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Odontogênese: Desenvolvimento dos Dentes

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Odontogenese
Processo de desenvolvimento/formação do elemento dentário.
Inicia-se com a interação do epitélio oral com o ectomesênquima, originando a banda epitelial primária e, em seguida, a lâmina dentária. 
Os germes dentários passam pelas fases de botão, capuz, campânula, coroa e raiz.
Formação específica de diversos tecidos que constituirão o dente e suas estruturas de suporte inicia-se a partir da campânula.
Dentinogênese = formação de dentina, amelogênese = formação de esmalte, cementogênese = formação de cemento e osteogênese = formação de osso.
Desenvolvimento Embrionário:
4 semanas (aproximadamente) – desenvolvimento da face → arcos branquiais / arco faríngeo → região de epitélio oral.
5 a 6 semanas – face um pouco mais estabelecida, apresentação de uma boca primitiva.
Epitélio oral apoiado em tecido conjuntivo embrionário (ectomensênquima).
Banda epitelial - primeira sinalização do epitélio ao tecido conjuntivo → o ectomensênquima permite que o epitélio invada-o, ele fica mais frouxo por conta da sinalização.
Lâmina vestibular e dentária:
Subdivisões da banda epitelial.
Subdivisão externa da banda epitelial primária ao continuar sua proliferação, e aumentar, fazendo com que suas células fiquem com as centrais degeneradas dá lugar a uma fenda que constituirá o futuro fundo de saco do sulco vestibular, localizada entre a bochecha/lábios e os futuros arcos dentários denomina-se lâmina vestibular.
Subdivisão medial a anterior, nela a proliferação celular continua, levando a um aprofundamento maior no ectomesênquima em relação a lâmina vestibular, essa subdivisão represento o futuro arco dentário e é responsável pela formação dos dentes, ela denomina-se lâmina dentária.
Fase de Botão (ou broto):
Invaginação do tecido epitelial em direção ao tecido conjuntivo embrionário.
Condensação do ectomensênquima em volta do botão.
Ocorre o crescimento do botão resultando na presença de uma concavidade.
Fase de Capuz (ou casquete):
Observam-se vários componentes no germe dentário, esses estabelecem quais elementos desta fase darão origem a estruturas dentárias.
Concavidade com maior concentração de células ectomesênquimais.
Órgão do esmalte: responsável pela formação do esmalte dentário. Divide-se em 2 partes: região mais externa – epitélio externo do órgão do esmalte e região mais interna (volta do capuz) – epitélio interno do órgão do esmalte. Na região central do órgão do esmalte células se afastam umas das outras mas mantem prolongamentos – retículo estrelado.
Papila dentária: condensação de células do ectomesênquima. Responsável pela formação de dentina e polpa.
Folículo dentário: o ectomesênquima que rodeia o órgão do esmalte e a papila dentária sofre uma condensação de modo que suas células alinham-se em torno do germe em desenvolvimento, formando uma cápsula que o separa do restante do ectomesênquima. Responsável pela formação do periodonto de inserção → osso alveolar, ligamento periodontal e cemento e também pela nutrição da porção epitelial do germe dentário.
O germe do dente permanente aparece como um brotamento na lâmina dentária próximo ao decíduo correspondente.
Fase de Campanula:
Iniciam-se os processos de morfogênese e diferenciação celular (histogênese)
Eventos:
Lâmina dentária em degeneração → transformação → via eruptiva: caminho que o elemento dentário faz até a cavidade oral – canal gubernacular.
Osso alveolar está em formação e passa a envolver todo o folículo dentário (exceto a via eruptiva).
Fase de Campanula I:
Acentuação da curvatura do germe → centro do órgão do esmalte vai perdendo corpo.
Estrato Intermediário: acima do epitélio interno do órgão do esmalte, duas ou três camadas de células pavimentosas que acredita-se que participam no processo de formação do esmalte (mineralização).
Alça Cervical: região pontiaguda – encontro do epitélio interno com o epitélio externo do órgão do esmalte → ponto de determinação – onde é coroa, onde é raiz.
Fase de Campanula II:
Definição da forma da futura coroa.
Diminuição da proliferação das células → começa a diferenciação da células → tem início pela formação de uma estruturas temporária → Nó do Esmalte:  acúmulo de células epiteliais na região correspondente ao estrato intermediário, ajuda na determinação de cúspide e incisal, dobra epitélio interno, define forma.
A medida que as pontas vão aparecendo iniciam-se os eventos de diferenciação em células que darão início a formação de dentina e esmalte.
Determinação do tipo dentário:
	
