa mais forte. 
 
- “A introdução dos computadores pode acarretar duas consequências: uma, de natureza 
econômica, é a redução de custos; a outra, de implicações sociais, é a demissão de 
funcionários”. 
 
- Vamos formar três equipes: João, Paulo e Carlos pertencem ao grupo azul; Maria, Jorge 
e Rute, ao vermelho; e Otávio, Andréa e Lucas, ao branco. 
 
c) separar vários itens de uma enumeração: 
 
 Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
 I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
 II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o 
saber; 
 III - pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e 
privadas de ensino; 
 IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais. 
 
(Constituição da República Federativa do Brasil) 
 
 
4. DOIS-PONTOS 
 
 Os dois-pontos são empregados para: 
 
a) uma enumeração: 
 
- Comprou dois presentes: um livro e uma camiseta regata. 
 
 
 
Obs.: Veja que, se os dois-pontos fossem substituídos por vírgula, os sentidos originais 
seriam alterados, mas a correção gramatical seria preservada. 
 
b) uma citação: 
 
- Visto que ela nada declarasse, o marido indagou: 
― Afinal, o que houve? 
 
- Irritada, Dilma declarou: “Não há crise no Brasil”. 
 
 
c) um esclarecimento: 
 
- Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, 
mas para magoar Lucila. 
 
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas 
ou observações. 
 
- Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: 
ratificar/retificar, censo/senso, descriminar/discriminar etc. 
 
- Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada 
um por sua vez, isoladamente). 
 
NOTA 
A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de 
dois-pontos ou de vírgula: 
 Querida amiga: 
Prezados senhores, 
 
 
5. PONTO DE INTERROGAÇÃO 
 
 O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que 
esta não exija resposta: 
 
 O criado pediu licença para entrar: 
- O senhor não precisa de mim? 
- Não obrigado. A que horas janta-se? 
- Às cinco, se o senhor não der outra ordem. 
- Bem. 
- O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?- Não. 
 (José de Alencar) 
 
 
 
 
6. PONTO DE EXCLAMAÇÃO 
 
 O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com 
entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, 
indignação etc. 
 
 - Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito 
repousante, Jacinto! 
 - Então janta, homem! 
(Eça de Queiroz) 
 
NOTA 
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas: 
 Oh! 
 Valha-me Deus! 
 
 
7. RETICÊNCIAS 
 
As reticências são empregadas para: 
 
a) assinalar interrupção do pensamento: 
 
- Bem, eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o 
mundo saberá... 
 (Júlio Dinis) 
 
b) indicar passos que são suprimidos de um texto: 
 
Assim, só aparece aos nossos olhos uma verdade que seria riqueza, fecundidade, força doce 
e insidiosamente universal. E ignoramos, em contrapartida, a vontade de verdade, como 
prodigiosa maquinaria destinada a excluir todos aqueles [...]. 
(FOUCAULT: A ordem dos discursos). 
 
 
c) marcar aumento de emoção: 
 - As palavras únicas de Teresa, em resposta àquela carta, significativa da turvação do 
infeliz, foram estas: "Morrerei, Simão, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... 
Bem sabes que sorte eu queria dar-te... E morro, porque não posso, nem poderei jamais 
resgatar-te”. 
 (Camilo Castelo Branco) 
 
8. ASPAS 
 
As aspas são empregadas: 
 
 
 
a) antes e depois de citações textuais: 
 
- Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois 
é dela que os alunos necessitam para a comunicação quotidiana". 
 
 
b) para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias e expressões populares ou 
vulgares: 
 
- O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil 
está cada vez mais descarado. 
 
- Depois daquele encontro, ele saiu “queimado” da reunião. 
 
- Com a chegada da polícia, os três suspeitos "puxaram o carro" rapidamente. 
 
- Eu vou “ferrar” você!!! 
 
 
c) para realçar uma palavra ou expressão: 
 
- Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um "não" sonoro. 
- A partícula “se” tem muitas funções. 
 
 
9. TRAVESSÃO 
 
Emprega-se o travessão para: 
 
a) indicar a mudança de interlocutor no diálogo: 
 
 ― Que gente é aquela, seu Alberto? 
 ― São japoneses. 
 ― Japoneses? E... é gente como nós? 
 ― É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são amarelos. 
 ― Mas, então não são índios? 
 
 (Ferreira de Castro) 
 
 
 
b) colocar em relevo certas palavras ou expressões: 
 
Um novo livro ─ muito bem comentado pela crítica ─ foi lançado na livraria do centro. 
 
 
 
Um grupo de turistas estrangeiros ― todos muito ruidosos ― invadiu o saguão do hotel no 
qual estávamos hospedados. 
 
 
10. PARÊNTESES 
 
Os parênteses são empregados para: 
 
a) destacar num texto qualquer explicação ou comentário: 
 
- Além dos bombeiros e da Defesa Civil, trabalham no resgate equipes do Instituto 
Geológico (IG) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do governo de São Paulo, e a 
Polícia Civil do Guarujá (litoral de SP). 
 
 
b) isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos 
travessões: 
 
- Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros 
apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01 
 
 
01- (MANAUPREV FCC 2015) Atente para as frases abaixo sobre a pontuação do texto. 
 
I. No segmento 
 
“Uma revista de vanguarda reúne algumas dessas representações, desde uma tapeçaria 
persa do século IV, onde aparece a palmeira heráldica, até Chirico, o criador da árvore 
genealógica do sonho, e dá a tudo isso o título: Decadência da Árvore”. (3º parágrafo), 
 
a vírgula pode ser corretamente suprimida, uma vez que é seguida da conjunção aditiva 
"e". 
 
II. No segmento 
 
“Grave e solitário, o tronco vive num estado de impermeabilidade ao som, a que os 
humanos só atingem por alguns instantes e através da tragédia clássica. Não logramos 
comovê-lo, comunicar-lhe nossa intemperança. Então, incapazes de trazê-lo à nossa 
domesticidade, consideramo-lo um elemento da paisagem, e pintamo-lo”. (2º parágrafo), 
 
o ponto final pode ser corretamente substituído por ponto e vírgula, feita a alteração 
entre maiúscula e minúscula. 
 
III. No segmento 
 
 
 
“Já em Picasso a árvore se torna raríssima, e a aventura humana seduz mais o pintor do 
que o fundo natural em que ela se desenvolve”. (3º parágrafo), 
 
o acréscimo de uma vírgula imediatamente após "pintor" acarretaria a separação 
equivocada do verbo e seu complemento. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
(A) I e II. 
 
(B) III. 
 
(C) II. 
 
(D) II e III. 
 
(E) I. 
 
 
02- (TRE PIAUÍ CESPE 2016) A correção e a coerência do texto Elegibilidade dos 
analfabetos:...seriam mantidas caso 
 
 
A) a vírgula que sucede o nome “voto” fosse substituída por ponto, com a devida 
alteração de maiúscula e minúscula. 
 
“Durante o período colonial, os analfabetos tinham direito ao voto, ainda que mitigado e 
suprimido, por meio do processo chamado voto ‘cochichado’. Nesse caso, as intenções de 
voto de um analfabeto eram ouvidas por terceiros letrados”. 
 
B) se eliminasse a vírgula empregada logo após o vocábulo “Saraiva”. 
 
“Contudo, foi somente ao final do Império que esse direito foi totalmente retirado dos 
brasileiros analfabetos por meio do Decreto n.º 3.029/1881, a chamada Lei Saraiva, que 
instituiu um censo literário nos termos propostos por Rui Barbosa à época”. 
 
 
C) o ponto que sucede o nome “país” fosse substituído por vírgula, com a devida 
alteração de maiúscula e minúscula. 
 
“Por sua vez, a elegibilidade, que constitui o direito de ser votado, em nenhuma 
oportunidade foi reconhecida aos analfabetos na história breve de nosso país. Pelo 
contrário, pouco se discute e pouco se discutiu sobre tal direito, e, reiteradamente, o tema 
vem sendo esquecido no processo de consumação de uma cidadania plena, com acesso a 
todos os direitos de participação política”. 
 
 
 
 
D) se inserisse uma vírgula logo após o vocábulo “nacional”. 
 
“A discussão sobre a participação dos analfabetos na vida política nacional remonta aos 
tempos do Brasil colônia e se mantém durante a formação da sociedade brasileira e os 
processos de reconhecimento de direitos e de visibilidade social das diferentes parcelas 
sociais anteriormente excluídas do processo democrático”. 
 
E) se inserisse uma vírgula logo após o vocábulo “colônia”. 
 
“A discussão sobre a participação dos analfabetos na vida política nacional remonta aos 
tempos do Brasil colônia e se mantém durante a formação da sociedade brasileira e os 
processos de reconhecimento de direitos e de visibilidade social das diferentes parcelas 
sociais anteriormente excluídas do processo democrático”. 
 
 
 
03- (CETREDE 2015) Indique o período INCORRETO em relação ao uso da vírgula. 
 
a) A vida, meus amigos, é um mergulho na bruma. 
b) Um touro, um búfalo e um cavalo, devem ter feito esse estrago. 
c) O homem velho, aborrecido, afastou-se devagar. 
d) No chão, vários objetos quebrados. 
e) A casa, onde morava, era linda. 
 
 
04- (TRE PERNAMBUCO CESPE 2016) A correção gramatical e o sentido original do 
texto Aspectos polêmicos das novas regras... seriam mantidos caso fosse inserida 
vírgula imediatamente após 
 
 
A) “recebido”. 
 
“Antes da edição da Res.-TSEn.º 23.432/2014, a Res.-TSE n.º 21.841/2004 disciplinava os 
processos de 16 prestação de contas dos partidos políticos e a tomada de contas especial, 
sendo esta última um procedimento administrativo de controle, de caráter excepcional, 
instaurado contra os partidos políticos que, tendo recebido recursos oriundos do Fundo 
Partidário, não apresentassem suas contas ou não comprovassem a aplicação regular dos 
recursos após trânsito em julgado da decisão que julgasse as contas irregulares ou as 
considerasse não prestadas”. 
 
 
B) “decisão”. 
 
“...dos recursos após trânsito em julgado da decisão que julgasse as contas irregulares ou 
as considerasse não prestadas”. 
 
 
 
 
C) “recursos”. 
 
“Haja vista as disposições contidas na 25 Res.-TSE n.º 21.841/2004, no processo de 
prestação de contas partidárias, apreciava-se a regularidade da captação e dos gastos dos 
recursos sem a aferição de eventual responsabilidade do ordenador de despesas incumbido 
de controlar a gestão das finanças”. 
 
D) “também”. 
 
“A obrigatoriedade de prestação de contas anualmente é imposta aos partidos políticos e 
encontra-se disciplinada na Lei n.º 9.096/1995, também conhecida como Lei dos Partidos 
Políticos, que trata das finanças e da contabilidade dos partidos políticos”. 
 
 
E) “políticos”. 
 
