Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 1 Controle de Constitucionalidade Tema Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade Palavras-chave Controle; Constitucionalidade Objetivos - Compreender a teoria geral do controle de constitucionalidade - Analisar o conceito e as formas de inconstitucionalidade existentes Estrutura de Conteúdo 1. Inconstitucionalidade: conceito e espécies 1.1 Natureza da norma inconstitucional: inexistente, nula ou anulável? 1.2 Espécies de inconstitucionalidade 1.2.1 formal e material 1.2.2 por ação e por omissão 1.2.3 total e parcial Procedimentos de Ensino Aula expositiva, debate e discussão dirigida com base nas obras indicadas e no material de apoio discente, de forma a auxiliar a resolução do caso concreto. Aplicação da metodologia do caso concreto com resolução do exercício estabelecido no item avaliação, bem como exemplos, exercícios e estudo de casos escolhidos pelo professor, privilegiando sempre que possível as especificidades regionais. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula, recomenda-se que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. O aluno deverá elaborar os exercícios e postar as respostas. É importante a leitura prévia do material didático disponibilizado ao aluno como imprescindível para uma boa performance na disciplina. Indicação de Leitura Específica Ler as páginas correspondentes ao conteúdo nas obras: LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 21ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017. PEÑA, Guilherme. Curso de Direito Constitucional. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2017. Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão objetiva: Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional? a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República. b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o processo de sua elaboração. c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação. d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos humanos. Questão discursiva: (OAB ? XX Exame Unificado) O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dentre outros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal. Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a Advocacia-Geral da União sustentou que não era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de vista formal, podendo, por isso, ser alterado por medida provisória. Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir. a) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas normas materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais? b) O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União à imprensa está correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida provisória? Avaliação Questão discursiva: a) O aluno deverá responder que as normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, pois estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à separação dos Poderes e aos direitos e as garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal só possuem o caráter de constitucionais porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas constitucionais. b) O aluno deverá responder que o entendimento externado pela Advocacia Geral da União à imprensa está incorreto, pois, independentemente da essência da norma, todo dispositivo que estiver presente no texto constitucional, em razão da rigidez constitucional, só poderá ser alterado pelo processo legislativo solene das emendas constitucionais, tal qual previsto no Art. 60 da CRFB/88. Questão objetiva: C Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 2 Controle de Constitucionalidade Tema Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade Palavras-chave Controle; Constitucionalidade; preventivo; repressivo; difuso; concentrado; Objetivos Classificar e compreender as formas de controle de constitucionalidade existentes Analisar as características gerais dos sistemas de controle de constitucionalidade Estrutura de Conteúdo 1. Controle de constitucionalidade 2. Classificações 2.1 Quanto ao órgão 2.1.1 Político 2.1.2 Jurídico 2.2 Quanto ao momento 2.2.1 Preventivo 2.2.2 Repressivo 3. Controle jurisdicional de constitucionalidade 3.1 Difuso 3.2 Concentrado 3.3 Concreto 3.4 Abstrato Procedimentos de Ensino Aula expositiva, debate e discussão dirigida com base nas obras indicadas e no material de apoio discente, de forma a auxiliar a resolução do caso concreto. Aplicação da metodologia do caso concreto com resolução do exercício estabelecido no item avaliação, bem como exemplos, exercícios e estudo de casos escolhidos pelo professor, privilegiando sempre que possível as especificidades regionais. Estratégias de Aprendizagem Para esta aula, recomenda-se que o aluno navegue pelo SAVA e acesse os recursos indicados e disponíveis. O aluno deverá elaborar os exercícios e postar as respostas. É importante a leitura prévia do material didático disponibilizado ao aluno como imprescindível para uma boa performance na disciplina. Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva: O Deputado Federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consultá-lo(a) acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como deverá ser respondida a consulta? Questão objetiva (OAB - XX Exame Unificado) Um Senador da República apresentou projeto de lei visando determinar à União que sejam adotadas as providências necessárias para que toda a população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia transmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que os servidores da saúde poderiam descumprir o que determinaria a futura lei, isso em razão de seus baixos salários, acabou por emendar o projeto de lei, determinando, igualmente, a majoração da remuneração dos servidores públicos federais da área de saúde pública. Aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi encaminhado ao Presidente da República. Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. a) O Presidente da República não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, ainda que possa vetá-lo por entendê-lo contrário ao interesse público, devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis.b) O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, poderá, no curso do prazo para a sanção ou o veto presidencial, editar medida provisória com igual conteúdo ao do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes. c) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade material e não por inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que acarretem despesas para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do Presidente da República. d) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade formal, na parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis. Avaliação Questão discursiva: Apesar de o controle jurisdicional de constitucionalidade realizar-se, via de regra, em caráter repressivo, ou seja, após a entrada em vigor da norma impugnada, a jurisprudência do STF reconhece uma possibilidade de questionamento preventivo: trata- se do MS que, neste caso, só poderá ser impetrado por outro membro do Congresso Nacional (titular do direito líquido e certo à observância do devido processo legislativo) e, necessariamente, deverá ser julgado antes de o referido projeto ser convertido em lei (sob pena de tornar o MS um substitutivo da ADI). Ver, por exemplo, o MS-MC 23047/DF, STF. Questão objetiva: D Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 3 O controle incidental de constitucionalidade Tema O controle incidental de constitucionalidade - Controle Difuso Palavras-chave Controle; Constitucionalidade; Difuso; Objetivos - Analisar as origens e características do controle incidental de constitucionalidade - Compreender quem pode suscitar o controle incidental, em quais ações e perante quais tribunais - Analisar a cláusula de reserva de plenário e seu funcionamento perante os tribunais. Estrutura de Conteúdo 1. Controle difuso-concreto: origens (Marbury v. Madison) 2. Legitimidade (partes, MP, ex officio) 3. Competência para a pronúncia de inconstitucionalidade 3.1 A cláusula de reserva de plenário 3.2 A cisão funcional de competência nos tribunais 3.3 Súmula vinculante n. 10 4. A questão da ação civil pública Procedimentos de Ensino Sugere-se que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 177 até p. 190. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela internet à "Constituição e o Supremo" disponível em http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão objetiva: (OAB - XXI Exame Unificado) A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de primeiro grau de jurisdição que se embasou no ato normativo X, apela da decisão porque, no seu entender, esse ato normativo seria inconstitucional. A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, ao analisar a apelação interposta, reconhece que assiste razão à recorrente, mais especificamente no que se refere à inconstitucionalidade do referido ato normativo X. Ciente da existência de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso sem declarar expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo X, embora tenha afastado a sua incidência no caso concreto. De acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível. a) está juridicamente perfeito, posto que, nestas circunstâncias, a solução constitucionalmente expressa é o afastamento da incidência, no caso concreto, do ato normativo inconstitucional. b) não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado, expressamente, a inconstitucionalidade do ato normativo que fundamentou a sentença proferida pelo juízo a quo. c) está correto, posto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, pode arrogar para si a competência do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça do Estado Alfa. d) está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo. Questão discursiva: O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão em repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não seria a via adequada para a defesa de um direito individual homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do STF para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. Como deverá ser decidida a ação? Avaliação Questão objetiva: D Questão discursiva: STF, RE 472489 EMENTA: DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. CERTIDÃO PARCIAL DE TEMPO DE SERVIÇO. RECUSA DA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. DIREITO DE PETIÇÃO E DIREITO DE OBTENÇÃO DE CERTIDÃO EM REPARTIÇÕES PÚBLICAS. PRERROGATIVAS JURÍDICAS DE ÍNDOLE EMINENTEMENTE CONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE RELEVANTE INTERESSE SOCIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMAÇÃO ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DOUTRINA. PRECEDENTES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO IMPROVIDO. Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 4 Controle difuso (cont.) Tema Controle difuso. Palavras-chave Controle; Difuso; Objetivos - Destacar quais normas podem ser objeto de controle incidental - Analisar os efeitos da declaração incidental de inconstitucionalidade. Estrutura de Conteúdo 1. Objeto (normas que podem ser impugnadas pela via incidental) 2. Efeitos da decisão 2.1. Para as partes 2.2. Para terceiros 2.2.1. O papel do Senado Federal (art. 52, X) 2.2.2. A possibilidade de edição de súmulas vinculantes 2.3. Efeitos no tempo 2.3.1 Possibilidade de modulação temporal no controle difuso Procedimentos de Ensino Sugere-se que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 177 até p. 190. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela internet à "Constituição e o Supremo" disponível em http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão objetiva: Ocorre o controle judicial difuso da constitucionalidade de uma lei quandoa) o plenário de um Tribunal, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade. b) uma turma julgadora, por maioria absoluta, acolhe arguição de inconstitucionalidade. c) qualquer juiz, em primeira instância, acolhe arguição incidental de inconstitucionalidade. d) qualquer dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nas funções de Corte Constitucional, declarar a inconstitucionalidade. e) uma seção julgadora, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade. Questão discursiva: O servidor público aposentado “A” ingressou com uma ação requerendo a extensão de um benefício sob a alegação que o seu preterimento (a não extensão) implica em inconstitucionalidade. O juízo julgou procedente o pedido de “A”. O servidor “B” ingressa com a mesma ação se utilizando dos mesmos fundamentos da ação de “A”, no entanto o juízo competente julgou o seu pedido improcedente. Insatisfeito, “B” apela da decisão requerendo que a sentença de “A” seja utilizada de forma vinculante para ele. Poderia o tribunal competente acolher o pedido de “B”? Justifique sua resposta. Avaliação Questão objetiva: C Questão discursiva: Não. Em se tratando de controle na modalidade incidental, concreta e difuso, as decisões proferidas pelos juízos não possuem efeitos vinculantes. Desta forma, o tribunal não poderia atender o pedido de “B”. Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 5 Controle concentrado Tema Controle concentrado: Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI e Representação de Inconstitucionalidade Palavras-chave Controle; Concentrado; ADI; Representação; Inconstitucionalidade; Objetivos - Compreender a extensão dos efeitos da decisão proferida na ADI. - Conhecer as principais técnicas decisórias utilizadas pelo STF. - Analisar a possibilidade de concessão de medida cautelar em ADI. - Conhecer a representação de inconstitucionalidade no âmbito estadual. - Relacionar a representação de inconstitucionalidade e a ADI. - Analisar a representação interventiva e o procedimento para suspensão da autonomia estadual. Estrutura de Conteúdo 1. Ação Direta de Inconstitucionalidade e Efeitos da decisão 1.1 No espaço: erga omnes 1.2 Efeito repristinatório 1.3 O efeito vinculante e a utilização da Reclamação 1.4 Efeitos no tempo: retroatividade e modulação temporal 1.5 Interpretação conforme a CF e inconstitucionalidade parcial sem redução de texto 2. A cautelar na ADI 3. Representação de inconstitucionalidade (ADI estadual) 3.1 Objetivo 3.2 Objeto 3.3 Legitimidade 3.4 Competência 3.5 Efeitos 3.6 Simultaneidade da Representação e da ADI 4. Representação Interventiva 4.1 Objetivo 4.2 Hipóteses de cabimento 4.3 Competência 4.4 Legitimidade 4.5 Efeitos Procedimentos de Ensino Sugere-se que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 190 até p. 250. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela internet à "Constituição e o Supremo" disponível em http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva 1: (OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. Questão discursiva 2: A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investi dura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Em 2009 foi promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício. Considerando-se que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique. b) Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique. Questão objetiva: Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação anterior revogada pela norma impugnada. b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para os órgãos do Poder Judiciário. c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa. d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter retroativo. e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações diretas de inconstitucionalidade. Avaliação Questão discursiva: a) A norma é formalmente inconstitucional, pois deveria ter sido iniciada pela Câmara Municipal, conforme determina o Art. 29, inciso V, da CRFB/88. Além disso, também há inconstitucionalidade material na lei municipal, pois o vício de iniciativa ofende, em consequência, o princípio da separação dos poderes, previsto no Art. 2º da CRFB/88. Por outro lado, em relação ao valor fixado, não há vício de inconstitucionalidade, pois está de acordo com o Art. 37, inciso XI, da CRFB/88, que limita o subsídio dos prefeitos ao teto constitucional. b) O vereador não possui legitimidade para ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal e a norma municipal não pode ser objeto de ADI, conforme estabelecem o Art. 102, inciso I, alínea a, e o Art. 103, ambos da CRFB/88. Questão discursiva 2: a) "Coexistência de jurisdições constitucionais estaduais e federal. Propositura simultâneade ação direta de inconstitucionalidade contra lei estadual perante o STF e o Tribunal de Justiça. Suspensão do processo no âmbito da Justiça estadual, até a deliberação definitiva desta Corte. Precedentes. Declaração de inconstitucionalidade, por esta Corte, de artigos da lei estadual. Arguição pertinente à mesma norma requerida perante a Corte estadual. Perda de objeto." (Pet 2.701-AgR, Rel. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 8- 10-1993, Plenário, DJ de 19-3-2004.) b) Sim, pois o Presidente é legitimado universal para o ajuizamento de ADI e os dispositivos de constituições estaduais são objeto passíveis de impugnação por ADI em caso de conflito com a Constituição Federal. No caso, há clara violação ao art. 19, III, CF, pois criou-se diferenciação entre brasileiros por razão de naturalidade. Questão objetiva: D. Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 6 Controle concentrado (Cont.) Tema Controle concentrado: Ação Declaratória de Constitucionalidade e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental Palavras-chave Controle; Concentrado; Constitucionalidade; Preceito Fundamental; Objetivos - Compreender o funcionamento da ADC no sistema de controle concentrado de constitucionalidade brasileiro. - Relacionar ADC e ADI como ações de natureza dúplice. - Compreender os objetivos da regulamentação do art. 102, par. 1o, CF pela lei 9.882/99 (ADPF). - Diferenciar as espécies de ADPF criadas pelo legislador. - Analisar a jurisprudência do STF sobre ADPF. Estrutura de Conteúdo 1. Ação Declaratória de Constitucionalidade 2. Legitimidade ativa e Legitimidade passiva 3. Objeto 3.1 A controvérsia relevante 4. Parâmetro 5. Competência 6. Efeitos 6.1 Natureza dúplice ou ambivalente 7. Medida cautelar em ADC 8. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 8.1 Espécies de ADPF 8.2 Legitimidade ativa e Legitimidade passiva 8.3 Objeto 8.4 Parâmetro 8.5 O conceito de ?preceito fundamental? 8.6 Competência 9. Efeitos e Medida cautelar em ADPF 10. Fungibilidade entre ADI e ADPF Procedimentos de Ensino Sugere-se que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 267 até p. 270. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela internet à "Constituição e o Supremo" disponível em http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva 1: (OAB ? XIX Exame Unificado) Durante a tramitação de determinado projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade de diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo-se a sanção, a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o Poder Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação Declaratória de Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos itens a seguir. a) É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse caso? b) Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a propositura de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? Quais seriam os efeitos da decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar? Questão discursiva 2: O Governador de um Estado-membro da Federação vem externando sua indignação à mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 1234/15. Este diploma normativo, que está em vigor e resultou de projeto de lei de iniciativa de determinado deputado estadual, criou uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante de tal quadro, o Governador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei Estadual nº 1234/15. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir. a) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de inconstitucionalidade? b) É cabível a medida judicial proposta pelo Governador? Questão objetiva: (TRT 20 região 2016 ? Analista Judiciário ? Administrativa) Considere: I. Governador do Estado de Sergipe. II. Confederação Sidical ?XXX?. III. Procurador-Geral da República. IV. Mesa da Câmara dos Deputados. V. Prefeito da cidade de Lagarto. De acordo com a Constituição Federal de 1988, possuem legitimidade ativa para propor ação declaratória de constitucionalidade, dentre outros, os indicados APENAS em: a) I, II e III. b) I, II, III e IV. c) I, III, IV e V. d) III, IV e V. e) I, III e IV Avaliação Questão discursiva 1: a) Não. Não caberia a ADC por falta de comprovação de relevante controvérsia perante juízes e tribunais a respeito da constitucionalidade da lei. A controvérsia existente no âmbito da doutrina não torna possível o ajuizamento da ADC. Com efeito, é de se presumir que, no primeiro dia de vigência da lei, não houve ainda tempo hábil para a formação de relevante controvérsia judicial, isto é, não haveria decisões conflitantes de tribunais e juízos monocráticos espalhados pelo País. É a própria dicção do Art. 14, III, da Lei nº 9.868/99 que estabelece a necessidade de comprovação da relevante controvérsia judicial, não sendo, por conseguinte, o momento exato de se manejar a ADC. b) Sim. Nos termos do Art. 21, caput, da Lei nº 9868/99, os efeitos da medida cautelar, em sede de ADC, serão decididos pelo Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros. Tais efeitos, de natureza vinculante, serão erga omnes e ex nunc, consistindo na determinação de que juízes e Tribunais suspendam o julgamento dos processos pendentes que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo que, de qualquer maneira, há de se verificar no prazo de cento e oitenta dias, nos termos do Art. 21, parágrafo único, da referida lei. Ou seja, a concessão da medida liminar serviria para determinar que juízes e tribunais do país não pudessem afastar a incidência de qualquer dos preceitos da Lei nos casos concretos, evitando, desde logo, decisões conflitantes. Pode o STF, por maioria absoluta de seus membros, conceder a medida cautelar, com efeitos ex tunc. Questão discursiva 2: a) A referida lei estadual apresenta vício de inconstitucionalidade formal, já que somente lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo pode ciar órgão de apoio a essa estrutura de poder. É o que dispõe o Art. 61, § 1º, inciso II, da CRFB/88, aplicável por simetria aos Estados, tal qual determina o Art. 25, caput. b) Não. A resposta deve ser no sentido de negar o cabimento da ADPF diante da ausência das condições especiais para a propositura daquela ação constitucional, ou seja, a observância do princípio da subsidiariedade, previsto no Art. 4º, § 1º, da Lei nº 9882/99. A jurisprudência do STF é firme no sentido de que o princípio da subsidiariedade rege a instauração do processo objetivo de ADPF, condicionando o ajuizamento dessa ação de índoleconstitucional à ausência de qualquer outro meio processual apto a sanar, de modo eficaz, a situação de lesividade indicada pelo autor Questão objetiva: B Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 7 Controle concentrado (Cont.) Tema Controle concentrado: Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI Palavras-chave Controle; Concentrado; ADI; Inconstitucionalidade; Objetivos - Compreender a importância da fiscalização de constitucionalidade por via de ADI - Analisar o exercício atípico da jurisdição provocado pela ADI, e o sentido de processo objetivo - Compreender a importância do STF no exercício da jurisdição constitucional. - Delimitar os atos normativos que podem ser objeto de impugnação por via de ação direta de inconstitucionalidade - Estabelecer o bloco de constitucionalidade como parâmetro de aferição da constitucionalidade das normas - Diferenciar os casos de ADI e de representação de inconstitucionalidade conforme objeto e parâmetro da ação. Estrutura de Conteúdo 1. Origens 2. Conceito 3. Legitimidade ativa 3.1 Legitimados universais e especiais 3.2 Impossibilidade de desistência 3.3 O significado de “entidades de classe de âmbito nacional” 3.4 O amicus curiae 4. Legitimidade passiva 4.1 O papel do AGU 4.2 A impossibilidade de intervenção de terceiros 5. Objeto 5.1 Emendas à CF 5.2 Leis e atos normativos 5.3 As leis distritais 5.4 Medidas provisórias 5.5 Súmulas 5.6 Tratados internacionais 5.7 Normas constitucionais originárias 5.8 Normas pré-constitucionais 5.9 Atos normativos secundários e atos de efeitos concretos 6. Parâmetro: o bloco de constitucionalidade 7. Competência 7.1 Lei ou ato normativo federal ou estadual em face da CF 7.2 Lei ou ato normativo estadual ou municipal em face da CE 7.3 Lei ou ato normativo municipal em face da CF Procedimentos de Ensino Sugere-se que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 190 até p. 250. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela internet à "Constituição e o Supremo" disponível em http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva: O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente: Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? Questão objetiva: Sobre o processo da ADI é incorreto afirmar que: a) A atuação do AGU somente será possível se o mesmo não representar o autor da ação. b) O PGR é chamado ao processo para apresentar o seu parecer. c) O amigo da corte participará do processo à convite do relator, figurando como um técnico na questão. d) O pedido liminar deferido suspenderá todas as ações do controle concreto que versem sobre a referida inconstitucionalidade. Avaliação Questão discursiva: Informativo 562, STF: O Tribunal iniciou julgamento de ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Procurador-Geral da República contra os artigos 7º, I e III, e 13, e seu parágrafo único, da Lei distrital 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal e dá outras providências. Alega-se que os dispositivos impugnados violam os preceitos contidos nos artigos 21, XIV e 32, § 4º, da CF. Sustenta-se, em síntese, que as normas distritais impugnadas reformulam a organização da Polícia Civil do Distrito Federal, ao estabelecer regime jurídico diferente do previsto em lei federal para os seus agentes penitenciários, bem como ao estender aos novos cargos de técnicos penitenciários as atribuições já realizadas pelos agentes penitenciários da carreira policial civil. Preliminarmente, o Tribunal, por maioria, rejeitou questão de ordem suscitada pelo Min. Marco Aurélio que, diante do parecer da Advocacia Geral da União que se manifestava pela declaração de inconstitucionalidade da lei impugnada, reputava o processo não devidamente aparelhado e propunha a suspensão do julgamento para determinar que o Advogado-Geral da União apresentasse defesa da lei atacada, nos termos do § 3º do art. 103 da CF (“Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.”). Entendeu-se ser necessário fazer uma interpretação sistemática, no sentido de que o § 3º do art. 103 da CF concede à AGU o direito de manifestação, haja vista que exigir dela defesa em favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse da União coincide com o interesse do autor, implicaria retirar-lhe sua função primordial que é a defender os interesses da União (CF, art. 131). Além disso, a despeito de reconhecer que nos outros casos a AGU devesse exercer esse papel de contraditora no processo objetivo, constatou- se um problema de ordem prática, qual seja, a falta de competência da Corte para impor-lhe qualquer sanção quando assim não procedesse, em razão da inexistência de previsão constitucional para tanto. Vencidos, no ponto, os Ministros Marco Aurélio, suscitante, e Joaquim Barbosa que o acompanhava. ADI 3916/DF, rel. Min. Eros Grau, 7.10.2009. (ADI-3916) b) A ADI só é cabível quando a lei distrital decorre do exercício de competência legislativa estadual, conforme Súmula 642 do STF (Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua competência legislativa municipal). Questão objetiva: A Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 8 Controle Concentrado (Cont.) Tema Controle concentrado: ADI por omissão e mandado de injunção Palavras-chave Controle; concentrado; ADI; Omissão; Objetivos - Compreender a sistemática de fiscalização das omissões inconstitucionais - Diferenciar a ADO do MI Estrutura de Conteúdo 1. Legitimidade ativa 2. Legitimidade passiva 3. Objeto 3.1 Omissão total 3.2 Omissão parcial 4. Parâmetro 5. Competência 6. Efeitos 7. Medida cautelar em ADO 8. Mandado de Injunção. 8.1. Alcance e finalidade. 8.2. Medida Liminar. 8.3. Efeitos da decisão. 8.4. Posição do STF. Procedimentos de Ensino Sugere-se que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 257 até p. 264. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa serajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela internet à "Constituição e o Supremo" disponível em http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva: (OAB – XX Exame de Ordem Unificado) Emenda à Constituição insere novo direito na Constituição da República. Trata-se de uma norma de eficácia limitada, que necessita da devida integração por via de lei. Produzido o diploma legal regulador (Lei Y), ainda assim, alguns dos destinatários não se encontram em condições de usufruir do direito a que fazem jus, por ausência de regulamentação da norma legal pelo órgão competente (o Ministério da Previdência Social), conforme exigido pela citada Lei Y. Passados dois anos após a edição da Lei Y, Mário, indignado com a demora e impossibilitado de usufruir do direito constitucionalmente garantido, é aconselhado a impetrar um Mandado de Injunção. Não sabendo exatamente os efeitos que tal medida poderia acarretar, Mário consulta um(a) advogado(a). A orientação recebida foi a de que, no seu caso específico, a adoção, pelo órgão judicante, de uma solução concretista individual iria satisfazer plenamente suas necessidades. Diante dessa situação, responda fundamentadamente aos itens a seguir. a) Assiste razão ao(à) advogado(a) de Mário quanto à utilidade do acolhimento do Mandado de Injunção com fundamento na posição concretista individual? b) A que órgão do Poder Judiciário competiria decidir a matéria? Questão objetiva: Assinale a opção correta no que diz respeito ao controle das omissões inconstitucionais. a) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão que objetive a regulamentação de norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos enumerados no artigo 103 da CF, sendo a competência para o seu julgamento privativa do STF. b) Na omissão inconstitucional total ou absoluta, o legislador deixa de proceder à completa integração constitucional, regulamentando deficientemente a norma da CF. c) A omissão inconstitucional pode ser sanada mediante dois instrumentos: o mandado de injunção, ação própria do controle de constitucionalidade concentrado; e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, instrumento do controle difuso de constitucionalidade. d) O mandado de injunção destina-se à proteção de qualquer direito previsto constitucionalmente, mas inviabilizado pela ausência de norma integradora. Avaliação Questão discursiva: a) A teoria concretista individual é uma das posições reconhecidas pelo STF como passível de ser adotada nas situações em que é dado provimento ao Mandado de Injunção. Segundo esse entendimento, diante da lacuna, o Poder Judiciário deve criar a regulamentação para o caso específico, ou seja, a decisão viabiliza o exercício do direito, ainda não regulamentado pelo órgão competente, somente pelo impetrado, vez que a decisão teria efeitos inter partes. Como se vê, o órgão judicante, ao dar provimento ao Mandado de Injunção, estabeleceria a regulamentação da lei para que Mário (e somente ele) pudesse usufruir do direito constitucional garantido. b) Segundo o Art. 105, inciso I, alínea h, da CRFB/88, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar o Mandado de Injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão federal, da administração direta ou indireta. No caso, o Ministério da Previdência é um órgão da administração pública federal, sendo, portanto, o Superior Tribunal de Justiça o órgão judicial competente para processar e julgar a ação de Mário. Questão objetiva: A Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 9 Remédios constitucionais Tema Remédios constitucionais: Habeas Corpus e Mandado de Segurança Palavras-chave Remédios Constitucionais; Objetivos - Conhecer a garantia constitucional do Habeas Corpus; - Conhecer a garantia constitucional do Mandado de Segurança. - Analisar os Pressupostos constitucionais para a impetração do Habeas corpus. - Analisar os Pressupostos constitucionais para a impetração do Mandado de Segurança. Estrutura de Conteúdo 1. Habeas Corpus (conceito) 1.1. Pressupostos constitucionais de impetração do Habeas Corpus. 