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TRABALHO ORG

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
TRABALHO DO PSICOLOGO NAS ORGANIZAÇÕES
ALPHAVILLE
2018
APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
Nome da empresa: Seguros (nome fictício)
Porte: Médio 
Número de funcionários: 380
Nacionalidade: Nacional, com expansão para o mercado norte americano.
Atividade econômica: Seguros.
Sociedade: Capital Fechado.
Localização: Barueri
Criação: 1998 
APRESENTAÇÃO DA PSICÓLOGA ENTREVISTADA
Nome da Psicóloga: M.L.
Idade: 38 anos.
Cargo: Analista de T&D (Treinamento e Desenvolvimento).
ENTREVISTA 
	A atuação profissional da psicóloga M.L, 38 anos em Treinamento e Desenvolvimento na empresa Seguros se dá por meio da execução de atividades de treinamento e desenvolvimento de funcionários; com a especialização em MBA de gestão de pessoas e experiência de três anos no mercado ela realiza o acompanhamento de colaboradores que estão enfrentando algum problema; intermediação de conflitos; e elaboração de estratégias que visam a integração da equipe, bem como de realização de pesquisas sobre clima organizacional, comportamento e cognição dos colaboradores.
	A psicóloga afirmou que para a realização de um trabalho de qualidade é preciso que haja muito comprometimento, por se tratar de uma área que envolve vários pontos importantes como a qualidade do serviço prestado, a elevação de custos e o gasto de tempo que são gerados pela substituição de funcionários. Segundo Certo (2003), o objetivo do processo de treinamento e desenvolvimento de pessoal é o trabalho de uma psicóloga organizacional direcionar o candidato com conhecimento e habilidade para desempenhar determinada tarefa ou treiná-lo e prepará-lo para mesma. A avaliação de tal candidato facilita o sucesso de programas que visam o aumento da produtividade de funcionários, elevando a receita e diminuindo as despesas da organização.
	São várias as etapas do trabalho dessa psicóloga. Ao surgir uma vaga, de acordo com a descrição do cargo, ela faz a divulgação descrevendo o perfil desejado para o cargo e as exigências para ocupá-lo. Para as vagas operacionais, os meios mais utilizados para anunciar são o rádio e os jornais da cidade, bem como o Sistema Nacional de Empregos (SINE). Ao receber os currículos, a profissional faz a triagem, eliminando aqueles que não atendem aos pré-requisitos. Posteriormente, parte para a outra parte do processo: para as vagas operacionais, a seleção é composta de dinâmica de grupo, entrevista escrita ou redação e entrevista individual. Já a vaga para científica/nível superior, prova de raciocínio lógico-matemático, dinâmica de grupo e entrevista individual. A etapa de entrevista individual acontece em duas fases, sendo a primeira com a psicóloga e a segunda com essa e com o gerente ou coordenador do setor para o qual a vaga é destinada; a decisão da contratação sempre acontece em conjunto. Caso ocorra o treinamento, avaliação e direcionamento das aptidões do contratado são direcionadas de acordo com o cargo e as necessidades do setor e equipe.
	Na visão dessa profissional, o maior dever do psicólogo organizacional está em oferecer às pessoas a oportunidade de atuarem em um cargo em que elas realmente vão se enquadrar e se sentirem felizes, proporcionando estratégias que possibilitem a aplicação do endomarketing, comunicação interna e interação. A colocação dela vai ao encontro ao que defendeu Chiavenato (2004), em que esse autor afirmou que os três aspectos fundamentais da moderna Gestão de Pessoas são: “as pessoas como seres humanos, as pessoas como ativadores inteligentes de recursos organizacionais e as pessoas como parceiros da organização”. Esse autor afirmou ainda que as organizações bem-sucedidas estão percebendo que somente podem crescer e manter a continuidade delas, se as pessoas constituírem o principal ativo dessas instituições. A Gestão de Pessoas é a função que permite a colaboração eficaz das pessoas para alcançar os objetivos organizacionais e individuais.
ANÁLISE
	Com relação às questões feitas em entrevista com a psicóloga M.L, pudemos comprovar algumas questões que temos em nossas mentes como estudantes de psicologia em relação a profissão do psicólogo em empresas, e também aprendemos sobre algumas áreas de atuação do psicólogo nas organizações.
Quando estamos no inicio do curso de psicologia já nos é ensinado que precisamos seguir uma linha teórica para atendermos as pessoas e essa escolha ira ocorrer no decorrer dos cinco anos de graduação. Em uma das questões feitas a M.L, ela nos informou que sua linha teórica é a TCC (terapia cognitiva comportamental), ou simplesmente cognitivo comportamental. 
