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Apostila 1 – 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE BIOLOGIA 
PROF. FLÁVIO LANDIM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 1 (2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice 
 
Aula 1 – Introdução à Biologia....................................................................................................................pág 1 
Aula 2 – Método Científico.........................................................................................................................pág 13 
Aula 3 – Água e Sais Minerais...................................................................................................................pág 20 
Aula 4 – Glicídios.......................................................................................................................................pág 32 
Aula 5 – Lipídos..........................................................................................................................................pág 44 
Aula 6 – Proteínas......................................................................................................................................pág 59 
Aula 7 – Enzimas........................................................................................................................................pág 73 
Aula 8 – Vitaminas.....................................................................................................................................pág 83 
Aula 9 – Ácidos Nucleicos I – DNA e Replicação....................................................................................pág 98 
Aula 10 – Ácidos Nucleicos II – Transcrição e RNA...............................................................................pág 114 
Aula 11 – Código Genético......................................................................................................................pág 129 
Aula 12 – Engenharia Genética...............................................................................................................pág 139 
Aula 13 – Teste de DNA............................................................................................................................pág 159 
Aula 14 – Introdução à Citologia.............................................................................................................pág 170 
Aula 15 – Membrana Plasmática I – Estrutura.......................................................................................pág 180 
Aula 16 – Membrana Plasmática II – Função..........................................................................................pág 188 
Aula 17 – Citoplasma I – Citoesqueleto, Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi.................pág 202 
Aula 18 – Citoplasma II – Lisossomos, Peroxissomos e Vacúolos......................................................pág 213 
Aula 19 – Fermentação............................................................................................................................pág 222 
Aula 20 – Respiração Aeróbica...............................................................................................................pág 232 
Aula 21 – Fotossíntese I – Cloroplastos e Fase Clara...........................................................................pág 245 
Aula 22 – Fotossíntese II – Fases Escura e Fatores Influenciadores..................................................pág 254 
Aula 23 – Núcleo Celular.........................................................................................................................pág 264 
Aula 24 – Células-Tronco e Clonagem...................................................................................................pág 278 
Aula 25 – Ciclo Celular e Câncer.............................................................................................................pág 289 
Aula 26 – Mitose.......................................................................................................................................pág 300 
Aula 27 – Meiose......................................................................................................................................pág 310 
Aula 28 – Gamaetogênese.......................................................................................................................pág 321 
Aula 29 – Aparelhos Reprodutores Humanos e Hormônios Sexuais..................................................pág 331 
Aula 30 – Ciclos Ovarianos e Métodos Anticoncepcionais..................................................................pág 345 
Aula 31 – Fecundação.............................................................................................................................pág 357 
Aula 32 – Introdução à Embriologia.......................................................................................................pág 361 
Aula 33 – Embriologia do Anfioxo..........................................................................................................pág 370 
Aula 34 – Anexos Embrionários.............................................................................................................pág 378 
Aula 35 – Embriologia Humana..............................................................................................................pág 387 
Gabaritos..................................................................................................................................................pág 403 
 
 
 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
1 Biologia 
Aula 1 – Introdução à Biologia 
 
O termo Biologia vem do grego bios, que significa ‘vida’, e 
logos, que significa ‘tratado sobre’, descrevendo a ciência que 
estudo os seres vivos em todos os seus aspectos, desde os 
químicos até os morfológicos, incluindo origens, evolução, 
diversidade, classificação, etc. 
Apesar de o filósofo grego Aristóteles ser considerado o 
primeiro grande biólogo e, por isso, o “Pai da Biologia”, o termo 
“Biologia” só foi se popularizar no início do século XIX, com os 
trabalhos do naturalista alemão Gottfried Treviranus. Até essa 
época, a Biologia estava dividida em dois campos considerados 
distintos e independentes, a Botânica, que estuda os vegetais, e a 
Zoologia, que estuda os animais, estando Botânica e Zoologia 
incluídos, junto com Física, Química e Geologia, dentro das 
chamadas Ciências Naturais. Assim, Botânica e Zoologia eram 
considerados campos tão distintos quanto Física e Química. Com a 
descoberta da célula como unidade básica formadora dos seres 
vivos e o estabelecimento da Teoria Celular, em 1838, houve o 
reconhecimento de que plantas e animais são ambos formados por 
células, sendo profundamente semelhantes do ponto de vista 
microscópico, o que mostra um padrão na organização dos seres 
vivos e unifica a Botânica e a Zoologia na Biologia moderna. 
A maioria dos estudos indica que a Terra deve ter surgido 
há cerca de 4,7 bilhões de anos e, ao longo de 1 bilhão de anos, 
compostos inorgânicos teriam originado compostos orgânicos, se 
organizando em sistemas químicos cada vez mais complexos que 
originaram as primeiras formas de vida do planeta. A transição de 
sistemas não vivos para vivos ocorreu quando esses adquiriram um 
material genético capaz de armazenar informações a respeito de 
sua própria organização e capaz de se replicar para repetir tal 
organização em cópias desses sistemas. Assim, a capacidade de 
criação dessas cópias, ou seja, a capacidade de reprodução, é 
considerado o marco inicial para o surgimento da vida. 
Apesar de haver um consenso entre os biólogos de que a 
capacidade de reprodução está no centro da definição de vida, o 
conceito de vida ainda é muito controverso. No entanto, a definição 
do que é vida ou do que é um ser vivo é fundamental e é o ponto 
de partida para que se possa iniciar os estudos de Biologia. 
 
Conceitode vida 
 
Alguns conceitos de vida encontrados na literatura biológica 
são mencionados abaixo: 
 
“A vida é algo que metaboliza, isto é, usa os materiais de seu 
ambiente para se construir, fabricando, além disso, cópias de si 
mesmo.” 
François Jacob, do Instituto Pasteur de Paris. 
“A vida é um sistema informático que se reproduz e leva à 
diversidade.” 
Miroslav Radman, do Instituto Jacques Monod de Paris. 
“O que define um sistema vivo é que ele se autoconstrói contra a 
tendência da Natureza, na direção da desordem, ou da entropia.” 
Erwin Schrödinger, prêmio Nobel de Física. 
“A vida é um sistema químico autossustentável capaz de evolução 
darwiniana”. 
Gerald Joyce, químico. 
 
Apesar da multiplicidade de definições e da complexidade 
de cada uma delas, alguns aspectos são comuns, como a 
capacidade de reprodução e a capacidade de adaptação ao 
meio (dependente da diversidade, essencial à evolução biológica). 
Uma vez que a definição de vida não é um consenso 
absoluto, costuma-se reconhecer a vida pelos seres vivos, sendo 
esses reconhecidos pelas suas características peculiares e, muitas 
vezes, exclusivas. Além da já citada capacidade de reprodução a 
partir de instruções próprias contidas em moléculas de 
material genético (como o DNA), a capacidade de utilizar 
matéria e energia do meio ambiente para se reproduzir e se 
manter organizado estão entre as características mais essenciais 
dos seres vivos. 
 
Características gerais dos seres vivos 
 
1. Composição química diferenciada 
 
Apenas seis elementos químicos, carbono, hidrogênio, 
oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre (abreviadamente 
“CHONPS”), compõem cerca de 99% de todos os átomos presentes 
na estrutura corporal dos seres vivos. Na comparação com matéria 
bruta, a composição em átomos pode ser bem diferente, como 
observado na tabela abaixo. 
 
Elemento químico Universo Terra Homem 
Carbono 0,02% 0,2% 10,6% 
Hidrogênio 91% 0,2% 61,5% 
Nitrogênio 0,04% traços 2,4% 
Oxigênio 0,06% 47% 23% 
Fósforo traços traços 0,13% 
Enxofre traços traços 0,13% 
Outros 0,91% 52% 2,2% 
 
No entanto, nem tudo que possui essa composição em 
átomos pode ser descrito como matéria viva. Quando se fala em 
composição em moléculas, seres vivos são principalmente 
constituídos, quantitativa e qualitativamente, de água e moléculas 
orgânicas. 
Do ponto de vista quantitativo, a água é a substância 
química mais abundante na matéria viva, correspondendo a cerca 
de 75 a 85% da matéria viva. A vida como a conhecemos no planeta 
Terra não tem como ocorrer sem água, uma vez que age como o 
meio onde todos os demais componentes da matéria viva se 
dispersam, interagem e reagem entre si. 
Do ponto de vista qualitativo, no entanto, as moléculas 
orgânicas são as que melhor caracterizam as estruturas vivas. 
Apesar de poderem ser encontradas na natureza fora de seres 
vivos, as moléculas orgânicas são profundamente relacionadas à 
matéria viva, sendo encontradas preferencialmente e quase que 
exclusivamente em seres vivos ou sendo derivadas de seres vivos. 
Quimicamente, as moléculas orgânicas são compostos 
químicos contendo carbono, normalmente ligado covalentemente a 
hidrogênio, mas podendo também conter átomos de oxigênio, 
nitrogênio, enxofre e fósforo, principalmente. As moléculas 
orgânicas encontradas em seres vivos incluem açúcares (glicídios 
ou carboidratos), lipídios (gorduras), proteínas e ácidos 
nucleicos (DNA e RNA), sendo algumas delas de altíssimo peso 
molecular, as macromoléculas, como polissacarídeos (açúcares 
complexos), proteínas e ácidos nucleicos. Tais macromoléculas 
são polímeros, sendo constituídas da repetição de várias unidades 
químicas menores, ou seja, monômeros. Assim, são 
macromoléculas os polissacarídeos (açúcares complexos, 
 
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2 Biologia 
polímeros de monossacarídeos, como a glicose), as proteínas 
(polímeros de aminoácidos) e os ácidos nucleicos (polímeros de 
nucleotídeos). 
A importância das moléculas orgânicas para os seres vivos 
se dá, principalmente, por duas propriedades que apresentam: 
estabilidade e versatilidade. 
A grande estabilidade das moléculas orgânicas se justifica 
pelo fato de que as ligações covalentes entre carbono e carbono 
nas cadeias carbônicas são apolares (com diferença zero de 
eletronegatividade) e as ligações covalentes entre carbono e 
hidrogênio são praticamente apolares (com diferença quase zero 
de eletronegatividade). Essa grande estabilidade das moléculas 
orgânicas possibilita uma grande estabilidade de composição e 
organização para os seres vivos (como se pode ver em homeostase 
mais à frente). 
A grande versatilidade das moléculas orgânicas se 
justifica, dentre outros aspectos, pela tetravalência do carbono, a 
qual permite que o carbono se ligue a quatro átomos, inclusive 
outros átomos de carbono, formando cadeias carbônicas com 
várias possíveis conformações e propriedades. Por exemplo, 
moléculas orgânicas podem ter função: 
- energética, como nos glicídios e lipídios; 
- estrutural, como nas proteínas; 
- catalítica, como nas enzimas (que são um grupo especializado 
de proteínas); e 
- informacional, como nos ácidos nucleicos (DNA e RNA). 
 
