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Análise Jurisprudencial - relatorio sergio vaz

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS
CURSO DE DIREITO
AUGUSTO DA CUNHA SILVEIRA
 Análise Jurisprudencial – M3
 Direito Empresarial – Sergio Vaz
 São José, 08 de Dezembro 2015.
Acórdão Nº 1
Apelação Cível n. 2015.065402-9, de Balneário Camboriú
Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato
FATOS
DIREITO DE FAMÍLIA. EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. OBRIGAÇÃO ALIMENTAR ASSUMIDA EM FAVOR DE EX-ESPOSA EM AÇÃO DE SEPARAÇÃO JUDICIAL. ALIMENTANDA QUE CONTA COM 66 ANOS DE IDADE. DEDICAÇÃO AO LAR DURANTE OS 15 ANOS DE CASAMENTO. PENSÃO RECEBIDA CONTINUAMENTE HÁ QUASE 35 ANOS. DESNECESSIDADE DE PERCEBIMENTO DOS ALIMENTOS NÃO DEMONSTRADA. TENDÊNCIA DE AUMENTO DAS DESPESAS DE SAÚDE DA ALIMENTANDA POR CONTA DA IDADE AVANÇADA. BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE INALTERADO. INTELIGÊNCIA DO ART. 333, I DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível n. 2015.065402-9, da comarca de Balneário Camboriú (Vara da Família, Infância e Juventude), em que é apelante H. W., e apelada C. F.:
A Terceira Câmara de Direito Civil decidiu, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Custas legais.
Análise do acórdão
Com relação ao relatório da sentença recorrida visualizado, o mesmo adota por revelar com transparência o que existe nos autos, e a ele é acrescentado que o MM. Juiz de Direito, Doutor Rodrigo Vieira de Aquino, julgou improcedente o pedido, condenando o autor ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, estes arbitrados em uma quantia de R$ 500,00 (quinhentos reais).
Irresignado, o autor interpôs recurso de apelação, no qual restaura os argumentos em sua peça inaugural, constando que a alimentanda reside em imóvel próprio em área nobre, adquiriu recentemente um automóvel, percebe proventos de aposentadoria e verba proveniente da locação de uma quitinete, além de ser revendedora de cosméticos. 
Afirma, ainda, que o fato de ter constituído empresa e encontrar-se em situação financeira favorável não constitui motivo plausível para que seja compelido a continuar prestando assistência à pessoa com a qual já encerrou o vínculo de matrimônio há mais de 30 (trinta) anos e que apresente tais condições mencionadas. Diante de tais argumentos, pleiteia a exoneração do dever de pagar alimentos à ré.
Em contrarrazões a ré pugna pela manutenção do veredicto.
Ante o exposto, por fim, a douta Procuradoria-Geral de Justiça, em manifestação da lavra do eminente Procurador de Justiça Vânio Martins de Faria, deixou de emitir parecer por não verificar razão que justifique a intervenção ministerial.
ACÓRDÃO Nº 2
Agravo (§ 1º art. 557 do CPC) em Reexame Necessário n. 2015.039119-6/0001.00, de Tijucas
Relator: Des. Subst. Júlio César Knoll
FATOS
AGRAVO (ART. 557, §1º DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL). PENSÃO ESPECIAL. ÍNDICES DE CORREÇÃO MONETÁRIA E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS EM 5% SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO MANTIDOS. PRECEDENTES NAS CÂMARAS DE DIREIRO PÚBLICO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo (§ 1º art. 557 do CPC) em Reexame Necessário n. 2015.039119-6/0001.00, da comarca de Tijucas (2ª Vara Cível), em que é agravante V. M. R.Repr. p/ mãe J. M. N., e agravado Estado de Santa Catarina:
A Terceira Câmara de Direito Público decidiu, por votação unânime, conhecer e desprover o recurso. Custas na forma da lei.
Análise do Acórdão
Trata-se de agravo interno (art. 557, §1º, do Código de Processo Civil) interposto por V. M. R., representado por sua genitora, contra decisão monocrática, que acolheu o reexame necessário, para, de ofício, minorar a verba honorária e adequar os consectários legais.