	Essa teoria diz respeito à modificação de comportamentos através dos pensamentos. A linha teórica acredita que nossos pensamentos são os causadores das nossas emoções e, por conseguinte os comportamentos. Eles acreditam que para um comportamento ser modificado é preciso que nossos pensamentos sejam modificados primeiramente. (MAGALHÃES, 2017).
Em alguns artigos passados em aula vimos que essa linha teórica é muito utilizada e está sendo muito eficiente em alguns casos clínicos como o DDA ou TDA - déficit de atenção (LINO, 2005).
	Outra questão que achamos interessante foi a atividade desenvolvida pela psicóloga na empresa, pois alguns de nós, estudantes que não trabalham na área do RH ainda, temos como conceito de que psicólogos de empresa somente trabalham com recrutamento e seleção, mas com a resposta de M.L percebemos que a atuação do psicólogo nas organizações é extensa e diversa.
Sua área de atuação é a de Treinamento e desenvolvimento ações de endomarketing e comunicação interna. Como vimos em aula com o professor Edison, as organizações obtiveram grandes mudanças com o passar do tempo.
	Quando houve a revolução industrial que pode ser chamada de fase paleotécnica, as organizações não tratavam os funcionários de maneira humanizada, os visavam como máquinas e não como seres humanos, até que em 1900 começa-se a era moderna ou a chamada fase neotécnica onde começaram a haver problemas de relações humanas. 
As organizações passaram a perceber que a pessoa tem um papel ativo e importante nas empresas e sem elas não haveria crescimento e desenvolvimento, passando assim a se importar com os trabalhadores e ver como beneficio para a empresa ter funcionários motivados a crescer e desenvolver um bom trabalho.
	O papel do psicólogo nas empresas então seria uma maneira de visar o bem-estar dos funcionários para que eles possam trabalhar da melhor maneira possível produzindo de maneira satisfatória para a organização.
A área que a psicóloga M.L atua, treinamento e desenvolvimento, diz respeito ao treinamento dos funcionários para que eles executem de maneira mais eficiente possível suas funções coerentes ao cargo que irá trabalhar, e o desenvolvimento para que eles possam se desenvolver e ir além, pensando como uma forma de crescimento profissional futura. Segundo Chiavenato (2003) citado por Scaramuzza (2012, p. 7):
O conceito de treinamento apresenta diferentes significados. Inicialmente, alguns especialistas de Recursos Humanos, conceituavam o treinamento como sendo uma forma a moldar cada pessoa de acordo com as atividades que o cargo exigia, desenvolvendo dessa maneira o trabalho organizado, posteriormente, o conceito foi desenvolvido, o treinamento passou a ser visto como um meio para aprimorar, melhorar as tarefas desenvolvidas no emprego desempenhado.
Em questão de endomarketing, é uma atuação de estratégia de marketing interna utilizada pelas empresas que visa os funcionários e prestadores de dentro da empresa. Essa estratégia tem como objetivo satisfazerem os trabalhadores internos, pois quando satisfeitos eles levam o marketing positivo da organização para a parte externa da companhia, isto é, para o público de fora causando uma boa imagem do lugar trazendo assim novos clientes. De acordo com Gronroos (2003) citado por Filho; Pereira; Passos (2013, p. 3):
É claro que
melhorar o ambiente de trabalho e as tarefas para os funcionários é um importante objetivo por seu próprio mérito. Não obstante, é o impacto de marketing externo causado pelos funcionários que é foco definitivo do endomarketing.
	Por fim, a comunicação interna que M.L nos informou que trabalha esta relacionada com a comunicação e troca de informações entre os funcionários da empresa. Essa troca de informações constante faz com que todos os funcionários estejam engajados nas questões, estratégias, planos, da organização. Isso faz com que o clima do ambiente de trabalho se torne bom e aumenta a produtividade dos trabalhadores. 
	Em uma das aulas de comportamento humano nas organizações, nos foi ensinado que para alguém se sentir pertencente a um grupo as pessoas têm três necessidades: inclusão, afeição e controle.
Acreditamos que a questão de comunicação interna seja uma maneira de fazer com que os funcionários se sintam incluídos, pois estão engajados nas decisões e planos da empresa, e isso também pode trazer uma sensação de afeição mostrando a eles que eles são importantes para a empresa.