“Antes da edição da Res.-TSE n.º 23.432/2014, a Res.-TSE n.º 21.841/2004 disciplinava os 
processos de prestação de contas dos partidos políticos e a tomada de contas especial, 
sendo esta última um procedimento administrativo de controle, de caráter excepcional, 
instaurado 
 
 
 
05- (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CESPE 2015 NÍVEL MÉDIO) 
 
“ ‘O preconceito linguístico é um equívoco, e tão nocivo quanto os outros. Segundo Marcos 
Bagno, especialista no assunto, dizer que o brasileiro não sabe português é um dos mitos 
que compõem o preconceito mais presente na cultura brasileira: o linguístico’. 
 
A redação acima poderia ter sido extraída do editorial de uma revista, mas é parte do texto 
O oxente e o ok, primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa 
Escrevendo o Futuro, realizada pelo Ministério da Educação em parceria com a Fundação 
Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária 
(CENPEC)”. 
 
( ) Os trechos “especialista no assunto”, “o linguístico” e “primeiro lugar na categoria 
opinião da 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro” exercem a mesma 
função sintática, a de aposto. 
 
 
06- (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CESPE 2015 NÍVEL SUPERIOR) 
 
 
“A tendência é que, à medida que esse mercado se desenvolva no Brasil, aumentem as 
oportunidades nos próximos anos. Em momentos de incerteza econômica, buscar soluções 
 
 
para aumentar a produtividade é uma escolha certeira para sobreviver e prosperar: nesse 
sentido, as empresas brasileiras estão fazendo o dever de casa”. 
 
 
( ) Preservam-se as relações sintáticas e a correção gramatical entre as orações ao 
substituir o sinal de dois-pontos por ponto e vírgula ou vírgula. 
 
 
 
07- (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CESPE 2015 NÍVEL SUPERIOR) 
 
“Se observarmos as nações desenvolvidas, verificaremos que elas se destacam em termos 
de produtividade total dos fatores, ou seja, são países que tornaram as economias mais 
eficientes e produtivas e contam não só com a eficácia das máquinas e dos equipamentos 
de seu parque industrial, mas também com o acesso a insumos mais sofisticados e 
adequados, com mão de obra bem educada e formada, infraestrutura adequada e custos 
justos de transação”. 
 
( ) Para a retomada de ideias na organização das orações do texto, admite-se, após 
“fatores”, a substituição da vírgula por ponto e vírgula. 
 
 
08- (TJ DF SERVIDOR CESPE 2015) 
 
“O ouro já é escasso. A energia elétrica caminha para isso. Enquanto cientistas e governos 
buscam novas fontes de energia sustentáveis, faça sua parte aqui no TJDFT” 
 
( ) A vírgula empregada logo depois de “sustentáveis” é obrigatória, e sua supressão 
prejudicaria a correção gramatical do texto. 
 
 
09- (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CESPE 2015 NÍVEL MÉDIO) 
 
Os juízes que se deparam com o tema dos conflitos familiares e da violência doméstica 
assistem a situações de violência extrema, marcadas pelo abuso das relações de afeto e 
parentesco, pela deslealdade nas relações íntimas de afeto e confiança. A violência 
doméstica exclui e segrega os integrantes da família, pois as vítimas são muitas vezes 
consideradas responsáveis pelas agressões que sofrem. É a mulher agredida quem “gosta 
de apanhar”, é a criança espancada quem “provoca” os pais. Obviamente os membros da 
família ficam apavorados diante da possibilidade da agressão e da exclusão e temem pela 
própria vida quando dependem da família para sobreviver emocional ou materialmente. 
Assim, todos são atingidos pela agressão a um deles dirigida. 
 
 
( ) No primeiro parágrafo, as aspas foram empregadas em trechos que reproduzem 
discursos de outras pessoas, e não da autora do texto. 
 
 
 
 
10- (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CESPE 2015 NÍVEL MÉDIO) 
 
“Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, o verão não é sinônimo apenas de 
praia, corpos à mostra e pele bronzeada”. 
 
( ) Seria mantida a correção gramatical do período caso o fragmento “Estação do ano 
mais aguardada pelos brasileiros” fosse deslocado e inserido, entre vírgulas, após 
“verão”, feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas. 
 
 
11- (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CESPE 2015 NÍVEL MÉDIO) 
 
“O calor extremo provocado por massas de ar quente ― fenômeno comum nessa época do 
ano, mas acentuado na última década pelas mudanças climáticas ― traz desconfortos e 
riscos à saúde. Não se trata somente de desidratação e insolação. Um estudo da Faculdade 
de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, 
mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções 
do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades”. 
 
 
( ) O emprego da vírgula após “momento” explica-se por isolar o adjunto adverbial, 
que está anteposto ao verbo, ou seja, deslocado de sua posição padrão. 
 
 
 
12- (SABESP FCC 2014 ANALISTA) 
 
Com respeito à pontuação, considere as seguintes afirmações. 
 
I- No segmento 
 
“A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar 
do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido 
forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas”, 
 
pode-se suprimir a vírgula colocada imediatamente após ágora sem prejuízo para o 
sentido e a correção. 
 
II. Na frase 
 
“Já a rua é caminho de ida sem volta; fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se”, 
 
o ponto e vírgula após “volta” pode ser substituído por dois-pontos, sem prejuízo para o 
sentido e a correção. 
 
III. Na frase 
 
 
 
“Continuam existindo elos fortes, os da intimidade, do amor, da grande amizade. Mas 
os elos que se abrem para o social mudaram de natureza”, 
 
a vírgula colocada imediatamente após fortes pode ser substituída por um travessão, sem 
prejuízo para o sentido e a correção. 
 
 Está correto o que se afirma APENAS em: 
 
(A) I e III. 
 
(B) III. 
 
(C) I e II. 
 
(D) II. 
 
(E) II e III. 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
C E B C C C C C C C 
11 12 
E E 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 03 
 
01. Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem ser usados nas 
lacunas da frase abaixo. Não cabendo qualquer sinal, O indicará essa inexistência: 
 
‘Aos poucos .... a necessidade de mão-de-obra foi aumentando .... tornando-se 
necessária a abertura dos portos .... para uma outra população de trabalhadores ..... 
os imigrantes’.a) O - ponto e vírgula - vírgula - vírgula 
b) O - O - dois pontos - vírgula 
c) vírgula, vírgula - O - dois pontos 
d) vírgula - ponto e vírgula - O - dois pontos 
e) vírgula - dois pontos - vírgula - vírgula 
 
 
 
 
02. (IBGE) Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem preencher as 
lacunas da frase abaixo. Não havendo sinal, O indicará essa inexistência. 
 
“Na época da colonização ..... os negros e os indígenas escravizados pelos brancos 
..... reagiram ..... indiscutivelmente ..... de forma diferente”. 
 
a) O - O - vírgula - vírgula 
b) O - dois pontos - O - vírgula 
c) O - dois pontos - vírgula - vírgula 
d) vírgula - vírgula - O - O 
e) vírgula - O - vírgula - vírgula 
 
03. Assinale a alternativa cuja frase está corretamente pontuada: 
 
a) O sol que é uma estrela, é o centro do nosso sistema planetário. 
b) Ele, modestamente se retirou. 
c) Você pretende cursar Medicina; ela, Odontologia. 
d) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja. 
e) Estas cidades se constituem, na maior parte de imigrantes alemães. 
 
04. No período a seguir: “Os textos são bons e entre outras coisas demonstram que há 
criatividade”. Cabem no máximo: 
 
a) 3 vírgulas 
b) 4 vírgulas 
c) 2 vírgulas 
d) 1 vírgula 
e) 5 vírgulas 
 
05. Assinale o texto de pontuação correta: 
 
a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma comadre, minha avó. 
b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: provocava risos, muxoxos, 
palavrões. 
c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam deles os outros, sem que 
este riso os impeça de conservar as suas roupas e o seu calçado. 
d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil muito leve, como 
os pedaços da carta de ABC, triturados soltos no ar. 
e) Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde notei, que me achava lá, 
numa sala pequena. 
 
Instruções para as questões de números 06 e 07: 
Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação, assinale a letra que 
corresponde ao período de pontuação correta: 
 
06. 
 
 
a) Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a reunião ficou mais animada. 
b) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou mais animada. 
c) Pouco depois, quando chegaram outras pessoas, a reunião ficou mais animada. 
d) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião, ficou mais animada. 
e) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou, mais animada. 
 
07. 
a) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone que eu venho. 
b) Precisando de mim procure-me, ou, melhor telefone que eu venho. 
c) Precisando, de mim, procure-me ou melhor, telefone, que eu venho. 
d) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho. 
e) Precisando, de mim, procure-me ou, melhor telefone que eu venho. 
 
 
08. Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação. Assinale a letra que 
corresponde ao período de pontuação correta: 
 
a) José dos Santos paulista, 23 anos vive no Rio. 
b) José dos Santos paulista 23 anos, vive no Rio. 
c) José dos Santos, paulista 23 anos, vive no Rio. 
d) José dos Santos, paulista 23 anos vive, no Rio. 
e) José dos Santos, paulista, 23 anos, vive no Rio. 
 
Gabarito 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 
C E C A C C D E 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 04 (Padrão CESPE) 
 
01- “Na Grécia antiga, a arrogância (Hybris) era o maior de todos os pecados, aquele que 
não tinha remissão. Os deuses não o perdoavam porque, para eles, escondia o mais 
nefasto dos desejos: o de se igualar aos próprios deuses”. 
 
► Por introduzir uma explicação, o sinal de dois-pontos ( após “desejos”) admite a 
substituição pelo sinal de vírgula seguido de uma oração subordinada iniciada por “que 
era”. 
02- “O grande fenômeno da primeira década do século XXI na economia mundial foi a 
ascensão da China como protagonista de primeira grandeza na produção e nas 
 
 
finanças, com consequências marcantes para o resto do mundo. Para o Brasil, a 
influência mais direta deu-se por meio das exportações de commodities, que 
cresceram a ponto de a China ter-se tornado, em 2009, o maior mercado para as 
empresas brasileiras”. 
 
► O emprego de vírgula logo após “commodities” (2º período) justifica-se por isolar oração 
explicativa subsequente. 
 
03- “A Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de 1922, foi motivada pelo 
Futurismo italiano. O Cinema Novo, a partir de 1954, inspirou-se no Neorrealismo da 
Itália e na Nouvelle Vague da França. Outras artes, incluindo pintura, escultura, 
coreografia, música erudita e popular, absorveram fórmulas imigrantes, mesmo que 
seus mestres buscassem identificações brasileiras”. 
 
► O emprego de vírgulas logo após “pintura”, “escultura” e “coreografia” (3º período) tem 
justificativas gramaticais diversas. 
 
04- “A Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de 1922, foi motivada pelo 
Futurismo italiano. O Cinema Novo, a partir de 1954, inspirou-se no Neorrealismo da 
Itália e na Nouvelle Vague da França”. 
 
► O emprego de vírgula logo após “Novo” justifica-se por isolar aposto explicativo. 
05- “Um governo, ou uma sociedade, nos tempos modernos, está vinculado a um 
pressuposto que se apresenta como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a 
própria ideia de democracia”. 
 
► Seriam preservadas as relações semânticas do texto, a coerência da argumentação e a 
correção gramatical, caso fossem retiradas a expressão “a saber” e a vírgula que a precede. 
 
