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SAÚDE COLETIVA PROF.A MA. LAIS STOCCO BUZZO Reitor: Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira Pró-reitor: Prof. Me. Ney Stival Diretor de Ensino a Distância: Prof. Me. Fábio Oliveira Vaz PRODUÇÃO DE MATERIAIS Diagramação: Alan Michel Bariani/ Thiago Bruno Peraro Revisão Textual: Gabriela de Castro Pereira/ Letícia Toniete Izeppe Bisconcim/ Mariana Tait Romancini Produção Audiovisual: Eudes Wilter Pitta / Heber Acuña Berger/ Leonardo Mateus Gusmão Lopes/ Márcio Alexandre Júnior Lara Gestão da Produção: Kamila Ayumi Costa Yoshimura Fotos: Shutterstock © Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo (a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá. Primeiramente, deixo uma frase de Só- crates para reflexão: “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida.” Cada um de nós tem uma grande res- ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica e profissional, refletindo diretamente em nossa vida pessoal e em nossas relações com a socie- dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente e busca por tecnologia, informação e conheci- mento advindos de profissionais que possuam novas habilidades para liderança e sobrevivên- cia no mercado de trabalho. De fato, a tecnologia e a comunicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e nos proporcionando momentos inesquecíveis. Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a Distância, a proporcionar um ensino de quali- dade, capaz de formar cidadãos integrantes de uma sociedade justa, preparados para o mer- cado de trabalho, como planejadores e líderes atuantes. Que esta nova caminhada lhes traga muita experiência, conhecimento e sucesso. Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira REITOR UNIDADE 3WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4 HISTÓRIA DA SAÚDE ................................................................................................................................................. 5 OUTRAS CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS E REGIONAIS DE PROMOÇÃO À SAÚDE ................................... 16 HISTÓRIA DO BRASIL NA SAÚDE PROF.A MA. LAIS STOCCO BUZZO 01 4WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO Seja bem-vindo à disciplina sobre Saúde Coletiva. O objetivo desta unidade é de proporcionar ao acadêmico conceitos, características, legislação vigente, normatizações direcionadas a saúde coletiva. O aluno deverá ser capaz ao final desta unidade ter desenvolvido habilidade e competência para identificar e responder as questões, estudo de caso e exercícios propostos, como também buscar e pesquisar através dos sites referidos, com referência científica e plataforma ministeriais, leituras complementares, para o melhor aproveitamento do assunto. 5WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA HISTÓRIA DA SAÚDE Historicamente, nosso país é marcado por uma colonização altamente desproporcional e fundamentada e acompanhadas de inúmeros problemas, quando os Europeus chegaram ao Brasil se depararam com uma população desconhecida até então para eles que eram os indígenas, que na sua ideologia viviam literalmente da terra e seu sustento era baseado na pesca e na terra. Podemos dividir a história do Brasil em quatro períodos: Figura 1 – Períodos. Fonte: a autora. PERÍODO COLONIAL De 1500 até o primeiro reinado, a história da colonização do Brasil até ser realmente instalado o império por Portugal, foi basicamente invadido por aventureiros e outros. Portugal, que na época estava nesse processo de colonização, não tinha interesse algum e não apresentava nenhum modelo assistencial a saúde para o nosso país. A atenção à saúde limitava-se aos próprios recursos da terra (plantas, ervas) e, àqueles que, por conhecimentos empíricos levavam algum conforto e cura para quem precisasse como por exemplos os curandeiros, pajés e outro. Sabe-se que, basicamente, o Brasil foi colonizado por degradados e aventureiros; não existia nenhum planejamento, nem estrutura principalmente na área da saúde. O interesse era altamente político e comercial, e precisavam resolver, naquele momento, a vinda da família real para o Brasil – seu deslocamento e sua chegada, a disposição dos portos – com suas particularidades locais e associando a todo as problematizações; tinha também a questão do comércio realizado. O segundo período foi marcado por um tempo desproporcional, em que a instalação do governo se tornou prioridade, mesmo que ainda não tivéssemos nenhum planejamento, o que de fato acorreu a família Real de Portugal se instalou no Brasil, e determinou mudanças significativas principalmente na esfera do comércio e a instalação de controle para a região portuária devido o número de doenças, já o terceiro período vai desde a implantação do governo até a Independência do Brasil. A vinda da família real ao Brasil retoma um problema existente na época, a necessidade de organizar e estruturar a saúde, principalmente da região portuária. O interesse primordial estava direcionado a um controle sanitário, baseado no controle de possíveis epidemias e doenças locais. Vale ressaltar que até 1850 as atividades de saúde pública eram restritas e baseavam-se em dois aspectos: 1 - Delegação das atribuições sanitárias as juntas municipais; 2 - Controle de navios e saúde dos portos. 6WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA A organização política, na era do Império, estava baseada nos princípios de um governo unitário e centralizador, mesmo nesse contexto, a carência de profissionais médicos no Brasil Colônia e no Brasil Império era assustadora, no Rio de Janeiro, em 1789, só existiam quatro médicos exercendo a profissão (SALLES, 1971). Foi neste período com a falta de profissionais capacitados que surge uma prática que são os boticários, que são os farmacêuticos nos dias atuais. PERÍODO REPUBLICANO No início do século XX, a cidade do Rio de Janeiro vinha com inúmeros problemas de epidemias, apresentava pelo contexto social, econômico e estrutural um contexto caótico no que diz respeito ao quadro sanitário. Graves doenças acometiam a população, como por exemplo, a varíola, febre amarela, peste e outras. Lembrando sempre que o Brasil fundamentava seu comércio por meio dos portos e o Rio de Janeiro fazia parte deste caminho, visto que os navios estrangeiros aportavam na cidade e consecutivamente estavam à mercê do quadro sanitário local, levando a uma crise significativa para o nosso país, já que ninguém queria mais fazer negócio com o Brasil, pois não queriam aportar mais em nossos portos. O presidente na época era Rodrigues Alves, devido a esses problemas o mesmo, nomeou Oswaldo Cruz, como Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública, que se propôs a erradicar a epidemia de febre-amarela na cidade do Rio de Janeiro entre outros problemas. Um modelo de intervenção chamado de Modelo Campanhista foi descrito e colocado em prática, através de um modelo militar pautado na autoridade, a população recebia as ordens e a mesma tinha que exercê-la na sua plenitude. Foi criado setores que eram responsáveis para elaborar planos de ação, setores da engenharia, criação de laboratórios, tudo direcionado para combater as epidemias e restaurar a confiança internacional no nosso país. A ação autoritária causou na população revolta e a mesma desencadeou um fato histórico que foi a Revolta da Vacina. Em 31de outubro de 1904, o Congresso aprovou uma lei tornando obrigatória a vacinação contra a varíola. A população se revolta e sai às ruas, promovendo um quebra-quebra generalizado, e pondo em prova as ideias do mais brilhante sanitarista brasileiro: Oswaldo Cruz. A Revolta da Vacina - Histórias do Brasil https://www.youtube.com/watch?v=6i6v9f_aWjg Vacinas e campanhas: as imagens de uma história a ser contada. http://www.scielo.br/pdf/%0D/hcsm/v10s2/a13v10s2.pdf A Revolta da Vacina. http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagensartigos/ artigos/11429-a-revolta-da-vacina 7WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA A evolução nas políticas públicas só ocorre quando há um cenário de industrialização. No século XX, as políticas públicas no Brasil eram baseadas em oligarquias, por exemplo, o café, a grande maioria dos brasileiros estavam no campo, trabalhava-se muito e ganhava-se pouco. No início do século XX, surgiu uma estratégia de incorporar a classe média e dos trabalhadores urbanos ao projeto de modernização do nosso país, o planejamento de políticas sociais é algo contundente neste momento. Interessante ressaltar que a criação da previdência social se iniciou em 24 de janeiro de1923 com a aprovação pelo Congresso Nacional, no qual foi instituída as CAPs – Caixa de Aposentadoria e Pensões. A primeira CAP criada foi a dos ferroviários, o que pode ser explicado pela importância que este setor desempenhava e pela capacidade de mobilização que a categoria possuía. Além das aposentadorias e pensões, os fundos proviam os serviços funerários, socorros médicos em caso de doença, medicamentos; aposentadoria; pensão para seus herdeiros em caso de morte e ainda na assistência dos acidentados no trabalho. Na década de 30 a revolução marcou o fim da hegemonia política da classe dominante ligada à exportação do café. Sendo que neste período às ações de saúde coletiva, eram correlacionados diretamente ao sanitarismo campanhista. Entre 1922 e 1930, sucederam-se crises econômicas e políticas em que se conjugaram fatores de ordem interna e externa, e que tiveram como efeito a diminuição do poder das oligarquias agrárias, mas também surgiram os primeiros institutos de Aposentadoria e Pensões. Neste período, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, desvinculando o mesmo do Ministério da Justiça. A crescente massa assalariada urbana passa a se constituir no ponto de sustentação política do novo governo de Getúlio Vargas, através de um regime corporativista. São promulgadas as leis trabalhistas, que procuram estabelecer um contrato capital-trabalho, garantindo direitos sociais ao trabalhador. Ao mesmo tempo, cria-se a estrutura sindical do estado. No período 1938/1945 o Departamento Nacional de Saúde é reestruturado e dinamizado, articulando e centralizando as atividades sanitárias de todo o País. Em 1942 é criado o Serviço Especial de Saúde Pública - SESP, com atuação voltada para as áreas não cobertas pelos serviços tradicionais. As antigas CAPs são substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP). Em 1949, foi criado o Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (SAMDU), mantido por todos os institutos e as caixas ainda remanescentes. Com o maior desenvolvimento industrial, com a consequente aceleração da urbanização, ocorre maior pressão pela assistência médica via institutos, e viabiliza-se o crescimento de um complexo médico hospitalar para prestar atendimento aos previdenciários, em que se privilegiam abertamente a contratação de serviços de terceiros. Em 1953, foi criado o Ministério da Saúde, sendo que, em 1956, foi criado o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERU), incorporando os antigos serviços nacionais de febre amarela, malária, peste. Em 1960, a lei orgânica da previdência social destinado a abranger todos os trabalhadores sujeitos a CLT, só ocorre com a promulgação da lei 4.2314/1963 que instituiu o Fundo de Assistência ao trabalhador Rural. O regime militar que se instala a partir de 1964, utiliza-se de forças policiais e do exército e dos atos de exceção para se impor. Nesta época, o número de contribuintes e consequentemente de beneficiários aumenta. Desta forma, foram estabelecidos convênios e contratos com a maioria dos médicos e hospitais existentes no país, pagando-se pelos serviços produzidos. Só tinha atendimento quem contribuísse e era vinculado significantemente e, era impossível ao sistema médico previdenciário mantê-lo. 8WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Em 1966, com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social, pelo governo militar teve a finalidade de unificar todos os setores que é o INPS. No final da década de 70 e início de 80, sindicatos e partidos exigiram mudanças. Em 1977, houve um projeto de modernização para o sistema da previdência, que se deu pela criação do INAMPS, que pretendia organizar e estruturar as ações em saúde, pela primeira vez a sociedade organizada reivindicou junto ao congresso ocorre o movimento que foi chamado de Movimento Sanitário, de 1986. Em 1986 a equidade do atendimento e a integralidade das ações se dá a partir da VIII Conferência nacional da Saúde. Figura 2 - Resumo de datas com fatos descritos nosso país. Fonte: a autora. Interessante ressaltar que a VIII Conferência Nacional da Saúde teve grande representatividade e foi pautada num projeto democrático contendo na estrutura a reforma sanitária, está voltada na equidade, do atendimento, na integralidade da atenção, na unificação, na descentralização e principalmente na participação da comunidade. 9WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 8º Conferência Nacional de Saúde Sérgio Arouca https://www.youtube.com/watch?v=dBGQ5q0gdjo EspaSUS: Reforma Sanitária - 1/3 EspaSUS: Reforma Sanitária - 2/3 EspaSUS: Reforma Sanitária - 3/3 https://www.youtube.com/watch?v=PWRxNVc3lec Tabela 1 - Datas dos fatos históricos. Fonte: a autora. 10WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA O nascimento do SUS e suas características começa a criar forma a partir da criação da Lei Orgânica 8080/90: a Constituição de 1988 determina no seu art. 196 que “A saúde é um direito de todos e um dever do estado”, focando na redução das doenças e de outros agravos, a um acesso universal e igualitário às ações e serviços, para promoção, proteção e recuperação da saúde. Com a fundamentação já determinada pela Constituição de 1988, a sua regulação só foi descrita e formalizada em 1990 com a aprovação das leis 8080 e 8142 que coloca em prática os fundamentos e diretrizes do SUS. A reforma Sanitária e o SUS Em 1990, com a aprovação da lei Orgânica da saúde (nº 8.080), que tinha como fundamentos as atribuições do SUS. Este foi firmado na era do presidente Fernando Collor de Mello, no entanto, apenas em 1992 foi retomada a Reforma sanitária, que só teve início após a saída do presidente, ou seja, após o seu impeachment. Durante todo o processo das normativas e das validações das leis orgânicas da Saúde, era notório que o presidente Fernando Collor de Mello iria vetar todo e qualquer movimento que incluisse a comunidade. Devido a isso e outros fatos históricos, houve uma mobilização em cima do poder judiciário para que a Reforma sanitária fosse incluída nas normativas de lei, e que a comunidade fizesse parte deste processo – que viria logo após à Lei 8.142, que tinha na sua disposição a partição da comunidade na gestão do SUS. Por meio de todas essas ações e da mobilização da sociedade como um todo o SUS é concebido com as suas normas e diretrizes e cabe ao estado fazer valer cada uma delas. O processo de descentralizaçãoe os avanços nas transferências de responsabilidade e recursos federais foi um dos avanços principais na implementação do SUS. Tendo também definidos as doutrinas do SUS que são: Universalidade, Equidade, Integralidade, Hierarquização, Participação Popular, Descentralização. Conselho Nacional de saúde: http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080_190990.htm Alteração na Lei Orgânica da Saúde 8.080/90 - 2017 https://www.youtube.com/watch?v=wjfJwXu_cAE Aula SUS - Lei Nº 8.142 de 1990 - https://www.youtube.com/watch?v=0yDeNgd0Vd4 11WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Princípios do SUS http://portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude/principios- -do-sus Sistema Único de Saúde – PARTE 01: Conhecendo melhor o SUS e suas doutrinas. http://redehumanizasus.net/94403-sistema-unico-de-saude-parte- -01-conhecendo-melhor-o-sus-e-suas-doutrinas/ Princípios do SUS - Parte I https://www.youtube.com/watch?v=L9hk1WRL84s Princípios do SUS - Parte II https://www.youtube.com/watch?v=FY06FRCNYgk Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de Saúde: notas sobre contextos e autores http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v21n1/0104-5970-h- csm-21-1-00015.pdf Foram descritas as Normas Operacionais do SUS que representam um instrumento de validação do sistema, e, diante disso, foram editadas quatro normas operacionais que iremos descreve-las no quadro a seguir: NOB – NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS. NOB_SUS 01/91 Sistema de informação ambulatorial e hospitalar, definiu a AIH, formação de conselhos, nova política de financiamento do SUS. NOB_SUS 01/92 Financiamento de ações e serviços, piso de atenção básica, priorizou o PACS e o PSF. NOB_SUS 01/93 Conselho de saúde, plano de saúde, relatório de gestão, mais autonomia para os municípios. NOB_SUS 01/96 Promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de gestão para os Municípios e Estados Quadro 1 – NOB. Fonte: a autora. 12WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA NORMA OPERACIONAL BÁSICA (NOBS) DO SUS https://vimeo.com/93385168 Os instrumentos normalizadores (NOB), no processo de descentra- lização da saúde. http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v10n2/05.pdf PORTARIA Nº 545, DE 20 DE MAIO DE 1993 ht tp : //bvsms.saude.gov.br/bvs/saude leg is/gm/1993/ prt0545_20_05_1993.html NOB - SUS 1996 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/nob.pdf Mesmo com a normatização das NOB e a sua aplicabilidade, a ineficiência das ações ficou clara para todos, e surge a partir deste contexto o Pacto pela saúde, com o desafio de responder algumas questões, dentre ela a organização do sistema, sendo que esta pactuação tem como finalidade buscar maior eficiência e efetividade na gestão pública. Foram definidos três dimensões do Pacto: PACTUAÇÃO Vale ressaltar que os pactos indicados foram discutidos e descritos no CONASS (2006). A formulação de propostas que visam consolidar um dos maiores processos de inclusão social já desencadeado no Brasil, uma vez que integra a Comissão Intergestores Tripartite do SUS, o mesmo vem contribuindo para fortalecer a capacidade de gestão das Secretarias Estaduais de Saúde de forma que elas ocupem seu espaço. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) apresentou Manifesto aos candidatos à Presidência da República com propostas que considera prioritárias, a serem contempladas nos respectivos planos de governo, as mesmas foram descritas a partir de discussões realizadas nas assembleias. https://www.youtube.com/watch?v=cRtqixwU7I4 PACTO DE GESTÃO https://www.youtube.com/watch?v=wFAgJlh94WU 13WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Departamento de Apoio à Descentralização. Coordenação-Geral de Apoio à Ges- tão Descentralizada. Diretrizes operacionais dos Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão / Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, Departamento de Apoio à Descentralização. Coordena- ção-Geral de Apoio à Gestão Descentralizada. – Brasília: 2006. Dis- ponível em: http://www.saude.mppr.mp.br/arquivos/File/volume1.pdf PACTO EM DEFESA DO SUS PORTARIA Nº 399, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006 ht tp : //bvsms.saude.gov.br/bvs/saude leg is/gm/2006/ prt0399_22_02_2006.html http://sna.saude.gov.br/download/PactospelaSaude_Parte2.pdf PACTO PELA VIDA Diretrizes Operacionais para os Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/Pac- tos%20pela%20Vida_SUS.pdf http://antigo.enap.gov.br/downloads/ec43ea4fPacto_de_gestao. pdf Todas as particularidades, mudanças e projetos na área da saúde, envolvendo o SUS, ou mecanismos que auxiliem no pacto da saúde ou de qualquer outra legislação e normativas, são decorrentes de muita exposição, tanto da sociedade, quanto dos profissionais da área específica. Algumas cartas foram produzidas como um documento legal de referência, entre elas surgiram inúmeras propostas, e também convergências de pensamentos e ideias. Um desses paradigmas foi formalizado na Conferência de Alma-Ata (1978), com a proposta de Saúde Para Todos no Ano 2000 e a Atenção Primária de Saúde, sendo que os tópicos foram discutidos e pautadas na Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde ocorrida na Rússia, que se chamou de Declaração de Alma-Ata. As cartas da promoção da saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_promocao.pdf 14WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Em Brasil (2006, p. 20) há “sinteticamente [...] as propostas apre- sentadas e detalhadas neste livro: • Compromisso com os princípios constitucionais do SUS. • O SUS como política de Estado – mais de que de governos. • Pacto em defesa do SUS – movimento de repolitização da Saúde. • Pacto pela Vida – definição de prioridades e gestão pública por resultados sanitários. • O desafio do financiamento – necessidade de aumentar os gastos públicos em Saúde no Brasil. • Aumento da eficiência da gestão do SUS – organizar-se em redes de atenção à saúde. • Regulamentação da Emenda Constitucional n. 29 – por mais recursos públicos para a Saúde e para orientar os respectivos Tribunais de Contas no processo de fiscalização do seu cumpri- mento. • Ênfase na atenção primária – como principal porta de en- trada do SUS. • Mais recursos para a média complexidade ambulatorial e hospitalar – cujo financiamento se encontra cada vez mais estran- gulado pelo da alta complexidade. • Redução das desigualdades regionais. • Novo pacto federativo e reforma tributária. • Aumento de recursos no orçamento do Ministério da Saú- de. • Superação da crise de financiamento do Programa de Me- dicamentos de Dispensação em Caráter Excepcional. • Mudança no modelo de atenção à saúde – regionalização e redes de atenção à saúde. • Implementação do Pacto de Gestão – como um novo pac- to federativo sanitário e que deverá estruturar-se sob a égide da unidade doutrinária e da diversidade operacional”. Para mais informações sobre estas propostas, leia SUS: avanços e desafios. Disponível em: http://www.conass.org.br/bibliotecav3/pdfs/Livro_Sus.pdf na pá- gina 20. Esta conferência foi, antes de tudo, uma resposta às crescentes expectativas por uma nova saúde pública, como também direcionar as mudanças locais, à nível municipal, estadual e federal. 15WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA Primeira conferência internacional sobre cuidados primários de saúde Alma-Ata, em que a URSS (1978) enfatiza que a saúde é um direito humano fundamental. Sendoque a Conferência realizada em Ottawa, no Canadá, em novembro de 1986, apresenta no final de tudo uma Carta de Intenções, priorizando a saúde e direcionando a mesma como um bem maior, a saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver. Um estilo de vida saudável, com recursos que enfatizam os recursos sociais e pessoais focando um sentido positivo e sempre gerando um bem estar. Entre alguns pré-requisitos para a saúde, podemos citar a paz, a habitação, alimentação, educação, recursos sustentáveis, ecossistema, renda, a justiça social e a equidade nas ações. Segundo Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006), a educação em saúde integra um conjunto de cinco estratégias sendo elas: - Políticas públicas saudáveis. - Ambientes favoráveis à saúde. - Reorientação dos serviços de saúde. - Reforço da ação comunitária. - Desenvolvimento de habilidades pessoais. Sendo descritos, questionados e levantados os problemas em todas as Conferências Internacionais, desde a de Ottawa em 1986, a de Adelaide em 1988, a de Sundsval em 1991, a de Santa Fé em 1992, a de Port of Spain em 1993, a de Jacarta em 1997, a conferência da Rede de Megapaíses, em 1998, a do México em 2000, e a de Bangkok em 2005. Enfim, a mudança de comportamento e de estrutura não modifica o bem comum que todos nós devemos realizar como nação, cita Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006). Promoção à saúde: trajetória histórica de suas concepções. http://www.scielo.br/scielo.php?d=S010407072006000200021&s- cript=sci_abstract&tlng=pt Desenvolvimento e saúde: a declaração de Alma-Ata e movimen- tos posteriores: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi- d=S0104-11692004000300001 16WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Carta de Ottawa http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/carta_ottawa.pdf Promoção à saúde: trajetória histórica de suas concepções. http://www.scielo.br/scielo.php?pi- d=S010407072006000200021&script=sci_abstract&tlng=pt OUTRAS CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS E REGIONAIS DE PROMOÇÃO À SAÚDE DECLARAÇÃO DE ADELAIDE A Segunda Conferência Internacional Sobre Promoção da Saúde ocorreu em Adelaide, na Austrália, em 1988, e o tema central foi as políticas públicas voltadas para a saúde, reafirmando as cinco linhas de ação da Carta de Ottawa e da Declaração de Alma Ata. Tendo identificado a promoção em áreas direcionadas à saúde da mulher; alimentação e nutrição, expõe Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006). DECLARAÇÃO DE SUNDSVAL A Terceira Conferência Internacional De Promoção da Saúde Sundsvall, na Suécia, em 1991, descreve, neste encontro, a criação de ambientes favoráveis à saúde, evidenciando a situação de extrema pobreza e privação, em um ambiente de risco. Propõe a ação diversas e ressalta que, para promover este ambiente favorável à saúde. Diante disso, é preciso englobar alguns aspectos, afirma Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006): - A dimensão social; - A dimensão política; - A dimensão econômica. Declaração de Adelaide sobre a Saúde em Todas as Políticas. http://www.who.int/social_determinants/publications/isa/portu- guese_adelaide_statement_for_web.pdf As cartas da promoção da Saúde. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/359080/mod_resource/ content/1/Cartas_Promo%C3%A7%C3%A3odaSa%C3%BAde.pdf 17WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA As cartas da promoção da Saúde https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/359080/mod_resource/ content/1/Cartas_Promo%C3%A7%C3%A3odaSa%C3%BAde.pdf DECLARAÇÃO DE SUNDSVALL https://www.youtube.com/watch?v=P758JMDoJbc DECLARAÇÃO DE SANTA FÉ- BOGOTÁ, COLÔMBIA Esta ocorreu em novembro de 1992, e evidencia estratégias para recriar a promoção à saúde na América Latina; estimula o compromisso social, o acesso universal, tornando a saúde como prioridade de ações. O bem estar é o bem maior assumindo a relação entre saúde e desenvolvimento. A situação da saúde na América Latina, suas particularidades e demandas locais, geram novas alternativas de ação para a saúde. Tendo como Base o levantamento local, as características regionais, as enfermidades descritas, sempre se baseando no panorama do país, de acordo com Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006). CARTA DO CARIBE Realizada no ano de 1993, em Trinidad y Tobago, reforça a importância da promoção à saúde, propõe seis estratégias fundamentais: - Elaboração de políticas públicas saudáveis; - Reorientação dos serviços de saúde; - “Empoderamento” das comunidades para alcançar o bem estar; - Criação de ambientes favoráveis à saúde; - Desenvolvimento/Implementação de habilidades pessoais para a saúde; - Construção de alianças, especialmente com os meios de comunicação. DECLARAÇÃO DE JACARTA A IV Conferência Internacional, na Indonésia, em 1997, a primeira participação do setor privado se deu nesta conferência, que atualiza a discussão e reforça a ação comunitária como um empoderamento local e condundente para a melhoria da saúde – expõe a Carta de Ottawa. Esta destaca a capacidade que a comunidade tem e terá de promover saúde, expõe Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006). Declaração de Jacarta sobre a Promoção da Saúde no Século XXI http://iasaude.pt/attachments/article/154/Declara%C3%83%- C2%A7%C3%83%C2%A3o_de_Jacarta_Julho_1997.pdf 18WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA REDE DE MEGAPAÍSES Ocorreu em Genebra, na Suíça, em 1998. Esta previu que a partir do ano 2000, 11 países terão uma população de 100 milhões ou mais, e juntos constituirão mais de 60% de pessoas no mundo, afirma Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006). DECLARAÇÃO DO MÉXICO A V Conferência Internacional foi realizada na cidade do México, no ano 2000. Esta Reforçou a importância das ações de promoção à saúde nos programas e políticas governamentais, coloca Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006). CARTA DE BANGKOK A VI Conferência Mundial realizada na cidade de Bangkok, em 2005. Esta relata e reforça o contexto de mudanças, incluindo o crescimento das doenças transmissíveis e crônicas, a degradação do meio ambiente, entre outros. Estes são descritos por Heidmann, Almeida, Boehs, Wosny e Monticelli (2006) em quatro compromissos: - Desenvolvimento da agenda global. - Responsabilidade de todos os governos. - Meta principal da comunidade e da sociedade civil. - Necessidade para boa administração prática. REDE DE MEGAPAÍSES https://prezi.com/-7ann2tgzwuw/rede-de-megapaises/ Declaração do México promoção da saúde: Rumo a maior equida- de. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_mexi- co_2000.pdf A carta de Bangkok para a promoção da saúde em um mundo glo- balizado. http://www.bvsde.paho.org/bvsdeps/fulltext/cartabangkokpor.pdf 19WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Todos esses encontros internacionais nos remetem à melhoria na qualidade de vida do planeta e seus os cuidados; e o planejamento das ações, sempre determinadas pelo maior bem que temos, a vida. Direcionar os esforços internacionais para a qualidade do ar, da água e do planeta como um todo, é primordial para a qualidade de vida. Estas foram propostas de política pública, disseminadas pelo OMS, a partir de 1984. Vale ressaltar que a construção e a quebra de todo paradigma na promoção da saúde se deu a partir do contextos das conferências mundiais, como a de Ottawa de 1986, pois a qualidade de vida decorre do processo saúde-doença, e como cada comunidade interpretará essas ações, as possibilidades de adoecimento e morte dependerá de como se vive, onde se vive. Ou seja, a qualidade devida será um fator distinto para cada grupo, cada etnia, cada geração. Promoção de saúde: concepções, princípios e operacionalização http://www.scielo.br/pdf/icse/v7n12/v7n12a07.pdf O conceito de saúde e a diferença entre prevenção e promoção http://www.fo.usp.br/wp-content/uploads/AOconceito.pdf UNIDADE 20WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 21 O SUS ........................................................................................................................................................................ 22 SUS - PRINCÍPIOS E DIRETRIZES ......................................................................................................................... 24 LEI 8080 E LEI 8142 ............................................................................................................................................... 26 CONSELHOS DE SAÚDE .......................................................................................................................................... 27 DISTRITOS SANITÁRIOS ......................................................................................................................................... 30 O CONCEITO DE MODELO ASSISTENCIAL NA CONSTRUÇÃO DOS DISTRITOS SANITÁRIOS ........................ 30 NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE / SUS- NOAS-SUS 01/2001 ........................................... 32 NOAS 2002- PORTARIA NO 373, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2002 ...................................................................... 32 NOB ........................................................................................................................................................................... 34 NOAS ......................................................................................................................................................................... 36 MODELO DE ATENÇÃO A SAÚDE – CRIAÇÃO DO SUS PROF.A MA. LAIS STOCCO BUZZO 02 21WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO Durante toda a história, por meio de todos os avanços e discussões na área da saúde, a criação do SUS se deu por meio da Constituição de 1998, e a legitimidade por meio da lei orgânica 8.080 que descreve o SUS como um modelo de atenção à saúde, formado pelo conjunto de ações e serviços de saúde prestados à nível municipal, estadual e federal. Por meio da Constituição de 1988 o SUS surge com as suas diretrizes e normatizações. Tanto, profissionais da área da saúde, estudantes e outros, pautado na luta da redemocratização do Brasil, o SUS foi formulado para legitimar as estratégias e reordenar o sistema de saúde brasileiro, baseando na Seguridade Social a ser garantido pelo Estado brasileiro, mediante políticas econômicas e sociais de acesso universal e igualitário. A partir da concepção histórico-estruturalista, as disputas com as teorias divergentes que descrevia sobre o processo saúde doença, enfatizam a necessidade de desvendar e intervir na área da saúde em todas as esferas. 22WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA O SUS Em 1988, a criação definitiva do SUS com os artigos de lei que foram descritos após o mesmo como por exemplo, o Artigo 196, que descreve que a saúde é direito de todos e dever do Estado, sendo o mesmo garantido mediante políticas sociais e econômicas, visando sempre à redução do risco de doença e de outros agravos e principalmente ao acesso universal e igualitário às ações e serviços focando em três princípios fundamentais que são: promoção, proteção e recuperação. A regulamentação e a efetivação do SUS se deu por meio das leis 8080 e 8142 por meio da sua promulgação. Vale ressaltar que os artigos de lei na área da saúde são do art. 196 ao art. 200. Compreender a estrutura e o funcionamento do SUS, relacionando com os equipamentos sociais que o mesmo apresenta é fundamental na área da saúde. Desta forma alguns fatos devem ser descritos. Como por exemplo: Tabela 1 - Fatos datados do processo do SUS. Fonte: Trabalhos Gratuitos (2014). Vale ressaltar, segundo Sabedoria e Política (s/d.), que dentro deste processo de normatizações e legislação, foram editados pelo governo federal as Normas Operacionais Básicas (NOBs) com a finalidade de concretizar os princípios estabelecidos para o SUS promovendo e consolidando o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do Distrito Federal. As NOBs descritas refere-se: 23WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Tabela 2 - Norma Operacional Básica. Fonte: Sabedoria e Política (s/d). De acordo com o art. 197, que define a competência do poder público na regulamentação, fiscalização e controle das ações e serviços de saúde, o mesmo descreve: São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou por meio de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. (BRASIL, 1998). Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde - SUS http://conselho.saude.gov.br/legislacao/nobsus96.htm NORMA OPERACIONAL BÁSICA (NOBS) DO SUS https://vimeo.com/93385168 24WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Já o art. 198, reitera as ações e serviços públicos de saúde e integram uma rede regionalizada e hierarquizada constituindo um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: que pode ser dividida em: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. (BRASIL, 1998) O Art. 199, sobre a assistência à saúde é livre à iniciativa privada, franqueia à iniciativa privada a participação nas atividades de saúde. Já o Art. 200, descreve além de outras atribuições, as áreas de atuação e competência nos termos da lei: de acordo com o mesmo, este dispositivo tem por finalidade, controlar, fiscalizar, executar e ordenar as políticas, ações e programas podendo estes estar vinculados: hemoderivados, saneamento básico e políticas sociais recursos humanos para a saúde, desenvolvimento científico, entre outras atribuições. Por meio da lei 8.080/90 e 8.142/90, o SUS é discriminado e detalhado, contém dispositivos que relacionam o direito universal, com relevância pública, com financiamento, único e descentralizado. O conselho e a conferência de saúde, por meio da lei 8.142/90 dispõe sobre o caráter e as regras, focando na regularidade de funcionamento. O SUS, desde a sua criação, pautado na legislação e na constituição, preconizou alguns princípios e diretrizes, que iremos discorrer logo abaixo: SUS - PRINCÍPIOS E DIRETRIZES • Universalização: A saúde é reconhecida como um direito fundamental do ser humano, cabendo ao Estado garantir as condições indispensáveis ao seu pleno exercício e o acesso a atenção e assistência à saúde em todos os níveis de complexidade, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais. • Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, é um princípio de justiça social equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais aonde a carência é maior. Constituição Federal (Artigos 196 a 200) http://conselho.saude.gov.br/web_sus20anos/20anossus/legisla-cao/constituicaofederal.pdf 25WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA • Integralidade: Significa a garantia do fornecimento de um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos, curativos e coletivos. Engloba ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. Pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão qualidade de vida dos indivíduos. PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS • Regionalização e Hierarquização: organizar os serviços em níveis crescentes de complexidade, determinado pela área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com o mapeamento da população. A hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que estarão disponíveis para cada região. • Descentralização e Comando Único: Um único gestor responde por toda a rede assistencial na sua área de abrangência, conduzindo a negociação com os prestadores e assumindo o comando das políticas de saúde. • Resolutividade: É a capacidade de dar uma solução aos problemas do usuário do serviço de saúde de forma adequada, no local mais próximo de sua residência ou encaminhando-o aonde suas necessidades possam ser atendidas conforme o nível de complexidade De acordo com a Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990 o Artigo 1° - O Sistema Único de Saúde (SUS), contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: I - a Conferência de Saúde; reuniu-se a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde. II - o Conselho de Saúde, em CARÁTER PERMANENTE E DELIBERATIVO, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde. (BRASIL, 1990). Já no Art. 2º, a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. Descrevendo o Art. 7º, as ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: estes por sua vez: 26WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Quadro 1 – Princípios. Fonte: Bezerra (2016). LEI 8080 E LEI 8142 O SUS está detalhado e descrito em duas leis orgânicas, seu conteúdo está pautado na constituição e contém dispositivos que estão direcionados com o direito universal, descentralização, financiamento, relevância pública e unificação, todos estes estão na lei 8.080 e 8.142. As regras que descrevem a lei 8.142 são de caráter de composição, sua regularidade e seu funcionamento, do conselho e a conferência de saúde, ressaltando a importância das transferências de recursos. A legislação foi complementada pelas NOBs (Normas Operacionais Básicas), que determinaram as regras dos repasses dos recursos financeiros á nível federal, vale descrever que a lei 8.142 é um avanço no SUS pois determina a participação da comunidade por meio de um grupo de conselheiros a participarem das decisões realizadas, tanto para definir sobre as transferências de recursos financeiros como também para outras decisões. Isso só foi possível devido a mobilização da comunidade para que a mesma torna-se Lei. 27WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA CONSELHOS DE SAÚDE O que é? Órgão colegiado, deliberativo e permanente do Sistema Único de Saúde (SUS) em cada esfera de governo. Faz parte da estrutura das secretarias de saúde dos municípios, dos estados e do governo federal, e os conselhos de saúde são instituídos de participação da comunidade nas Políticas públicas e na administração da saúde. Como funciona? Deve funcionar mensalmente, ter ata que registre suas reuniões e infraestrutura que dê suporte ao seu funcionamento. As três esferas de governo, garantirão autonomia administrativa para o funcionamento do Conselho da Saúde. Resumindo: Figura 1 – Resolução 453 de 10 de Maio de 2012 – CNS. Fonte: Medeiros (2014). Quem faz parte desse colegiado? Representantes do governo, dos usuários, dos profissionais de saúde e dos prestadores de serviços. O Conselho de Saúde exerce suas atribuições mediante o funcionamento do Plenário, que, além das comissões intersetoriais, estabelecidas na Lei no 8.080/90, se organiza em grupos e fundamentam trabalhos e outros. CONSELHOS DE SAÚDE https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/conselhos-de- -saude/ 28WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Figura 2 - Algumas legislações que pontuam o conselho de Saúde. Fonte: Medeiros (2014). COMPETÊNCIA DOS CONSELHOS DE SAÚDE Figura 3 – Competência dos Conselhos de Saúde. Fonte: Medeiros (2014). Lei nº 8.142/90 e Resolução nº 453/2012 do CNS O segmento dos usuários deve ser paritário com os demais seg- mentos. Isso quer dizer que 50% dos integrantes do conselho de saúde têm que ser usuários, 25% devem ser profissionais de saúde e os outros 25% devem ser gestores e prestadores de serviço. 29WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA O conselho analisa e aprova o relatório de gestão, o planejamento da saúde, controla e executa as políticas de saúde e formula as estratégias para controlar e readequar as ações. O Conselho Nacional de Saúde é formado por 48 conselheiros titulares e seus respectivos primeiro e segundos suplentes, representantes de entidades e movimentos sociais de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), entidades de profissionais de saúde, incluída a comunidade científica, entidades de prestadores de serviço, entidades empresariais da área da saúde e governo federal. De acordo com o Regimento Interno do CNS, a composição do Conselho é definida da seguinte forma: I - cinquenta por cento dos membros representantes de entidades e dos movimentos sociais de usuários do SUS, escolhidos em processo eleitoral direto; e II - cinquenta por cento dos membros representantes de entidades de profissionais de saúde, incluída a comunidade científica da área de saúde, entidades de prestadores de serviços de saúde, entidades empresariais com atividade na área de saúde, todas eleitas em processo eleitoral direto; os representantes do governo, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são indicados pelos seus respectivos dirigentes. A fim de manter equilíbrio dos interesses envolvidos, a distribuição das vagas é paritária, ou seja, 50% de usuários, 25% de trabalhadores e 25% de prestadores de serviço e gestores. Por meio da Portaria n.º 2.056, de 14 de dezembro de 2015, foi designado membros titulares, primeiros e segundos suplentes para o triênio 2015/2018, os Conselheiros tomaram posse no dia 15 de dezembro de 2015. Alguns pontos que ainda são um desafio para o Conselhos de Saúde: apesar dos significativos avanços em sua ação, quanto ao processo de formulação e controle da política pública de saúde, os conselhos ainda enfrentam obstáculos importantes, como o não-exercício do seu caráter deliberativo na maior parte dos municípios e estados; precárias condições operacionais e de infra-estrutura; falta de regularidade de funcionamento; ausência de outras formas de participação; falta de transparência nas informações da gestão pública; dificuldade e desmobilização para a formulação de estratégias e políticas para a construção do novo modelo deatenção à saúde; e baixa representatividade e legitimidade de conselheiros nas relações com seus representados (BRASIL, 2009, p. 17). QUALQUER PESSOA PODE PRESIDIR O CONSELHO DESAÚDE, DES- DE QUE SEJA CONSELHEIRO E PARTICIPE DO PROCESSO DE ELEI- ÇÃO DESTE COLEGIADO 30WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA DISTRITOS SANITÁRIOS O Brasil no setor da saúde está em momento peculiar, o Sistema Único de Saúde (SUS) constitui um moderno modelo de organização, tanto dos serviços de saúde, que tem como características primordiais valorizar o nível municipal. No entanto o mesmo não está sendo alcançado, as dificuldades relacionadas com a parte do financiamento, quanto a ineficiência administrativa, nos remete aos debates sobre os mesmos, principalmente ao aumento do financiamento do setor público e a melhor utilização dos limites e dos próprios recursos existentes. As alternativas para novas propostas de modelos de gestão têm como foco primordial a melhoria da qualidade dos serviços. Segundo Almeida, Castro e Lisboa (1998, p. 3), a inserção do tema Distrito Sanitário: Concepção e Organização tem como proposta a implantação dos sistemas de saúde municipais, visando assegurar melhor atenção à saúde da população. No entanto, a descentralização do SUS não pode ser algo isolado, mas sim de forma geral. As estratégias utilizadas são consideradas importantes instrumentos no campo da organização de serviços, com a finalidade de construir e implementar os novos modelos, ficando reforçada a fundamentação e justificativa da inclusão de qualquer projeto ou complemento. Almeida, Castro e Lisboa (1998, p. 15) expõe que a característica preponderante do modelo assistencial pode ser compreendida como a forma de produção e distribuição dos bens e serviços de saúde numa dada área e num determinado tempo para uma dada população. Podendo ser considerado ainda em todo o processo, (recursos humanos e equipamentos). A promoção da saúde, pautada na prevenção da doença, de diagnósticos e tratamentos de reabilitação de ordem mais complexas, sempre legitimando com a hierarquia entre as atividades, podendo estas ser: • das menos custosas às mais dispendiosas; • da promoção e prevenção ao diagnóstico e tratamento precoce e à reabilitação; • da indicação e pertinência de uma cobertura mais ampla a uma pertinência/necessidade mais restrita. O conceito de oferta de serviços implícito na definição de cobertura significa que tais serviços sejam acessíveis aos membros da comunidade e, desse modo, satisfaçam às suas necessidades no tocante à saúde. A possibilidade de acesso aos serviços é, por conseguinte, condição sine qua non para que a cobertura universal seja alcançada (ALMEIDA, CASTRO & LISBOA, 1998. p. 16). O CONCEITO DE MODELO ASSISTENCIAL NA CONSTRUÇÃO DOS DISTRITOS SANITÁRIOS Quanto ao Território do Distrito Sanitário, é interessante ressaltar que o distrito sanitário pode abranger duas dimensões: A primeira – a estratégia de construção do SUS num município e/ou conjunto de municípios, envolvendo alguns elementos conceitual e operacionalmente importantes; A segunda - se refere à menor unidade de território ou de população, a ser apropriada para o processo de planejamento e gestão. 31WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA A construção e a implantação do distrito sanitário em qualquer local deve ser vista como um processo social, como uma expressão concreta de uma política com dimensão social. Alguns elementos fazem parte deste processo: - Território - Problemas - Práticas sanitárias - Processo de trabalho Almeida, Castro e Lisboa (1998, p. 21) expõe que a construção de um distrito sanitário é fundamental compreender a área geográfica e suas características, suas necessidades e seus recursos. Diante disso a realidade pode ser constituída de: - Vários bairros de um município; - Vários municípios de uma região. Uma ferramenta utilizada para mapear e identificar as características de um município ou distritos é realizar o Mapa Inteligente, que define as micro áreas de um local e as áreas. Permite a integração de ações e informações sobre o ambiente e saúde do local, iremos rever este conceito e como realizar o mesmo na unidade seguinte. Por meio do levantamento e mapeamento de um local, o controle social da saúde doença se torna possível, por meio das ferramentas utilizadas, o controle social é na história da democratização das políticas de saúde um dos campos que mais se tornam visível para todos, principalmente nos movimentos da saúde. Este controle pode se dar por meio de denúncias, ausências ou omissão de serviços, na década de 80 a criação dos conselhos de saúde, a representação popular se deu presente e ao SUS à partir da Constituição de 1988 o processo de democratização não apresentava do mesmo modo para todos, mesmo com toda legitimidade. Busca-se avanços pra novos problemas, a discussão era permanente. Um novo momento democrático, hoje, as leis, a princípio, amparam a participação da população nas políticas de saúde e são, a princípio, defensoras dos direitos sociais. A participação e controle social estão intimamente relacionado, pela participação da gestão pública, os cidadãos podem intervir na tomada da decisão por meio de medidas que realmente atendam ao interesse público e exigir do gestor público prestação de contas de sua atuação, direito assegurado pela Constituição Federal. A Controladoria-Geral da União (CGU) é um dos órgãos de controle da aplicação dos recursos federais repassados a estados, municípios e Distrito Federal. É de fundamental importância que cada cidadão assuma o controle social do gasto do dinheiro público, fiscalizando o uso do mesmo. Controle social, saúde –doença https://www.scielosp.org/article/csp/1992.v8n4/366-378/ Controle Social – Conselhos municipais e controle social http://www.portaldatransparencia.gov.br/controleSocial/Conse- lhosMunicipaiseControleSocial.asp 32WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Toda e qualquer participação necessita de instrumentos para o mesmo, por meio das normatizações e portarias, dentre elas as NOBs e as NOAS darão destaque a tudo que é produzido e delineado para o SUS, entre outros. NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE / SUS- NOAS-SUS 01/2001 A importância da NOAS 01/2001 para o SUS é que o mesmo controla o cadastro nacional de prestadores de serviços; como também fica responsável na vistoria de serviços quando lhe couber; defini o acesso para as referências interestaduais, melhoria da qualidade dos serviços como uma prioridade e reavalia as diferenças regionais de acordo com o serviço prestado, como também o financiamento de todas as ações. A sua implantação além de promover uma integração de ações entre as três esferas do governo, descentraliza as ações, transferindo principalmente a responsabilidade dos recursos para os estados e municípios. Alguns exemplos são: Assistência à saúde, Atenção Básica, Atenção de Média Complexidade Ambulatorial e Hospitalar e Atenção de Alta Complexidade/,Custo Assistência pré-atendimento de infecções , Acompanhamento do natal, parto e agudas de maior crescimento e puerpério; incidência; desenvolvimento infantil; Cobertura universal -Programa Nacional de saúde e prevenção de Imunizações, para todas as faixas etárias; doenças; Tratamento das doenças crônicas de alta na infância; prevalência; tratamento clínico e cirúrgico Tratamento dos distúrbios mentais e psicossociais Urgências ambulatoriais; Suprimento / dispensação dos medicamentos da Farmácia Básica. NOAS 2002- PORTARIA No 373, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2002 Resultado do contínuo movimento de pactuação entre os três níveis de gestão, visando o aprimoramentodo Sistema Único de Saúde. O ministério da saúde, por meio das secretarias Estaduais de saúde, os CONASS e os CONASEMS, desencadearam atividades de planejamento e de adequação dos modelos assistenciais e de gestão estabelecidos, algumas unidades de federação foram identificados e determinados itens na sua operacionalização. PORTARIA Nº 95, DE 26 DE JANEIRO DE 2001 ht tp : //bvsms.saude.gov.br/bvs/saude leg is/gm/2001/ prt0095_26_01_2001.html 33WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Restabelecer o comando único sobre os prestadores de serviços ao SUS e assegurar a gestão municipal é essencial para o processo, a efetivação da gestão estadual e suas referências intermunicipais também correspondem ao processo. Uma lei que vem para complementar e fundamentar o que já foi descrito anteriormente é a LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012, que regulamenta por meio do § 3o do art. 198 da Constituição Federal, que dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, focando sempre nas ações e serviços públicos de saúde; estabelecendo os critérios de divisão dos recursos e da transferências para a saúde, suas normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo. Houve muitos avanços e desafios durante todo o processo de consolidação do SUS entre outros, a exigência para os gestores é algo pontual e descrito em todos os conselhos e reuniões, a dificuldade operacional do sistema leva a crer que as mudanças e as reformas se tornam essenciais para sua manutenção e continuidade do mesmo. A LEI 141 PACTO 2006 - Divulga o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Os gestores do SUS, constroem prioridades de atendimento e estes fatos são descritos e fundamentos no Pacto pela Saúde 2006 que será anualmente revisado, sempre pautado nos princípios do SUS e na constituição de 1988. A ênfase continua a necessidade de saúde da população e o exercício simultâneo de prioridades, sempre articuladas em três componentes: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS. São descritas no Termo de Compromisso de Gestão e estão detalhadas no documento Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde 2006 O Pacto pela Vida está constituído por um conjunto de compromissos sanitários, expressos em objetivos de processos e resultados e derivados da análise da situação de saúde do País e das prioridades definidas pelos governos federal, estaduais e municipais. Significa uma ação prioritária no campo da saúde que deverá ser executada com foco em resultados e com a explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e financeiros para o alcance desses resultados (BRASIL, 2006, s/p) NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE (NOAS) DO SUS https://vimeo.com/93373941 34WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA AS PRIORIDADES DO PACTO PELA VIDA E SEUS OBJETIVOS SÃO: • SAÚDE DO IDOSO: Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral. • CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA: Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama. • MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA: Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarréica e por pneumonias. • DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA DENGUE, HANSENÍASE, TUBERCULOSE, MALÁRIA E INFLUENZA: Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias. • PROMOÇÃO DA SAÚDE: Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regular alimentação saudável e combate ao tabagismo. • ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE: Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS. NOB NOB-SUS 01/91 Norma Operacional Básica do SUS 01/91 (NOB/SUS 01/91) foi editada pela Resolução do INAMPS nº 258, de 7 de janeiro de 1991, os principais pontos da NOB/SUS 01/91 são: • Equipara prestadores públicos e privados, no que se refere à modalidade de financiamento • Centraliza a gestão do SUS no nível federal (INAMPS); PORTARIA Nº 399, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006. Divulga o Pac- to pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. ht tp : //bvsms.saude.gov.br/bvs/saude leg is/gm/2006/ prt0399_22_02_2006.html http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/LCP/Lcp141.htm 35WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA • Estabelece o instrumento convencional como forma de transferência de recursos do INAMPS para os Estados, Distrito Federal e Municípios. • Considera, os municípios que atendam os requisitos básicos da Lei 8.142 (fundos, conselhos, etc.) • Muda o sistema de pagamento dos prestadores de serviços com a implantação do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS). NOB – SUS/92 Tem como objetivo normalizar a assistência à saúde no SUS; estimular a implantação, o desenvolvimento e o funcionamento do sistema; e dar forma concreta e instrumentos operacionais à efetivação dos preceitos constitucionais da saúde. Estabelece normas e procedimentos reguladores do processo de descentralização da gestão das ações e serviços de saúde, por meio da Norma Operacional Básica – como também a questão do financiamento. SUS 01/93. PORTARIA Nº 545, DE 20 DE MAIO DE 1993 Regulamenta o processo de descentralização da gestão dos serviços e ações no âmbito do Sistema Único de Saúde e estabelece os mecanismos de financiamento das ações saúde, em particular da assistência hospitalar e ambulatorial e diretrizes para os investimentos no setor. Tem como objetivo disciplinar o processo de descentralização da gestão das ações e serviços de saúde na perspectiva de construção do Sistema Único de Saúde A NOB/SUS 01/96 Promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de gestão para os Municípios e Estados, caracterizando as responsabilidades sanitárias do município pela saúde de seus cidadãos e redefinindo competências de Estados e Municípios. Os objetivos gerais da Norma Operacional Básica 01/96 foram: • Caracterizar a responsabilidade sanitária de cada gestor, • Reorganizar o modelo assistencial, descentralizando aos municípios a responsabilidade pela gestão e execução direta da atenção básica de saúde; • Aumentar a participação percentual da transferência regular e automática (fundo a fundo) dos recursos federais a Estados e Municípios, reduzindo a transferência por remuneração de serviços produzidos. Entre as principais características observadas na NOB/SUS 01/96 temos: • Transfere aos Municípios habilitados como Plena da Atenção Básica, os recursos financeiros com base per capita relativos a esta responsabilidade, criando o PAB (Piso Assistencial Básico), • Reorganiza a gestão dos procedimentos de média complexidade ambulatorial (Fração Ambulatorial Especializada - FAE); • Reorganiza a gestão dos procedimentos de alta complexidade ambulatorial com a criação da Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Custo (APAC); 36WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA • Incorpora as ações de Vigilância Sanitária, criando o Incentivo para as ações básicas de Vigilância Sanitária; • Incorpora as ações de Epidemiologia e Controle de Doenças; • Promove a reorganização do modelo de atenção, adotando-se como estratégia principal a ampliaçãode cobertura do Programa de Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde, com a criação de Incentivo financeiro (PAB variável); • Aprimora o planejamento e define a elaboração da Programação Pactuada e Integrada (PPI); • Define as responsabilidades, prerrogativas e requisitos das Condições de Gestão Plena da Atenção Básica e Plena de Sistema Municipal de Saúde para os municípios, e Avançada do Sistema Estadual e Plena de Sistema Estadual para os Estados. NOAS O objetivo da NOAS/SUS é promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção. Estabelece o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior equidade. Institui o Plano Diretor de Regionalização (PDR) como instrumento de ordenamento do processo de regionalização da assistência em cada Estado e no Distrito Federal. UNIDADE 37WWW.UNINGA.BR ENSINO A DISTÂNCIA SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 38 POR QUE UM SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE? ......................................................................................................... 39 O FUTURO DO SUS .................................................................................................................................................. 40 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE- SUS PROF.A MA. LAIS STOCCO BUZZO 03 38WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 3 ENSINO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO O SUS foi criado pela LEI ORGÂNICA 8080/90, com a finalidade de alterar a situação de desigualdade, devendo atender a todos, de forma racional, eficaz, descentralizado e democrático. A gestão deve estar fundamentada na distribuição da União, estados e dos municípios. A constituição de 1988 passa a oferecer a todo brasileiro o direito universal e integral à saúde. Diferenciando o atendimento desde algo mais simples até o mais complexo, podendo variar, por exemplo, de um transplante, cirurgias, consultas, como também um atendimento à nível primário como um acolhimento na unidade básica de saúde para campanha de vacinação, e outros atendimentos. A implantação do SUS representa uma mudança no conceito de atendimento à saúde, os esforços eram descritos, principalmente para políticas implementadas no tratamento de ocorrências de enfermidades. O SUS passa a ser promovido a prevenção dos agravos. 39WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 3 ENSINO A DISTÂNCIA POR QUE UM SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE? A inadequação do sistema de saúde, pautado principalmente na excessiva centralização e na baixa cobertura assistencial, como também a não definição das competências dos órgãos e suas instâncias políticas, gerou um problema de assistência em todo o país. Com o desenvolvimento de outros setores, a insatisfação dos profissionais, a não disponibilidade de equipamentos e instrumentos entre outros pontos, como o gasto público, proporcionou as mudanças ocorridas e de acordo com a necessidade e a falta de transparência, as mudanças foram requeridas pelo sistema e pela população. As mudanças foram significativas de acordo com essas ações, e o sistema único de saúde se torna algo essencial, sua implantação algo coerente e primordial para o país. Alguns fatores foram determinantes, como, por exemplo: Fatores determinantes e condicionantes ao meio físico como, por exemplo: condições geográficas, água, alimentação, habitação, meio sócio-econômico e cultural. O acesso aos serviços de saúde visa a promoção, proteção e a recuperação da saúde. Outro ponto importante legitima o direito de todos, às ações de saúde em todos os níveis, a responsabilidade é do Estado. Por último, o SUS estabelece de caráter público uma rede regionalizada, descentralizada e hierarquizada, sendo o mesmo controlado pela sociedade, e os serviços privados são contratados por meio de convênios contidos nas normativas e diretrizes do SUS. Segundo o artigo 4º da Lei Federal 8.080/90, o Sistema Único de Saúde é o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições Públicas Federais, Estaduais e Municipais, da Administração Direta e Indireta e das Fundações mantidas pelo Poder Público, [e, complementarmente,] ...pela iniciativa privada. A organização e a formulação política estão reordenadas aos serviços de saúde dispostos na legislação que a regulamentam. Um novo sistema está se construindo. Pautado na constituição de 1988, o SUS não é sucessor de nenhum outro projeto de saúde e sim um sistema que veio proporcionar melhorias na qualidade de atendimento com todas as suas doutrinas e diretrizes. Os seus objetivos são caraterizados principalmente em ofertar a população um modelo da promoção, proteção e recuperação da saúde. Os objetivos que descrevem as estratégias da saúde estão pautados nos modelos de atenção à saúde, orientados pelos princípios da organização, descentralização, regionalização, resolução, a participação social e a hierarquização. Segue para todo o país os mesmos princípios e doutrinas, a responsabilidade das três esferas são autônomas. Sendo assim, o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas sim um Sistema. 40WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 3 ENSINO A DISTÂNCIA O FUTURO DO SUS Como já descrito na Constituição 1988, saúde é um direito de todos e dever do Estado, a dinâmica das políticas de saúde permitiu um avanço e uma crescente Universalização, no entanto, foi discriminatória e excludente, de acordo, principalmente, com a distribuição dos serviços de saúde. Levando em consideração um sistema pautado na doença sem equidade, ou seja, socialmente injusto. O Estado brasileiro, apesar de toda a reforma sanitária e toda mudança na legislação, ainda tem o modelo de assistência seguindo a lógica corporativista e patrimonialista, que ainda norteiam a saúde, fazem parte do nosso país e consecutivamente do sistema de saúde. O modelo de reforma do SUS deve ser contemplado e inserido em todas as esferas de governo. A PEC 169 “prevê recursos orçamentários a nível da União, Estados e Municípios para a manutenção do Sistema Único de Saúde com o financiamento das redes públicas, filantrópicas e conveniadas”, que regulamenta de forma definitiva o financiamento do SUS. As diretrizes do SUS têm propostas avançadas de política de saúde, fundamentadas de forma técnica, científica e econômica, sendo essenciais para o processo. A implantação e seus resultados são inquestionáveis. Por meio das Normas Operacionais Básicas (NOBs), os municípios devem assumir o papel de gestor, visto que a necessidade de construir uma política com recursos humanos de forma equivalente fez-se necessária – uma ferramenta que pode auxiliar nesse processo são os conselhos de saúde. De acordo com as normatizações e as mudanças na legislação, o SUS está distribuído o atendimento à saúde em três tipos: • Atenção Básica-Atendimento Primário - UBS (PACS, ACS, ESF, NASF); • Atendimento Secundário; • Rede Hospitalar Especializadas, Atendimento Terciário. ATENÇÃO BÁSICA- ATENDIMENTO PRIMÁRIO Segundo os dados da Fundação Oswaldo Cruz, a Atenção básica descreve suas funções e particularidades, descrita como a porta de entrada da saúde pelos usuários. A atenção básica ou a atenção primária tem como objetivo principal ofertar para todos uma assistência preconizada na prevenção, que é de total importância, pois a atenção básica realiza o atendimento do usuário e é capaz de filtrar e direcionar o atendimento para outras instâncias. Sugestão de leitura: PEC 169/1993 -Proposta de Emenda à Cons- tituição http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?i-dProposicao=24979 41WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 3 ENSINO A DISTÂNCIA No Brasil, devido aos programas governamentais como, por exemplo, a estratégia saúde da família, o usuário dispõe de um atendimento que possui uma equipe multidisciplinar e níveis de atendimento que vão desde o atendimento na UBS, focado na prevenção como também a nível especializado e hospitalar. A UBS pode ofertar para os usuários alguns serviços como por exemplo: Consultas, exames, vacinas entre outros. A Fundação Oswaldo cruz cita na sua página que a atenção básica também envolve outras iniciativas, como: as Equipes de Consultórios de Rua, o Programa Melhor em Casa, de atendimento domiciliar; o Programa Brasil Sorridente, de saúde bucal; o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), entre outros. Níveis de atenção primária Figura 1 - Atenção Básica- Fundamentos e diretrizes. Fonte: Andrioni (2016). Legislação. Disponível em: h t t p : // w w w. s c i e l o . b r / p d f / c s p / v 3 2 n 3 / 0 1 0 2 - 3 1 1 X- c s p - -32-03-e00181314.pdf 42WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 3 ENSINO A DISTÂNCIA Figura 2 - Atenção Básica. Fonte: Castelhano (2014). O SUS e os Avanços na Atenção Primária à Saúde. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DbFHBaorDaM Equipe de Atenção Primária - Conecta SUS? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=52H9_zFNtso Aula SUS - Portaria 2488. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=09xr9UlsoSM&t=569s 43WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 3 ENSINO A DISTÂNCIA Agente Comunitário de Saúde O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) teve início em 1991. Esta foi uma iniciativa de alguns locais do Nordeste, Distrito Federal e São Paulo, onde sua implantação buscou alternativas para melhorar as condições de saúde local de suas comunidades, com uma visão de trabalho diferenciada, utilizando ferramentas ofertadas pela própria comunidade. O ACS é uma profissão que tramita todos os espaços, governo e comunidade. Tem um papel muito importante e único no que diz respeito ao acolhimento. O contato com a equipe e os vínculos são diretos e proporcionam um melhor atendimento. O programa foi inspirado em experiências de prevenção de doenças por meio de informações e orientações à saúde. As ações são descritas, fundamentadas e realizadas pelos agentes comunitários de saúde. Estas deverão ser contempladas por um número mínimo de pessoas que pode variar de 400 a 750 pessoas, as ações determinantes para cada localidade deverão ser levantadas e descritas de acordo com a necessidade local por meio de um levantamento dos dados da comunidade e suas particularidades. O ACS deverá realizar visitas domiciliares pelo menos uma vez por mês em cada família; identificar as situações de risco; programas relacionados à amamentação e puericultura; realização de atividades educacionais; realização de cadastramento e diagnóstico, como também mapeamento local. Todas essas outras atividades são atribuições do ACS. A seguir, estão descritas algumas delas: • CADASTRAMENTO/ DIAGNÓSTICO - Consiste em registrar a ficha de cadastro do sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB). • MAPEAMENTO - Mapa de registro da localidade, suas particularidades e acessórios sociais. • IDENTIFICAÇÃO DE MICROÁREAS DE RISCO - Identificar os locais de riscos, vulnerabilidade • REALIZAÇÃO DE VISITAS DOMICILIARES - Visitas no domicílio, verificar condições de saúde doença na família, particularidades e manutenção da assistência à saúde. • AÇÕES COLETIVAS - Promover reuniões, encontros específicos, grupos de educação permanente, grupos de gestantes, levantamentos sociais. • AÇÕES INTERSETORIAIS - Ações diversas, podendo ser na educação, ações comunitárias. • O PACS - Programa de Agentes Comunitários de saúde, pelo ministério da Saúde tem algumas responsabilidades entre elas: definir normas, e diretrizes, regulamentar e regular o cadastro das famílias, reorientar o modelo assistencial, assessoria técnica, regular o cadastro do ACS, entre outros. 44WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 3 ENSINO A DISTÂNCIA Seguindo um organograma de datas, a criação oficial do PACS pelo Ministério da Saúde se deu por meio de algumas datas: • 1994 - Criação oficial do PSF e dos procedimentos vinculados ao PSF e PACS na Tabela do SIA/SUS; • 1996 - NOB 01/96, define novo modelo de financiamento para a atenção básica à saúde; • 1997 - PAB, portaria 1886, criação dos Polos de Capacitação; • 1998 - SIAB, PAB variável para o PSF e PACS; • 1999 - Incentivo por faixa de cobertura; • 2000 - Criação do Departamento de Atenção Básica; • 2001 – Estudo sobre Monitoramento das equipes de Saúde da Família; • 2003 – Início da execução do PROESF. Por meio da PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 (ANEXO I ), é estabelecida a revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). De acordo com a portaria citada, esta descreve “A Atenção Básica caracterizando-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades”. PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011. Programa Agentes Comunitários de saúde- PACS. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pacs01.pdf http://slideplayer.com.br/slide/45435/ Aula SUS-Portaria 2488 https://www.youtube.com/watch?v=09xr9UlsoSM 45WWW.UNINGA.BR SA ÚD E CO LE TI VA | U NI DA DE 3 ENSINO A DISTÂNCIA Outra particularidade da Atenção básica é a inserção de um programa que prioriza o atendimento da comunidade. Após o PACS, com os ACS, surge a implantação da Programa saúde da família que hoje está descrito como Estratégia Saúde da família. O PSF surgiu devido à indignação do atendimento à saúde; e pela falta de acesso da população ao sistema de saúde, em 1993, surge o acesso dos municípios brasileiros à saúde de qualidade, que era algo degradante e precário. O PSF refere-se a uma estratégia de reorientação do modelo assistencial. É operacionalizado com equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Sua criação se deu em 1994, sendo um elo de entrada para os usuários do SUS em toda a sua complexidade, podendo este ser de caráter individual e ou coletivo. A Implantação do PSF tem como característica utilizar o histórico do PACS, o levantamento dos dados da população, e a sua implementação e Implantação dentro do PSF, como entre outras coisas. As ações da saúde podem ser planejadas em, por exemplo: ações de Saúde, Promoção e Vigilância. O PSF surgiu como uma possível alternativa ao modelo predominante na atenção básica, tendo a família como foco do cuidado, incluindo o indivíduo, a comunidade e o ambiente. Resumindo: O modelo assistencial baseado primeiramente na atenção básica. A mudança decorre de um momento histórico em que o modelo hospitalocêntrico não consegue atender à demanda. A maneira de realizar as intervenções e as necessidades estão pautadas na atenção primária. De modo que o PSF vem com um novo olhar, tendo a família e a comunidade inserida no processo do cuidado. A prevenção está diretamente ligada ao atendimento e à concretização das ações pautadas em diretrizes e dialogo. Os princípios éticos, morais, jurídicos são respeitados em todas as instâncias. O que muda é o modelo de atenção, o viver
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