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07 12 TCC PNEUMONIA EM IDOSOS

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2
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ADRIA DIAS PINTO
DHIENNYFFER CARDOSO MAMEDIO ARAUJO
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE IDOSOS HOSPITALIZADOS NO ESTADO DO PARÁ
Ananindeua
2023
ADRIA DIAS PINTO
DHIENNYFFER CARDOSO MAMEDIO ARAUJO
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE IDOSOS HOSPITALIZADOS NO ESTADO DO PARÁ
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Enfermagem da Universidade da Amazônia, como requisito para aprovação na disciplina de Trabalho de conclusão de curso II (TCC II).
Orientadora: Profª. Yasmin Martins de Sousa 
Ananindeua 
2023
ADRIA DIAS PINTO
DHIENNYFFER CARDOSO MAMEDIO ARAUJO
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE IDOSOS HOSPITALIZADOS NO ESTADO DO PARÁ
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Enfermagem da Universidade da Amazônia, como requisito para aprovação na disciplina de Trabalho de conclusão de curso II (TCC II). 
Orientadora: Profª. Yasmin Martins de Sousa
Data de aprovação _/__/__
Banca Examinadora:
_______________________________________- Orientadora 
Profª. Msc. Yasmin Martins de Sousa 
_______________________________________- Examinador Interno 
Profª. Msc. Karina Faine da Silva Freitas Takeda
_______________________________________- Examinador Externo
Profª. Msc. Jully Greyce Freitas de Paula Ramalho
RESUMO
A pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões, provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante, que ocorre no espaço alveolar onde ocorre a troca gasosa. Diferente do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente. O objetivo desta pesquisa consiste em descrever o perfil epidemiológico de idosos hospitalizados com pneumonia no Estado do Pará. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e de abordagem quantitativa. Os resultados evidenciaram que as caracteristicas de idosos com pneumonia passam pela maioria homens, da raça parda com faixa etária de 70 a 79 anos. Conclui-se que faz-se necessário que mais estudos sejam realizados sobre a saúde dos idosos com pneumonia e as estratégias de recuperação para minimização da internação hospitalar, buscando identificar mais vulnerabilidades existentes para este público.
Palavras-chave: Pneumonia; idosos; tratamento. 
ABSTRACT
Pneumonia is an infection that settles in the lungs, caused by the penetration of an infectious or irritating agent, which occurs in the alveolar space where gas exchange takes place. Unlike the flu virus, which is highly infectious, pneumonia infectious agents are not usually easily transmitted. The objective of this research is to describe the epidemiological profile of elderly people hospitalized with pneumonia in the State of Pará. It is an epidemiological, descriptive study with a quantitative approach. The results showed that the characteristics of elderly people with pneumonia are mostly men, of mixed race, aged 70 to 79 years. It is concluded that it is necessary for more studies to be carried out on the health of elderly people with pneumonia and recovery strategies to minimize hospital admission, seeking to identify more vulnerabilities that exist for this population.
Keywords: Pneumonia; elderly; treatment.
	
	
	
	SUMÁRIO
	1.
2.
	INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
	6
7
	3.
3.1
3.2
	OBJETIVOS 
Objetivo geral
Objetivos específicos
	8
8
8
	4.
4.1
4.2
4.3
5.
5.1
5.2
5.3
5.4
	REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO
Aspectos gerais
Tratamento e prevenção 
Cuidados de enfermagem na prevenção da incidência de casos de pneumonia em idosos 
MATERIAIS E MÉTODOS
Coleta de dados
Variáveis da pesquisa
Aspectos legais e éticos
Análise e interpretação dos dados
REFERÊNCIAS
APENDICE A
ANEXO A
	9
9
10
11
13
13
14
14
14
15
17
19
1 INTRODUÇÃO 
A pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões, provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus e por reações alérgicas), que ocorre no espaço alveolar onde ocorre a troca gasosa. Diferente do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente. Nos últimos dois anos não podemos falar de pneumonia sem a associação ao COVID-19, um novo coronavirus relacionado ao SARS-COV (Costa, et al, 2019).
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registra anualmente mais de 600 mil internações dessa patologia. Em dados da Datasus, em 2020, houve um custo de R$ 378 milhões em gastos hospitalares, esse exposto releva um elevado custo do governo e a morbimortalidade. As maiores taxas de internações se dão por idosos de mais de 60 anos e idosos menores de 80 anos, e pessoas com algumas comorbidade um exemplo a diabete Mellitus. 
A PAVM (pneumonia adquirida por ventilação mecânica) e a PRCS (pneumonia relacionada à cuidados de saúde) são mais raras de ocorrer, podendo ser contraídas dentro de um hospital por diversos mecanismos, a chamada IRAS (infecções relacionadas à assistência de saúde) também são uma problemática de que pode ser adquirida relacionada a falta de cuidados do hospital ou assistência ineficaz de enfermeiros não capacitados (Costa et al, 2019).
O enfrentamento envolve dispositivos invasivos e terapia multidisciplinar intensiva. Admitidos na UTI por pneumonia, os pacientes apresentam perfil epidemiológico diversificado. Este grupo demográfico específico requer assistência financeira para cobrir o custo de seus cuidados de enfermagem (Carvalheira et al, 2020).
A partir o pressuposto, faz-se necessário que a equipe de enfermagem tenha competências e habilidades satisfatórias diante do cuidado ao idoso com pneumonia, com vistas a assegurar uma assistência integral, humanizada e qualificada. Frente a esta lacuna, e considerando as especificidades do envelhecimento humano quando associado ao adoecimento pela pneumonia.
2 JUSTIFICATIVA E PROBLEMÁTICA
É oportuno assinalar que a pneumonia é a maior causa de hospitalização e mortalidade em todo o mundo. No ano de 2017, houve 598.668 internações e 52.776 óbitos por pneumonia no Brasil (Gomes, 2018). Com aumento gradativo da população idosa no mundo e no Brasil, é explicito o aumento de doenças infecciosas como a pneumonia apresentarem alta taxas de internações e mortalidade em hospitais, segundo os dados apresentados pelo DATASUS nos últimos 5 anos (Barbosa, 2023). 
