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Aula 02 – Estrutura Atômica, Ligações Ciência dos Materiais Prof Vinícius Dantas – vinicius.dantas@ufrpe.br – sala 607 Resumo da aulaResumo da aula • Estrutura Atômica • Ligação Interatômicas – Conceitos fundamentais, elétrons nos átomos, forças e energias de ligação, ligações primárias e secundárias • Moléculas • Materiais de importância Why?Why? • Uma razão importante para se ter uma compreensão das ligações interatômicas nos sólidos deve‐se ao fato de que, em alguns casos, o tipo de ligação nos permite explicar as propriedades de um material. Estrutura AtômicaEstrutura Atômica • Número atomico, Z – numero de protons no nucleo • Massa atomica, A – massa de protons + massa de neutros • Isotopo – mesmo numero de protons, diferente de neutrons • Peso atomico – media ponderada dos isotopos (g/mol, 1 mol = 6,023x1023) Modelos AtômicosModelos Atômicos • Modelo atômico de Bohr – elétrons orbitam ao redor do núcleo atômico em orbitais discretos e a posição de um elétron específico é mais ou menos bem definida em termos do seu orbital Energia QuantizadaEnergia Quantizada Mecânica Quântica – Onda/partículaMecânica Quântica – Onda/partícula Números quânticosNúmeros quânticos • n – número principal • l – subcamada • ml – número de estados de energia • ms – momento de spin (+1/2; ‐1/2) • Em primeiro lugar, quanto menor é o número quântico principal, menor é o nível energético; • Em segundo lugar, dentro de cada camada, a energia de uma subcamada aumenta com o valor do número quântico l. • Finalmente, podem existir superposições na energia de um estado em uma camada com os estados em uma camada adjacente. Isso é especialmente verdadeiro para os estados d e f; por exemplo, a energia de um estado 3d é geralmente maior que a energia de um estado 4s. Números quânticosNúmeros quânticos Configurações eletrônicasConfigurações eletrônicas • Princípio de exclusão de Pauli estipula que cada estado eletrônico pode comportar um número máximo de dois elétrons, os quais devem ter spin opostos • Estado fundamental – Camada valência preenchida Tabela PeriódicaTabela Periódica • Mesma coluna mesma valência EletronegatividadeEletronegatividade • Eletropositivos ‐ são capazes de ceder seus poucos elétrons de valência para tornarem‐se íons carregados positivamente • Eletronegativos ‐ aceitam elétrons prontamente para formar íons negativamente carregados, ou algumas vezes compartilham elétrons com outros átomos. • a eletronegatividade aumenta ao se deslocar da esquerda para a direita e de baixo para cima na tabela. Ligação atômica em sólidosLigação atômica em sólidos • Forças e Energia de ligação – a pequenas distâncias de separação, cada átomo exerce forças sobre o outro. Essas forças são de dois tipos, atrativa (FA) e repulsiva [eletromagnetica] (FR), e a magnitude de cada uma depende da separação ou distância interatômica (r) • Quando FA e FR ficam iguais, não existe força resultante, e existe um estado de equilíbrio. Os centros dos dois átomos permanecerão separados pela distância de equilíbrio r0. Para muitos átomos, r0 é de aproximadamente 0,3 nm. Uma vez nessa posição, qualquer tentativa de mover os dois átomos para separá‐los será compensada pela força atrativa, enquanto uma tentativa de aproximar os átomos sofrerá a resistência de forças repulsivas crescentes. Ligação atômica em sólidosLigação atômica em sólidos • a energia de ligação para esses dois átomos, E0, corresponde à energia nesse ponto de mínimo; ela representa a energia que seria necessária para separar esses dois átomos até uma distância de separação infinita. Ligação atômica em sólidosLigação atômica em sólidos • A magnitude dessa energia de ligação e a forma da curva da energia em função da separação interatômica variam de material para material, e ambas dependem do tipo da ligação atômica. Além disso, várias propriedades dos materiais dependem de E0, da forma da curva e do tipo da ligação. • Os materiais com grandes energias de ligação em geral também apresentam temperaturas de fusão elevadas; • o quanto um material se expande sob aquecimento ou se contrai sob resfriamento. Um “vale” profundo e estreito, que ocorre tipicamente para os materiais com energias de ligação elevadas, está normalmente relacionado a um baixo coeficiente de expansão térmica e a alterações dimensionais relativamente pequenas em resposta a mudanças na temperatura. Ligação atômica em sólidosLigação atômica em sólidos Ligações primáriasLigações primárias • Três tipos diferentes de ligações primárias ou ligações químicas são encontrados nos sólidos – iônica, covalente e metálica. Para cada tipo, a ligação envolve necessariamente os elétrons de valência Ligação IônicaLigação Iônica • Talvez a ligação iônica seja a mais fácil de ser descrita e visualizada. Os átomos de um elemento metálico perdem seus elétrons de valência com facilidade para os átomos não metálicos. Nesse processo, todos os átomos adquirem configurações estáveis ou de gás inerte e, além disso, uma carga elétrica; isto é, eles tornam‐se íons NaClNaCl • Um átomo de sódio pode assumir a estrutura eletrônica do neônio (e uma carga resultante positiva unitária) pela transferência do seu único elétron de valência 3spara um átomo de cloro. Após essa transferência, o íon cloro adquire uma carga resultante negativa e uma configuração eletrônica idêntica àquela do argônio • As forças de ligação atrativas são de Coulomb; isto é, os íons positivos e negativos, em virtude de suas cargas elétricas resultantes, atraem‐se uns aos outros. Para dois átomos isolados, a energia atrativa EA é uma função da distância interatômica