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Aula 03 Auditoria Governamental p/ Concursos de Tribunais de Contas - Curso Regular (Nível Superior) Professor: Claudenir Brito Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 40 AULA 03: Auditoria de regularidade e auditoria operacional. Instrumentos de fiscalização: auditoria, levantamento, monitoramento, acompanhamento e inspeção. SUMÁRIO PÁGINA 1. Introdução 2 2. Auditoria de Regularidade 4 3. Auditoria Operacional 6 4. Instrumentos de fiscalização 11 Questões comentadas durante a aula 34 Referências bibliográficas 40 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) Olá, pessoal. Esperamos que estejam gostando das aulas de Auditoria Governamental para os concursos dos Tribunais de Contas. Como o curso é destinado às Cortes de Contas em geral, optamos por utilizar como base as normas do TCU, tendo em vista que também são a base dos normativos de boa parte dos demais TC. Nossa aula de hoje será bastante curta, pois dividimos a matéria didaticamente entre as aulas, e essa parte é mais simples mesmo. Trataremos de dois assuntos distintos. O primeiro é a classificação tradicional da auditoria: auditoria de regularidade e auditoria operacional. O outro assunto trata dos instrumentos de fiscalização que o TCU tem a seu dispor para o cumprimento de suas atribuições constitucionais e 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 40 legais, que são cinco: auditoria, levantamento, monitoramento, acompanhamento e inspeção. É o famoso LAMAI. - Famoso quem? L ± A ± M ± A ± I. L de levantamento; A de auditoria; M de monitoramento; A de acompanhamento; e I de inspeção. Mas é melhor começarmos logo, senão a gente acaba se empolgando e contando a estória toda. Dúvidas que forem surgindo, só perguntar no fórum do curso. Quem precisar esclarecer dúvidas sobre outros temas voltados aos concursos, que não sejam dúvidas específicas do nosso conteúdo, pode ainda me enviar uma mensagem: (61) 98104-2123 Boa aulas a todos. 1. Introdução Já sabemos que a auditoria que busca a verificação da aderência dos atos e fatos administrativos às normas e regulamentos vigentes é a chamada auditoria de legalidade ou de regularidade. Também sabemos que, além da legalidade, as auditorias de regularidade serviam para a verificação da legitimidade dos atos, e que legitimidade nos remetia a um juízo de valor sobre o gasto realizado. Por exemplo, a compra por um órgão público de uma cadeira de R$5.000,00 para o servidor utilizar no trabalho, alegando que, do ponto de vista da legalidade, a aquisição seguiu todos os ditames legais, o disposto na Lei 8.666, etc. Mas que se inseríssemos um juízo de valor na discussão, poderíamos chegar à conclusão de que não seria razoável um gasto desse vulto para uma cadeira. Estaríamos, dessa forma, realizando uma análise de legitimidade. 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 40 Sobre os aspectos de eficiência, eficácia e economicidade, temos a seguinte distinção (definições da IN 01/2001): - eficiência: medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados para a realização de uma meta, frente a padrões estabelecidos, e está associada ao uso dos recursos disponíveis em relação aos produtos e serviços finais elaborados. - eficácia: grau de atingimento das metas fixadas para um determinado objeto de uma ação em relação ao previsto, em um determinado período. - economicidade: variação positiva da relação custo/benefício, na qual se busca a otimização dos resultados na escolha dos menores custos em relação aos maiores benefícios, que revela a atenção da gestão com o bom uso qualitativo dos recursos financeiros. Os aspectos acima, além da efetividade, serão verificados por meio da auditoria operacional (ou de desempenho). A efetividade está relacionada ao impacto que os programas de governo exercem sobre determinado público-alvo. Como exemplo, temos o Programa Bolsa Família, do Governo Federal, e, para analisarmos se esse programa está sendo realmente efetivo, devemos verificar se está causando o impacto desejado na população beneficiária, em relação a seus objetivos, qual seja, a redução das desigualdades sociais. Em outras palavras, está ocorrendo a redução pretendida, em virtude do programa? Assim, podemos classificar a auditoria governamental em auditoria de regularidade (ou legalidade) e auditoria operacional (ou de desempenho). A auditoria de regularidade vai focar nos aspectos de legalidade e legitimidade, enquanto a auditoria de desempenho vai se estender, além da verificação da legalidade e da legitimidade, aos aspectos de eficiência, eficácia, economicidade e efetividade. O mesmo assunto é tratado nas Normas de Auditoria do TCU ± NAT, segundo as quais, quanto à natureza, as auditorias se classificam em: - Auditorias de regularidade, que objetivam examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos à jurisdição do Tribunal, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias contábeis. - Auditorias operacionais, que objetivam examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 40 avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública. Para facilitar a visualização, inserimos o esquema a seguir. Na prática, poderá haver alguma superposição entre auditoria de conformidade e auditoria operacional. Nesses casos, a classificação de uma auditoria específica dependerá do objetivo primordial da auditoria. Vale lembrar que, na aula demonstrativa, ao tratarmos da evolução histórica da auditoria, afirmamos que a auditoria governamental seguiu um caminho gradativo, que se iniciou com auditoria contábil, passando pela auditoria de legalidade, e chegando à auditoria operacional, e que os novos aspectos observados foram acrescidos aos já existentes. Evolução do enfoque: 2. Auditoria de Regularidade Ao tratar da auditoria de regularidade, vamos tomar por base a Portaria- SEGECEX nº 26, de 19 de outubro de 2009, que representa os padrões de auditoria de conformidade ± regularidade ± no TCU. De acordo com o TCU, auditoria de conformidade ou de regularidade é o ³instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para examinar a 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentadosProf Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 40 legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.´��JULIDPRV) Assim, o exame estrito da legalidade de procedimentos de licitação e contratação, fidedignidade de documentos, eficiência dos controles internos e outros deverão ser objeto de auditoria de conformidade. O exame estrito da legalidade de procedimentos de licitação e contratação, fidedignidade de documentos, eficiência dos controles internos e outros deverão ser objeto de auditoria de conformidade. Nas auditorias de regularidade, as conclusões assumem a forma de opinião concisa e de formato padronizado sobre demonstrativos financeiros e sobre a conformidade das transações com leis e regulamentos, ou sobre temas como a inadequação dos controles internos, atos ilegais ou fraude. Nas auditorias de regularidade o exame da materialidade está diretamente relacionado ao montante de recursos envolvidos. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. (CESPE/CGE-PI/2015) Uma auditoria para avaliar denúncia de irregularidade de natureza contábil em uma instituição financeira pública insere-se no campo das auditorias de regularidade. Comentários: Segundo as Normas de Auditoria, as auditorias de regularidade objetivam examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos à jurisdição do Tribunal, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias contábeis. Gabarito: C 2. (CESPE/FUB-DF/2013) O descumprimento de leis ou 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 40 normas que regulamentam o negócio de uma organização caracteriza situação conflitante com os objetivos de compliance ou conformidade. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: O principal objetivo das auditorias de regularidade é verificar a conformidade das transações com leis e regulamentos, ou sobre temas como a inadequação dos controles internos, atos ilegais ou fraude. O descumprimento de leis ou normas que regulamentam o negócio de uma organização caracteriza situação conflitante com os objetivos de compliance, conformidade ou regularidade. Gabarito: C 3. Auditoria Operacional Na obra de Peter e Machado (2008), que o CESPE/Unb já utilizou como base para a elaboração de algumas questões em concursos anteriores, os autores definem a auditoria operacional como sendo a avaliação das ações gerenciais e dos procedimentos relacionados ao processo operacional, procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações que visem aprimorar procedimentos. Para o Manual de Auditoria Operacional do TCU, aprovado pela Portaria- SEGECEX nº 4, de 26 de fevereiro de 2010, Auditoria de Natureza Operacional (ANOp) ³é o exame independente e objetivo da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de promover o aperfeiçoamento da gestão pública.´��JULIamos) As auditorias operacionais podem examinar, em um mesmo trabalho, uma ou mais das principais dimensões de análise ± RV���(¶V� FLWDGRV� QD� definição e definidos a seguir. ECONOMICIDADE A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capacidade de uma instituição de gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição. Seu exame poderá abranger a verificação de práticas gerenciais, sistemas de gerenciamento, benchmarking de processos de compra e outros procedimentos afetos à auditoria operacional. 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 40 EFICIÊNCIA A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado período de tempo, mantidos os padrões de qualidade. Refere-se ao esforço do processo de transformação de insumos em produtos. Pode ser examinada sob duas perspectivas: minimização do custo total ou dos meios necessários para obter a mesma quantidade e qualidade de produto; ou otimização da combinação de insumos para maximizar o produto quando o gasto total está previamente fixado. Nesse caso, a análise do tempo necessário para execução das tarefas é uma variável a ser considerada. A eficiência pode ser medida calculando-se e comparando-se o custo unitário da produção de um bem ou serviço. Portanto, podemos considerar que o conceito de eficiência está relacionado ao de economicidade. EFICÁCIA A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (bens e serviços) em um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados (Manual de ANOp do TCU, citando COHEN e FRANCO, 1993). Diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos imediatos, traduzidos em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a capacidade de prover bens ou serviços de acordo com o estabelecido no planejamento das ações. É importante observar que a análise de eficácia deve considerar os critérios adotados para a fixação da meta a ser alcançada. Uma meta subestimada pode levar a conclusões equivocadas a respeito da eficácia do programa ou da atividade sob exame. Além disso, fatores externos, como restrições orçamentárias, podem comprometer o alcance das metas planejadas e devem ser levados em conta durante a análise da eficácia. EFETIVIDADE A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo. Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efeitos sobre a população alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 40 esperados), traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Trata- se de verificar a ocorrência de mudanças na população-alvo que se poderia razoavelmente atribuir às ações do programa avaliado. Portanto, ao examinar a efetividade de uma intervenção governamental, pretende-se ir além do cumprimento de objetivos imediatos ou específicos, em geral consubstanciados em metas de produção ou de atendimento (exame da eficácia da gestão). Trata-se de verificar se os resultados observados foram realmente causados pelas ações desenvolvidas e não por outros fatores. Pressupõe que bens e/ou serviços foram ofertados de acordo com o previsto. O exame da efetividade ou avaliação de impacto requer tratamento metodológico específico que busca estabelecer a relação de causalidade entre as variáveis do programa e os efeitos observados, comparando-os a uma estimativa do que aconteceria caso o programa não existisse. O manual ressalta, ainda, que, além das quatro dimensões de desempenho examinadas, outras, a elas relacionadas, poderão ser explicitadas em razão de sua relevânciapara a delimitação do escopo das auditorias operacionais. Aspectos como a qualidade dos serviços, o grau de adequação dos resultados dos programas às necessidades das clientelas (geração de valor público) e a equidade na distribuição de bens e serviços podem ser tratados em auditorias operacionais com o objetivo de subsidiar a accountability de desempenho da ação governamental. Características da Auditoria Operacional As auditorias operacionais possuem características próprias que as distinguem das auditorias tradicionais. Ao contrário das auditorias de regularidade, que adotam padrões relativamente fixos, as auditorias operacionais, devido à variedade e complexidade das questões tratadas, possuem maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria, métodos de trabalho e forma de comunicar as conclusões de auditoria. Empregam ampla seleção de métodos de avaliação e investigação de diferentes áreas do conhecimento, em especial das ciências sociais. Além disso, requerem do auditor flexibilidade, imaginação e capacidade analítica. Algumas áreas de estudo, em função de sua especificidade, necessitam de conhecimentos especializados e abordagem diferenciada, como é o 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 40 caso das avaliações de programa, auditoria de tecnologia de informação e de meio ambiente. Nas auditorias operacionais, o relatório trata da economicidade e da eficiência na aquisição e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade dos resultados alcançados. Tais relatórios podem variar consideravelmente em escopo e natureza, informando, por exemplo, sobre a adequada aplicação dos recursos, sobre o impacto de políticas e programas e recomendando mudanças destinadas a aperfeiçoar a gestão. Pela sua natureza, as auditorias operacionais são mais abertas a julgamentos e interpretações e seus relatórios, consequentemente, são mais analíticos e argumentativos. Enquanto nas auditorias de regularidade o exame da materialidade está diretamente relacionado ao montante de recursos envolvidos, nas auditorias operacionais essa é uma questão mais subjetiva e pode se basear em considerações sobre a natureza ou o contexto do objeto auditado. A participação do gestor e de sua equipe é fundamental em várias etapas do ciclo de ANOp. Desde a etapa de seleção do tema e definição do escopo da auditoria até a caracterização dos achados e possíveis recomendações, a equipe deve contar com a imprescindível colaboração do auditado. Para que a auditoria contribua efetivamente para o aperfeiçoamento da gestão, o gestor precisa apoiar o trabalho e estar disposto a colaborar, facilitando a identificação das áreas relevantes a serem examinadas. Já o envolvimento do gestor favorece a apropriação dos resultados da auditoria e a efetiva implementação das recomendações propostas. Ciclo de Auditoria Operacional Fonte: Manual de ANOp/TCU. 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 40 Sinteticamente, o ciclo de auditoria operacional se inicia com o processo de seleção dos temas. Após a definição de tema específico, deve-se proceder ao planejamento com vistas à elaboração do projeto de auditoria, que tem por finalidade detalhar os objetivos do trabalho, as questões a serem investigadas, os procedimentos a serem desenvolvidos e os resultados esperados com a realização da auditoria. Na fase de execução, realiza-se a coleta e análise das informações que subsidiarão o relatório destinado a comunicar os achados e as conclusões da auditoria. A etapa de monitoramento destina-se a acompanhar as providências adotadas pelo auditado em resposta às recomendações e determinações exaradas pelo TCU, assim como aferir o benefício decorrente de sua implementação. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 3. (CESPE/FUB/2015) O objetivo da auditoria operacional é responder a questões-chave de auditoria e apresentar recomendações para aperfeiçoamento de procedimentos para evitar possíveis fragilidades. Comentários: Uma auditoria operacional objetiva, ao final dos trabalhos, responder as questões de auditoria formuladas no planejamento e, quando aplicável, elaborar recomendações que aprimorem os procedimentos executados pela entidade auditada. Gabarito: C 4. (CESPE/FUB-DF/2013) A auditoria operacional ou de desempenho é a que procede a avaliações quanto aos aspectos conhecidos como os 4 Es, entre os quais se destaca a equidade, em consonância com o princípio da justiça social. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Vimos que o Manual de Auditoria Operacional do TCU define a Auditoria de 1DWXUH]D� 2SHUDFLRQDO� �$12S�� GD� VHJXLQWH� IRUPD�� ³p� R� exame independente e objetivo da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de promover o aperfeiçoamento da gestão S~EOLFD´� (Grifamos). Assim, as auditorias operacionais podem examinar, em um mesmo trabalho, uma ou mais das principais dimensões de análise ± os 4 Es citados na definição, dentre os quais não se inclui a equidade. Gabarito: E 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 40 4. Instrumentos de Fiscalização Lima (2007) explica que: ³DQWHV�GD�&RQVWLWXLomR�GH�1988, as fiscalizações dos Tribunais de Contas restringiam-se a auditorias financeiras e orçamentárias. A partir da nova Carta, ampliaram-se as dimensões da fiscalização exercida pelo controle externo, cabendo-lhe exeminar os aspectos de natureza contábil, financeira, oeçamentária, patrimonial e operacional da gestão pública, sob os critérios da legalidade, legitimidade, economicidade, eficiêQFLD��HILFiFLD�H�HIHWLYLGDGH�´ 1HVVH�VHQWLGR��R�7&8�YHP�GHVHQYROYHQGR�³Lnstrumentos de fiscalização´�� que são técnicas e ferramentas, com características próprias, utilizadas no exercício de suas atribuições de fiscalização. De acordo com o disposto no Regimento Interno do TCU ± RITCU ±, os instrumentos que o Tribunal utiliza na realização de suas atividades de fiscalização são os seguintes (L ± A ± M ± A ± I): - Levantamento; - Auditoria; - Monitoramento; - Acompanhamento; e - Inspeção; Vamos comentar cada um deles neste tópico, mas antes, é importante VDEHUPRV� TXH�� GH� DFRUGR� FRP� R� $UW�� ���� GR� 5,7&8�� ³As auditorias, acompanhamentos e monitoramentos obedecerão a plano de fiscalização elaborado pela Presidência, em consulta com os relatores das listas de unidades jurisdicionadas, e aprovado pelo Plenário em VHVVmR�GH�FDUiWHU�UHVHUYDGR�´ (grifamos) Sobre o plano de fiscalização, trataremos ao final do tópico. Na sequência, no § 2º, HVFODUHFH�TXH�³Os levantamentos e inspeções serão realizados por determinação do Plenário, da câmara, do relator ou, na hipótese do art. 28, inciso XVI, do Presidente, independentemente de programação, observada a disponibilidade dos recursos humanos e materiais necessários.´��JULIamos) Assim, fica claro que os casos de auditorias, acompanhamentos e monitoramentos (A ± M - A) devem constar de plano de fiscalização anterior, enquanto os levantamentos e inspeções podem ser determinados pelos referidos no § 2º. Aqui em Brasília, na épocaem que estudávamos para concursos, costumávamos XWLOL]DU� D� H[SUHVVmR� ³2� 7&8� $0$´�� FRPR� OHPEUHWH� GRV� 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 40 instrumentos que necessitavam estar previstos no plano de fiscalização. Mas aí é com vocês. 4.1 Levantamento O RITCU trata do levantamento da seguinte forma: ³Art. 238. Levantamento é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para: I ± conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional dos Poderes da União, incluindo fundos e demais instituições que lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades governamentais no que se refere aos aspectos contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais; II ± identificar objetos e instrumentos de fiscalização; e III ± avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações.´� (grifamos) É o primeiro contato com as unidades jurisdicionadas ao Tribunal, ou programas, por meio do qual ficam conhecidos em seus aspectos mais relevantes. A análise da viabilidade da realização de uma fiscalização também é efetuada por meio do levantamento. Exemplo: Identificação Acórdão 10/2003 - Plenário Ementa Levantamento de auditoria. Execução física dos programas do Plano Plurianual 2000- 2003 de órgãos da administração direta do governo federal. Execução de despesas sem cobertura orçamentária no SIVAM. Correção da irregularidade. Determinação. Natureza Relatório de Levantamento de Auditoria Entidade Órgãos: Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda, da Educação, da Saúde, das Relações Exteriores, da Defesa e da Integração Nacional. Interessados Interessada: Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional Sumário Relatório de Levantamento de Auditoria. Sistemática de registros da execução física das ações contidas nos programas do PPA 2000/2003, previstos para o exercício de 2000. Execução de despesas sem a devida cobertura orçamentária, contrariando o disposto no art. 167, inciso II, da Constituição Federal e no art. 80 da Lei nº 9.811/99. Apreciação dos esclarecimentos prestados em razão do subitem 8.4 da Decisão nº 837/2001. Determinação. Assunto Relatório de Levantamento de Auditoria Relatório do Ministro Relator Adoto como parte do presente, a zelosa instrução de fls. 108/109, verbis: ³&XLGDP�RV� DXWRV�GH� OHYDntamento de auditoria destinado a verificar as fontes de 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 40 informação e a natureza da sistemática de registro da execução física dos programas contidos no Plano Plurianual 2000-2003 nos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda, da Educação, da Saúde, das Relações Exteriores, dos Transportes, da Defesa e da Integração Nacional. Conduzido por técnicos da Secretaria de Macroavaliação - Semag, o levantamento de auditoria foi a julgamento em 10.10.2001, tendo sido expedida a Decisão nº 837/2001TCU- Plenário, fl. 70. No subitem 8.4 da Decisão, foram solicitados esclarecimentos à Comissão Coordenadora do Sistema de Vigilância da Amazônia - CCSIVAM, do Ministério da Defesa, acerca da execução de despesas sem a devida cobertura orçamentária, em inobservância ao que dispõem o inciso 11 do art. 167 da Constituição Federal e o art. 80, da Lei nº 9.811, de 28 de julho de 1999. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 5. (CESPE/FUB/2015) O instrumento conhecido por levantamento é utilizado para avaliar a viabilidade de realização de inspeção, desde que seja confirmada a existência de riscos que justifique a realização de trabalhos de fiscalização diretamente na sede do ente público. Comentários: Segundo o Regimento Interno do TCU, Levantamento é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para: I ± conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional dos Poderes da União, incluindo fundos e demais instituições que lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades governamentais no que se refere aos aspectos contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais; II ± identificar objetos e instrumentos de fiscalização; III ± avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações. Gabarito: E 4.2 Auditoria Definição do RITCU: ³Art. 239. Auditoria é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para: I ± examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial; II ± avaliar o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionados, assim como dos sistemas, programas, 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 40 projetos e atividades governamentais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados; III ± VXEVLGLDU� D� DSUHFLDomR� GRV� DWRV� VXMHLWRV� D� UHJLVWUR�´ (grifamos) Por meio da leitura do Art. 239, podemos identificar as duas principais vertentes da Auditoria Governamental, a Auditoria de Regularidade (conformidade) e a Auditoria Operacional (desempenho), conforme já estudamos nesta aula ± motivo pelo qual não vamos nos aprofundar no assunto. 4.3 Inspeção Transcrição de trecho do RITCU: ³Art. 240. Inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para suprir omissões e lacunas de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade de fatos da administração e de atos administrativos praticados por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição.´ (grifamos) 'H�DFRUGR�FRP�/LPD� �������� ³XVXDOPHQWH��D�QHFHVVLGDGH�GH� LQVSHomR�p� constatada no momento da instrução de um processo, quando o analista VH�GHSDUD�FRP�D�DXVrQFLD�GH�LQIRUPDo}HV�VREUH�R�DVVXQWR�HP�H[DPH´� Assim, podemos concluir que não se trata de processo independente, mas se insere no conjunto de instrução de outro processo. Identificação Acórdão 285/2007 - Plenário Natureza Levantamento de Auditoria Entidade Entidade: Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (extinto) -11º Distrito Rodoviário Federal Interessados Responsável: XXXXX (CPF XXXXX, ex-Diretor-Geral) Sumário LEVANTAMENTO DE AUDITORIA. OBRAS DE RESTAURAÇÃO DA RODOVIA BR- 174/MT. INDÍCIOS NÃO CONFIRMADOS DE SOBREPREÇO. REALIZAÇÃO DE PAGAMENTO COM BASE EM ÍNDICE DE REAJUSTE INCORRETO. DETERMINAÇÃO. (...) �����$QWH�D�JUDYLGDGH�GD�GHFODUDomR�GR�6U��;;;;;;;;�GH�TXH�D�IRUWH�UHVWULomR�RUoDPHQWiULD�µSRGH� WHU� OHYDGR�D�XPD� LQVXILFLrQFLD�GH�GDGRV�GH� FDPSR¶�� LVWR� p�� DQWH�D�DGPLVVmR�SHOR�JHVWRU�TXH�R� projeto básico pode não ter sido adequadamente realizado por falta de recursos, concluímos pela necessidade de efetuar inspeção para análise dos projetos e de sua adequação às exigências da norma da ABNT e do DNER. 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Britowww.estrategiaconcursos.com.br 15 de 40 Observem que no exemplo acima, no curso de um levantamento de auditoria, foi identificada a necessidade de se efetuar uma inspeção, a fim de se esclarecer aspectos específicos constantes do processo. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 6. (CESPE/FUB/2015) A inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado para esclarecer dúvidas, suprir omissões e lacunas de informações; no entanto, quando o foco for apuração de denúncias, exige-se plano de fiscalização suplementar ao plano de auditoria para legitimar os trabalhos dos auditores responsáveis pelo exame de regularidade dos atos e fatos delatados. Comentários: Segundo o Regimento Interno do TCU, Inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para suprir omissões e lacunas de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade de fatos da administração e de atos administrativos praticados por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição. Dessa forma, mesmo para apuração de denúncias não há essa exigência de plano de fiscalização, que só é necessário para os instrumentos de auditoria, monitoramento e acompanhamento. Gabarito: E 4.4 Acompanhamento Como de costume, vamos começar pelo que prescreve o RITCU: ³Art. 241. Acompanhamento é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para: I ± examinar, ao longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial; e II ± avaliar, ao longo de um período predeterminado, o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionadas, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados.´ (grifamos) Assim, podemos concluir que se trata de instrumento de fiscalização utilizado para examinar e avaliar atos de gestão quanto à legalidade, 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 40 legitimidade e desempenho, ³DR� ORQJR� GH� XP� SHUtRGR� SUHGHWHUPLQDGR´, ou seja, ³acompanhando´ a gestão. O Art. 242 do RITCU define que as atividades dos órgãos e entidades jurisdicionadas ao Tribunal deverão ser acompanhadas de forma seletiva e concomitante, mediante informações obtidas: ³I ± pela publicação no Diário Oficial da União e mediante consulta a sistemas informatizados adotados pela administração pública federal: a) da lei relativa ao plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias, da lei orçamentária anual e da abertura de créditos adicionais; b) dos editais de licitação, dos extratos de contratos e de convênios, acordos, ajustes, termos de parceria ou outros instrumentos congêneres, bem como dos atos referidos no art. 259; II ± por meio de expedientes e documentos solicitados pelo Tribunal ou colocados à sua disposição; III ± por meio de visitas técnicas ou participações em eventos promovidos por órgãos e entidades da administração pública.´ (grifamos) Como podemos observar, o acompanhamento poderá ser realizado à distância, por meio da leitura do Diário Oficial, do acesso a sistemas de informações dos órgãos (SIAFI do Poder Executivo Federal, por exemplo), e solicitações de documentos. Também poderá ser realizado de forma presencial, por meio de visitas técnicas aos órgãos gestores. Exemplo de Acompanhamento: Identificação Acórdão 34/2005 - Plenário Ementa Acompanhamento. Companhia de Desenvolvimento do Piauí - COMDEPI. Concorrência. Licitação para construção da Barragem de Estreito em Padre Marcos/PI. Regime de empreitada por preço unitário. Obra paralisada. Ausência de projeto básico. Suspensão cautelar do processo licitatório. Apresentação de informações pela empresa. Ilegalidade insanável. Determinação. Anulação da licitação. Conversão dos autos em monitoramento. Entidade Entidade: Companhia de Desenvolvimento do Piauí - COMDEPI. Interessados Responsável: XXXXXXXX (CPF XXXXXXXX). Sumário Acompanhamento. Identificação de indícios de irregularidades no procedimento de licitação da Barragem de Estreito, no município de Padre Marcos/PI. Concessão, por meio de despacho, de medida cautelar obstando a continuidade da referida licitação. Estipulação de prazo para apresentação de esclarecimentos por parte da COMDEPI. Apresentação de informações por essa empresa... Unidade Técnica 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 40 SECEX-PI - Secretaria de Controle Externo - PI Relatório do Ministro Relator Trata-se de Acompanhamento realizado pela SECEX/PI em procedimento licitatório conduzido pela Companhia de Desenvolvimento do Piauí - COMDEPI (Concorrência nº 01/2004) que tem por objeto a contratação de empresa para execução das obras e serviços de engenharia, em regime de empreitada por preço unitário, de conclusão da Barragem Estreito, no município de Padre Marcos - PI. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 7. (CESPE/FUB/2015) O instrumento denominado acompanhamento é utilizado para examinar ao longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos à tomada e prestação de contas; logo, pressupõe a existência de plano de auditoria para legitimar essa avaliação mais ampla. Comentários: Segundo o Regimento Interno do TCU, Acompanhamento é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para examinar, ao longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos à sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Além disso, o Acompanhamento pressupõe um plano de fiscalização, não de auditoria. Gabarito: E 4.5 Monitoramento O RITCU dispõe sobre monitoramento da seguinte forma: ³Art. 243. Monitoramento é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para verificar o cumprimento de suas deliberações e os resultados delas advindos.´ (grifamos) O monitoramento tem por objetivo verificar o cumprimento das deliberações do Tribunal, bem como os resultados delas advindos, ou seja, seus benefícios efetivos. Serve para verificar se as determinações que o TCU fez constar de suas decisões estão sendo cumpridas pelos gestores. Por exemplo, vamos supor que conste de um Acórdão do Tribunal que a CGU (órgão de Controle Interno do Poder Executivo Federal) devesse, no prazo de 90 dias, comunicar ao TCU as providências efetivamente adotadas para a apuração de fatos narrados em determinado Relatório. O instrumento que 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 40 o TCU dispõe para ter certeza de que essa deliberação foi cumprida é o monitoramento. O monitoramento pode abranger desde um subitem de um acórdão até o inteiro teor de vários acórdãos, devendo as Unidades Técnicas, quando da proposição do monitoramento, priorizar as deliberações mais importantes (aquelas cuja implementação gere impactos consideráveis em termos financeiros ou qualitativos). Como já vimos, para realização de monitoramentos, é necessáriaautorização do Plenário do TCU que definirá e limitará o seu escopo. A sistemática do monitoramento inicia-se antes da formalização do processo propriamente dito. Quando da proposição de deliberações que a Unidade Técnica avalie que devam ser monitoradas, as seguintes propostas devem ser também elaboradas: - realização de verificação do cumprimento das deliberações; - fixação de prazo para cumprimento das deliberações e/ou para elaboração e remessa de plano de ação. O plano de ação é o documento elaborado pelo gestor do órgão/entidade fiscalizado que explicita as medidas que serão tomadas para fins de cumprimento das deliberações e/ou para solucionar os problemas apontados. Deve conter, no mínimo, por deliberação: - as ações a serem tomadas; - os responsáveis pelas ações; - os prazos para implementação. O plano de ação deve conter, no mínimo, por deliberação: - as ações a serem tomadas; - os responsáveis pelas ações; - os prazos para implementação. Para determinadas deliberações, é recomendável, ainda, que o plano de ação contemple alguns elementos de medida, como indicadores e metas, e, quando possível, os benefícios efetivos advindos do atendimento das deliberações. 