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Revisão Fratura Metais Fadiga Iniciação de Trincas Propagação de Trincas Fluência Fratura é a separação de um corpo em duas ou mais partes em resposta a uma tensão imposta que possua natureza estática. Também pode ocorrer devido à fadiga e à fluência. O processo de fratura é normalmente súbito e catastrófico, podendo gerar grandes acidentes Envolve duas etapas: formação de trinca e propagação. Pode assumir dois modos: • Dúctil, • Frágil. • Fratura frágil de materiais normalmente dúcteis → necessidade de compreensão dos mecanismos da fratura. •→ Mecânica da fratura → permite a quantificação das relações entre as propriedades dos materiais, o nível de tensão, a presença de defeitos geradores de trincas e os mecanismos de propagação de trincas. Concentração de tensão • Presença de defeitos ou trincas muito pequenos, microscópicos que sempre existem na superfície e no interior do corpo de um material; • Defeitos → fator negaƟvo para a resistência a fratura → a tensão aplicada pode ser amplificada ou concentrada nas extremidades destes defeitos → concentradores de tensão. A principal utilidade da mecânica da fratura na metalurgia é caracterizar aquelas ligas de ductilidade intermediária que podem sofrer falha catastrófica abaixo de seu limite de escoamento devido ao efeito de concentração de tensão dos defeitos estruturais. Há três variáveis a se considerar: a propriedade do material (KIC), a tensão (σ) presente e o tamanho da trinca (a) Para a condição crítica de fratura, se duas dessas variáveis forem conhecidas, será possível determinar a terceira 1. Trincas grandes reduzem a tensão máxima que pode ser aplicada. Redução do tamanho das descontinuidades melhoram a resistência a fratura; 2. A capacidade de deformação plástica é um fator crítico na utilização dos materiais. Nos metais dúcteis, a deformação torna a ponta da trinca rombuda reduzindo k evitando o crescimento da mesma. 3. Componentes espessos têm menor resistência á fratura que componentes mais finos feitos do mesmo material. 4. Alta taxa de deformação normalmente reduz a tenacidade à fratura do material. 5. O aumento da temperatura eleva a tenacidade à fratura. 6. Um tamanho de grão pequeno aumenta a tenacidade à fratura, enquanto defeitos localizados e alta intensidade de discordâncias reduzem a resistência à fratura. ‐ Fadiga ‐ Processo que causa falha prematura ou dano permanente a um componente sujeito a carregamentos repetitivos (cíclicos). Os materiais, particularmente os metais, quando submetidos a tensões flutuantes ou repetitivas (esforços cíclicos ), rompem-se a tensões muito inferiores àquelas determinadas nos ensaios de tração. (Cargas estáticas). A ruptura que ocorre nessas condições de esforço dinâmico é conhecida como ruptura por fadiga. Em estruturas e equipamentos como pontes, aviões, veículos, entre outros, quando submetidos a contínuos esforços dinâmicos e vibrações, o fenômeno da fadiga passou a representar o 90% das falhas em serviço de componentes metálicos. Os materiais poliméricos e os cerâmicos são também susceptíveis à ruptura por fadiga. Na maioria das vezes, não se considera a fadiga em cerâmicos, pois esses materiais costumam falhar em decorrência de sua baixa tenacidade à fratura. A falha por fadiga é particularmente imprevisível pois acontece sem que haja qualquer aviso prévio. Constante Aleatório Consiste na aplicação de carga cíclica em corpo‐de‐prova apropriado e padronizado segundo o tipo de ensaio a ser realizado. Flexão Rotativa Corpos de prova segundo a norma ASTM (E1823, E1150, E466) Tração – Compressão Cisalhamento Logaritmo 35‐60% do LRT Aços CC e ligas de Titânio exibem limite de Fadiga Probabilidade de falha Este ensaio é capaz de fornecer dados quantitativos quanto às características de um material ou componente suportar por longos períodos, cargas repetitivas e/ou cíclicas sem se romper. Os principais resultados do ensaio são: Limite de Resistência à Fadiga (σRf) Resistência à Fadiga (σf) Vida em Fadiga (Nf) Os resultados do ensaio podem variar devido a uma diversidade de fatores. O ensaio pode ser dividido em Fadiga de Baixo Ciclo (ruptura < 104 ciclos) e Fadiga de Alto Ciclo (para os casos acima desse limite) Fratura em Fadiga: Iniciação de Trincas • Vida de Inic. –Tempo para nuclear uma trinca. • Vida de