Prévia do material em texto
NEUROCIÊNCIA NP2 DISLEXIA Distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. - DISLEXIA é um transtorno especifico de aprendizagem, de origem neurológica; Apresenta dificuldades na aquisição e fluência na leitura e escrita (desenvolvimento cognitivo dentro dos padrões de normalidade) défit no processamento fonológico e baixo desempenho em algumas habilidades cognitivas são as principais características encontradas nesse transtorno. - Suas principais características são: Dificuldades com a linguagem; em escrever; com a ortografia; lentidão na aprendizagem da leitura; - ENTRETANTO -> a presença de alguns sintomas não significa que tenha dislexia – podem ser decorrentes de fatores variados; Deficiência síndromes neurológicas diversas, transtornos psiquiátricos, problemas emocionais e fatores de ordem socioambiental. - Então, a DISLEXIA é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresenta ainda alteração nos padrões neurológicos; Com predominância em meninos. - Só é possível perceber a dislexia quando se inicia a alfabetização. - BASES NEUROLOGICAS - Menor ativação das áreas cerebrais responsáveis pela decodificação fonológica, leitura e escrita localizadas no hemisfério esquerdo. - Áreas cerebrais que os estímulos visual e auditivo percorrem quando o indivíduo está ouvindo e falando: Recepção na área auditiva primária (córtex Temporal). Recepção na área Visual primária (Córtex Occipital). Processamento visual do símbolo gráfico no giro angular. Integração e interpretação dos estímulos visuais e auditivos na área de Wernicke. Ativação da área motora de Broca para fala ou escrita. - TIPOS DE DISLEXIA - - Auditiva –> dificuldades na discriminação de sons de letras e palavras compostas e na lembrança de padrões de sons, sequências, instruções e histórias. - Visual –> dificuldade tanto em seguir e reter sequências visuais como na análise e integração visual de quebra-cabeças. TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividades) - É uma desordem neurobiológica por dificuldades em privilegiar um foco e sustenta-lo com nível suficiente de atenção, modular níveis de atividade cognitiva, em alguns casos, controlar comportamentos impulsivos. - TDAH foca no envolvimento do sistema nervoso central, fatores genéticos e fatores ambientais. - FATORES QUE CAUSA DIFICULDADES DE APRENDIZADO: LESÃO CORTICAL => Estímulos não são bem avaliados, o que resulta em menor capacidade cognitiva FALTA DE INTERESSSE => Pode ser resultado de distúrbios emocionais ou comportamentais FALTA DE ATENÇÃO => Geralmente está associada à HIPERATIVIDADE, pode depender de inúmeras causas, dentro e fora do SNC - Formação Reticular - Mantém o córtex alerta para receber novos estímulos Atua como um “filtro” para os estímulos sensitivos recebidos concomitantemente Necessita de maturação para que possa desempenhar adequadamente suas funções - Até por volta de 1 ano: FR imatura por não ter ainda neurônios mielinizados = > Crianças mantém estado de relativa falta de atenção - Até os 04 anos a criança pode ser desatenta e hiperativa sem que isso seja patológico e fora do normal. - Se o assunto abordado não desperta interesse na criança ou se a criança não entende do que se fala => DESATENÇÃO e HIPERATIVIDADE TDAH => reconhecido pela OMS como um dos principais diagnósticos quando uma pessoa apresenta: desatenção; impulsividade; hiperatividade. - Diagnóstico: incapacidade de ficar quieto; distração fácil por estímulos irrelevantes; desatenção a perguntas e em tarefas; falta de controle dos impulsos. - FATORES GENÉTICOS – - Estudos genéticos clássicos Com familiares; - Irmãos de pacientes com TDAH => prevalência maior do que meio irmãos - Parentes em segundo grau de crianças afetadas => maior risco - Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística de Desordens Mentais (DSM-IV, 1994) Pelo menos 6 sintomas de desatenção e/ou 6 de hiperatividade/impulsividade Sinais presentes, ininterruptamente, pelo menos nos últimos seis meses Aparecimento pela 1ª vez antes dos sete anos de idade Sintomas devem manifestar-se em dois ou mais contextos (escola, casa etc) - Base Neurobiológica – - Disfunção no córtex pré-frontal e suas conexões com as regiões subcorticais; Falha no desenvolvimento dos circuitos cerebrais que possibilitam a inibição e o autocontrole - sintomas do TDAH: - Disfunções no funcionamento