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AULA 12 - PNEUMOCONIOSES - Doenças Pulmonares Ocupacionais

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*
DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS
Pneumoconioses
	
			Prof. Manoele Figueiredo
*
Doenças de parênquima e pleura
Pneumoconioses
Doenças pulmonares que resultam da deposição de poeira mineral nos pulmões e uma subsequente resposta do hospedeiro. 
 
Podem ser não fibrogênicas ou fibrogênicas 
*
PNEUMOCONIOSES NÃO FIBROGÊNICAS
Fisiopatologia
caracterizam-se por deposição intersticial peribronquiolar de partículas, com nenhum ou discreto grau de desarranjo estrutural, além de leve infiltrado inflamatório ao redor, com ausência ou discreta proliferação fibroblástica e de fibrose. 
Há dependência do conhecimento do tipo de poeira inalada. Normalmente ocorrem após exposições ocupacionais descontroladas e de longa duração.
sem produção de fibrose, a disfunção respiratória é praticamente ausente e a evolução clínica é considerada benigna quando comparada à evolução possível das pneumoconioses fibrogênicas.
Os sintomas respiratórios costumam ser escassos, sendo que a dispnéia aos esforços é o principal deles.
*
PNEUMOCONIOSES NÃO FIBROGÊNICAS
Tipos:
Siderose – Pulmão de soldador = poeira de ferro
Baritose – pó de Bário
Estanhose - Estanho
rocha fosfática 
Ocupações de risco:
Soldadores de arco elétrico;
trabalhadores de rocha fosfática;
mineração e ensacamento de bário e estanho.
Na Pneumoconiose não fibrogênica o afastamento pode produzir eventualmente uma redução da intensidade das opacidades radiológicas.
*
PNEUMOCONIOSES FIBROGÊNICAS
Silicose
Doenças relacionadas ao asbesto
Pneumoconiose por poeira mista
Pneumoconiose do Trabalhador do Carvão (PTC) - Antracose
Pneumoconiose por abrasivos
Pneumopatia por metais duros
Pneumopatia por berílio
Pneumonia por hipersensibilidade
*
PNEUMOCONIOSES FIBROGÊNICAS - Fisiopatologia
São as reações pulmonares à inalação de material particulado que leva à fibrose intersticial do parênquima pulmonar. Estão no grupo de doenças intersticiais parenquimatosas.
É importante ressaltar que o tipo de alteração parenquimatosa pode não ser homogêneo em toda extensão do pulmão, coexistindo nódulos pneumoconióticos e fibrose intersticial. 
A característica comum deste grupo de doenças é a restrição funcional (em casos avançados), por fibrose intersticial e conseqüente diminuição da expansibilidade do parênquima, associada a barreiras às trocas gasosas. 
A inflamação persistente ao redor das vias aéreas pode levar à formação de áreas localizadas de enfisema por excesso de liberação de enzimas proteolíticas, justificando as alterações obstrutivas e o desenvolvimento de quadros de Limitação Crônica ao Fluxo Aéreo, em expostos suscetíveis.
Na prática, o defeito funcional mais observado em trabalhadores expostos a poeiras minerais é a obstrução de vias aéreas.
*
SILICOSE: pneumoconiose causada pela inalação de sílica livre cristalina que se manifesta após longo período de exposição, habitualmente superior a dez anos, caracterizada por fibrose progressiva do parênquima pulmonar.
Fontes de sílica livre ou cristalina: 
Areia;
Granito;
Arenito;
Silex;
ardósia e outros;
assim como certos carvões e alguns minérios metálicos.
Mineração, abertura de tuneis;
corte de pedras;
jateamento de areia;
usos industriais de areia (processos de abrasão e polimento);
fundições, fabricação de vidros, cerâmicas;
cavadores de poços;
lapidadores de pedras.
*
SILICOSE: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Crônica, acelerada ou sub-aguda e aguda
1. Crônica: 
mais comum e ocorre após longo tempo do início da exposição de 10 a 20 anos (assintomáticos). Os sintomas são precedidos das alterações radiológicas.
2. Acelerada:
Alterações radiológicas mais precoces com 5 a 10 anos de exposição. Sintomas respiratórios costumam ser precoces e limitantes. Maior potencial de evoluir para formas mais complicadas da doença.
*
SILICOSE: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
3. Aguda:
Forma rara da doença, associada a exposições maciças à sílica livre, por períodos que variam de poucos meses até 4 a 5 anos. 
o padrão radiológico é caracterizado por infiltrações alveolares difusas, progressivas, às vezes com nodulações mal definidas; 
a dispnéia é incapacitante e pode evoluir para morte por insuficiência respiratória.
*
SILICOSE
DIAGNÓSTICO
História ou anamnese ocupacional e exame radiológico dos pulmões.
