Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ ALAN MENDES RODRIGUES GLADSON VINICIUS FERREIRA BRAGA GLEISON DO CARMO SOARES DE MORAIS LABORATÓRIO 2: LEIS DE KIRCHHOFF ITAJUBÁ 2019 ALAN MENDES RODRIGUES GLADSON VINICIUS FERREIRA BRAGA GLEISON DO CARMO SOARES DE MORAIS LABORATÓRIO 2: LEIS DE KIRCHHOFF Relatório submetido à Professora Camila Paes Solomon como requisito parcial para aprovação na disciplina de Introdução à análise de circuitos experimental, do curso de graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Itajubá. ITAJUBÁ 2019 RESUMO Este experimento consiste em aplicar as Leis de Kirchhoff, utilizando os conceitos de Circuito Divisor de Tensão e Circuito Divisor de Corrente. Para isso foi utilizado materiais como resistores, fonte, multímetros para determinar tensão e corrente nos circuitos analisados. Na obtenção de dados do experimento foram montado circuitos em série e em paralelo. O objetivo com o circuito em série era verificar a lei dos nós de Kirchhoff. E Com a montagem dos circuitos em paralelo verificar a lei das malhas. Com os dados coletados, foi possível comparar os resultados obtidos experimentalmente com os resultados calculados. Palavras-chave: Leis de Kirchhoff. Circuitos elétricos. Lei dos nós. Lei das malhas. SUMÁRIO 1 OBJETIVOS .......................................................................................................................4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................5 2.1 Lei de Kirchhoff para tensões............................................................................................5 2.2 Lei de Kirchhoff para correntes........................................................................................6 3 MATERIAIS UTILIZADOS ............................................................................................7 4 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ........................................................................8 5 RESULTADO E DISCUSSÃO .......................................................................................11 6 CONCLUSÃO ..................................................................................................................13 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................14 4 1 OBJETIVOS A realização deste experimento tem como objetivos: • Verificar experimentalmente as Leis de Kirchhoff; • Aplicar os conceitos de Circuito Divisor de Tensão e Circuito Divisor de Corrente. 5 2 FUNDAMENTÇÃO TEÓRICA Em 1847, Gustav Robert Kirchhoff, formulou duas leis muito importantes para o entendimento de análise de circuitos elétricos. As leis são conhecidas como Lei de Kirchhoff para tensões e Lei de Kirchhoff para correntes, sendo que essas leis são uma consequência da lei de conservação da carga e da lei da conservação da energia. 2.1 Lei de Kirchhoff para tensões Esta lei diz respeito que “a soma algébrica das tensões ao longo de uma malha em qualquer instante é zero” (DORF, SVOBODA, 2016, p.55). Para entender-se melhor esta lei, define-se malha como um caminho fechado em um circuito que não passa mais de uma vez por um nó intermediário. Figura 1 – Malhas de um circuito Fonte: https://www.todamateria.com.br/leis-de-kirchhoff/ A expressão citada acima, “soma algébrica”, significa que devem-se levar em conta a polaridade das tensões ao somar as tensões dos componentes que formam uma malha. Pode-se fazer isso percorrendo a malha no sentido horário e observar as polaridades das tensões dos componentes. Usam-se sinal positivo para a tensão que passa pelo terminal positivo (+) do componente antes de passar pelo terminal negativo (-) e usam-se sinal negativo quando passa pelo terminal negativo antes de passar pelo terminal positivo. Usando-se a malha acima com exemplo, tem-se que ε1 é positivo, pois ao percorrer o circuito no sentido horário chegamos pelo polo positivo, R1.i1 é positivo, pois estamos percorrendo o circuito no mesmo sentido que definimos o sentido de i1, R2.i2 é negativo, pois estamos percorrendo o circuito no sentido contrário que definimos para o sentido de i2, ε2 é negativo, pois ao percorrer o circuito no sentido horário, chegamos pelo polo negativo, R3.i1 é 6 positivo, pois estamos percorrendo o circuito no mesmo sentido que definimos o sentido de i1, R4.i1 é positivo, pois estamos percorrendo o circuito no mesmo sentido que definimos o sentido de i1. Sendo assim, a equação que representa essa malha, considerando cada sinal dos componentes, tem-se: ε1 + R1.i1 - R2.i2 - ε2 + R3.i1 + R4.i1 = 0 2.2 Lei de Kirchhoff para correntes Esta lei diz respeito que, “a soma algébrica das correntes que entram e saem de uma região, sistema ou nó é igual a zero” (BOYLESTAD, 2012, p. 171). Sendo os nós os pontos de ligação entre um componente e outro. Desta forma, a expressão “soma algébrica” significa que devem-se levar em conta o sentido das correntes ao somar as correntes dos componentes ligados a um mesmo nó. Com isso, usam-se o sinal positivo se o sentido da corrente é para fora do nó e o sinal negativo se o sentido da corrente é para dentro do nó. Figura 2 – Nó em um circuito Fonte: https://www.todamateria.com.br/leis-de-kirchhoff/ Considerando como exemplo a figura acima, tem-se que, i1 e i2 estão chegando ao nó, e as correntes i3 e i4 estão saindo, logo: i1 + i2 = i3 + i4 7 3 MATERIAIS UTILIZADOS Os matérias utilizados para a realização do experimentos são: • 1 protoboard; • Multímetro; • 5 resistores (3 de mesmo valor e 2 de valores diferentes); • Fonte de tensão ajustável em corrente contínua (CC); • Fios condutores; 8 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Para realização do experimento, primeiramente utilizou-se do código de cores e do multímetro, na função ohmímetro, para medir os valores das resistências. Com os dados dos resistores, montou-se a Tabela 1. O valor de R1 representa os três resistores iguais. Tabela 1 – Valores de resistência Resistores Valor nominal [Ω] Valor Medido [Ω] Erro Calculado [%] R1 1000 ±5% 986,0 ±1,4 R2 2200 ±5% 2157,0 ±2,0 R3 910 ±5% 916,0 ±0,6 Fonte: Autoria própria Para verificação experimental do Circuito Divisor de Tensão, montou-se o circuito, conforme a Figura 3, no protoboard, utilizando os resistores iguais, conectados em série. Para medir os valores de corrente conectou-se os multímetros em serie com o ramo a ser analisado. Figura 3 – circuito para verificação do Circuito Divisor de Tensão Fonte: Roteiro do laboratório Com o circuito montado, realizou-se o ensaio verificando a corrente no circuito e em cada um dos resistores, ajustando o valor de tensão da fonte em 5[V] e depois em 10[V]. Com os dados obtidos construiu-se a Tabela 2. Tabela 2 – Valores de tensão para os resistores iguais em série V1 I V R1 V R2 V R3 Tensão [V] Corrente [mA] Tensão [V] Tensão [V] Tensão[V] 5 1,69 1,66 1,68 1,69 10 3,42 3,34 3,39 3,40 Fonte: Autoria própria 9 Repetiu-se o procedimento anterior substituindo 2 dos resistores iguais pelos outros dois de valores diferentes. Com os dados coletados, construiu-se a Tabela 3. Tabela 3 – Valores de tensão para os resistores diferentes em série V1 I V R1 V R2 V R3 Tensão [V] Corrente [mA] Tensão [V] Tensão [V] Tensão [V] 5 1,23 1,21 1,15 2,70 10 2,49 2,43 2,30 5,40 Fonte: Autoria própria Para