Paper-versão final para posagem

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
Importância do artigo científico para o desenvolvimento
da ciência: uma leitura sobre o livro didático de ciências
EDUARDO IZIDORO SILVA LEITE –
LUCIANA VIEIRA GUIMARÂES DA SILVA –
MARIA SILENE -
TUTORA À SEMI-PRESENCIAL – CYNTHIA RUBIA BRAGA CONTIJO
CENTRO UNIVERSITARIO LEONARDO DA VINCI-UNIASSELVE
CURSO LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
(LEI 125)-PRATICA MODULO1
15/12/2017
 
 RESUMO
Esse artigo tem por objetivo discutir como a produção de artigos científicos contribui para as ciências na área da educação, considerando três aspectos fundamentais: 1) como o trabalho feito através de um investigador pode oferecer as pessoas a confiança e orientá-las para descobrir várias possibilidades dentro da problemática do método científico; 2) a importância da temática do livro didático para o ensino de ciências no Brasil; e 3) o uso desse material didático na sala de aula. Para tanto foi realizada uma análise bibliográfica sobre o assunto, em que foram feitas pesquisas, utilizando-se de artigos científicos para dar embasamento à discussão aqui proposta. Trata-se saber como os autores de livros didáticos usam a investigação científica no seu trabalho, buscando verificar se o livro didático passa um conteúdo de confiança para os alunos onde poderão aprender sobre o mundo e sobre si mesmos através da ciência. Os resultados da análise bibliográfica aqui empreendida sugerem que a presença da metodologia científica no material pedagógico produzido no Brasil vem sendo estimulado, especialmente, pela Academia  Brasileira  de  Ciências  que, desde 2001, vem propondo uma série de atividades de educação em ciências, com o objetivo na melhoria do ensino de ciências nas escolas brasileiras.
PALAVRA- CHAVE: Artigo científico. Livro didático de ciências. Metodologia científica. 
1 INTRODUÇÃO 
O livro didático é um instrumento de grande valor educacional, a educação em ciências deve ser parte fundamental na educação, pois é nos anos iniciais que a educação em ciências ocorre levando informações que buscam em compreender as coisas a nossa volta, nos dando respostas que muitas vezes solucionam nossos problemas do dia a dia.
Não deixa de ser conhecimento aquele que foi observado ou passado de geração em geração, através da educação informal ou baseado em imitação ou experiência pessoal. Esse tipo de conhecimento, dito popular, diferencia-se do conhecimento científico por lhe faltar o embasamento teórico necessário, 
Com uma compressão cientifica o estudante consegue identificar, por exemplo, conhecimento cientifico sobre ciências através dos livros didáticos passando a saber, como seu corpo funciona, compreendendo os fenômenos deste mundo no qual estamos inseridos. Desde bem cedo aprendemos ciência na escola, e passamos a saber como nosso corpo funciona, dando varias possibilidades de aprendizagem. 
À medida que crescemos continuamos a procurar esclarecimentos sobre várias, dúvidas que as vezes, ainda, temos, e nem sempre encontramos fontes confiáveis, mas quando a informação é obtida por uma metodologia científica é muito maior a probabilidade de nossa compreensão estar correta, pois esses estudos relacionados a essas dúvidas nos garante esclarecimentos. Podemos chamar esse conhecimento obtido de conhecimento científico ou ciência. (KERLINGER, 1978). 
Quando começamos a nos preocupar acerca do modo com se adquire um conhecimento, ou quando tentamos adquirir um conhecimento novo, colocam-se nos questões de variadas índoles, muitas das quais integram o campo de estudo da metodologia.
O artigo cientifico é muito importante para ciências, pois ele traz confiança através de pesquisas sistemáticas e rigorosas que comprovam variados assuntos que antes não eram esclarecidos ou compreendidos. A partir de um artigo publicado pode-se explorar mais a ciências e descobrir novos estudos de uma metodologia cientifica. 
O professor precisa estar familiarizado e ter interesse pelas ciências para assim estar motivando e estimulando seus alunos, caso contrario não tem como desenvolver uma educação em ciência de qualidade. O cidadão, cientificamente alfabetizado deve ser capaz de avaliar a qualidade da informação cientifica a partir de suas fontes e dos métodos utilizados para gerá-la.
O conhecimento científico é diferente dos outros tipos de conhecimento por ter toda uma fundamentação e metodologias a serem seguidas, e se basear em informações que são submetidas à verificação rigorosa e que oferecem explicações confiáveis a respeito do que se e trabalhado ou evento em questão. 
