Buscar

TRABALHO PROTESTO CONTRA ALIENAÇÃO DE BEM

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	2
2.	PROTESTO CONTRA ALIENAÇÃO DE BEM	5
2.1.	PROTESTO	5
2.2.	NOTIFICAÇÃO	5
2.3.	INTERPELAÇÃO	6
3.	INDEFERIMENTO DO PEDIDO	6
4.	CONTRAPROTESTO	7
5.	PROCEDIMENTO	7
6.	ENCERRAMENTO DO FEITO E DESTINO DOS AUTOS	9
7.	PROTESTO E APREENSÃO DE TÍTULOS	9
7.1.	PROTESTO CAMBIÁRIO	9
7.2.	PROCEDIMENTO	10
7.3.	REGISTRO DE PROTESTO	11
7.4.	DÚVIDAS DO OFICIAL	11
7.5.	APREENSÃO DO TÍTULO E PRISÃO DO DEVEDOR	11
8.	CONCLUSÃO	13
9.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	14
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como escopo apresentar o conceito doutrinário e jurisprudencial acerca da medida cautelar de registro de protesto contra alienação de bens, que, aliás, é medida assecuratória para se alcançar a tutela satisfativa. O Código Alfredo Buzaid de 1973 já consagrava essa medida como idônea e compatível para servir de instrumento no que concerne à garantia de subsistência do pedido principal. O Código de Processo Civil de 2015 extinguiu o processo cautelar, mas não extinguiu as medidas cautelares, que agora são empregues no processo de conhecimento e de execução.
Todavia, antes de adentrar no estudo do tema central, que é a medida cautelar de protesto contra alienação de bem, faz-se necessário repisar o conceito de tutela provisória e distingui-la da tutela definitiva, ou seja, da tutela comum.
A tutela provisória, forma especial de prestação jurisdicional, também conhecida pelo nome de tutela sumária, é a técnica pela qual o legislador encontrou meios para prover proteção a direito que, em tese, não admite espera tendo que suportar uma exposição ao trâmite ordinário do processo, ou, que, por razões óbvias e probabilidade da alegação de direito, a incontinente tutela jurisdicional se manifesta. A tutela provisória recebe esse nome, pois sua estabilidade é precária demais para tê-la como uma manifestação jurisdicional definitiva. Destarte, é natural que no meio acadêmico se tenha a tutela provisória como uma técnica de sumarização da tutela comum face ao caso concreto. 
Em geral, a tutela jurisdicional é comum e não apresenta nenhum detalhe ou feição diferenciada que a remeta a um caráter técnico especial, de modo que a faça merecer uma posição diferenciada dentro do ordenamento, pois é sabido que para sua manifestação é necessária haver a sujeição das partes a um longo trâmite, para que ao final, após um amplo debate atendendo-se a ampla defesa e o contraditório, numa tentativa de esgotar o direito e a razão, obtém-se uma resposta que satisfará um e desagradará outro. 
A tutela provisória e a tutela comum, embora sejam tutelas jurisdicionais, são diferentes desde a técnica até aos seus respetivos efeitos, e isto se deve porquanto naquela se utiliza a técnica de cognição sumária, enquanto que para aquela se emprega a técnica de cognição exauriente, sem permitir o esquecimento em relação aos efeitos que cada uma irradia ao ser entregue ao postulante, ou seja, os efeitos paliativo e definitivo. 
A respeito das medidas cautelares, João Felipe de Paula Consentino ensina que: “as medidas cautelares são aquelas decisões que o juiz pode tomar na instauração ou na estabilização da lide para que se consiga preservar o direito tutelado no próprio processo ou, então, noutro processo”. (Tutela Provisória editora Juruá 2016, página 136). 
Portanto, cumpre dizer que, o protesto contra alienação de bem constitui medida cautelar que visa primeiramente salvaguardar o direito do autor, mas de forma oblíqua garante que terceiros de boa-fé também sejam protegidos, pois havendo registro de protesto contra alienação de bem do devedor, quem quer que seja poderá ter ciência da situação jurídica do bem. 
Importante dizer que, se o bem possui um registro de protesto contra alienação, tal medida acarreta, em tese, dois efeitos; a) a inviabilidade de o devedor se desfazer de seu patrimônio, pois impede a transferência de titularidade, e, b) força o devedor a cumprir com sua obrigação, porquanto este pretende ver livre e desembaraçado seus bens para realizar transações envolvendo estes. 