06- “No projeto Segurança Pública para o Brasil, da Secretaria Nacional de Segurança 
Pública, aponta-se como principal causa do aumento da criminalidade o tráfico de 
drogas e de armas. A articulação entre esses dois ilícitos potencializa e diversifica as 
 
 
atividades criminosas. Homicídios dolosos, roubos, furtos, sequestros e latrocínios 
estão, frequentemente, associados ao consumo e venda de drogas e à utilização de 
armas ilegais”. 
► A supressão das vírgulas que isolam a expressão "da Secretaria Nacional de Segurança 
Pública" alteraria o sentido do texto, visto que estaria subentendida a existência de, pelo 
menos, mais um projeto denominado Segurança Pública para o Brasil. 
07- Hoje, escreve Calvino, a velocidade de Mercúrio precisaria ser complementada pela 
persistência flexível de Vulcano, um “deus que não vagueia no espaço, mas que se 
entoca no fundo das crateras, fechado em sua forja, onde fabrica interminavelmente 
objetos de perfeito lavor em todos os detalhes — joias e ornamentos para os deuses e 
deusas, armas, escudos, redes e armadilhas”. 
► A colocação de vírgula antes e depois do vocábulo "interminavelmente" não prejudicaria 
a correção gramatical do texto. 
08- “Uma parte do eleitorado deixará voluntariamente de opinar sobre a constituição do 
poder político. O desinteresse pela política e a descrença no voto são registrados como 
mera “escolha”, sequer como desobediência civil ou protesto. A consagração da 
alienação política como um direito legal interessa aos conservadores, reduz o peso da 
soberania popular e desconstitui o sufrágio como universal”. 
► Ao se trocar o ponto-final logo após "político" por vírgula e, logo após, inserir-se a 
conjunção embora, seria formado um período coerente. 
09- “A ocultação, pela indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados por seus 
produtos provavelmente custou tantas vidas quanto as destruídas por todos os 
assassinatos ocorridos nos Estados Unidos da América durante uma década inteira; e 
outros produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada ano, mais 
mortes do que essas”. 
► Não haveria prejuízo para o sentido original do texto nem para a correção gramaticalcaso a expressão "a cada ano" fosse deslocada, com as vírgulas que a isolam, para 
imediatamente depois de "e". 
10- “No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos inadequada, o país deve 
priorizar investimentos que expandam a produção e contribuam simultaneamente 
para o aumento de produtividade, como é o caso dos gastos com educação. É dessa 
forma que são criadas boas oportunidades de trabalho, geradoras de renda, de 
maneira sustentável”. 
 
 
► A ausência de vírgula logo após o termo "investimentos" permite concluir que, segundo 
o autor do texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados investimentos voltados para 
a expansão da produção e para o aumento da produtividade. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
C C E E C C C E C C 
 
 
ORAÇÕES COORDENADAS 
 
Conceitos básicos. 
 
FRASE: 
 
Todo enunciado linguístico dotado de sentido pode ser chamado de frase. 
 
- Sinto muito, meu bom amigo! 
- Tchau! 
- Não esqueço aquele dia. 
 
ORAÇÃO: 
 
Todo enunciado linguístico dotado de sentido e com presença de verbo ou locução verbal. 
 
- As verdades esquecidas mostraram que somos um país sem memória histórica. 
 
PERÍODO: 
 
É a frase constituída de uma ou mais orações. Um período é delimitado pelos seguintes 
sinais gráficos: ponto final, ponto de interrogação e ponto de exclamação. 
 
Exemplo: 
“Num mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, o ensino de ciências deve começar 
na pré-escola. Aprendendo desde cedo, as crianças incorporarão o pensamento científico à 
rotina de suas vidas e descobrirão belezas e mistérios inacessíveis aos que desconhecem os 
princípios segundo os quais a natureza se organizou”. 
 
 
 
 
Orações coordenadas 
 
Princípios: 
 
a) São estruturas independentes. 
b) Podem ser ligadas, ou não, por conjunção. 
c) São, portanto, sindéticas ou assindéticas. 
 
Demonstrando os princípios: 
a) A criança comeu todo o lanche. A criança estava faminta. (orações independentes) 
b) A criança comeu todo o lanche, pois estava faminta. 
(período composto sindético) 
c) A criança comeu todo o lanche: estava faminta. 
(período composto assindético) 
 
Períodos sindéticos versus períodos assindéticos 
Obs.: as conjunções funcionam como um GPS de sentidos: elas orientam como o leitor 
deve interpretar a frase. Daí sua importância. 
 
SINDÉTICOS: quando vêm introduzidos por conjunção. 
- A prefeitura negou a fraude e mostrou provas a seu favor. 
- Joana deu à luz um lindo bebê, portanto estava muito feliz. 
- Comemoramos muito o título, pois a conquista foi espetacular. 
 
ASSINDÉTICOS: quando não vêm introduzidos por conjunção. 
Obs.: nesse caso, como o leitor não tem o “GPS”, ele fica, por um momento, sem orientação, 
sem entender direito o texto. A frase não costuma ser agradável ao leitor, por isso desperta 
a suspeita de que esteja gramaticalmente errada. Contudo, não está. 
 
- A prefeitura negou a fraude, mostrou provas a seu favor. 
- Joana deu à luz um lindo bebê; estava muito feliz. 
- Comemoramos muito o título: a conquista foi espetacular. 
 
 
 
Obs.: costuma-se usar uma (01) vírgula nas assindéticas aditivas e alternativas, ponto e 
vírgula nas conclusivas e dois pontos nas explicativas. Isso, contudo, não é uma regra, é um 
costume seguido por muitos bons redatores. A vírgula e o ponto e vírgula podem isolar 
todas as coordenadas assindéticas. Por outro lado, é quase um consenso que só as 
explicativas podem ser isoladas por dois pontos. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
 
 
1. Aditivas 
 
► Expressam uma adição, uma sequência de informações: 
 
- Todos deixaram a sala de aula mais cedo e foram ao intervalo. 
 
- Dez brasileiros foram barrados no aeroporto alemão, e três, no francês. 
 
- Não falta um dia, não deixa de anotar nada, não esquece um trabalho nem se nega a 
ajudar os colegas. 
 
- Hoje, não cozinho nem lavo a louça. 
 
- O marido não só trabalha dez horas por dia, mas também ajuda nas tarefas domésticas. 
 
 
Principais conjunções aditivas: e; nem (= e não); (não só)... mas também; (não 
somente)...mas ainda; (não apenas)...senão também; (não somente)...como também; 
(não só)...bem como. 
 
2. Adversativas 
 
Expressam a valor de oposição, contraste, restrição ou mudança de assunto: 
 
- Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; PORÉM aquela semana foi de muita chuva. 
(oposição) 
 
 
Pontuações possíveis para um mesmo período: 
- Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; aquela semana, PORÉM, foi de muita chuva. 
(construção culta) 
 
- Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; aquela semana foi, PORÉM, de muita chuva. 
(construção culta) 
 
 
 
- Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; aquela semana foi de muita chuva, PORÉM. 
(construção cultíssima) 
 
 
- A seleção brasileira jogou muito mal, ENTRETANTO venceu o jogo. (contraste) 
 
- A vida é frágil e complexa, MAS é a única que temos. (restrição) 
 
- Seu jantar estava maravilhoso, TODAVIA não precisava ter duas sobremesas. (restrição) 
 
 Corrupção é o tema do dia, MAS vamos falar de futebol. (a conjunção “mas” indica 
mudança de assunto). 
 
Principais conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, 
entretanto, em contrapartida, não obstante, senão (= mas sim), ainda assim. 
 
 
CUIDADO!!!! 
 
Quando a conjunção MAS não pode substituir suas correspondentes 
 
- As iniciativas do novo governo não receberam críticas da imprensa escrita ou mesmo 
televisiva; a oposição, entretanto, disse que os jornalistas estão “pegando leve” com 
Temer. (USO CORRETO). 
 
 - As iniciativas do novo governo não receberam críticas da imprensa escrita ou mesmo 
televisiva; a oposição, mas, disse que os jornalistas estão “pegando leve” com Temer. (USO 
INCORRETO). 
 
 
3. Alternativas 
Expressam alternância de ideias ou revezamento de ações: 
 
- Venha logo ou perderá a sua vaga. 
 
- Ora bebiam, ora comiam. 
 
- Quer em casa, quer no trabalho ele sempre arranja confusão. 
 
- Talvez chegue cedo, talvez demore muito. 
 
 
Principais conjunções alternativas: ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, seja...seja..., 
talvez...talvez. 
 
 
 
 
4. Conclusivas 
Expressam ideia de conclusão, consequência (ou seja, dizem aquilo que não pode 
ser evitado): 
 
- O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês; merece, pois, toda a confiança da 
empresa. 
 
- Os cães passaram três dias sem comer, portanto estavam famintos. 
 
- Os preços dos carros caíram muito nos últimos anos, logo é normal o aumento dos 
engarrafamentos nas grandes cidades. 
 
- Os preços dos carros caíram muito nos últimos anos; é, logo, normal o aumento dos 
engarrafamentos nas grandes cidades. 
 
 
Principais conjunções conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao 
verbo), por isso, então, em vista disso, assim. 
 
 
5. Explicativas 
Indicam uma justificativa ou uma explicação ao fato expresso na primeira oração: 
 
- Ele foi à praia, pois estava muito estressado. 
 
- Vista-se logo, que seu pai já está chegando. 
 
- A jovem chegou muito tarde ao trabalho, porquanto seu carro quebrara no caminho. 
 
- Ela mudou a cor do cabelo, porque vivia uma nova fase de sua vida. 
 
 
Principais conjunções explicativas: porque, porquanto, que, pois (anteposto ao verbo). 
 
 
PORQUE, QUE, POIS, PORQUANTO 100% EXPLICATIVOS 
 
a) Terão o seu primeiro verbo no modo imperativo. 
Ou 
b) Não se notará relação de causa e efeito entre as orações. 
 
 
 
Quando o “GPS” está “desatualizado” 
 
 
 
Quando as conjunções são utilizadas de forma errada, as relações de sentido “entram em 
colapso”, e o texto não faz sentido. Veja:- Todos deixaram a sala de aula mais cedo, mas foram ao intervalo. 
 
- A seleção brasileira jogou muito mal, logo venceu o jogo. 
 
- Venha logo, porém perderá a sua vaga. 
 
- O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês, porque merece toda a confiança 
da empresa. 
 
- Ela mudou a cor do cabelo, portanto vivia uma nova fase de sua vida. 
 
 
 
PARTICULARIDADES 
 
► Com relação às orações coordenadas ainda se deve levar em conta que: 
 
1) As orações coordenadas sindéticas aditivas podem estar correlacionadas através das 
expressões: (não só)... mas também, (não somente)... mas ainda, (não só)... como também. 
Exemplo: 
 
- Não só se dedica aos esportes, como também à música. 
 
- Não só fez o gol do título, mas também se sagrou artilheiro do campeonato. 
 
