PROCESSAMENTO DE IMAGENS - AULA3

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PROCESSAMENTO 
DE IMAGENS 
EFEITOS VISUAIS 
 
EFEITOS VISUAIS 
Os efeitos visuais funcionam como instrumentos 
de apoio para viabilizar narrativas, desde as 
primeiras obras cinematográficas. 
O efeito visual, por exemplo, permite a 
transformação visual da cena, ao integrar cenas 
gravadas com trucagens, introduzindo novas 
texturas na imagem, utilizando os mattes, 
personagens e cenários virtuais. 
A produção atual de efeitos especiais para o 
cinema se distanciou da forma como era feito até 
a década de 1990. 
Com o advento a imagem e som digitais, novas 
técnicas foram inventadas e todas as outras 
adaptadas para essa nova forma de manipulação 
do audiovisual. 
Os efeitos visuais fazem parte da pós-produção do 
audiovisual, um dos setores do audiovisual que foi 
mais impactado e transformado pela imagem 
digital. 
EVOLUÇÃO DAS TRUCAGENS COM IMAGEM 
Georges Méliès inaugurou o uso dos efeitos 
visuais e foi dos mais importantes inovadores 
da história do cinema. 
Dessa maneira, iniciou-se uma nova forma de se 
fazer cinema, não documental, diferentemente 
dos filmes dos irmãos Lumière. 
Nos primeiros anos, os efeitos visuais 
eram também obtidos por meio da 
técnica do stop motion. 
Os procedimentos dos efeitos visuais requerem o 
posicionamento preciso das imagens no filme, a fim 
de que múltiplos elementos possam ser efetivamente 
combinados para atingir o resultado desejado. 
Os procedimentos dos efeitos visuais requerem o 
posicionamento preciso das imagens no filme, a fim 
de que múltiplos elementos possam ser efetivamente 
combinados para atingir o resultado desejado. 
Uma das técnicas, também utilizada com câmeras 
digitais, é o efeito na câmera, ou oncamera. 
A tomada trombone (trombone shot) é um efeito 
oncamera muito utilizado, no qual a câmera se 
movimenta em um trilho com relação a um objeto ou 
personagem e, ao mesmo tempo, a distância focal da 
lente é alterada para fazer a imagem da frente ter as 
mesmas dimensões. 
Na sobreposição de duas imagens para gerar a 
composição, a imagem que é aplicada sobre o background 
aparecerá como fantasma, devido a transparência que 
nela deve ser inserida. Para contornar esse problema foi 
criado o travelling matte. 
Essa técnica tornou-se inteiramente redundante com a 
imagem digital. Variações da técnica do travelling matte 
foram desenvolvidas e utilizadas no cinema pré-digital. A 
mais importante delas é a técnica do fundo azul blue 
screen. Ao utilizar filtro azul na revelação, cria-se um 
matte de alto contraste, utilizado para compor o fundo 
com a imagem da frente. 
O fundo mais utilizado atualmente é o verde (green 
screen), pois essa cor é representada mais precisamente 
na imagem digital. 
Um avanço notável foi a invenção da impressora 
óptica (optical printer). O equipamento ganhou o 
Oscar de tecnologia, em 1986. Ela utiliza quatro 
projetores controlados por cinco computadores. 
As imagens dos projetores são compostas e filmadas 
quadro a quadro para produzir efeitos visuais 
complexos. 
Durante décadas, foram realizados filmes com 
efeitos visuais ópticos, muitos se tornando 
referência na cinematografia. 
O CANAL ALFA 
A imagem digital pode ser exibida como uma 
composição de camadas de imagens. 
Muitas vezes o fundo é separado da imagem da 
frente, como no caso dos telejornais, em que o 
apresentador da previsão do tempo em geral está 
na frente de mapas que formam background. 
Para que as imagens possam ser colocadas umas 
sobre as outras, deve-se definir a transparência de 
cada imagem. 
 A forma encontrada para se definir a transparência 
na imagem digital é colocar essa informação em um 
quarto canal, além dos três canais de cor de cada 
pixel. 
 Esse quarto canal é chamado de canal alfa e 
contém o mesmo número de bits de cada um dos 
outros canais. 
 O canal alfa pode ser criado de diversas maneiras. 
Pode-se gravar uma pessoa com o fundo verde e 
depois, ao compor essa imagem sobre outra 
qualquer, toma-se essa cor como informação para o 
canal alfa e ela fica transparente onde houver essa 
cor. 
 Esse processo é conhecido por chroma key, color 
key ou chave de cor. 
 Outra forma de criar transparência é selecionar 
regiões da imagem e defini-las como transparentes 
ou opacas. 
 Isso pode ser feito com ferramentas de desenho, 
em softwares como Photoshop, After Effects, Gimp 
entre outros. 
 Essa técnica é conhecida como máscara (mask) e 
as informações dessas transparências e opacidades 
são incorporadas ao canal alfa. 
 O canal alfa em geral, é representado como tons 
de cinza, em que o branco é o opaco e o preto é o 
transparente. 
PROCESSAMENTO 
DE IMAGENS 
EFEITOS VISUAIS 
 
Imagem Digital Aplicada 
Gomide, João Victor. 
Paulo Lepletier – UNIP 2019