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Acústica: Estudo do Som e Arquitetura

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Acústica 
Prof. Ms. José Everton Scaramucci. 
Plano de Ensino
I - EMENTA
Panorama geral do estudo da acústica, propriedades do som e suas implicações na arquitetura.
II - OBJETIVOS GERAIS 
Conhecimento do comportamento acústico dos ambientes internos e externos, urbanos.
III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Projetar edifícios, auditórios, igrejas, salas de concerto, etc. com resolução dos problemas acústicos nas edificações e na cidade.
IV - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
O que é som ?
Aspectos objetivo e subjetivo
Formas de geração dos sons
Aspectos físicos do som
Natureza do som
Qualidade gerais do som
Intensidade física dos sons
Nível de intensidade sonora
Comportamento do som na arquitetura
Absorção, reflexão e transmissão do som
            Mascaramento do som
            Reverberação do som
Condicionamento e isolamento                     
  
Acústica em edifícios específicos
Hospitais
Escolas
Teatros, auditórios e casa noturna
Aeroportos
Acústica gráfica
Cálculo de superfícies refletoras
Projeto de superfícies refletoras                   
Materiais especiais
Usos e aplicações
Absorventes e refletores
Isolantes                                                             
Propagação dos sons ao ar livre – modelos matemáticos básicos
Níveis de potência sonora
Fontes pontuais
Fontes lineares
Alterações nos modelos matemáticos básicos
Análise estatística do ruído
Níveis de excedência
Níveis equivalentes
Procedimento prático para realizar a análise estatística do ruído com um medidor de nível sonoro
Ruído de trânsito
Ruído aeronáutico
V – ESTRATÉGIA DE TRABALHO
Aulas expositivas e teóricas. Aulas práticas em Laboratório. Exercícios projetuais. Seminários em aula. 
VI – AVALIAÇÃO
Exercícios, Seminários e Trabalhos. Provas Presenciais.
VII - BIBLIOGRAFIA BÁSICA
. 	ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 10152 – Avaliação do Ruído visando o Conforto da Comunidade.
BISTAFA, Sylvio. Acústica Aplicada ao Controle do Ruído. São Paulo: Edgard Blücher, 2004.
BARRON Michael- Auditorium Acoustics and Architetectural Desing. London E&F Spon. 1993
JOSSE Robert – La Acústica en la Construcción Barcelona 1975
MILLS Edward D.W – La gestión del provecto en arquitectura.Barcelona Gili 1992.
PATRICIO Jorge – Acústica nos Edifícios Virtual Impressora Digital Ltda. Lenec Portugal 2004
VIII - BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Norma para tratamento acústico em recintos fechado, NBR 101. Rio de Janeiro: ABNT, 1971.
EGAN, M. David. Architectural Acoustics. New York: McGrawHill, c.1988.
IPT. Tecnologia de Edificações. São Paulo: Pini, 1988.
IPT. Implantação de conjuntos habitacionais. Recomendações para adequação climática e acústica. São Paulo: IPT, 1986.
NEUFERT, E. Arte de projetar em arquitetura. São Paulo: G.Gili, 2000.
PANERO, J.; ZELNIK, M. Las dimensiones humanas en los espacios interiores: estandares antropométricos. México: G.Gili, 7 Ed. 1996.
Breve história da Acústica. 
Lições dos gregos e romanos. 
Teatro grego:
Situado em sítios inclinados para aproveitamento da topografia, consta com parte definidas: cávea, orquestra e palco. 
Cávea: local destinado aos espectadores. 
Orquestra: local para danças. 
Palco: fica entre a orquestra e a parte de entrada dos atores e serve de apoio. 
Ensinamentos dos gregos: 
1) eficiência na distribuição da plateia em formas semi-circulares. 
2) aproveitamento da topografia.
Resultou:
1) aproximação do público ao palco e
2) permitiu ao espectador maior captação sonora. 
Aproveitamento da topografia e proximidade do público ao palco. 