Já a pesquisa científica é feito por profissionais humanos, que tem como objetivo conhecer e explicar os fenômenos, fornecendo respostas às questões significativas para a compreensão da natureza. Para essa tarefa, o pesquisador utiliza os conhecimentos já adquiridos por outros e acumulado durante a historia da ciência, e assim busca manipular cuidadosamente os diferentes métodos e técnicas para obter resultados pertinentes às suas indagações. 
Segundo Ander-Egg (apud LAKATOS & MARCONI, 2008), a pesquisa é um “procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento. Esse procedimento fornece ao investigador um caminho para o conhecimento da realidade ou de verdades parciais”.
A confiança no que se lê é muito importante na ciência, pois se diferencia do conhecimento dito popular, não cientifico. Quando se tem um conhecimento baseado na ciência a formação científica ajudará as pessoas aprenderem a criticar os argumentos e as afirmações de outras pessoas. Pois esse conhecimento se distingue de outras formas de indagação acerca do mundo, acerca de métodos específicos de pesquisa, há um modo de fazer as coisas de colocar as questões e de formular as respostas que e característico da ciência e que permite ao investigador desenvolver o seu trabalho de um modo sistemático.
Para que suas pesquisas se tornem confiáveis e distribuída para todos deve-se obter o conhecimento cientifico por dois ou mais cientistas com orientação diferentes um do outro e assim eles devem chegar na mesma conclusão se cada um deles já realizou o mesmo experimento. A partir dai essa pesquisa se torna confiável e pode ser publicada e ser submetida a julgamento de outros cientistas. Pois como pode ser notado alguns trabalhos científicos podem ser genérico por não aplicar realmente os requisitos científicos necessários, por isso o pesquisador deve ter muito cuidado na hora de expor os resultados de pesquisa, pois nem tudo que é dito e realmente ciência e vai ser avaliado pelo julgamento da comunidade cientifica é confiável e bem preparado para fazer a avaliação que conseguirá perceber e reconhecer o mérito acadêmico-científico-tecnológico e sua aprovação e que vai tornar confiável o artigo publicado. 
Esse processo de avaliação é criterioso, pois aí são selecionados resultados originais, inovadores e que possibilitam o avanço técnico-científico.
Destaca-se, ainda, que para se criar novos conhecimentos acerca de um tema ou resolver os mistérios do mundo deve-se, também, lançar mão da intuição e imaginação, mas para tanto tem de se ter uma mente aberta aos diversos caminhos que levam a respostas, se não de nada serve estudar o mundo através de um rigoroso processo de análise do material disponível e das criticas que surgem, pois de outro modo nos afastaríamos do conhecimento cientifico. 
A investigação nada mais é do que um guia ao qual se apela quando surge a dúvida, uma fonte onde se pode consultar para ter entendimento das causas e das possíveis dificuldades que ocorrem em nosso dia a dia. Essas experiências permitem conhecer os métodos através dos quais a ciência obtém as provas que apoiam as afirmações do seu conhecimento, e assim como se dá o seu alcance e limitações no mundo real.
Considerando-se, então, a importância das ciências, pesquisas, metodologias
científicas para a formação do sujeito, questionamos o seu lugar na produção do livro didático de ciências. Para tanto, realizamos um estudo bibliográfico, tendo como foco: 1) como o trabalho feito através de um investigador pode oferecer as pessoas a confiança e orientá-las para descobrir várias possibilidades dentro da problemática do método científico; 2) a importância da temática do livro didático para o ensino de ciências no Brasil; e 3) o uso desse material didático na sala de aula.
2 O LIVRO DIDATICO DE CIÊNCIAS E A METOLOGIA CIENTÍFICA 
No Brasil foi criado o Instituto de Livros Didáticos, esse órgão é especifico para planejar as atividades relacionadas ao livro didático e, também, incentivar a sua destruição e produção. A lei n.º 1006/38 foi criada em 1938 através do decreto-Lei de n.º 1006/38 para a primeira Comissão Nacional do Livro Didático, sendo também a primeira politica de legalização do livro didático, com o intuito de criar um órgão competente para examinar e julgar os livros que seriam distribuídos em rede nacional.