Ligação IônicaLigação Iônica • A ligação iônica é denominada não direcional, isto é, a magnitude da ligação é igual em todas as direções ao redor do íon. Como consequência disso, para que os materiais iônicos sejam estáveis, em um arranjo tridimensional, todos os íons positivos devem ter como seus vizinhos mais próximos íons carregados negativamente, e vice‐versa. Ligação IônicaLigação Iônica Ligação IônicaLigação Iônica Ligação covalenteLigação covalente • Na ligação covalente as configurações eletrônicas estáveis são adquiridas pelo compartilhamento de elétrons entre átomos adjacentes. Dois átomos ligados covalentemente contribuirão cada um com pelo menos um elétron para a ligação, e os elétrons compartilhados podem ser considerados como pertencentes a ambos os átomos • A ligação covalente é direcional; isto é, ela ocorre entre átomos específicos e pode existir somente na direção entre um átomo e o outro que participa do compartilhamento dos elétrons. • Exemplo: H2, Cl2, F2, CH4, H2O, HNO3, HF, diamante (carbono), silício e germânio, arseneto de gálio (GaAs), antimoneto de índio (InSb) e carbeto de silício (SiC). Ligação covalenteLigação covalente • O número de ligações covalentes possível para um átomo particular é determinado pelo número de elétrons de valência. Para N′ elétrons de valência, um átomo pode ligar‐se de maneira covalente com, no máximo, 8 – N′ outros átomos • Cl – N’=7 • C – N’=4 Ligação covalenteLigação covalente • As ligações covalentes podem ser muito fortes, como no diamante, que é muito duro e tem uma temperatura de fusão muito elevada, >3550°C (6400°F), ou podem ser muito fracas, como no bismuto, que funde a aproximadamente 270°C (518°F). Ligação covalenteLigação covalente • É possível a existência de ligações interatômicas que são parcialmente iônicas e parcialmente covalentes, e, de fato, poucos compostos exibem ligações exclusivamente iônicas ou covalentes • Quanto maior for a separação quanto maior for a diferença entre as eletronegatividades,mais iônica será a ligação. De maneira inversa, quanto menor for a diferença entre as suas eletronegatividades, maior será o grau de covalência Ligação metálicaLigação metálica • Os materiais metálicos têm um, dois, ou no máximo três elétrons de valência. Com esse modelo, esses elétrons de valência não se encontram ligados a qualquer átomo particular no sólido e são mais ou menos livres para se movimentar através de todo o metal • De natureza não‐direcional • A ligação pode ser fraca ou forte; as energias variam entre 68 kJ/mol (0,7 eV/átomo) para o mercúrio e 849 kJ/mol (8,8 eV/átomo) para o tungstênio. Suas respectivas temperaturas de fusão são de –39 e 3410°C (–38 e 617°F Ligação metálicaLigação metálica ???????? • Offer an explanation as to why covalently bonded materials are generally less dense than ionically or metallically bonded ones. LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU LIGAÇÕES DE VAN DER WAALS LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU LIGAÇÕES DE VAN DER WAALS • As ligações secundárias, de van der Waals, ou físicas são ligações fracas quando comparadas às ligações primárias ou químicas; As ligações secundárias existem entre virtualmente todos os átomos ou moléculas, mas sua presença pode ficar obscurecida se qualquer um dos três tipos de ligação primária estiver presente. A ligação secundária fica evidente no caso dos gases inertes, que apresentam estruturas eletrônicas estáveis, e ainda entre as moléculas em estruturas moleculares ligadas de forma covalente. • As forças de ligação secundárias surgem a partir de dipolos atômicos ou moleculares. Essencialmente, um dipolo elétrico existe sempre que há alguma separação entre as frações positiva e negativa de um átomo ou molécula. A ligação resulta da atração de Coulomb entre a extremidade positiva de um dipolo e a região negativa de um dipolo adjacente LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU LIGAÇÕES DE VAN DER WAALS LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU LIGAÇÕES DE VAN DER WAALS Ligações Flutuantes de Dipolo InduzidoLigações Flutuantes de Dipolo Induzido • Vibrações atômicas causam distorção momentânea da molécula • A liquefação, solidificação dos gases inertes, H2 e o Cl2, ocorrem devido a esse tipo de ligação. • temperaturas de fusão e de ebulição são extremamente baixas • essas ligações são as mais fracas Ligações entre Moléculas Polares e Dipolos Induzidos Ligações entre Moléculas Polares e Dipolos Induzidos • As moléculas polares também podem induzir dipolos em moléculas apolares adjacentes, e uma ligação irá se formar como resultado das forças atrativas entre as duas moléculas. Além disso, a magnitude dessa ligação será maior do que aquela que existe para os dipolos induzidos flutuantes Ligações de Dipolo PermanentesLigações de Dipolo Permanentes • O tipo mais forte de ligação secundária, a ligação de hidrogênio, é um caso especial de ligação entre moléculas polares • Essencialmente, o próton forma uma ponte entre dois átomos negativamente carregados. A magnitude da ligação de hidrogênio é geralmente maior do que aquela dos outros tipos de ligações secundárias Materiais de importância ‐ ÁguaMateriais de importância ‐ Água • Ao congelar (isto é, ao transformar‐se de um líquido em um sólido durante o resfriamento), a maioria das substâncias apresenta um aumento de densidade (ou, de maneira correspondente, uma diminuição no volume). Uma exceção é a água, que exibe comportamento anômalo e familiar de expansão ao se congelar – com uma expansão de volume de aproximadamente 9% ConclusãoConclusão
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