Requereu a utilização da correção monetária pelo INPC, corrigindo todas as parcelas, vencidas e vincendas, antes ou depois de 2009.
Ainda, pugnou pela majoração dos honorários advocatícios, por estes não estarem de acordo com a regra legal.
ACÓRDÃO Nº 3
Apelação 2014.035983-4
Relator: Des. Henry Petry Junior
Órgão julgador: Quinta Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina
Fatos
Inicialmente Sr. Jonas Enor Mello propôs ação de rescisão contratual c/c despejo com pedido liminar c/c cobrança, em face de Ruberval Gabelotto, Sonia Maria Friberger Garbelotto e Garbelotto & Cia Ltda.
Alega o autor que firmou contrato de aluguel de um imóvel comercial para a Empresa Garbelotto Cia. Ltda., por prazo determinado e no decorrer do contrato houve descumprimento do acordado por conta da sublocação do imóvel à Farmácia Schlatter Ltda.. Alegou ainda que os sublocatários entregaram as chaves do imóvel, no entanto não retiraram seus móveis, nem realizaram os reparos necessários para restabelecer o imóvel nas condições em que locaram.
A citação da Garbelotto e Cia. Ltda. foi direcionada e recebida por Ruberval e Sonia, a empresa não apresentou contestação.
Ruberval e Sonia compareceram espontaneamente ao processo e alegaram que sofreram um golpe do proprietário da Farmácia e realizaram a venda da Gabelotto e Cia. Ltda. por meio de contrato de trespasse aos sócios Alexandre Cordeiro e Valdemiro da Rocha Junior e os mesmos não adimpliram a compra da empresa e fugiram sem pagar as demais dívidas.
Tendo em vista o exposto, os réus pediram que somente a Garbelotto Cia. Ltda. respondesse pelas despesas, pediram a denunciação à lide aos terceiros e a improcedência do pleito inicial.
O juiz de primeira instância prolatou sentença julgando procedentes os pedidos do autor, determinou a rescisão do contrato, condenou os réus ao pagamento de todas as despesas relatadas corrigidas monetariamente e com
juros, decretou o despejo dos locatários e condenou os réus ao pagamento de custas processuais e honorários sucumbenciais.
Irresignados, os condenados apresentaram apelação alegando que: (a) houve cerceamento de defesa, pois não houve a citação regular da Garbelotto Cia. Ltda, pelo fato de não serem os representantes legais da empresa tendo em vista que a alienaram; (b) Não possuem legitimidade passiva para a causa por conta da alienação da empresa ré; (c) Não houve sublocação e sim contrato de trespasse.
Por fim, pedem a anulação da sentença e subsidiariamente o reconhecimento da ilegitimidade passiva dos apelantes.
Análise do acórdão
Perante à alegação de cerceamento de defesa por conta da irregularidade da citação da Garbelotto Cia. Ltda. por meio de seus supostamente antigos donos, o juízo do Egrégio Tribunal de Justiça decidiu que foi válida a citação. Isto porque houve sim uma decisão liminar que declarou o Sr. Valdomiro como proprietário da empresa, no entanto a liminar não foi confirmada e o processo permanecia suspenso. Tendo ainda, a empresa constituída em sociedade não poderia ser repassada a um único proprietário, pois não se tratava de EIRELI, nem de microempresa individual, o que tornou invalida a cessão de cotas realizada por meio de alteração contratual da sociedade.
A alegação de ilegitimidade passiva dos sócios da empresa foi reconhecida. Isto porque o contrato de locação foi celebrado somente em nome da empresa e as personalidades da empresa e dos sócios não devem ser confundidas, a não ser que haja a desconsideração da personalidade jurídica. Motivo pelo qual foi decido extinto o processo sem a resolução do mérito em relação aos sócios da Garbelotto Cia. Ltda.
Tendo o reconhecimento da ilegitimidade de Ruberval e Sonia, houve reversão da condenação de pagamento de custas e honorários sucumbenciais. Os magistrados decidiram por condenar também o autor ao pagamento de 50% das custas e ao pagamento de honorários sucumbenciais a Ruberval e Sonia. Houve reajuste da condenação da Gerbelotto Cia. Ltda. ao pagamento das custas processuais, reduzindo ao montantede 50% e dos honorários advocatícios também.