Os ácidos nucleicos são, provavelmente, as moléculas que 
melhor caracterizam os seres vivos, uma vez que o DNA armazena 
informações a respeito de cada forma de vida em sua sequência de 
bases nitrogenadas (adenina, citosina, guanina e timina). Essa 
sequência de bases codifica a informação genética, ou seja, a 
informação de como determinar cada característica morfológica, 
fisiológica e comportamental de um determinado organismo, sendo 
cada unidade de informação genética denominada gene. Uma vez 
que pode se replicar, copiando suas informações, o DNA é a base 
para a reprodução. Como essa replicação preserva as informações 
genéticas intactas, o DNA é a base para a hereditariedade. 
Pequenas mudanças podem ocorrer no DNA por mutações ou por 
recombinação com o DNA de parceiros reprodutores, de forma que 
o DNA é a base para a variabilidade e, consequentemente, da 
evolução. 
Pode-se explicar simplificadamente o funcionamento do 
DNA através do Dogma Central da Biologia Molecular, 
esquematizado abaixo: 
 
 
Assim, trechos de DNA denominados genes sofrem 
transcrição e são copiados (transcritos) em moléculas menores de 
RNA, as quais são enviadas para partículas subcelulares 
denominadas ribossomos, onde ocorre sua tradução em 
proteínas que determinam as características de cada organismo 
vivo. 
 Originalmente, o termo “orgânico” significa “derivado de 
seres vivos”, e os compostos orgânicos eram os “compostos 
derivados de seres vivos”. Devido à dificuldade de sintetizar 
moléculas orgânicas em laboratório, o químico sueco Jons Jacob 
Berzelius propôs, em 1807, a Teoria da Força Vital, que postulava 
que os seres vivos possuíam uma “força vital” que permitia somente 
a eles produzirem moléculas orgânicas. 
A aceitação da existência de uma força vital “quase mágica” 
regulando a química dos seres vivos implicava na possibilidade de 
a vida obedecer a regras diferentes daquelas obedecidas pela 
natureza inorgânica, e, desse modo, a explicação de fenômenos 
biológicos poderia estar sujeita a interpretações sobrenaturais. 
Foi somente em 1828 que as ideias sobre a força vital foram 
derrubadas, o que se pelos trabalhos do químico alemão Friedrich 
Wöhler, que conseguiu converter cianato de amônia inorgânico em 
ureia orgânica, sendo a ureia a primeira substância orgânica 
sintetizada artificialmente. 
 
Cianato de amônio (inorgânico)  Ureia (orgânico) 
 
Com a derrubada da Teoria da Força Vital e a descoberta 
da possibilidade da produção artificial de moléculas orgânicas, a 
Química Orgânicase tornou a química dos compostos de carbono, 
e os químicos chegaram à conclusão de que a Química Orgânica 
obedecia aos mesmos princípios da Química Inorgânica. Com isso, 
as Ciências Biológicas foram “desmistificadas”, e hoje se sabe que 
todos os seres vivos obedecem às mesmas leis da física e da 
química às quais o resto da natureza obedece. 
Apesar de poderem ocorrer fora de seres vivos e poderem 
ser sintetizados artificialmente, os compostos orgânicos são 
profundamente relacionados a seres vivos, sendo a presença de 
substâncias orgânicas em determinado ambiente um forte indício 
da presença de vida nesse ambiente. Desses compostos orgânicos, 
os ácidos nucleicos, pela função que desempenham na reprodução 
e na hereditariedade são as moléculas que mais bem caracterizam 
um ser vivo. 
 
2. Complexidade de organização 
 
Os elementos e substâncias químicas encontrados nos 
seres vivos, como água e moléculas orgânicas, por si só não são 
suficientes para caracterizar a matéria viva. É preciso que essas 
substâncias estejam altamente organizadas em componentes como 
membranas, complexos enzimáticos e células. Em alguns 
organismos, a organização atinge outros níveis, implicando na 
existência de tecidos, órgãos e sistemas altamente complexos. 
Mesmo sendo atualmente possível produzir artificialmente 
todos os grupos de moléculas orgânicos tipicamente encontrados 
em seres vivos, incluindo ácidos nucleicos, nunca se conseguiu 
produzir seres vivos inteiros, nem ao menos células inteiras de 
modo artificial: o alto grau de organização presente em estruturas 
vivas nunca pôde ser reproduzido em laboratório pela montagem 
molécula a molécula. 
 
Em 2010, o bioquímico norte-americano Craig Venter 
anunciou o desenvolvimento da primeira “forma de vida artificial”, 
uma bactéria cujo material genético foi inteiramente produzido de 
modo artificial com instruções genéticas completamente 
determinadas pelo material genético artificial. Apesar de muitos 
biólogos defenderem que a bactéria desenvolvida por Venter seria 
uma “célula artificial”, ela, na verdade, não foi montada molécula a 
molécula. A “célula artificial” foi construída a partir de uma bactéria 
 
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3 Biologia 
denominada Mycoplasma genitalium, que está entre as formas de 
vida mais simples do planeta, a qual teve seu material genético 
(DNA) removido e substituído pelo DNA artificialmente produzido 
com uma sequência de nucleotídeos determinada pelo pesquisador 
e sua equipe. Assim, questiona-se se a “célula artificial” poderia 
receber ser descrita como “vida artificial”, uma vez que toda a 
estrutura da célula, como as membranas e os sistemas enzimáticos, 
foi aproveitada, havendo apenas a substituição do material genético 
original pelo material genético artificial, que passou a determinar 
todas as funções vitais da nova célula. Até o presente momento, foi 
o mais próximo que a ciência conseguiu chegar da criação artificial 
de vida a partir de seus componentes químicos mais básicos, mas 
ainda está muito distante da produção de vida a partir de moléculas 
isoladas de açúcares, lipídios, proteínas, etc. 
 
3. Homeostase 
 
Além de os seres vivos apresentarem alto grau de 
organização, eles possuem a capacidade de manter tal organização 
constante, sendo essa propriedade denominada homeostase, que 
implica na manutenção da organização constante e do isolamento 
em relação ao meio. 
Do ponto de vista celular, a membrana plasmática é o 
principal responsável pela homeostase, uma vez que regula a 
passagem de substâncias da célula para o meio e vice-versa, de 
modo a impedir a passagem de certas substâncias e permitir a de 
outras. Assim, a membrana permite a entrada de substâncias que 
são necessárias à célula e promove a saída de substâncias que 
sejam qualitativa ou quantitativamente prejudiciais, o que implica na 
manutenção da constância do meio interno da célula. 
Para organismos mais complexos, toda a fisiologia pode ser 
descrita como tendo o objetivo de manutenção da homeostase, 
incluindo a aquisição de nutrientes para compensar aqueles que 
foram consumidos, a excreção para a eliminação de substâncias 
tóxicas eventualmente produzidas, as trocas gasosas para a 
reposição de gases que foram consumidos e a eliminação de gases 
que foram produzidos, etc. 
Em alguns animais, como mamíferos e aves, a homeostase 
leva à capacidade de manutenção da temperatura corporal 
constante independentemente da temperatura ambiental, 
propriedade denominada homeotermia. Homeotermia, entretanto, 
não é sinônimo, mas um exemplo de homeostase, e ocorre em um 
grupo muito restrito de seres vivos. 
 
4. Metabolismo 
 
Como mencionado, a homeostase implica na manutenção 
da organização constante nos seres vivos. Apesar de as moléculas 
orgânicas serem altamente estáveis, existe uma tendência natural 
ao aumento de entropia nos sistemas químicos, ou seja, ao 
aumento do grau de desorganização de todos os sistemas 
químicos, vivos ou não. Por exemplo, proteínas e lipídios que 
constituem as membranas celulares sofrem oxidação 
frequentemente, levando à desorganização de tais membranas. 
Para manter a organização das membranas, novas proteínas e 
novos lipídios devem ser continuamente produzidos para repor os 
que foram perdidos. De certa maneira, a homeostase implica numa 
“luta” permanente contra a tendência natural ao aumento da 
desorganização. A manutenção da homeostase exige uma série de 
reações químicas para repor as estruturas perdidas e manter a 
organização constante. 
Por exemplo, organismos autótrofos fotossintetizantes 
(ou, simplesmente, fototróficos), como plantas, algas e algumas 
bactérias, através do processo de fotossíntese, são capazes de 
converter a energia luminosa do Sol em energia química para, a 
partir de então, converter moléculas inorgânicas de gás carbônico 
e água em moléculas orgânicas como a glicose (principal molécula 
de açúcar na natureza) e, a partir de então, outras moléculas 
orgânicas ainda mais complexas. Organismos heterotróficos (ou 
organotróficos), como animais, fungos, protozoários e algumas 
outras bactérias, são incapazes de fazer fotossíntese, e, por isso, 
utilizam a energia química armazenada nas moléculas orgânicas 
produzidas na fotossíntese. Tanto em autótrofos como em 
heterótrofos, a energia química armazenada nas moléculas 
orgânicas é liberada para utilização em processos vitais através da 
respiração celular. 
As várias reações químicas promovidas pelos seres vivos 
são necessárias para gerar organização e mantê-la constante, 
como ocorre com a fotossíntese, bem como por fornecer energia 
para que tudo isso ocorra, como ocorre com a respiração celular. 
Assim, o conjunto de todas as reações químicas que ocorrem num 
ser vivo é chamado de metabolismo (do grego metabole, 
‘transformar’). O metabolismo pode ter suas reações divididas em 
duas categorias: o anabolismo e o catabolismo. 
As reações anabólicas (do grego ana, ‘para cima’) são 
aquelas que produzem substâncias mais complexas a partir de 
substâncias mais simples, sendo as reações responsáveis pelo 
incremento de organização na matéria viva e, de modo geral, 
envolvem consumo de energia, sendo, por isso, chamadas de 
endotérmicas ou endergônicas. Os dois exemplos mais importantes 
são: 
- Fotossíntese, descrita pela reação abaixo. 
 
CO2 + H2O + energia luminosa  glicose + O2 
 
- Síntese por desidratação ou condensação ou polimerização, 
que promove a síntese de polímeros a partir de monômeros com 
liberação de água como subproduto, como ocorre na síntese de 
proteínas a partir de aminoácidos, resumida pela reação abaixo. 
 
aminoácido 1 + aminoácido 2 + ... + aminoácido n  proteína 
+ H2O 
 
As reações catabólicas (do grego cata, ‘para baixo’) sãoaquelas que quebram moléculas mais complexas em moléculas 
mais simples, com liberação de energia no processo, sendo, por 
isso, chamadas de exotérmicas ou exergônicas. Os dois exemplos 
mais importantes são: 
- Respiração celular (respiração aeróbica), descrita pela reação 
abaixo. 
 
glicose + O2  CO2 + H2O + energia química 
 
- Hidrólise, que promove a degradação de polímeros em 
monômeros, com consumo de água no processo, como ocorre na 
hidrólise de proteínas em aminoácidos, resumida pela reação 
abaixo: 
 
proteína + H2O  aminoácido 1 + aminoácido 2 + ... + 
aminoácido n 
 
 
 
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4 Biologia 
“Vivo” x “Morto” 
 
A perda do metabolismo é o evento mais marcante na 
transição do estado “vivo” para o estado “morto” num organismo. 
De modo resumido, a morte ocorre quando o organismo se torna 
incapaz de manter suas reações metabólicas e, 
consequentemente, se torna incapaz de manter sua homeostase. 
Em organismos constituídos de uma única célula 
(unicelulares, portanto), a transição para o estado “morto” é mais 
fácil de ser reconhecida, mas em organismos constituídos por 
várias células (pluricelulares, portanto), a transição do organismo 
como um todo para o estado “morto” não é tão clara, visto que nem 
todas as células precisam ter morrido para que o organismo 
pluricelular seja considerado morto. 
No corpo humano, por exemplo, a parada respiratória leva 
à morte porque impede a aquisição do O2 fundamental para que a 
respiração aeróbica produza energia para a manutenção das 
funções vitais. No entanto, mesmo a parada respiratória não implica 
na morte de todas as células da musculatura responsável pelos 
movimentos respiratórios, de modo que uma parada respiratória 
pode ser revertida até certo ponto, bem como o indivíduo pode 
manter os movimentos respiratórios através de aparelhos durante 
um certo tempo. Ainda no corpo humano, a parada cardíaca leva à 
morte porque impede o bombeamento de sangue e, 
consequentemente, de O2 para os demais órgãos, impedindo que a 
respiração aeróbica ocorra. No entanto, mesmo a parada cardíaca 
não implica na morte de todas as células da musculatura cardíaca 
responsável pelos batimentos do coração, de modo que uma 
parada cardíaca também pode ser revertida até certo ponto, bem 
como o indivíduo pode ter seu sangue circulando propulsionado por 
aparelhos, mesmo sem batimentos cardíacos próprios, durante um 
certo tempo. Assim, o conceito de “morte” para a medicina implica 
na morte da região do corpo que controla os movimentos 
respiratórios e o ritmo de batimentos cardíacos, denominada bulbo 
raquidiano, encontrada no sistema nervoso, na base do encéfalo. 
Uma vez que as células do bulbo morram, cessam as demais 
atividades vitais, e o indivíduo se encontra em estado de morte 
cerebral, sendo considerado morto. 
 
5. Reação a estímulos do meio 
 
Os seres vivos são capazes de reagir a estímulos do meio 
ambiente, sejam eles químicos, mecânicos, térmicos, luminosos, 
etc, propriedade essa denominada de irritabilidade. 
Em muitos organismos, a irritabilidade ocorre de tal forma 
que a reação aos estímulos do meio ocorre sem que haja a 
interpretação do significado do estímulo, ou seja, para um mesmo 
estímulo nas mesmas condições, sempre haverá uma mesma 
resposta. Esse comportamento ocorre em organismos muito 
simples, nos quais não ocorre sistema nervoso. 
Nos organismos dotados de sistema nervoso, ou seja, na 
maioria dos animais, existem células denominadas neurônios que 
geram impulsos nervosos de natureza eletroquímica e que 
permitem a integração das demais células, possibilitando respostas 
mais elaboradas aos estímulos do meio. Nesse caso, denominado 
de sensibilidade, a resposta se dá após a interpretação do 
significado do estímulo, havendo uma resposta adequada a cada 
estímulo, ou seja, podendo ocorrer respostas diferentes a um 
mesmo estímulo. 
 
6. Movimento 
 
Todos os seres vivos são dotados de movimento gerado por 
forças próprias através da ação de proteínas capazes de alterar sua 
estrutura a partir do consumo de energia química. Mesmo plantas 
podem se movimentar, como, por exemplo, nos tropismos, onde 
caules crescem na direção da luz e raízes crescem na direção do 
centro da Terra, ou, microscopicamente, na translocação da seiva 
e no movimento de estruturas subcelulares, como no deslocamento 
de cloroplastos (organelas responsáveis pela fotossíntese) diante 
da luz. 
Alguns seres vivos são capazes de locomoção, ou seja, 
deslocamento por forças próprias, o que se dá através de estruturas 
proteicas como cílios, flagelos, miofibrilas (presentes em células 
musculares), etc, como ocorre na maioria dos protozoários e 
animais. 
 
7. Crescimento 
 
Em corpos brutos, o crescimento se dá “de fora para 
dentro”, por adição de matéria, sendo denominado aposição. Em 
seres vivos, o crescimento se dá “de dentro para fora”, por 
incorporação de matéria adquirida nos processos nutritivos, sendo 
denominado intuscepção. 
Existem dois mecanismos envolvidos no crescimento dos 
seres vivos: 
- Hipertrofia, quando se dá por aumento de volume celular; 
- Hiperplasia, quando se dá por aumento do número de células. 
Nos vegetais, há predomínio de crescimento por hipertrofia, 
enquanto que, nos animais, há predomínio de crescimento por 
hiperplasia. No entanto, em alguns animais adultos, incluindo a 
espécie humana, algumas regiões do corpo não sofrem hiperplasia, 
ocorrendo apenas crescimento por hipertrofia, como ocorre com 
tecidos nervoso, muscular e adiposo. 
Em organismos pluricelulares, a vida começa, 
normalmente, com uma única célula denominada zigoto. Dá-se o 
nome de desenvolvimento ao conjunto de transformações que 
ocorrem do zigoto até a idade adulta. O desenvolvimento envolve 
divisões celulares e diferenciação celular, e ocorre 
paralelamente ao crescimento. 
 
8. Reprodução e hereditariedade 
 
A característica que melhor define um ser vivo é a 
capacidade de reprodução. Nos primórdios da vida, foi o 
surgimento da reprodução que marcou a transição dos sistemas 
químicos prebióticos para os sistemas vivos. 
A reprodução só é possível devido à ocorrência de ácidos 
nucleicos, como o DNA nas células, os quais agem como um 
material genético, com duas propriedades fundamentais: 
- o armazenamento de informações genéticas a respeito de 
como realizar cada reação metabólica e como manter a 
homeostase, o que se dá em sua sequência de bases nitrogenadas, 
a qual orienta a formação de proteínas estruturais e catalíticas, 
determinando o surgimento de cada característica morfológica, 
fisiológica e comportamental; 
- a habilidade de replicação, pela qual o ácido nucleico cria uma 
cópia de si mesmo, permitindo a geração de cópias dos sistemas 
biológicos codificados, o que garante a hereditariedade nos seres 
vivos. 
 
Reprodução assexuada 
 
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5 Biologia 
No processo de reprodução assexuada, o material 
genético pode ser replicado integralmente, gerando cópias 
idênticas do DNA e, com isso, descendentes idênticos aos 
parentais, sem variabilidade genética. Esse processo reprodutivo 
ocorre, normalmente, através de um processo de divisão celular 
denominado de mitose, que gera células idênticas a uma célula 
original. 
A grande vantagem na reprodução assexuada é que os 
descendentes produzidos guardam as mesmas qualidades dos 
seus genitores, estando igualmente adaptados ao meio. Além disso, 
o processo é bastante simples e não exige um parceiro para a 
reprodução, o que representa uma economia de energia que pode 
ser investida na geração de maior número de descendentes. Dessa 
maneira, a reprodução assexuada é vantajosa em ambientesestáveis, os quais não estão passando por mudanças, e permite 
uma rápida ocupação desses ambientes pela população de uma 
certa espécie. 
Por outro lado, o maior problema da reprodução assexuada 
consiste no fato de que os descendentes gerados conservam as 
mesmas limitações dos seus genitores. Além disso, em ambientes 
em mudança, a reprodução assexuada traz riscos, uma vez que 
uma característica que produza adaptação em um certo meio pode 
se tornar prejudicial em um meio diferente. 
Existem vários processos de reprodução assexuada na 
natureza, sendo o mais comum a bipartição, no qual um organismo 
se divide em dois indivíduos idênticos, sendo que, em seres 
unicelulares, a bipartição também pode ser chamada de 
cissiparidade. 
Em vegetais, a reprodução assexuada é bastante comum, 
e por isso a reprodução assexuada é muitas vezes chamada de 
propagação vegetativa. 
A reprodução assexuada pode ser artificialmente induzida 
através de processos de clonagem, como na produção de mudas 
vegetais. Em agricultura, essa prática é muito importante, uma vez 
que, ao clonar uma planta de alta produtividade, pode-se obter toda 
uma população de descendentes clonados de alta produtividade, o 
que garante uma alta produtividade agrícola. O risco dessa prática 
está no fato de que os descendentes clonados guardam as mesmas 
vulnerabilidades da planta parental, sendo a plantação mais 
vulnerável a alterações ambientais, como a ocorrência de secas, 
enchentes ou pragas. 
Apesar de não haver variabilidade genética na reprodução 
assexuada, podem ocorrer erros na replicação do material genético 
levando à alteração em sua sequência de bases nitrogenadas, ao 
que se chama mutações. Essas mutações ocorrem de maneira 
acidental e aleatória, não sendo obrigatórias no processo 
reprodutivo, e geram novas informações genéticas e novas 
características, consistindo na origem da variabilidade genética. Em 
outras palavras, o motivo pelo qual os vários seres vivos são 
diferentes entre si, primariamente, é a ocorrência de mutações. 
 
Reprodução sexuada 
No processo de reprodução sexuada, ocorre 
recombinação genética de segmentos de DNA entre indivíduos, ou 
mesmo dentro do próprio indivíduo, gerando cópias levemente 
distintas do DNA original, e, consequentemente, descendentes 
distintos dos parentais, com variabilidade genética. 
Por mais que a variabilidade genética que ocorre na 
reprodução sexuada possa gerar características prejudiciais na 
prole, esse processo se torna vantajoso porque os ambientes 
naturais estão em constante mudança, e o surgimento de novas 
características aumenta a chance de que pelo menos parte da prole 
possa se adaptar a novas condições ambientais que surjam. 
A variabilidade genética que ocorre na reprodução sexuada 
se dá através de modificações programadas no material genético 
(ao contrário das mutações, que são aleatórias), e, normalmente, 
envolve um processo de divisão celular denominado meiose. A 
meiose produz células específicas para a reprodução, 
denominadas gametas, com metade do material genético da célula 
original. Assim, cada indivíduo parental produz um gameta com 
apenas metade de seu material genético que, ao se juntar com um 
gameta do outro indivíduo parental, também com metade de seu 
material genético, num processo denominado fecundação, produz 
uma célula denominada zigoto, com material genético de ambos os 
parentais. Esse zigoto, então, se desenvolve para originar um novo 
indivíduo adulto. 
Em alguns organismos, chamados hermafroditas, um 
mesmo indivíduo produz dois tipos de gametas, masculino e 
feminino. Assim, pode haver autofecundação pela fusão de dois 
gametas do mesmo indivíduo, gerando descendentes que só 
possuem material genético proveniente do indivíduo parental, mas 
não necessariamente idêntico ao material genético desse indivíduo 
parental, podendo haver ausência de alguns segmentos de DNA do 
indivíduo parental, o que já é suficiente para gerar variabilidade 
genética, apesar de bem inferior à variabilidade genética que ocorre 
na fecundação cruzada (ou seja, entre indivíduos distintos). 
Alguns processos de reprodução sexuada envolvem a 
ocorrência de recombinação genética sem que haja gametas, 
sendo denominados de mecanismos de parassexualidade. O 
principal exemplo é a conjugação em seres unicelulares como 
bactérias e protozoários, onde há troca de segmentos de DNA 
através de pontes celulares. 
 
9. Adaptação ao meio 
 
Os seres vivos apresentam profunda adaptação ao meio 
em que vivem. Essa adaptação ao meio é resultado de processos 
de Evolução, pelos quais organismos mudam ao longo do tempo. 
A causa primária dessas mudanças, como mencionado 
anteriormente, são as mutações, alterações na sequência de 
bases nitrogenadas no material genético. A maioria dessas 
mutações têm efeito deletério (prejudicial), mas algumas podem ter 
efeito benéfico. Ou, por vezes, uma mutação deletéria pode passar 
a ser benéfica em um ambiente diferente. Mutações que geram 
características adaptativas permitem uma melhor exploração dos 
recursos do ambiente, um maior tempo de vida e a geração de 
maior quantidade de descendentes também portadores dessas 
mutações, o que tende, com o tempo, a diminuir a proporção de 
indivíduos sem essas características, num processo denominado 
de seleção natural. 
Como exemplo, acredita-se que a espécie humana tenha 
surgido no leste da África, e que os primeiros humanos eram todos 
negros, como resultado de longos processos de seleção natural 
favorecendo a presença de grandes quantidades de melanina na 
pele, o que permite que se suporte melhor a intensa radiação solar 
a qual a região é exposta, diminuindo, por exemplo, os riscos de 
queimaduras de sol e de cânceres de pele. Em algum momento, 
mutações devem ter originado indivíduos de pele clara, que não são 
tão bem adaptados a esses ambientes de intensa radiação solar. 
No entanto, uma vez que a espécie humana migrou para outros 
ambientes, a pele clara, com menores quantidades de melanina, se 
mostrou vantajosa em ambientes de grandes latitudes, onde a 
menor intensidade de radiação solar não traz riscos tão elevados 
 
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6 Biologia 
de queimaduras de sol e de cânceres de pele e grandes 
quantidades de melanina dificultariam a ativação de vitamina D na 
pele pela pequena quantidade de radiação ultravioleta. Em outras 
palavras, a pele clara, não vantajosa entre os humanos no leste da 
África, se mostrou vantajosa em humanos em ambientes como o 
norte da Europa e da Ásia. Pode-se argumentar, então, que houve 
adaptação da espécie humana a cada ambiente em que ela vive. 
Características adaptativas devem surgir a partir de 
mutações hereditárias para que tenha valor evolutivo, podendo ser 
transmitidas aos descendentes e, no longo prazo, se tornando mais 
frequentes por ação da seleção natural. No entanto, algumas 
situações de adaptação ocorrem em prazo mais curto, dentro de um 
indivíduo, sem que possam ser transmitidas à descendência. Essas 
situações de adaptação individual não envolvem alterações no 
material genético, mas envolvem a ativação ou inativação de 
trechos específicos do material genético em cada situação 
ambiental, permitindo uma rápida resposta adaptativa. 
Como exemplo, indivíduos expostos à intensa radiação 
solar aumentam sua produção de melanina e escurecem a pele 
para reduzir os possíveis danos decorrentes dessa radiação, ou 
ainda, indivíduos expostos a grandes altitudes e pequenos teores 
atmosféricos de gás oxigênio aumentam sua produção de glóbulos 
vermelhos para aumentar a eficiência no transporte sanguíneo de 
oxigênio. Em ambos os casos, não ocorre alterações no material 
genético do indivíduo, e essas alterações fisiológicas que ocorreram 
não podem ser transmitidasà prole. 
 
10. Organização celular 
 
A célula é a unidade básica morfofisiológica da vida, e 
todas as características de um ser vivo, incluindo homeostase, 
metabolismo, reação, movimento e reprodução, dependem de suas 
células. 
A maioria das células é menor que o limite de resolução do 
olho humano, ou seja, que a menor estrutura visível a olho nu, que 
é de cerca de 0,1mm. Assim, as células só podem ser visualizadas 
através do microscópio, o qual foi inventado somente no final do 
século XVI. 
Em 1655, o cientista inglês Robert Hooke, ao observar 
fragmentos de cortiça ao microscópio, descreveu pela primeira vez 
a célula. O nome célula vem do latim cellula, ‘pequeno 
compartimento vazio’, e foi utilizado porque a cortiça é um tecido 
vegetal morto, cujas células têm seu espaço interno substituído por 
ar. Nos anos seguintes à descoberta de Hooke, vários autores 
descreveram células vivas, que não eram “compartimentos vazios”, 
mas, ainda assim, o termo ‘célula’ continuou sendo utilizado. 
Em 1838, o botânico alemão Mathias Jakob Schleiden 
postulou que “todos os vegetais são formados por células”, e em 
1839, o zoólogo alemão Theodor Schwann postulou que “todos os 
animais são formados por células”. Naquele tempo, a classificação 
dos seres vivos incluía apenas dois reinos, Vegetal e Animal, e as 
afirmações de Schleiden e Schwann deu origem à Teoria Celular, 
que afirma que “todos os seres vivos são formados por células”. 
Uma célula apresenta três componentes fundamentais: 
- membrana celular, constituída de lipídios e proteínas (portanto, 
lipoproteica), sendo a principal responsável pela manutenção da 
homeostase celular. 
- citoplasma, constituído de água e moléculas orgânicas, muitas 
vezes organizadas em complexos multienzimáticos delimitados ou 
não por membranas, sendo chamados organelas citoplasmáticas. 
O citoplasma deve, obrigatoriamente, ser capaz de produzir 
proteínas através de ribossomos, e de produzir energia, através 
de mecanismos como respiração aeróbica, fermentação, etc, 
sendo assim o principal responsável pelo metabolismo celular. 
- material genético constituído de DNA, responsável pelo controle 
das atividades vitais, como metabolismo, reprodução e 
hereditariedade. 
 
Em células chamadas de procarióticas, que ocorrem em 
bactérias, o material genético fica diretamente disperso no 
citoplasma, caracterizando um nucleoide. Em células chamadas 
de eucarióticas, que ocorrem em animais, plantas, fungos, 
protozoários e algas, o material genético é separado do citoplasma 
por uma dupla membrana de lipídios e proteínas denominada 
carioteca, caracterizando um núcleo. 
 
Vírus: vivos ou não vivos? 
 
Em 1892, o botânico russo Dimitri Ivanovsky, ao estudar o 
mosaico do tabaco, doença que afeta folhas de fumo, descreveu 
pela primeira vez os vírus. Os vírus (do latim virus, ‘veneno’) são 
agentes infecciosos acelulares, menores que as células (e, por isso, 
apenas visíveis em microscópio eletrônico) e bem mais simples que 
elas, apresentando características intermediárias entre estruturas 
vivas e não vivas. 
Vírus são constituídos molecularmente por proteínas e 
ácidos nucleicos (portanto, nucleoproteínas), sendo acelulares 
por não apresentarem componentes como membrana celular, 
citoplasma e ribossomos, e por não apresentarem propriedades 
como metabolismo. Essencialmente, os vírus apresentam as 
seguintes características: 
- capsídeo ou cápsula proteica constituída apenas de proteínas, 
não apresentando membrana lipoproteica como ocorre nas células; 
apenas alguns vírus, denominados envelopados, apresentar 
externamente à capsula um envelope lipoproteico semelhante à 
membrana celular. 
- material genético constituído de DNA ou RNA, mas não os dois 
simultaneamente, ao contrário do que ocorre nas células, onde o 
material genético é sempre o DNA, mas também ocorre RNA como 
auxiliar na expressão da informação genética; apenas alguns 
poucos vírus, como citomegalovírus e mimivírus, apresentar 
DNA e RNA simultaneamente. 
- ausência de metabolismo, uma vez que vírus não possuem 
ribossomos para síntese proteica e não possuem a capacidade 
de produzir energia de maneira alguma. 
 
Devido à ausência de metabolismo próprio, os vírus, para 
expressarem suas informações genéticas e se reproduzirem, 
precisam do metabolismo de uma célula hospedeira invadida por 
eles, sendo, por isso, parasitas intracelulares obrigatórios. 
Apesar de serem acelulares e de não possuírem 
metabolismo próprio, podendo, inclusive, ser cristalizados por 
tempo indeterminado, como se fossem sais comuns, os vírus, 
dentro das células hospedeiras, são capazes de se reproduzir e de 
se adaptar ao meio por mutações, que correspondem a 
propriedades características de seres vivos. 
Devido ao comportamento duvidoso dos vírus, não há uma 
posição definitiva entre os biólogos a respeito da natureza dos vírus, 
se eles devem ou não ser considerados como formas de vida. 
Algumas opiniões de importantes biólogos a respeito dos vírus são 
expressas abaixo: 
 
 
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7 Biologia 
“’Vida’ e ‘vivo’ são palavras que os cientistas tomaram emprestadas 
do homem comum. O empréstimo funcionou satisfatoriamente até 
pouco tempo atrás, pois os cientistas quase não se preocupavam e 
certamente nunca souberam o que queriam dizer com essas 
palavras – nem o homem comum. Agora, porém estão sendo 
descobertos e estudados sistemas que não são obviamente nem 
vivos nem obviamente mortos, e é necessário definir essas palavras 
– ou então parar de utilizá-las e inventar outras.” 
Norman Pirie, virologista britânico. 
“A atenção dos biólogos foi desviada por quase um século com as 
discussões sobre a natureza dos vírus. A divergência se originou da 
generalização, estabelecida na segunda metade do século XIX, de 
que as células são blocos construtores de todo o tipo de vida. Os 
vírus são mais simples do que as células; então, segundo a lógica, 
os vírus não podem ser organismos vivos. Acho que o melhor jeito 
de atacar esse ponto de vista é compará-lo a uma tentativa 
dogmática de fazer com que um cachorro seja abanado pelo próprio 
rabo, e não o contrário.” 
Paul Ewald, biólogo evolucionista americano. 
“Considerar ou não o vírus vivo como organismo é uma questão de 
gosto.” “Um vírus é um vírus”. 
André Lowff, francês, prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina. 
 
Eu gosto muito dessa última opinião. Fala sério. E é porque 
o cara ganhou um prêmio Nobel... De qualquer maneira, deve-se 
analisar os vírus sob dois aspectos: 
- Vírus podem ser considerados como não vivos porque são 
acelulares, não possuem metabolismo próprio e, fora de uma 
célula hospedeira, são inertes. 
- Vírus podem ser considerados como vivos porque, dentro de 
uma célula hospedeira, são capazes de se reproduzir e de se 
adaptar ao meio por intermédio de mutações. 
 
Mesmo que sejam considerados formas de vida, os vírus 
não invalidam a Teoria Celular porque, apesar de serem acelulares, 
só podem se comportar como seres vivos quando apresentam 
organização celular, ou seja, dentro de uma célula hospedeira. 
 
Níveis de organização e subdivisões da 
Biologia 
 
Como mencionado anteriormente, seres vivos apresentam 
grande complexidade de organização. No século XVII, o biólogo 
inglês John Needham postulou que os seres vivos podem ser 
analisados em diferentes níveis de organização. 
Na organização de um ser vivo qualquer, átomos são o 
nível mais básico de organização, sendo que eles se agrupam em 
moléculas e, daí, em estruturas subcelulares como membranas e 
organelas, as quais originam as células. Em organismos 
pluricelulares, células relacionadas se organizam em tecidos, que 
então se agrupam para originar órgãos, e, daí, sistemas ou 
aparelhos,cujo conjunto define o organismo ou indivíduo. 
Indivíduos de uma mesma espécie que habitam uma mesma região 
constituem uma população, e o conjunto de todas as populações 
de seres vivos, incluindo todas as diferentes espécies, constituem 
uma comunidade, que interage com o meio ambiente para originar 
um ecossistema. O conjunto de todos os ecossistemas da Terra 
constitui a Biosfera. 
Resumidamente, os níveis de organização, do mais simples 
para o mais complexo, são: 
 
átomos – moléculas – células – tecidos – órgãos – sistemas – 
organismos – populações – comunidades – ecossistemas – 
Biosfera 
 
A Biologia pode ser subdividida em áreas que estudam um 
determinado nível de organização de modo mais detalhado. Como 
exemplo dessas subdivisões da Biologia, pode-se citar: 
- Bioquímica, que estuda as moléculas constituintes dos seres 
vivos; 
- Citologia (do grego kytos, ‘célula’), que estuda as células e seus 
componentes; 
- Histologia (do grego hystos, ‘tecido’), que estuda os tecidos, ou 
seja, a organização microscópica dos seres vivos; 
- Anatomia (do grego anatome, ‘dissecação’), que estuda 
morfologicamente os órgãos e sistemas, ou seja, a estrutura 
macroscópica dos seres vivos; 
- Fisiologia (do grego physio, ‘natureza’), que estuda 
funcionalmente os órgãos e sistemas; 
- Embriologia (do grego embryon, ‘embrião’), que estuda o 
desenvolvimento pré-natal dos seres vivos; 
- Genética (do grego genetikos, ‘que procria’), que estuda os 
fenômenos relacionados à hereditariedade dos seres vivos; 
- Evolução (do latim volver, ‘mudar’), que estuda as modificações 
dos seres vivos no decorrer do tempo; 
- Paleontologia (do grego palaios, ‘antigo’, e ontos, ‘ser’), que 
estuda os fósseis; 
- Taxionomia (do grego taxis, ‘ordem’, e nomos, ‘lei’) ou 
Sistemática, que estuda a classificação dos seres vivos; 
- Microbiologia, que estuda microorganismos como bactérias e 
fungos, sendo que os primeiros são estudados na Bacteriologia e 
os segundos na Micologia; 
- Protozoologia, que estuda os protozoários; 
- Parasitologia, que estuda parasitas em geral; 
- Botânica, que estuda os vegetais; 
- Zoologia, que estuda os animais; 
- Ecologia (do grego oikos, ‘casa’, no sentido de ambiente), que 
estuda os níveis de organização acima de organismo. 
Ciências Biomédicas são derivadas da Biologia e incluem 
Medicina, Odontologia, Farmácia, Enfermagem, Medicina 
Veterinária e outras. Dentro das ciências biomédicas, surgem 
outros campos de estudo como Patologia, que estuda as doenças, 
Semiologia, que estuda os sintomas e sinais das doenças e sua 
identificação, Farmacologia, que estuda a ação de drogas e 
medicamentos nos organismos, e outras. 
Existem ainda campos de estudo que surgem da interação 
da Biologia com outras áreas, como ocorre com Biofísica, Biologia 
Molecular, Bioestatística e outras. E, além de tudo isso, o estudo 
da Biologia precisa, muitas vezes, de conhecimentos de outras 
ciências como Matemática, Química, Física, Geografia, História e 
várias outras mais. 
Definitivamente, a vida é bastante complicada mesmo... 
 
Leitura Complementar – Craig Venter 
anuncia a 'célula sintética' 
 
O pioneiro da pesquisa genômica Craig Venter deu um novo 
passo em sua busca para criar vida artificial, ao sintetizar o genoma 
completo de uma bactéria e usá-lo para criar uma célula. Venter 
chamou o resultado de "célula sintética" e apresentou a pesquisa 
como um marco que abrirá o caminho para criar micróbios úteis 
para o surgimento de produtos como vacinas e biocombustíveis. 
 
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8 Biologia 
Numa entrevista coletiva na quinta-feira, Venter descreveu 
a célula como "a primeira espécie auto-replicante que temos no 
planeta, cujo parente mais próximo é um computador". "Esse é um 
avanço filosófico, muito mais que um avanço técnico", disse, ao 
sugerir que a "célula sintética" trará novas questões sobre a 
natureza da vida. 
Outros cientistas concordam que ele alcançou uma façanha 
tecnológica ao sintetizar a maior parte do DNA até agora – um 
milhão de unidades de comprimento – e em torná-lo 
suficientemente precisos para substituir o próprio DNA da célula. 
A abordagem ainda é considerada uma promessa, porque 
serão necessários muitos anos para se desenhar novos organismos 
e o desenvolvimento na fabricação de biocombustíveis vem sendo 
obtido com abordagens tradicionais de engenharia molecular, nas 
quais organismos existentes são modificados. 
O objetivo de Venter é obter o controle total sobre o genoma 
da bactéria, primeiro sintetizando seu DNA em laboratório e depois 
desenhando um novo genoma despojado de suas funções naturais 
e equipado com novos genes que regulem a produtos de produtos 
químicos úteis. "É muito poderoso ser capaz de reconstruir cada 
uma das letras em um genoma e isso significa que você pode 
colocá-los em genes diferentes", disse o biólogo do Instituto de 
Pesquisa. A abordagem de Venter "não é necessariamente o 
caminho" para a produção de microorganismos úteis, disse George 
Church, pesquisador do genoma da Harvard Medical School. Para 
Leroy Hood, do Instituto de Sistemas Biológicos de Seattle, o estudo 
de Venter é "chamativo". 
Em 2002, Eckard Wimmer, da Universidade Estadual de 
Nova York, sintetizou o genoma do vírus da poliomielite. O genoma 
construído a partir de um vírus vivo da poliomielite infectou e matou 
ratos de laboratório. O trabalho de Venter sobre a bactéria é 
semelhante, em princípio, exceto que o genoma do vírus da 
poliomielite tem somente 7 500 unidades de comprimento, e do 
genoma da bactéria é 100 vezes maior. 
O grupo ambientalista Amigos da Terra denunciou o 
genoma sintético como uma nova tecnologia perigosa e afirmou que 
"Venter deveria parar todo o tipo de pesquisa antes que existisse 
uma legislação para elas". A cópia sintetizada do genoma de Venter 
veio de uma bactéria natural que infecta cabras. Ele garantiu que 
antes de copiar o DNA extirpou 14 genes possivelmente 
patológicos, de forma que a nova bactéria seria incapaz de causar 
danos. A afirmação de Venter de que criou uma célula "sintética" 
alarmou pessoas que imaginam que ele teria dado origem a uma 
nova forma de vida ou feito uma célula artificial. "É claro que isso é 
errado, seus ancestrais eram uma forma de vida biológica", disse 
Joyce, da Scripps. 
Venter copiou o DNA de uma espécie de bactéria e a inseriu 
em outra. A segunda bactéria produziu todas as proteínas e 
organelas na chamada "célula sintética", seguindo especificações 
implícitas na estrutura do DNA inserido. "Minha preocupação é que 
algumas pessoas vão chegar à conclusão que eles criaram uma 
nova forma de vida", diz Jim Collins, um bioengenheiro da 
Universidade de Boston. "O que eles criaram é um organismo com 
um genoma sintetizado natural. Mas isso não representa a criação 
da vida a partir do zero ou a criação de uma nova forma de vida", 
disse ele. 
The New York Times, 2010. 
 
Exercícios 
 
QUESTÕES ESTILO MÚLTIPLA ESCOLHA 
 
1. (ENEM) Apesar da grande diversidade biológica, a hipótese de 
que a vida na Terra tenha tido uma única origem comum é aceita 
pela comunidade científica. Uma evidência que apoia essa hipótese 
é a observação de processos biológicos comuns a todos os seres 
vivos atualmente existentes. Um exemplo de tal processo é o(a) 
A) desenvolvimento embrionário. B) reprodução sexuada. 
C) respiração aeróbica. D) excreção urinária. 
E) síntese proteica. 
 
2. (ENEM) 
Todas as reações químicas de um ser vivo seguem um programa 
operado por uma central de informações. A meta desse programa 
é a auto-replicação de todos os componentes do sistema, incluindo-
se a duplicação do próprio programa ou mais precisamente do 
material no qual o programaestá inscrito. Cada reprodução pode 
estar associada a pequenas modificações do programa. 
M. O. Murphy e L. O’Neill (Orgs.). O que é vida? 50 anos depois – especulações sobre o futuro 
da biologia. São Paulo: UNESP. 1997 (com adaptações). 
São indispensáveis à execução do “programa” mencionado acima 
processos relacionados a metabolismo, auto-replicação e mutação, 
que podem ser exemplificados, respectivamente, por: 
A) fotossíntese, respiração e alterações na sequência de bases 
nitrogenadas do código genético. 
B) duplicação do RNA, pareamento de bases nitrogenadas e 
digestão de constituintes dos alimentos. 
C) excreção de compostos nitrogenados, respiração celular e 
digestão de constituintes dos alimentos. 
D) respiração celular, duplicação do DNA e alterações na sequência 
de bases nitrogenadas do código genético. 
E) fotossíntese, duplicação do DNA e excreção de compostos 
nitrogenados. 
 
3. (ENEM) 
 
Fernando Gonsales. Vá Pentear Macacos! São Paulo: Devir, 2004. 
São características do tipo de reprodução representado na tirinha: 
A) simplicidade, permuta de material gênico e variabilidade 
genética. 
B) rapidez, simplicidade e semelhança genética. 
C) variabilidade genética, mutação e evolução lenta. 
D) gametogênese, troca de material gênico e complexidade. 
E) clonagem, gemulação e partenogênese. 
 
4. (UNIFOR) 
O enfermeiro britânico William Pooley, que contraiu o vírus ebola 
em Serra Leoa durante um período como enfermeiro voluntário e se 
 
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9 Biologia 
recuperou, acaba de regressar ao país – um dos epicentros da 
epidemia no oeste da África – para retomar seu trabalho. Pooley se 
recuperou do ebola após ser tratado nos estágios iniciais da 
infecção, antes de sofrer qualquer sangramento interno ou externo, 
com uma droga experimental chamada ZMapp, que consiste em um 
“coquetel” de três anticorpos, cujos estudos para seu 
desenvolvimento se iniciaram a mais de uma década. Ele doou 
amostras de seu sangue para que cientistas busquem pistas e 
realizem pesquisas visando ao desenvolvimento de fármacos 
antivirais para cura dessa doença, que já deixou mais de 4,5 mil 
mortos. 
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/ebola/noticia/2014/10/britanico-curado-do-ebola-
voltaafrica-e-coloca-imunidade-prova.html. Acesso em 20 out. 2014 (adaptado). 
Acerca dos antivirais, analise as asserções: 
I. É desafiante o desenvolvimento de antivirais que inibam a 
replicação viral sem causar simultaneamente alguma toxicidade 
para o organismo hospedeiro. 
PORQUE 
II. Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios que utilizam a 
maquinaria bioquímica da célula hospedeira necessária para sua 
replicação. 
É correto afirmar que: 
A) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a 
primeira. 
B) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a 
primeira. 
C) As duas afirmações são falsas. 
D) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. 
E) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. 
 
5. (UNIFOR) Sabemos que parte das reações que ocorre em nosso 
organismo fragmentam moléculas, transformando moléculas 
orgânicas ricas em energia, originando moléculas mais simples e 
pobres em energia, em um processo denominado catabolismo. 
Dentre as reações abaixo, assinale aquela que exemplifica o texto 
acima descrito: 
A) glicose + O2 → CO2 + H2O. 
B) frutose + glicose → sacarose. 
C) nucleosídeo trifosfato → DNA. 
D) bases nucleotídicas → nucleotídeo trifosfato. 
E) ADP + Pi → ATP. 
 
6. (UNIFOR) Após uma grande mudança ambiental, as espécies 
com maior chance de sobrevivência seriam as: 
A) que apresentam gametogênese. 
B) que apresentam exclusivamente reprodução assexuada. 
C) plantas que se reproduzem exclusivamente por rebrotamento. 
D) da comunidade clímax. 
E) mais evoluídas. 
 
7. (UNICHRISTUS) 
 
Imagem Google 
A tirinha faz referência a uma característica dos seres vivos 
denominada 
A) mutação, necessária para manter relativamente constante o 
meio externo. 
B) hereditariedade, que consiste na transmissão de informações 
genéticas ao longo de gerações. 
C) evolução, processo pelo qual os seres vivos se transformam ao 
longo do tempo. 
D) homeostase, importante para manter constante o funcionamento 
interno do organismo. 
E) seleção natural, pela qual o ambiente determina quais os 
organismos com maior possibilidade de sobrevivência. 
 
8. (UNICHRISTUS) 
 
Google imagens. 
Sobre a reprodução citada na tirinha, pode-se afirmar que 
A) os indivíduos que surgem por esse tipo de reprodução são 
geneticamente idênticos entre si, formando o que se chama clone. 
B) é um tipo de reprodução que ocorre sem a conjugação de 
material genético. Existe um único progenitor que se divide por 
meiose. 
C) esse tipo de reprodução possui vantagens adaptativas: lentidão, 
num longo espaço de tempo ocorre um acentuado aumento da 
população. 
D) é muito eficiente com menores exigências. A energia pode ser 
canalizada diretamente na produção de descendência, permitindo 
um lento aumento da população. 
E) tipo de reprodução em que intervém um só progenitor, não 
havendo a participação de células reprodutoras na formação dos 
novos indivíduos, ocorre somente nos procariontes. 
 
9. (INTA) 
VÍRUS GIGANTE É DESCOBERTO NA AMAZÔNIA 
As águas do rio Negro, nas vizinhanças de Manaus, abrigam o 
maior vírus já descoberto no Brasil, um parasita microscópico 
comparativamente tão grande que chega a superar algumas 
bactérias em tamanho e complexidade do DNA. Batizado de SMBV, 
ou simplesmente vírus Samba, ele foi descrito por pesquisadores 
da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em parceria com 
colegas franceses, na revista especializada “Virology Journal” (...) 
A descoberta pode ser importante tanto para a saúde humana – já 
que alguns vírus gigantes como o Samba parecem ser capazes de 
causar pneumonia – quanto para entender melhor a natureza dos 
vírus. 
Fonte: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.php?id=93232 Acesso: maio de 2014- Editado. 
Ainda em relação aos vírus, podemos afirmar: 
A) São parasitas exclusivamente de células animais. 
B) São parasitas eventuais das células. 
C) Só metabolizam no interior de células. 
 
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10 Biologia 
D) Suas estruturas são mais complexas que as bactérias. 
E) Surgiram a partir de células eucarióticas. 
 
10. (INTA) 
A energia existente em nosso corpo parece o dinheiro depositado 
em um banco. Entra e sai dinheiro de sua conta corrente, mas nela 
nunca “brota” dinheiro do nada, nem ele some sozinho. Também 
não surge energia do nada, no nosso corpo, nem ela pode ser 
aniquilada. Portanto, a energia total de um jogador de futebol, 
quando o juiz apita o fim da partida, é igual à que ele tinha quando 
a partida começou, menos a que perdeu sob a forma de movimento 
e calor. Como a energia fica armazenada em nosso corpo? Sob a 
forma de substâncias orgânicas, por exemplo, a gordura. Mesmo 
em completo repouso, o corpo gasta energia para se aquecer e 
manter movimentos internos, como os do coração. Esta energia 
mínima, gasta em repouso, pode ser medida e se chama 
metabolismo basal. De onde ela surge? Da combinação de certos 
alimentos, como a glicose, com o oxigênio respiratório, que 
desprende energia para aquecer o corpo e fazer os músculos 
trabalharem. O jogador de futebol fica muito ofegante porque tem 
de retirar muito oxigênio do ar. 
Disponível em: http://saude.hsw.uol.com.br. Acesso em 10 fev. 2013. 
O texto se refere ao metabolismo, que é uma das características 
que diferencia os seres vivos dos seres sem vida. Sobre o 
metabolismo, assinale a opção incorreta. 
A) No interior das células vivas ocorre uma série de transformações 
químicas,que em conjunto são chamadas de metabolismo. 
B) Os nutrientes servem basicamente para a produção de matéria 
viva e para a liberação de energia para as atividades vitais. 
C) Quando as reações do metabolismo param, o organismo morre. 
D) O metabolismo envolve reações de síntese e de degradação. 
E) O anabolismo se refere ao processo que leva à quebra e à 
degradação de compostos em moléculas menores. 
 
11. (UECE) Uma das características dos seres vivos é a 
homeostase. Entende-se por homeostase a constância do(a) 
A) temperatura do corpo. 
B) meio interno. 
C) absorção de nutrientes. 
D) modo de se reproduzir. 
 
12. (UECE) Com relação aos vírus, assinale a alternativa correta. 
A) São seres que possuem membrana plasmática, envoltório 
fundamental à proteção do seu material genético interno. 
B) São auto-suficientes, uma vez que sintetizam ácidos nucléicos e 
proteínas indispensáveis à sua reprodução. 
C) Por apresentarem metabolismo próprio, são microrganismos 
bastante patogênicos, capazes de causar epidemias que afetam 
diretamente à espécie humana. 
D) Apresentam apenas um tipo de ácido nucleico que, dependendo 
do vírus, pode ser o DNA ou o RNA. 
 
13. (UECE) Os vírus não têm estrutura celular, dependendo 
totalmente da célula viva para evidenciar a seguinte característica 
inerente aos seres vivos: 
A) nutrição. 
B) sensibilidade. 
C) reprodução. 
D) metabolismo próprio. 
 
14. (UECE) É um fator comum entre as substâncias orgânicas 
encontradas nos seres vivos: 
 
A) todas serem, exclusivamente, energéticas. 
B) na união das suas unidades constituintes, preponderar a síntese 
por desidratação. 
C) serem moléculas simples, quando comparadas com as que 
formam a matéria mineral. 
D) enquanto os glicídios e proteínas são moléculas informacionais, 
ácidos nucléicos e lipídios são moléculas energéticas. 
 
15. (FCM-CG) Após observar os esboços das duas reações 
químicas, assinale a alternativa que apresenta incongruência de 
informação acerca das vias metabólicas: 
 
 
http://www.scoopnest.com/pt/user/TapasDeCiencia/591915733745049600 (modificado) 
A) A reação 1 é endergônica, uma vez que os reagentes têm menos 
energia que os produtos. 
B) A respiração e a fermentação são exemplos de processos 
celulares exergônicos (reação 2). 
C) A reação 2 é dita não espontânea, ao passo que a reação 1 é 
espontânea. 
D) Ambas as reações são ditas acopladas e apresentam o ATP 
como substância comum conhecida como “moeda de energia” das 
células. 
E) As reações de síntese, conhecidas por anabolismo, estão 
relacionadas à reação 1, enquanto que as reações de degradação, 
denominadas por catabolismo, se referem à reação 2. 
 
16. (FCM-CG) Do ponto de vista da Ciência Moderna, há evidências 
de que a Terra se formou há aproximadamente 4,56 bilhões de anos 
e desde então vem se transformando, se modificando. No curso da 
dinâmica planetária, de acordo com a teoria da evolução molecular, 
há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, as condições planetárias 
propiciaram o aparecimento da vida na sua forma mais rudimentar. 
Desde então, a Terra vem se transformando, se modificando 
quantitativa e qualitativamente – processo denominado evolução 
biológica. A partir da compreensão dessa dinâmica evolutiva, 
considerando-se, sobretudo, a diversidade presente, do ponto de 
vista do conhecimento biológico, definem-se os níveis de 
organização da vida. Nesse sentido, analise as proposições a 
seguir e estabeleça a associação correta. 
 
 
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11 Biologia 
I. Unidades básicas de constituição da matéria. 
II. União química de átomos. 
III. Estruturas celulares especializadas em 
diversas funções, resultantes da organização 
molecular. 
IV. Unidade básica comum à estruturação de 
todos os seres vivos, exceto os vírus. 
V. Estruturas formadas por células 
especializadas, comuns aos multicelulares. 
VI. Unidades anatômicas e funcionais formadas 
por tecidos especializados, comuns aos 
multicelulares complexos. 
VII. Conjunto de estruturas anatômicas 
integradas do ponto de vista funcional, comum 
aos multicelulares complexos. 
VIII. Integração anatômico-funcional de sistemas 
de órgãos. 
IX. Conjunto de organismos de uma mesma 
espécie que habita determinada região 
geográfica. 
X. Conjunto de populações diferentes 
coexistentes em determinada região, direta ou 
indiretamente em interação. 
XI. Estrutura resultante da interação da 
comunidade biológica e do biótopo. 
XII. Hierarquia biológica que reúne todos os 
ecossistemas da Terra. 
(_) Biosfera 
(_) 
Ecossistema 
(_) 
Biocenose 
(_) 
População 
biológica 
(_) 
Organismo 
(_) Sistema 
de órgãos 
(_) Órgãos 
(_) Tecidos 
(_) Célula 
(_) 
Organelas 
(_) Molécula 
(_) Átomo 
 
A sequência correta da associação é: 
A) I - II - III - IV - V - VI - XII - XI - X - IX - VIII - VII. 
B) I - II - III - IV - V - VI - VII - VIII - IX - X - XI - XII. 
C) XII - XI - X - IX -VIII - VII - VI - V - IV - III - II - I. 
D) XII - XI - X - IX - VIII - VII - VI - V - IV - III - I - II. 
E) XII - XI - X - IX - VII - VIII - VI - V - IV - III - II - I. 
 
17. (FCM-CG) Comparando-se os vírus com os organismos vivos, 
percebe-se que, entre eles, algumas características são comuns e 
outras os fazem diferenciar. Entre as características citadas, os 
vírus não apresentam 
A) hereditariedade, organização celular e mutação. 
B) organização celular, reprodução e mutação. 
C) mutação, crescimento e hereditariedade. 
D) reprodução, metabolismo próprio e sensibilidade aos 
antibióticos. 
E) metabolismo próprio, organização celular e crescimento. 
 