cerebral => alterações nos sistemas de neurotransmissores - Nível diminuído no córtex pré-frontal. - Neurotransmissores: Dopamina e Noradrenalina - Ambos trabalham de forma unida para conseguir um nível adequado de atenção, controle inibitório e planejamento do comportamento motor. - Crianças com TDAH => performance prejudicada – Atenção; Percepção; Planejamento; Organização; Falhas na inibição comportamental Processos relacionados com o córtex pré-frontal e com áreas subcorticais. - Quadro clínico do TDAH - - Após os 2 anos: Crianças com movimento normal tende a se organizar e conseguem estabelecer relação com regras e ritmos impostos. - Crianças com TDAH podem chegar aos 05 anos com agitação excessiva - daí a importância de não se fazer um diagnóstico antes dos 04 anos. Tanto o diagnóstico como o tratamento devem ser interdisciplinares - O comportamento pode ser alterar com o contexto – - ATENÇÃO e MOTIVAÇÃO não se dissociam. Parte dos circuitos cerebrais responsáveis pelos processos de atenção cumprem também um papel importante na motivação. Por isso, quando a criança com TDAH está muito motivada, seu rendimento melhora. - Comorbidades - Termo utilizado para designar a ocorrência de dois ou mais transtornos em um mesmo indivíduo - Crianças com TDAH Risco aumentado de desenvolverem outras doenças psiquiátricas na infância, adolescência e idade adulta. Cerca de 50% SISTEMA LÍMBICO É por vezes chamado de “cérebro emocional”, pois sua função primária está relacionada com uma série de emoções, tais como dor, prazer, docilidade, afeto e raiva. Ele também está envolvido com o olfato e com a memória. - O SISTEMA LÍMBICO É UMA INTERCONEXÃO DE ESTRUTURAS DE VÁRIAS PARTES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL. Límbico = marginal, que rodeia. - Neuroanatomia das emoções - Sistema nervoso periférico SNA Sistema motor somático Sistema nervoso central Áreas corticais; Estruturas subcorticais; => SISTEMA LÍMBICO Hipotálamo; Amígdala. - Órgãos efetuadores das expressões emocionais: Órgãos viscerais; Musculatura esquelética. - É importante destacar que as estruturas envolvidas com a emoção se interligam intensamente e nenhuma delas é exclusivamente responsável por este ou aquele tipo de estado emocional. - No entanto, algumas contribuem mais que outras para esse ou aquele determinado tipo de emoção. - CIRCUITO DE PAPEZ – (recomendo olha o slide) Primeiro modelo sobre o circuito neural das EMOÇÕES Regiões corticais e subcorticais - AMIGDALA - - Quais as suas Funções? Ativar reações emocionais de medo e ansiedade; Informar se gostamos, ou não, de alguém; Importante na percepção de expressões faciais (ex.: medo, alegria,…). - Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras coisas, com que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de fora, como a visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo mas não sabe se gosta ou desgosta da pessoa em questão. - AMIGDALA - discrimina estímulos associados ao medo e alerta o organismo; disparador do medo e ansiedade - LESAO BILATERAL DA AMIGDALA - MUDANÇAS EMOCIONAIS: Ignora as expressões de medo e de ira nas outras pessoas Diminui a agressividade Não sente medo ou ansiedade Mas preserva o reconhecimento de sentimentos como alegria, prazer - BULBO OLFATIVO - É responsável pelo sentido olfativo; - Está associado ao “cérebro emocional” e codifica os aromas, podendo despertar até memórias mais remotas. Possui acesso muito íntimo à amígdala, que processa emoções, e ao hipocampo, responsável pelo aprendizadoassociativo. - Durante os processos de comunicação humana, seis mecanismos diferentes de memória são ativados: Memória Visual, Memória Auditiva, Memória Mecânica, Memória Tátil, Memória Gustativa e Memória Olfativa. - HIPOCAMPO – Muito importante na retenção de novas memórias E quando ocorre uma lesão: Incapacidade de formar novas memórias. - Um doente afetado se lembrará de tudo que viveu antes da lesão, mas não se lembrará de nada do que aconteceu depois da lesão. - O hipotálamo, que representa menos de 1% da massa cerebral, é uma das mais importantes vias eferentes motoras do sistema límbico, controla a maioria das funções vegetativas e endócrinas do corpo e vários aspectos do comportamento emocional. Hormônios: H. tireoidiano – aumenta o metabolismo geral do corpo. Deficiência no adulto: depressão. Hipersecreção: ansiedade e agitação