O artigo 297 do novo Código de Processo Civil dispõe que o juiz poderá determinar as medidas que julgar adequadas para assegurar a efetivação da tutela provisória, ou seja, o legislador ordinário autorizou, por meio da lei, o juiz, figura que representa o Estado, empregar toda e qualquer medida que entender adequada e necessária para perseguir e alcançar a efetivação e eficácia da tutela provisória. 
É unânime, principalmente após o entendimento do Enunciado 31 do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC), que o poder geral de cautela, já previsto no Código Buzaid de 1973, foi mantido no Código de Processo Civil de 2015. O registro de protesto contra alienação de bem é medida que figura no artigo 301 do novel diploma processual civil. 
Na verdade, trata-se, pois, de medida já fartamente utilizada no direito processual civil brasileiro. Em suma, a demora na conclusão do processo somada ao perigo de dano impõe e justifica a tutela provisória, que pode se impor por uma medida cautelar como o registro de protesto contra alienação de bem. 
As medidas cautelares decorrem, portanto, do poder geral de cautela, que alguns, como citados por Consentino, (Tutela Provisória, editora Juruá, página 133, 2016), que a chamam de discricionariedade jurisdicional para a concessão da ordem judicial que vem justificada nas lacunas do texto normativo. Todavia, o mesmo autor cita outros que entendem que o poder geral de cautela não tem natureza discricionária, mas sim, natureza vinculada. 
Outro ponto que merece destaque é o fato de que o poder geral de cautela não é uma novidade no direito processual civil brasileiro, pois desde o Código de Processo Civil de 1939 esse poder já era previsto, porém com o nome de medidas atípicas para assegurar o direito pleiteado pelos jurisdicionados. 
Também não seria uma novidade, tampouco seria uma exclusividade tal técnica pertencer ao direito pátrio, já que o Código de Processo Civil português consagrou, em seu artigo 399, uma técnica semelhante que admite paridade com a do direito processual civil brasileiro. 
Por fim, antes de desenvolver melhor o tema, vale dizer que o registro de protesto contra alienação de bem, em que pese seja uma medida cautelar, não atinge a relação contratual, esta regida pelo direito substantivo, ao ponto que o princípio da autonomia da vontade, que é o pressuposto essencial para a existência de uma relação contratual, permanece íntegro, pois o registro de protesto contra alienação do bem é gravame que se sustenta até o cumprimento da obrigação, mas não impede que o devedor se desfaça do bem gravado, entretanto, o terceiro adquirente, que tem conhecimento da situação jurídica do bem assume o risco pela evicção.
PROTESTO CONTRA ALIENAÇÃO DE BEM
Conceitua-se protestos, notificações e interpelações como procedimentos conservativos de direitos que visam exteriorizar a vontade, representação ou ideia capaz de produzir efeitos jurídicos no plano do direito material.
Tais procedimentos são cabíveis para exercitar uma pretensão de ressalva e conservação de direitos; cientificação; e conhecimento da exigência de obrigação a ser cumprida.
O artigo 301 do Novo Código de Processo Civil dispõe sobre a tutela de urgência de natureza cautelar como forma de assegurar um direito por meio do protesto contra alienação de bem.
Art. 301. “A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, seqüestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito”.
PROTESTO
O protesto é considerado como gênero das manifestações jurídicas da intenção de exercitar uma pretensão de ressalva ou conservação de direitos; é um ato judicial unilateral que objetiva manifestar, por meio documental, o propósito do agente de fazer atuar no mundo jurídico uma pretensão de ordem substancial ou material.
Tem por finalidade a prevenção de responsabilidade;
o provimento de conservação de um direito; e o provimento de ressalva de um direito, ou seja, apenas conserva ou preserva direitos preexistentes.
NOTIFICAÇÃO
A notificação é considerada espécie das manifestações jurídicas da intenção de exercitar uma pretensão de ressalva ou conservação de direitos; visa cientificar a outra parte a fazer ou deixar de fazer alguma coisa sob cominação de pena. Vejamos como exemplo, o locador de um imóvel que notifica o locatário a desocupar o imóvel, sob pena de ajuizamento de ação de despejo.
É por meio da notificação, instrumento de ruptura de vínculo contratual, que a parte interessada declara e comprova sua vontade no mundo jurídico capaz de atingir um fim de direito material, ou seja, legitimar a retomada da coisa pelo interessado.
