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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos. Agora Eu Passo Concursos Públicos ÍNDICE Interceptação Telefônica – Lei Nº 9.296, de 24 de Julho de 1996 ....................................................................2 Comentários .......................................................................................................................................................................2 STF – Renovação das Interceptações ..............................................................................................................................3 Transcrição Parcial ou Total da Conversa ......................................................................................................................3 Extravio e Perda de Parte da Conversa Captada ............................................................................................................3 Art. 10 – Comentários .......................................................................................................................................................4 Novatio Legis Incriminadora – Norma Penal ...........................................................................................................4 2 Agora Eu Passo Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos. Interceptação Telefônica – Lei Nº 9.296, de 24 de Julho de 1996 Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova. Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os procedimentos de interceptação, dando ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a sua realização. § 1° No caso de a diligência possibilitar a gravação da comunicação interceptada, será determinada a sua transcrição. § 2° Cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará o resultado da interceptação ao juiz, acom- panhado de auto circunstanciado, que deverá conter o resumo das operações realizadas. § 3° Recebidos esses elementos, o juiz determinará a providência do art. 8° , ciente o Ministério Público. Art. 7° Para os procedimentos de interceptação de que trata esta Lei, a autoridade policial poderá requisi- tar serviços e técnicos especializados às concessionárias de serviço público. Art. 8° A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas. Parágrafo único. A apensação somente poderá ser realizada imediatamente antes do relatório da autoridade, quando se tratar de inquérito policial (Código de Processo Penal, art.10, § 1°) ou na conclusão do processo ao juiz para o despacho decorrente do disposto nos arts. 407, 502 ou 538 do Código de Processo Penal. Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a ins- trução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada. Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de seu representante legal. Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. Comentários Prazo de duração da interceptação – Conforme previsão expressa, a interceptação não poderá ultrapassar quinze dias, podendo ser renovável por igual tempo, desde que comprovada a indispen- sabilidade do meio de prova. Assim como a autorização inicial, a prorrogação também deverá ser fundamentada, sob pena de nulidade. OBSERVAÇÃO – Vale destacar que o Juiz não poderá autorizar, de uma só vez, 30 dias. O prazo não poderá exceder a 15 dias por autorização. Início da contagem do prazo – Uma vez autorizada a interceptação, o prazo de início só passa a contar a partir do momento em que ela é efetivada. Ou seja, não será contado do momento da autorização. Nesse sentido, SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA “(...)Em relação às interceptações telefônicas, o prazo de 15 (quinze) dias, previsto na Lei n. 9.296/96, é contado a partir da efetivação da medida constritiva, ou seja, do dia em que se iniciou a escuta telefônica e não da data da decisão judicial STJ – HC: 212643 PE 2011/0159033-0, Relator: Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Data de Julgamento: 06/03/2012, T6 – SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 26/03/2012) Prorrogações sucessivas – Apesar de divergências, prevalece na doutrina e na jurisprudência que o prazo poderá ser prorrogado várias vezes, de formas sucessiva, poderá ser renovado indefi- nitivamente. Nesse sentido, temos vasta jurisprudência. Vejamos: 15 DIAS fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce 3 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos. Agora Eu Passo Concursos Públicos STF – Renovação das Interceptações “A Lei nº 9.296/96 prevê que a interceptação telefônica “não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.” (art. 5º). A interceptação telefônica não pode exceder 15 dias. Contudo, pode ser renovada por igual período, não havendo restrição legal ao número de vezes para tal renovação, se comprovada a sua necessidade.” STF. 2ª Turma. RHC 132115/PR, Rel. Min. Dias Tóffoli, julgado em 6/2/2018 (Info 890). STF – Informativo – 855 – A Lei nº 9.296/96 prevê que a interceptação telefônica “não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.” (art. 5º). A interceptação telefônica não pode exceder 15 dias. Contudo, pode ser renovada por igual período, não havendo restrição legal ao número de vezes para tal renovação, se compro- vada a sua necessidade. STF. 2ª Turma. HC 133148/ES, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 21/2/2017 STJ – (...) 