1.2. Legitimidade ativa. 1.3. Legitimidade passiva. 1.4. Habeas Corpus na prisão administrativa 2.Mandado de Segurança (conceito) 2.1. Pressupostos constitucionais 2.2. Prazo 2.3. Legitimidade Ativa 2.3.1. Mandado de Segurança Individual 2.3.2. Mandado de Segurança Coletivo 2.4. Legitimidade Passiva Procedimentos de Ensino Sugere-se que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2011. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela internet à "Constituição e o Supremo" disponível em http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva: Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada a prática de crime de estupro, por João, que se encontra preso, contra a menor M, de 13 anos de idade. No curso do inquérito, a menor se retratou da acusação de estupro, mas Paulo não comunicou tal fato ao juiz de direito competente para proceder ao arquivamento do inquérito, razão pela qual foi aberta, a pedido do Ministério Público, ação penal para apurar eventual crime de prevaricação. Tendo o juiz de direito do juizado especial criminal da comarca Y do estado Z determinado a intimação de Paulo para audiência de transação penal, este impetrou habeas corpus com vistas a impedir seu comparecimento à audiência bem como a se livrar do referido inquérito, mas a turma recursal estadual denegou o pedido. Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação legal, a medida judicial mais adequada para que Paulo atinja o objetivo pretendido, bem como o órgão do poder judiciário competente para julgá-la. Questão objetiva: (FUNCAB - PC-PA 2016 – DELEGADO DE POLICIA CIVIL - Adaptado) Maria, gestante de feto anencéfalo, pretende a obtenção de autorização judicial para realização de aborto. O Juízo de primeiro grau julgou improcedente o pedido. Pretende, agora, manejar um remédio constitucional para evitar o cometimento de crime. Para tanto, deverá demandar por meio do seguinte instrumento: a) Recurso Ordinário b) Habeas Corpus c) Revisão Criminal d) Mandado de Segurança e) Mandado de injunção Avaliação Questão discursiva: João deverá impetrar habeas corpus contra a decisão da Turma Recursal, cuja competência para julgamento, nos termos da jurisprudência mais recente do STF, será do Tribunal de Justiça local, conforme ementa abaixo reproduzida (HC 86.834-SP): COMPETÊNCIA - HABEAS CORPUS - DEFINIÇÃO. A competência para o julgamento do habeas corpus é definida pelos envolvidos - paciente e impetrante. COMPETÊNCIA -HABEAS CORPUS - ATO DE TURMA RECURSAL. Estando os integrantes das turmas recursais dos juizados especiais submetidos, nos crimes comuns e nos de responsabilidade, à jurisdição do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal, incumbe a cada qual, conforme o caso, julgar os habeas impetrados contra ato que tenham praticado. COMPETÊNCIA - HABEAS CORPUS - LIMINAR. Uma vez ocorrida a declinação da competência, cumpre preservar o quadro decisório decorrente do deferimento de medida acauteladora, ficando a manutenção, ou não, a critério do órgão competente. Questão objetiva: B Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 10 Remédios Constitucionais Tema Remédios Constitucionais: Habeas Data e Ação Popular Palavras-chave Remédios Constitucionais; Objetivos - Conhecer a garantia constitucional do Habeas Data - Conhecer a garantia constitucional do Ação Popular - Analisar os pressupostos constitucionais para a impetração do Habeas Data - Analisar os pressupostos constitucionais para a impetração da Ação Popular. Estrutura de Conteúdo 1. Habeas Data (conceito) 1.1. Objeto 1.2. Legitimidade Ativa e passiva 1.3. Efeitos 1.4. Competência 1.5. Acesso de informação 1.6. Procedimento administrativo 1.7. Gratuidade 2. Ação popular (conceito) 2.1. Objeto 2.2. Legitimidade Ativa e passiva 2.3. A ação popular e o exercício da participação democrática. 2.4. Do procedimento 2.5. Efeitos 2.6. O sistema recursal Procedimentos de Ensino Sugere-se que seja seguido o embasamento teórico encontrado em LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 955 até 957. Este Plano de Aula ao conter um planejamento se submete ao princípio da flexibilidade. Portanto, precisa ser ajustado e adaptado a imprevistos, caso ocorram. O Aluno deve ser incentivado no início de cada Aula a ler a Constituição Federal, bem como a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Para este desiderato pode ser indicado o acesso pela internet à "Constituição e o Supremo" disponível em http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva: Determinada empresa, com a finalidade de obter restituição de indébito, após a recusa das informações requeridas da Receita Federal, impetra habeas data com a finalidade de obter informações sobre o recolhimento de tributos no período de janeiro de 1993 e dezembro de 1998 do Sistema de Conta Corrente de Pessoa Jurídica – SINCOR, pertencente àquela instituição. Indeferida de plano a petição sob o argumento de que não se pode requerer o remédio constitucional como ato preparatório para possível demanda judicial ou administrativa, mas, tão-somente, para o conhecimento e retificação das informações constantes no banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público, a empresa apresenta recurso de apelação. Como deve ser julgado o recurso? Fundamente. Questão objetiva: (FCC – TRT 20ª Região 2016 – ANALISTA JUDICIÁRIO – OJA) Bruna, desconfia que seu filho Murilo, 24 anos de idade, começou a praticar crimes de furtos, bem como crimes cibernéticos. Preocupada com a situação, inclusive porque Murilo recebe diversas cartas de cobranças de dívidas lícitas, Bruna resolve investigar a situação financeira do filho, mas nenhuma entidade Governamental, bem como nenhuma entidade de caráter público lhe fornecem qualquer informação. Conversando com sua amiga Soraia, estudante de direito, a mesma sugeriu que Bruna impetrasse um habeas data. Neste caso, Soraia fez a sugestão: a) Incorreta porque não cabe habeas data para o conhecimento de informação relativa a terceiro, mas somente relativa ao impetrante. b) correta porque segundo a carta magna conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, bem como de terceiros a ela relacionados constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. c) incorreta porque o habeas data cabe apenas para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. d) correta porque o habeas data cabe exatamente para a retificação de quaisquer dados referentes a qualquer pessoa, em razão da observância do princípio da publicidade. e) Correta porque segundo a carta magna conceder-se-á habeas data exatamente para assegurar o conhecimento de informações relativas a terceiros constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. Avaliação Questão discursiva: A solução para o caso está assim manifestada pelo TRF da 2ª Região: “CONSTITUCIONAL. HABEAS DATA. ACESSO ÀS INFORMAÇÕES DO SISTEMA DE CONTA CORRENTE DE PESSOA JURÍDICA - SINCOR, DA RECEITA FEDERAL. RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS. POSSIBILIDADE. 1. Pretende a impetrante o acesso às informações constantes do Sistema de Conta Corrente de Pessoa Jurídica - SINCOR, da Receita Federal, relativas ao recolhimento de tributos, no período entre janeiro de 1993 e dezembro de 1998, para eventual ajuizamento de ação de restituição de indébito. 2. O habeas data afigura-se como ação constitucional que visa garantir ao impetrante o direito de conhecer ou retificar informações relativas à sua pessoa, quando constantes de registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público (art. 5o, LXXII, da CF). 3. A petição inicial não poderia ter sido indeferida, tendo em vista que a Lei n.