18. (UNIPÊ) 
A vida – tanto no aspecto local, quanto nos corpos de animais, 
plantas e micróbios, quanto no plano global, como a biosfera – é um 
fenômeno material sumamente complexo. Ela exibe as 
propriedades químicas e físicas habituais da matéria, mas com um 
toque diferente. [...] A vida se distingue não por seus componentes 
químicos, mas pelo comportamento desses componentes. Assim, a 
pergunta “o que é vida?” é uma armadilha linguística. Para 
respondê-la de acordo com as regras gramaticais, devemos 
fornecer um substantivo, uma coisa. Mas a vida na Terra 
assemelha-se mais a um verbo. Ela conserta, recria e supera a si 
mesma. [...] Sem o comportamento autopoético, os seres orgânicos 
não se sustentariam – não permaneceriam vivos. [...]. 
MARGULIS; SAGAN. 2002, p. 28 e 31. 
A respeito das características presentes nos seres orgânicos, como 
as relacionadas no fragmento de texto em destaque, é correto 
afirmar: 
A) A presença de elementos químicos exclusivos nos seres vivos 
proporciona-lhes as propriedades que emergem da matéria e os 
mantém vivos e em equilíbrio fisiológico. 
B) O diferencial da vida, que caracteriza os seres orgânicos, é a 
presença de um metabolismo autossustentador, dependente da 
entrada, transformação, utilização e saída de energia e matéria. 
C) O comportamento dos componentes geradores da vida resulta 
de interações moleculares exclusivas dos sistemas vivos, numa 
incessante circulação da matéria e da energia mantenedoras da 
autopoese. 
D) A morte de uma entidade autopoética, como uma célula 
bacteriana, resulta basicamente na interrupção dos fluxos de 
matéria e energia típicos dos sistemas orgânicos, que, quando 
vivos, são fechados e autossustentáveis. 
E) Os padrões organizadores dos sistemas vivos têm que ser 
analisados de forma relativa, pois existe manutenção da vida desde 
estruturas simples como um vírus até corpos de animais e plantas, 
já que todos são sistemas autopoéticos mantidos pela replicação do 
material genético. 
 
19. (UNIPÊ) 
Extraia um átomo do seu corpo, e ele estará tão sem vida quanto 
um grão de areia. Somentequando se reúnem no refúgio protetor 
de uma célula é que esses materiais diversos podem fazer parte da 
dança surpreendente a que chamamos de vida. Sem a célula, não 
passam de substâncias químicas interessantes. Mas sem as 
substâncias químicas, a célula não tem utilidade. 
BRYSON, 2005, p. 295. 
Com base nessa informação, considera-se como uma condição no 
estabelecimento e manutenção de vida, conforme o conceito 
defendido pelo texto, a presença de 
A) átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio que interagem na 
formação dos mais diversos tecidos orgânicos. 
B) moléculas orgânicas e inorgânicas imersas em um ambiente 
aquoso efervescente em reações químicas. 
C) material genético ativo delimitado por uma membrana interna e 
capaz de coordenar as funções essenciais do ser protobionte. 
D) um metabolismo intracelular responsável pelas funções 
citoplasmáticas mantenedoras de uma ordem e organização 
interna. 
E) reações de fosforilação oxidativa produtora de moléculas de ATP 
nos espaços intermembranosos presentes nas cisternas 
mitocondriais. 
 
20. (FIP) A respiração e a fotossíntese são dois processos 
relacionados ao metabolismo energético dos seres vivos. A respeito 
desses dois processos é correto afirmar que 
A) ambos são processos anabólicos, pois consomem energia dos 
compostos orgânicos. 
B) ambos são processos de catabólicos, pois liberam a energia 
contida nos compostos orgânicos. 
C) a respiração é um processo catabólico, no qual ocorre quebra de 
matéria orgânica e liberação de energia, e a fotossíntese é um 
processo anabólico, no qual ocorre a síntese de matéria orgânica e 
consumo de energia. 
D) a fotossíntese é um processo anabólico, no qual ocorre quebra 
de matéria orgânica e liberação de energia, e a respiração é um 
processo catabólico, no qual ocorre a síntese de matéria orgânica 
e consumo de energia. 
E) a respiração é um processo anabólico, no qual ocorre quebra de 
matéria orgânica e liberação de energia, e a fotossíntese é um 
 
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12 Biologia 
processo catabólico, no qual ocorre a síntese de matéria orgânica 
e consumo de energia. 
 
21. (UNP) Embora a continuidade da vida na Terra dependa 
substancialmente de todo o elenco de características que definem 
os sistemas viventes, duas dessas características assumem maior 
importância para a preservação da vida no planeta. São elas 
A) capacidade de reprodução e hereditariedade. 
B) elevado grau de organização e execução das funções vitais. 
C) manutenção da homeostase e alto nível de individualidade. 
D) composição química complexa e estado coloidal. 
 
22. (UPE) Uma das características que melhor diferencia os seres 
vivos da matéria bruta é a capacidade de reprodução. A partir dela, 
cada ser vivo gera novos indivíduos, transmitindo para seus 
descendentes suas características e garantindo, com isso, a 
sobrevivência de sua espécie. As figuras a seguir representam tipos 
de reprodução, estratégias de vida viáveis por meio das quais se 
torna possível a continuidade das espécies. 
 
Disponível em: http://professorthiagorenno.blogspot.com.br/2012/03/divisaocelular-002-
mitose-e-reproducao.html. Adaptado. 
 
Disponível em: http://auladecienciasdanatureza.blogspot.com.br/2011/11/reproducao-dos-
animais.html. Adaptado. 
Com base nelas, assinale a alternativa correta. 
A) O tipo de reprodução da figura “A” permite os indivíduos a terem 
uma maior capacidade de sobrevivência, face a mudanças 
ambientais, enquanto na figura “B”, o tipo de reprodução origina 
novos descendentes com uma maior rapidez. 
B) O tipo de reprodução da figura “A” pode permitir os organismos 
a terem uma variabilidade genética, decorrente de mutação 
enquanto na figura “B”, o tipo de reprodução pode induzir a uma 
variabilidade genética decorrente de mutação e recombinação. 
C) O tipo de reprodução da figura “A” possibilita, nos indivíduos, 
variação genética resultante da troca de material genético, 
enquanto o tipo de reprodução observado na figura “B” possibilita 
produção de gametas com baixo dispêndio de energia e, 
consequentemente, formação de seres geneticamente diferentes 
dos genitores. 
D) O tipo de reprodução da figura “A” induz ao aumento da produção 
de clones a partir da adaptação destes às diversas condições 
ambientais; por outro lado, o tipo de reprodução da figura “B” 
acarreta a produção de indivíduos geneticamente diferentes 
quando o ambiente em que vivem se encontra em constante 
mudança. 
E) O tipo de reprodução da figura “A” possibilita os genes a se 
propagarem mais lentamente que os genes encontrados no tipo de 
reprodução da figura “B”, porque, nesta última, a união de gametas 
promove o aumento da possibilidade de evolução das espécies. 
 
23. (FUVEST) As plantas podem reproduzir se sexuada ou 
assexuadamente, e cada um desses modos de reprodução tem 
impacto diferente sobre a variabilidade genética gerada. Analise as 
seguintes situações: 
I. plantação de feijão para subsistência, em agricultura familiar; 
II. plantação de variedade de cana de açúcar adequada à região, 
em escala industrial; 
III. recuperação de área degradada, com o repovoamento por 
espécies de plantas nativas. 
Com base na adequação de maior ou menor variabilidade genética 
para cada situação, a escolha da reprodução assexuada é a 
indicada para 
A) I, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas. 
D) II e III, apenas. E) I, II e III. 
 
24. (PUCSP) 
MUNDO MONSTRO – ADÃO ITURRUSGARAI 
 
 
Folha de S. Paulo. 
Na realidade, as minhocas, embora hermafroditas, apresentam 
fecundação cruzada, o que 
A) representa uma vantagem em relação à autofecundação, pois 
garante maior variabilidade genética, possibilitando maior chance 
de adaptação da população ao ambiente. 
B) representa uma vantagem em relação à autofecundação, pois, 
apesar de não garantir variabilidade genética, possibilita grande 
chance de adaptação da população ao ambiente. 
C) representa uma desvantagem em relação à autofecundação, 
pois, apesar de garantir maior variabilidade genética, não aumenta 
a chance de adaptação da população ao ambiente. 
D) representa uma desvantagem em relação à autofecundação, 
pois não garante variabilidade genética, o que leva a uma menor 
chance de adaptação da população ao ambiente. 
E) não representa vantagem nem desvantagem em relação à 
autofecundação, uma vez que os dois processos garantem o 
mesmo grau de variabilidade genética e de adaptação da população 
ao ambiente. 
 
25. (UFPI) Dentre todos os elementos da Tabela Periódica, sabe-
se atualmente, que cerca de 26 são considerados essenciais para 
 
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13 Biologia 
os animais, ou seja, os animais têm que adquiri-los a partir de sua 
dieta. Assinale a opção cujos elementos os animais devem ingerir 
em maior quantidade. 
A) Cálcio, fósforo, potássio. B) Potássio, enxofre e sódio. 
C) Sódio, cloreto e magnésio. D) Nitrogênio, cálcio e fósforo. 
E) Oxigênio, carbono e hidrogênio. 
 
26. (UFPB) Sobre as características gerais dos seres vivos e seus 
níveis de organização, pode-se afirmar: 
I. Substâncias orgânicas têm o carbono como elemento químico 
principal. Portanto, o carbono é o elemento químico mais abundante 
do corpo dos seres vivos. 
II. Um rio saudável é um corpo de água corrente que interage com 
o solo pelo qual se desloca e com os elementos bióticos e abióticos 
de suas margens. Esse rio sofre ação da luz, temperatura, chuvas 
e ventos, e a ele estão associados organismos vivos, podendo ser 
considerado um ecossistema. 
III. O zigoto origina todos os tecidos do corpo ao longo do 
desenvolvimento embrionário através da divisão mitótica, de forma 
que todas as células formadas,