Teatro Romano: 
Teatro Romano: 
Estrutura sem estar vinculada à topografia. 
Estrutura elevada.
Orquestra serve para assentos de honra e não mais para dança. 
Não destinado ao culto religioso e sim à diversão do público (tiro ao alvo, lutas). 
Teatro romano:
Ensinamentos: 
Possibilidade de reforço sonoro, por meio do aumento de superfícies verticais construídas atrás do palco. 
Possibilidade de reflexões laterais: hoje em dia desempenhados pela concha acústica. 
Anfiteatro Vitória Régia, Bauru,. S.P.: 
Anfiteatro Vitória Régia, Bauru,. S.P.: 
Problemas acústicos: automóveis transitando atrás, elementos de concreto com pontos de fuga, onde o som escapa.
Solução: barreira de som atrás. 
Idade Média: 
Quase um milênio depois. 
As igrejas que retratavam a acústica do espaço e não mais os teatros.
Romanos: construção de edifícios públicos com dimensões monumentais e com espaços internos mais amplos em relação aos gregos (desenvolvimento dos arcos permitiu a diminuição do número de colunas). 
Basílicas: 
Edifícios que anteriormente serviam à Côrte e ao comércio foram adotados para serviços religiosos. 
Basílica de São Pedro, Vaticano. 
Lições igrejas medievais: 
Materiais acusticamente reflexivos (pedra e alvenaria).
Conseguia-se emitir sons mais pausados, o que o torna mais compreensível (desenvolvimento da música). 
Influência bizantina: 
A presença da cúpula como focalização sonora. 
Influência gótica: 
(1.100 a 1.600) arco ogival: edifícios ainda mais altos, aumentando o caminho percorrido pelo som: eco. 
Teatros Renascentistas: 
Teatro ao ar livre: o som ouvido pelo receptor restringe-se ao som emitido pela fonte. 
Teatro fechado: o grande número de superfícies propicia reflexões sonoras, que reforçam o som direto. 
Teatros fechados com e sem público:
Grande reflexão sonora das superfícies e revestimentos é compensada pela absorção sonora causada pelo público. 
Sem público: ambiente reverberante (grande tempo de permanência do som no ar).
Ex.: casas, igrejas. 
Problemas acústicos: 
Excessiva absorção sonora dificulta a captação do som. É causada pelo uso indiscriminado de cortinas, aumento da área do palco e o distanciamento entre o público e o palco. 
Ópera: 
Criação de espaço específico para orquestra, necessidade de dois ambientes: palco e orquestra. 
Ópera: 
Houve agravamento dos problemas acústicos. 
Área reflexiva dos músicos contrasta com a decoração absorvente do palco. 
Necessidade de equilíbrio acústico entre os dois ambientes. 
Século XX:
Valorização da acústica nos ambientes. 
Precursor: Wallace Clement Sabine (físico norte-americano).
Estudo correlacionando volume, materiais e tempo de reverberação dos ambientes.
Princípios acústicos evoluíram rapidamente. 
Wallace Clement Sabine:
Final século XIX e início do século XX: 
Homogeneidade na plateia.
Não existem mais locais de recepção sonora de forma hierárquica. 
Resposta arquitetônica: forma retangular. 
Teatro Municipal São Paulo.
Teatro SESC Palladium, Belo Horizonte, M.G.
Paralelismo: 
Prejudicial.
Arquiteto: criatividade.
Hoje em dia: novas formas arquitetônicas são adotadas com múltiplos usos dos espaços e variedade de materiais construtivos. 
Opera House Sydney: 
Lições do passado: 
1) aproveitamento das reflexões sonoras das superfícies e
2) distribuição do som dentro do ambiente. 
Hoje em dia: 
Preocupação não apenas com condicionamento acústico, mas também com o controle do ruído e preservação da qualidade ambiental. 
Número de fontes produtoras de ruído é maior e as consequências mais prejudiciais. 
Edificação: novas técnicas e materiais acústicos. Materiais leves com baixo isolamento acústico. 
Leis municipais, Plano Diretor, NRs.

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