INTERPELAÇÃO
A interpelação é um ato utilizado pela parte para ter um direito resguardado, tem a finalidade de servir o credor, através dela o credor faz com que o devedor conheça a exigência de cumprimento da obrigação no prazo, lugar e no tempo convencionado quando fixada a relação contratual, ou seja, tem o objetivo de produzir um efeito jurídico no caso de ação ou omissão do interpelado. No caso de não cumprimento, constituir-se-á em mora.
A sua natureza jurídica e seus procedimentos são os mesmos utilizados nos protestos e notificações, portanto, não tem natureza cautelar, são procedimentos cautelares específicos com natureza de jurisdição voluntária.
A interpelação tem previsão no artigo 727 do NCPC:
Art. 727. “Também poderá o interessado interpelar o requerido, no caso do art. 726, para que faça ou deixe de fazer o que o requerente entenda ser seu de direito”.
INDEFERIMENTO DO PEDIDO 
Para que a medida conservativa seja concedida, deverá o pedido atender a duas exigências, quais sejam:
Demonstração de interesse do promovente no uso do remédio processual; e
Não nocividade efetiva da medida.
O interesse nada mais é que a medida seja útil ou necessária para que o requerente tenha assegurado o que pleiteia. O juiz deverá indeferir pedido formulado por pessoa estranha à relação jurídica discutida ou quando protestos forem desnecessários diante dos fatos relatados na petição inicial, se a notificação for incabível perante a lei, pois falta interesse ao promovente na sua realização. Os protestos, notificações e interpelações também deverão ser indeferidos quando o objetivo contrariar a liberdade de contratar ou a liberdade de agir em juízo, ou seja, quando do seu deferimento, este, der causa “a dúvidas e incertezas” que eventualmente possam impedir a formação do contrato ou realização do negócio lícito. 
As “dúvidas e incertezas” são impedimentos psicológicos, e sendo assim, as medidas conservativas em exame não tem força de direito e não impedem o negócio jurídico.
As notificações não devem ser manifestadas como uma ordem pelo juiz, pois a sua função é apenas transmitir a quem e direito a intenção do promovente. Sua resolução é sumária e não há análise de mérito do direito. Seja qual for a decisão do juiz em deferir ou não a medida, por não estar diante de ação contenciosa, não deve haver qualquer manifestação de mérito nem declaração de direitos.
CONTRAPROTESTO
Por serem medidas unilaterais e não contenciosas, torna-se impossível a defesa ou um contraprotesto nos autos em que foram processadas as medidas, e seu deferimento não admite a interposição de recurso. Podendo o requerido protestar em processo distinto, porém, por inexistir embargo do texto legal, não se admite contraprotesto e sim outro protesto, onde a manifestação de vontade contrarie ou complemente a manifestação de vontade inicial, ou seja, é protesto daquele que foi protestado. Como inexiste recurso contra o deferimento, o requerido vale-se do mandado de segurança quando na decisão judicial houver ilegalidade ou abuso, ou que possa trazer prejuízos ao requerido.
PROCEDIMENTO
Observa-se nos protestos, nas notificações e nas interpelações um único procedimento, sendo ele apresentado no artigo 873 do NCPC.
É admitida nova avaliação quando:
Qualquer das partes arguir, fundamentadamente, a ocorrência de erro na avaliação ou dolo do avaliador;
Se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição no valor do bem;
O juiz tiver fundado dúvida sobre o valor atribuído ao bem na primeira avaliação.
Parágrafo único. Aplica-se o art. 480 à nova avaliação prevista no inciso III do caput deste artigo.
Inicia-se por petição inicial escrita, aonde deverá o requerente expor os fundamentos e fatos da medida. 
Art. 868. “Ordenada a penhora de frutos e rendimentos, o juiz nomeará administrador-depositário, que será investido de todos os poderes que concernem à administração do bem e à fruição de seus frutos e utilidades, perdendo o executado o direito de gozo do bem, até que o exequente seja pago do principal, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios.
§ 1º A medida terá eficácia em relação a terceiros a partir da publicação da decisão que a conceda ou de sua averbação no ofício imobiliário, em caso de imóveis.
§ 2º O exequente providenciará a averbação no ofício imobiliário mediante a apresentação de certidão de inteiro teor do ato, independentemente de mandado judicial”.