 Dados do DATASUS apontam que a pneumonia ocupava a quinta colocação entre as principais causas de morte entre pessoas idosas no ano de 2010, sendo que, dez anos mais tarde, ela subiu três posições, se classificando como a segunda principal causa de mortalidade entre os idosos, estando apenas atrás de doenças relacionadas ao sistema circulatório (Datasus, 2020). No Estado do Pará, até o ano de 2020, de acordo com Resende (2020), a faixa de idosos foi a segunda em casos de incidência de internação por pneumonia, vindo atras apenas de crianças. 
As altas taxas de óbito do Brasil de idosos com pneumonia arremetem a um grande desafio para a saúde, onde busca-se identificar estratégias que auxiliem na diminuição destas taxas (Miranda et al, 2019). Assim, é imprescindível realizar pesquisas com o objetivo de identificar, quantificar e minimizar tais deficiência do sistema (OMS, 2020). 
Devemos avaliar perfil epidemiológico, designando categorias para incidências das pneumonias em idosos nos últimos três anos, capacitar os profissionais seria o primeiro passo para a melhoria do setor, principalmente da enfermagem pelo motivo deste estar desde a entrada do paciente ao setor até a assistência de enfermagem prestada para com o paciente (Queiroz et. al, 2020).
Mediante o pressuposto, se faz necessária a atualização de dados para que se possa subsidiar o entendimento da comunidade científica acerca das informações do perfil epidemiológico dos pacientes hospitalizados com Pneumonia no Estado do Pará. Tais atualizações buscam responder a seguinte questão: Qual o perfil epidemiológico de idosos hospitalizados com pneumonia no Estado do Pará?
3 OBJETIVOS3.1 Objetivo geral 
 Descrever o perfil epidemiológico de idosos hospitalizados com pneumonia no Estado do Pará.
 3.2 Objetivos específicos 
· Caracterizar o perfil demográfico desses pacientes.
· Relacionar o perfil epidemiológico ao tempo de internação.
· Associar o tempo de internação à assistência em enfermagem.
4 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
4.1 Aspectos gerais sobre a pneumonia 
Uma das maiores causas de morte no mundo, referentes a doenças infecciosas está diretamente relacionada à pneumonia. Ela é a sexta causa de morte nos EUA e a quinta no Brasil, na população idosa. Esse grupo etário representa 70% de todas as pneumonias em nosso país. Vários fatores, dentre eles idade avançada e presença de algumas doenças crônicas, como doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes mellitus e insuficiência cardíaca, estão associados à sua maior gravidade e mortalidade (Brasil, 2022). 
	Ela pode ser classificada a partir de alguns parâmetros: Considerando o local de aquisição, podendo ser adquirida na comunidade ou em ambiente hospitalar. Seu tempo de evolução leva a classificação da gravidade como aguda, subaguda ou crônica. O padrão radiológico mostra sua localização anatômica podendo aparecer como intersticial, infiltração lombar, broncopneumonia, derrame pleural e abscesso. Sua tipologia classifica-se como típica ou atípica, podendo ser advinda de bactérias, vírus e fungos, principalmente (Costa; Motta; Alfradique, 2018).
O paciente geralmente apresenta uma patologia subjacente aguda ou crônica que compromete as defesas do hospedeiro. A pneumonia é resultado do desenvolvimento da flora do próprio organismo, o qual a resistência sofre alteração, ou até mesmo da aspiração da flora orofaríngea. De forma muito frequente, a Pneumonia afeta a ventilação e difusão: Uma reação inflamatória pode ocorrer nos alvéolos, gerando a produção de exsudado que interfere com a difusão (Rosa et al., 2020).
Dentre os fatores de risco, a idade avançada pode ser considerada um deles, contudo, as alterações fisiológicas que comumente ocorrem com o processo de envelhecimento, isoladas, não são fatores de risco para a pneumonia. Geralmente o risco está presente quando estas alterações estão associadas a outros fatores que favorecem a colonização da orofaringe e/ou estômago, como a macro ou microaspiração, diminuição do transporte mucociliar, defeitos nos mecanismos de defesa, mal nutrição, institucionalização, hospitalização recente, intubação endotraqueal e mau estado geral (Silva et al., 2016).
	Inicialmente o diagnóstico geral está baseado em radiografia do tórax e alguns achados clínicos. O quadro clínico para se ter um diagnóstico inicial vem com sintomas de tosse, acompanhados de um ou mais sintomas como expectoração, dor torácica ou falta de ar, sinais de consolidação pulmonar, manifestações sistêmicas como febre acima de 37,8 graus, sudorese e mialgia (Rosa et al., 2020).
	A radiografia de tórax é indicada sempre que houver a suspeita clínica da Pneumonia. A radiografia simples em duas incidências, que são PA e perfil, caracteriza-se como muito útil para que se faça a diferenciação entre quadros virais e bacterianos, avaliação da extensão do acometimento e detecção de complicações como derrame pleural e abscesso (Souza; Baroni; Roese, 2018).
	Os métodos imunológicos possibilitam a identificação dos agentes etiológicos, a aglutinação pelo látex, contraimunoeletroforese e Dot-ELISA são as técnicas mais utilizadas para identificar os antígenos bacterianos. Sendo que estes apresentam mais rapidez para o resultado e ausência de interferência do prévio antimicrobiano, diferente da hemocultura (Costa; Motta; Alfradique, 2018).
O diagnóstico em idosos é feito por um médico avaliando os sintomas, examinando o idoso e analisando o exsudato para detectar a presença de vírus, bactérias ou outras causas. Frequentemente também é necessário para o diagnóstico uma radiografia do tórax (Souza; Baroni; Roese, 2018).