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 40 A quantidade e a periodicidade de monitoramentos para verificar o cumprimento das deliberações variarão de acordo com as particularidades, a complexidade e os prazos necessários para as implementações conforme estabelecido no plano de ação. É aconselhável que o cumprimento das deliberações seja verificado tão logo quanto possível, a fim de conferir tempestividade ao monitoramento. A verificação do cumprimento das deliberações deverá ser feita na menor quantidade possível de ações de monitoramento, sendo que, nos casos em que mais de um monitoramento seja necessário, cada trabalho deverá indicar a data prevista para a realização do próximo. É recomendável que o coordenador da equipe tenha participado do trabalho que originou as deliberações que serão monitoradas. Isso nem sempre é possível, mas daria maior qualidade ao trabalho. Nos monitoramentos, a designação da equipe é feita mediante Portaria de Fiscalização, na qual são identificados o coordenador, os demais membros da equipe e o supervisor, bem como o objetivo dos trabalhos, o órgão/entidade fiscalizado, a deliberação que originou a fiscalização, a fase de planejamento e, quando conhecidas, as fases de execução e de elaboração do relatório. Após a emissão da Portaria de Fiscalização, o titular da Unidade Técnica deverá encaminhar ofício de comunicação de fiscalização ao dirigente do órgão/entidade, informando que o órgão/entidade encontra-se sob fiscalização, além do objetivo e da deliberação que originou a fiscalização; a data provável para apresentação da equipe, se estiver prevista ida ao órgão/entidade. Além disso, pode solicitar, quando for o caso, documentos e informações necessários à avaliação da execução do plano de ação, disponibilização de ambiente reservado e seguro para a instalação da equipe, senha para acesso aos sistemas informatizados e designação de uma pessoa de contato do órgão/entidade. Pode haver reunião de apresentação, tal qual ocorre nas auditorias. A execução dos monitoramentos pode ocorrer no Tribunal de Contas, no órgão/entidade fiscalizado ou em ambos. Sempre que na execução estiver prevista ida ao órgão/entidade fiscalizado, a equipe deve se apresentar mediante a realização de reunião de apresentação. Nas demais situações, a reunião de apresentação é facultativa. Durante a fase de execução, a equipe deve aplicar os procedimentos previstos na fase de planejamento a fim de identificar o grau de atendimento das deliberações monitoradas. 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 40 A verificação do cumprimento de cada uma das deliberações monitoradas deve estar estruturada sob os seguintes aspectos: 1 - situação que levou à proposição da deliberação, com ênfase na irregularidade, impropriedade, problema ou deficiência apontados; 2 - providências adotadas e comentários dos gestores ± que medidas foram tomadas pelos responsáveis até a data do monitoramento; esclarecimentos dos responsáveis acerca de obstáculos ou dificuldades encontrados, bem como sobre melhorias, em decorrência das implementações; 3 - análise ± avaliação das medidas implementadas em confronto com a situação original; deve ficar claro o que foi cumprido, o que está pendente de cumprimento, o que, porventura, não é mais aplicável, bem como o atendimento aos prazos estipulados; 4 - evidências que fundamentem as conclusões; 5 - conclusão ± deve ser informado o grau de atendimento da deliberação, no período verificado, de acordo com as seguintes categorias: a) cumprida ou implementada�� 2� WHUPR� ³FXPSULGD´� Geve ser XWLOL]DGR�SDUD�R�FDVR�GH�GHWHUPLQDo}HV��Mi�R�WHUPR�³LPSOHPHQWDGD´� deve ser utilizado para o caso de recomendações; b) em cumprimento e no prazo ou em implementação e no prazo ± as providências para cumprir ou implementar a deliberação ainda estão em curso ou o cumprimento ou a implementação é medido em unidades de produtos e nem todos os produtos foram concluídos; c) em cumprimento com prazo expirado ou em implementação com prazo expirado ± as providências para cumprir ou implementar a deliberação ainda estão em curso ou a implementação ou o cumprimento é medido em unidades de produtos e nem todos os produtos foram concluídos; d) parcialmente cumprida ou parcialmente implementada ± o gestor considerou concluídas as providências referentes ao cumprimento ou à implementação, sem cumpri-la ou implementá-la totalmente; e) não cumprida ou não implementada; f) não mais aplicável ± em razão de mudanças de condição ou de superveniência de fatos que tornem inexequível o cumprimento ou a implementação da deliberação; 6 - proposta de encaminhamento. Para deliberações de implementação complexa, que envolvam grande número de ações, etapas de implementação interdependentes, diversos órgãos/entidades ou demandem prazo longo de monitoramento, a fase de execução do primeiro monitoramento pode ser utilizada para validar o plano de ação apresentado pelos responsáveis e, ainda, para a elaboração de um plano de monitoramento. 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 40 O plano de monitoramento é o documento elaborado pela Unidade Técnica que registra a previsão de monitoramentos necessários para a verificação do cumprimento das deliberações. Para cada monitoramento, deverá ser prevista a data provável para a realização do trabalho, o tempo estimado de duração e as principais ações a serem verificadas. Ao final da fase de execução, realiza-se a reunião de encerramento, na qual a equipe apresenta verbalmente o grau de atendimento das deliberações monitoradas ao gestor do órgão/entidade fiscalizado e outros responsáveis, cuja participação seja considerada oportuna. Sempre que possível, o grau de atendimento das deliberações monitoradas deverá ser discutido com o supervisor, anteriormente à reunião de encerramento. Deve ser informado ao gestor que as constataçõessão preliminares, podendo ser corroboradas ou alteradas em decorrência do aprofundamento da análise. A apresentação do grau de atendimento das deliberações monitoradas na reunião de encerramento somente pode ser dispensada nos casos em que represente risco à equipe ou à consecução do objetivo da fiscalização. Relatório é o instrumento formal e técnico por intermédio do qual a equipe comunica aos leitores: o objetivo; a metodologia utilizada; o grau de atendimento das deliberações, as conclusões e a proposta de encaminhamento. Identificação Acórdão 9/2003 - Plenário Ementa Auditoria de Desempenho. CNEN. Programa de gerenciamento de rejeitos radioativos. Segundo monitoramento da implementação das recomendações do TCU. Implementação parcial. Determinação para um terceiro monitoramento. Remessa de cópia à entidade. Encaminhamento dos autos à unidade técnica do TCU responsável. Natureza Relatório de Auditoria de Desempenho Entidade Entidade: Comissão Nacional de Energia Nuclear - Cnen Sumário Relatório de auditoria de desempenho. Avaliação do programa de gerência de rejeitos radioativos. Segundo monitoramento da implementação das recomendações exaradas na Decisão Plenária nº 527/2000. Necessidade de adiamento do próximo monitoramento com vistas à avaliação do uso de indicadores de desempenho. Determinação. Envio de cópias. Remessa dos autos à Unidade Técnica. Relatório do Ministro Relator (...) 1.4 O Relatório de Auditoria foi submetido ao Tribunal, resultando na Decisão 527/2000 - Plenário, Ata 26/2000 (fls. 187/188), onde foram proferidas recomendações com o objetivo de melhorar o desempenho do programa. A referida decisão também determinou o encaminhamento do processo à 6ª Secex, para acompanhamento da implementação das recomendações, por meio de monitoramento. 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 40 (...) 