2) A conjunção Que pode ter valor: 
 
a) Aditivo: 
 
- Ela varre QUE varre a sala, e não se cansa. (Varre e Varre.) 
 
- menino fala QUE fala!!! Não para um instante! (Fala e fala.) 
 
b) Adversativo: 
 
- Todos receberão os salários hoje, que não você. 
 
- Os funcionários da tesouraria, que não os diretores, estão dispensados despois das três 
da tarde. 
 
 
3) A conjunção E pode assumir valor adversativo ou conclusivo, também: 
 
 
 
- Um homem estranho me perseguiu até a entrada do trabalho, e não senti medo. 
 
- As passagens aéreas estão, no momento, muito abaixo do preço; e os aeroportos, 
abarrotados de gente, como nunca se viu. 
 
 
 
 
 
QUADRO DE MEMORIZAÇÃO 
 
 
As conjunções COORDENATIVAS são classificadas em: aditivas, adversativas, alternativas, 
conclusivas e explicativas, de acordo com o sentido das relações que estabelecem. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 
SENTIDO 
 
 
CONJUNÇÕES E 
LOCUÇÕES 
 
 
ADITIVAS 
 
 
 
Adição 
Soma 
Sequência de 
informações 
 
 
E 
NEM (= e não) 
(NÃO SÓ)... MAS 
TAMBÉM 
(NÃO SÓ)... COMO 
TAMBÉM 
(NÃO APENAS)...MAS 
AINDA 
(NÃO 
SOMENTE)...SENÃO TAMBÉM 
(NÃO SOMENTE)...BEM 
COMO 
QUE (= e) 
 
 
 
 
ADVERSATIVAS 
 
 
 
 
 
 
Oposição 
Contraste 
Restrição (ressalva) 
Mudança de assunto 
 
 
 
MAS 
PORÉM 
CONTUDO 
ENTRETANTO 
TODAVIA 
NO ENTANTO 
EM CONTRAPARTIDA 
SENÃO 
 
 
AINDA ASSIM 
EXCETO 
SALVO 
NÃO OBSTANTE 
 
 
 
 
 
 
ALTERNATIVAS 
 
 
 
 
 
Alternância de ideias 
Exclusão 
 
 
OU...OU 
ORA...ORA 
QUER...QUER 
SEJA...SEJA 
JÁ...JÁ 
NEM...NEM 
TALVEZ...TALVEZ 
 
 
 
 
 
CONCLUSIVAS 
 
 
 
 
 
Conclusão 
Consequência 
Ilação* 
 
 
LOGO 
PORTANTO 
POR CONSEGUINTE 
POR ISSO 
ASSIM 
ENTÃO 
POIS (posposto ao verbo) 
 
 
 
 
 
EXPLICATIVAS 
 
 
 
Explicação (a fato já 
expresso) 
Justificativa 
 
 
 
QUE 
PORQUE 
PORQUANTO 
POIS (anteposto ao 
verbo) 
 
 
 
 
 ILAÇÃO = ação de inferir, de concluir; inferência; conclusão, consequência, 
corolário, dedução, entrelinhas, indução, induzimento, inferência, resultado, 
solução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 01 
Texto I 
“Em um dado momento ou em outro, passa pela cabeça da maioria das pessoas a ambição 
de largar tudo e ir viver uma vida tranquila em outro lugar. Mudar de vida pode ser uma 
excelente solução para a tensão, dependendo evidentemente da vida que se leva. Qualquer 
decisão nesse sentido, porém, deve levar em conta um fato da natureza: ninguém pode 
evitar completamente situações estressantes. O estresse não é doença, e, sim, uma reação 
instintiva ao perigo real ou imaginário ou a uma situação de desafio. “Uma cascata 
bioquímica que prepara o corpo para lutar ou fugir”, na definição do manual de técnicas 
para aliviar o estresse, elaborado pela Escola de Medicina de Harvard, um centro de 
excelência nos Estados Unidos da América”. 
 
 
►Use “C” para correto e “E” para errado 
 
01- Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical ao substituir “porém” 
(depois de “nesse sentido”) por “mas”. 
 
02- A conjunção “ou” (início do texto) estabelece relação de alternância. Acrescenta-se 
que seria possível substituí-la pela conjunção “seja”. Tal mudança mantém a ideia de 
alternatividade e a correção do período. 
 
03- Por cumprir papel copulativo, a conjunção “e” (depois de “largar tudo”) permite 
substituição por “mas”. 
 
04- O valor adversativo da conjunção “e” (antes de “não é doença”) permite sua 
substituição por “mas”, sem que a argumentação do texto seja prejudicada. 
 
05- Por desempenhar papel explicativo, “que” (depois de “se leva”) poderia ser substituído 
por “, pois”, sem que os sentidos nem a correção gramatical fossem comprometidos. 
 
06- “Ou” em “prepara o corpo para lutar ou fugir” estabelece coordenação entre termos 
nominais, o que descarta a hipótese de se ter qualquer tipo de oração. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 
E E E C E E 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 02 
 
A questão mais importante para entender a reforma tributária é saber por que a estamos 
propondo. Não é um projeto que sai do nada, mas que herda muito das discussões 
realizadas sobre o tema desde o início da década passada no Brasil. Naturalmente este tem 
algumas diferenças em relação aos projetos anteriores. A principal é que prevê um prazo 
longo de transição, um modelo importante para viabilizar política e tecnicamente sua 
implantação. 
 
Bernard Appy. Mudanças favorecem o crescimento. In: Cadernos de Problemas 
Brasileiros, n.º 391, jan./fev./2009 (com adaptações). 
 
Considerando as relações sintático-semânticas do texto, use C para certo e E para errado. 
01- A conjunção “mas” (segundo período) poderia ser substituída por “em contrapartida”, 
sem que os sentidos e as estruturas sintáticas do período não fossem comprometidas. 
 
02- O pronome “este” (3º período) refere-se a “projeto” (2º período). 
 
03- A oração “que sai do nada” poderia ser inaugurada por uma vírgula sem que os 
sentidos e classificação sintática sejam comprometidos. 
 
04- Depois de “naturalmente” (3º período) uma vírgula poderia existir, sem que nenhum 
prejuízo fosse causado ao texto. 
 
05- Levando em conta que os sentidos originais serão alterados, uma maneira de conectar 
o penúltimo período ao último seria assim: no lugar de “A principal é” usar “, uma 
vez”. 
 
06- A inserção de uma conjunção coordenativa “e” no lugar da vírgula presente no último 
período não alteraria as relações de sentido do texto. 
 
07- O trecho “um modelo importante para viabilizar política e tecnicamente sua 
implantação” (último período) funciona como aposto enumerativo da expressão “um 
prazo longo de transição”. 
 
 
01 02 03 04 05 06 07 
E C E C C E E 
 
 
EXERCÍCIO 03 
 
01- MPU Analista (2010) 
 
 
“Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a 
competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou 
seja, é o fermento do crescimento econômico e social de um país. Para isso, é preciso 
criatividade, capacidade de inventar e coragem para sair dos esquemas tradicionais. 
Inovador é o indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em situações com as 
quais ele se defronta. É preciso uma atitude de abertura para as coisas novas, pois a 
novidade é catastrófica para os mais céticos. Pode-se dizer que o caminho da inovação é 
um percurso de difícil travessia para a maioria das instituições. Inovar significa transformar 
os pontos frágeis de um empreendimento em uma realidade duradoura e lucrativa”. 
 
( ) O período sintático iniciado por “Inovar significa” estabelece, com o período anterior, 
relação semântica que admite ser explicitada pela expressão Por conseguinte, escrevendo-
se: Por conseguinte, inovar significa(...). 
 
02- MPU Analista (2010) 
“Nós, seres humanos, somos seres sociais: vivemos nosso cotidiano em contínua 
imbricação com o ser de outros. Isso, em geral, admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo, 
seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de 
experiências individuais intransferíveis”. 
( ) O sinal de dois-pontos (depois de “somos indivíduos”) tem a função de introduzir uma 
explicação para as orações anteriores; por isso, em seu lugar, poderia ser escrito “porque”, 
sem prejuízo para a correção gramatical do texto ou para sua coerência. 
 
03- PREVIC Superior (2011) 
“Nas últimas décadas, os fundos de pensão assumiram papel de fundamental importância 
nas principais economias do mundo. Governos empenhados em reformar seus sistemas de 
previdência têm incentivado a expansão dos regimes privados, seja como um complemento 
para o regime público, seja como uma alternativa para substituí-lo. Em nenhuma outra 
parte do mundo, esta última alternativa foi tão vigorosa como na América Latina. Os fundos 
de pensão estão crescendo rapidamente e se colocam no centro do debate sobre o 
desenvolvimento econômico e social dos países da região”. 
( ) Se a conjunção “e” fosse substituída pela conjunção “mas”, antecedida de vírgula, 
seria mantida a correção gramatical do período, mas a relação entre as ideias expressas 
seria alterada. 
 
 
 
 
04- SERPRO Analista (2012) 
 
“Era uma vez uma rotina em que criança bem-criada e educada era aquela que tinha 
horário para tudo e não misturava as coisas: brincar era brincar, estudar era estudar. 
Pobres dos pais que ainda alimentam alguma ilusão de ritmo sequencial”. 
( ) O sinal de dois-pontos depois de “coisas” tem a função de introduzir uma explicação, 
ou justificativa, para a ideia expressa nas orações anteriores. Essa função deixaria de ser 
marcada pela pontuação caso esse sinal fosse substituído pelo ponto — com o 
correspondente ajuste na letra inicial de “brincar” —, mas a coerência e a correção 
gramatical do texto seriam preservadas. 
05- SERPRO Analista (2012) 
 
“Pobres dos pais que ainda alimentam alguma ilusão de ritmo sequencial. Cercadas de 
aparelhos eletrônicos que dominam desde cedo, as crianças da era dos estímulos 
constantes e simultâneos são capazes de executar três, quatro, cinco atividades ao mesmo 
tempo — e prestar pelo menos alguma atenção a todas elas. São crianças multitarefa e 
encaram isso com total naturalidade”. 
( ) A organização dos argumentos mostra que o conectivo “e” em “e encaram” tem o 
valor de mas e por essa conjunção poderia ser substituído, sem prejuízo da coerência ou 
da correção do texto. 
 
06- PREFEITURA DE BOA VISTA Analista (2010). 
“Assim, o drama da desigualdade não constitui apenas um problema de distribuição mais 
justa da renda e da riqueza: envolve a inclusão produtiva digna da maioria da população 
desempregada, subempregada, ou encurralada nos diversos tipos de atividades informais. 
Um PIB que cresce mas não inclui as populações não é sustentável”. 
( ) No desenvolvimento da argumentação, apesar de enfraquecer a ideia de oposição, 
a substituição de “mas” por “e” mantém a coerência e a correção do texto. 
 
