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ENERGIA PARA ATIVIDADE FÍSICA

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ENERGIA PARA A 
ATIVIDADE FÍSICA
Profª Dra. Juliana de Goes Jorge
Produção de ATP
 3 formas:
1. Degradação da creatina-fosfato (CP);
2. Degradação da glicose ou do glicogênio (glicólise);
3. Formação oxidativa.
Não utiliza 
oxigênio
(via 
anaeróbica)
Utiliza oxigênio
(via aeróbica)
Noções básicas sobre exercício e sistema 
energético
AERÓBICO
(Oxidativa) ANAERÓBICO
Lático (Glicose)
Alático (ATP-CP)
Ressíntese
Baixa intensidade.
caminhar, correr, andar, 
pedalar, nadar, dançar.
(a partir de 3 minutos)
Curta duração e alta intensidade
Mais de 10 segundos e 
(menos de 2 minutos)
Curta duração e alta intensidade.
(de 0 a 10-12 segundos)
ATP
PRODUÇÃO DE ENERGIA
Via 
Aeróbica
Via 
Anaeróbica
Sistema Fosfagênio
- Sistema ATP-CP -
VIA ANAERÓBICA - Alática
VIA ANAERÓBICA - Alática
Sistema ATP-CP
ATP Creatina Fosfato
Sistema ATP-CP 
ou
Sistema Fosfagênio
Armazenado nas 
células musculares
ADP Creatina Fosfato ATP Creatina
Creatina quinase
VIA ANAERÓBICA - Alática
Sistema ATP-CP
VIA ANAERÓBICA - Alática
Sistema ATP-CP
 Este sistema pode prevenir a depleção de energia ressintetizando
ATP;
 Processo anaeróbio – Ocorre sem a presença de O2;
 1 mol de ATP é produzido a partir de 1 mol de fosfocreatina (PCr).
VIA ANAERÓBICA - Alática
Sistema ATP-CP
 Disponibiliza ATP de maneira muito rápida, sendo assim, a
primeira fonte usada pelos músculos em processos de demanda
energética;
 Porém, sua produção é limitada! Curto tempo!!
VIA ANAERÓBICA - Alática
Sistema ATP-CP
 Onde ocorre esta reação?
 Reação ocorre no citosol da célula;
 Para esta reação ocorrer é necessária a presença de uma enzima
chamada creatina-quinase (CK);
 Existem 4 isoformas da CK: CK M citosólica; CK B citosólica; CK M
mitocondrial e CK B mitocondrial.
M = Muscle/Muscular B = Brain/Cerebral
VIA ANAERÓBICA - Alática
Sistema ATP-CP
 Onde ocorre esta reação?
 Quando nosso corpo consegue gerar ATP através de uma fosforilação
oxidativa pela via aeróbica, este ATP doa 1 fosfato (P) para uma
molécula de CREATINA através de uma ação enzimática (CK) – TODO
ESTE PROCESSO OCORRE NA MITOCÔNDRIA;
 Em seguida – JÁ NO CITOSOL - a fosfocreatina doa seu íon fosfato
(Pi) para uma molécula de ADP, através de uma reação enzimática
pela enzima CK, este processo gera uma nova molécula de ATP!
VIA ANAERÓBICA - Alática
Sistema ATP-CP
VIA ANAERÓBICA - Alática
Sistema ATP-CP
 Duração do exercício? 
 Intensidade do exercício? 
VIA ANAERÓBICA - Alática
Sistema ATP-CP
Curta duração 
Alta intensidade
Energia 
Imediata
VIA ANAERÓBICA - Alática
Sistema ATP-CP
Atividade Tempo de consumo do 
ATP-CP
Caminhada 1 minuto
Maratona 20-30 segundos
Corrida com velocidade
máxima
5 - 8 segundos
VIA ANAERÓBICA - Alática
Sistema ATP-CP
 Recuperação do Sistema
VIA ANAERÓBICA - Alática
Sistema ATP-CP
 Influência do treinamento físico no sistema fosfagênio
Treinamento de Potências
Aeróbicas Anaeróbicas
1. ATP-PCr
2. Glicolítica
1. Oxidativa
Influência do treinamento físico no sistema fosfagênio
Treinamento de Potência Anaeróbica: ATP-CP
 Quais objetivos do treinamento do sistema ATP-PCr?
 Estimular a eficiência do sistema;
 Aprimorar a capacidade das fibras musculares (Tipo II) – Fibras
Brancas – de velocidade e potência;
 Aprimorar o recrutamento motor (aprendizagem neuromotora)
Influência do treinamento físico no sistema fosfagênio
Treinamento de Potência Anaeróbica: ATP-CP
 Treinamentos intervalados em estações:
 Treinamento intervalado em bicicleta ergométrica;
 4 min de baixa intensidade – 30 seg em intensidade máxima; 4-6 
repetições;
 2 semanas de treinamento – 6 sessões ao total.
Sistema Glicolítico 
- Sistema do Ácido Lático -
VIA ANAERÓBICO - Lático
VIA ANAERÓBICA - Lática
Sistema do Ácido Lático
Sistema do 
ácido 
lático
Glicólise 
anaeróbica
VIA ANAERÓBICA - Lática
Sistema do Ácido Lático
ATP-CP
• Início do 
exercício
•Energia 
imediata
Sistema do ácido 
lático
•Continuação 
do exercício 
extenuante
•Ressíntese dos 
fosfatos de 
alta energia
VIA ANAERÓBICA - Lática
Sistema do Ácido Lático
 Este sistema, assim como o ATP-PCr, é utilizado em altas
intensidades, porém, com curta duração;
 Processo anaeróbio – Ocorre sem a presença de O2;
 Processo um pouco mais complexo que o ATP-CP e também
mais longo – (~2min);
VIA ANAERÓBICA - Lática
Sistema do Ácido Lático
 Durante atividades que priorizam a utilização deste
sistema, ocorre a liberação de lactato;
 2 mol de ATP são produzidos a cada mol de glicose;
 Além do ATP, cada mol de glicose produz 2 mol de NADH.
VIA ANAERÓBICA - Lática
Sistema do Ácido Lático
 Onde ocorre esta reação?
 Reação ocorre no citosol da célula;
 O substrato energético para este sistema são: Glicose e o
Glicogênio;
GLICÓLISE
 É o processo através do qual a molécula de glicose é
degradada por uma sequência de 10 reações a 2 moléculas
de piruvato.
GLICÓLISE
Presença
de O2
Glicólise 
Aeróbica
Ácido 
pirúvico
Ausência
de O2
Glicólise 
Anaeróbica
Ácido 
lático
Ausência
de O2
Glicólise 
Anaeróbica
Ácido 
lático
exercício extenuante
Glicogênio
Formação do lactato
 Glicólise anaeróbica;
 Produção e acúmulo de lactato = metabolismo
energético anaeróbico;
 Lactato é produzido em repouso e no exercício
moderado por:
 Hemácias que não possuem mitocôndrias;
 Fibras glicolíticas.
Lactato 
acumulado após 
exercício
Presença de 
oxigênio
Transformação 
em piruvato
Transformação 
em glicose 
(Gliconeogênese)
CICLO DE 
CORI
Renovação da 
energia gasta com 
o exercício 
extenuante = 
Ressíntese de ATP
Ciclo de CORI
 Formação do lactato:
 Durante situações de grande esforço físico a distribuição de
oxigênio para os músculos não é suficiente;
 Nosso corpo fica com capacidade reduzida de oxidar o
piruvato pelo ciclo de Krebs;
 Nosso organismo recorre para um processo de conversão de
PIRUVATO em LACTATO através de uma fermentação lática –
processo que não requer oxigênio!!
Ciclo de CORI
 Formação do lactato:
 E como há liberação de energia nesse processo?
 Transportador de elétrons:
 Função de carregar elétrons para dentro da mitocôndria para
sofrem reações oxidativas, produzindo ATP. Porém, neste caso,
nossa demanda energética devido ao exercício é tão alta que
não dá pra esperar isso ocorrer. Então nossos NADH+ doam seus
elétrons para o piruvato, liberando assim energia! Mas
formando lactato.
INTENSIDADE
DO EXERCÍCIO
Piruvato Lactato
Esta conversão não consegue ser mantida 
por muito tempo!! Além disso, começa um 
processo de acúmulo de lactato tanto no 
músculo em atividade, como também na 
corrente sanguínea.
Remoção do lactato
Níveis sanguíneos e musculares 
de lactato aumentam 
Regeneração do ATP não 
acompanha o ritmo de utilização 
Fadiga muscular
Diminuição do desempenho do 
exercício
Ciclo de CORI
 Remoção do lactato:
Ciclo de CORI
 Remoção do lactato:
 Conversão do lactato em glicose através de gliconeogênese
no fígado;
 Freq. Resp. elevada pós exercício para auxiliar na
fosforilação oxidativa do lactato no processo de
gliconeogênese;
 Objetivo de repor os estoques de glicogênio muscular e
evitar acidose láctica.
Fadiga muscular
 Aumento da acidez intracelular (pH mais baixo);
 Inativação de enzimas que realizam a
transferência deenergia;
 Deterioração das propriedades contráteis do
músculo;
Importante!
A maior acidez no músculo não é a única causa da 
redução da capacidade em realizar exercícios 
após esforço físico intenso.
Importante!
O músculo é o principal local de produção do 
lactato e também o tecido primário para remoção 
do lactato através da oxidação.
Lactato é fonte de energia ou produto do 
desgaste metabólico?
Remoção
Acúmulo
Desgaste metabólico
Acúmulo
Remoção
Fonte de energia
Acúmulo de lactato
 Acúmulo rápido e significativo de lactato
sanguíneo = exercício máximo que dura entre 60 e
180 segundos;
 Redução na intensidade do exercício árduo reduz o
ritmo de acúmulo e nível final de lactato
sanguíneo.
PRODUÇÃO DE ENERGIA
Via 
Aeróbica
Via 
Anaeróbica
Retroalimentação negativa 
(Feedback negativo)
Fatores que alteram a atividade enzimática
Resumo...
Resumo...
Fadiga
Fadiga
▪ Incapacidade de manter o exercício
físico;
▪ Causas:
▪ Periféricas
▪ Centrais
Fadiga
▪ Lesões de fibras musculares
▪ Redução dos estoques de ATP-CP
▪ Acidose muscular
▪ Redução do glicogênio muscular
julianagoesfisio@yahoo.com.br
OBRIGADA!

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