TRATAMENTO
Tratamento é apenas paliativo, visto tratar-se de doença de caráter progressivo e irreversível.
Estar atento as principais complicações já citadas anteriormente, dentre elas a tuberculose o que piora sobremaneira o prognóstico.
COMPLICAÇÕES
Associação de tuberculose à silicose é relativamente freqüente e constitui complicação muito grave;
outras infecções oportunistas podem ocorrer, principalmente nas formas aceleradas ou complicadas;
maior incidência de infecções de vias aéreas;
*
ASBESTOSE
DOENÇAS RELACIONADAS AO ASBESTO
TIPOS DE ASBESTO
Conhecido comercialmente como amianto, designação proveniente do latim “amianthus” e que significa não-contaminado, incorruptível. 
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
Mineração;
indústria de cimento amianto;
indústria de autopeças;
isolantes térmicos;
indústria de juntas e gaxetas;
construção civil.
*
DOENÇAS RELACIONADAS AO ASBESTO
1. Asbestose
Fibrose pulmonar de caráter progressivo e irreversível.
Diagnóstico - história clínicaocupacional e radiografia de tórax, 
Período de latência de 15 a 25 anos. 
O início dos sintomas se desenvolve de maneira insidiosa, com manifestações de dispnéia e tosse.
No exame físico - estertores crepitantes de base, baqueteamento digital com cianose de extremidades e constatar-se evolução para cor pulmonale nos estágios finais.
2. Espessamento Pleural - Placas Pleurais
a mais freqüente manifestação de exposição ao asbesto.
O tempo de latência para o aparecimento de espessamento é em média de 30 anos. 
*
DOENÇAS RELACIONADAS AO ASBESTO
3. Espessamento Pleural Difuso
O espessamento pleural difuso é uma doença da pleura visceral, pode ser responsável pela dispnéia de exercício e episódios de tosse seca associados a uma significativa restrição da função pulmonar.
4. Atelectasia 
Fibrose focal com retração e parcial colapso do pulmão adjacente por invaginação pleural.
  5. Derrame Pleural Pelo Asbesto
Diagnóstico retrospectivo, baseado na história de exposição e na exclusão de outras causas. É geralmente recorrente e bilateral, freqüentemente associado com dor torácica. 
6. Câncer de Pulmão: 
Período de latência, normalmente mais de 30 anos, para o desenvolvimento da doença. Existe um sinergismo entre o hábito de fumar e a exposição ao asbesto. 
7. Mesotelioma de Pleura(Período de latência de 30 a 40 anos). Não existe uma maior prevalência de mesotelioma maligno entre fumantes.
 
*
OUTRAS PNEUMOCONIOSES 
Pneumoconiose dos trabalhadores de carvão: caracteriza-se por formação de máculas pigmentadas peribronquiolares e perivasculares com depósitos de reticulina, às vezes associada à reação colágena focal organizada sob a forma de nódulos estrelados, associada à presença de corpos birrefringentes à luz polarizada. Não costuma causar sintomas nas fases iniciais e intermediárias da doença. Ocasionalmente, os trabalhadores acometidos desenvolvem fibrose maciça progressiva.
Pneumoconiose por poeira mista: caracteriza-se por reação colágena focal organizada em nódulos estrelados e fibrose intersticial difusa associadas à presença de corpos birrefringentes à luz polarizada. Normalmente ocorrem após exposições ocupacionais de longa duração.
Pneumoconiose por abrasivos: causada pela exposição inalatória a poeiras de abrasivos: alumina ou corindo (Al2O3) e o carbeto de silício ou carborundum (SiC). Apresenta características similares às da pneumoconiose por poeira mista
*
OUTRAS PNEUMOCONIOSES 
Pneumoconiose por metais duros: caracteriza-se poruma pneumonia intersticial descamativa com células gigantes. Cursa com sintomas de fadiga, dispnéia precoce, tosse seca, dor, constrição torácica e outros sintomas constitucionais. Com a progressão da doença, podem aparecer febre e perda de peso. Em geral, os sintomas surgem após um período de “sensibilização” variável de meses a anos.
Pneumopatia pelo berilio: causada pela inalação de fumos, sais ou poeiras de berílio. Duas formas de manifestação: quadro de irritação aguda da árvore traqueobrônquica, podendo levar à pneumonite química, com conseqüente hipóxia e fibrose secundária e, quadro crônico caracterizado por acometimento granulomatoso pulmonar e sistêmico, secundário a exposições crônicas a doses baixas, chamada de Doença Pulmonar pelo Berílio ou DPB
Pneumonia de hipersensibilidade: conhecida como alveolite alérgica extrínseca. caracteriza-se por surtos de infiltração pulmonar, formação de granulomas pulmonares nas fases aguda e subaguda, com fibrose difusa posterior. Os surtos agudos normalmente são acompanhados de febre, tosse e dispnéia. Na fase crônica os principais sintomas são dispnéia aos esforços e tosse seca.