Por fim, o colegiado profere de forma razoável e proporcional, analisando corretamente os pontos controvertidos e tendo considerado de forma acertada a procedência parcial o recurso de apelação do Sr. Ruberval e da Sra. Sonia.
Acódão Nº 4
Reexame em Apelação Cível n. 2013.088745-7, da Capital
Relator: Des. José Carlos Carstens Köhler
REEXAME EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ADIMPLEMENTO CONTRATUAL.
Fatos
ARESTO PROLATADO POR ESTE COLEGIADO QUE, dentre outras questões, DETERMINOU A APLICAÇÃO DO CRITÉRIO DA MAIOR COTAÇÃO DAS AÇÕES NO MERCADO FINANCEIRO NO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE A CISÃO E O TRÂNSITO EM JULGADO DO ACÓRDÃO PARA A APURAÇÃO DO VALOR PECUNIÁRIO DEVIDO QUANDO DA CONVERSÃO DA OBRIGAÇÃO DE SUBSCRIÇÃO ACIONÁRIA EM PERDAS E DANOS. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL PELA RÉ.
SUPOSTA DISSONÂNCIA ENTRE A POSIÇÃO ADOTADA POR ESTE PRETÓRIO E A PERFILHADA PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. DETERMINAÇÃO DE NOVO ENFOQUE DA MATÉRIA, COM BASE NO INCISO II DO § 7º DO ART. 543-C DO CÓDIGO BUZAID. Admissão do RESP N. 1.301.989, DE RELATORIA DO MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO, DE QUE TRATA A MULTIPLICIDADE DE INCONFORMISMOS COM FUNDAMENTO IDÊNTICO À QUESTÃO DE DIREITO, COMO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. JULGAMENTO QUE DEFINIU QUE A TRANSFORMAÇÃO DOS TÍTULOS ACIONÁRIOS EM PECÚNIA DEVE CONSIDERAR A COTAÇÃO DA AÇÃO NA DATA DA IMUTABILIDADE DA DECISÃO.
CASO CONCRETO. CRITÉRIO DA COTAÇÃO EM BOLSA. NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DO MAIOR VALOR DA AÇÃO EM BOLSA DURANTE O TEMPO TRANSCORRIDO ENTRE A DATA DA CISÃO E A DO TRÂNSITO EM JULGADO. NECESSIDADE DE RESSARCIMENTO DA PARTE AUTORA NÃO APENAS QUANTO AOS VALORES QUE PERDEU, MAS TAMBÉM NO QUE TANGE AOS QUE DEIXOU DE LUCRAR. INTELIGÊNCIA DO ART. 402 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. MANUTENÇÃO DA DECISÃO, NOS TERMOS DO INCISO II DO § 7º DO ART. 543-C DO CÓDIGO BUZAID.
ARESTO GUERREADO MANTIDO EM SUA INTEIREZA EM CARÁTER DE REEXAME.
Análise do acórdão
Brasil Telecom S.A. interpôs Recurso Especial contra o acórdão que fora prolatado por esta Quarta Câmara de Direito Comercial que, em votação unânime, não conhecendo do Agravo que fora Retido, rejeitou as preliminares e dando parcial provimento ao Apelo.
No Recurso Especial, a Recorrente agitou, dentre outros temas, que na hipótese de conversão da obrigação em pecúnia, caso admitido o valor da cotação em bolsa, o valor das ações deverá ser apurado na data do trânsito em julgado deste feito, não havendo, portanto, que se falar em maior cotação.
Intimado o Adverso, este deixou de ofertar suas contrarrazões ao Recurso Especial.
Tendo sob o argumento de estarem as decisões combatidas, em princípio, "em desacordo com a orientação sedimentada pelo Superior Tribunal de Justiça, determinou, em caráter de reexame, o encaminhamento dos autos a este Colegiado, "na forma do art. 543-C, § 7º, II, do CPC, e do art. 5º da Resolução n. 42/2008 deste Tribunal de Justiça, para a apreciação da questão jurídica destacada".

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