4.2 Tratamento e prevenção 
A primeira escolha para o tratamento terapêutico de idosos com Pneumonia por meio ambulatorial é a utilização do antibiótico Amoxicilina, sendo administrada pela dosagem de 50 mg/kg por dia de 8 em 8 horas ou de 12 em 12 horas. Porém, em alguns casos o agente infeccioso pode levar mais tempo para ser isolado (Corrêa et al., 2018).
É levada em consideração a situação clínica de cada região, a idade e o conhecimento dos principais agentes infecciosos. Há a possibilidade de o agente infeccioso seja o Mycoplasma Pneumoniae, havendo a necessidade de trocar o antibiótico Amoxicilina pela administração de Eritromicina, Claritromicina ou Azitromicina (Gaiolla et al., 2015).
Para idosos que estão doentes e que tenham condições clínicas de realizar o tratamento para combater a Pneumonia em sua residência é necessário a realização do retorno para a avaliação em um período de dois a três dias após o início do tratamento ou se acaso acometer em uma piora clínica (Correa et al., 2018).
Mesmo que haja uma melhora, a administração do remédio para o tratamento deve ter continuidade até que complete os sete dias, mas se acaso tiver uma piora ou se não houver mudança em seu quadro clínico cabe a necessidade de analisar se é preciso uma internação hospitalar (Correa et al., 2018).
Já nos casos de tratamento hospitalar, segundo orientações da OMS o antibiótico recomendado para idosos tendo em vista a realidade da região, para Pneumonia sem tiragem subcostal deve-se fazer o uso do tratamento terapêutico por meio de Amoxicilina oral, sendo administrada 50 mg/kg por dia, duas ou três vezes ao dia, durante sete dias (Gaiolla et al., 2018).
Se for uma Pneumonia grave, é aconselhável o tratamento por meio de Amoxicilina parenteral 50mg/kg por dose, de 6 em 6 horas ou podendo ser também a Penicilina Cristalina 150 000U/Kg por dia a cada 6 horas (Correa et al., 2018).
O tabagismo, sendo adquirido de forma passiva por idosos principalmente entre a faixa etária de sessenta a oitenta anos é um grande facilitador para o avanço da doença do trato respiratório inferior (Gomes, 2018).
Sendo fundamental para a prevenção em saúde a vacinação, oferecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e tendo como altamente necessária para todas as idosos e adolescentes (Costa; Motta; Alfradique, 2018).
Tendo não apenas a vacinação disponibilizada pelo PNI, há outras oferecidas de forma gratuita nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais voltadas para casos especiais, sendo recomentado pela Sociedade Brasileira de Pediatria a idosos saudáveis para combater o pneumococo a vacina contra o vírus influenza e a vacina conjugada heptavalente (Correa et al., 2018).
4.3 A importância da equipe de enfermagem na contenção do agravamento de casos de pneumonia em idosos 
O profissional da enfermagem é um dos principais atores na busca da contenção da evolução das doenças do sistema respiratório, em destaque a pneumonia. Cabe aos mesmos a conscientização de que esse faz necessário viabilizar, aperfeiçoar e qualificar sua assistência, garantindo que esta seja digna e a esperada pelo cliente/paciente (Costa et al., 2018). Das principais medidas tem-se:
- Oferecer e encorajar a ingestão de líquidos (6 a 8 copos ao dia).
- Encorajar mobilização no leito e atividade física conforme tolerado. 
- Orientar ou apoiar o tórax do cliente durante a tosse; 
- Fazer avaliação respiratória pela ausculta; 
- Incentivar a prática da respiração profunda e tosse eficaz. 
- Aspirar naso e orofaringe a intervalos curtos. 
- Orientar e encorajar o cliente a repousar o máximo possível.
- Avaliar o nível de tolerância do cliente a qualquer atividade.
- Verificar e anotar os sinais vitais (T, R, P, PA) de 4/4 h; 
- Cuidados com a oxigenoterapia; 
Identificar os fatores desencadeantes da pneumonia leva a um diagnóstico e tratamento precoce, aumentando os prognósticos positivos de seus portadores, auxiliando na implementação as etapas do processo de enfermagem, promovendo, dessa forma, o cuidado integral ao paciente com pneumonia, estimulando suaautonomia, bem-estar e prevenindo complicações durante seu acompanhamento (Rezende et al., 2019). 
5 MATERIAS E MÉTODOS 
Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e de abordagem quantitativa. Segundo Sousa (2007), a pesquisa quantitativa, o pesquisador envolve a análise dos números para a obtenção da resposta à pergunta ou hipótese da pesquisa, enquanto a pesquisa qualitativa envolve a análise das palavras.
A pesquisa quantitativa atua em níveis de realidade onde existe a necessidade de extrair e evidenciar indicadores e tendências a partir de grande quantidade de dados. A investigação desenhada na abordagem quantitativa trabalha a partir de dados e das evidências coletadas. Os dados são filtrados, organizados e tabulados para depois serem submetidos a técnicas de organização e classificação bem como testes estatísticos para transformá-los em informações a serem analisadas e discutidas à luz do de um referencial teórico, bem como de outras pesquisas correlatas (Martins, 2013).
O estudo descritivo tem intento a apresentação das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis.
Neste estudo foi possível descrever o perfil epidemiológico de idosos hospitalizados com pneumonia. A partir disso, compreende-se que este método é importante para conhecer os fatores que cercam o indivíduo e suas influências as quais compõe a realidade do mesmo, mensurando os fatos, assim norteando a investigação.
5.1 Coleta de dados 
Foram utilizados os dados idosos hospitalizados com pneumonia residentes do estado do Pará notificados por meio do TABNET no período de 2020 a 2022 e disponíveis no site do DATASUS. 
Para as informações demográficas e populacionais, foram utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, disponíveis na internet. Para tanto, foram utilizadas as informações obtidas a partir do último censo populacional, realizado no ano de 2022.
Os dados relacionados à incidência foram dispostos gráficos do tipo setores do programa Excel 2016. 