*
CONDUTA
Pneumoconiose não fibrogênica: afastamento
Pneumoconioses Fibrogênicas:
Tratamento das comorbidades associadas através dos consensos (DPOC, tuberculose pulmonar, câncer de pulmão).
Reatores forte expostos a sílica ou com silicose devem ser considerados como grupos de risco e candidatos a quimioprofilaxia.
Os casos diagnosticados devem ser tratados como:
“casos sentinela” devendo ser devidamente notificados e desencadear ações integradas de vigilância;
detectar outros casos ainda não diagnosticados dentro do ambiente gerador da doença; 
adoção de medidas de prevenção e proteção aos trabalhadores expostos;
*
PREVENÇÃO DE PNEUMOCONIOSE
Protocolo
Umidificação do ambiente com lavagem constante do piso.
Ventilação local exaustora e ventilação geral do ambiente de trabalho.
Enclausuramento total ou parcial do processo produtor de poeiras.
Substituição de matérias primas/produtos.
Minimização de emanações industriais para o meio ambiente.
Proteção respiratória individual em operações onde as medidas de proteção coletiva são insuficientes para o controle da exposição.
Lavagem de roupas pela empresa 
Minimização de emanações industriais para o meio ambiente.
Proteção respiratória individual em operações onde as medidas de proteção coletiva são insuficientes para o controle da exposição.
*
 MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
História ocupacional de exposição a poeiras não fibrogênicas.
História clínica com sintomas ausentes ou com presença de sintomas que, em geral, são precedidos pelas alterações radiológicas. 
Radiografia simples de tórax
*
ASMA RELACIONADA AO TRABALHO - ART
 	 A ART engloba a asma ocupacional (AO) e a asma agravada pelo trabalho. 
	Conceitualmente, a primeira seria uma doença ocupacional propriamente dita e a segunda, uma doença relacionada ao trabalho
*
ART
A definição mais citada de AO é “obstrução reversível ao fluxo aéreo e/ou hiperreatividade brônquica devida a causas e condições atribuíveis a um determinado ambiente de trabalho e não a estímulos externos”.
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ART
A asma agravada pelo trabalho ou asma agravada pelas condições de trabalho é a asma previamente existente, assintomática ou não, que se agravou devido a uma exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos.
*
ART
A incidência da ART na população depende de diversos fatores, como a suscetibilidade individual, o perfil econômico regional, o número de indivíduos expostos ao agente sensibilizante e o nível da exposição.
*
ART
Agentes mais comuns causadores de asma relacionada ao trabalho e tipo de atividade profissional associada
*
ART
 Características fisiopatológicas comuns entre a asma ocupacional e a não ocupacional.
 A principal é a inflamação, que pode ser demonstrada na contração da musculatura lisa das vias aéreas, edema e acúmulo de fluido nas vias aéreas e perda do suporte elástico do parênquima pulmonar.
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ART
A hiperreatividade brônquica, isto é, a reação exagerada através de um estímulo broncoconstritor, é uma característica também comum nas duas situações.
*
ART
A caracterização da ART deve incluir o diagnóstico de asma e o estabelecimento da relação com o trabalho. Pode-se suspeitar de ART em todo caso de asma com tempo de início na fase adulta ou de piora da asma na fase adulta. 
*
ART
Consensos internacionais têm sugerido que para se obter o diagnóstico de AO os seguintes critérios devem ser adotados:
 (A) diagnóstico de asma;
 (B) início da asma após a entrada no local de trabalho; 
 (C) associação entre sintomas de asma e trabalho; 
 (D) um ou mais dos seguintes critérios –
	 (1) exposição a agentes no trabalho que possam apresentar risco de desenvolvimento de asma ocupacional; 
	(2) mudanças no volume expiratório forçado no primeiro segundo ou no pico de fluxo expiratório (PFE) relacionadas à atividade de trabalho;
	 (3) mudanças na reatividade brônquica relacionadas à atividade de trabalho;
	 (4) positividade para um teste de broncoprovocação específico; 
	 (5) início da asma com uma clara associação com exposição a um agente irritante no local de trabalho
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ART- TRATAMENTO
A retirada do ambiente de trabalho onde ocorreu a possível exposição
 Se isto não for possível, deve-se tentar diminuir a exposição
 Monitorar periodicamente o PFE 
Realizar acompanhamento médico.
 Utilização de equipamentos de proteção respiratória individuais
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ART - TRATAMENTO
O diagnóstico precoce e a retirada da exposição são a chave de uma boa recuperação clínica.
E A FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA?
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