 
07- MPU Analista (2013) 
“No Panamá, por exemplo, o número é de 15,3 promotores para cada cem mil habitantes; 
na Guatemala, de 6,9; no Paraguai, de 5,9; na Bolívia, de 4,5. Em situação semelhante ou 
ainda mais crítica do que o Brasil, estão, por exemplo, o Peru, com 3,0; a Argentina, com 
2,9; e, por fim, o Equador, com a mais baixa relação: 2,4. É correto dizer que há nações 
proporcionalmente com menos promotores que o Brasil. No entanto, as atribuições do 
 
 
Ministério Público brasileiro são muito mais extensas do que as dos Ministérios Públicos 
desses países”. 
( ) Seriam mantidas a coerência e a correção gramatical do texto se, feitos os devidos 
ajustes nas iniciais maiúsculas e minúsculas, o período “É correto (...) o Brasil” fosse iniciado 
com um vocábulo de valor conclusivo, como logo, por conseguinte, assim ou porquanto, 
seguido de vírgula. 
 
01 02 03 04 05 06 07 
E C C C E C E 
 
 
 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 
São estruturas dependentes e funcionam como adjetivos. Obviamente, referem-se a 
substantivos. 
A origem dessas orações: 
 
1- O time vitorioso. 
2- O time das vitórias. 
3- O time que vence os campeonatos. 
4- O time que vence os campeonatos deixa sua torcida feliz. 
 
Classificação das orações adjetivas 
Adjetiva Restritiva Adjetiva Restritiva 
Não há sinal ou sinais gráficos em sua 
estrutura. 
Sua interpretação permite que o leitor 
“enxergue” dois grupos no contexto: um 
explícito e outro implícito. 
Adjetiva Explicativa Adjetiva Explicativa 
 
 
É marcada por vírgula(s), travessão (ões) 
ou parênteses. 
Sua interpretação só permite que o leitor 
“enxergue” um único grupo ou 
particularize um único ser no contexto. 
 
Exemplos: 
- O aluno que se dedica aos estudos passa. 
(Há dois grupos de aluno: o dos que se dedicam e passam [informação explícita]; o dos 
que não se dedicam; logo não passam [informação implícita]). 
- O jornal denunciou os políticos corruptos que são filiados ao PSL. 
(Há dois grupos de políticos corruptos: o dos que são filiados ao PSL [informação 
explícita]; o dos que são filados a outros partidos [informação implícita]). 
- O jornal denunciou os políticos corruptos, que são filiados ao PSL. 
(Só há um grupo de políticos corruptos: o dos petistas. O texto dá ao leitor a certeza de 
que somente os políticos do PSL são corruptos, ou seja, há uma generalização). 
- O aluno, que é uma peça importante da escola, deve estar disposto a aprender. 
(Só há um grupo de aluno: todos. A oração dá ao leitor uma visão generalista, pois todos 
os alunos são uma peça importante da escola). 
- Jair Bolsonaro ─ que é o atual presidente ─ é visto, por muitos, como um lunático. 
(Só há um ser particularizado nesse texto, pois só existe, no mundo, uma cidadão 
chamado Jair Bolsonaro). 
 
DETALHE!!! 
As orações adjetivas se parecem muito com um aposto, mas não o são. Na verdade, as 
orações adjetivas (quer explicativas, quer restritivas) são, sintaticamente, adjuntos 
adnominais oracionais. 
 
 
PRONOMES RELATIVOS 
 
 Pronome Referência 
 
 
QUE (a qual....) A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele. 
QUEM A um termo (substantivo comum ou próprio), na condição de Ser 
Humano, anterior a ele. 
ONDE A um termo (substantivo comum ou próprio) que indique lugar, 
também anterior a ele. 
CUJ- A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele. 
 
Dossiê sobre o CUJ- 
1- Está ligado ao termo de trás, mas concorda com o termo da frente. 
2- O termo de concordância da frente será, sempre, um substantivo. 
3- Não permite artigos depois dele. 
4- Como estabelece relação de posse, será, sintaticamente, adjunto adnominal. 
 
- O homem cujo filho é trabalhador vive satisfeito. 
- A cidade por cujas ruas eu caminhei tem belas praias. 
 
 
 
EXERCÍCIOS 01 (Padrão CESPE/UnB) 
 
A disputa pelo controle de pontos de venda de drogas em favelas na Ilha do Governador — 
que provocou a morte de 12 traficantes há 11 dias — impôs nova noite de terror no bairro 
carioca. O tiroteio entre bandos rivais, em três diferentes localidades, matou uma mulher 
que saía de uma padaria e feriu três pessoas, entre elas uma menina de seis anos. A guerra 
entre integrantes de uma mesma facção criminosa fez que moradores do bairro se 
mantivessem no chão de suas casas,atrás de móveis, enquanto durou a fuzilaria. Balas 
atravessaram a lataria de carros estacionados próximos às entradas das favelas. 
 
Jornal do Brasil, “Capa”, 11/11/2003 (com adaptações). 
 
 
 
01- O primeiro QUE destacado no texto poderia ser substituído por O QUAL, pois ele se 
relaciona diretamente com a palavra que a antecede, ou seja, Governador. 
02- A função sintática da mesma palavra analisada na questão anterior é sujeito. 
03- O conjunto “a morte de 12 traficantes há 11 dias” funciona como objeto direto do 
verbo da oração subordinada adverbial. 
04- O segundo QUE destacado no texto é um pronome relativo e pode ser substituído por 
CUJA sem que haja nenhum dano à frase. 
05- Já na frase “A violência urbana, cuja a vítima maior é sempre o cidadão, deve ser alvo 
de projetos mais ousados por parte do Governo”, o pronome relativo CUJA está, 
sintaticamente, bem estruturado dentro do período e deve ser classificado como 
Adjunto Adnominal. 
 
01 02 03 04 05 
E C E E E 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS FINAIS 
 
 
01- Na seguinte oração “Os viajantes, que possuem passaporte, podem viajar”. 
► Em relação à frase, o único comentário falso é que: 
 
a) Somente os viajantes que possuírem passaporte poderão viajar. 
b) Os viajantes poderão viajar porque possuem passaporte. 
c) QUE é pronome relativo como classe gramatical e sujeito como função sintática. 
d) A segunda oração é QUE POSSUEM PASSAPORTE. 
e) A oração subordinada é adjetiva explicativa. 
 
02- Assinale o período em que há uma oração adjetiva restritiva. 
 
 
 
a) A casa onde estou é ótima. 
b) Brasília, que é a capital do Brasil, é linda. 
c) Penso que você é de bom coração. 
d) Vê-se que você é de bom coração. 
e) Nada obsta a que você se empregue. 
 
03- Assinale a opção em que apresenta um período com oração subordinada adjetiva. 
 
a) Ele falou que compraria a casa. 
b) Não fale alto que ele pode ouvir. 
c) Vamos embora que o dia está amanhecendo. 
d) Em time que ganha não se mexe. 
e) Parece que a prova não está difícil. 
 
 
01 02 03 
A A D 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
 
A origem dessas orações 
 
Essas orações recebem esse nome porque exercem função própria dos substantivos. Os 
substantivos desempenham, majoritariamente, as funções sintáticas. Daí essas orações 
representam as seguintes funções: objeto direto, objeto indireto, sujeito, predicativo, 
complemento nominal e aposto. 
 
São introduzidas por conectivos específicos: 
 
- que, se, quem, quanto e como. 
 
Obs.: dos cinco conectivos, somente “que” e “se” podem ser chamados de conjunção 
integrante. 
 
Dicas importantes: 
 
a) Somente uma dessas seis orações será antecipada por sinal gráfico (: ─ ,), a saber: a 
APOSITIVA. 
b) Somente duas dessas seis orações serão antecipadas por preposição (a, de, em 
para, com, por), a saber: a COMPLETIVA NOMINAL e a OBJETIVA INDIRETA. 
 
 
 
 
 
A estrutura: 
 
Oração principal Conectivo – Oração Subordinada Substantiva 
Conectivo – Oração Subordinada 
Substantiva 
Oração principal 
 
 
A origem dessas oração: 
 
 
1- A polícia impediu a confusão. 
 
Desenvolvendo: 
 
2- A polícia impediu .............................................. 
 
3- ............................................impediu a confusão. 
 
 
Ou seja: 
 
- A polícia impediu que a confusão começasse. 
 
- Quem representava a lei impediu a confusão. 
 
 
Dica: substitua a oração subordinada iniciada por QUE, SE, COMO ou QUANTO por ISTO e 
as iniciadas por QUEM, por ELE(A). 
 
- A polícia impediu ISTO. 
 
- ELA impediu a confusão. 
 
 
 
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta 
 
A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta funciona como objeto indireto da 
Oração Principal. 
 
- A polícia discorda de que os bandidos ainda estejam escondidos na mata. 
 
- Os motoristas não obedecem a quem organiza as leis. 
 
- Os gerentes acreditam, desde ontem, em que o assalto ocorreu pela madrugada. 
 
 
 
 
Obs.: alguns gramáticos consideram correto suprimir a preposição antes dos conectivos 
nas orações objetivas indiretas e completivas nominais. Outros, contudo, não aceitam tal 
mudança. Polêmica à vista!!!! 
 
 
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal 
 
A Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal funciona como complemento 
nominal da Oração Principal. 
 
- O ministro tem a convicção de que os fatos serão esclarecidos. 
 
- Os números não são favoráveis a quem fez a declaração. 
 
- O jovem diretor mostrou confiança, depois de muito esperar, em que seus filmes fossem 
de fato bons. 
 
 
Oração Subordinada Substantiva Apositiva 
 
A Oração Subordinada Substantiva Apositiva funciona como aposto da Oração Principal. 
 
- Só queremos uma coisa: que você procure um outro lugar. 
 
- O propósito era este ─ que todos os brasileiros fossem comunicados antes. 
 
 
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta 
 
A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta funciona como objeto direto da Oração 
Principal. 
 
- As professoras decidiram que a aula será adiada. 
- O médico não notou se tudo aquilo tudo era mesmo verdade. 
- O professor percebeu como tudo aconteceu. 
 
Obs.: quando o verbo da oração principal for o “fazer” (VTD), é facultativo o uso da 
preposição “com” por razões de eufonia. Veja: 
 
- Os problemas no governo fizeram (com) que os executivos corruptos fossem denunciados. 
 
 
 
 
 
Oração Subordinada Substantiva Predicativa 
 
A Oração Subordinada Substantiva Predicativa funciona como predicativo da Oração 
Principal. 
 
- O certo é que todos deixarão o país depois da crise. 
 
- O importante é como a cidade receberá todas as mudanças. 
 
- Que tudo um dia irá mudar é a nossa certeza. 
 
 
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
 
A Oração Subordinada Substantiva Subjetiva funciona como sujeito da Oração Principal. 
 
- É normal que a crise também chegue a outros países. 
 
- Trouxe os livros quem recebeu o aviso. 
 
 
01- (FCC MANAUPREV 2015) No segmento “...hoje pedimos ao amador que procure 
tirar 
dela um prazer diferente...”, a oração sublinhada complementa o sentido de um 
 
 
(A) substantivo, e pode ser substituída por um verbo. 
 
(B) verbo, e pode ser substituída por outro verbo. 
 
(C) substantivo, e pode ser substituída por um adjetivo. 
 