1.6 Por ocasião do primeiro monitoramento, foi realizada reunião com o grupo de contato da Cnen, em Brasília (ata e documentação no vol. II, fls. 01/195), tendo sido elaborado o relatório de fls. 266/275, submetido ao Exmo Ministro-Relator Adylson Motta, que dele anuiu e restituiu os autos à 6ª Secex, para continuação do processo demonitoramento e de avaliação de impacto... EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 8. (CESPE/TCU/2015) O monitoramento das deliberações tomadas em decorrência da realização de determinada auditoria é de responsabilidade do auditor, a quem cabe decidir o escopo e a oportunidade desse monitoramento. Comentários: As deliberações proferidas pelo Tribunal devem ser devidamente acompanhadas quanto ao seu cumprimento ou à sua implementação, observando-se que as determinações endereçadas aos jurisdicionados serão obrigatoriamente monitoradas e as recomendações o serão a critério do Tribunal, do relator ou da unidade técnica. Gabarito: E 4.6 Plano de Fiscalização De acordo com o Art. 244 do RITCU: ³As auditorias, acompanhamentos e monitoramentos obedecerão a plano de fiscalização elaborado pela Presidência, em consulta com os relatores das listas de unidades jurisdicionadas, e aprovado pelo Plenário em sessão de caráter reservado. § 1º A periodicidade do plano de fiscalização, bem como os critérios e procedimentos para sua elaboração, serão estabelecidos em ato próprio do Tribunal. § 2º Os levantamentos e inspeções serão realizados por determinação do Plenário, da câmara, do relator ou, na hipótese do art. 28, inciso XVI, do Presidente, independentemente de programação, observada a disponibilidade dos recursos humanos e materiais necessários.´��JULIamos) Como vimos, ³2�7&8�$0$´. 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 40 Finalizando o tema, vamos apresentar ± com os devidos créditos, é claro ± um quadro resumo constante na obra de Lima (2007) sobre os instrumentos de fiscalização: Instrumento Quem determina Característica Levantamento Plenário, Câmara, Relator ou Presidente Destina-se a acumular conhecimento sobre o órgão ou empreendimento Auditoria Plano de fiscalização Procedimento de maior profundidade e dimensão Inspeção Plenário, Câmara, Relator ou Presidente Medida adotada no curso de um processo Acompanhamento Plano de fiscalização Não exige a presença in loco da equipe de fiscalização Monitoramento Plano de fiscalização É consequência de uma deliberação do Tribunal Fonte: Lima (2007) EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 9. (CESPE/TCE-RO/2013) A função dos tribunais de contas é a verificação do cumprimento da regularidade e da execução dos programas sob a responsabilidade dos órgãos e entidades governamentais. Consequentemente, recomendações de caráter gerencial, visando à melhoria dos processos operacionais, cabem exclusivamente à auditoria interna e às assessorias especializadas. Comentários: Quando o tribunal de contas realiza uma auditoria operacional (desempenho), ele está sim preocupado com o processo, pois irá avaliar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade do objeto auditado. Dessa forma, as recomendações nesse tipo de auditoria visam à melhoria dos processos operacionais, não sendo essa uma prerrogativa apenas da auditoria interna e assessorias especializadas. Gabarito: E 10. (CESPE/FUB-DF/2013) A efetividade é uma dimensão do desempenho voltada para o atendimento imediato das metas inicialmente traçadas. Se, por exemplo, o objetivo é o de construir uma usina hidrelétrica, os aspectos relacionados ao meio ambiente e à população da área deverão ser considerados 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 40 paralelos e avaliados sob outros critérios que não o do objetivo central do programa. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: A dimensão que diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos imediatos, traduzidos em metas de produção ou de atendimento, é a eficácia, e não a efetividade. A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo, e se refere à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efeitos sobre a população alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos esperados), traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Ao examinar a efetividade de uma intervenção governamental, pretende-se ir além do cumprimento de objetivos imediatos ou específicos, em geral consubstanciados em metas de produção ou de atendimento (exame da eficácia da gestão). Aspectos como a qualidade dos serviços, o grau de adequação dos resultados dos programas às necessidades das clientelas (geração de valor público) e a equidade na distribuição de bens e serviços podem ser tratados em auditorias operacionais com o objetivo de subsidiar a accountability de desempenho da ação governamental. Gabarito: E 11. (CESPE/TCE-ES/2012) Nos exames realizados na auditoria de regularidade, devem ser respeitados, além do princípio da legalidade, os critérios de economicidade, eficiência, eficácia, efetividade, equidade, ética e proteção ao meio ambiente. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Não há obrigatoriedade de se verificar esses atributos nasauditorias de regularidade, que servem para a verificação da legalidade e legitimidade. Observem que a banca havia incluído uma questão muito semelhante na prova do TCU de 2007 (questão 11 da presente aula). Gabarito: E 12. (CESPE/TCU/2012) Julgue os próximos itens, a respeito das normas de auditoria do TCU, da auditoria de regularidade e operacional e dos instrumentos de fiscalização. A CF, ao conferir ao TCU competência para realizar, inclusive por conta própria, auditorias de natureza operacional, reconheceu que, além de o controle externo ter como balizamento para sua atuação fiscalizadora os aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade, deve também contemplar os critérios da eficiência ² com status de princípio constitucional da administração pública ², eficácia e efetividade. Comentários: Vimos no decorrer da presente aula que, quanto à natureza, as auditorias no TCU classificam-se em: 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 40 - Auditorias de regularidade, que objetivam examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos à jurisdição do Tribunal, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias contábeis. - Auditorias operacionais, que objetivam examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública. Gabarito: C 13. (CESPE/TCU/2012) Julgue os próximos itens, a respeito das normas de auditoria do TCU, da auditoria de regularidade e operacional e dos instrumentos de fiscalização. As determinações e recomendações do TCU são monitoradas obrigatoriamente pelos seus ministros e pelas unidades técnicas. Quando as devidas providências forem adotadas, o resultado dos monitoramentos deixará de ser considerado no planejamento dos trabalhos subsequentes. Comentários: As deliberações proferidas pelo Tribunal devem ser devidamente acompanhadas quanto ao seu cumprimento ou à sua implementação, observando-se que as determinações endereçadas aos jurisdicionados serão obrigatoriamente monitoradas e as recomendações o serão a critério do Tribunal, do relator ou da unidade técnica. Durante a fase de planejamento, devem ser consideradas as situações verificadas em trabalhos anteriores, tendo sido as providências referentes às recomendações sido adotadas ou não. Gabarito: E 14. (CESPE/TCDF/2012) O relatório de auditoria operacional de uma entidade pública pode conter críticas relativas a casos de desperdícios, exageros ou ineficiências na aplicação de recursos públicos. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: O relatório de auditoria é o instrumento formal e técnico por intermédio do qual a equipe de auditoria comunica aos leitores o objetivo e as questões de auditoria, o escopo e as limitações de escopo, a metodologia utilizada, os achados de auditoria, as conclusões e as propostas de encaminhamento. Nesse sentido, dentro dos achados de auditoria, o auditor evidenciará esses desperdícios, exageros ou ineficiências descritos na questão. Cabe ressaltar que o relatório de auditoria pode reconhecer também os aspectos positivos do objeto auditado, se aplicável aos objetivos da auditoria. Gabarito: C 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 40 15. (CESPE/TCDF/2012) A responsabilidade do auditor governamental inclui avaliar a eficácia, a eficiência, a equidade e a proteção ambiental na aplicação dos recursos públicos, por parte do gestor público, na sua gestão orçamentária, financeira, econômica, patrimonial e operacional. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Questão retirada de forma quase literal das Normas de Auditoria Governamental ± 1$*��6HJXQGR�HVVH�GRFXPHQWR�� ³D responsabilidade do profissional de auditoria governamental está relacionada com a constatação da legitimidade, impessoalidade, moralidade e publicidade dos atos praticados pelos administradores de recursos públicos, observando-se o ordenamento jurídico vigente, bem como com a avaliação da economicidade, eficiência, eficácia, efetividade, equidade e proteção ambiental na aplicação desses recursos, por ocasião da sua gestão orçamentária, financeira, econômica, patrimonial e operacional.´��JULIDPRV� Gabarito: C 16. (CESPE/TCDF/2012) Um dos objetivos específicos do tribunal de contas, ao efetuar suas auditorias governamentais, é recomendar, quando necessário, ações de caráter gerencial visando a promoção da melhoria das operações. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Mais uma questão retirada em sua literalidade das NAG. Segundo esse documento, em uma auditoria governamental, é objetivo do Tribunal GH�&RQWDV� ³UHFRPHQGDU�� HP�GHFRUUrQFLD�GH�SURFHGLPHQWRV�GH�Duditoria, quando necessário, ações de caráter gerencial visando à promoção da PHOKRULD�QDV�RSHUDo}HV´�� Gabarito: C 17. (CESPE/TCDF/2012) Sendo a auditoria operacional etapa preparatória para a auditoria de regularidade, devido às suas peculiaridades, essas auditorias não podem, na prática, ser realizadas concomitantemente. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Segundo as Normas de Auditoria do TCU ± NAT, a classificação das auditorias como de regularidade ou operacional dependerá do objetivo prevalecente em cada trabalho de auditoria, já que elas constituem parte de um mesmo todo da auditoria governamental e, às vezes, integram o escopo de um mesmo trabalho de auditoria. Além disso, a auditoria operacional não é etapa preparatória para a de regularidade, nem o contrário também estaria correto. Portanto, alternativa incorreta. Gabarito: E 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 40 18. (CESPE/TCU/2007) O julgamento das contas dos gestores públicos em virtude de danos ao erário decorrentes de atos de gestão ilegítima ou antieconômica, ou por desfalques ou desvio de dinheiros, bens e valores públicos, é um meio de detecção de fraudes propiciado pela fiscalização adotada pelo TCU, e a modalidade específica de auditoria que o TCU utiliza para detectar fraudes é a auditoria de conformidade. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Uma parte da questão está correta ao afirmar que a modalidade específica de auditoria que o TCU utiliza para detectar fraudes é a auditoria de conformidade, cuja finalidade é examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis, embora possamos identificar fraudes durante a realização de uma auditoria operacional, ainda que não seja o objetivo dessa. Entretanto, a afirmação de que o julgamento das contas realizado pelo TCU é um meio de detecção de fraudes não está correta. Poderíamos até aceitar que o julgamento previna fraudes, já que as sanções que dele possam advir podem alcançar um efeito de intimidação contra a ocorrência de novas fraudes. Entretanto, a detecção em si geralmente é conseguida por meio da auditoria. Gabarito: E 19. (CESPE/TCU/2007) Em uma situação em que se avaliem dados e informações de licitações e contratos, o sistema de controle interno doPoder Executivo federal deve, necessariamente, adotar os critérios de economicidade e efetividade. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: 2� JDEDULWR� GHILQLWLYR� DSUHVHQWDGR� SHOR� &(63(� IRL� ³&(572´� �QR� preliminar constava como ERRADO). Entretanto, discordamos da banca quanto ao definitivo, pois, como vimos na questão 1 da presente aula, não há obrigatoriedade de se verificar a economicidade e efetividade nas auditorias de regularidade, que servem para a verificação da legalidade e legitimidade, o que é, sem dúvida, o caso da questão ± avaliação de dados e informações de licitações e contratos. Gabarito: C 20. (CESPE/TCU/2007) Suponha que uma auditoria, realizada em uma escola agrícola federal subordinada ao Ministério da Educação, tenha constatado falhas e deficiências na área orçamentário-financeira, no sistema escola-fazenda e na área de recursos humanos. Nessa situação hipotética, a auditoria descrita é um exemplo de auditoria de natureza operacional, que abrange, inclusive, avaliação de programas, o que permite à equipe de auditoria pronunciar-se sobre o aumento da evasão escolar em virtude da situação. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 40 Vimos que a auditoria de natureza operacional ± ANOP ± é o ³exame independente e objetivo da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de promover o aperfeiçoamento da gestão S~EOLFD�´ Ou seja, o exemplo apresentado na questão trata da verificação da eficácia e da eficiência da gestão da escola-fazenda, o que se encaixa perfeitamente na definição de ANOP. Quanto à avaliação de programas, a própria definição dada pelo manual de ANOP do TCU prevê essa possibilidade. A questão trata da verificação da efetividade do programa, que nada mais é do que o impacto do programa (nesse caso, a evasão escolar) na população interassada. Gabarito: C 21. (CESPE/TCU/2007) Considere-se que, em cumprimento a decisão do TCU, tenha sido elaborado relatório de auditoria na área de licitações e contratos de determinado tribunal e tenham sido constatadas as seguintes falhas na condução de procedimentos licitatórios: edital de licitação com imposições restritivas à competição; prévio cadastramento de licitantes no sistema integrado de cadastramento unificado de fornecedores; exigências, durante a fase de habilitação de licitantes, de documentos não-previstos em lei específica; falta de critério de aceitabilidade dos preços unitário e global. Nesse caso, a situação descrita caracteriza uma auditoria operacional. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: A auditoria apresentada na questão apontou fatos claramente relacionados à legalidade em licitações e contratos, particularmente em relação à aderência à Lei 8.666/93. Ou seja, trata-se de auditoria de conformidade, o que torna o item errado. Gabarito: E 22. (CESPE/TCU/2008) Na auditoria operacional realizada no âmbito de um órgão ou programa governamental, os critérios ou objetivos pelos quais eficiência e eficácia são medidas devem ser especificados pelos auditores e, não, pela administração, e os pareceres relativos a esses trabalhos não podem conter recomendações ou sugestões. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Os critérios ou objetivos devem ser definidos pela Administração, não pelos auditores, o que torna o item errado. O trabalho dos auditores inclui comparar a situação encontrada (o que é) com os critérios e objetivos definidos pela Administração (o que deveria ser). 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 40 Outro erro encontrado na questão é a afirmação de que, nos pareceres relativos a esses trabalhos (auditoria operacional), não devem ser incluídas recomendações ou sugestões. Pessoal, haveria algum sentido em se avaliar o desempenho de um órgão ou programa e não apresentar subsídios para promover o aprimoramento da gestão? É, também entendemos que não. Gabarito: E 23. (CESPE/TCE-RN/2009) Um dos principais objetivos da auditoria operacional é atestar a conformidade do funcionamento do órgão ou entidade à estratégia e às políticas e diretrizes que lhes foram estabelecidas. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: A questão deve ter confundido diversos candidatos ao utilizar a H[SUHVVmR� ³DWHVWDU� D� FRQIRUPLGDGH´�� TXH� GHYHP� WHU� UHODFLRQDGR� j� auditoria de regularidade (ou conformidade). Entretanto, vimos em diversos momentos de nosso curso que as auditorias operacionais também podem verificar a aderência da gestão a normas e regulamentos específicos, como na situação apresentada na questão. Isso torna o item correto. O que não estaria certo é se afirmar, como já vimos em outra questão desta aula, que nas auditorias de regularidade deve-se, obrigatoriamente, verificar aspectos do desempenho, como, por exemplo, economicidade e efetividade. Perceberam a diferença? Gabarito: C 24. (CESPE/SECONT-ES/2009) Somente por meio da auditoria operacional verifica-se a efetividade e a aplicação de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: A questão trata da classificação de auditoria dada pela IN 01/01, da Secretaria Federal de Controle Interno, do Poder Executivo Federal, que não vimos em nossas aulas. Entretanto, podemos responder ao pedido somente com o conhecimento necessário para a prova do TCU, quando vimos na aula anterior (e nesta) que na classificação de auditorias de regularidade se incluem as auditorias contábeis, o tipo ideal de auditoria para a verificação de recursos oriundos de fontes externas. Ou seja, a questão está incorreta ao afirmar que somente a auditoria operacional se prestaria a essa tarefa. Gabarito: E 25. (CESPE/TCU/2004) Se um Ministro do TCU desejar que a área técnica realize alguma auditoria, deverá enviar sua solicitação ao presidente do tribunal, ao qual, então, caberá determinar a realização do trabalho. Julgue CERTO ou ERRADO. 