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PROTOCOLO 4 - Cimentação de restaurações indiretas

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CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM PRÓTESE DENTÁRIA, ESTÉTICA 
E OCLUSÃO 
TURMA 2018-2019 
 
Protocolo de Cimentação de Restaurações Indiretas 
 
A – CIMENTAÇÃO CONVENCIONAL: 
O cimento desempenha pequeno ou nenhum papel na retenção da 
restauração. 
Indicada para: restaurações metálicas fundidas, núcleos metálicos fundidos, 
pinos pré fabricados metálicos rosqueáveis, coroas e próteses parciais fixas 
metalocerâmicas, e coroas totais em cerâmica pura (com copings cerâmicos 
(ex: em alumina, que são resistentes ao condicionamento com HF). 
 
Materiais selecionados: cimento fosfato de zinco e cimento ionômero de vidro 
tipo I. 
 
Tratamento do substrato dentário: nenhum em especial, apenas limpeza. Para o 
cimento ionômero de vidro, opcionalmente pode-se realizar o 
condicionamento (ativo) com ácido poliacrílico 25 a 40%, por 15s, seguido de 
lavagem e secagem. 
 
Tratamento de superfície da restauração: nenhum em especial. Opcional: 
microjateamento com partículas de Al2O3, para melhorar o embrincamento 
mecânico do cimento, seguido de lavagem e secagem. 
 
Cuidados: 
- Sob isolamento relativo e com o sugador posicionado, o dente deve estar seco 
e livre de quaisquer resíduos de cimento (da cimentação provisória). 
- Para facilitar a remoção de excessos interproximais, vaselinar (sem excessos) a 
face proximal do dente vizinho. 
- Respeitar o proporcionamento pó:liquido recomendado pelo fabricante. 
- Pincelar o cimento de encontro às paredes axiais da restauração. Evitar 
excessos junto à parede oclusal/incisal. Posicionar a restauração no preparo. 
Manter sob pressão permitir que o excesso extravase. 
- Aguardar a presa inicial do cimento para que seja feita a remoção de 
excessos. Com uma sonda exploradora, destacar os excessos, sempre da 
restauração para o dente. Cuidado com excessos que permanecem em nível 
subgengival (inflamação). 
- Remover excessos interproximais. Verificar com fio dental. 
 
A – CIMENTAÇÃO ADESIVA: 
O cimento desempenha papel de extrema importância na retenção da 
restauração, já que os preparos são mais expulsivos e apresentam pouca (ou 
nenhuma) retenção friccional. 
 
Indicada para: restaurações estéticas indiretas (inlays, onlays, facetas, lentes de 
contato) em cerâmica (feldspáticas, enriquecidas com leucita e à base de 
dissilicato de lítio) obtidas pela técnica estratificada, prensada e 
computadorizada, além de inlays e onlays em resina composta laboratorial, 
coroas em porcelana pura (exceto em zircônia e alumina), pinos pré fabricados 
de fibra de vidro e de fibra de carbono. 
 
Materiais selecionados: cimentos resinosos convencionais (quimicamente 
ativados, fotoativados e do tipo dual) e autocondicionamentes (tipo dual). 
 
Tratamento do substrato dentário: 
SOB ISOLAMENTO ABSOLUTO. 
Para os cimentos resinosos convencionais: preconiza-se o condicionamento 
ácido H3PO4 (32 a 37%, 30s esmalte e 15s dentina; lavagem pelo dobro do 
tempo; secagem com papel absorvente). Em seguida, o adesivo deve ser 
aplicado em todo o preparo, no interior da restauração (questionável) ou 
superfície do pino. 
Para os cimentos resinosos autocondicionantes/autoadesivos: nenhum em 
especial. Opcionalmente, o condicionamento ácido H3PO4 do esmalte (término 
do preparo) por 30s. Não promover o condicionamento ácido da dentina. 
Lavagem e secagem do preparo. A aplicação do adesivo é dispensada, já que 
esses cimentos também são autoadesivos. 
 
Tratamento de superfície da restauração: 
Para as restaurações em cerâmica feldspática (técnica estratificada): 
Condicionamento com HF 10%, 60s. Lavagem abundante e secagem. Limpeza 
com H3PO4 por 15s, seguida de lavagem e secagem. Silanização (5min, fina 
camada) da superfície interna da restauração. 
Para as restaurações em cerâmica enriquecidas com leucita (técnica 
prensada): Condicionamento com HF 10%, 40s. Lavagem abundante e 
secagem. Limpeza com H3PO4 por 15s, seguida de lavagem e secagem. 
Silanização (5min, fina camada) da superfície interna da restauração. 
Para as restaurações em cerâmica à base de dissilicato de lítio (técnica 
computadorizada): Condicionamento com HF 10%, 40s. Lavagem abundante e 
secagem. Limpeza com H3PO4 por 15s, seguida de lavagem e secagem. 
Silanização (5min, fina camada) da superfície interna da restauração. 
 
Para as restaurações em resina composta laboratorial: recomenda-se 
microjateamento com Al2O3, 3cm, 5s. Lavagem abundante e secagem. 
Silanização (5min) da superfície interna da restauração, para promover melhor 
aumento na energia de superfície e escoamento do adesivo. 
OBS: O condicionamento com HF da superfície interna de restaurações em 
resina composta laboratorial está CONTRA INDICADO, sob risco de 
comprometimento da matriz orgânica do material. 
Cuidados: caso a sua opção seja pelo cimento resinoso convencional, uma fina 
camada de adesivo deverá ser aplicada no interior da restauração. Entretanto, 
há trabalhos que relatam ser desnecessária a aplicação do adesivo no interior 
da restauração, sendo necessário apenas no preparo. 
Remover excessos com leve jato de ar. Em caso de adesivo fotoativado ou de 
dupla cura, NÃO fotoativá-lo em separado. Em caso de adesivo quimicamente 
ativado, remover rapidamente os excessos, inserir o cimento e posicionar a 
restauração no preparo, já que são materiais com tempo de trabalho limitado. 
Caso sua opção seja pelo cimento resinoso autocondicionante/autoadesivos, 
a aplicação do adesivo é dispensada; o cimento é aplicado diretamente sobre 
a superfície interna da restauração, após a mesma receber o tratamento de 
superfície (descrito acima). A restauração então é levada em posição no 
preparo, os excessos removidos e a fotoativação realizada. 
Seleção do cimento resinoso (de acordo com a forma de ativação): 
Para as restaurações de menor espessura, tais como facetas e lentes de contato 
para dentes anteriores (laminados cerâmicos de fina espessura), a opção recai 
sobre os cimentos resinosos fotoativados, pois estes possuem: maior variedade 
de matizes/cromas, possibilidade de maior transmissão de luz ao longo da 
restauração, garantindo maior grau de conversão e maior estabilidade de cor, 
além de maior tempo de trabalho para permitir correto posicionamento da 
restauração. Remover cuidadosamente os excessos de cimento antes de 
promover sua fotoativação (1min cada face). 
 A maior parte das marcas comerciais de cimentos resinosos fotoativados dispõe 
de um cimento de teste (try-in), que é uma pasta à base de glicerina com as 
características estéticas muito próximas do cimento definitivo. 
Para a cimentação de restaurações de maior espessura e de pinos pré 
fabricados de fibra de vidro e de fibra de carbono, recomenda-se os cimentos 
resinosos quimicamente ativados (autopolimerizáveis) e do tipo dual (dupla 
cura). Os quimicamente ativados, em especial, apresentam maior indicação 
para a fixação dos pinos pré intrarradiculares pré fabricados, pois a transmissão 
de luz ao longo do conduto é crítica. Remover cuidadosa e rapidamente os 
excessos de cimento, já que seu tempo de trabalho é curto. 
Cuidados: 
- Sob isolamento absoluto, o preparo deve estar livre de quaisquer resíduos de 
cimento (da cimentação provisória). 
- Respeitar o proporcionamento pasta:pasta recomendado pelo fabricante. 
- Promover o tratamento de superfície do substrato dentário e da restauração 
de acordo com o cimento selecionado. 
- Para facilitar a remoção de excessos interproximais, vaselinar (sem excessos) a 
face proximal do dente vizinho. 
- Pincelar o cimento de encontro às paredes axiais da restauração. Posicionar a 
restauração no preparo. Manter sob pressão permitirque o excesso extravase. 
- Para os cimentos resinosos quimicamente ativados, a remoção dos excessos 
deve ser feita rapidamente, para evitar que excessos permaneçam além do 
ângulo cavossuperficial e nas faces proximais. 
- Aguardar a presa inicial do cimento para que seja feita a remoção de seus 
excessos. Com uma sonda exploradora, destacar os excessos, sempre da 
restauração para o dente. Cuidado com excessos em nível subgengival 
(inflamação). 
- Verificar os pontos de contato interproximais com fio dental. 
- Em caso de uso do cimento resinoso autocondicionante/autoadesivo U200, 
não utilizar clorexidina para irrigação do conduto ou limpeza do preparo, sob 
risco de interferência na reação de presa deste cimento resinoso.

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