Em 1971 foi criado, pelo decreto de nº 68.728, o Programa do Livro Didático, onde e feita sugestões especificas para qualificação de material, uma equipe multidisciplinar formada por representantes de escolas, universidades e do governo federal passa a orientar livros aprovados que passaram a ser classificados e recomendados com correções , recomendados com qualidade. Dessa forma o livro de ciências passa a ser indicado pelo professor responsável da disciplina, esta tarefa exige que o professor tenha conhecimento o quanto e importante a pesquisa cientifica para ciência, avaliando esse instrumento de trabalho desde da etapa da escolha escolhendo um livro de qualidade, com base nos parâmetros estabelecidos pelos órgãos competentes.
Em décadas mais tarde o livro didático tem sido foco dos pesquisadores de diversas áreas da educação que discutem sobre o destino da educação e dos livros didático a sua qualidade e conteúdo, no seu processo de produção e uso no processo didático- pedagógico. No que observa-se ao livro didático de Ciências, é que comunidade cientifica esta de acordo que o material deve ao menos compilar os saberes históricos, filosóficos e científicos com as especificidades contextuais, tratando a transposição didática de conhecimentos científicos para o exercício da cidadania. 
Porém sem negar os aspectos inerentes da metodologia científica, baseada em interpretação e argumentação próprias para explicações de fenômenos naturais. a metodologia cientifica e um instrumento sem o qual a ciência não poderia existir. Por esta razão, não é possível aprender ciências na escola sem a metodologia como base para uma compreensão mínima de certos problemas relativos ao conhecimento em geral para se construir o conhecimento sobre ciências na escola primeiro precisamos entender o que significa ciências que significa conhecimento ou sabedoria. Em geral sabe-se quando a pessoa tem certo conhecimento sobre algo quando vai além da realidade. e a traves da influência da ciência que são descobertas muitas coisas que torna nossa vida mais fácil e ate difícil imaginar como seria hoje o mundo, caso o conhecimento científico tivesse estagnado.
Diante disso, na medida em que os conhecimentos científicos são elaborados, passam por processos dê codificação, sendo que os processos didáticos devem considerar os códigos científicos. Contudo, tais códigos passam por uma decodificação ou transposição para ser apreendida pelos alunos. Essas transformações, são realizadas pela transposição didática, o que tornam acessíveis os conhecimentos científicos e são feitos por diferentes atores, que pertencem às diversas instâncias sociais relacionadas com a educação – como órgãos oficiais de educação, universidades, pesquisadores, professores, divulgadores etc - onde ocorrem as transformações do conhecimento com finalidade de ensino Ao desenvolver o conceito de transposição didática, Chevallard (1991) nos mostrou que, o “saber sábio”, ao se transformar em “saber ensinado”, é descontextualizado, naturalizado, despersonalizado e descontemporaneizado. 
Desse modo, o saber científico de torna referência principal para o saber ensinado, todavia ao ser transposto, um novo saber é produzido, o que aponta para a existência de produção de conhecimento no espaço escolar, ou seja, os conhecimentos científicos na medida em que são elaborados, passam por processos de codificação ou transposição para ser aprendido pelo aluno. Dessa maneira se torna um grande desafio para o professor transformar um conhecimento científico em um conteúdo didático. O fato e que teorias complexas , precisam ser transformadas sem perder suas propriedades e características, para serem assimiladas pelos alunos. Assim, a transposição didática pode ser desenvolvida como um conjunto de ações transformadoras que tornam o conhecimento fácil de ser compreendido por todos, mas um processo transformador requer persistência para se buscar referencias de um ponto de partida produzido pelos cientistas, de acordo com as regras do estatuto da comunidade à qual pertence.
Na comunidade escolar, artigos científicos de confiança é muito importante para o aprendizado dos alunos, pois uma das funções da escola e a de transmitir conhecimento produzidos pela humanidade. Portanto a escolha de um livro de ciências é uma responsabilidade não só de natureza didático-pedagógica ,mas também no campo social e politico, uma vez que equívocos conteudista ou metodológico podem diretamente influenciar na má formação da alfabetização do discente. (NÚÑES et al.,2003). 
Uma vez que o livro didático se torna instrumento de apoio para alunos e professores, na aula deve- se da suma importância na utilização desses livros visto que de acordo com a fonte que esses artigos científicos e utilizado na sua preparação, pois a certos conhecimentos e afirmações que não são confiáveis ou que não a comprovação trazendo conclusões duvidosas por conter dados equivocados. Ficou, então evidente a necessidade de criar instrumentos pra adequar os livros didáticos a uma nova realidade educacional que tem compromisso com as necessidades da sociedade. Tanto a comunidade cientifica cômodas escolas no Brasil.
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A nossa vida inteira procuramos conhecer o mundo a nossa volta e aprendemos através de muitas maneiras, principalmente por meio do nosso trabalho, nos estudos e na constante interação social adquirimos e utilizamos uma enorme quantidade de conhecimentos. Muitos desses conhecimentos e dessas aprendizagens apresentam-se como algo quase natural, mas, em geral, não o são, pois são construídos ao longo da vida, por meio de estudos e pesquisas. 
Através do tempo passamos a ter duvidas e queremos descobrir algo para resolver questões que aparecem em nosso cotidiano, por meio de conhecimentos sistemáticos feitos através de uma metodologia passamos ter confiança no que para nós era até, então, impossível de acreditar. Nesse sentido, os artigos científicos mostram ser de grande ajuda para se descobrir novas formas de conhecimento através da ciência.
Ensinar Ciências é muito mais que passar o conteúdo e fixação dos termos científicos na sala de aula, deve se promover a verdade que está relacionada a compressão de fatos e conceitos fundamentais, ao melhoramento de competências para o estudo de Ciências como um processo de investigação e ao entendimento da importância do conhecimento científico para a tomada de decisões individuais e coletivas. 
Os artigos científicos tornam possíveis a facilitação do conhecimento da ciência. Neste trabalho aqui empreendido, através de uma análise bibliográfica, ainda, inicial, observou- se que o livro didático é um dos instrumentos mais utilizados em sala de aula, e que está entre as responsabilidades mais importantes dos profissionais da educação selecioná-lo, analisando as informações nele contidas. Os professores devem indicar os melhores livros de ciências que vão ser
trabalhados em sala de aula, considerando, sobretudo, o papel das ciências, pesquisas, metodologias e, ainda, o seu embasamento em artigos científicos. Tal trabalho feito pelo professor de ciências deve levar em conta que existem informações contraditórias, mas que, geralmente, em um artigo científico é feito uma pesquisa ou uma metodologia cientifica especifica e bem elaborada por profissionais cientistas ou mais para apresentação dos fatos podendo ser de confiança .
 
REFERENCIAS
ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS. Subsídios para a Reforma do Ensino
Superior. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências. 2004
ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS. Grupo de Trabalho sobre Educação Infantil. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências.2009
BOGDAN, R.C.; BIKLEN, S. K. Investigação Qualitativa em Educação: uma introdução á teoria e aos métodos. 12ª ed. Portugal: Porto Editora, 1994. 337p.
BIBLI. Revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação,
Florianópolis, v. 16, n. 31, p. 51-70, 2011. Disponível em: <http://
dx.doi.org/10.5007/1518-2924.2011v16n31p51>. Acesso em: 18
jun. 2016.
FERREIRA, H. R. Reflexões sobre a escolha do Livro Didático. Revista de Ciências da Educação, n. 3, p. 187-199. 2000. 
KERLINGEP, Fred Nichols. Metodologia da pesquisa em ciências sociais. São Paulo: EPU, 1979. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas,2003.
MEC. GUIA DE LIVROS DIDÁTICOS: PNLD 2011: Ciências. Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica. Brasilia: MEC, 2010, 100 p.
NÚÑEZ, I. B.; RAMALHO, B. L.; SILVA, I. K. P.; CAMPOS, A. P. N. A Seleção dos Livros Didáticos: um saber necessário ao professor. O caso do ensino de ciências, OEI-Revista Iberoamericana de Educación, 2003, p 1-11.
PORTO,A.; RAMOS,L.;GOLART,S.Um olhar comprometido com o ensino de ciências.1.ed.Belo horizonte:Editora FAPI,2009.
QUESADO,M. O livro didático e as demandas atuais da educação em ciências.In: MARTINS,l; GOUVÊA,G. O livro didático de ciências: contextos de exigências, critérios de seleção, práticas de leitura de uso em sala de aula.1ª. ed. Rio de janeiro:2012.p.89-102
SPINAK, E. Dicionário enciclopédico de bibliometría, cienciometría e informetría. Caracas: UNESCO, 1996.
VILELAS, José. O Processo de Construção do Conhecimento. 1ª Edição – Lisboa, outubro de 2009. 2ª Edição – Lisboa, setembro de 2017.