Modelo Indutor: genes homeobox indutores determinam os tipos dentários por códigos.
Modelo de Clone: clones de células seriam responsáveis por padrões de grupos dentários.
Zona de Maturação: tem início nos locais correspondentes a ponta de cúspide e segue até a alça cervical.
	Fase de Coroa:
Deposição de dentina e esmalte.
Histologia e morfologia da dentina e polpa. A dentina e polpa são difíceis de serem separadas pois são interdependentes, formam o Complexo Dentina-Polpa.
Amelogênese: diferenciação ameloblastos – esmalte.
Dentinogênese: diferenciação odontoblastos – dentina.
Indução Reciproca:
As células ectomesênquimais dependem das células epiteliais e vice-versa para ocorrer a diferenciação (de ameloblastos e odontoblastos).
As células do epitélio induzem as células da papila a se diferenciar em odontoblastos e secretar dentina (matriz orgânica não mineralizada) 
Após a deposição da primeira camada de dentina ela estimula as células do epitélio interno a se diferenciarem em ameloblastos e secretar esmalte (em cima da camada de matriz orgânica da dentina).
A formação de dentina é centrípeta (depositada para dentro do espaço da polpa) enquanto a do esmalte é centrífuga (para fora).
A formação de esmalte e dentina estende-se até a região de alça cervical.
Dentina:
Tecido conjuntivo mineralizado.
Não possui células em seu interior mas sim prolongamentos dos odontoblastos (que ficam localizados na polpa) que ocupam túbulos.
Estrutura tubular → túbulos dentinários → permeabilidade.
Avascular.
 Resiliência → propriedade de retornar a forma original após ter sido submetida a pressão.
Dureza → mais dura que o tecido ósseo.
Coloração amarela, porém escurece ao longo do tempo. 
Matriz orgânica → fibrilas colágenas – 90% e substância fundamental amorfa 10%
Matriz inorgânica → cálcio, fósforo, carbonato, sódio, magnésio.
Fase de Raiz:
A partir da alça cervical inicia-se o processo de formação da raiz
Alça Cervical → células do epitélio interno do O. E. + epitélio externo do O.E.
Células da alça cervical dão origem a Bainha Epitelial de Hertiwig → a medida que se prolifera induz células da papila a se diferenciarem em odontoblastos e produzir dentina da raiz → suas pregas que dão origem ao diafragma epitelial determinam o número de raízes a serem formadas. 
A medida que a dentina vai sendo formada a Bainha de Hertiwig vai se fragmentando e formam grupos chamados Restos de Epiteliais de Malassez. A fragmentação deve-se ao fato de a região da bainha já terem proliferado e induzido a diferenciação de odontoblastos então a divisão da bainha cessa e ela não acompanha o crescimento da raiz.
A fragmentação permite o contato do folículo dentário com a dentina radicular.
Concluída a formação de dentina até o fechamento do ápice radicular.
A dentina radicular induz a diferenciação de células ectomensênquimais do folículo em cementoblastos (secreção de matriz orgânica de cemento), osteoblastos (formação do osso alveolar) e fibroblastos (formação do ligamento periodontal).
As fibras colágenas do ligamento são formadas ao mesmo tempo que o colágeno que constitui a matriz do cemento e do osso alveolar, possibilitando que as extremidades das fibras do ligamento, denominadas Fibras de Sharpey, fiquem inseridas quando o cemento e o osso se mineralizam.
A fase de raiz ocorre enquanto o dente erupciona. O dente vai se movendo para a cavidade oral.

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