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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRSIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL O PARTIDO POLÍTICO BETA, com registro no CNPJ sob o nº________, possuidor do endereço eletrônico ___@____, com sede no domicilio da Rua______, bairro____, cidade_____, nº____, de CEP nº________, UF, representado neste ato por seu PRESIDENTE________, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade de nº________, inscrito no CPF sob o nº_________, possuidor do endereço eletrônico ____@____, residente e domiciliado na Rua_______, bairro____, cidade____, nº____, de CEP nº_____, UF, em defesa dos direito do PREFEITO DO MUNICÍPIO ALFA_______, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade de nº________, inscrito no CPF sob o nº_______, possuidor do endereço eletrônico __@___, residente e domiciliado na Rua______, bairro___, cidade____, nº___, de CEP nº____, UF, vêm, por seu advogado, com endereço profissional na Rua____, bairro___, cidade___, nº___, sala__, UF, o qual informa em atenção ao Art. 77, V do CPC, com fulcro no Art. 103, VIII da CRFB/88, e na Lei nº 9.882/99, vêm, respeitosamente, propor a seguinte AÇÃO DE ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL em razão de dissonância da LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO ALFA face à Carta Magna Brasileira de 1988, sendo explorada por motivos escusos por Vereadores da CÂMARA MUNICIPAL DO MUNICÍPIO ALFA, com registro no CNPJ sob o nº________, possuidora do endereço eletrônico ___@____, com sede no domicilio da Rua_____, bairro____, cidade____, nº____, de CEP nº______, UF, representada por seu PRESIDENTE________, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade de nº_________, inscrito no CPF nº_________, possuidor do endereço eletrônico ___@____, residente e domiciliado na Rua______, bairro____, cidade_____, nº______, de CEP nº______, UF, pelo motivos que a seguir passa a expor: DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA PARA CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR Ante ao caso concreto em análise na presente, requer o deferimento de Medida Liminar em sede de Tutela Provisória de Urgência Antecipada, em conformidade com o disposto pelo Art. 5º, §3º da Lei nº 9.882/99 o qual dispõe que o Supremo Tribunal Federal poderá deferir o pedido liminar em sede de arguição de descumprimento de preceito fundamental; assim como, determina que seja suspenso o andamento de processos ou decisões judiciais que versem sobre tal fato, conforme disposto in verbis: Art. 5º, §3º da Lei nº 9.882/99: O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental. §3º: A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processos ou os efeitos de decisões judicias, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrente da coisa julgada. A referida problemática versa quanto a dissonância de Lei Orgânica Municipal, em detrimento de não adequação ao disposto pela CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, ferindo de morte a devida hermenêutica jurídica e constitucional. Ademais, no caso em tela, cerifica-se o periculum in mora pois o representante democraticamente eleito do Município em questão corre risco de perder seu mandato eleitoral por conta deste litigio. Assim como, verifica-se o fumus boni juris em relação ao relatado pois, trata-se de norma orgânica que se encontra em desencontro com o atual Constituição Federal vigente, ou seja, necessitando se fazer concedida a tutela de urgência requerida, visando a defesa do Estado Democrático de Direito. DOS FATOS E FUNDAMENTOS Ocorre que o Prefeito do Município Alfa, ora representado por seu partido político, legitimado ativo, visando a defesa e manutenção de seu mandato eleitoral, o qual fora eleito democraticamente, procurou o Presidente deste para esclarecer dúvidas acerca de determinados Artigos previstos na Lei Orgânica do Município Alfa, que fora publicada em 30 de Março de 1985, ou seja, anterior a promulgação da Constituição Federal de 1988. No momento da consulta, o referido Prefeito observou e relatou ao Presidente de seu partido que o Art. 11 e Art. 12 da Lei Orgânica Municipal estariam dispondo quanto a diversas condutas que seriam consideradas como crime, ainda que fosse previamente justificadas, podendo-lhe imputar em perda de seu mandato. Portanto, em decorrência desta