(D) verbo, e pode ser substituída por um substantivo. 
 
(E) verbo, e pode ser substituída por um adjetivo. 
 
02- Exercício de reconhecimento 
Classifique as orações subordinadas abaixo. 
a) É importante que você perceba as regras mais específicas. 
________________________________________ 
b) Não sei se o resultado sairá. 
________________________________________ 
 
 
c) A necessidade de que todos me apoiassem foi fundamental. 
________________________________________ 
d) Só desejo uma coisa: que vivam felizes. 
________________________________________ 
e) Quero saber como você chegou aqui. 
________________________________________ 
f) Faço apenas um pedido ─ que você nunca abandone os seus princípios ─ , e todos os 
seus amigos ficarão mais tranquilos. 
________________________________________ 
g) Mariana lembrou-se de que Manoel chegará mais tarde. 
________________________________________ 
h) É necessário que se estabeleçam regras nesta empresa. 
________________________________________ 
i) Paulo José observa que o anti-heroísmo é uma característica forte dos personagens 
da cultura latino-americana. 
________________________________________ 
j) É difícil que ele venha. 
________________________________________ 
k) A nova máquina necessitava de que os funcionários supervisionassemmais o 
trabalho. 
________________________________________ 
l) Há neste empresa uma norma, que todos os funcionários sejam respeitados. 
________________________________________ 
m) Constata-se que valores diversos predominam em sociedades distintas. 
________________________________________ 
n) Tenho a convicção de que ainda há esperanças. 
 
 
________________________________________ 
 
 
GABARITO 
 
a) Oração Subordinada Subjetiva. 
b) Oração Subordinada Objetiva Direta. 
c) Oração Subordinada Completiva Nominal. 
d) Oração Subordinada Apositiva. 
e) Oração Subordinada Objetiva Direta. 
f) Oração Subordinada Apositiva. 
g) Oração Subordinada Objetiva Indireta. 
h) Oração Subordinada Subjetiva 
i) Oração Subordinada Objetiva Direta. 
j) Oração Subordinada Subjetiva. 
k) Oração Subordinada Objetiva Indireta. 
l) Oração Subordinada Apositiva. 
m) Oração Subordinada Subjetiva. 
n) Oração Subordinada Completiva Nominal. 
 
 
EXERCÍCIOS FINAIS 
 
01- Na oração: “Veja se a vendedora está na esquina”. 
Qual das opções abaixo não analisa corretamente esse período. 
a) Período composto por subordinação. 
b) Conjunção integrante iniciando segunda oração. 
c) Verbo da 1ª oração: transitivo direto. 
d) Verbo da 2ª oração: de ligação. 
e) Frase em discurso direto. 
 
02- Em “Convém que a leitora do Jornal do Brasil e outros desinformados saibam que o 
eucalipto é uma árvore predadora”, encontramos, além da oração principal, 
respectivamente: 
a) Duas orações subordinadas subjetivas. 
b) Uma oração subordinada objetiva direta e uma subjetiva. 
c) Uma oração subordinada objetiva direta e uma adjetiva. 
d) Duas orações subordinadas completivas nominais. 
e) Uma oração subordinada subjetiva e uma objetiva direta. 
 
 
 
03- Se suprimirmos o pronome indefinido “Ninguém” e acrescentarmos “Se” à forma 
verbal “informou”, na frase “Ninguém informou que haverá aula”, o sujeito da oração 
principal é: 
 
a) Ninguém. 
b) Aula. 
c) Indeterminado. 
d) Que haverá aula. 
e) Inexistente. 
 
01 02 03 
D E D 
 
 
 
 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 
A ORIGEM DESSAS ORAÇÕES 
Essas orações desempenham função adverbial. Vamos ver como essas orações se originam: 
 
1- Todos deixaram a praia no final da tarde. 
2- Todos deixaram a praia quando o sol começou a baixar. 
 
A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa. A causa é uma espécie de 
“estopim”, que aciona uma consequência. É iniciada por uma conjunção subordinativa 
causal ou por uma locução conjuntiva subordinativa causal. São elas: porque, porquanto, 
visto que, já que, sendo que, dado que, uma vez que, como, pois que, na medida em que, 
por + infinitivo. 
Obs.: A conjunção “como” deve ser usada apenas em início de período. 
Exemplos: 
 
 
- Já que os brasileiros vivem cada vez mais, a velhice vem se prolongando em nossa 
sociedade. 
- Ele não chegou cedo, porquanto o engarrafamento travou a cidade. 
- Dado que a cidade estava sem segurança pública, os bandidos tomavam conta de tudo. 
- Como tinha um compromisso, apressava-se com as tarefas. 
- Por saber muito, o bandido foi morto pela quadrilha. 
- Porque as cidades estão cada vez mais poluídas, muitas pessoas têm problemas 
respiratórios. 
 
B) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de consequência, ou seja, representa 
aquilo que não pode ser evitado, já que algo a obriga. É iniciada pela conjunção 
subordinativa consecutiva que. Na oração principal normalmente surge um advérbio de 
intensidade tão, tal, tanto, tamanho(a), a tal ponto: (tão)... que, (tanto)... que, 
(tamanho)... que, tanto assim que. 
Exemplos: 
 
- O médico foi tão competente, que o paciente recuperou-se em uma semana. 
- Tamanha era raiva do injustiçado, que atirou contra todos e depois se matou. 
- Ele fala tanta mentira, que ninguém o suporta. 
- Ele bebeu a tal ponto que perdeu a noção de onde estava. 
 
C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão, ou seja, indica uma 
contraposição, uma oposição, uma ressalva. É iniciada por uma conjunção subordinativa 
concessiva ou por uma locução conjuntiva subordinativa concessiva. São elas: embora, 
conquanto, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, 
em que pese, a despeito de, malgrado. 
Exemplos: 
- Conquanto a vida sempre ofereça muitos obstáculos, nunca devemos nos deixar abater. 
- O homem é um ser dotado de inteligência e capacidade, não obstante nem todos as 
aproveitem para o bem de si e dos outros. 
 
 
- Malgrado muitos estejam satisfeitos com a mudança de governo, eu continuo sem 
nenhuma confiança em nada. 
- Todos chegaram bem cedo, apesar de a prova só começar às dez da manhã. 
- A despeito de muitos ativistas se esforçarem, a natureza continua sendo devastada dia a 
dia. 
- Mesmo que ele traga todos os documentos, não há mais tempo hábil para sua inscrição. 
Obs.1: conjunções e locuções conjuntivas concessivas exigem verbos no modo 
subjuntivo. 
- Fulano é o melhor entre os candidatos ao cargo, embora não represente os anseios da 
maioria. (correto) 
- Fulano é o melhor entre os candidatos ao cargo, embora não representa os anseios da 
maioria. (incorreto) 
 
 
Obs.2: cito, a seguir, algumas locuções concessivas pouco comuns em provas de concurso. 
“Por (mais, menos, melhor, pior, menor, muito) que” e “quando” (=ainda que) 
Ex.: 
- Por mais que todos a avisem, ela teima em insistir naquele namoro. 
- Quando ela te ame tanto, você não se cansa de rejeitá-la. 
 
DICA! 
CONJUNÇÃO EQUIVALÊNCIA 
Conquanto Embora 
Posto que Embora e 
Em que pese Apesar de 
A despeito de Apesar de 
Não obstante Embora / Apesar de 
Malgrado Embora / apesar de 
 
 
 
 
D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição, ou seja, indica valor 
semântico de dependência em que há forte teor duvidoso, incerto e hipotético. É iniciada 
por uma conjunção subordinativa condicional ou por uma locução conjuntiva subordinativa 
condicional. São elas: se, a menos que, desde que, caso, contanto que, A + infinitivo. 
 
Exemplos: 
- Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce. 
- O governo fará as obras prometidas, contanto que todos os ministros se empenhem. 
- A continuar essa chuva, toda a colheita será perdida. 
- A menos que você saia cedo do trabalho, iremos ao cinema. 
 
Obs.: cito, a seguir, algumas locuções pouco comuns em provas de concurso, mas que 
também indicam valor de condição. 
- Exceto se, salvo se, a não ser que e uma vez que (seguido de verbo no subjuntivo). 
 
E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade. É iniciada por uma 
conjunção subordinativa conformativa ou por uma locução conjuntiva subordinativa 
conformativa. São elas: como, conforme, segundo, consoante. 
 
Exemplos: 
- Segundo revelou o IBGE, brasileiros estudam mais hoje do que na década passada 
- Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura. 
- Como combinamos ontem, eis os documentos. 
 
F) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo 
fica subentendido. É iniciada por uma conjunção subordinativa comparativa. São elas: 
(mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como. 
Exemplo: 
- Pedro gostava mais de literatura francesa do que da Alemã. 
 
 
- João era mais esforçado (do) que o irmão. 
 
Obs.1: o “do” é facultativo nas estruturas comparativas. 
 
Obs.2: Perceba que o verbo “ser”, no segundo exemplo, está subentendido: 
- João era mais esforçado que o irmão era. 
 
G) Temporal: funciona como adjunto adverbialde tempo. É iniciada por uma conjunção 
subordinativa temporal ou por uma locução conjuntiva subordinativa temporal. São elas: 
quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal, ao + infinitivo. 
 
Exemplos: 
- Assim que a aula terminar, vamos à sala de estudos. 
- Ao terminar essa discussão, sairemos daqui. 
 
H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade. É iniciada por uma conjunção 
subordinativa final ou por uma locução conjuntiva subordinativa final. São elas: a fim de 
(que), para que, para + infinitivo. 
Exemplos: 
 
- Alguns brasileiros procuram economizar no fim do ano para que consigam comprar mais 
em janeiro. 
- A fim de sair mais cedo, o funcionário adiantou os compromissos. 
- Ele falava mais alto, para que todos pudessem ouvi-lo. 
- Aqui estamos para estudar. 
 
Obs.: “porque” também pode ser classificada como conjunção final, mas é algo muito 
raro. 
Ex.: Reze muito porque não caia nessa tentação! 
 
 
 
I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção. É iniciada por uma 
locução conjuntiva subordinativa proporcional. São elas: à proporção que, à medida que, 
ao passo que, tanto mais...mais, tanto menos...menos. 
Exemplo: 
 
- À medida que o tempo passa, mais experientes ficamos. 
- Ao passo que ganhava fama, ficava mais distante dos amigos antigos. 
- Tanto menos fumava, menos adoecia. 
 
Obs.: a conjunção “conforme” também pode desempenhar valor proporcional. 
 - Conforme o tempo passa, mais experientes ficamos. 
 
 
DICA FINAL 01 
LOCUÇÕES OU CONJUNÇÕES PARECIDAS: 
a) Porquanto = Porque = Ideia de CAUSA/EXPLICATIVA. 
b) Conquanto = Embora = ideia de CONCESSÃO. 
c) Contanto que = Caso = ideia de CONDIÇÃO. 
d) Portanto = Logo = ideia de CONCLUSÃO. 
e) Entretanto = Mas = ideia de ADVERSIDADE. 
f) No entanto = Contudo = ideia de ADVERSIDADE. 
 
DICA FINAL 02 
LOCUÇÕES OU CONJUNÇÕES MISTAS: 
a) Porque: causal / explicativa. 
b) Desde que: condicional / temporal. 
c) Não obstante: adversativa / concessiva. 
d) Ao passo que: proporcional / concessiva. 
e) Como: causal / conformativa. 
f) Conforme: conformativa / proporcional 
 
 
 
 
QUADRO DE MEMORIZAÇÃO 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
 
As conjunções SUBORDINATIVAS ADVERBIAIS as seguintes: causais, consecutivas, 
concessivas, comparativas, condicionais, conformativas, temporais, finais e 
proporcionais. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 
SENTIDO 
 
 
CONJUNÇÕES E 
LOCUÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
CAUSAIS 
 Causa 
 
 
PORQUE 
PORQUANTO 
POIS (QUE) 
JÁ QUE 
VISTO QUE 
HAJA VISTA QUE 
UMA VEZ QUE 
DADO QUE 
SENDO QUE 
NA MEDIDA EM QUE 
COMO 
QUE 
POR + verbo no infinitivo 
 
 
 
 
 
CONSECUTIVAS 
 
Consequência 
 
 
(TÃO)...QUE 
(TAL)...QUE 
(TANTO)...QUE 
(TAMANHO/ 
TAMANHA)...QUE 
DE MANEIRA QUE 
DE FORMA QUE 
DE SORTE QUE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCESSIVAS 
 
Contraste 
Contraposição 
Oposição 
 
 
EMBORA 
CONQUANTO 
NÃO OBSTANTE 
APESAR DE (QUE) 
SE BEM QUE 
SEM QUE 
MESMO (QUE) 
POSTO QUE 
AINDA QUE 
POR MAIS QUE 
EM QUE PESE 
A DESPEITO DE (QUE) 
MALGRADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPARATIVAS 
 
Comparação 
 
 
(MAIS / MENOS)...(DO) 
QUE 
(MAIOR / MENOR)...(DO) 
QUE 
(MELHOR / PIOR)...(DO) 
QUE 
(TÃO / TANTO) QUANTO 
(TÃO) QUANTO 
(TÃO) COMO 
ASSIM COMO 
 (TANTO) COMO 
 
 
 
 
 
CONDICIONAIS 
 
Condição 
 
 
 
SE 
CASO 
DESDE QUE 
SALVO SE 
EXCETO SE 
CONTANTO QUE 
A MENOS QUE 
A NÃO SER QUE 
SEM QUE 
A + verbo no infinitivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 
SENTIDO 
 
 
PRINCIPAIS 
CONJUNÇÕES 
 
 
CONFORMATIVAS 
 
Conformidade 
 
 
CONFORME 
CONSOANTE 
SEGUNDO 
COMO 
 
 
 
 
 
 
TEMPORAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tempo 
 
 
QUANDO 
ENQUANTO 
ASSIM QUE 
LOGO QUE 
SEMPRE QUE 
DESDE QUE 
ATÉ QUE 
MAL 
DEPOIS QUE 
ANTES QUE 
AO + verbo no infinitivo 
 
 
 
 
 
 
 
PROPORCIONAIS 
 
Proporção 
 
 
À PROPORÇÃO QUE 
À MEDIDA QUE 
AO PASSO QUE 
QUANTO MAIS / MAIS 
OU MENOS 
QUANTO MAIOR / 
MAIOR OU MENOR 
QUANTO 
MELHOR/MELHOR OU MAIS 
 
 
 
 
FINAIS 
 
Finalidade 
 
 
A FIM DE QUE 
PARA QUE 
PORQUE (= para que) 
 
 
PARA + verbo no 
infinitivo 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS (Padrão CESPE) 
 
“Conquanto o desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamente 
frágeis os limites que separavam o público do privado, assiste-se hoje a uma nova 
tendência de politização e visibilidade do privado, com a estruturação de novas relações 
familiares, bem como à privatização do público”. 
 
01- A estrutura sintática iniciada por “Conquanto” é responsável pelo uso do modo 
subjuntivo em “tenha”; por isso, a substituição dessa forma verbal por “tem” 
desrespeita as regras gramaticais do padrão culto da língua. 
 
 
 
“Dezenas de milhares de funcionários públicos gregos saíram às ruas em Atenas e 
Tessalônica para protestar contra as medidas de austeridade, em um ambiente tenso que 
teve como saldo 10 pessoas detidas. Num momento em que o fantasma do default ainda 
ronda este país altamente endividado, as forças policiais lançavam bombas de gás 
lacrimogêneo contra dezenas de jovens encapuzados que atiravam garrafas e pedras à 
margem da manifestação de Atenas, que reuniu cerca de 18.000 pessoas, segundo a 
polícia”. 
 
Correio Braziliense (com adaptações). 
 
 
02- A oração “para protestar contra as medidas de austeridade” se relaciona com a oração 
anterior a partir de um vínculo de finalidade. 
 
 
 
03- Seria facultativo o uso de uma vírgula após “Tessalônica”, sem comprometer a 
correção gramatical. 
 
04- Seria possível (mantendo os sentidos originais), correto gramaticalmente e coerente 
articular a primeira oração do texto à segunda a partir da troca de “para protestar” por 
“ao passo que protestavam”. 
 
05- O segundo período é iniciado por uma oração de caráter temporal e permitiria, sem 
comprometer os sentidos ou correção gramatical, a substituição da expressão “Num 
momento em que ”por “Enquanto”. 
06- A oração “que reuniu cerca de 18.000 pessoas” tem natureza restritiva. 
 
07- No último período, após “segundo”, é notória a elipse de um verbo de valor 
declarativo, como, por exemplo, “disse”. 
 
08- A substituição de “segundo” por “conforme” não altera a correção gramatical ou 
mesmo os sentidos textuais. 
 
 
“Apesar de ter o maior índice de alta confiança na polícia, mesmo que seja abaixo dos 6%, 
o Nordeste também é a região que tem o menor índice de sensação de segurança do País. 
Segundo o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) sobre segurança pública 2010, 
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 85,8% dos entrevistados têm medo de 
serem assassinados”. 
 
O Estado de São Paulo. 
 
09- A substituição de “Apesar de” por “Porquanto” mantém correção gramatical do 
período desde que se substitua o verbo “ter” por “tenha”. 
 
 
 
10- A oração “mesmo que seja abaixo dos 6%” imprime uma relação de causa quando se 
refere à oração anterior. 
 
11- A substituição de “mesmo que” por “posto que” mantém correção gramatical do 
período. 
12- A oração “o Nordeste também é a região que tem o menor índice de sensação de 
segurança do País” pode ser caracterizada como a oração principal da estrutura que 
imediatamente a antecede. 
 
“Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticae Estudos Socioeconômicos 
(Dieese) mostra que as vendas de materiais de construção têm crescido acima da média do 
comércio em geral, mas que esse fator não se reflete em melhores salários para os 
trabalhadores”. 
 
 Correio Braziliense 
 
13- Seria possível manter a correção gramatical ao se substituir a expressão “mas que” 
por “embora”. 
 
 
“Segundo especialistas, esse comportamento é o fenômeno da posse transitória, termo 
que define o pouco tempo que permanecemos com os produtos que compramos. Por sinal, 
o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais quanto profissionais. 
Priorizamos resultados de curto prazo e queremos tudo ao mesmo tempo agora. E, assim, 
aos poucos, sem perceber, vamos construindo uma sociedade descartável”. 
 
 
14- Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se ligar o período iniciado por 
“Priorizamos” ao anterior por meio da conjunção “conquanto”, escrevendo-se do 
seguinte modo: “(...) profissionais, conquanto priorizamos (...)”. 
 
 
 
“O cérebro não guarda informações como em um dicionário, em que o verbete “teatro” vai 
estar na letra “T”. Nele, a palavra “teatro” é associada a experiências distintas por nós 
vividas. Algumas são lógicas, outras menos óbvias. Quanto maior a variedade de 
experiências e de conhecimento, mais conexões o cérebro pode fazer”. 
 
15- O período “Quanto maior a variedade de experiências e de conhecimento, mais 
conexões o cérebro pode fazer” dá ideia de proporcionalidade. 
 
16- Ao se substituir “Quanto maior” por “À medida que cresce”, mantém-se a correção 
gramatical do período. 
 
O mais curioso é que, a despeito de qualquer discussão sobre o dever das escolas, ajudar 
no desenvolvimento do aluno com vistas à sua colocação no mercado de trabalho é um 
fundamento no país, estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
conjunto de normas que dá o norte ao sistema educacional brasileiro”. 
 
17- “A expressão “a despeito de” é sinônima de “apesar de”. 
 
 
“Na realidade, à exceção das manifestações indígenas, o restante do que se pode definir 
como cultura brasileira veio de fora. A multirracialidade do país contribuiu para isso. 
Mesmo quando determinados movimentos estéticos adotaram um comportamento 
nacionalista, os modelos foram importados. Apesar de as esculturas de Aleijadinho, do 
século XVIII, terem fisionomia mestiça, esse era um artista barroco, com influência 
europeia. A Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de 1922, foi motivada pelo 
Futurismo italiano”. 
 
18- Caso se substitua “Apesar de” por “Embora”, é necessário também substituir “terem” 
por “tenham”, de forma a assegurar a correção gramatical do período. 
 
 
 
“Realizada em Copenhague, sob o signo da recessão mundial, a COP-15 foi uma relativa 
decepção: não conseguiu produzir um documento tornando obrigatórias as metas de 
redução da emissão de poluentes, mas houve consensos”. 
 
19- A substituição do sinal de dois-pontos por uma vírgula seguida da expressão “uma vez 
que” prejudicaria a correção gramatical e a informação original do período. 
 
“Sabe-se que, no Brasil, a questão do acesso à escola não é mais um problema, já que a 
quase totalidade das crianças ingressa no sistema educacional. Entretanto, as taxas de 
repetência dos estudantes são bastante elevadas...”. 
 
20- A locução “já que” confere a noção de causa à oração em que ocorre. 
 
Várias cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Goiás e Minas Gerais 
convivem com oferta anual inferior 2 milhões de litros por habitante, para uso direto e 
indireto. O consumo per capita dobrou em 20 anos, enquanto a disponibilidade de água 
ficou três vezes menor. Para piorar esse quadro, há muito desperdício: cerca de 30% da 
água tratada é perdida em vazamentos nas ruas do país — só na Grande São Paulo o 
desperdício chega a 10 metros cúbicos de água por segundo, o que daria para abastecer 
cerca de 3 milhões de pessoas diariamente. 
 
21- Prejudicam-se a coerência textual e as informações originais do texto ao se substituir 
o termo “enquanto” por “ao passo que”. 
 
 
A cena é muito comum: cidade afora, pessoas abusam do uso da água, lavando calçadas, 
passeios e carros. Mesmo que o Brasil seja o grande reservatório de água doce do mundo 
(11,6% do total disponível, com cada brasileiro, em tese, dispondo de 34 milhões de litros 
por ano, embora possa levar vida confortável com 2 milhões de litros anuais), tem na 
distribuição o seu maior gargalo: 80% concentram-se na Amazônia, onde vivem apenas 5% 
da população do país, com os 20% restantes abastecendo 95% dos brasileiros. 
 