Se houver indeferimento da petição inicial, cabe recurso de apelação, e se, deferida a intimação do protesto será feita por mandado. Aceita-se a intimação por edital, sob os cuidados comuns da citação dessa espécie, nos casos do artigo 870 onde diz, que a avaliação será feita por oficial de justiça, isto é:
Se o protesto for para conhecimento do público em geral, nos casos previstos em lei, ou quando a publicidade seja essencial para que o protesto, notificação ou interpelação atinja seus fins;
Se o citando for desconhecido, incerto ou estiver em lugar ignorado ou de difícil acesso.
Se a demora da intimação pessoal puder prejudicar os efeitos da interpelação ou do protesto, como pode ocorrer em casos de promovido ausente de domicílio, em viagem, ou em que a intimação tenha que se cumprir por carta precatória ou rogatória.
Assim vemos uma maior aptidão na aplicação dos editais em protestos, interpelações e notificações do que em ação em geral e isso se explica pelo caráter próprio dessas medidas que não visam criar e nem extinguir direito dos interessados.
Quando trata-se de protesto contra alienação de bem, a publicação do edital para conhecimento de terceiros há uma maior atenção do legislador, vendo os reflexos negativos que a medida pode ter em relação a contratos futuros ou negócios em torno da propriedade.
Nota-se por fim a possibilidade de intimação por via postal e por hora certa, nas hipóteses previstas nos artigos 222 e 227 do NCPC como vemos a seguir:
Art. 222. “Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses.
§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
§ 2º Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser excedido”.
Art. 227. “Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos a que está submetido”.
ENCERRAMENTO DO FEITO E DESTINO DOS AUTOS
Art. 729. “Deferida e realizada a notificação ou interpelação, os autos serão entregues ao requerente”.
Em resumo, a atuação do juiz é somente administrativa, não sendo jurisdicional.
Em razão disso, do protesto, da interpelação e da notificação não há precaução de competência para o futuro e eventual processo, como acontece nas ações cautelares preparatórias. 
PROTESTO E APREENSÃO DE TÍTULOS
PROTESTO CAMBIÁRIO
O Código de Processo Civil engloba, entre as medidas cautelares, o protesto de título de crédito. Refere-se, de simples medida administrativa, que não se dá nem por meio de intervenção de órgão judicial.
O protesto cambiário é nada mais que um ato extrajudicial, solene, pode ser processado através de ofício público, independe de advogado, cujo
seu objetivo é assegurar o exercício de alguns direitos cambiários. 
Havendo essa medida via documental solene ou formal, apresentado o título ao devedor, ficando responsável por esse documento o Oficial Público, para comprovação da falta de pagamento ou aceite, total ou parcial, e assim garantir a prática dos direitos cambiários regressivos contra coobrigados, ou do protesto necessário ou ainda do protesto facultativo.
O CPC determina apenas o procedimento da intimação do devedor e da solução de dúvidas processadas pelo Oficial de Protestos, segundo os artigos 883 e 884:
Art. 883. “Caberá ao juiz a designação do leiloeiro público, que poderá ser indicado pelo exequente”.
Art. 884. “Incumbe ao leiloeiro público:
I - publicar o edital, anunciando a alienação;
II - realizar o leilão onde se encontrem os bens, ou no lugar designado pelo juiz;
IIl – expor aos pretendentes os bens ou as amostras das mercadorias;
lV – receber e depositar, dentro de 1 (um) dia, à ordem do juiz, o produto da alienação;
V – prestar contas nos 2 (dois) dias subsequentes ao depósito.
Parágrafo único. O leiloeiro tem o direito de receber do arrematante a comissão estabelecida em lei ou arbitrada pelo juiz”.
PROCEDIMENTO
Entregar documento ao Oficial tendo que ser exigida:
Perfeição formal.
Data de vencimento.
Exigências Fiscais.
O protesto:
Sempre será retirado no local indicado para o pagamento, pois é a comprovação solene da apresentação do título. Não mencionando o local do pagamento a mesma será retirada no domicílio ou residência do devedor. Quando o devedor for desconhecido será realizado no domicílio do credor.
Estando tudo a contento será anotado em documento apropriado “Livro de apontamento de protesto”, em cartório, dando recibo ao credor. Em seguida será emitida uma intimação ao devedor “Aviso escrito”, onde estará a intenção do credor em protestá-lo.
