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Prática Simulada 5 - Caso da Aula 10- 18-10-19

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRSIDENTE DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O PARTIDO POLÍTICO BETA, com registro no CNPJ sob o 
nº________, possuidor do endereço eletrônico ___@____, com sede no domicilio da 
Rua______, bairro____, cidade_____, nº____, de CEP nº________, UF, representado 
neste ato por seu PRESIDENTE________, nacionalidade, estado civil, profissão, 
portador da Carteira de Identidade de nº________, inscrito no CPF sob o nº_________, 
possuidor do endereço eletrônico ____@____, residente e domiciliado na Rua_______, 
bairro____, cidade____, nº____, de CEP nº_____, UF, em defesa dos direito do 
PREFEITO DO MUNICÍPIO ALFA_______, nacionalidade, estado civil, profissão, 
portador da Carteira de Identidade de nº________, inscrito no CPF sob o nº_______, 
possuidor do endereço eletrônico __@___, residente e domiciliado na Rua______, 
bairro___, cidade____, nº___, de CEP nº____, UF, vêm, por seu advogado, com endereço 
profissional na Rua____, bairro___, cidade___, nº___, sala__, UF, o qual informa em 
atenção ao Art. 77, V do CPC, com fulcro no Art. 103, VIII da CRFB/88, e na Lei nº 
9.882/99, vêm, respeitosamente, propor a seguinte 
 
AÇÃO DE ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO 
DE PRECEITO FUNDAMENTAL 
 
em razão de dissonância da LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO ALFA face à Carta 
Magna Brasileira de 1988, sendo explorada por motivos escusos por Vereadores da 
CÂMARA MUNICIPAL DO MUNICÍPIO ALFA, com registro no CNPJ sob o 
nº________, possuidora do endereço eletrônico ___@____, com sede no domicilio da 
Rua_____, bairro____, cidade____, nº____, de CEP nº______, UF, representada por seu 
PRESIDENTE________, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de 
Identidade de nº_________, inscrito no CPF nº_________, possuidor do endereço 
eletrônico ___@____, residente e domiciliado na Rua______, bairro____, cidade_____, 
nº______, de CEP nº______, UF, pelo motivos que a seguir passa a expor: 
DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA 
PARA CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR 
 
 Ante ao caso concreto em análise na presente, requer o deferimento de Medida 
Liminar em sede de Tutela Provisória de Urgência Antecipada, em conformidade com o 
disposto pelo Art. 5º, §3º da Lei nº 9.882/99 o qual dispõe que o Supremo Tribunal 
Federal poderá deferir o pedido liminar em sede de arguição de descumprimento de 
preceito fundamental; assim como, determina que seja suspenso o andamento de 
processos ou decisões judiciais que versem sobre tal fato, conforme disposto in verbis: 
Art. 5º, §3º da Lei nº 9.882/99: O Supremo Tribunal 
Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, 
poderá deferir pedido de medida liminar na argüição de 
descumprimento de preceito fundamental. 
§3º: A liminar poderá consistir na determinação de que 
juízes e tribunais suspendam o andamento de processos ou 
os efeitos de decisões judicias, ou de qualquer outra medida 
que apresente relação com a matéria objeto da argüição de 
descumprimento de preceito fundamental, salvo se 
decorrente da coisa julgada. 
 A referida problemática versa quanto a dissonância de Lei Orgânica Municipal, 
em detrimento de não adequação ao disposto pela CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, ferindo de morte a devida hermenêutica jurídica 
e constitucional. 
 Ademais, no caso em tela, cerifica-se o periculum in mora pois o representante 
democraticamente eleito do Município em questão corre risco de perder seu mandato 
eleitoral por conta deste litigio. 
 Assim como, verifica-se o fumus boni juris em relação ao relatado pois, trata-se 
de norma orgânica que se encontra em desencontro com o atual Constituição Federal 
vigente, ou seja, necessitando se fazer concedida a tutela de urgência requerida, visando 
a defesa do Estado Democrático de Direito. 
 