Propag. –Tempo para o crescimento de uma trinca até a falha. • Limite de Seg. – crescimento a partir de um tamanho crítico de trinca •Duas causas principais: 1. Bandas de escorregamento na superfície‐> gerando fendas (intrusões) que evoluem para trinca • Importante para materiais dúcteis e com concentradores de tensão 2. Incompatibilidade de deformações junto a partículas duras e/ou inclusões • Importante em materiais endurecidos onde a matriz é resistente à formação de bandas de escorregamento • Na prática ambos competem Nucleação da Trinca: Regiões de alta concentração de tensões. Nucleação da Trinca: Defeitos de Superfície. (Ranhuras, pequenas trincas de usinagem, mau acabamento superficial, etc.) Nucleação da Trinca: Defeitos na Microestrutura (Inclusões, porosidade acentuada, defeitos de solidificação, pontos de corrosão, etc) Fratura em Fadiga: Propagação de Trincas • Vida de Inic. –Tempo para nuclear uma trinca. • Vida de Propag. –Tempo para o crescimento de uma trinca até a falha. • Limite de Seg. – crescimento a partir de um tamanho crítico de trinca Ponte sobre o Rio Ohio, em Point Pleasant, W.Virginia, USA (similar à ponte Hercílio Luz em Florianópolis, SC) E.P. de Deus Restos da Ponte Após a Falha (com 46 mortes) Causada por uma Pequena Trinca que Levou ~50 anos para Ficar Instável • Estágio I (microtrinca)‐> trinca confinada no plano de escorregamento que a iniciou ‐> corresponde a até 90% da vida em fadiga • Estágio II (macrotrinca)‐> Trinca grande o suficiente para crescimento como se o material fosse contínuo ‐> direção de crescimento muda para a de máxima abertura de trinca (normal à máxima tração) ‐ > crescimento mais rápido que no estágio I (corresponde a maior área da fratura por fadiga ‐> produz “marcas de praia e estrias” ) • Se o estágio I é importante a vida em fadiga aumenta com endurecimento do material por métodos convencionais • Se o estágio II é importante e o material é tenaz, melhorar a vida em fadiga não é simples trinca ideal trinca real y y x 2ro Zona Plástica Metais "crazing" Polímeros micro trincas Cerâmicos Propagação Cíclica da Trinca: Devido à concentração local da tensão causada pelos mecanismos antes citados, ocorre uma deformação plástica cíclica causada pela, mesmo com tensão nominal abaixo do limite elástico. Representação de uma superfície de fratura por fadiga em um eixo de aço, mostrando a região de início, a região de propagação com marcas de praia e ruptura final quando o tamanho da trinca ultrapassa um valor crítico para tensão aplicada. Fratura final ( limite atingido) ‐ Rápida Nucleação e propagação Efeitos Superficiais: Rugosidade da superfície; Variações na resistência à fadiga na superfície (tratamentos superficiais); Variações na tensão residual da superfície. Tensão Média: Quanto maior o valor médio da tensão, menor é a vida Fatores de Projeto: Qualquer marca ou descontinuidade geométrica pode agir como um concentrador de tensões e como ponto potencial de inicio de uma trinca de fadiga (furos,rasgos de chaveta, etc.) Ambiente: Ataque químico (Fadiga por Corrosão). Tratamentos superficiais: Jateamento – Mecânico Nitretação Tratamentos Cementação Térmicos (endurecimento) Fluência Fluência é a deformação plástica que ocorre emmateriais sujeitos a tensões constantes, a temperaturas elevadas. Turbinas de jatos, geradores a vapor. É muitas vezes o fator limitante na vida útil da peça. Se torna importante, para metais a temperaturas de 0,4Tf Carga constante Forno Tempo Primária Terciária Secundária Deformação instantânea (elástica) Na região primária o material encrua, tornando‐se mais rígido, e a taxa de crescimento da deformação com o tempo diminui. Na região secundária a taxa de crescimento é constante (estado estacionário), devido a uma competição entre encruamento e recuperação. Na região terciária ocorre uma aceleração da deformação causada por mudanças microestruturais tais como rompimento das fronteiras de grão. vida de ruptura As curvas de fluência variam em função da temperatura de trabalho e da tensão aplicada. A taxa de estado estacionário aumenta Tempo Temperatura aumentando Tensão aumentando Tempo Relação entre e taxa de fluência estacionária onde K1 e n são constantes do material nK 1 lnlnln 1 nK Taxa de fluência estacionária (%/1000 h) Tensão (M P a)
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