º 9.507/97 não exige a exposição de motivos relativos ao fim e às razões do pedido, tampouco a Constituição da República, em seu art. 5o, inciso LXXII, faz qualquer exigência nesse sentido. Ressalte-se, ainda, que, mesmo não se exigindo a demonstração dos motivos, a impetrante deixou claro na exordial que pretendia o conhecimento das informações para os fins das Instruções Normativas 210/02, 323/03 e 360/03. 4. Apelo conhecido e provido". (2003.51.01.023054-2 UF : RJ Órgão Julgador: Terceira Turma Esp. Data da decisão: 30/08/2005)” Questão objetiva: A Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 11 O constitucionalismo liberal e a evolução para o Estado Social. Tema O constitucionalismo liberal e a evolução para o Estado Social. Palavras-chave Constitucionalismo Liberal; Estado Social; Objetivos O constitucionalismo liberal e a evolução para o Estado Social. Estrutura de Conteúdo 1. O surgimento do constitucionalismo liberal como reação ao Estado absolutista. 2. O constitucionalismo welfarista (dirigismo constitucional) e a busca da igualdade material. 3. A crise do constitucionalismo liberal a partir do Estado Social de Direito. 4. O colapso do dirigismo constitucional a partir do Estado Neoliberal de Direito. 5. Tendências do constitucionalismo contemporâneo. Procedimentos de Ensino O conteúdo da aula está abordado no capítulo I da obra Direito Constitucional Esquematizado, de Pedro Lenza. O docente deverá mostrar o lento processo de avanços do constitucionalismo ocidental, desde o nascimento do Estado liberal de Direito, perpassando pelo constitucionalismo dirigente e o surgimento do Estado Democrático Social de Direito até, finalmente, se chegar ao constitucionalismo da pós-modernidade e a construção do Estado Pós-Moderno de Direito a partir do fim da Guerra Fria e da onda neoliberal. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; ConstituiçãoFederal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva: (FONTE: ENADE – 2009 – Adaptada) Sobre a implantação de “políticas afirmativas” relacionadas à adoção de “sistemas de cotas” por meio de Projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional, leia o texto a seguir: Desde a última quinta-feira, quando um grupo de intelectuais entregou ao Congresso Nacional um manifesto contrário à adoção de cotas raciais no Brasil, a polêmica foi reacesa. (...) O diretor executivo da Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Raimundo dos Santos, acredita que hoje o quadro do país é injusto com os negros e defende a adoção do sistema de cotas. Analisando o texto sobre o sistema de cotas “raciais” no âmbito da evolução social do Estado, responda JUSTIFICADAMENTE, se a posição defendida pelo diretor executivo da Educafro é absolutamente compatível com as expressões Estado liberal de Direito e Igualdade Material? Questão objetiva: Analise as assertivas abaixo sobre o constitucionalismo ocidental e assinale a resposta CORRETA: I. Plasmada em concepção negativista e minimalista do Estado, o constitucionalismo welfarista se atrela apenas ao catálogo de direitos de participação política e aos círculos de liberdades do indivíduo perante o Estado. II. O paradigma constitucional do Estado Liberal de Direito ganha nova vida jurídica ao inovar o regime de proteção dos direitos fundamentais, seja pelo reconhecimento da igualdade material ou real, seja pela intervenção estatal nas relações privadas para garantir a proteção dos hipossuficientes. a) as duas assertivas são falsas; b) a assertiva I é verdadeira e a assertiva II é falsa; c) ambas assertivas são verdadeiras; d) a assertiva I é falsa e a assertiva II é verdadeira. e) a assertiva I é verdadeira e justifica a assertiva II. Avaliação Questão discursiva: (FONTE: ENADE – 2009 – Adaptada) Sobre a implantação de “políticas afirmativas” relacionadas à adoção de “sistemas de cotas” por meio de Projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional, leia o texto a seguir: Desde a última quinta-feira, quando um grupo de intelectuais entregou ao Congresso Nacional um manifesto contrário à adoção de cotas raciais no Brasil, a polêmica foi reacesa. (...) O diretor executivo da Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Raimundo dos Santos, acredita que hoje o quadro do país é injusto com os negros e defende a adoção do sistema de cotas. Analisando o texto sobre o sistema de cotas “raciais” no âmbito da evolução social do Estado, responda JUSTIFICADAMENTE, se a posição defendida pelo diretor executivo da Educafro é absolutamente compatível com as expressões Estado liberal de Direito e Igualdade Material? Questão objetiva: Analise as assertivas abaixo sobre o constitucionalismo ocidental e assinale a resposta CORRETA: I. Plasmada em concepção negativista e minimalista do Estado, o constitucionalismo welfarista se atrela apenas ao catálogo de direitos de participação política e aos círculos de liberdades do indivíduo perante o Estado. II. O paradigma constitucional do Estado Liberal de Direito ganha nova vida jurídica ao inovar o regime de proteção dos direitos fundamentais, seja pelo reconhecimento da igualdade material ou real, seja pela intervenção estatal nas relações privadas para garantir a proteção dos hipossuficientes. a) as duas assertivas são falsas; b) a assertiva I é verdadeira e a assertiva II é falsa; c) ambas assertivas são verdadeiras; d) a assertiva I é falsa e a assertiva II é verdadeira. e) a assertiva I é verdadeira e justifica a assertiva II. Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 12 O neoconstitucionalismo Tema O neoconstitucionalismo Palavras-chave Neoconstitucionalismo Objetivos - Familiarizar o aluno com o neoconstitucionalismo - Diferenciar o neoconstitucionalismo das demais escolas do pensamento jurídico - Destacar o papel dos princípios na moderna concepção do Direito - Compreender o papel destacado dos tribunais, especialmente do STF, na nova interpretação constitucional. Estrutura de Conteúdo 1. Superação das escolas clássicas do direito (jusnaturalismo e juspositivismo). 2. Inexequibilidade da pretensão de completude do paradigma positivista. 3. Pontos marcantes do neoconstitucionalismo. 4. O pós-positivismo como marco filosófico do neoconstitucionalismo. 5. A nova leitura da Constituição com forte teor axiológico. 6. Ativismo judicial e judicialização da política Procedimentos de Ensino O conteúdo da aula está abordado no capítulo I da obra Direito Constitucional Esquematizado, de Pedro Lenza. O docente deverá destacar a necessidade de reavaliação das escolas clássicas dos Direito (jusnaturalismo e positivismo). A primeira em razão da dificuldade de se identificar o conteúdo de um direito não-positivado universal que condicione a validade das normas criadas pelo homem em sociedade. A segunda em virtude da impossibilidade de cumprir com a promessa de encontrar na lei uma única resposta segura para todos os conflitos sociais mediados pelo Direito. A elaboração de constituições centradas no respeito à dignidade humana e no reconhecimento do valor normativo de princípios de forte conteúdo axiológico mas de baixa densidade normativa impõe a necessidade de readequação da teoria do direito, que antes gravitava em torno dos códigos civis (recheados de regras) para uma teoria que tenha em seu núcleo as constituições e os respectivos princípios nelas inseridos. O discente deverá compreender a transformação que o deslocamento do Direito Constitucional para o centro do ordenamento jurídico provocou no Brasil. O reconhecimento da força normativa das normas constitucionais, notadamente dos princípios, de um lado reforça a importância do intérprete na sua aplicação, o que ajuda a explicar o destaque que o STF possui hoje e as profundas discussões em torno do ativismo judicial e da judicialização da política. De outro lado, é preciso analisar como se opera a transformação dos demais ramos do ordenamento, a partir de uma releitura constitucional (filtragem constitucional) que poderá ser ilustrada pelos exemplos citados ou por outros que o docente julgar interessante debater em sala de aula. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Retroprojetor; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva: Definindo o conceito de neoconstitucionalismo, Luís Roberto Barroso assim se manifestou: A dogmática jurídica brasileira sofreu, nos últimos anos, o impacto de um conjunto novo e denso de ideias, identificadas sob o rótulo genérico de pós-positivismo ou principialismo. Trata-se de um esforço de superação do legalismo estrito, característico do positivismo normativista, sem recorrer às categorias metafísicas do jusnaturalismo. Nele se incluem a atribuição de normatividade aos princípios e a definição de suas relações com valores e regras; a reabilitação da argumentação jurídica; a formação de uma nova hermenêutica constitucional; e o desenvolvimento de uma teoria dos direitos fundamentais edificada sob a ideia de dignidade da pessoa humana. Nesse ambiente, promove-se uma reaproximação entre o Direito e a Ética. A partir da leitura do texto, INDAGA-SE: a) O neoconstitucionalismo busca valorizar a aplicação axiológica do direito? b) Em caso de colisão de princípios constitucionais, é correto afirmar que a teoria neoconstitucional recorre aos critérios hermenêuticos da hierarquia, cronológico ou da especificidade? Questão objetiva: Com o ocaso do modelopositivista surge o novo Direito Constitucional voltado para a Moral e a Justiça. Este novo modelo foi nominado de neoconstitucionalismo e incorpora grandes transformações paradigmáticas na hermenêutica. Marque a única opção que não se coaduna com este modelo contemporâneo da interpretação constitucional: a) afastamento da aplicação axiomático-dedutiva do direito b) dignidade da pessoa humana como novo epicentro jurídico-constitucional do Estado de Direito c) garantia da efetividade dos princípios jurídicos d) reconhecimento do direito como um sistema fechado de regras jurídicas e) reaproximação entre a ética e o direito Avaliação Questão discursiva: a) A resposta deve ser afirmativa. Com efeito, o neoconstitucionalismo (com base no pós- positivismo jurídico) busca a reaproximação entre a ética e o direito, razão pela qual vai valorizar o discurso axiológico, que se desenvolve a partir da força normativa da Constituição. Realmente, a teoria neoconstitucionalista do direito busca afastar o dogma da subsunção silogística (premissa maior-premissa das regras jurídicas), no qual predomina a aplicação mecânica da lei. Em consequência, o neoconstitucionalismo, de cunho pós-positivista, afasta a hegemonia exegética da regra jurídica estabelecida pelo legislador democrático; em seu lugar, fortalece a força normativa dos princípios constitucionais aplicados mediante uma dimensão de peso no caso concreto (aplicação indutiva do direito). Com isso, amplia-se o horizonte da nova interpretação constitucional no que tange à plena efetividade dos princípios jurídicos abertos, cuja legitimação democrática vem da reaproximação entre ética e direito, vale dizer, da aplicação axiológico-indutiva do direito. b) No pensamento jurídico contemporâneo, a melhor doutrina entende que os conflitos de princípios e até mesmo a colisão de direitos fundamentais devem ser resolvidos a partir da técnica da ponderação de interesses e da aplicação do princípio da proporcionalidade e seus três subprincípios. A elaboração teórica de RONALD DWORKIN se aplica apenas às regras jurídicas, comandos normativos do tipo ALL ou NOTHING, o que significa dizer por outras palavras que o conflito de regras deve ser solucionado pela aplicação tradicional dos critérios da hierarquia, cronológico ou da especialidade. Questão objetiva: D Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 13 O neoconstitucionalismo (Cont.) Tema O neoconstitucionalismo e a eficácia horizontal dos direitos fundamentais. Palavras-chave Neoconstitucionalismo; Eficácia; Direitos Fundamentais; Objetivos - Indicar os principais efeitos da constitucionalização do direito sobre as relações jurídicas privadas. - Analisar a eficácia horizontal dos direitos fundamentais em comparação com a eficácia vertical perante o Estado. Estrutura de Conteúdo 1. A colisão de normas constitucionais na esfera das relações jurídicas privadas. 2. A teoria da eficácia indireta dos direitos fundamentais 3. A teoria da eficácia direta dos direitos fundamentais 4. O neoconstitucionalismo e a vinculação dos particulares aos direitos fundamentais 5. A eficácia horizontal dos direitos fundamentais e a posição do STF Procedimentos de Ensino A aula deverá destacar o papel da dignidade da pessoa humana como novo eixo axiológico do Estado Democrático de Direito, merecedora de especial consideração pelo exegeta constitucional. Como principais consequências do fenômeno da constitucionalização do direito civil no âmbito da reconstrução neoconstitucionalista, deve ser destacado a eficácia horizontal dos direitos fundamentais. Por conta da absoluta prevalência da dignidade humana, a autonomia privada deixa o epicentro do constitucionalismo principialista, devendo, pois ser ponderada com outros direitos fundamentais do cidadão comum. Com efeito, o neoconstitucionalismo prevê a ponderação de valores envolvendo os direitos fundamentais no âmbito das relações jurídicas privadas. Portanto, é oportuno o debate sobre a possibilidade de se reconhecer a prevalência de um direito fundamental ainda que diante de uma situação manifestação clara da autonomia privada. A aplicação do direito constitucional nas relações privadas possui duas grandes correntes doutrinárias, a saber: a) a teoria dualista ou teoria da eficácia indireta e mediata dos direitos fundamentais; e b) a teoria monista ou teoria da eficácia direta e imediata dos direitos fundamentais. A teoria da eficácia indireta é aplicada de duas maneiras: a) a intervenção do poder legislativo através de sua competência constitucional de elaborar as leis infraconstitucionais; e b) pelo intérprete na atribuição de sentido às cláusulas abertas. Já a teoria da eficácia imediata dos direitos fundamentais defende a aplicação da eficácia horizontal mediante um processo de ponderação de valores, que coloca de um lado a livre iniciativa e a autonomia da vontade, e, do outro, o direito fundamental em tensão. Tal teoria - na lição de Barroso (Temas de Direito Constitucional, Tomo III, p. 35) - tem prevalecido na doutrina. Ou seja, os direitos fundamentais, além de vincular diretamente o Poder Legislativo na sua função constitucional de construtor da ordem infraconstitucional e o Poder Judiciário na sua função constitucional de entregar a prestação jurisdicional necessária a solução da lide, vinculam também as relações entre particulares. Nesse sentido, Luis Roberto Barroso mostra que: Na ponderação a ser empreendida, como na ponderação em geral, deverão ser levados em conta os elementos do caso concreto. Para esta específica ponderação entre autonomia da vontade versus outro direito fundamental em questão, merecem relevo os seguintes fatores: a) a igualdade ou desigualdade material entre as partes (e.g., se uma multinacional renuncia contratualmente a um direito, tal situação é diversa daquela em que um trabalhador humilde faça o mesmo); b) a manifesta injustiça ou falta de razoabilidade do critério (e.g., escola que não admite filhos de pais divorciados); c) preferência para valores existenciais sobre os patrimoniais; d) risco para a dignidade da pessoa humana (e.g., ninguém pode se sujeitar a sanções corporais. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência e Informativos; Aplicação: articulação teoria e prática Questão discursiva: João da Silva é proprietário de um terreno não edificado e que vem servindo de atalho para se chegar à única escola pública da sua região. A grande maioria das crianças do bairro costumam passar por dentro da propriedade de João da Silva. Incomodado com o grande número de crianças circulando em sua propriedade, João da Silva resolver proibir a passagem das crianças de pele negra, como meio de reduzir o número de crianças que cortam o caminho para a Escola por seu terreno. A família de uma das crianças decide ajuizar uma ação para obrigar João da Silva a liberar a passagem de todas as crianças, amparando sua pretensão no direito à igualdade. Citado, João da Silva argumenta que a propriedade é sua e que não há nenhuma lei infraconstitucional que o obrigue a liberar a passagem por sua propriedade. Alega que, nos termos do inciso II do artigo 5º da Constituição de 1988, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Portanto, como não há nenhuma lei que o impeça de proibir o trânsito pela sua propriedade, ele pode permitir a passagem de quem bem entender. Na qualidade de juiz da causa e com espeque na reconstrução neoconstitucionalista, responda, JUSTIFICADAMENTE, se o caso em tela é de aplicação direta dos direitos fundamentais nas relações entre particulares?Questão objetiva: O exame da eficácia horizontal dos direitos fundamentais é tema fundamental no constitucionalismo contemporâneo, na medida em que consolida a abertura do catálogo de direitos fundamentais e sua incidência nas relações jurídicas privadas. Assim sendo, assinale a alternativa correta: a) Os direitos fundamentais devem sempre ter aplicação indireta nas relações estabelecidas entre particulares. b) A jurisprudência do STF não aceita a assim chamada eficácia horizontal dos direitos fundamentais. c) A aplicação de direitos fundamentais nas relações privadas é um fator limitador da autonomia da vontade, princípio elementar do Direito Civil. d) A Constituição de 1988 expressamente prevê a possibilidade de aplicação dos direitos fundamentais às relações entre particulares. Avaliação Questão discursiva: Muito embora o terreno seja propriedade de João da Silva, o direito fundamental de igualdade pode perfeitamente incidir diretamente sobre uma questão de natureza privada. Neste caso, seria uma hipótese de aplicação da teoria da eficácia imediata dos direitos fundamentais. O aluno deve compreender que a eficácia horizontal (vinculação dos particulares aos direitos fundamentais) é bem diferente da eficácia vertical que atrela os poderes estatais aos direitos fundamentais. Não se há de confundir os destinatários de uma e de outra modalidade de eficácia. O próprio §1º do art. 5º que garante aplicação imediata para as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais nada sentenciou sobre a quem se destina tais normas, ou seja, devem ser exigidas só contra os agentes estatais, ou, não, vinculam também os particulares. Portanto, no caso em tela, deve o juiz da causa aplicar a teoria da eficácia imediata dos direitos fundamentais, mediante um processo de ponderação de valores, que coloca de um lado a autonomia da vontade, e, do outro, o direito fundamental da igualdade. Como já destacado antes, tem prevalecido na doutrina e na jurisprudência a teoria da eficácia imediata. Em essência, tal teoria advoga a tese da verticalidade imposta pela supremacia constitucional, o que evidentemente implica na aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais na órbita privada. Questão objetiva: C. Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 14 Princípios jurídicos Tema A operacionalização dos princípios jurídicos Palavras-chave Operacionalidade; Princípios Jurídicos; Efetividade; Objetivos - Descrever o modo de aplicação das regras e dos princípios - Destacar a utilização do princípio da proporcionalidade na ponderação entre princípios - Analisar os problemas de sistemas baseados exclusivamente em regras ou princípios Estrutura de Conteúdo 1. As regras jurídicas 1.1 Modo de aplicação (tudo ou nada) 1.2 Resolução de antinomias (hierarquia, especialidade, cronologia) 2. Os princípios jurídicos 2.1 Modo de aplicação (dimensão de peso) 2.2 Resolução de conflitos (ponderação harmonizante e excludente) 3. Problemas de sistemas jurídicos baseados exclusivamente em regras (justiça) ou em princípios (segurança jurídica) 4. A CF/88 como um sistema aberto de regras e princípios Procedimentos de Ensino O discente deverá compreender que um dos pontos centrais do neoconstitucionalismo é o reconhecimento dos sistemas jurídicos constitucionais como sendo formados, simultaneamente, por regras e princípios. O reconhecimento do valor normativos dos princípios jurídicos, contraposto ao valor supletivo dos princípios gerais do direito na nossa tradição juspositivista, implica a necessidade de desenvolvimento de uma técnica específica de aplicação, baseada na ideia de ponderação de valores e mediada pelo princípio da proporcionalidade em suas três subdimensões (adequação, necessidade e proporcionalidade stricto sensu). Finalmente, a CF/88 deve ser mostrada como uma norma recheada de regras e de princípios, cabendo aos operadores saber lidar com as especificidades das diversas normas constitucionais. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos Quadro e pincel; Data show; Leitura de textos; Constituição Federal; Jurisprudência. Aplicação: articulação teoria e prática Questão objetiva: Acerca do pós-positivismo jurídico, analise as seguintes assertivas: I - A dogmática jurídica pós-positivista supera o legalismo estrito; II - A elaboração da escola pós-positivista busca seu fundamento na ideia de que o direito é um sistema aberto de regras e princípios; III – No âmbito do pós-positivismo jurídico, a solução dos problemas constitucionais contemporâneos é encontrada no próprio texto da Carta Magna mediante aplicação do dogma da subsunção; IV - Dentre outras, a dogmática pós-positivista caracteriza-se pela noção de sistema fechado de regras garantidoras da certeza jurídica máxima; V- O pensamento axiológico-indutivo do direito é predominante na escola pós- positivista. Somente é CORRETO o que se afirma em: a. I e III; b. I, II e IV; c. III e V; d. I, II e V. e. II, III e V Questão discursiva Maria, jovem estudante de Direito, aproveitando a onda de calor que marcou o último verão carioca, resolveu praticar topless na praia da Barra da Tijuca. Enquanto tomava seu banho de sol, foi fotografada inúmeras vezes por um repórter de um importante jornal de circulação nacional. No dia seguinte ao evento, uma das fotos foi estampada na primeira página do jornal e era acompanhada por uma legenda que informava o fato de os termômetros terem registrado 40º (quarenta graus centígrados) no último final de semana. Maria já procurou a direção do órgão de imprensa, mas este informou que exerceu seu direito à informação, constitucionalmente garantido, e que não houve ofensa a nenhum direito de Maria. Esta última procura então alguma orientação jurídica. Na qualidade de advogado, como você a orientaria? Avaliação Questão objetiva: D Questão discursiva: Maria deve argumentar a seu favor que o órgão de imprensa violou o seu direito à privacidade e à imagem, previsto constitucionalmente no art. 5º, X, bem como no art. 20 do Código Civil de 2002, na parte referente aos Direitos da Personalidade. Deve-se observar, entretanto, que os direitos fundamentais, em geral, são escritos como princípios e, como tais, não conferem ao seu titular uma posição jurídica definitiva, estando sujeitos à ponderação e eventual superação em nome de algum outro direito igualmente fundamental. Neste caso, o direito à imagem de Maria encontra-se em colisão com o direito fundamental do jornal à livre divulgação da informação (arts. 5º, XIV e 220, CRFB/88). Dadas as peculiaridades encontradas em caso semelhante, o STJ já entendeu não haver direito à indenização, dada a voluntariedade da exposição do corpo da mulher (REsp 595600). Considerações Adicionais DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 Semana Aula: 15 Os principais óbices à efetividade dos direitos sociais Tema Os principais óbices à efetividade dos direitos sociais Palavras-chave Óbices; Efetividade; Direitos Sociais; Objetivos - Relacionar a disciplina da ordem social aos direitos sociais estabelecidos no artigo 6º da CRFB/88. - Compreender a estrutura constitucional da disciplina da ordem social. - Estabelecer as principais diferenças entre os direitos sociais e os demais direitos fundamentais. Estrutura de Conteúdo 1. Ordem Social e Estado do Bem Estar (art. 193). 2. Os direitos sociais como direitos fundamentais prestacionais. 3. A garantia do mínimo existencial e a garantia do núcleo essencial. 4. Os conceitos de reserva do possível e princípio da vedação ao retrocesso. Procedimentos de Ensino O estudante, a partir dos conceitos de ordem social e de direitos
Compartilhar