DOS FATOS E FUNDAMENTOS 
 
 Ocorre que o Prefeito do Município Alfa, ora representado por seu partido 
político, legitimado ativo, visando a defesa e manutenção de seu mandato eleitoral, o qual 
fora eleito democraticamente, procurou o Presidente deste para esclarecer dúvidas acerca 
de determinados Artigos previstos na Lei Orgânica do Município Alfa, que fora publicada 
em 30 de Março de 1985, ou seja, anterior a promulgação da Constituição Federal de 
1988. 
 No momento da consulta, o referido Prefeito observou e relatou ao Presidente de 
seu partido que o Art. 11 e Art. 12 da Lei Orgânica Municipal estariam dispondo quanto 
a diversas condutas que seriam consideradas como crime, ainda que fosse previamente 
justificadas, podendo-lhe imputar em perda de seu mandato. 
 Portanto, em decorrência desta dissonância legislativa, em consequência de 
disputas políticas locais, recentemente, houve representação oferecida por Vereadores da 
frente oposicionista com o objetivo de instaurar processo de apuração por crimes de 
responsabilidade contra o Prefeito. 
 De tal modo, por conta do disposto pelo Art. 11 da Lei Orgânica do Município 
Alfa, a referida instauração de processo apurativo poderá ocorrer a qualquer momento, o 
que caracteriza o periculum in mora existente no presente caso pois, neste mesmo 
infortúnio, prevê ainda o referido Artigo que haverá o afastamento imediato do Prefeito 
a partir da abertura do processo de apuração. 
 Em outra oportunidade se mostra completamente em desconformidade com a 
Magna Carta Brasileira o Art. 12 desta Lei Orgânica, pois fere diretamente o Princípio da 
Separação dos Poderes ao dispor expressamente que deverá, o Prefeito, ser julgado em 
primeira instância da Justiça Estadual. Tal dispositivo está em completa contramão ao 
expresso pela Constituição Federal de 1988 em seu Art. 2º, o qual explicitamente discorre 
quanto a separação e isonomia dos Poderes pertinentes ao Estado Democrático de Direito, 
in verbis: 
 Art. 2º da CRFB/88: São Poderes da União, 
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário. 
 Desta forma, o Art. 12 da Lei Orgânica do Município Alfa também se encontra 
em total e completa afronta ao disposto pelo Art. 29, caput e inciso X da Constituição 
Federal de 1988 pois, novamente, esta legislando sobre a forma a qual aquele que ocupa 
o cargo de Prefeito daquele Município irá ser julgado. De tal modo, deve-se observar que 
o referido Artigo da Constituição Federal de 1988 dispõe quanto ao julgamento destes 
detentores de mandato eleitoral como sendo pelos Tribunais de Justiça de suas respectivas 
Unidades Federativas, in verbis: 
Art. 29, caput e inciso X da CRFB/88: O Município reger-
se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com 
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços 
dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, 
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, 
na Constituição do respectivo Estado e os seguintes 
preceitos: 
Inciso X: Julgamento do Prefeito perante o Tribunal de 
Justiça. 
 Em outra oportunidade, deve-se ressaltar que a referida Lei Orgânica ainda toma 
para si algo que é de competência exclusiva da União, qual seja, legislar sobre matéria 
processual ao impor qual seria a forma de julgamento cabível ao Prefeito daquele 
Município, no momento em que dispõe que seria ele julgado diretamente pela primeira 
instância da Justiça Estadual. Portanto em total desrespeito ao disposto na Constituição 
Federal em seu Art. 22, I; o qual expressamente dispõe, in verbis: 
Art. 22, I da CRFB/88: Compete privativamente à União 
legislar sobre: 
I: Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, 
agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. 
 Desta forma pode-se concluir, ante a todo o exposto, que a presente deve serapreciada, tendo em vista a enorme gama de vícios legais e constitucionais que maculam 
e ferem de morte os princípios constitucionais basilares do Estado Democrático de 
Direito; assim como o devido processo legal. 
 
DOS PEDIDOS 
 
 Ante a todo o exposto e apresentado, vêm, respeitosamente, perante Vossa 
Excelência, para requer os seguintes pedidos: 
a) requer que seja procedente e concedida 
a tutela de urgência de pedido de medida 
liminar, em vista do periculum in mora, 
em conformidade com o disposto pelo 
Art. 5º, §2º da Lei nº 9.882/99; 
b) requer a notificação da Câmara 
Municipal do Município Alfa e de seu 
representante, sendo este figurado como 
autoridade coatora, e órgão responsável 
pela violação, em conformidade com o 
Art. 5º, §2º (primeira parte) da Lei nº 
9.882/99; 
c) requer a intimação do Advogado Geral 
da União, para apresentar seu necessário 
parecer ao caso, em conformidade com o 
Art. 5º, §2º (segunda parte) da Lei nº 
9.882/99; 
d) requer a intimação do Procurador 
Geral da República, para apresentar seu 
necessário e indispensável parece ao 
caso, em conformidade com o Art. 5º, §1º 
(parte final) da Lei nº 9.882/99; 
e) requer que seja julgado procedente o 
pedido, para sanar a problemática em 
análise no presente. 
 
DAS PROVAS 
 
 Acosta por oportuno, em sede de provar todo o alegado, todos os meios de provas 
admitidos em direito, especialmente aqueles dispostos no Art. 3º, parágrafo único da Lei 
nº 9.882/99; assim como cópias anexadas da Lei Orgânica em análise, tendo em destaque 
os Artigos combatidos na presente. 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
 Dá-se à presente o valor de R$___________. 
 
 
Nestes termos 
pede deferimento 
 
Local/data 
 
Advogado 
OAB – UF nº________

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