motora H. Sexuais – testosterona e estrógeno. Aumentam a libido sexual H. supra-renais – modulam comportamentos emocionais - O hipotálamo é o principal centro controlador e integrador do SNA. Ele recebe aferências sensitivas relacionadas com funções viscerais, olfação e gustação, bem como relacionadas com mudanças de temperatura, osmolaridade e níveis sanguíneos de várias substâncias. - O hipotálamo também recebe impulsos nervosos relacionados com emoções oriundos do sistema límbico. - As eferências hipotalâmicas influenciam centros autônomos no tronco encefálico (como os centros cardiovascular, de salivação, de deglutição e de vômito) e na medula espinal - Córtex pré-frontal – - Não faz parte do circuito límbico tradicional, mas suas intensas conexões com o tálamo, amígdala e outras estruturas sub-corticais; Explicam o importante papel, especialmente, na expressão dos estados afetivos. - Quando o córtex pré-frontal é lesado, o indivíduo perde o senso de suas responsabilidades sociais, bem como a capacidade de concentração e de abstração. - Estruturas do Sistema Límbico - - Giro do Cíngulo Contorna o Corpo Caloso - ligando-se ao giro para-hipocampal. Sua porção frontal coordena odores e visões, agradáveis de emoções anteriores. Participa da reação emocional à dor e da regulação do comportamento agressivo. - Cinguloctomia: em animais causa domesticação total. No homem já foi empregada, em psicóticos graves. (olhar slide – tem uma esqueminha muito bom) NEUROPSICOLOGIA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS - As funções cognitivas são divididas em: Percepção, Memória, Atenção, Linguagem, Funções executivas. - O sistema cognitivo nada mais é do que a relação entre estas funções, desde os comportamentos mais simples até os de maior complexidade, que exigem muito mais do nosso cérebro. - PERCEPÇÃO – É uma função cognitiva onde o indivíduo é capaz de formar e distinguir os estímulos vindos de um ambiente através dos órgãos sensoriais e poder dar um significado para eles. - Desde os receptores periféricos e vias aferentes, até o córtex, passando pela medula, tronco encefálico e tálamo, o processamento se dá por diferentes níveis. - Cada sistema sensorial apresenta uma modulação própria para o reconhecimento consciente do estímulo aplicado. - Posteriormente, os receptores sensoriais se encarregam de traduzir os estímulos, que são codificados e levados por vias complexas para os centros superiores, onde por fim, essas informações são processadas. - Somestesia - Estudo das sensações que têm origem na superfície do corpo e em tecidos profundos. - Sensações de: tato, pressão, calor/frio, dor, funcionamento muscular e articular - Mecanorreceptores - - Receptores de sensibilidade tátil cutânea: Encontrados na superfície corporal. Captam informações táteis, de pressão e vibração. - Receptores de sensibilidade tecidual profunda: São estimulados a partir da deformação tecidual. - Receptores auditivos: Encontrados dentro da Cóclea. Detectam vibrações na faixa de frequência das ondas de pressão sonora. - Termorreceptores – Sensíveis à variação de temperatura. - Mais numerosos que os mecanorreceptores. Existem mais receptores para o frio do que para o calor. - Nocirreceptores – Terminações nervosas livres que respondem a estímulos relacionados com algum tipo de dano tecidual. Responsáveis pela dor superficial e profunda. - Receptores Eletromagnéticos – Também denominados fotorreceptorres. Células sensoriais encontradas na retina sensíveis à radiação eletromagnética. - Tipos celulares: cones (visão colorida) - bastonetes - Quimiorreceptores – Monitoram as concentrações de gases e substâncias químicas dissolvidas nos líquidos corporais e no sangue - Gustação - Olfação - O olfato humano é bem reduzido em comparação ao de outras espécies de mamífero. - Regiões somatosensoriais no córtex cerebral Córtex somestésico e as sensações - O córtex somatossensorial de cada hemisfério, recebe informações sensoriais do lado oposto do corpo, pois a maioria dos caminhos transportadores de informação através da medula ocorrem no lado oposto antes de terminarem no córtex. - Assim, danos no córtex somatossensorial do hemisfério esquerdo, produzem deficiências sensoriais no lado direito do corpo, e vice-versa. - ATENÇÃO – Uma função muito complexa e o nível dela é determinado pelo comportamento. - Para que a atenção seja bem advinda é importante que o foco seja mantido. - A atenção é essencial para os processos existentes para a memorização. - Sempre vamos apontar a nossa atenção para algo que avaliamos ser mais importante em determinados momentos dos nossos dias. - Atenção seletiva – ocorre quando uma pessoa escolhe um estímulo que ela deseja prestar atenção. Exemplo: ler uma revista, mesmo quando a televisão esteja ligada e fazendo ruídos de fundo; - Atenção dividida – é uma capacidade que a pessoa possui de prestar atenção em mais de um estímulo. Exemplo: ouvir música e falar ao telefone, andar de bicicleta enquanto conversa com outra pessoa que também está pedalando; - Formação reticular – rede difusa de neurônios com projeção ascendente e descendente. Recebe todas as aferência sensoriais do corpo. O SARA promove a ativação cortical e é responsável pela atenção dirigida. - Para que os processos mentais humanos sigam seu curso correto, o estado de vigília é fundamental. - É apenas em condições ótimas de vigília que o homem pode receber e analisar informações. - Ritmo Biológico – sequências biológicas => qualquer processo período atrelado ao um ser vivo ou a um grupo. - Ritmo Circadianos – designa o período de aproximadamente 24 h. sobre qual se baseia o ciclo biológico. VIGILIA => vários sistemas corticais em funcionamento. - SONO – - CICLO SONO-VIGÍLIA: A necessidade fisiológica do sono é controlada pela arquitetura intrínseca e pelo ritmo circadiano do sono e vigília. - Para um estado ótimo de vigília, um adulto requer 7 a 8,5 h de sono num período de 24 h, com despertares noturnos de até 5% do tempo total na cama. Há diferenças individuais em relação à necessidade de sono. Algumas pessoas dormem apenas de 4 a 5 horas por noite. Outras necessitam de 9 a 10 horas. - MEMÓRIA – Uma das funções cognitivas que mais empregamos, porque ela está em funcionamento durante toda a vida de um humano. - É a capacidade que temos de registrar informações, lembrar-se delas e depois aproveitá-las no presente. O nível de atenção é que produz o bom funcionamento da memória. - Para que o bom armazenamento ocorra as atividades cognitivas, como a capacidade de percepção e associação, são importantes para que os conhecimentos sejam armazenados corretamente. - Existem várias etapas na memória, sendo estabelecidas por: Memória de curto prazo: utilizam os nossos sentidos e Memória de longo prazo: conhecimentos que demarcamos como os mais importantes e ficam presentes no nosso cérebro por mais tempo. - Mas a memória é influenciada em outros fatores, tais como as emoções e a motivação. - Quando estamos mais motivados para aprender algo, memorizamos com mais facilidade, ou seja, o armazenamento das informaçõesse torna mais fácil e tende a ficar armazenado na nossa memória por mais tempo. - MEMORIA DECLARATIVA – lobo temporal medial, diencefalo – fatos e eventos; - MEMORIA NÃO-DECLARATIVA – condicionamento classico – memoria de procedimentos: habilidades e habitos (esfriado), musculatura esquelética (cerebelo), resposta emocionais (amigdala). - Outra diferença é que as memórias declarativas são frequentemente fáceis de formar e também são facilmente esquecidas. - Em contraste, a formação de memórias não-declarativas tende a requerer repetição e prática durante um período mais longo, mas essas memórias têm menor probabilidade de serem esquecidas. Hipocampo e o córtex temporal: envolvidos na formação da memória declarativa, mas não na memória de procedimentos. Núcleos do cerebelo e medula espinhal: formação de memórias de procedimento, mas não intervêm na memória declarativa. - Memórias de Longa e Curta Duração: Memória de Longa Duração: podemos recordar horas, dias, meses ou anos após as informações terem sido armazenadas. Memórias de Curta Duração: duram alguns segundos ou no máximo, poucas horas. Obs. Traumatismos geralmente acometem a memória de curta duração, não a de longa duração, exceto nas lesões mais graves com perda de massa encefálica de determinadas regiões. Amnésia A perda de memória pode estar associada a determinadas doenças neurológicas, a distúrbios psicológicos, a problemas metabólicos e também a certas intoxicações. A forma mais frequente de perda de memória é conhecida popularmente como "esclerose" ou demência. Amnésia retrógrada – o indivíduo se recorda somente dos fatos ocorridos depois do trauma sofrido, esquecendo-se dos fatos passados. Amnésia anterógrada - o indivíduo se lembra perfeitamente das ocorrências a longo prazo, porém não se recorda dos acontecimentos recentes. Normalmente ocorre por traumas cerebrais. - Vimos que a memória pode ser classificada com base em sua duração, o tipo de informação armazenada e as estruturas encefálicas envolvidas. PLASTICIPADE CEREBRAL É a capacidade do cérebro de se remodelar em função das experiências do sujeito => permite a aprendizagem ao longo da vida. - Neuroplasticidade => é a habilidade do cérebro para se recuperar e reestruturar; Permite os neurônios se regenerar anatomicamente e funcionalmente, e formar novas conexões sinápticas. - Plasticidade funcional compensatória - O declínio neurobiológico que acompanha o envelhecimento está bem documentado na bibliografia científica e explica por que os adultos idosos têm um pior desempenho do que os adultos jovens nos testes neurocognitivos. Na presença de déficits relacionados ao envelhecimento e na diminuição da plasticidade sináptica que acompanha o envelhecimento, o cérebro, mais uma vez, manifesta sua plasticidade de múltiplas fontes ao reorganizar suas redes neurocognitivas. O cérebro alcança esta solução funcional através da ativação de vias neurais alternativas, que a maioria das vezes ativam regiões em ambos os hemisférios (quando apenas um é ativado nos adultos jovens). - LINGUAGEM – Tem uma importância muito ampla, e é definida pelo uso de um meio aparelhado de combinar as palavras a fim de se comunicar, apesar de que a comunicação não se constitui excepcionalmente em um processo verbal. - As formas não verbais, como os desenhos ou gestos são igualmente capazes de imprimir sentimentos e ideias. - A capacidade para aprender a ler e a escrever é exclusiva da espécie humana. Ela se deve, fundamentalmente, aos seguintes fatores de como está estruturado e funciona o sistema nervoso central: Plasticidade dos neurônios para se reciclarem para novas aprendizagens; Dominância e especialização das várias áreas secundárias e terciárias do hemisfério esquerdo para a linguagem verbal; Interconexão entre as várias áreas mesmo distantes, inclusive as que processam a significação, com as que processam em paralelo a linguagem verbal; - Assim como nos estudo de Broca e Wernicke, a técnica mais antiga para o estudo da relação entre a linguagem e o encéfalo envolve a correlação de deficiências funcionais com lesões em determinadas áreas encefálicas. A ocorrência de diferentes tipos de afasias, sugere que a linguagem seja processada em vários estágios, em diferentes locais no encéfalo. CONJUNTO DE PRE-REQUISITO QUE A CRIANÇA DEVE DESENVOLVER PARA PROFIENCIA DA LEITURA E ESCRITA MATURUDADE PERPECTUAL Auditiva, visual, dominância lateral, reconhecimento da dominância lateral. ESQUEMA CORPORAL/ORIENTAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL Identificação em si identificação no outro e posição no espaço gráfico. DESENVOLVIMENTO MOTOR Motricidade fina. LINGUAGEM Compreensão oral, consciência fonológica, expressão oral. - São três os processos de aquisição da linguagem: a interna, a receptiva; a expressiva. - Dentro de cada uma delas podem ocorrer distúrbios que tendem a comprometer a aprendizagem. - MOTRICIDADE - capacidade de contração e relaxamento do músculo esquelético, controlada por fibras do sistema piramidal, extrapiramidal e cerebelar. - Movimentos: Reflexos – medula espinhal; Rítmicos – tronco encefálico; Posturais – tronco encefálico; Voluntários – córtex motor. - O SN Central necessita de um mecanismo que o conecte ao SN Periférico. Este mecanismo se processa através de vias aferentes e eferentes. As vias aferentes são vias sensitivas e sensoriais, centrípetas, que nascem na periferia, e fornecem todos os tipos de informações aos centros receptores. As vias eferentes são centrífugas a partir dos centros efetores, geram impulsos, e esses impulsos irão estimular a contração muscular. - SISTEMA PIRAMIDAL - Responsável pela motricidade voluntária e integra os movimentos que exigem habilidade, movimentos delicados ou complicados. - Esse sistema passa pela pirâmide do bulbo, sendo constituído por 3 grandes vias axônicas originárias do córtex cerebral unindo-se a medula, tronco encefálico e cerebelo. - SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL – Responsável pela manutenção do tônus muscular e pelo controle dos movimentos corporais. Também importante na coordenação dos movimentos da cabeça e olhos na observação do movimento de um objeto. - A lesão extrapiramidal não causa ausência de força motora, mas leva a um aumento no tônus muscular, a alterações na postura e na marcha, à lentidão ou abolição dos movimentos involuntários. - SISTEMA CEREBELAR – Responsável pela movimentação automática, involuntária e por correções e modulações dos movimentos voluntários. Proporciona um movimento mais preciso e coordenado; - A lesão no sistema cerebelar conduz a alterações na coordenação, na marcha, no equilíbrio, como também reduz o tônus muscular. - O CEREBELO está associado ao cálculo antecipado necessário a uma programação prévia. - FUNÇÕES EXECUTIVAS – Correspondem a um conjunto de habilidades que, de forma integrada, permitem o individuo direcionar comportamentos a metas, avaliar a eficiência e a adaptação desses comportamentos, abandonar estratégias ineficazes em prol de outras mais eficientes e dessa forma resolver problemas; Podem ser comparadas a um gerenciador dos recursos cognitivo-emocionais, cuja tareja seria a resolução de novos problemas. - O que podemos dizer sobre as funções cognitivas é que elas se interagem entre si, mas precisamos separá-las para poder estuda-las, porque o humano é caracterizado pela sua totalidade. - As funções executivas, por exemplo, reúnem todas as funções citadas anteriormente. - Quando precisamos resolver um problema, são ativadas todas as funções cognitivas para que ele seja solucionado. - Para resolver um determinado problema, o sujeito precisa utilizar todas as funções cognitivas. - A atuação do neuropsicólogo - seja na pesquisa, na avaliação ou na reabilitação - se dá sobre os quadros que envolvem algum distúrbio das funções cognitivas, como TDAHT, Alzheimer, Dislexias, ou qualquer distúrbio neurodegenerativo, na avaliação pré-cirúrgica, etc. - É importante lembrar que a neuropsicologia é uma áreadas neurociências e que portanto, o neuropsicólogo não trabalha sozinho, e sim existe uma equipe atuando em conjunto para o bem estar do paciente. DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO - AUTISMO – Definido com um défices de interação verbal e não verbal, que ocorrem de forma persistente em diferentes contextos. Abrange défices em reciprocidade social, em interações não verbais e falta de habilidade para compreender determinadas relações. Défices estes acompanhados da existência de padrões comportamentais restritivos ou repetitivos; Na nova versão do DSM a linguagem deixa de ser critério de diagnostico. - Tem maior incidência no sexo masculino; - Aproximadamente 75% dos indivíduos com autismo possuem Deficiência Mental; - Acredita-se que se trata de uma alteração envolvendo múltiplos genes (entre 5 e 10) para a manifestação do quadro característico observado em pessoas com autismo. - 60% a 70% de causa do autismo é genética e 30% a 40% é decorrente de danos ao Sistema Nervoso Central ocorridos na fase pré-natal ou perinatal; - Estudos independentes encontraram anormalidades da anatomia e do funcionamento em repouso do lobo temporal em pacientes autistas. Essas alterações estão localizadas bilateralmente nos sulcos temporais superiores. Essa região anatômica é de grande importância para a percepção de estímulos sociais essenciais. - Anormalidades anatômicas em autistas foram identificadas em diversas áreas encefálicas, que incluem: cerebelo, tronco encefálico, lobos frontais, parietais, hipocampo, corpos amigdaloides. - O que é Síndrome de Asperger? Transtorno que afeta a forma como o paciente percebe o mundo e interage com as pessoas. - Desde 2013, ela deixou de ter um diagnóstico separado para ser considerada parte do grupo de desordens do espectro do autismo. - De acordo com a 5a edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, publicado naquele ano, o Asperger é considerado uma desordem de nível 1 dentro do espectro autista — ou seja, é como se fosse um tipo mais brando de autismo. - Doenças Neurodegenerativas Relacionadas ao Envelhecimento – - Alzheimer – Condição neurodegenerativa caracterizada por deterioração de memória e de outras funções cognitivas; Comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma multiplicidade de alterações comportamentais e psicológicas que mais comprometem a qualidade de vida na velhice. - Foram encontradas mutações no DNA que ocorrem dentro do cromossoma 21. - Esses fenômenos são encontrados no córtex (afetando a cognição), na amígdala e no hipocampo, o centro da memória de curto prazo. Isto é consistente com as alterações emocionais e a perda de memória de curto prazo características da DA. - Também são observadas alterações nos sistemas neurotransmissores. Em particular, existe uma deficiência séria de acetilcolina. - Atrofia do córtex, camada periférica onde são realizadas as funções nervosas elaboradas, como os movimentos voluntários. - A alteração é percebida na região localizada entre os lobos temporais e no córtex parietal, próximo aos ossos laterais do crânio. - Existem 3 fases na Doença de Alzheimer com aproximadamente 2 a 3 anos cada: FASE (primaria) Déficit na memória recente e remota; Alterações na personalidade; Estágios de irritabilidade Déficit no raciocínio linguístico Presenta-se confuso e tem dificuldade em tomar decisões Nesse estágio o paciente possui consciência e percepção de suas dificuldades e usa, frequentemente, estratégias para compensá-las. FASE (segundaria) Déficit de memória e aprendizagem Baixa afetividade Comunicação com conteúdo desorganizado Dificuldades perceptivas Fala é mais fluente, porém menos coerente, nesta fase No sistema motor de fala, apresenta tremores ou movimentos involuntários. FASES (terciaria) Funções intelectuais globalmente deterioradas Estado de dependência total Sua personalidade totalmente desorganizada Comunicação com ecolalias, perseveração e mutismo. - A doença de Alzheimer - é a principal causa de demência e a causa líder de incapacitação entre as pessoas com mais de 60 anos. - Os sintomas são frequentemente acompanhados por distúrbios comportamentais: Agressividade, Alucinações, Hiperatividade, Irritabilidade, Depressão, Transtornos do humor. - AVC - Acidente Vascular Cerebral – - O cérebro é um órgão muito complexo e responsável pelas funções do nosso corpo. Nele há diversas artérias que levam oxigênio e nutrientes para todas as partes, fazendo assim com que o nosso cérebro funcione. - O acidente vascular cerebral, também conhecido como derrame, ocorre quando há um entupimento ou um rompimento de alguma dessas artérias, prejudicando o funcionamento de alguma ou várias partes do cérebro, causando danos cerebrais temporários ou permanentes. Grande parte dos indivíduos que sofreram um AVC apresentam dificuldades motoras, cognitivas, psicológicas e sociais. - Essa doença pode ocorrer em várias fases da vida, porém a medida que o ser humano envelhece o risco aumenta, acontecendo com maior frequência em pessoas com mais de 55 anos. As chances de ter um AVC dobram a partir dessa idade. - O nosso cérebro é dividido em duas partes, hemisfério direito e hemisfério esquerdo. O hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério esquerdo controla o lado direito. - Cada parte do nosso cérebro é responsável por uma função. Assim, os prejuízos que o AVC pode trazer vão depender do local e do tamanho da lesão. - ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO - - Tipo de AVC mais comum - acomete cerca de 80% dos pacientes - O AVC Isquêmico se deve ao fato da falta do fluxo sanguíneo para o cérebro. Isso pode ocorrer por 3 motivos: Obstrução arterial, através de um trombo ou um êmbolo; Queda na pressão de perfusão sanguínea, como em casos de choque; Obstrução na drenagem do sangue venoso - como acontece na trombose venosa – O que dificulta a entrada do sangue arterial no cérebro. - O Ataque Isquêmico Transitório (AIT) se caracteriza por um entupimento passageiro em um dos vasos sanguíneos, mas que não chega a causar uma lesão cerebral. Ou seja, é um déficit de sangue momentâneo que se reverte em poucos minutos ou em até 24 horas, sem deixar sequelas. Caso o tempo de 24 horas ultrapasse e o AIT ainda não tenha se revertido, ele passa a se chamar Acidente Isquêmico Vascular por Definição. - ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO - Esse tipo de AVC é o menos comum de ocorrer Ele acontece quando há uma ruptura de um vaso sanguíneo localizado dentro do crânio do paciente, causando uma ação irritativa por conta do contato do sangue com o parênquima nervoso (tecido cerebral com maior função). Além disso, essa inflamação, juntamente com a pressão que o coágulo faz sobre o tecido nervoso, prejudica e degenera o cérebro, bem como a sua função.