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COLÉGIO ESTADUAL MARIA EVANGELINA LIMA SANTOS BIANCA SANTOS OLIVEIRA GYSELLA RIBEIRO MASCARENHAS CROMATOGRAFIA EM PAPEL RELATÓRIO N°2 IPIRÁ – BA 2019 BIANCA SANTOS OLIVEIRA GYSELLA RIBEIRO MASCARENHAS CROMATOGRAFIA EM PAPEL RELATÓRIO N°2 Trabalho experimental apresentado aos alunos do 3° A matutino, com o objetivo de analisar se existe separação dos pigmentos de cores em tintas de hidrocores. ORIENTADOR: Lilian Cruz IPIRÁ – BA 2019 INTRODUÇÃO Cromatografia é uma técnica físico-química de separação de misturas. Ela está fundamentada na migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase estacionária. O termo cromatografia foi primeiramente empregado em 1906 e sua utilização é atribuída a um botânico russo ao descrever suas experiências na separação dos componentes de extratos de folhas. Nesse estudo, a passagem de éter de petróleo ( fase móvel ) através de uma coluna de vidro preenchida com carbonato de cálcio ( fase estacionária ), a qual se adicionou o extrato, levou a separação dos componentes em faixas coloridas. A cromatografia em papel é uma técnica de partição, utiliza dois líquidos, ou misturas de líquidos, um atuando como fase móvel (eluente) e outro, suportado sobre papel, atuando como fase estacionária. Ocorre a retenção das substâncias devido às diferentes afinidades para com as fases estacionária e móvel. Utiliza-se papel normal ou papel de filtro (mais utilizado) como suporte da fase estacionária. MATERIAIS UTILIZADOS Papel-filtro Hidrocores Copo ou béquer Álcool Água Detergente PROCEDIMENTO Recorte o coador de papel em tiras de cerca de 4,0 cm de largura e 13 cm de comprimento; Coloque pingos da tinta de cada caneta na parte inferior da tira de papel. Tome o cuidado para não colocar muito na extremidade, deixe cerca de 2,0 cm de base. A distância entre os pontos também não deve ser muito pequena; deve ser cerca de 1,0 cm. Experimente colocar todas as cores ou pode colocar uma a uma. Coloque água no copo ou béquer. Atenção: Não encha o copo, coloque apenas uma quantidade suficiente para molhar a ponta da tira de papel sem alcançar a tinta. Observe o que ocorre com o tempo. Quando o líquido subir por todo o papel, retire-o e deixe-o secar. Repita o processo, colocando álcool, depois detergente, ao invés da água. RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante a aula no laboratório, a professora Lilian Cruz, pediu para que os alunos fizessem esse experimento, com os hidrocores de cores: azul, vermelho e preto, e que usassem como fase móvel, a água, o detergente e o álcool. No decorrer da experiência podemos observar que o recipiente onde é feita a cromatografia tem que estar saturado para orientar a eluição do solvente de forma gradual e uniforme pela fase estacionária, caso contrário, o solvente que sobe evapora para dar equilíbrio ao sistema. O nível do solvente deve localizar-se tangente à fase estacionária, pois se isso não ocorre, as cores dissociam-se muito pouco e não “sobem” pelo papel, apenas se concentrando em volta da marca da bolinha. Além disso, a tinta passa para o álcool. As diferentes cores são observadas em posições diferentes na fase estacionária, uma vez que as tintas usadas são compostas por diferentes pigmentos. As diferentes interações entre esses pigmentos e a fase móvel utilizada fazem com que eles se separem de maneira diferente, devido também a uma diferença de polaridade das reações químicas de pigmento para pigmento, tendo então um índice de retenção menor, e consequentemente um deslocamento mais longo na fase estacionária. No papel de filtro mergulhado em água, a marca feita pelo marcador vai aumentando de tamanho e observa-se uma separação das cores. Isto ocorre porque a tinta é solúvel em água e os seus diversos componentes, uma vez dissolvidos, espalham-se pelo papel de filtro por capilaridade. Como cada componente percorre o papel com uma velocidade diferente, ocorre a separação dos diferentes pigmentos que constituem a tinta. No papel de filtro mergulhado em álcool, a marca do marcador fica praticamente inalterada, porque a tinta é insolúvel em álcool, ou seja, o solvente eluiu, arrastando consigo todos os pigmentos componentes da cor. Não houve interação entre as fases, ou por outras palavras, os pigmentos constituintes não se diferenciaram. E no detergente não aconteceu nada, porque como diz a regra ´´ semelhante dissolve semelhante``, ou seja, o detergente ele é polar e apolar e as tintas dos hidrocores são polares, então não tem como se dissolverem. De entre os solventes usados, a água foi o que se deslocou mais rapidamente. Isso ocorre devido à maior interação por ligações de hidrogénio das moléculas de água com as hidroxilas das moléculas de celuloses presentes no papel. Este processo é chamado de capilaridade e envolve as forças de coesão e de adesão presentes. CONCLUSÃO Como pudemos ver, a cromatografia é um método qualitativo prático, barato e seguro para determinar os compostos de uma solução, neste caso as cores. A partir desta experiência, foi possível aprender e entender a aplicação prática das técnicas de cromatografia, tanto para a o fim de isolar compostos de uma determinada amostra com uso de uma fase móvel e uma fase estacionária adequada, bem como para quantificá-los e identificá-los, buscando sempre utilizar uma combinação de solventes que potencializem os resultados que se esperam e também criar efeitos artísticos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS www.brasilescola.uou.com.br www.invivo.fiocruz.br www.qmcbasica.paginas.ufsc.br
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