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REVISÃO FINAL

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Fontes do Direito
Fontes do Direito - Onde o Direito vai pegar elementos para modificar o ordenamento jurídico
Estatal – regras gerais produzidas pelo poder público.
a.1) Sentido Restrito: Norma que está em vigor. Fonte imediata/Próxima/Concreta/Material
a.2) Sentido Amplo: Não estando em vigor, nem em vigência, auxiliam o legislador a regular o tema.
a.3) Jurisprudência: Entendimento/ decisões dos tribunais sobre determinados temas
Não estatal – regulamentação dos variados grupos e seguimentos sociais, que definem regras internas de comportamento e funcionamento: condomínio, empresa, igreja, clube, parque.
b.1) Negócio Jurídico: Típico contrato, que faz lei entre as partes, estabelece entre os contraentes um conjunto de normas jurídicas individuais.
b.2) Usos e Costumes: Práticas reiteradas de uma determinada sociedade (uso), sob as quais, essa sociedade as tem como suas, e indispensáveis na construção de sua história, na justificativa do seu presente e seu futuro.
 
Lei 
Regra tornada obrigatória pela força coercitiva do poder legislativo ou de autoridade legítima, que constitui os direitos e deveres numa comunidade.
Projeto de Lei
Projeto de Lei -  proposta criada pelo legislador e apresentada para ser discutida e convertida em lei. Caso não seja barrada em nenhuma etapa ele seguirá o seguinte curso:
- Casa Legislativa;
- CCJC (Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania);
- Comissões Específicas (transporte, educação, etc.);
- Plenário;
- Chefe de Estado;
Caso seja vetado pelo Chefe de Estado, volta para o Plenário, que através de votos pode ou não derrubar o veto. O projeto também pode ser vetado parcialmente ou integralmente pelo Chefe de Estado. Uma vez aprovado (promulgado, sancionado) o projeto se torna lei e é publicado se acordo com o tipo de lei (municipal, estadual, federal), no DOM ( Diário Oficial do Município), ou no Diário Oficial de Minas Gerais (no caso do nosso estado) ou no Diário da União (no caso da federação).
Vigência
Vigência - é a qualidade da norma que diz respeito ao tempo de validade, ao período que vai do momento em que ela entra em vigor até o momento em que é revogada
Vigor
Vigor - É a qualidade da norma jurídica que diz respeito a sua força vinculante, ou seja, à impossibilidade de os sujeitos subtraírem-se a seu império, independentemente da verificação de sua vigência ou de sua efetividade.
Vacância
Vacância (Vacatio Legis) - designa o período que decorre entre o dia da publicação de uma lei e o dia em que ela entra em vigor, ou seja, tem seu cumprimento obrigatório.
*Uma norma só sai do mundo jurídico apenas quando o legislador cria uma nova norma que revoga a anterior.
Interpretação de norma jurídica 
Hermenêutica Jurídica – A lei tem que ser interpretada. Interpretação jurídica
Interpretar: trazer a mensagem normativa ao tempo de aplicação ao tempo concreto, da decibilidade, da melhor conduta a ser seguida.
Método Gramatical - Método Literal. Sentido literal/textual na norma Constitucional.
Método Sistemático – Busca corelacionar o todo com a parte.
Método Histórico – Para entender o sentido atual, temos que entender o passado. Busca antecedentes remoto e imediatos que interferiram no processo de interpretação constitucional.
Método Sociológico – Busca adaptar a Constituição à realidade Social.
Método Comparado – Toma o interprete para chegar a um resultado interpretativo, considerando a comparação do tratamento do tema em outros países com a mesma formação jurídica.
Método Teleológico/Sistemático – Busca realizar a finalidade das normas Constitucionais, superando a realidade descrita na norma.
Resultado de interpretação de norma jurídica
O resultado deve ser sempre ético.
Resultado é aquele resultado que chega ao interprete em que a mensagem normativa está de acordo com seu tema de aplicação ao caso completo ou da decidibilidade melhor conduta a ser seguida. (resultado declaratório é aquele resultado em que chega o intérprete, no qual a mensagem normativa, declara englobadas todas as situações assemelhadas ao tempo de aplicação ao caso concreto ou à decidibilidade da melhor conduta a ser seguida. Ou seja: está de acordo com o seu tempo de aplicação ao caso concreto ou da decidibilidade.),
Resultado Extensivo – é aquele resultado a que chega o interprete em que a mensagem normativa, além das previstas na norma compreende aqueles casos assemelhados à aqueles previstos na norma. (corresponde ao resultado a que chega o intérprete da norma jurídica, no qual a mensagem normativa compreende outras situações assemelhadas àquelas prevista na norma em análise),
Resultado Restritivo ou Revogatório – resultado em que a mensagem normativa não se aplica ao caso concreto, seja total ou parcialmente. (quando a mensagem normativa não se aplica ao caso concreto, e não cabendo a aplicação da forma prevista no direito para preencher a mensagem normativa, pode-se aplicar então a jurisprudência, conforme também é autorizado pelo direito).
b.1) Resultado restritivo ou revogatório por ab-revogação - Se a inaplicabilidade na mensagem normativa for total tem-se resultado restritivo ou revogatório por abrevogação (deixar de aplicar a mensagem normativa em sua intereza). É a inaplicabilidade TOTAL dos efeitos ou obrigatoriedades da mensagem normativa.
b.2) Resultado restritivo revogarório por derrogação - Se a inaplicabilidade na mensagem normativa por apenas parcial ter-se-á o resultado restritivo ou revogarório por derrogação. É a inaplicabilidade PARCIAL dos efeitos ou obrigatoriedades da mensagem normativa.
Integração da norma jurídica
A expressão colmatar tem o mesmo sentido que integrar a norma jurídica
A norma jurídica não pode regular todas as situações possíveis e imágináveis da convivência humana. Há situações em que basta ao aplicador do direito fazer o encaixe do fato (concreto) à lei (abstrata e genérica); a isso chamamos de subsunção. Podem ocorrer situações, porém, em que isso não seja possível. Isto é, nem sempre a subsunção aplica-se a todas as situações jurídicas. Nesses casos, então, há ocorrência de lacuna normativa, não havendo lei prévia tratando do tema. A lei, nessa hipótese, é omissa, existe lacuna. Desse modo, obviamente, não há como haver subsunção do fato à norma, situação que se resolve por meio da integração normativa.
A técnica de integração normativa é exatamente o oposto da ocorrência de um conflito entre normas supostamente reguladoras de um mesmo fato. Na integração, ocorre o inverso, não há conflito entre normas. Na verdade, não há nenhuma norma a regular o fato concreto. Nesse caso, o juiz pode deixar de julgar? Ficaria o interessado esperando uma lei que suprisse a lacuna não observada anteriormente? Não! No direito brasileiro vige o princípio da Vedação ao Non Liquet (vedação de não julgar). Veja-se, a respeito, o art. 126 do CPC: "O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, costumes e princípios gerais de direito".
Isso significa, então, que o juiz tem o dever de jugar. Mas julgar com base em que, já que não tem lei? Nesse caso, não havendo lei, o juiz vai aplicar a atividade de integração ou colmatação normativa. Colmatar significa aterrar, condensar, tapar fendas, brechas, integrar o ordenamento jurídico, daí se falar em integração ou colmatação normativa, como decorrência do princípio geral de Vedação ao Non Liquet, também chamado de indeclinabilidade da jurisdição, pelo qual o juiz não pode deixar de julgar alegando lacuna ou omissão da lei. Temos como métodos de integração normativa, conforme listados pelo art. 4º da LINDB: analogia, costumes e princípios gerais do direito.
Veremos logo adiante que para a doutrina moderna esse dispotivido está parcialmente revogado, especificamente no que tange aos princípios, que deixaram de ser técnica de integração para se constituírem em efetiva norma jurídica. Mas, em todocaso, o art. 4º da LINDB continua vigente, dispondo que são os meios de integração: (i) analogia; (ii) costumes; e (iii) princípios gerais de direito. Essa é a taxatividade da LINDB (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro). Assim, no caso de omissão da lei no caso concreto, tem o juiz autorização legal para interpretar e integrar as normas, hipótese em que, utilizando-se da analogia, dos costumes ou dos princípios gerais do direito, o magistrado cria uma norma individual, que só vai valer para cada caso concreto, pondo fim ao conflito, sem dissolver definitivamente a lacuna. De fato, não se resolve o problema da ausência de legislação enquanto não preenchida a lacuna por meio efetivamente de lei. Apenas se utiliza do método de colmatação para que seja dada uma solução jurídica pontual e aplicável tão somente para aquele caso específico que não se encontra regulado.
Relação jurídica
A relação jurídica é um elemento chave para compreender os conceitos jurídicos. Toda relação jurídica apresenta um elemento material (relação social) e outro formal (determinação jurídica). 
Quando uma relação de homem para homem se subsume ao modelo normativo instaurado pelo legislador, essa realidade concreta é reconhecida como sendo relação jurídica.
Paulo Nader: Toda relação jurídica apresenta um elemento material, constituído pela relação social, e outro formal, a determinação jurídica do fato, mediante normas.
"Para existir relação jurídica é preciso a presença de dois requisitos. "Em primeiro lugar uma relação intersubjetiva, ou seja, um vínculo entre duas ou mais pessoas. Em segundo lugar, que esse vínculo corresponda a uma hipótese normativa, de tal maneira que derivem consequências obrigatórias o plano da experiência"
Relação jurídica é estabelecida a partir dos agentes capazes, do objeto lieito ou não proibido pelo direito e o nexo verificado entre os dois primeiros requisitos.
Nexo representa a permissão legislativa que une os sujeitos ao objeto.
O objeto na relação jurídica é o fenômeno ou situação jurídica que se põe entre o sujeito e o mundo, sobre os quais o nexo atua frente os sujeitos.
Em sociedade não há uma situação em que uma parte diga que possui direitos ou deveres, sem antes existir uma relação jurídica.

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