 
 
 
22- A expressão “Mesmo que” confere ao trecho em que se insere a noção de condição, 
por isso, poderia ser trocada por “A menos que”. 
 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
C C C E E E C C E E 
 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
C E E E C C C C C C 
 
21 22 
E E 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1 
(Padrão UECE, CESGRANRIO, IMPARH) 
 
01. Por definição, “oração coordenada que se prende à anterior por conectivo é 
denominada sindética e é classificada pelo nome da conjunção que a encabeça”. 
 
Assinale uma alternativa onde aparece uma coordenada sindética explicativa, 
conforme a definição: 
a) A casaca dele estava remendada, mas estava limpa. 
b) Ambos se amavam, contudo não se falavam. 
c) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o chão ou lavando as vidraças. 
d) Chora, que as lágrimas lavam a dor. 
e) O time ora atacava, ora defendia, e no placar aparecia o resultado favorável. 
 
 
 
02. No período “Sabe-se que Jacó propôs a Labão que lhe desse todos os filhos das 
cabras...”, a alternativa que contém a análise correta das orações, na sequência em que 
vêm no período, é: 
 
a) principal; subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva objetiva 
direta. 
b) coordenada sindética aditiva; subordinada substantiva objetiva direta; subordinada 
substantiva apositiva. 
c) absoluta; subordinada substantiva objetiva direta; subordinada substantiva 
objetiva direta. 
d) principal; subordinada substantiva subjetiva; subordinada substantiva objetiva 
indireta. 
e) coordenada assindética; subordinada substantiva subjetiva; subordinada 
substantiva objetiva direta. 
 
03. Assinalar a alternativa que apresenta orações de mesma classificação que as deste 
período: “Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos.” 
 
a) Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano. 
b) Foi até a esquina, parou, tomou fôlego. 
c) Depois que aconteceu aquela miséria, temia passar por ali. 
d) Tomavam-lhe o gado quase de graça e ainda inventavam juro. 
e) Não podia dizer em voz alta que aquilo era um furto, mas era. 
 
04. Leia os períodos: 
1) O dicionário que comprei contém mais de trezentas mil palavras. 
2) Não aceitamos tarefas que se apresentem incompletas. 
3) Feliz é o homem que obedece aos mandamentos de Deus. 
 
 
4) O aluno que estuda alcança boas notas. 
5) Aos homens que são racionais coube o domínio da natureza. 
 
Qual das orações subordinadas adjetivas é explicativa e, portanto, deve ficar entre 
vírgulas? 
 
a) A oração adjetiva do 1º período. 
b) A oração adjetiva do 2º período. 
c) A oração adjetiva do 3º período. 
d) A oração adjetiva do 4º período. 
e) A oração adjetiva do 5º período. 
 
05. Há no período uma oração subordinada adjetiva: 
 
a) Ele falou que compraria a casa. 
b) Não fale alto, que ela pode ouvir. 
c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo.d) Em time que ganha não se mexe. 
e) Parece que a prova não está difícil. 
 
06. Classifique as orações em destaque do período abaixo: 
 
"Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que os 
resultados eram bastante razoáveis, uma vez que a produção não aumentou, mas 
também não caiu." 
 
a) principal – subordinada adverbial final. 
 
 
b) subordinada adverbial temporal – subordinada adjetiva restritiva. 
c) subordinada adverbial temporal – subordinada substantiva objetiva direta. 
d) subordinada adverbial temporal – subordinada substantiva subjetiva. 
e) principal – subordinada substantiva objetiva direta. 
 
07. No período "É possível discernir no seu percurso momentos de rebeldia contra a 
estandardização e o consumismo", a oração destacada é: 
 
a) subordinada adverbial causal, reduzida de particípio. 
b) subordinada objetiva direta, reduzida de infinitivo. 
c) subordinada objetiva direta, reduzida de particípio. 
d) subordinada substantiva subjetiva, reduzida de infinitivo 
e) subordinada substantiva predicativa, reduzida de infinitivo. 
 
08. A oração sublinhada está corretamente classificada, EXCETO em: 
 
a) Casimiro Lopes pergunta se me falta alguma coisa/ oração subordinada adverbial 
condicional 
b) Agora eu lhe mostro com quantos paus se faz uma canoa/ oração subordinada 
substantiva objetiva direta 
c) Tudo quanto possuímos vem desses cem mil réis/ oração subordinada adjetiva 
restritiva 
d) Via-se muito que D. Glória era interesseira/ oração subordinada substantiva 
subjetiva 
e) A ideia é tão santa que não está mal no santuário/ oração subordinada adverbial 
consecutiva 
 
 
 
 
09. No período: "Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma freguesia 
distante, dobrando a ruas dos finados.", a segunda oração é: 
 
a) subordinada adverbial causal 
b) subordinada adverbial consecutiva 
c) subordinada adverbial concessiva 
d) subordinada adverbial comparativa 
e) subordinada adverbial subjetiva 
 
10. Observe o seguinte período: "Sabendo que seria preso, não saiu à rua". Nele, nota-se: 
 
a) reduzida de gerúndio, conformativa 
b) reduzida de gerúndio, condicional 
c) reduzida de gerúndio, causal 
d) reduzida de gerúndio, concessiva 
e) reduzida de gerúndio, final 
 
11. Na frase "Entrando na faculdade, procurarei emprego.", a oração subordinada indica 
ideia de: 
 
a) concessão 
b) oposição 
c) condição 
d) lugar 
e) consequência 
 
12. Leia, com atenção, os períodos abaixo: 
 
 
 
- Caso haja justiça social, haverá paz. 
 
- Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não fornece uma reprodução fiel 
da realidade. 
- Como todas aquelas pessoas estavam concentradas, não se escutou um único ruído. 
 
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas 
pelas orações sublinhadas: 
 
a) tempo, concessão, comparação 
b) tempo, causa, concessão 
c) condição, consequência, comparação 
d) condição, concessão, causa 
e) concessão, causa, conformidade 
 
 
 
 
 
GABARITO 1 
 
01 02 03 
D A D 
 
04 05 
 
 
E D 
 
06 07 08 09 10 11 12 
C D A B C C D 
 
 
ORAÇÕES REDUZIDAS 
São orações ainda em “estado bruto”. Nelas, os verbos não estão conjugados 
(flexionados), mas sim postos em suas formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio. 
Características: 
- Nunca são introduzidas por conectores. 
- São iniciadas pelas formas nominais do verbo. 
- Podem, na maioria das vezes, ser desenvolvidas. 
 
Orações reduzidas de infinitivo 
 
- É preciso trabalhar muito. 
(Ou, na forma desenvolvida, teríamos o seguinte: “É preciso que se trabalhe muito”) 
- Ele deveria deixar o aluno fazer tudo só. 
(Ou, na forma desenvolvida, teríamos o seguinte: “Ele deveria deixar que o aluno fizesse 
tudo só”) 
- Só desejo uma coisa: ver meu aluno aprovado. 
(Ou, na forma desenvolvida, teríamos o seguinte: “Só desejo uma coisa: que eu veja meu 
aluno aprovado”) 
 
Orações reduzidas de gerúndio 
- O jovem saiu com os seus advogados, fazendo-se de vítima. 
 
 
(Ou, na forma desenvolvida, teríamos o seguinte: “O jovem saiu com os seus advogados e 
se fez de vítima”) 
- A criança, brincando na calçada, sentia-se bem. 
(Ou, na forma desenvolvida, teríamos o seguinte: “A criança, que brincava na calçada, 
sentia-se bem”) 
- Saindo do estádio, encontrei meus amigos. 
(Ou, na forma desenvolvida, teríamos o seguinte: “Quando saí do estádio, encontrei 
meus amigos ”) 
 
Orações reduzidas de particípio 
 
- A informação divulgada ontem estava errada. 
(Ou, na forma desenvolvida, teríamos o seguinte: “A informação que divulgaram ontem 
estava errada”) 
 
- Apesar de cansado, foi brincar com as crianças. 
(Ou, na forma desenvolvida, teríamos o seguinte: “Apesar de que estivesse cansado, foi 
brincar com as crianças”) 
- Estressado com a prova, bateu o carro numa árvore. 
(Ou, na forma desenvolvida, teríamos o seguinte: “Como estava estressado com a prova, 
bateu o carro numa árvore”) 
 
 
 
 
 
INTERPRETAÇÃO versus COMPREENSÃO DE TEXTOS 
 
 
 
 
Olá! Tudo bem com você? Espero que sim! Olha, nós vamos explicar a diferença entre 
compreensão e interpretação de texto usando uma estratégia diferente. Em vez de teoria 
“seca”, que tal se a gente fizesse uma explicação contextualizada? Vamos fazer assim: eu 
vou comentar uma questão e, nesse comentário, toda a teoria e as dicas para você acertar 
as questões serão dadas. Combinado? Vamos lá! 
A questão que vamos comentar agora tem uma importância fundamental em nossa 
aprovação. É possível até que mais de 50% das questões tratem daquilo que chamarei aqui, 
genericamente, de leitura. Então, não temos tempo a perder. A primeira providência é 
saber que, quando lemos qualquer texto, realizamos dois processos mentais que se dão ao 
mesmo tempo. Nossa banca quer que saibamos exatamente o que é cada processo. Assim, 
se não sabemos que eles existem, é possível que marquemos o item errado em muitas 
questões. Para o concurseiro, não há margem para erro. Ele tem que ser preciso em sua 
leitura e saber dividir muito bem as duas partes. As duas partes a que me refiro são as 
seguintes: compreensão e interpretação. 
A compreensão diz respeito àquela informação que está, explicitamente, no texto. Tudo 
está à vista do leitor: fatos citados; números percentuais; comparações; citações de 
estudiosos, políticos, advogados etc.; discordâncias ou concordâncias do autor, entre 
outras. Ou seja, a compreensão de textos consiste em analisar o que realmente está 
escrito. Porém, a banca não vai, simplesmente, fazer um “Ctrl C/Ctrl V” e pedir para você 
checar essa informação. Na verdade, ela vai retirar uma passagem do texto e fazer uma 
paráfrase dela. Paráfrase consiste em dizer uma mesma informação, mas com palavras 
diferentes. Parece algo simples, mas nem sempre o é. Muitas vezes, a abanca muda tanto 
as palavras do texto original, que muitos candidatos não reconhecem que a mesma 
informação está ali, porém bem diferente, como uma “nova roupa”, uma “nova 
maquiagem”. Para não cair nessa trapaça, fique bem atento ao vocabulário e às 
equivalências de cada passagem proposta na questão. Reitero: não faça julgamentos pela 
“aparência”. Duas frases podem ser bem diferentes no que diz respeito à forma, mas iguais 
no que diz respeito ao conteúdo que elas veiculam. 
Mas como vou saber que uma questão é de compreensão de textos? Para tal, você terá 
alguns enunciados básicos, os quais se repetem com bastante frequência.

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