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 40 Comentários: Como vimos, as auditorias, acompanhamentos e monitoramentos obedecerão a plano de fiscalização elaborado pela Presidência e aprovado pelo Plenário em sessão de caráter reservado. Ou seja, o procedimento apresentado na questão não poderá ser utilizado na determinação de uma auditoria. Gabarito: E 26. (CESPE/TCU/2007) Julgue os itens a seguir, que tratam de metodologias empregadas em auditoria governamental e da etapa de monitoramento do trabalho de auditoria. O monitoramento é um instrumento de fiscalização exclusivo da auditoria, cujas finalidades são desenvolver metodologias, corrigir desvios e assegurar os objetivos previstos. Comentários: O monitoramento serve para verificar o cumprimento de deliberações do Tribunal, resultantes de decisões proferidas em outros trabalhos, não necessariamente apenas da auditoria. Observem o exemplo de acompanhamento que inserimos nesta aula. Há um trecho iluminado que cita a conversão dos autos de acompanhamento em monitoramento. Gabarito: E 27. (ESAF/APO-MPOG/2015) Em relação às dimensõesde análise, é correto afirmar que: a) economicidade é a maximização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade; b) eficiência é o grau de alcance das metas programadas em um determinado período de tempo, independente dos custos envolvidos; c) eficácia é a relação entre os produtos gerados por uma atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado período de tempo, mantidos os padrões de qualidade; d) efetividade é o alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo; e) objetividade é a realização do trabalho de forma direta, resumida e tempestiva. Comentários: Questão retirada do Manual de Auditoria Operacional do TCU. Vamos aos erros: A ± Economicidade é a MINIMIZAÇÃO dos custos; B ± isso é Eficácia e não Eficiência; C ± isso é Eficiência e não Eficácia; E ± a objetividade indica que o critério de auditoria deve ser livre de qualquer tendenciosidade por parte do auditor ou da gerência. Gabarito: D 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 40 28. (ESAF/APO-MPOG/2015) Restrições orçamentárias e metas subestimadas podem afetar o exame da meta a ser alcançada em relação à dimensão da: a) eficácia; b) eficiência; c) efetividade; d) economicidade; e) equidade. Comentários: A dimensão que se preocupa com a meta traçada é a eficácia. Gabarito: A 29. (FCC/TCE-CE/2015) A auditoria realizada em determinada autarquia pública na qual o relatório emitido pelos auditores aborda os aspectos da economicidade e da eficiência na aquisição e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade dos resultados alcançados, refere-se à auditoria: a) de gestão de recursos; b) operacional; c) de acompanhamento de gestão; d) de avaliação de gestão; e) orçamentária. Comentários: Segundo as Normas de Auditoria do TCU, as auditorias operacionais objetivam examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública. Gabarito: B 30. (ESAF/SEFAZ-SP/2009) Sobre a auditoria de natureza operacional, é correto afirmar: A) tem por objetivo certificar as contas do gestor público, apurando eventuais responsabilidades. B) é realizada, tão somente, com base na verificação das demonstrações contábeis. C) no âmbito da administração indireta, só pode ser realizada por auditores independentes contratados mediante licitação. D) compreende duas modalidades: auditoria de desempenho operacional e avaliação de programas. E) é aplicável, apenas, no âmbito da administração direta. Comentários: Segundo as Normas de Auditoria do TCU ± NAT ±, quanto à natureza, as auditorias classificam-se em: 9 Auditorias de regularidade, que objetivam examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos à jurisdição do Tribunal, quanto aos 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 40 aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias contábeis. 9 Auditorias operacionais, que objetivam examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública. 'H� DFRUGR� FRP� /LPD� �������� ³1DV� ANOp busca-se a avaliação sistemática dos programas, projetos, atividades e sistemas governamentais, assim como dos órgãos e entidades jurisdicionadas ao Tribunal. Suas duas modalidades são: auditoria de desempenho e auditoria de programa�´��JULIDPRV� Ainda de acordo com o autor, na auditoria de desempenho examina-se a economicidade, eficiência e eficácia da ação governamental, enquanto na auditoria de programas, examina-se a efetividade dos programas, políticas e projetos governamentais. Gabarito: D 31. (ESAF/Pref. Niterói/1999) Os relatórios de auditoria operacional visam descrever os trabalhos planejados, com o intuito de apresentar: A) questionários à alta administração B) conclusões sobre o trabalho realizado C) indicadores de performance D) questionários de controle interno E) indicadores de controle interno Comentários: Questão bastante simples, se resolvida com atenção. As conclusões de um trabalho de auditoria operacional são apresentadas aos interessados por meio de um relatório. Segundo o Manual de Auditoria Operacional do TCU, o relatório é o principal produto da auditoria; é o instrumento formal e técnico por intermédio do qual a equipe comunica o objetivo e as questões de auditoria, a metodologia usada, os achados, as conclusões e a proposta de encaminhamento. Gabarito: B 32. (ESAF/TCU/2006) Em relação aos instrumentos de fiscalização utilizados pelo TCU, assinale a opção que aponta a correta correlação entre as colunas. 1) Levantamentos 2) Auditorias 3) Inspeções 4) Acompanhamentos 5) Monitoramentos 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 40 ( ) Verificar o cumprimento das deliberações do TCU e os resultados delas advindos. ( ) Avaliar, ao longo de um período predeterminado, o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionados, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados. ( ) Suprir omissões e lacunas de informações. ( ) Avaliar a viabilidade de realização de fiscalizações. ( ) Subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a registro. A) 2 ± 5 ± 3 ± 4 ± 1 B) 4 ± 2 ± 1 ± 3 ± 5 C) 5 ± 4 ± 3 ± 1 ± 2 D) 3 ± 2 ± 1 ± 4 ± 5 E) 1 ± 2 ± 3 ± 4 ± 5 Comentários: A primeira lacuna será preenchida sem problemas com o instrumento de fiscalização monitoramento, por tudo que vimos no decorrer da aula, e a segunda lacuna com o acompanhamento, pois a H[SUHVVmR�FKDYH�³DR�ORQJR�GH�XP�SHUtRGR´�QmR�GHL[D�G~YLGDV�GH�TXH�VH� trata desse instrumento. Assim, por exclusão, podemos marcar a letra C. Como nossa prova não deve trazer questões com alternativas (se ainda for CESPE), vamos verificar as demais definições. A terceira demonstra, como vimos, o que seria uma inspeção (suprir lacuna de informação), enquanto a quarta define o levantamento. A única que poderia nos deixar com um mínimo de dúvida seria a última, pois não vimos na aula. Entretanto, para subsidiarmos a apreciação de atos sujeitos a registro ± portanto, a legalidade do ato ± devemos realizar uma auditoria de regularidade, cuja definição já tratamos. Gabarito: C Pessoal, terminamos nossa Aula 3 por aqui. Como disse, uma aula bastante simples, mas espero que tenham gostado. Se as bancas cobrarem qualquer questão sobre esses assuntos, temos certeza de que terão condições de acertar. Aproveitem seus estudos, um abraço, e até a próxima. QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA 30710608748 Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br
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