5.2 Variáveis da pesquisa 
Foram analisados dados por faixa etária, cor/etnia e sexo. As variáveis apresentadas nesse estudo, compreendem em descrever a faixa etária do idoso, que se caracteriza a partir de 60 anos e mais. Raça/cor que abrange as raças: branca, preta, amarela, parda e indígena. Sexo, masculino ou feminino. 
As variáveis estudadas foram selecionadas a partir do objetivo do estudo e suas questões norteadoras, que engloba o idoso hospitalizado acometido por pneumonia.
5.3 Aspectos legais e éticos 
Não foi necessário submeter o presente trabalho a um Comitê de Ética em Pesquisa, pois este não provoca intervenção nas pessoas estudadas, tendo utilizado banco de dados secundários de livre acesso ao público, sem identificação dos idosos portadores de pneumonia, com garantia de total sigilo das informações constantes no banco.
5.4 Análise e interpretação de dados 
Para a tabulação e cálculo dos indicadores foi utilizado o Software Microsoft Excel 2016.
REFERÊNCIAS
CARVALHEIRA, P. DE L. S. ., BUFFEL, T. DA S. ., SOUZA, D. A. DE ., ALMEIDA, I. C. DE J. ., BARBOSA, M. T. DE S. R. ., & MESSIAS , C. M. O Enfermeiro na prevenção da pneumonia associada í ventilação mecânica em unidade de terapia intensiva neonatal. Saúde Coletiva (Barueri), v.9, n.50, p.1803–1809. 2020. 
COSTA, R.S.; MOTTA, L.C DE S.; ALFRADIQUE, M.D. O perfil epidemiológico do paciente com pneumonia associada à ventilação mecânica. Revista da Faculdade de Medicina de Teresópolis. V.2, n.2, 2019.
BARBOSA, G.C. Internação Hospitalar De Idosos Por Condições Respiratórias No Brasil, 2012-2021. Revista Saúde Multidisciplinar, [S. l.], v. 14, n. 1, 2023. Disponível em: http://revistas.famp.edu.br/revistasaudemultidisciplinar/article/view/514. Acesso em: 18 set. 2023.
COSTA, R.S.; MOTTA, L.C DE S.; ALFRADIQUE, M.D. O perfil epidemiológico do paciente com pneumonia associada à ventilação mecânica. Revista da Faculdade de Medicina de Teresópolis. V.2, n.2, 2018.
CORREA, R.A. et al. Recomendações para o manejo da Pneumonia Nosocomial J Bras Pneumol. v.44, n.5, p.405-425, 2018.
GAIOLLA, P.S.A; COELHO, L.S; CAVALCANTE, R.S. Protocolo de atendimento aos pacientes com infecção do trato respiratório inferior. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Botucatu – SP, 2015.
GOMES, M. Pneumonia nosocomial: os desafios da realidade brasileira. J. bras. pneumol. v.44, n. 4. São Paulo. 2018. Disponível em:<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132018000400254&lng=en&nrm=iso&tlng=pt> Acesso em: 03 de mai 2023.
QUEIROZ LF, ANAMI EH, ZAMPAR EF ET AL. Epidemiology and outcome analysis of burn patients admitted to an Intensive Care Unit in a University Hospital. Burns May; v.42,. n.3, p.655–662. 2020. 
RIBEIRO.,; et al. Manifestações clínicas das pneumonias e o risco para a saúde do idoso. Research, Society and Development, v. 12, n. 1, e25212139659, 2023.
REZENDE, R. W.; et al. Aspectos epidemiológicos de pacientes internados com pneumonia no Estado do Pará (de 2015 a 2019). Revista Brasileira de Educação e Saúde, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 80–85, 2020. Disponível em: https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/REBES/article/view/7650. Acesso em: 14 nov. 2023.
ROSA, G. B.; SANTOS, M. R. DOS; DELLAROZA, M. S. G.; NOGUEIRA, E.; RODRIGUES, M. K. G.; TRELHA, C. S. Prevention of pneumonia in hospitalized elderly patients. Ciência, Cuidado e Saúde [Science, Care and Health], v. 19, 26 Aug. 2020.
SANTOS, C. M. et al. Fatores de risco e incidência de pneumonia hospitalar em unidade de internação. Braz. J. Hea. Rev. v. 2, n. 5, p. 4866-4875. 2019.
SILVA, B. M. P. et al. Tendência da morbimortalidade por pneumonia na Região Metropolitana de Salvador - 1980 a 2004. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 30, n. 2, p. 294-308, 2016.
SOUZA, F.C.; BARONI, M.M.F.; ROESE, F.M. Perfl de utilização de antimicrobianos na unidade de terapia intensiva de um hospital público. Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde.V.;8, N.4, P.37-44, 2018. 
VALDÉZ, J.T. et al. Impacto de los programas de salud ERA y GES en la mortalidad por pneumonía adquirida en la comunidad en personas de 65 años o más en Chile. Rev Panam Salud Publica. v. 43, 2019. Disponível em:<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6499089/pdf/rpsp-43-e41.pdf>. Acesso em: 03 nov 2023.
APÊNDICE A
Artigo Original 
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE IDOSOS HOSPITALIZADOS NO ESTADO DO PARÁ
Adria Dias Pinto1, Dhiennyffer Cardoso Mamedio Araujo1
 1Universidade da Amazônia, Ananindeua, PA, Brasil.
Resumo
A pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões, provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante, que ocorre no espaço alveolar onde ocorre a troca gasosa. Diferente do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente. O objetivo desta pesquisa consiste em descrever o perfil epidemiológico de idosos hospitalizados com pneumonia no Estado do Pará. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e de abordagem quantitativa. Os resultados evidenciaram que as caracteristicas de idosos com pneumonia passam pela maioria homens, da raça parda com faixa etária de 70 a 79 anos. Conclui-se que faz-se necessário que mais estudos sejam realizados sobre a saúde dos idosos com pneumonia e as estratégias de recuperação para minimização da internação hospitalar, buscando identificar mais vulnerabilidades existentes para este público.
Palavras-chave: Pneumonia; idosos; tratamento.
Introdução
	A pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões, provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus e por reações alérgicas), que ocorre no espaço alveolar onde ocorre a troca gasosa. Diferente do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente. Nos últimos dois anos não podemos falar de pneumonia sem a associação ao COVID-19, um novo coronavirus relacionado ao SARS-COV (Costa,et al, 2019).
É oportuno assinalar que a pneumonia é a maior causa de hospitalização e mortalidade em todo o mundo. No ano de 2017, houve 598.668 internações e 52.776 óbitos por pneumonia no Brasil (Gomes, 2018). Com aumento gradativo da população idosa no mundo e no Brasil, é explicito o aumento de doenças infecciosas como a pneumonia apresentarem alta taxas de internações e mortalidade em hospitais, segundo os dados apresentados pelo DATASUS nos últimos 5 anos (Barbosa, 2023). 
 Dados do DATASUS apontam que a pneumonia ocupava a quinta colocação entre as principais causas de morte entre pessoas idosas no ano de 2010, sendo que, dez anos mais tarde, ela subiu três posições, se classificando como a segunda principal causa de mortalidade entre os idosos, estando apenas atrás de doenças relacionadas ao sistema circulatório (Datasus, 2020). No Estado do Pará, até o ano de 2020, de acordo com Resende (2020), a faixa de idosos foi a segunda em casos de incidência de internação por pneumonia, vindo atras apenas de crianças. 
As altas taxas de óbito do Brasil de idosos com pneumonia arremetem a um grande desafio para a saúde, onde busca-se identificar estratégias que auxiliem na diminuição destas taxas (Miranda et al, 2019). Assim, é imprescindível realizar pesquisas com o objetivo de identificar, quantificar e minimizar tais deficiência do sistema (OMS, 2020). 
Devemos avaliar perfil epidemiológico, designando categorias para incidências das pneumonias em idosos nos últimos três anos, capacitar os profissionais seria o primeiro passo para a melhoria do setor, principalmente da enfermagem pelo motivo deste estar desde a entrada do paciente ao setor até a assistência de enfermagem prestada para com o paciente (Queiroz et. al, 2020).
Mediante o pressuposto, se faz necessária a atualização de dados para que se possa subsidiar o entendimento da comunidade científica acerca das informações do perfil epidemiológico dos pacientes hospitalizados com Pneumonia no Estado do Pará. Assim, neste estudo, objetivou- se descrever o perfil epidemiológico de idosos hospitalizados com pneumonia no Estado do Pará, entre 2020 e 2022.
Métodos 
Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e de abordagem quantitativa. Segundo Sousa (2007), a pesquisa quantitativa, o pesquisador envolve a análise dos números para a obtenção da resposta à pergunta ou hipótese da pesquisa, enquanto a pesquisa qualitativa envolve a análise das palavras.
A pesquisa quantitativa atua em níveis de realidade onde existe a necessidade de extrair e evidenciar indicadores e tendências a partir de grande quantidade de dados. A investigação desenhada na abordagem quantitativa trabalha a partir de dados e das evidências coletadas. Os dados são filtrados, organizados e tabulados para depois serem submetidos a técnicas de organização e classificação bem como testes estatísticos para transformá-los em informações a serem analisadas e discutidas à luz do de um referencial teórico, bem como de outras pesquisas correlatas (Martins, 2013).
Foram utilizados os dados idosos hospitalizados com pneumonia residentes do estado do Pará notificados por meio do TABNET no período de 2020 a 2022 e disponíveis no site do DATASUS. 
Para as informações demográficas e populacionais, foram utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, disponíveis na internet. Para tanto, foram utilizadas as informações obtidas a partir do último censo populacional, realizado no ano de 2022.
Os dados relacionados à incidência foram dispostos gráficos do tipo setores do programa Excel 2016. 
Foram analisados dados por faixa etária, cor/etnia e sexo. As variáveis apresentadas nesse estudo, compreendem em descrever a faixa etária do idoso, que se caracteriza a partir de 60 anos e mais. Raça/cor que abrange as raças: branca, preta, amarela, parda e indígena. Sexo, masculino ou feminino. 
As variáveis estudadas foram selecionadas a partir do objetivo do estudo e suas questões norteadoras, que engloba o idoso hospitalizado acometido por pneumonia.
Não foi necessário submeter o presente trabalho a um Comitê de Ética em Pesquisa, pois este não provoca intervenção nas pessoas estudadas, tendo utilizado banco de dados secundários de livre acesso ao público, sem identificação dos idosos portadores de pneumonia, com garantia de total sigilo das informações constantes no banco. Para a tabulação e cálculo dos indicadores foi utilizado o Software Microsoft Excel 2016.
Resultados	
Em relação aos casos notificados de óbitos por pneumonia em idosos, dentre os anos de 2020 a 2022, de acordo com o Ministério da Saúde por meio de dados disponibilizados pelo DATASUS, o total no estado do Pará foi de 18.412 casos. Conforme indicado na tabela 1, observou-se o número de casos de pneumonia em idosos no ano 2020 a 2022 por sexo, com maior incidência no público masculino, com 9.812 casos no decorrer do período estudado, o que equivale 53,29% total dos casos da doença na região.
Tabela 1 – Casos de Óbitos por Pneumonia segundo sexo notificados no estado do Pará no ano de 2020 a 2022
Fonte: DATASUS.
Quando analisado apenas o ano de 2020, de acordo com o gráfico 1, os casos notificados de óbitos por pneumonia em idosos, quando classificados por sexo, possui uma maior incidência no público masculino, com 54,00% total dos casos da doença. No ano seguinte, em 2021, o sexo masculino ainda possui maior incidência de casos, com 53,16%, conforme mostra o gráfico 2. O sexo masculino continuou com a maior incidência em relação aos casos notificados de óbitos por pneumonia em idosos no estado do Pará no ano de 2022, conforme mostra o gráfico 3.
Gráfico 1 - Casos de Óbitos por Pneumonia segundo sexo notificados no estado do Pará no ano de 2020.
Fonte: DATASUS.
Gráfico 2 - Casos de Óbitos por Pneumonia segundo sexo notificados no estado do Pará no ano de 2021.
Fonte: DATASUS.
Gráfico 3 - Casos de Óbitos por Pneumonia segundo sexo notificados no estado do Pará no ano de 2022.
Fonte: DATASUS.
Quando relacionado aos casos notificados de óbitos por pneumonia em idosos, dentre os anos de 2020 a 2022, comparando a cor/raça, é possível afirmar que a maior incidência ocorreu com os pardos, com 30.807, seguido da cor/raça branca, com 2.262 óbitos confirmados e o que conteve menor incidência foram os considerados indígenas, com 106 casos, conforme demonstra a tabela 2, o que equivale 88,80%; 6,52% e 0,31% respectivamente, conforme elucida o gráfico 4.
Tabela 2 – Casos de Óbitos por Pneumonia por cor/raça notificados no estado do Pará no ano de 2020 a 2022
Fonte: DATASUS.
Gráfico 4 - Casos de Óbitos por Pneumonia por cor/raça notificados no estado do Pará no ano de 2020 a 2022
Fonte: DATASUS.
Ao analisar aos casos notificados de óbitos por pneumonia em idosos, dentre os anos de 2020 a 2022, por faixa etária, observou-se que a maior incidência ocorreu com pessoas dentre 70 a 79 anos, com 10.367 notificações e o que conteve menor incidência foram os indivíduos com idade de 80 anos ou mais, com 8.565 casos, conforme demonstra a tabela 3, o que equivale 37,32% e 30,83% respectivamente, conforme elucida o gráfico 5.
Tabela 3 – Casos de Óbitos por Pneumonia por faixa etária, notificados no estado do Pará no ano de 2020 a 2022
Fonte: DATASUS.
Gráfico 5 - Casos de Óbitos por Pneumonia por faixa etária, notificados no estado do Pará no ano de 2020 a 2022
Fonte: DATASUS.
Discussão 
De acordo com a pesquisa realizada, no Estado do Pará, no ano de 2020, foram um total de 5.751 óbitos por pneumonia em idosos, onde 54% eram do sexo masculino e 46% do sexo feminino; já no ano subsequente, em 2021, foram registrados 7.216 óbitos, onde 36,16% eram do sexo masculino e 46,84% feminino, e em 2022, foi o percentual de 52,65% masculino e 47,35% feminino, em um total de 5.445 óbitos. Tendo a soma dos anos estudados, um total de 18.412 óbitos com 53,29% do sexo masculino e 46,71% do sexo feminino.(1)
A partir dos dados supracitados, pode-se afirmar que o sexo masculino são os mais notificados em caso de óbitos em idososno Pará nos anos em questão, tendo uma diferença pequena em relação ao sexo feminino. 
Dados semelhantes aos estudos realizados por Valdez et al., (2019) sobre óbitos de idosos por pneumonia no Brasil nos anos de 2012 à 2016, que identificou que o número de óbitos femininos foi menor em comparação com o número de óbitos no grupo masculino (houve uma diferença de 450 casos durante os anos estudados).
Podendo ser comparado também nos estudos realizados por Ribeiro et al (2023), sobre causas de morte hospitalar de idosos atendidos pelo Sistema Único de Saúde no estado do Espírito Santo, sendo que no presente estudo podemos observar que a taxa de mortalidade da pneumonia apresenta-se mais alta em idosos do sexo masculino.(2)
Pode-se entender que as mortes de idosos do sexo masculino traz uma a tona a questão de que eles preferem adiar o quanto puderem a busca por assistência à saúde e só buscam quando não conseguem mais lidar sozinhos com seus sintomas. No modelo de masculinidade idealizada, estão presentes as noções de invulnerabilidade e de comportamento de risco e a ideia de uma sexualidade automática e, portanto, incontrolável, associadas a isso se encontram fortalecidas suas dificuldades de verbalizar as próprias necessidades, pois falar de seus problemas de saúde pode significar uma possível demonstração de fraqueza e de feminilização perante os outros. (3)
Diante disto pôde-se articular o elevado número de óbitos a homens, uma vez que estes não procuram ajuda e/ou quando procuram, a doença como a pneumonia já está em um estágio avançado, sendo assim, a não adesão do público masculino nos serviços básicos de saúde decorrente de questões culturais, na qual a doença é considerada sinal de fragilidade, dificulta o processo de prevenção e tratamento destas, fazendo com que os números de óbitos aumentem cada vez mais e que a procura por tratamento aconteça tardiamente, o que pode gerar mais custos. Estudo aponta que “quanto mais envelhecida a população, maior será a proporção de mulheres em relação aos homens da mesma faixa etária. (4)
O Ministério da Saúde, através da Saúde da Família, conseguiu alcançar a Saúde da Mulher através de programas específicos para promoção e prevenção de doenças, sendo assim, estas procuram com maior frequência os serviços básicos de saúde, todavia há uma crescente política de acolhimento da população masculina, o que poderá promover uma busca intensificada deste grupo aos serviços de prevenção à saúde 
Na análise, em relação a cor/raça, observa-se que as pessoas declaradas parda foram as que tiveram um resultado consideravelmente maior do que as demais cor/raça, com 88,80%, segundo da branca, apresentando 6,52%, onde é possível notar a notável discrepância da quantidade de óbitos relacionados aos pardos com as demais raças/raça, vindo em seguida a preta, com 2,50%, amarela com 1,87%; e, a indígena com apenas 0,31% 
Partindo dessa perspectiva, Rezende et al., (2020), ao analisar em seu estudo a distribuição proporcional de óbitos de acordo com raça/cor, aponta uma preponderância da mortalidade nos indivíduos pardos, correspondente a 42% do total entre as demais raças, e em seguida os indivíduos brancos sobressaem com a proporção de 33%. A porção de óbitos dos indivíduos pretos correspondente a 6%, amarelos 0,5% e indígenas 0,2%.
Nesse seguimento, é importante salientar que o IBGE em 2016 apontou uma distribuição total da população, onde 8,2% eram de cor preta, 44,2% de cor branca e 46,7% da população era parda no Brasil. (5)
Em contrapartida, nos estudos de Costa et al., (2022), sobre causas de morte hospitalar de idosos atendidos pelo Sistema Único de Saúde no estado do Espírito Santo, apontam que a etnia parda apresentou maior percentual de óbitos no estado no local pesquisado, assim como nas regiões de saúde Central e Metropolitana (6)
Entretanto, na região de saúde Sul do estado, a cor branca apresentou maior percentual, algo que pode ter sido influenciado pelo total de idosos residentes da cor branca. Na região de saúde Norte, o percentual de óbitos foi maior para raça/cor sem informação, ou seja, nas declarações de óbito da região norte esse campo não foi preenchido com especificidade, e isso aponta para a necessidade de capacitação e treinamento dos profissionais responsáveis pela declaração de óbito nessa região a fim de que elas sejam devidamente preenchidas. (2)
Ao analisar a faixa etária, em relação a óbitos notificados no estado do Pará no ano de 2020 a 2022, a faixa etária que maior apresentou percentual foi a de 70 a 79 anos, com 29,41%, diferença discreta em relação a faixa etária de 60 a 69, contendo 27,51%, seguindo dos idosos longevos, o que apresentam sua idade acima de 80 anos, apresentando um percentual de 25,03%, em último estão os idosos mais jovens, com a faixa etária de 50 a 59 anos, com 18,05%.(7)
A expectativa de vida entre os brasileiros, segundo Rosa et al., (2020), passou de 73,9 anos em 2010 para 76 anos em 2017. Em 1940, de cada mil pessoas que atingiam os 65 anos de idade, 259 atingiriam os 80 anos ou mais. Diferente de 2017, que a cada mil idosos com 65 anos, 632 completariam 80 anos. Os homens, em geral, viviam, em média, 70,2 anos em 2010 e passou para 72,5 em 2017, enquanto as mulheres foram dos 77,6 para os 79,6 anos.
A partir dessa perspectiva, é possível notar que, a faixa etária dos idosos longevos sofre um declínio, etária com o passar da idade aumenta-se as chances de o indivíduo apresentar outras doenças, que associadas a pneumonia elevam as chances de óbito, indicando assim que, no estado do Pará ainda não houve o envelhecimento populacional, como está ocorrendo em grande parte do mundo.
Pesquisas realizadas por Ribeiro et al., (2023), sobre causas de morte hospitalar de idosos atendidos pelo Sistema Único de Saúde no estado do Espírito Santo, diferentemente do estado do Pará, a faixa etária de idosos acima de 80 anos apresentou maior percentual de óbitos, o que representa um prolongamento do envelhecimento do local, que vem sendo proporcionado pela melhora dos cuidados com a saúde e a qualidade de vida entre os idosos. 
Outros estudos, como o de Cavalheira et al., (2020), apontam que, quando comparados os óbitos de idosos mais jovens (60 a 69 anos) com os de idosos longevos (80 anos ou mais), revela, respectivamente, um percentual de óbitos de 13,31% e 30,9% do total de óbitos. (7)
O desenvolvimento de novas tecnologias também influencia diretamente no prolongamento do envelhecimento, porém é preciso que as estruturas assistências possam estar preparadas par a atender à necessidade de cuidado em longo prazo. (8)
Conclusão
Por meio deste estudo foi possível descrever o perfil epidemiológico de idosos hospitalizados com pneumonia no Estado do Pará. Como resultados, pôde-se inferir que dentre os anos de 2020 á 2022, o perfil populacional de pessoas acometidas por pneumonia consistiu na maioria do sexo masculino, a cor predominantemente parda, com a faixa etária em sua maior parte de 70 á 79 anos. 
Estas características correlacionam-se com um maior cuidado e programas voltados à prevenção de enfermidades pela mulher, assim como pela predominância regional da cor parda. No que concerne a faixa etária, isso se dá pela longevidade dos idosos mediante ao aumento da expectativa de vida, e quanto mais se avança a idade, por um processo fisiológico o corpo se torna mais susceptível a ser acometido por enfermidades como a pneumonia. 
É de suma importância que as ações de enfermagem em idosos hospitalizados com pneumonia sejam voltadas à boas práticas, evitando o aumento do tempo de internação, e consequentemente diminuindo as chances de complicações que podem levar ao óbito, como pneumonia nosocomial. 
Neste sentido, o presente estudo, através de seus resultados foi capaz de subsidiar o entendimento da comunidade cientifica acerca das informações do perfil epidemiológico de idosos hospitalizados com pneumonia no Estado do Pará, contudo, faz-se fundamental a realização de novos estudos que analisem a epidemiologia da pneumonia nos diversosEstados do país, com a intenção de subsidiar e incentivar as estratégias de promoção, prevenção e proteção da saúde coletiva, principalmente em relação à temática em evidencia. 
Referências
1.Valdéz JT. et al. Impacto de los programas de salud ERA y GES en la mortalidad por pneumonía adquirida en la comunidad en personas de 65 años o más en Chile. Rev Panam Salud Publica. v. 43, 2019 May. DOI: 10.26633/RPSP.2019.41. Disponível em:<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6499089/pdf/rpsp-43-e41.pdf>. Acesso em: 03 nov 2023.
2. Ribeiro JHS; et al. Manifestações clínicas das pneumonias e o risco para a saúde do idoso. Research, Society and Development, v. 12, n. 1, e25212139659, 2023.
3. Santos CM dos, Padula MPC, Waters C. Fatores de risco e incidência de Pneumonia Hospitalar em Unidade de Internação/ Risk factors and incidence of in-hospital pneumonia. Braz. J. Hea. Rev. [Internet]. 7];2(5): 2019, p.4866-4875. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/4245 Acesso em: 14 nov. 2023.
4. Rezende RW.; et al. Aspectos epidemiológicos de pacientes internados com pneumonia no Estado do Pará (de 2015 a 2019). Revista Brasileira de Educação e Saúde, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 80–85, 2020. DOI: 10.18378/rebes.v10i1.7650. Disponível em: https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/REBES/article/view/7650. Acesso em: 14 nov. 2023.
5. Rosa GB.; Santos MR.; Dellaroza MSG.; Nogueira E.; Rodrigues MKG.; Trelha C. S. Prevention of pneumonia in hospitalized elderly patients. Ciência, Cuidado e Saúde [Science, Care and Health], v. 19, 26 Aug. 2020.
6. Costa JG., Oliveira GM., Coni ROS., de Almeida VSM., Cardoso ACC., & Brasil, C. A. Perfil epidemiológico das internações hospitalares por pneumonia na Bahia, entre 2015 e 2019. Revista Enfermagem Contemporânea, 11, 2022, p.4198-4198.
7.Carvalheira P. de L. S. ., Buffel, T. da S. ., Souza DA. de ., Almeida IC. de J. ., Barbosa MT. O Enfermeiro na prevenção da pneumonia associada í ventilação mecânica em unidade de terapia intensiva neonatal. Saúde Coletiva (Barueri), 9(50), 2020, p.1803–1809.
8.Queiroz LF, Anami EH, Zampar EF et al. Epidemiology and outcome analysis of burn patients admitted to an Intensive Care Unit in a University Hospital. Burns May; 42(3): 2020. p.655–662.
Anexo A – Normas revista Enfermagem Brasil 
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Abreviação para citação: Enferm Bras
ISSN eletrônico: 2526-9720
ISSN impresso: 1678-2410 (edição impressa descontinuada desde 2016)
Qualis/Capes: B2
Artigo original: Trabalho resultante de pesquisa científica apresentando dados primários com relação a aspectos experimentais, observacionais, ensaios clínicos ou estudos de caso-controle. Deve conter as sessões seguintes: Introdução, Métodos, Resultados, Discussão, Conclusão, Referências.
Título: O título do artigo deve ter entre 5 e 15 palavras, resumindo o conteúdo do artigo (tópico, métodos, resultados), sem siglas, abreviaturas nem vírgulas.
Autores: Por razões de indexação, todos os manuscritos devem mencionar a titulação, instituição, Currículo Lattes e ORCID de todos os autores. Essas informações devem estar listadas no manuscrito inicial e podem ser inseridas no cadastro dos autores do artigo (colocar o link para Lattes na casa URL).
Resumo: O resumo deve apresentar os objetivos, métodos, resultados e as principais conclusões (em inglês, português e espanhol). Não usar abreviaturas ou siglas no título do artigo, nos subtítulos e nos resumos.
Palavras-chave: Todo artigo deve conter no mínimo três e no máximo cinco palavras-chave. As palavras-chave, em português e inglês, devem seguir os Descritores de Ciências da Saúde (DeCS). Evitar reproduzir em palavras-chave as palavras usadas no título.
Abreviaturas e siglas: Devem ser precedidas do nome completo quando citadas pela primeira vez no texto.
Introdução: Deve apresentar o assunto e objetivo do estudo de maneira concisa, bem fundamentado em referências atuais ou clássicas de relevância.
Métodos: Deve descrever o experimento (quantidade e qualidade) e os procedimentos em detalhes suficientes que permitam a outros pesquisadores reproduzirem os resultados ou darem continuidade ao estudo. Ao relatar experimentos sobre temas humanos e animais, indicar se foram seguidas as normas do Comitê de Ética sobre Experiências Humanas da Instituição na qual a pesquisa foi realizada e se os procedimentos estão de acordo com a declaração de Helsinki e Animal Experimentation Ethics. Identificar precisamente todas as drogas e substâncias químicas usadas, incluindo os nomes genéricos, dosagens e formas de administração. Não usar nomes dos pacientes, iniciais, ou registros de hospitais. Citar referências pelo uso de procedimentos estatísticos.
Resultados: Apresentar os resultados em sequência lógica do texto, usando tabelas e ilustrações. Não repetir no texto todos os dados constantes das tabelas e ou ilustrações. No texto, enfatizar ou resumir somente os resultados importantes.
Discussão: Enfatizar novos e importantes aspectos do estudo. Os resultados do estudo devem ser comparados e discutidos com os de outros estudos sobre o tema, para que sejam devidamente identificadas as semelhanças e discordâncias constatadas, com suas respectivas explicações.
Conclusão: Deve ser clara e concisa, estabelecendo uma relação com os objetivos do estudo, conforme os resultados. Portanto, nas conclusões devem constar apenas respostas diretas aos objetivos do estudo baseadas em seus resultados.
 Referências: Citar as referências essenciais ao conteúdo do artigo. Numerar as referências de forma consecutiva de acordo com a ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no texto. No corpo do texto as referências devem ser colocadas em números arábicos entre colchetes.
As referências devem ser redigidas de acordo com o formato Vancouver, como orientado no documento: Citing Medicine: The NLM Style Guide for Authors, Editors and Publishers
AnoMasculinoPorcentagemFemininoPorcentagemTotal 
20203.10954,002.64246,005.751
20213.83653,163.38046,847.216
20222.86752,652.57847,355.445
Total9.81253,298.60046,7118.412
Óbitos Por Pneumonia nos Anos de 2020 a 2022
Cor/raçaQuantidade
Parda30.807
Branca2.262
Preta868
Amarela650
Indigena106
Total34.693
Óbitos por pneumonia 2020 á 2022 por cor/raça
faixa etáriaÓbitos
50 - 596.108
60 - 699.312
70 - 799.955
80 +8.471
Total33.846
Óbitos por pneumonia 2020 á 2022 por faixa etária

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