	A questão que mais nos chamou a atenção foi a pergunta que falava sobre as dificuldades e obstáculos que o psicólogo encontra nas organizações. A resposta dada pela psicóloga M.L mostra que nas empresas eles têm certa resistência em agir de forma humanizada e de se importar com os funcionários como ocorria na fase paleotécnica. 	Por mais que já tenha sido percebido que o ser humano é um item importante para o desenvolvimento de uma empresa, ele ainda não é tratado com prioridade, e os psicólogos como profissionais do comportamento, da mente do ser humano, não tem a total liberdade para fazer as intervenções corretas e isso pode acabar prejudicando o andamento da empresa, pois se os funcionários não estão bem, desmotivados, sem que suas necessidades estejam sendo supridas, o rendimento decai, e a força de trabalho na empresa fica em péssimas condições. 
	Acreditamos particularmente que as organizações ainda veem as pessoas como máquinas, por isso não deixam que o psicólogo organizacional interfira tanto na parte humanizada.
	A última pergunta que fizemos e achamos interessante comentar é a questão da especialização. A psicóloga entrevistada, especializada em gestão de pessoas, disse que a especialização é algo muito importante para que se aprofunde os conhecimentos pois na graduação temos um conteúdo básico.
	Sua resposta nos afirma um pensamento frequente que temos agora como alunos do 5° semestre. Estamos no meio do curso e reparamos que para que sejamos bons profissionais, para que possamos atender pacientes no consultório ou em outro tipo de segmento da psicologia, precisamos nos especializar, pois o conteúdo passado durante a graduação realmente é raso e apenas com este conteúdo não conseguiríamos atuar na profissão com excelência. 
	Essa entrevista nos fez alinhar nossas expectativas em relação a atuação do psicólogo nas empresas e em outras áreas de atuação também. Obtivemos várias dicas para como futuros profissionais da psicologia e conhecimento sobre teorias novas e áreas que ainda não tínhamos conhecimento, o que agregou o nosso entendimento sobre a psicologia nas organizações.
CONCLUSÃO
	Em conclusão, a realização deste trabalho foi de suma importância para todos no grupo, pois nos mostrou áreas relacionadas ao psicólogo nas empresas que não conhecíamos, mesmo que alguns de nós trabalhemos em empresas no setor de RH.
A entrevista realizada e as informações coletadas nela, nos fizeram pesquisar sobre as áreas de atuação do psicólogo nas organizações o que vai ser de grande ajuda para nós como futuros psicólogos caso trabalhemos na mesma área na qual trabalha a psicóloga entrevistada.
	Pudemos também relacionar os conteúdos e teorias passadas em sala de aula pelo professor Edson, com as questões citadas durante a entrevista com a psicóloga nos mostrando como funciona a teoria e a realidade em algumas empresas.
Por tanto, o presente trabalho nos serviu de suma reflexão com relação a teoria apresentada e a realidade das organizações mostrando como a história das organizações interferiu e influenciou na função do psicólogo nas empresas.
REFERÊNCIAS
BASTOS, A.V.B; MARTINS, A.H.C.G. O que pode fazer o psicólogo organizacional. Revista Psicol. Cienc. Prof., Brasília, vol.10 n.1, 1990. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931990000100005>. Acesso em: 12 mai. 2018.
FILHO, E.P.F; PEREIRA, F.A; PASSOS, G.S. A influência do endomarketing e da comunicação interna na cultura organizacional. In: SEGET SIMPOSIO DE EXCELENCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA. 2013. Resende-RJ. 13f. Disponível em: <https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/43318476.pdf> Acesso em: 12 mai. 2018. 
LINO, T.A.L.R. Distúrbio do déficit de atenção. 2005. 15 f. Trabalho de licenciatura. Lisboa. Faculdade autônoma de Lisboa. 2005. Disponível em: <http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0041.pdf> Acesso em: 12 mai. 2018.
MAGALHÃES, F.L. Porquê terapia cognitivo-comportamental? Desenvolvido pelo psicólogo Dr. Fernando Lima Magalhães. Disponível em: <http://fernandomagalhaes.pt/terapiacognitiva.html> Acesso em: 12 mai. 2018.
SCARAMUZZA, B.C; BOTELHO, J. Treinamento e desenvolvimento em recursos humanos. In: CONVIBRA. Paraná. 11 f. Disponível em: <http://www.convibra.com.br/upload/paper/2012/34/2012_34_5048.pdf> Acesso em: 12 mai. 2018.

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