Buscar

03 auditoria

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 03
Auditoria Governamental p/ Concursos de Tribunais de Contas - Curso Regular (Nível
Superior)
Professor: Claudenir Brito
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 40 
 
AULA 03: Auditoria de regularidade e auditoria 
operacional. Instrumentos de fiscalização: auditoria, 
levantamento, monitoramento, acompanhamento e 
inspeção. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Introdução 2 
2. Auditoria de Regularidade 4 
3. Auditoria Operacional 6 
4. Instrumentos de fiscalização 11 
Questões comentadas durante a aula 34 
Referências bibliográficas 40 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida 
a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam 
os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa 
equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia 
Concursos ;-) 
 
Olá, pessoal. 
 
Esperamos que estejam gostando das aulas de Auditoria Governamental 
para os concursos dos Tribunais de Contas. 
 
Como o curso é destinado às Cortes de Contas em geral, optamos por 
utilizar como base as normas do TCU, tendo em vista que também são a 
base dos normativos de boa parte dos demais TC. 
 
Nossa aula de hoje será bastante curta, pois dividimos a matéria 
didaticamente entre as aulas, e essa parte é mais simples mesmo. 
Trataremos de dois assuntos distintos. O primeiro é a classificação 
tradicional da auditoria: auditoria de regularidade e auditoria 
operacional. 
 
O outro assunto trata dos instrumentos de fiscalização que o TCU tem 
a seu dispor para o cumprimento de suas atribuições constitucionais e 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 40 
 
legais, que são cinco: auditoria, levantamento, monitoramento, 
acompanhamento e inspeção. É o famoso LAMAI. 
 
- Famoso quem? 
L ± A ± M ± A ± I. 
 
L de levantamento; 
A de auditoria; 
M de monitoramento; 
A de acompanhamento; e 
I de inspeção. 
 
Mas é melhor começarmos logo, senão a gente acaba se empolgando e 
contando a estória toda. 
 
Dúvidas que forem surgindo, só perguntar no fórum do curso. Quem 
precisar esclarecer dúvidas sobre outros temas voltados aos concursos, 
que não sejam dúvidas específicas do nosso conteúdo, pode ainda me 
enviar uma mensagem: 
 
 
(61) 98104-2123 
 
Boa aulas a todos. 
 
 
1. Introdução 
 
Já sabemos que a auditoria que busca a verificação da aderência dos atos 
e fatos administrativos às normas e regulamentos vigentes é a chamada 
auditoria de legalidade ou de regularidade. 
 
Também sabemos que, além da legalidade, as auditorias de regularidade 
serviam para a verificação da legitimidade dos atos, e que legitimidade 
nos remetia a um juízo de valor sobre o gasto realizado. 
 
Por exemplo, a compra por um órgão público de uma cadeira de 
R$5.000,00 para o servidor utilizar no trabalho, alegando que, do ponto 
de vista da legalidade, a aquisição seguiu todos os ditames legais, o 
disposto na Lei 8.666, etc. 
 
Mas que se inseríssemos um juízo de valor na discussão, poderíamos 
chegar à conclusão de que não seria razoável um gasto desse vulto para 
uma cadeira. Estaríamos, dessa forma, realizando uma análise de 
legitimidade. 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 40 
 
Sobre os aspectos de eficiência, eficácia e economicidade, temos a 
seguinte distinção (definições da IN 01/2001): 
- eficiência: medida da relação entre os recursos efetivamente 
utilizados para a realização de uma meta, frente a padrões 
estabelecidos, e está associada ao uso dos recursos disponíveis em 
relação aos produtos e serviços finais elaborados. 
 - eficácia: grau de atingimento das metas fixadas para um 
determinado objeto de uma ação em relação ao previsto, em um 
determinado período. 
 - economicidade: variação positiva da relação custo/benefício, 
na qual se busca a otimização dos resultados na escolha dos menores 
custos em relação aos maiores benefícios, que revela a atenção da 
gestão com o bom uso qualitativo dos recursos financeiros. 
 
Os aspectos acima, além da efetividade, serão verificados por meio da 
auditoria operacional (ou de desempenho). 
 
A efetividade está relacionada ao impacto que os programas de governo 
exercem sobre determinado público-alvo. Como exemplo, temos o 
Programa Bolsa Família, do Governo Federal, e, para analisarmos se esse 
programa está sendo realmente efetivo, devemos verificar se está 
causando o impacto desejado na população beneficiária, em relação a 
seus objetivos, qual seja, a redução das desigualdades sociais. Em outras 
palavras, está ocorrendo a redução pretendida, em virtude do programa? 
 
Assim, podemos classificar a auditoria governamental em auditoria de 
regularidade (ou legalidade) e auditoria operacional (ou de 
desempenho). 
 