dissonância legislativa, em consequência de disputas políticas locais, recentemente, houve representação oferecida por Vereadores da frente oposicionista com o objetivo de instaurar processo de apuração por crimes de responsabilidade contra o Prefeito. De tal modo, por conta do disposto pelo Art. 11 da Lei Orgânica do Município Alfa, a referida instauração de processo apurativo poderá ocorrer a qualquer momento, o que caracteriza o periculum in mora existente no presente caso pois, neste mesmo infortúnio, prevê ainda o referido Artigo que haverá o afastamento imediato do Prefeito a partir da abertura do processo de apuração. Em outra oportunidade se mostra completamente em desconformidade com a Magna Carta Brasileira o Art. 12 desta Lei Orgânica, pois fere diretamente o Princípio da Separação dos Poderes ao dispor expressamente que deverá, o Prefeito, ser julgado em primeira instância da Justiça Estadual. Tal dispositivo está em completa contramão ao expresso pela Constituição Federal de 1988 em seu Art. 2º, o qual explicitamente discorre quanto a separação e isonomia dos Poderes pertinentes ao Estado Democrático de Direito, in verbis: Art. 2º da CRFB/88: São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Desta forma, o Art. 12 da Lei Orgânica do Município Alfa também se encontra em total e completa afronta ao disposto pelo Art. 29, caput e inciso X da Constituição Federal de 1988 pois, novamente, esta legislando sobre a forma a qual aquele que ocupa o cargo de Prefeito daquele Município irá ser julgado. De tal modo, deve-se observar que o referido Artigo da Constituição Federal de 1988 dispõe quanto ao julgamento destes detentores de mandato eleitoral como sendo pelos Tribunais de Justiça de suas respectivas Unidades Federativas, in verbis: Art. 29, caput e inciso X da CRFB/88: O Município reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: Inciso X: Julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça. Em outra oportunidade, deve-se ressaltar que a referida Lei Orgânica ainda toma para si algo que é de competência exclusiva da União, qual seja, legislar sobre matéria processual ao impor qual seria a forma de julgamento cabível ao Prefeito daquele Município, no momento em que dispõe que seria ele julgado diretamente pela primeira instância da Justiça Estadual. Portanto em total desrespeito ao disposto na Constituição Federal em seu Art. 22, I; o qual expressamente dispõe, in verbis: Art. 22, I da CRFB/88: Compete privativamente à União legislar sobre: I: Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. Desta forma pode-se concluir, ante a todo o exposto, que a presente deve serapreciada, tendo em vista a enorme gama de vícios legais e constitucionais que maculam e ferem de morte os princípios constitucionais basilares do Estado Democrático de Direito; assim como o devido processo legal. DOS PEDIDOS Ante a todo o exposto e apresentado, vêm, respeitosamente, perante Vossa Excelência, para requer os seguintes pedidos: a) requer que seja procedente e concedida a tutela de urgência de pedido de medida liminar, em vista do periculum in mora, em conformidade com o disposto pelo Art. 5º, §2º da Lei nº 9.882/99; b) requer a notificação da Câmara Municipal do Município Alfa e de seu representante, sendo este figurado como autoridade coatora, e órgão responsável pela violação, em conformidade com o Art. 5º, §2º (primeira parte) da Lei nº 9.882/99; c) requer a intimação do Advogado Geral da União, para apresentar seu necessário parecer ao caso, em conformidade com o Art. 5º, §2º (segunda parte) da Lei nº 9.882/99; d) requer a intimação do Procurador Geral da República, para apresentar seu necessário e indispensável parece ao caso, em conformidade com o Art. 5º, §1º (parte final) da Lei nº 9.882/99; e) requer que seja julgado procedente o pedido, para sanar a problemática em análise no presente. DAS PROVAS Acosta por oportuno, em sede de provar todo o alegado, todos os meios de provas admitidos em direito, especialmente aqueles dispostos no Art. 3º, parágrafo único da Lei nº 9.882/99; assim como cópias anexadas da Lei Orgânica em análise, tendo em destaque os Artigos combatidos na presente. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à presente o valor de R$___________. Nestes termos pede deferimento Local/data Advogado OAB – UF nº________
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