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Sumário 1.1 CONCEITO É um ato pelo qual o juiz ouve o acusado sobre a imputação que lhe é feita. 1.2 NATUREZA JURÍDICA Prevalece o entendimento de que o interrogatório é de natureza HIBRIDA, é considerada meio de defesa e podendo ser meio de prova caso haja a confissão do acusado. AMPLA DEFESA (art. 5ª, LV, CF/88) compreende: DEFESA TÉCNICA (Irrenunciável) AUTODEFESA (Renunciável) É realizada por advogado. A defesa técnica é irrenunciável (art. 261, CPP). Direito de presença. Feita pelo próprio acusado no processo penal. É renunciável. 1) Ato PERSONALISSIMO - EXCEÇÃO apontada por alguns doutrinadores é a pessoa jurídica em crimes ambientais, em que se interroga o seu representante legal; 2) Ato PRIVATIVO DO JUIZ (art. 188, CPP) - No interrogatório, as perguntas formuladas pelos interessados passam pelo crivo judicial, cabendo unicamente ao juiz transmiti-la ao acusado; 3) Ato CONTRADITÓRIO - As partes têm direito a reperguntas (art. 188, CPP) 4) Ato ASSISTIDO TÉCNICAMENTE (Advogado); 5) Ato PÚBLICO - O réu preso é ouvido, pelo menos de acordo com a lei, dentro do presídio, desde que haja segurança (art. 185, § 1º, CPP); 6) Ato ORAL (art. 192, CPP); 7) Ato INDIVIDUAL - Um acusado não presencia o interrogatório do outro (art. 191, CPP). Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.nullnullParágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante Junior Realce Junior Realce Junior Realce Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevantenull Junior Realce Junior Realce § 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato Junior Realce Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será feito pela forma seguinte: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)nullnullI - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá oralmente; (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)nullnullII - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito; (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)nullnullIII - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo modo dará as respostas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)nullnullParágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou escrever, intervirá no ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendê-lo Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Art. 191. Havendo mais de um acusado, serão interrogados separadamente. Junior Realce Junior Realce Com a alteração introduza no Código de processo penal deve o magistrado durante o interrogatório judicial, apurar se o réu possui filhos e quem está responsável por seus cuidados. Trata-se, assim, de nova pergunta obrigatória a ser formulada pelo Juiz durante o interrogatório. Verificando o Juiz que os filhos menores da pessoa do preso ou presa estão em situação de risco, deverá encaminhar a criança ou o adolescente para programa de acolhimento familiar ou institucional conforme prevê o ECA. O art. 185, § 10 com a nova redação prevê que “Do interrogatório deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.” O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. Para que a proteção contra a autoincriminação funcione no interrogatório, o juiz deve iniciar o ato comunicando o conteúdo da acusação e informando que o réu tem o direito de permanecer em silêncio diante de qualquer pergunta e que isso não lhe gerará prejuízo (artigo 186 do CPP). O art. 187 do CPP, depõem sobre procedimento a ser utilizado no interrogatório do acusado. O interrogatório é dividido em duas partes. PRIMEIRA PARTE o juiz deve indagar o interrogando sobre sua residência, seus meios de vida ou profissão, as oportunidades sociais que teve, o lugar onde exerce a sua atividade, a vida pregressa (ou seja, a vida anterior aos fatos da acusação), se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, o juízo do processo, se houve suspensão condicional da pena ou condenação, a pena imposta, o cumprimento dela e outros dados familiares e sociais (art. 187, parágrafo 1.º). Na SEGUNDA PARTE do interrogatório, o juiz perguntará: a) se é verdadeira a acusação; b) não sendo verdadeira a acusação, se o réu tem motivo a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas responsáveis pelo crime, quais são e se com elas esteve antes ou depois do crime; c) onde estava ao tempo do delito e se teve notícia dele; Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Conselho tutelar Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Advogado Junior Realce Junior Realce Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)nullnullParágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa Junior Realce Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce § 10. Do interrogatório deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa Junior Realce d) o que o acusado tem a dizer sobre as provas já apuradas; e) se conhece as vítimas e testemunhas, desde quando e se tem algo contra elas; f) se conhece o instrumento com o qual foi praticado o crime ou qualquer objeto com ele relacionado; g) se pode prestar qualquer informação que auxilie a esclarecer os fatos; h) se tem algo mais a alegar em sua defesa. Tanto o Ministério Público quanto o advogado do acusado podem participar do interrogatório e dirigir-lhe perguntas para esclarecer os fatos (art. 188 do CPP). Se o réu confessar o crime, o juiz deverá indagá-lo sobre os motivos e as circunstâncias e se outras pessoas contribuíram para ele. Havendo mais de um réu, eles deverão ser interrogados separadamente (art. 191), a fim de que as informações prestadas por unsnão influenciem os demais e para que uns não atemorizem os outros, a depender do caso. O Código de Processo Penal prevê ainda regras especiais para o interrogatório de cidadãos surdos, mudos, surdos-mudos e analfabetos (art. 192). Se o réu não compreender o português, o interrogatório deverá ser feito por meio de intérprete (art. 193). A lei 11.900/2009 (§ 2º art. 185 do CPP) trouxe previsão de que, EXCEPCIONALMENTE, o magistrado, por decisão suficientemente motivada, possa realizar o interrogatório do réu preso por sistema de vídeo conferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real. Poderá ocorrer de ofício ou por requerimento das partes. Tem por FINALIDADE: a) Evitar risco à segurança pública, quando houver suspeita de que o preso integre organização criminosa ou possa fugir durante o deslocamento até o local do interrogatório; Junior Realce Junior Realce Junior Realce Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será feito pela forma seguinte: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)nullnullI - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá oralmente; (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)nullnullII - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito; (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)nullnullIII - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo modo dará as respostas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)nullnullParágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou escrever, intervirá no ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendê-lo. Junior Realce Art. 193. Quando o interrogando não falar a língua nacional, o interrogatório será feito por meio de intérprete Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante. Junior Realce Art. 191. Havendo mais de um acusado, serão interrogados separadamente Junior Realce § 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce b) Viabilizar a participação do réu no interrogatório, quando houver dificuldade para seu comparecimento; c) Impedir que o acusado influencie testemunha ou a vítima; d) Atender a grave motivo de ordem pública. Se o acusado estiver preso, o interrogatório pode ocorrer no próprio estabelecimento prisional, desde que haja condições adequadas de segurança. Se não, cabe ao juiz requisitar o réu, isto é, determinar à polícia que o traga à sua presença no momento designado para o interrogatório. Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce
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