verificação experimental do Circuito Divisor de Corrente, montou-se o circuito, conforme a Figura 3, no protoboard, utilizando os resistores iguais, conectados em paralelo. Figura 3 – circuito para verificação do Circuito Divisor de Corrente Fonte: Roteiro do laboratório Com o circuito montado, realizou-se o ensaio ajustando o valor de tensão da fonte em 5[V] e depois em 10[V]. Com os dados obtidos construiu-se a Tabela 4. Tabela 4 – Valores de corrente para os resistores iguais em paralelo V1 I I R1 I R2 I R3 Tensão [V] Corrente [mA] Corrente [mA] Corrente [mA] Corrente [mA] 5 15,32 5,17 5,10 5,12 10 30,70 10,43 10,20 10,20 Fonte: Autoria própria 10 Por fim, repetiu-se o procedimento anterior substituindo 2 dos resistores iguais pelos outros dois de valores diferentes. Com os dados coletados, construiu-se a Tabela 5. Tabela 5 – Valores de corrente para os resistores diferentes em paralelo V1 I I R1 I R2 I R3 Tensão [V] Corrente [mA] Corrente [mA] Corrente [mA] Corrente [mA] 5 12,93 5,20 2,33 5,47 10 25,87 10,37 4,65 10,96 Fonte: Autoria própria 11 5 RESULTADOS E CONCLUSÕES Calculando-se inicialmente a resistência equivalente do primeiro circuito, que é composto por resistores iguais, associados em série, com tensão de 5[V], 𝑅𝑅1 = 1,661,69∙10 , 𝑅𝑅2 = 1,681,69∙10 , 𝑅𝑅3 = 1,691,69∙10 𝑅𝑅𝑒𝑒𝑒𝑒 = 𝑅𝑅1 + 𝑅𝑅2 + 𝑅𝑅3 = 2,9763[Ω] Aplicando-se as equações gerais dos circuitos divisores de tensão, obtemos: V1 = 1,65[V] V2 = 1,67[V] V3 = 1,68[V] Medindo, agora, com tensão de 10[V], obtemos: V1 = 3,3[V] V2 = 3,35[V] V3 = 3,36[V] Agora, calculando-se a resistência equivalente do segundo circuito, que é associado em série, com tensão de 5[V] e, dessa vez, com resistores diferentes, obtemos: Req = 4,1138[Ω] V1 = 1,20[V] V2 = 1,14[V] V3 = 2,67[V] Medindo, agora, com tensão de 10[V], obtemos: V1 = 2,40[V] V2 = 2,27[V] V3 = 5,33[V] 12 Em relação ao circuito 3, em que os resistores estão associados em paralelo, sendo alimentados com uma tensão de 5[V], com resistores iguais, obtemos: Req = 0,3249[Ω] Corrente = 15,32[mA] I1 = 5,15[mA] I2 = 5,08[mA] I3 = 5,10[mA] Alimentando o mesmo circuito com uma tensão de 10[V], obtemos: Req = 3,3244[Ω] Corrente = 30,70[mA] I1 = 10,39[mA] I2 = 10,16[mA] I3 = 10,16[mA] Quanto ao circuito 4, que diferentemente do circuito 3, apresenta resistores diferentes, quando alimentados com 5[V], obtemos: Req = 0,3846[Ω] Corrente = 12,93[mA] I1 = 5,17[mA] I2 = 3,32[mA] I3 = 5,44[mA] Alimentando o mesmo circuito com uma tensão de 10[V], obtemos: Req = 0,3842[Ω] Corrente = 25,87[mA] I1 = 10,37[mA] I2 = 4,63[mA] I3 = 10,91[mA] 13 Comparando os resultados calculados com os resultados obtidos experimentalmente, podem ser validadas as equações gerais de divisores de tensão e de divisores de corrente (Leis de Kirchhoff). Nos circuitos 1 e 2, montados em série, no qual foi calculado cada divisor de tensão, nota-se uma proximidade muito grande dos valores obtidos no laboratório. O mesmo ocorre nos circuitos 3 e 4, montados em paralelo, em que foi calculado cada divisor de corrente. Todos os valores obtidos por cálculos são próximos dos obtidos experimentalmente, comprovando as Leis de Kirchhoff em circuitos de malhas fechadas. Tangente às variações, elas podem ser justificadas pela precisão dos instrumentos de medição e resistência interna dos componentes utilizados. 14 REFERÊNCIAS BOYLESTAD, R.L. Introdução à análise de circuitos. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. DORF, R.C.; SVOBODA, J.A. Introdução aos circuitos elétricos. 9. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016 ALAN MENDES RODRIGUES ITAJUBÁ 2019 ALAN MENDES RODRIGUES ITAJUBÁ 2019
Compartilhar