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ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) O Imposto sobre Transmissão de Causa Mortis e Doação (ITCMD) é um tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal, que incide quando ocorre a transmissão não onerosa de bens e direito por Causa Mortis, como a herança, por exemplo, ou a transmissão na Doação. 1. Fato Gerador O fato gerador desse imposto é o definido em lei estadual, respeitado, é claro, a CRFB/88 e o CTN. É a transmissão de bens por causa da morte ou por uma doação, de quaisquer bens ou direitos, com base no art. 35 do CTN. Quando a transmissão se dá no âmbito da "Sucessão causa mortis, deve- -se observar que o art. 1.784 do Código Civil afirma que "aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários". Segundo o art. 35, parágrafo único, do CTN, nas transmissões causa mortis ocorrem tantos fatos geradores .distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. Dessa forma, cada obrigação tributária surgida tem diferente sujeito passivo Quando a· transmissão ocorre por meio de doação .t necessária uma diferenciação no que concerne aos bens móveis e aos imóveis, em virtude de serem diversas as regras relativas ao aperfeiçoamento da transmissão em cada caso. No direito brasileiro, a transmissão da propriedade imobiliária dá-se, em regra, mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis, de forma que, antes do registro, o alienante continua na condição de dono do imóvel (CC, art. 1.245, § !.•). Entretanto, a maioria das legislações esta~uais tem obrigado ao recolhi~· menta do imposto antes do registro no cartório, incumbindo aos tabeliães e serventuários a exigirem no momento do registro a comprovação do pagamento do referido imposto. No caso dos móveis, a propriedade não se considera transferida pelos negócios jurídicos antes.da tradição (CC, art. 1.267). Tradição, segundo Sílvio Venosa, significa entregar, ceder, fazer passar a alguém, transmitir, confiar, dar. Assim, entregue o bem, transferida estará a propriedade e - caso· a transferência tenha ocorrido por doação - reputa-se aperfeiçoado o fato gerador do ITCMD. Também aqui se tornou regra a exigência do pagamento antes da ocorrência do fato gerador, pois as leis estaduais normalmente consideram devido o recolhimento no momento em que se firma o instrumento correspondente (contrato de doação). 2. Eventuais Princípios Aplicáveis Princípio da Legalidade, Princípio da Anterioridade e também está sujeito ao Princípio da Noventena, 3. Súmulas Aplicáveis São aplicáveis ao ITCMD as seguintes súmulas: Súmula 112 do STF: “O IMPOSTO DE TRANSMISSÃO "CAUSA MORTIS" É DEVIDO PELA ALÍQUOTA VIGENTE AO TEMPO DA ABERTURA DA SUCESSÃO”. Súmula 113 do STF: “O IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS É CALCULADO SOBRE O VALOR DOS BENS NA DATA DA AVALIAÇÃO”. Súmula 114 do STF: “O IMPOSTO DE TRANSMISSÃO “CAUSA MORTIS” NÃO É EXIGÍVEL ANTES DA HOMOLOGAÇÃO DO CÁLCULO”. Súmula 331 do STF: “É LEGÍTIMA A INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS NO INVENTÁRIO POR MORTE PRESUMIDA”. 4. Julgado Recente sobre o ITCMD TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ITCMD. TERMO INICIAL DA DECADÊNCIA. SOBREPARTILHA DE BENS. 1. Nos termos da jurisprudência desta Corte, o termo a quo do prazo decadencial para lançamento do ITCMD nas hipóteses de sobrepartilha, embora a herança seja transmitida, desde logo, com a abertura da sucessão, ocorre com a prolação da sentença de homologação da partilha quando é possível identificar os aspectos material, pessoal e quantitativo da hipótese, permitindo a realização do lançamento do ITCMD. Precedente: REsp 1668100/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, Segunda Turma, julgado em 13/06/2017, DJe 20/06/2017. 2. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ - AgInt no AREsp: 150089 SP 2012/0038772-7, Relator: Ministro SÉRGIO KUKINA, Data de Julgamento: 20/02/2018, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 06/03/2018)
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