1. O inciso XII do artigo 5º da Constituição Federal assegura o sigilo das comunicações telefônicas, de modo que, para que haja o seu afastamento, imprescindível ordem judicial, devidamente fundamentada, segundo o comando constitucional estabelecido no artigo 93, inciso IX, da Carta Magna. (...) 5. O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento de que a interceptação telefônica não pode exceder 15 dias. Contudo, pode ser renovada por igual período, não havendorestrição legal ao número de vezes para tal renovação, se comprovada a sua necessidade. (RHC 47.954/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 01/12/2016, DJe 07/12/2016) STF. ( ... ) “Persistindo os pressupostos que conduziram à decretação da intercerptação telefôni- ca, não há obstáculos para sucessivas prorrogações, desde que devidamente fundamentadas, nem ficam maculadas como ilícitas as provas derivadas da interceptação” (STF, RHC 85.575/SP. 2.• Turma. Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJ de 16/0:l/2007). HC 229563. Rei. Min. Laurita Vaz, julgado em 21/08/2014. Art. 6º, §1º – Gravação das conversas Transcrição Parcial ou Total da Conversa Não é necessária toda a transcrição da conversa. Conforme o entendimento do STF, basta a transcrição literal do que, de fato, importa para a investigação ou processo. No entanto, o teor da conversa deverá estar disponível em alguma mídia (CD, Pendrive) para possibilitar à ampla defesa e contraditório. Vejamos: STF – “É prescindível a degravação integral das interceptações telefônicas, sendo necessário, a fim de assegurar o amplo exercício da defesa, a transcrição dos trechos das escutas que embasaram o oferecimento da denúncia.” (HC 118.371. Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 19.08.2014) Extravio e Perda de Parte da Conversa Captada STJ: “(...) Apesar de ter sido franqueado o acesso aos autos, parte das provas obtidas a partir da in- terceptação telemática foi extraviada, ainda na Polícia, e o conteúdo dos áudios telefônicos não foi disponibilizado da forma como captado, havendo descontinuidade nas conversas e na sua ordem, com omissão de alguns áudios. A prova produzida durante a interceptação não pode servir apenas aos interesses do órgão acusador, sendo imprescindível a preservação da sua integralidade, sem a qual se mostra inviabilizado o exercício da ampla defesa, tendo em vista a impossibilidade da efetiva refuta- ção da tese acusatória, dada a perda da unidade da prova. (....) fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce fabin Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Que é desnecessário; que se pode prescindir, descartar; descartável Junior Realce Que não se pode prescindir, renunciar ou dispensar. Junior Realce 4 Agora Eu Passo Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos. (...) Mostra-se lesiva ao direito à prova, corolário da ampla defesa e do contraditório – cons- titucionalmente garantidos – , a ausência da salvaguarda da integralidade do material colhido na investigação, repercutindo no próprio dever de garantia da paridade de armas das partes adversas. (...) Decorre da garantia da ampla defesa o direito do acusado à disponibilização da inte- gralidade de mídia, contendo o inteiro teor dos áudios e diálogos interceptados. (...) Ordem concedi- da, de ofício, para anular as provas produzidas nas interceptações telefônica e telemática, determi- nando, ao Juízo de 1º Grau, o desentranhamento integral do material colhido, bem como o exame da existência de prova ilícita por derivação (...)”. (STJ, 6ª Turma, HC 160.662/RJ, Rel. Min. Assusete Magalhães, j. 18/02/2014, DJe 17/03/2014) Art. 10 – Comentários Novatio Legis Incriminadora – Norma Penal Antes da Lei N. 9.296/96, não havia previsão desse crime na legislação brasileira. Trata-se, portanto, de norma penal, e como tal não retroagirá, com fundamento no artigo 5º, inciso XL da CF/88. Vale reforçar que o artigo 10 é o único que tem natureza penal. Assim todos os demais artigos dessa lei têm caráter processual, e como tal, aplica-se o princípio da aplicação imediata (tempus regit actum) previsto no art. 2º do CPP. Exercícios 01. A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de dez dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova. Certo ( ) Errado ( ) 02. Deferido o pedido, o Ministério Público conduzirá os procedimentos de interceptação, dando ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a sua realização. Certo ( ) Errado ( ) 03. Em relação às interceptações telefônicas, o prazo de 15 (quinze) dias, previsto na Lei n. 9.296/96, é contado a partir da efetivação da medida constritiva, ou seja, do dia em que se iniciou a escuta telefônica e não da data da decisão judicial. Certo ( ) Errado ( ) 04. É imprescindível a degravação integral das interceptações telefônicas, sendo necessário, a fim de assegurar o amplo exercício da defesa, a transcrição dos trechos das escutas que embasaram o oferecimento da denúncia. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito 01 - Errado 02 - Errado 03 - Certo 04 - Errado Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce