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Caso concreto 03

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Plano	de	Aula:	Resposta	Preliminar	Obrigatória
PRÁTICA	SIMULADA	III	(PENAL)	-	CCJ0149
Título
Resposta	Preliminar	Obrigatória
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
3
Tema
Resposta	Preliminar	Obrigatória
Objetivos
Deverá	 ser	 capaz	 de	 compreender	 as	 fases	 e	 os	 atos
processuais,	 elaborando	 a	 peça	 cabível,	 demonstrando
conhecimento	 do	 direito	 material	 e	 processual,	 para
solução	do	caso.
Estrutura	do	Conteúdo
Conhecer	os	atos	processuais	que	compõem	o	procedimento	e
saber	o	prazo	específico	para	apresentar	a	Resposta	Preliminar
Obrigatória	.	
Impugnar	 os	 fatos	 descritos	 na	 inicial,	 através	 de	 provas	 já
constituídas	 ou	 mesmo	 de	 elementos	 colhidos	 no	 Inquérito
Policial	 que	 possam	 gerar	 o	 convencimento	 do	 Juiz	 para
absolver	sumariamente.
									1.1		As	causas	motivadoras	da	absolvição	sumária.
									1.2		A	obrigatoriedade	da	apresentação	da	resposta.
	 	 	 	 	 	 	 	 	 1.3	 	 A	 apresentação	 das	 provas,	 diligências	 e	 rol	 de
testemunhas.														
2		As	exceções	processuais	.		
								2.1		Momento	e	forma	de	argüição
Aplicação	Prática	Teórica
Mateus	 ,	 de	 26	 anos	 de	 idade,	 foi	 denunciado	 pelo	 Ministério	 Público	 como
incurso	 nas	 penas	 previstas	 no	 art.	 217-A,	 §1º,	 c/c	 art.234-A,	 III,	 todos	 do
Código	Penal,	por	crime	praticado	contra	Maísa,	de	19	anos	de	idade.	Na	peça
acusatória,	a	conduta	delitiva	atribuída	ao	acusado	foi	narrada	nos	seguintes
termos:	No	mês	de	agosto	de	2016,	em	dia	não	determinado,	Mateus	dirigiu-se
à	 residência	 de	 Maísa,	 ora	 vítima,	 para	 assistir,	 pela	 televisão,	 a	 um	 jogo	 de
futebol.	Naquela	ocasião,	aproveitando-se	do	fato	de	estar	a	sós	com	Maísa,	o
denunciado	 constrangeu-a	 a	 manter	 com	 ele	 conjunção	 carnal,	 fato	 que
ocasionou	 a	 gravidez	 da	 vítima,	 atestada	 em	 laudo	 de	 exame	 de	 corpo	 de
delito.	Certo	é	que,	embora	não	se	tenha	valido	de	violência	real	ou	de	grave
ameaça	 para	 constranger	 a	 vítima	 a	 com	 ele	 manter	 conjunção	 carnal,	 o
denunciando	 aproveitou-se	 do	 fato	 de	 Maísa	 ser	 incapaz	 de	 oferecer
	 resistência	 aos	 seus	 propósitos	 libidinosos	 assim	 como	 de	 dar	 validamente	 o
seu	consentimento,	visto	que	é	deficiente	mental,	incapaz	de	reger	a	si	mesma.
Nos	autos,	havia	somente	a	peça	inicial	acusatória,	os	depoimentos	prestados
na	 fase	do	 inquérito	e	a	 folha	de	antecedentes	penais	do	acusado.	O	 juiz	da
2.ª	Vara	Criminal	do	Estado	XXXX	 recebeu	a	denúncia	e	determinou	a	citação
do	 réu	 para	 se	 defender	 no	 prazo	 legal,	 tendo	 sido	 a	 citação	 efetivada	 em
18/11/2016.	Alessandro	procurou,	no	mesmo	dia,	a	ajuda	de	um	profissional	e
outorgou-lhe	 procuração	 ad	 juditia	 com	 a	 finalidade	 específica	 de	 ver-se
defendido	na	ação	penal	em	apreço.
Disse,	então,	a	seu	advogado	que	a	vítima	não	era	deficiente	mental,	e	que	já
a	 namorava	 havia	 algum	 tempo.	Disse	 ainda	 que	 sua	 avó	materna,	Olinda,	 e
sua	 mãe,	 Alda,	 que	 moram	 com	 ele,	 sabiam	 do	 namoro	 e	 que	 todas	 as
relações	 que	 manteve	 com	 a	 vítima	 eram	 consentidas.	 Disse,	 ainda,	 que	 a
vítima	 não	 quis	 dar	 ensejo	 à	 ação	 penal,	 tendo	 o	 promotor,	 segundo	 o	 réu,
agido	 por	 conta	 própria.	 Por	 fim,	 Mateus	 informou	 que	 não	 havia	 qualquer
prova	da	debilidade	mental	da	vítima	e	que	a	mesma	poderia	comparecer	para
depor	a	seu	favor	em	juízo.
Em	 face	 da	 situação	 hipotética	 apresentada,	 redija,	 na	 qualidade	 de
advogado(a)	 constituído(a)	 pelo	 acusado,	 a	 peça	 processual,	 privativa	 de
advogado,	pertinente	à	defesa	de	seu	cliente.	Indique,	ainda,	o	último	dia	para
oferecimento	da	peça	cabível	.

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