Se passar do prazo sem que aconteça o pagamento, o aviso poderá ser feito pelo correio através de carta registrada.
A intimação poderá ser feita por editais afixados em cartórios e ou publicados pela imprensa em dois casos: Primeiro se o devedor não for encontrado na comarca e segundo, quando se tratar de pessoa desconhecida ou incerta.
REGISTRO DE PROTESTO
O protesto ficará prejudicado caso o devedor saldar a dívida, mas se não houver pagamento segundo lei especial caberá ao oficial documentar solenemente o processo, lavrando em livro próprio “Instrumento público de protesto” que deverá conter descrição integral do título, certidão de intimação do devedor e de falta de pagamento ou aceite.
Solenizado o protesto, o Oficial, devolverá o título ao credor acompanhado de translado do ato público registrado em seu livro.
DÚVIDAS DO OFICIAL
Poderão ocorrer dúvidas do Oficial no protesto quando:
O documento for nulo perante legislação;
Não estiver vencido;
For apresentado em local diverso da praça de pagamento;
Tiver dúvidas sobre legitimidade do processo que deverá dessa forma suscitar o incidente da através da comunicação do Juiz de Direito.
Em havendo recusa do Oficial na retirada do processo devido a tais questões, poderá o Credor reclamar diretamente por petição ao Juiz da Comarca. 
Se a dúvida vem do Oficial, deverá o Juiz dar oportunidade a parte a prestar esclarecimento, vindo do credor deverá ouvir o Oficial.
Proferida a sentença pela procedência da dúvida, o protesto será tirado em seu instrumento e deverá ser transcrita a decisão judicial. Da sentença caberá apelação.
APREENSÃO DO TÍTULO E PRISÃO DO DEVEDOR
Nos casos de títulos cambiários que dependem de aceite do devedor:
Letra de Câmbio
Duplicata
Regulada por lei especial, existe prazo certo para sua restituição, com ou sem aceite sob cominação de apreensão judicial, o não cumprimento do dever legal de restituição, o credor pode pedir ao Juiz a apreensão do título indevidamente retido.
Se o credor provar documentalmente ou justificar previamente a entrega do título e a recusa da devolução, o Juiz decretará a prisão civil do devedor. O pedido do credor deverá satisfazer os requisitos do artigo 305 caput e em seu parágrafo único do CPC, que deverá ser feito por meio de advogado, trata-se de processo judicial contencioso.
O pagamento da dívida extingue a relação obrigacional entre as partes, uma vez que faz desaparecer a questão em torno do título retido e passa a ser documento sacado. O mesmo efeito do pagamento direto ao credor tem o depósito da importância devida e acessórios, feito em juízo à disposição do credor. Esta ação será destinada a preparar a discussão sobre a existência da dívida.
As partes solucionarão as divergências no processo adequado do conhecimento, “Ação declaratória do devedor ou contestação à ação de cobrança do credor”, o levantamento da importância depositada só poderá ocorrer depois do trânsito em julgado da sentença.
CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos mencionados no decorrer deste trabalho, podemos concluir que, o protesto contra alienação de bem se conceitua em procedimentos conservativos de direitos, tais como protestos, notificações e interpelações, que visam exteriorizar a vontade, representação ou ideia capaz de produzir efeitos jurídicos.
Neste liame, segundo o autor Humberto Theodoro Júnior a finalidade do tema exposto é a prevenção de responsabilidade; o provimento de conservação de um direito; e o provimento de ressalva de um direito, ou seja, apenas conserva ou preserva direitos preexistentes.
Não raro a estrutura deste trabalho se fragmenta pelo seu decorrer dando ênfase aos assuntos que condizem com o tema de protesto contra alienação de bem.
Por fim, cumpre ressaltar que, o protesto contra alienação de bem constitui medida cautelar que visa salvaguardar o direito do autor; no entanto de forma oblíqua garante que terceiros de boa-fé também sejam protegidos, pois havendo registro de protesto contra alienação de bem do devedor, poderão ter ciência da sua situação jurídica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HUMBERTO THEODORO JÚNIOR. Curso de Direito Processual Civil - Volume ll – Processo de Execução e Cumprimento da Sentença, Processo Cautelar e Tutela de Urgência, 47ª Edição – 2012. Editora Forense Ltda.
MARCELO HUGO DA ROCHA. Tutela Provisória – À Luz do Novo Código de Processo Civil, 2016. Editora Juruá.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando