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Aula 00 - Teoria da empresa Atividades econômicas civis_ cooperativas e profissional intelectual Empresário Individual EIRELI

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Aula Demonstrativa - A atividade 
empresarial. Empresário individual. 
Curso de Direito Empresarial p/ ICMS-DF 
Professor: Wangney Ilco 
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Curso: Direito Empresarial p/ ICMS-DF 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 00 
Prof.º Wangney Ilco 2 de 82 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Olá pessoal! Tudo beleza? 
Sejam bem-vindos ao nosso Curso de Direito Empresarial para o cargo de 
Auditor Fiscal do Distrito Federal (ICMS-DF) 
 
Ainda não temos edital lançado. Mas, o concurso já foi autorizado! 
Assim, precisamos nos preparar com antecedência e qualidade. 
Pois bem, primeiramente, vou me apresentar: Meu nome é Wangney 
Ilco. Sou ex-aluno do Colégio Naval (ingresso em 1997) e Escola Naval 
(ingresso em 2000). Bacharel em Ciências Navais pela Escola Naval com 
especialidade em Sistemas (2004). Após alguns anos como Oficial da Marinha, 
decidi deixar a vida militar e ingressei nesta doce vida de “concurseiro”. O foco 
era a área fiscal, mais especificamente o fisco do Estado do Rio de Janeiro. 
Nos dois primeiros certames (2008) não fui feliz devido a alguns problemas 
pessoais. Porém, já no ano seguinte, após alguns meses sem estudar, retornei 
com muita força já com edital na praça. Fiz alguns ajustes. Foram 45 dias de 
dedicação total e foco máximo. Resumos, gráficos, esquemas, mapas-
mentais foram utilizados para aproveitar o tempo com a máxima eficiência. E 
deu certo! Obtive a tão sonhada aprovação: Auditor Fiscal da Receita 
Estadual do Rio de Janeiro. Cargo que exerço atualmente! Assim, desde 
final de 2009, troquei de lado e venho participando intensamente na 
preparação dos alunos para diversos concursos (ICMS, ISS, AFT, AFRFB, 
CGU), sempre em Direito Empresarial e, mais recentemente, em Direito Civil 
(confira meus cursos de civil AQUI). Por fim, estou cursando Direito na 
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. 
Portanto, meus caros, já tenho certa experiência em contribuir com a 
aprovação de alunos em concursos públicos na disciplina de Direito 
Empresarial. 
 
A última prova de empresarial do ICMS-DF foi em 2001, portanto, há 
bastante tempo. A banca organizadora daquele certame foi a FCC. Em 2010, 
chegou a ser publicado um edital cuja banca seria a UNIVERSA. Mas o 
concurso foi cancelado, infelizmente!!! 
APRESENTAÇÃO 
Histórico e análise das provas anteriores 
 
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Curso: Direito Empresarial p/ ICMS-DF 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 00 
Prof.º Wangney Ilco 3 de 82 
www.exponencialconcursos.com.br 
Assim, pessoal, não podemos ter como parâmetro de estudos o último 
concurso, tendo em vista que foi realizado há muito tempo. Além disso, a 
banca ainda não foi definida. Porém, o que sabemos é que Direito Empresarial 
foi uma das disciplinas cobradas no concurso de 2001 e havia a sua previsão 
no concurso cancelado de 2010. Portanto, adotaremos os padrões cobrados 
nos últimos concursos da área fiscal, ok? Assim, estaremos preparados para o 
que der e vier!!! 
 
Eis o programa que abordaremos neste curso, conforme o último edital 
do ICMS-DF e demais concursos recentes da área fiscal: 
AULA ASSUNTO 
00 Teoria da empresa. Atividades econômicas civis: cooperativas e profissional 
intelectual. Empresário Individual. EIRELI. 
01 Atos do registro de empresa. Empresário irregular. Estabelecimento 
empresarial. Nome empresarial. Prepostos. 
02 Teoria Geral do Direito Societário: conceito de sociedade empresária. 
Personalização da sociedade empresária. Classificação das sociedades 
empresárias. Constituição das sociedades contratuais: natureza do ato 
constitutivo da sociedade contratual; requisitos de validade do contrato 
social; cláusulas contratuais; forma do contrato social; alteração do 
contrato social. 
03 Microempresa e empresa de pequeno porte (Lei Complementar nº 123/06). 
Sociedade limitada: responsabilidade dos sócios, deliberação dos sócios; 
administração; conselho fiscal. Dissolução da sociedade contratual: 
espécies e causas de dissolução total e parcial; 
04 Sociedades por ações: características gerais da sociedade anônima; 
classificação, constituição; valores mobiliários; ações; capital social; órgãos 
sociais; administração da sociedade; poder de controle; lucros, reservas e 
dividendos; dissolução e liquidação; transformação, incorporação e fusão; 
sociedade de economia mista; sociedade em comandita por ações. 
05 Teoria Geral do Direito Cambiário. 
06 Nota promissória. Cheque. Duplicata. Cédula de crédito bancário. 
07 Falência. 
08 Recuperação judicial e extrajudicial. 
09 Resumão 
*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial 
Concursos, na página do curso. Saindo o edital, atualizaremos o curso. 
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Curso: Direito Empresarial p/ ICMS-DF 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 00 
Prof.º Wangney Ilco 4 de 82 
www.exponencialconcursos.com.br 
Neste curso, teremos cerca de 400 questões totalmente comentadas. 
Como ainda não temos a definição da banca, as questões serão das mais 
diversas bancas: FCC, FGV, ESAF e outras. Acho importante treinarmos para 
qualquer tipo de questão quando ainda não tivermos definição de banca. 
Então, quando a banca for definida, é o momento de direcionarmos os 
estudos. Mas para direcionar, antes é preciso adquirir uma base na disicplina. 
Não adianta “colocar a carroça na frente dos bois”, sob pena de perdermos 
mais tempo que o necessário, ok? 
Por fim, não deixem de usar e abusar de nosso fórum tira-dúvidas. É 
uma ferramenta importante onde a interação com os alunos é maior. Além 
disso, como DICA DE ESTUDOS, utilizem nosso SISTEMA DE QUESTÕES e 
SIMULADOS para uma eficiência maior nos estudos. E, para mais informações 
sobre nossa disciplina, acessem minha página no Exponencial Concursos 
(AQUI) e Facebook: Wangney. 
Pois bem, vamos ao que interessa! Antes, porém, tenho o hábito de 
deixar sempre uma frase motivacional no início das aulas, ok? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O sucesso é a soma de pequenos esforços – 
repetidos dia sim, e no outro dia também.” 
(Robert Collier) 
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Curso: Direito Empresarial p/ ICMS-DF 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 00 
Prof.º Wangney Ilco 5 de 82 
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Sumário 
1 - Direito Comercial ......................................................................... 6 
1.1 - Origem e evolução histórica ............................................................................................... 6 
1.2 - Definição e autonomia ....................................................................................................... 8 
1.3 - Fontes ................................................................................................................................. 9 
1.4 - Características .................................................................................................................... 9 
2 - A atividade empresarial ............................................................. 10 
2.1 - Teoria dos atos de comércio ............................................................................................ 10 
2.2 - Teoria da Empresa ............................................................................................................ 11 
2.2.1 - Atributos da Teoria da Empresa ............................................................................... 12 
2.3 - A empresa ........................................................................................................................ 13 
2.4 - O empresário .................................................................................................................... 14 
2.5 - Exceções à Teoria da Empresa ......................................................................................... 16 
2.6 - Empresário Individual....................................................................................................... 17 
2.7 - Requisitos e impedimentos para o exercício da atividade empresarial .......................... 18 
2.7.1 - Capacidade Civil do Empresário Individual .............................................................. 19 
2.7.2 - Capacidade Civil da Sociedade Empresária - sócio................................................... 20 
2.7.3 - Impedimentos: Empresário Individual ..................................................................... 22 
2.7.4 - Empresário casado ................................................................................................... 23 
3 - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI ...... 25 
4 - Questões Comentadas ............................................................... 30 
5 - Lista de Exercícios ..................................................................... 66 
6 - Gabarito .................................................................................... 82 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 00 – Teoria da empresa. Atividades econômicas civis: 
cooperativas e profissional intelectual. Empresário Individual. 
EIRELI. 
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Curso: Direito Empresarial p/ ICMS-DF 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 00 
Prof.º Wangney Ilco 6 de 82 
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1 - Direito Comercial 
 Bem, pessoal, o nosso primeiro tópico diz respeito à origem e evolução 
do Direito Comercial. É uma parte de nossa disciplina que, embora tenha a sua 
relevância para fins didáticos, não é muito cobrada em provas de concurso 
público. Na maioria das vezes nem consta no edital. Então, normalmente, esta 
parte evolutiva de nossa disciplina, costumamos “passar batido” mesmo; 
afinal de contas, por que abordar um tema que não consta nos editais e não é 
cobrado em provas? Lembrem-se de nossa objetividade, ok? 
 No entanto, devemos nos precaver, certo? Mesmo porque esta parte já 
foi cobrada em prova. Então, vamos lá! 
 
1.1 - Origem e evolução histórica 
A evolução do Direito Comercial está diretamente ligada à história do 
comércio. No início, apesar da existência do comércio por meio de trocas de 
mercadorias entre as famílias e, posteriormente, pelas relações comerciais 
marítimas, não se pode dizer que já existia o Direito Comercial. Os usos e 
costumes, aliados a alguns simples contratos, regulavam o comércio nas 
cidades antigas. Então, segundo Frans Martins, “Não se pode, com segurança, 
dizer que houve um Direito Comercial na mais remota antiguidade”, referindo-
se aos fenícios e gregos. 
Já no período do Império Romano, o exercício do comércio era restrito 
aos escravos, pois não seria uma prática digna aos cidadãos romanos. Assim, 
apesar de existirem algumas regras e institutos que regulavam o comércio na 
época, o Direito Comercial ainda não havia ganhado autonomia. 
Com fundamento nas obrigações e nos contratos do Direito Romano, já 
na Idade Média, é que o Direito Comercial surge e ganha autonomia 
frente ao Direito Civil, para regular o intenso comércio marítimo na região do 
Mar Mediterrâneo. Cidades se tornaram importantes centros comerciais, em 
especial na Itália. Mercados surgiram e feiras eram realizadas. Nesse cenário, 
houve a necessidade de criar regras para harmonizar as relações comerciais e 
os mercadores e artesões se organizaram em corporações de ofício. Nelas, 
havia os juízes consulares, eleitos para dirimir os conflitos internos, inclusive 
com a atribuição de impor penalidades, com base nos usos e costumes. 
Portanto, embora haja certa controvérsia, a maioria da doutrina 
entende que o Direito Comercial tenha surgido aí, nessa fase corporativista 
e subjetivista, pois era destinado aos membros das corporações num 
primeiro momento, mas que extrapolou o seu âmbito, alcançando todos os 
indivíduos que praticassem atos comerciais. 
Então, dada essa abrangência além das corporações, bem como o 
surgimento de alguns institutos do Direito Comercial, como títulos de crédito, 
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Curso: Direito Empresarial p/ ICMS-DF 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 00 
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tem-se a fase objetiva e o surgimento da chamada Teoria dos Atos de 
Comércio. Assim, o Direito Comercial passou a regular objetivamente 
qualquer indivíduo que praticasse ato próprio de comércio, ou seja, não estava 
mais restrito aos membros das corporações. Estatutos e Códigos foram criados 
para consolidar as normas e práticas comerciais. 
No entanto, ainda não havia um importante documento regulatório das 
relações comerciais imposto pelo Estado. Até que em 1673, na França, temos 
o chamado Código de Savary que tratava do comércio terrestre e, em 1681, 
temos a Ordenança da Marinha, regulando diversos contratos marítimos, que 
serviram de base para o primeiro Código Comercial em 1807, promulgado 
por Napoleão. Este Código Comercial Francês influenciou diversos códigos pelo 
mundo afora, dentre eles o Código Comercial Brasileiro de 1850. 
Por fim,nessa linha de evolução do Direito Comercial, atualmente, 
temos a chamada Teoria da Empresa, que é o objeto do nosso curso. 
Portanto, podemos observar que o atual nome de nossa disciplina – Direito 
Empresarial – é devido a teoria da empresa que rege o regime jurídico-
empresarial. Mais adiante, falaremos mais detalhadamente da passagem da 
Teoria dos Atos de Comércio para a Teoria da Empresa, ok? Por ora, pessoal, 
tenham em mente essas 3 fases de evolução de nossa disciplina: 
corporações de ofício (subjetivismo), teoria dos atos de comércio 
(objetivismo) e teoria da empresa (subjetivismo moderno). 
 
Obs.: As duas denominações de nossa disciplina (comercial e empresarial) são 
aceitas por nossa doutrina. “Comercial” é a denominação mais antiga e 
tradicional; “empresarial” é a moderna, a partir do Código Civil de 2002. Neste 
curso, adotaremos Direito Empresarial, ok? 
1. (CESPE/Delegado da PF/2013) Apesar de os gregos e 
os fenícios serem historicamente associados a atividades de compra e 
troca, o surgimento do direito comercial de forma organizada corresponde 
à ascensão da classe burguesa na Idade Média. À medida que artesãos e 
comerciantes europeus se reuniam em corporações de ofícios, surgiam 
normas destinadas a disciplinar os usos e costumes comerciais da época. 
Comentários 
Correta. Esta questão menciona exatamente a evolução histórica do Direito 
Empresarial e suas fases. De fato, é na Idade Média que surge o Direito 
Comercial de forma organizada e relacionado às corporações de ofícios. Tais 
corporações eram formadas por mercadores e artesãos. 
 
 
 
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Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 00 
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Portanto, pessoal, em resumo acerca do surgimento do Direito 
Comercial: 
Idade Média 
 
1.2 - Definição e autonomia 
O Direito pode ser dividido didaticamente em dois grandes ramos: 
direito público e direito privado. Deste modo, o Direito Empresarial é o ramo 
do direito privado que regula e disciplina o empresário e os atos de 
empresa, possuindo regras, métodos e princípios próprios. 
Portanto, podemos perceber que o Direito Empresarial é autônomo 
em relação aos demais ramos do Direito, principalmente em relação ao Direito 
Civil, que também faz parte do direito privado. As razões dessa autonomia são 
as seguintes: 
1 – A nossa Constituição Federal de 1988, em seu art. 22, inciso I, separa o 
Direito Civil do Comercial: “Art. 22. Compete privativamente à União legislar 
sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;”. 
2 – Apesar de terem pontos em comum, como os aspectos gerais dos 
contratos e das obrigações, o Civil não se confunde com o Comercial, que 
possui normas e princípios próprios que objetivam as relações comerciais ou 
empresariais. Há diversas normas comerciais dispersas por nosso 
ordenamento jurídico, além da matéria presente no Código Civil. 
 Logo, o Direito Empresarial é autônomo!  
 
•Surgimento e 
autonomia do 
Direito Comercial. 
•Corporações de 
ofício. 
Fase corporativista 
e subjetivista 
•Teoria dos atos 
de comércio. 
Fase objetiva 
•Teoria da 
Empresa. 
Fase subjetivista 
moderna 
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Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 00 
Prof.º Wangney Ilco 9 de 82 
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1.3 - Fontes 
Então, quais seriam as fontes de estudo do Direito Empresarial? Onde 
encontraremos as normas e dispositivos para estudarmos para a nossa prova? 
FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL 
- Código Civil 2002: principal 
- Lei de Falências 
 Fonte Primária ou direta - Legislação dos títulos de crédito 
- Legislação dos contratos mercantis 
- etc. 
 
 Secundária ou indireta doutrina, jurisprudência, dos tratados e 
convenções internacionais, dos usos e costumes (Art. 4º da Lei de 
Introdução às normas do Direito Brasileiro). 
Então, essas serão as nossas fontes de estudo no presente curso, 
beleza? 
 
1.4 - Características 
 Vejamos quais as características do Direito Empresarial que o 
diferenciam dos outros ramos do Direito: 
 
 
 
 
Características 
Simplicidade na solução das relações comerciais, 
devido à necessidade econômica e comercial. 
Internacionalidade como tendência comercial (Lei 
cambial e convenções). O Dir. Civil é nacional. 
Rapidez e dinamicidade ao simplificar as formalidades 
do Dir. Comercial. Questões probatórias com mais 
rapidez. 
Elasticidade - renovação constante das práticas 
comerciais trazidas para o Dir. Comercial. Aspectos 
renovadores e dinâmicos. 
Onerosidade, pois objetiva o lucro. Atividade 
mercantil pressupõe-se não gratuita. 
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2 - A atividade empresarial 
Antes de estudarmos a atividade empresarial e a chamada teoria da 
empresa, na qual atualmente baseia-se a nossa disciplina, necessitamos 
compreender a própria evolução de nossa disciplina. Assim, iniciemos pelo 
estudo da teoria dos atos de comércio. 
2.1 - Teoria dos atos de comércio 
Antes das normas contidas no Código Civil de 2002, o Direito Comercial 
era regido pelo Código Comercial de 1850, que era baseado no Código 
Francês e dividia-se em três partes: 
 
CÓDIGO COMERCIAL DE 1850 
1ª PARTE Atos de 
Comércio 
Revogada pelo Código Civil de 2002 
2ª PARTE Direito Marítimo Ainda em vigor 
3ª PARTE Direito 
Falimentar 
Não estava mais em vigor desde a antiga 
lei de falências (DL 7.661/45). Em vigor a 
nova Lei de Falências (Lei 11.101/05) 
Então: 
 Código Comercial de 1850  regia as sociedades comerciais. 
 Código Civil 1916  regia as sociedades civis. 
Bem, a chamada TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO era o pilar 
daquele Código Comercial. Por esta teoria, o que importava era o objeto da 
atividade comercial. Ou seja, a partir do objeto ou gênero da atividade 
comercial exercida foi elaborada uma enumeração das atividades como forma 
de enquadrar a atividade no âmbito do Direito Comercial. Era uma forma bem 
objetiva e direta de classificar as atividades no regime jurídico comercial. 
 
A teoria dos atos de comércio era caracterizada por três ATRIBUTOS: 
 Habitualidade: com que a atividade é exercida; 
 Lucro:como objetivo da atividade; 
 Intermediação: comprar para vender. 
Porém, com a evolução das relações comerciais foi surgindo a 
necessidade de atualizar o ordenamento jurídico tendo em vista a situação 
TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO – forma objetiva de enquadrar 
as atividades no regime jurídico comercial. O que importava era o 
objeto da atividade em si. 
 
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real e atual das relações comerciais, já que algumas atividades importantes, 
como a prestação de serviços e a atividade imobiliária, estavam fora da 
disciplina comercial. Então, a jurisprudência passou a adotar o entendimento 
de que a teoria dos atos de comércio não deveria mais vigorar. Nessa linha, 
depois de vários anos de discussões e debates, o Novo Código Civil de 2002 foi 
aprovado, revogando a primeira parte do Código Comercial de 1850 que 
tratava dos atos de comércio e adotando a TEORIA DA EMPRESA, por 
influência do direito italiano. 
Vejamos uma questão cobrada em prova sobre o tema: 
2. (FCC/OAB-SP/2006) O Código Comercial, sancionado em 
1850, 
a) foi totalmente revogado. 
b) foi parcialmente revogado, mantendo-se vigentes apenas os dispositivos 
que regem os contratos e obrigações mercantis e o comércio marítimo. 
c) não foi revogado. 
d) foi parcialmente revogado, mantendo-se vigentes apenas os dispositivos 
que regem o comércio marítimo. 
Comentários 
Letra “d”. Viram como a questão ficou fácil após estudarmos o assunto? 
Embora possa parecer banal determinado ponto da matéria, há sempre a 
possibilidade de cair em prova. É justamente este o nosso trabalho: direcionar 
o caro aluno a marcar a alternativa correta, de forma objetiva. Pois bem, 
como vimos acima, a única alternativa correta é a letra d). Só está em vigor a 
2ª parte, que trata do Direito Marítimo. 
 
2.2 - Teoria da Empresa 
Então, o Código Civil de 2002 entrou em vigor e adotou a TEORIA 
DA EMPRESA sob a influência do direito italiano como fundamento para o 
regime jurídico comercial. Este será o nosso grande foco nas primeiras 
aulas do curso! Prosseguindo... 
Mas o que vem a ser de fato a TEORIA DA EMPRESA? 
Bem, por meio desta teoria, passou-se a priorizar o 
desenvolvimento da atividade em detrimento do ato de 
comércio, do objeto em si. Portanto, a teoria da empresa e o 
Novo Código Civil priorizam a FORMA como é exercida e/ou 
desenvolvida a atividade empresarial. 
Deste modo, a teoria da empresa nos revela alguns atributos que 
devem ser observados para que determinada atividade seja considerada como 
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atividade empresarial. São eles: profissionalismo, atividade econômica e 
organização. 
 
2.2.1 - Atributos da Teoria da Empresa 
 PROFISSIONALISMO: atividade exercida de forma habitual e profissional. 
 ATIVIDADE ECONÔMICA: objetiva o lucro. Esta é característica 
intrínseca daquele que assume os riscos da atividade econômica. 
 ORGANIZAÇÃO: este é o principal atributo que uma atividade econômica 
exercida de forma profissional deve possuir para se enquadrar como uma 
atividade empresarial. Diz respeito à organização dos FATORES DE 
PRODUÇÃO: capital, mão de obra, matéria-prima e tecnologia. 
Portanto, além de objetivar o lucro e agir com profissionalismo, a atividade 
empresarial deve ser organizada. 
Vejamos algumas distinções entre as duas teorias: 
 
 
 
 Pois bem, de forma geral, podemos concluir que a atividade empresarial 
pode ser entendida como um mecanismo que faz circular os fatores de 
produção: capital, insumo, mão-de-obra e tecnologia, almejando a obtenção 
de riquezas e o desenvolvimento econômico. 
3. (ESAF/ADVOGADO IRB/2004) A recepção do instituto 
empresa pelo Código Civil resultará em: 
Teoria da Empresa 
Profissionalismo 
Atividade 
econômica 
Organização 
(fatores de 
produção) 
O que importa é a 
forma como o objeto 
da atividade é 
exercido 
Teoria dos atos de comércio 
Habitualidade 
Lucro 
Intermediação 
O que importa é o 
objeto da atividade 
em si 
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a) retornar a discussão sobre ato de comércio como intermediação na 
circulação de mercadorias. 
b) realçar a ideia de atividade sobre a de ato. 
c) incorporar novos ofícios e profissões ao campo do direito mercantil. 
d) extremar atividades empresariais e não empresariais. 
e) criar novo sistema de análise da atividade econômica. 
Comentários 
b) Correta. É a nossa resposta. A forma como a atividade econômica está 
sendo exercida é o que importa atualmente. Portanto, a atividade econômica 
em si se sobrepõe à ideia de enumeração das atividades conforme o seu 
objeto (ato de comércio). 
a) A teoria dos atos de comércio faz parte do passado. A teoria que rege 
atualmente a atividade empresarial é a teoria da empresa. Incorreta. 
c) De certo modo está correta, já que atualmente o D. Comercial PODERÁ 
abranger outras profissões que não eram regidas pela teoria dos atos de 
comércio. No entanto, é a forma como a atividade econômica é exercida que 
prevalece e que vai determinar a sujeição ou não ao regime jurídico comercial. 
Assim, a alternativa b) prevalece e está “mais correta”. Há questões onde 
devemos assinalar a alternativa mais correta, ok? 
d) Incorreta, pois mesmo antes da teoria da empresa já havia a divisão entre 
as atividades comerciais e as civis. Hoje, melhor seria dizer: atividades 
empresariais (ou típicas de empresa) e atividades não empresariais. 
e) Não há lógica em sua afirmativa. Incorreta. 
 
 
2.3 - A empresa 
A Teoria da Empresa foi adotada pelo Novo Código Civil de 2002, no 
entanto, NÃO há um conceito jurídico de empresa. Temos, porém, o 
conceito econômico, pelo qual a empresa seria a união dos fatores de 
produção por um indivíduo (o empresário) visando à obtenção de um produto 
ou a prestação de um serviço. Esta definição é aquela que possuímos e 
retiramos de nosso cotidiano econômico, através da observação da sociedade 
e da dinâmica comercial que nos cerca. 
Por conta disso, foi criada a teoria dos Perfis de Empresa (Prof. 
Asquini) parao entendimento do instituto EMPRESA. Esta é a teoria mais 
aceita e aborda a empresa como fenômeno poliédrico a partir de quatro 
perfis: 
 
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Perfil Subjetivo 
A empresa está relacionada ao indivíduo que 
exerce de forma organizada e profissional uma 
atividade econômica objetivando a produção ou 
circulação de bens ou de serviços. O EMPRESÁRIO 
é o sujeito de direito, pois é ele quem exerce a 
atividade empresarial. 
 
Perfil Funcional 
A empresa está relacionada à ATIVIDADE 
EMPRESARIAL em si, direcionada a um 
determinado fim produtivo, que é gerar riquezas. 
 
Perfil Objetivo ou 
patrimonial 
A empresa está relacionada ao 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL, 
considerando os bens patrimoniais da empresa 
como resultado do fator econômico. 
 
Perfil Corporativo ou 
institucional 
A empresa relacionada ao grupo organizacional 
formado pelo empresário e seus colaboradores. 
Este perfil está superado, pois não tem 
correspondência na realidade atual. 
 
Deste modo, podemos definir EMPRESA como sendo: 
 
 
Obs.: Teoria dos feixes de contratos: formulada pelo economista britânico 
Ronald Coase, a teoria dos feixes de contratos define a empresa sob a ótica 
econômica. Então, a empresa seria um feixe de contratos com o objetivo de 
organizar a atividade econômica (fatores de produção) e de reduzir os 
custos de transação. Isso significa dizer que os mais diversos tipos de 
contratos são firmados de modo a viabilizar a produção de bens e serviços ao 
mercado, de maneira organizada e menos custosa. Esta teoria se aproxima do 
perfil institucional de Asquini. 
 
2.4 - O empresário 
Então, não há uma definição jurídica de empresa. Com a positivação da 
teoria da empresa pelo Código Civil de 2002, temos SOMENTE a definição de 
EMPRESÁRIO, conforme a perfil subjetivo de Asquini. Esta definição é uma 
das mais importantes no D. Empresarial. Vejamos: 
 
A ATIVIDADE econômica ORGANIZADA para a produção ou a 
circulação de bens ou serviços, exercida de forma PROFISSIONAL 
pelo EMPRESÁRIO. 
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 DEFINIÇÃO DE EMPRESÁRIO 
 
 
Destaca-se que a “produção ou circulação de bens ou serviços”, 
representa uma maior amplitude em relação ao campo de incidência da antiga 
teoria dos atos de comércio. Agora, qualquer atividade poderá ser considerada 
empresária, desde que possua as demais características e requisitos da Teoria 
da Empresa. Desta forma, consegue-se definir empresário - a pessoa 
(física ou jurídica) que exerce a atividade típica de empresa. 
 Assim, temos a seguinte esquematização: 
 
Então, até o momento podemos distinguir perfeitamente os seguintes 
conceitos: 
 
 
 
 
Empresário 
Profissionalismo 
Estabilidade e 
habitualidade 
Atividade 
econômica 
LUCRO - atividades 
sem fins lucrativos não 
são empresárias 
Organização 
Dos fatores de 
produção 
Produção ou 
circulação de 
bens ou serviços 
Qualquer atividade 
pode ser empresária 
Art. 966 do CC. Considera-se empresário quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços. 
 
ESTABELECIMENTO 
EMPRESARIAL 
EMPRESÁRIO 
EMPRESA 
Atividade 
Empresarial 
 
Sujeito que 
exerce a atividade 
 
Complexo de 
bens 
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2.5 - Exceções à Teoria da Empresa 
Então meus amigos, a regra geral para a caracterização da atividade 
econômica como empresarial é dada acima, nos termos do art. 966 do CC 
visto no tópico anterior. Porém, a esta regra temos as seguintes exceções: 
 
 
 Em suma, a cooperativa jamais poderá ser considerada uma atividade 
empresarial; o profissional liberal (intelectual) em regra não exerce a 
atividade empresarial (só se constituir elemento de empresa). Então, estas 
são consideradas atividades econômicas civis, ok? 
 Mas o que significa elemento de empresa? Essa expressão deve ser 
compreendida sob um enfoque econômico, pelo qual as atividades (intelectual, 
de natureza científica, literária ou artística) são exercidas observando a 
organização dos fatores de produção: Capital, Mão-de-obra, Insumos (ou 
matéria-prima) e Tecnologia. Assim, essa estrutura de produção deve ser 
exercida de forma organizada e profissional, para que seja considerada 
uma atividade empresarial. 
Observação: A sociedade pode ser empresária ou simples; a sociedade 
simples, obviamente, não exerce a atividade empresarial. No mais, a 
sociedade será tema de aula futura, ok? 
Exceções à 
Teoria da 
Empresa 
 PROFISSIONAL INTELECTUAL 
Natureza científica, artística ou 
literária – não é empresário. 
Considera-se 
empresário 
EXCETO SE a organização dos 
fatores de produção for mais 
importante que a atividade 
pessoal desenvolvida (Aí 
constitui Elemento de empresa) 
 
 ATIVIDADE RURAL 
O indivíduo (ou sociedade) tem 
a OPÇÃO de ser empresário 
 SOCIEDADES COOPERATIVAS 
São sempre sociedades simples. 
 
Independente 
da forma com 
que a atividade é 
exercida 
§único, art. 966, CC 
Art. 971 e 984, CC 
 
§único, art. 982, CC 
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4. (COPS-UEL/ICMS-PR/2012) Sobre o Direito de 
Empresa, previsto no Código Civil, considere as afirmativas a seguir. 
I. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços 
ou quem exerce profissão intelectual, denatureza científica, literária ou 
artística. 
Comentários 
Incorreta. O examinador faz um jogo de palavras nesta afirmativa em relação 
à definição legal de empresário, de acordo com o art. 966 do Código Civil. Aí 
também está positivada a Teoria da Empresa. Bem, a primeira parte desta 
afirmativa está literal ao caput do art. 966. Está perfeita, tranquila! A segunda 
parte da afirmativa aborda o chamado profissional liberal. Aquele que exerce 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística. Como 
estudamos, em regra o profissional liberal não é considerado empresário, 
conforme o parágrafo único do art. 966. No entanto, caso a atividade exercida 
pelo profissional liberal apresente elemento de empresa, ele será 
considerado empresário e estará sujeito ao regime jurídico empresarial. Então, 
como o examinador não menciona tal requisito para o profissional liberal ser 
considerado empresário, esta afirmativa está incorreta, ok? 
 
2.6 - Empresário Individual 
Pois bem, como sabemos, o titular da atividade econômica é o 
empresário. O empresário é o sujeito de direito, apto a adquirir direitos e 
contrair obrigações, podendo ser tanto uma pessoa física na condição de 
empresário individual, quanto uma pessoa jurídica na condição de 
sociedade empresária. 
 
 Em termos gerais a atividade empresarial é exercida conforme a 
esquematização acima. Assim, o empresário individual é uma pessoa física 
que exerce a atividade empresarial, que na prática, compreende atividades 
econômicas de pouco capital/investimentos: artesanatos, mercearias, 
ATIVIDADE EMPRESARIAL 
Empresário Individual 
Pessoa Física 
Sociedade Empresária 
Pessoa Jurídica 
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padarias, etc. Inclusive, PODERÁ se enquadrar como Microempresa (ME), 
Empresa de Pequeno Porte (EPP) e Microempreendedor Individual (MEI). 
Ainda, PODE optar pela nova forma Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada – EIRELI. 
Porém, o ponto mais importante acerca do EMPRESÁRIO 
INDIVIDUAL é com relação a sua responsabilidade pelas obrigações e 
dívidas decorrentes da sua atividade. Deste modo, a RESPONSABILIDADE 
do empresário individual é ILIMITADA e DIRETA, pois ele NÃO possui 
personalidade jurídica e, por consequência, os BENS da pessoa física e 
do empresário individual são os MESMOS, se confundem. Neste caso, 
ele responde com seus próprios bens (ilimitadamente) para saldar as dívidas 
surgidas no curso da atividade empresarial. 
Quando à SOCIEDADE EMPRESÁRIA, ela é formada por um grupo de 
pessoas (sócios) que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou 
serviços para o exercício de atividade típica de empresa e a partilha, entre si, 
dos resultados (art. 981 e 982, CC). Este é o conceito de sociedade 
empresária e, no momento, é o que basta sabermos para prosseguirmos com 
a matéria. 
Obs.: Apesar de não possuir personalidade jurídica, o empresário individual é 
obrigado a se registrar no Registro Público das Empresas Mercantis (RPEM) e 
ao uso da inscrição no CNPJ (Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas). 
 
2.7 - Requisitos e impedimentos para o exercício da atividade 
empresarial 
Bem, os primeiros requisitos para o exercício da empresa são aqueles 
que a caracterizam como tal, e que já comentamos na Teoria da Empresa. 
Relembremos: Tendo em vista a teoria da empresa, considera-se empresário 
aquele que: 
 COM Profissionalismo – habitualidade no exercício da atividade 
econômica; 
 EXERCE A Atividade econômica – objetivo de auferir lucros; 
 DE FORMA Organizada – principal requisito. Organização dos fatores de 
produção; 
 PARA A Produção ou a circulação de bens ou de serviços – objetivo 
de satisfazer as necessidades do mercado exercendo qualquer tipo de 
atividade econômica. 
Além desses requisitos que devem ser cumpridos para caracterizar o 
empresário e a atividade empresária, ainda devem ser observados os casos de 
capacidade e impedimento, nos termos do art. 972, do CC. 
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“Art. 972 do CC. Podem exercer a atividade de empresário os que 
estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem 
legalmente impedidos.” 
2.7.1 - Capacidade Civil do Empresário Individual 
O empresário individual necessita estar CIVILMENTE CAPAZ para 
exercer a atividade empresarial. Esta capacidade civil é exatamente aquela 
prevista no Direito Civil: artigos 3º e 4º do CC (apesar de saber que o caro 
leitor (a) possui a lei seca ao seu lado enquanto estuda este curso, no intuito 
de facilitar e relembrar a disciplina civil, apresento a seguinte 
esquematização): 
 Absolutamente Incapaz Relativamente Incapaz 
Idade Menor de 16 anos 16 a 18 anos 
Pessoas Ébrios habituais, viciados em 
tóxicos, pródigos, aquele que não 
puder exprimir sua vontade (por 
causa transitória ou permanente). 
Obs.: O quadro acima está conforme a nova redação dos arts. 3º e 4º do CC, 
dada pela Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 
Observemos que não há mais hipóteses de uma pessoa maior de idade ser 
considerada absolutamente incapaz. O objetivo de tais mudanças é promover 
a inclusão social e cidadania às pessoas com deficiência. 
No entanto, a esta necessidade de plenitude na capacidade civil para o 
exercício da atividade empresarial, temos duas situações de exceções, 
conforme esquema abaixo: 
 
Empresário 
Individual 
Deve ter 
capacidade 
civil 
EXCEÇÕES 
 
Mediante 
Autorização Judicial 
após análise das 
circunstâncias e riscos 
 
1ª-Em favor do 
incapaz no caso de 
sucessão da empresa 
por causa mortis. 
 
2ª-Pela incapacidade 
superveniente do 
empresário. 
 
O INCAPAZ é 
representado 
ou assistido 
Regra 
 
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Pessoal, percebam que há sempre um fato novo que culmina no 
exercício da atividade empresarial por agente incapaz. Isso quer dizer que o 
incapaz NÃO poderá iniciar ou constituir uma empresa como empresário 
individual; nos casos acima ocorre a continuidade da atividade 
empresarial já exercida.Assim, o Código Civil observa o princípio da 
preservação da atividade típica de empresa incentivando o desenvolvimento 
e continuidade da atividade econômica. 
Ressalta-se que os bens particulares (aqueles estranhos à empresa) 
que o incapaz possuía quando ainda era capaz ou antes da sucessão NÃO 
estão sujeitos ao resultado da empresa, ou seja, não respondem pelas 
obrigações oriundas da atividade empresarial. Portanto, acerca desses bens, 
ocorre a separação patrimonial entre os bens da empresa e os bens do 
empresário individual (incapaz). 
5. (FCC/Auditor-Substituto de Conselheiro-TCM-RJ/ 
2015) O relativamente incapaz, desde que devidamente assistido, poderá 
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, vedada tal 
possibilidade ao absolutamente incapaz, ainda que por meio de 
representante. 
Comentários 
Incorreta. Como podemos observar, esta assertiva está incorreta pois tanto o 
relativamente incapaz, quanto o absolutamente incapaz, podem continuar a 
empresa, desde que devidamente assistidos ou representados (art. 974, 
caput, CC). 
 
2.7.2 - Capacidade Civil da Sociedade Empresária - sócio 
 
Bem, e quanto à capacidade civil daquele que é sócio de 
sociedade empresária? Como proceder? 
 
Tratando deste tema, em 2011 foi publicada a Lei nº 
12.399/2011 que acrescentou o §3º ao Art. 974 do Código Civil. Vejamos os 
pressupostos que devem ser atendidos CUMULATIVAMENTE para a pessoa 
incapaz ser sócio da sociedade empresária: 
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Por fim, vale ressaltar, ainda, que a prova de emancipação do menor 
e a autorização do incapaz devem ser registradas no Registro Público das 
Empresas Mercantis (Junta Comercial). 
Vejamos a seguinte questão: 
6. (COPS-UEL/Procurador do Estado-PR/2011) Sobre o 
regime jurídico do empresário no Código Civil de 2002, assinale a 
alternativa correta: 
IV – o Registro Público de Empresas Mercantis deverá registrar contratos ou 
alterações contratuais de sociedade que envolva sócio absolutamente incapaz, 
desde que o capital social da sociedade esteja totalmente integralizado e que, 
o incapaz, devidamente representado, não exerça administração da sociedade. 
Comentários 
Correta. O examinador cobrou exatamente o que consta no esquema acima, 
que acabamos de estudar. Portanto, está correta conforme o art. 974, §3º do 
CC. 
Art. 974, §3º. O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das 
Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais 
de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma 
conjunta, os seguintes pressupostos: 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente 
incapaz deve ser representado por seus representantes legais. 
 
Atendidos os 
pressupostos 
REGISTRAR o contrato e suas 
alterações na JUNTA COMERCIAL 
 O sócio incapaz não pode exercer a administração da 
sociedade; 
 O capital social deve estar totalmente integralizado; 
 O sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o 
absolutamente incapaz deve ser representado por 
seus representantes legais. 
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2.7.3 - Impedimentos: Empresário Individual 
Bem, pessoal, o empresário individual além de ter que possuir o pleno 
gozo da capacidade civil, precisa não estar legalmente impedido para 
exercer a atividade empresarial, ou seja, embora o indivíduo seja 
civilmente capaz, a lei poderá impedi-lo. 
Assim, por exemplo, está impedido legalmente o servidor público 
federal (Art. 117, X, lei 8.112/90), o militar (Art. 29, lei 6.880/93), membro 
do ministério público (Art. 44, III, lei 8.625/1993), etc. Portanto, o 
impedimento legal para o exercício da atividade empresária é consignado em 
leis específicas, beleza? Outra coisa: o impedimento legal é com relação ao 
empresário individual, ou seja, nada impede que um servidor público federal, 
por exemplo, seja acionista ou quotista de uma sociedade, desde que não 
participe de sua administração. 
Porém, alguém poderia perguntar: Professor, e se o impedido resolver 
exercer a atividade empresária? Os atos por ele praticados são nulos? Neste 
caso, o indivíduo não poderá se valer do impedimento para se livrar de 
obrigações assumidas na condição de empresário, respondendo por 
elas (art. 973 do CC). Perfeito? Isso é tema de questões de prova!!! 
SÓ PARA RECORDAR: Então, vimos que temos as seguintes condições para 
o exercício da atividade empresarial: 
- Capacidade civil: deve estar em pleno gozo 
(arts. 3º, 4º e 5º do CC). Exceções: 
incapacidade superveniente e sucessão da 
empresa (causa mortis). 
 
- Sem impedimentos legais: possui 
capacidade civil e não é proibido legalmente. 
 
7. (FCC/PROMOTOR JUSTIÇA-MPE-CE/2009) Em relação 
ao empresário, é INCORRETO afirmar que: 
a) se a pessoa legalmente impedida de exercer atividade empresarial assim 
agir, responderá pelas obrigações contraídas. 
b) de sua definição legal, destacam-se as noções de profissionalismo, 
atividade econômica organizada e produção ou circulação de bens ou 
serviços. 
c) a profissão intelectual, de natureza científica ou artística pode ser 
considerada empresarial, se seu exercício constituir elemento de empresa. 
d) a atividade empresarial pode ser exercida pelos que estiverem em pleno 
gozo da capacidade civil, não sendo impedidos legalmente. 
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e) ainda que representado ou assistido, não pode o incapaz continuar a 
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo 
autor da herança. 
Comentários: 
O enunciado pede para assinalar a alternativa incorreta em relação ao 
empresário. Analisemos cada uma delas. 
e) Incorreta. Nossa resposta. A alternativa vai de encontro ao preconizado no 
art. 974 do CC, o qual permite ao incapaz continuar a empresa naquelas 
condições e situações. Está incorreta em função da palavra NÃO. 
a) Correta. Conforme o art. 973, CC, descumprindoa proibição de exercer a 
atividade empresarial, o impedido responderá pelas obrigações contraídas. 
b) Correta. Alternativa menciona as características do titular da atividade 
empresária: profissionalismo, atividade econômica organizada e produção ou 
circulação de bens ou serviços. 
c) Correta. A profissão intelectual, de natureza científica ou artística PODE ser 
considerada empresarial, DESDE QUE o seu exercício caracterize elemento de 
empresa. Esta é uma das exceções à teoria da empresa (art. 967, §único). 
d) Correta. É exatamente o que exige o art. 972 que vimos acima: 
CAPACIDADE CIVIL e SEM IMPEDIMENTOS LEGAIS. 
e) Incorreta. Nossa resposta. A alternativa vai de encontro ao preconizado no 
art. 974 do CC, o qual permite ao incapaz continuar a empresa naquelas 
condições e situações. Está incorreta em função da palavra NÃO. 
 
2.7.4 - Empresário casado 
 O Código Civil também traz algumas considerações acerca do 
empresário casado. Vamos lá? 
 
Obs.: Os cônjuges, separadamente, podem contratar sociedade com 
terceiros, independente do regime de casamento. O regime de separação 
legal ou obrigatória é o seguinte: 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas 
suspensivas da celebração do casamento; 
Os conjugês 
(juntos) PODEM 
fazer parte de 
sociedade 
entre si Exceto quando: 
(regime de comunhão) 
- Universal 
-Separação Obrigatória com terceiros 
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II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
Ainda sobre o empresário casado, ele pode alienar os imóveis que 
integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real (limitação de 
fruição e disposição do bem), sem necessidade de outorga do outro cônjuge, 
independente do regime do casamento (art. 978, CC). Esta regra reflete a 
preocupação do legislador em privilegiar a atividade empresarial diante de 
possível confusão patrimonial entre os bens particulares do empresário e da 
pessoa jurídica. 
Obs.: ATENÇÃO – Há certa divergência quanto a necessidade de autorização 
conjugal para alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis que integram o 
patrimônio da empresa. A razão de tal divergência é que este tema versa 
sobre dois artigos do CC que aparentemente estão em conflito, quais sejam: 
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga 
conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis 
que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges 
pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação 
absoluta: 
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; (...) 
 Assim, há duas correntes e interpretações quanto a este assunto: 
1) Prevalece o art. 1.647 – há a necessidade de autorização conjugal. O art. 
978 seria interpretado de modo restritivo face à regra do art. 1.647. Nesta 
linha, os autores da I Jornada de Direito Comercial entenderam o seguinte: 
“Enunciado 6. O empresário individual regularmente inscrito é o 
destinatário da norma do art. 978 do Código Civil, que permite alienar ou 
gravar de ônus real o imóvel incorporado à empresa, desde que exista, se for 
o caso, prévio registro de autorização conjugal no Cartório de Imóveis, 
devendo tais requisitos constar do instrumento de alienação ou de instituição 
do ônus real, com a consequente averbação do ato à margem de sua inscrição 
no Registro Público de Empresas Mercantis.”. Notem que esta orientação 
da Jornada de Direito Comercial é endereçada somente ao empresário 
individual. Por ela, faz-se necessária a outorga conjugal para que o empresário 
individual aliene ou grave de ônus real os bens patrimoniais da empresa; 
2) Prevalece o art. 978 – este artigo seria uma exceção à regra geral do art. 
1.647, ou seja, não haveria a necessidade de autorização conjugal. Essa 
corrente entende que o princípio da autonomia patrimonial deve 
prevalecer em privilégio à empresa. Assim, os bens diretamente 
envolvidos e destinados à atividade empresarial poderiam ser alienados ou 
gravados de ônus real sem a necessidade de outorga do outro cônjuge, 
independente do regime de bens do casamento, já que estes seriam bens da 
empresa e não da sociedade conjugal. Caso contrário, como preceitua a 
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corrente anterior, haveria um entrave ao perfeito desenvolvimento e execução 
das atividades empresariais. Também se refere exclusivamente ao empresário 
individual casado. 
 Então, qual das duas correntes/interpretações devemos adotar? 
Resposta: aquela que a banca entende! rsrs Boa resposta! De fato, veremos 
na parte das questões, que a FGV, por exemplo, se afiliou à segunda 
corrente em uma questão bem recente, ok? 
8. (FCC/Juiz substituto-TJ-PE/2011) É correto afirmar 
que: 
e) é vedado aos cônjuges contratar sociedade entre si ou com terceiros, 
qualquer que seja o regime de bens escolhido. 
Comentários 
Está incorreta, visto que a vedação é quando o regime de casamento é o da 
SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA ou DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS. Ok? 
 
 
3 - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - 
EIRELI 
A empresa individual de responsabilidade limitada, EIRELI, foi criada 
pela lei nº 12.441/2011 como nova forma de organização do empresário 
individual; não é um novo tipo de sociedade, ok? Ela foi inserida no art. 
980-A do CC. Vejamos então suas características de forma esquematizada: 
 
*Obs.: Divergência no registro: o CC silencia e não é pacífico o registro 
onde a EIRELI deve ser registrada. O mais aceito é que se for de natureza 
empresária deve se registrar no RPEM-Registro Público de Empresas Mercantis 
EIRELI 
Pessoa Jurídica de 
Direito Privado (art. 44,CC) 
*Inscrição no registro 
competente: RPEM ou RCPJ 
Constituída por única 
pessoa 
Titular de todo o capital social 
**Pessoa Física ou Jurídica 
Capital social 
Totalmente integralizado 
Não inferior a 100 salários-
mínimos vigente 
Nome empresarial 
Firma ou Denominação + 
"EIRELI" 
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(Junta Comercial); se de natureza simples, no RCPJ-Registro Civil de Pessoas 
Jurídicas. 
 
 
 
**Obs.: Divergência se pessoa jurídica poderia constituir 
EIRELI: o Departamento de Registro Empresarial e Integração 
(DREI) considerava que pessoa jurídica não poderia constituir 
uma EIRELI, enquanto que a doutrina e jurisprudência 
consideravam que não havia qualquer impedimento neste 
sentido. Com a Instrução Normativa DREI nº 38/2017, esta 
divergência ficou para trás, pois o DREI passou a considerar 
expressamente que uma pessoa jurídica, inclusive 
estrangeira, poderá ser titular de uma EIRELI. 
Pois bem, o objetivo e a principal característica da EIRELI estão 
relacionados à responsabilidade pelas dívidas sociais. Neste caso, a 
EIRELI responderá com o seu próprio patrimônio por suas dívidas, por conta 
da separação patrimonial tal qual ocorre nas sociedades limitadas. 
Inclusive, as regras das sociedades limitadas são aplicadas à EIRELI no que 
couber. Portanto, a responsabilidade na EIRELI é limitada ao seu 
patrimônio, podendo ser ainda ser aplicado o princípio da desconsideração da 
personalidade jurídica. 
 Vejamos outras disposições acerca da EIRELI: 
 
 
 A constituição da EIRELI de forma derivada ocorre quando as quotas 
de outro tipo de sociedade encontram-se concentradas nas mãos de um único 
sócio. Logo, temos uma sociedade unipessoal. Então, em observância ao 
princípio da preservação da atividade econômica, a lei possibilita a 
transformação da sociedade unipessoal em EIRELI (ou em empresário 
individual), já que a falta de pluralidade de sócios além do prazo de 180 dias é 
um caso de dissolução da sociedade (art. 1.033, IV, CC). Então, o art. 980-A, 
§3º combinado com o art. 1.033, §único possibilita a transformação da 
sociedade unipessoal em EIRELI através de requerimento ao RPEM. 
Pessoa natural - EIRELI 
Só pode figurar numa única 
EIRELI 
É titular de todo o capital social 
Constituição da EIRELI 
Originária - Já é criada na 
forma de EIRELI 
Derivada - transformação de 
outro tipo social em EIRELI 
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 Outro importante ponto sobre a EIRELI é quanto a sua administração. 
A EIRELI, portanto, poderá ser administrada por uma ou mais pessoas 
designadas em seu ato constitutivo. O mais comum é que o titular da EIRELI 
exerça a sua administração, seja o seu próprio administrador. Porém, é 
possível que uma pessoa estranha, que não seja o titular, administre a EIRELI. 
Logo, tanto o titular quanto o não-titular poderá ser o administrador da 
EIRELI. No mais, somente pessoa física (ou natural) poderá administrar a 
EIRELI e é permitido que estrangeiro também exerça esse papel (deve ter 
visto permanente e não estar enquadrado em caso de impedimento para o 
exercício da administração). 
Por fim, relembra-se que a EIRELI tem a possibilidade de 
enquadramento em ME e EPP, nos termos previstos no art. 3º da LC 
123/06. Além disso, destaca-se que um profissional da área intelectual, 
artística ou científica, que seja detentor de direitos patrimoniais de sua obra 
ou criação, poderá constituir EIRELI para a prestação de serviços e, assim, 
explorar comercialmente e diretamente a sua obra ou, ainda, poderá ceder 
tais direitos patrimoniais à EIRELI que preste esse tipo de serviço (art. 980-A, 
§5º). 
9. (FCC/Procurador da Procuradoria Especial-TCM-
RJ/2015) Acerca da empresa individual de responsabilidade limitada, 
considere: 
I. Seu titular não poderá figurar em outras empresas de mesma modalidade, 
nem participar, como sócio, de quaisquer sociedades empresárias. 
II. Seu nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão 
"LTDA." após a firma ou a denominação social. 
III. Será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital 
social, devidamente integralizado, que não poderá ser inferior a cem vezes o 
maior salário-mínimo vigente no País. 
IV. Poderá ser formada a partir da concentração das quotas de sociedade 
limitada num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal 
concentração. 
V. Sua personalidade jurídica confunde-se com a do seu titular, sendo incapaz 
de adquirir personalidade jurídica própria. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) III e IV. 
b) I e V. 
c) II e V. 
d) I e IV. 
e) II e III. 
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Comentários 
Letra “a”. Itens III e IV corretos. 
I – Incorreta. Não é vedado ao titular da EIRELI participar como sócio de outra 
sociedade. A vedação que existe é com relação à constituição de outra EIRELI. 
Ou seja, a mesma pessoa não poderá ser titular de mais de uma EIRELI. 
Art. 980-A. §2º A pessoa natural que constituir empresa individual de 
responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa 
dessa modalidade. 
II – Incorreta. Conforme, o art. 980-A, §1º, o nome empresarial da empresa 
individual de responsabilidade se dá da seguinte forma: FIRMA ou 
DENOMINAÇÃO + expressão “EIRELI”. Também, pode se enquadrar como 
ME ou EPP, neste caso o nome empresarial fica desta forma: firma ou 
denominação + “EIRELI” + “ME” ou “EPP” 
III – Correta. Assertiva nos termos previsto no caput do art. 980-A: “A 
empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma 
única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, 
que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no 
País”. 
IV – Correta. Assertiva literal ao §3º do art. 980-A. 
V – Incorreta. A EIRELI é um novo ente jurídico personificado, onde o seu 
patrimônio não se confunde com o patrimônio particular do seu titular. 
Inclusive, sujeita-se à desconsideração da personalidade jurídica. Neste 
sentido, vejamos as seguintes orientações doutrinárias materializadas nos 
Enunciados da Jornada de Direito Civil: 
Enunciado nº 469 – Arts. 44 e 980-A: A empresa individual de 
responsabilidade limitada (EIRELI) não é sociedade, mas novo ente 
jurídico personificado. 
Enunciado nº 470 – Art. 980-A: O patrimônio da empresa individual 
de responsabilidade limitada responderá pelas dívidas da pessoa 
jurídica, não se confundindo com o patrimônio da pessoa natural que a 
constitui, sem prejuízo da aplicação do instituto da desconsideração da 
personalidade jurídica. 
 
 
 
 
 
 
 
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Então, pessoal, esta foi a parte teórica de nossa aula demonstrativa. 
Espero que tenham assimilado com atenção o que foi apresentado. Agora é 
arregaçar as mangas e fazer muitos exercícios. Ressalto a importância de 
fazer muitas e muitas questões. Esse é o nosso objetivo. É simples: aprender 
a fazer questões. Marcar o “xis” na alternativa correta. A parte teórica é para 
nos dar o suporte, a base para acertarmos as questões. Ela é importante 
também. Óbvio que sim. Mas só saber a parte teórica, sem treinar, não vai ser 
o suficiente no dia da prova. Com certeza não vai ser. Beleza? 
Então, elaborei a sequência de questões abaixo. Há questões bem 
“fresquinhas”. Sugiro que iniciem pela lista de questões que se encontra logo 
depois das questões comentadas, para de fato treinar, sem verificar os 
comentários. Aí, depois estudem os comentários e aprimorem os seus 
conhecimentos. Façam com atenção! 
Forte abraço! Até a próxima aula. 
Wangney Ilco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 - Questões Comentadas 
 
10. (FGV/ICMS-RJ/2010) Segundo o art. 966 do Código Civil, é 
considerado empresário: 
a) quem é sócio de sociedade empresária dotada de personalidade jurídica. 
b) quem é titular do controle de sociedade empresária dotada de 
personalidade jurídica. 
c) quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou serviços. 
d) quem exerce profissão intelectual de natureza científica, literária ou 
artística. 
e) quem assume a função de administrador em sociedade limitada ou 
sociedade anônima. 
Comentários 
Letra “c”. Percebam que a banca cobrou a literalidade do art. 966 do CC na 
letra C, que é a nossa resposta. Comentemos as demais alternativas. 
a), b) e e) - Incorretas, pois somente pelo fato de um indivíduo ser sócio ou 
controlador, ou ainda, administrador de uma sociedade empresária, não 
significa que ele seja empresário. O requisito para ser considerado empresário 
é que a pessoa física ou jurídica exerça profissionalmente atividade 
econômica de forma organizada. 
d) quem exerce profissão intelectual de natureza científica, literária ou 
artística. Incorreta. Essas atividades são as exceções à teoria da empresa, 
pela qual somente são empresárias se constituírem elemento de empresa, 
conforme o parágrafo único do art. 966, CC, transcrito abaixo: 
Art. 966. Parágrafo único do CC. Não se considera empresário quem 
exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se 
o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
 
11. (FGV/ICMS-RJ/2008) Pela teoria da empresa, adotada pelo novo 
Código Civil, pode-se afirmar que o principal elemento da sociedade 
empresarial é: 
a) o trabalho. 
b) o capital. 
c) a organização. 
d) o ativo permanente. 
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e) o maquinário. 
Comentários 
Letra “c”. Embora o enunciado mencione a sociedade empresarial, sabemos 
que a teoria da empresa refere-se tanto ao empresário individual quanto à 
sociedade. Afinal, o fundamento daquela teoria é a forma como a atividade 
econômica é exercida. Assim, dentre as alternativas, a ORGANIZAÇÃO da 
atividade empresarial é o elemento mais importante da teoria da 
empresa e do regime jurídico comercial atual. 
 
12. (FGV/ISS-Recife/2014) Paulo Afonso, casado no regime de comunhão 
parcial com Jacobina, é empresário enquadrado como microempreendedor 
individual (MEI). O varão pretende gravar com hipoteca o imóvel onde está 
situado seu estabelecimento, que serve exclusivamente aos fins da 
empresa. De acordo com o Código Civil, assinale a opção correta. 
a) O empresário casado não pode, sem a outorga conjugal, gravar com 
hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no regime 
da separação de bens. 
b) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer 
que seja o regime de bens, gravar com hipoteca os imóveis que integram o 
seu estabelecimento. 
c) O empresário casado, qualquer que seja o regime de bens, depende de 
outorga conjugal para gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu 
estabelecimento. 
d) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, gravar 
com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, salvo no 
regime da comunhão universal. 
e) O empresário casado pode, mediante autorização judicial, gravar com 
hipoteca os imóveis que integram o estabelecimento. 
Comentários: 
Letra “b”. A questão trata da possibilidade do empresário Paulo Afonso, casado 
no regime de comunhão parcial de bens, gravar com hipoteca o imóvel onde 
se localiza o estabelecimento empresarial, que serve exclusivamente aos fins 
da empresa. O enquadramento de Paulo Afonso como MEI, não é relevante 
para a resolução da questão. Pois bem, sugiro que nos recordemos do que foi 
falado quanto ao empresário casado na parte teórica. Tudo bem? Então, 
devemos nos lembrar que há certo conflito entre o art. 978 que trata do 
empresário individual casado e o art. 1.647, o qual aborda a proteção à 
sociedade conjugal. Também, deve ser lembrado que há duas possíveis 
interpretação para solucionar esse conflito: 1) necessita de autorização 
conjugal, exceto no regime de separação total de bens; 2) NÃO necessita de 
autorização conjugal independente do regime de casamento. A FGV, nesta 
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questão, considerou a segunda corrente para tornar a letra B correta, ok? 
Entendido? Ou seja, deu-se privilégio à atividade empresarial. 
 
Obs.: Os cônjuges, separadamente,

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