A auditoria de regularidade vai focar nos aspectos de legalidade e 
legitimidade, enquanto a auditoria de desempenho vai se estender, 
além da verificação da legalidade e da legitimidade, aos aspectos de 
eficiência, eficácia, economicidade e efetividade. 
 
O mesmo assunto é tratado nas Normas de Auditoria do TCU ± NAT, 
segundo as quais, quanto à natureza, as auditorias se classificam 
em: 
- Auditorias de regularidade, que objetivam examinar a 
legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis 
sujeitos à jurisdição do Tribunal, quanto aos aspectos contábil, 
financeiro, orçamentário e patrimonial. Compõem as auditorias de 
regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias 
contábeis. 
- Auditorias operacionais, que objetivam examinar a 
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, 
programas e atividades governamentais, com a finalidade de 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 40 
 
avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da 
gestão pública. 
 
Para facilitar a visualização, inserimos o esquema a seguir. Na prática, 
poderá haver alguma superposição entre auditoria de conformidade e 
auditoria operacional. Nesses casos, a classificação de uma auditoria 
específica dependerá do objetivo primordial da auditoria. 
 
Vale lembrar que, na aula demonstrativa, ao tratarmos da evolução 
histórica da auditoria, afirmamos que a auditoria governamental seguiu 
um caminho gradativo, que se iniciou com auditoria contábil, 
passando pela auditoria de legalidade, e chegando à auditoria 
operacional, e que os novos aspectos observados foram acrescidos aos 
já existentes. 
 
Evolução do enfoque: 
 
 
2. Auditoria de Regularidade 
 
Ao tratar da auditoria de regularidade, vamos tomar por base a Portaria-
SEGECEX nº 26, de 19 de outubro de 2009, que representa os padrões de 
auditoria de conformidade ± regularidade ± no TCU. 
 
De acordo com o TCU, auditoria de conformidade ou de regularidade é o 
³instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para examinar a 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentadosProf Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 40 
 
legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis 
sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, 
orçamentário e patrimonial.´��JULIDPRV) 
 
Assim, o exame estrito da legalidade de procedimentos de licitação e 
contratação, fidedignidade de documentos, eficiência dos controles 
internos e outros deverão ser objeto de auditoria de conformidade. 
 
 
O exame estrito da legalidade de procedimentos de licitação e 
contratação, fidedignidade de documentos, eficiência dos controles 
internos e outros deverão ser objeto de auditoria de conformidade. 
 
 
Nas auditorias de regularidade, as conclusões assumem a forma de 
opinião concisa e de formato padronizado sobre demonstrativos 
financeiros e sobre a conformidade das transações com leis e 
regulamentos, ou sobre temas como a inadequação dos controles 
internos, atos ilegais ou fraude. 
 
Nas auditorias de regularidade o exame da materialidade está 
diretamente relacionado ao montante de recursos envolvidos. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. (CESPE/CGE-PI/2015) Uma auditoria para avaliar denúncia 
de irregularidade de natureza contábil em uma instituição 
financeira pública insere-se no campo das auditorias de 
regularidade. 
Comentários: 
Segundo as Normas de Auditoria, as auditorias de regularidade 
objetivam examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos 
responsáveis sujeitos à jurisdição do Tribunal, quanto aos aspectos 
contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. 
Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de 
conformidade e as auditorias contábeis. 
Gabarito: C 
 
2. (CESPE/FUB-DF/2013) O descumprimento de leis ou 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 40 
 
normas que regulamentam o negócio de uma organização 
caracteriza situação conflitante com os objetivos de compliance 
ou conformidade. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
O principal objetivo das auditorias de regularidade é verificar a 
conformidade das transações com leis e regulamentos, ou sobre temas 
como a inadequação dos controles internos, atos ilegais ou fraude. O 
descumprimento de leis ou normas que regulamentam o negócio de uma 
organização caracteriza situação conflitante com os objetivos de 
compliance, conformidade ou regularidade. 
Gabarito: C 
 
 
 
3. Auditoria Operacional 
 
Na obra de Peter e Machado (2008), que o CESPE/Unb já utilizou como 
base para a elaboração de algumas questões em concursos anteriores, os 
autores definem a auditoria operacional como sendo a avaliação das 
ações gerenciais e dos procedimentos relacionados ao processo 
operacional, procurando auxiliar a administração na gerência e nos 
resultados, por meio de recomendações que visem aprimorar 
procedimentos. 
 
Para o Manual de Auditoria Operacional do TCU, aprovado pela Portaria-
SEGECEX nº 4, de 26 de fevereiro de 2010, Auditoria de Natureza 
Operacional (ANOp) ³é o exame independente e objetivo da 
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, 
programas e atividades governamentais, com a finalidade de promover 
o aperfeiçoamento da gestão pública.´��JULIamos) 
 
As auditorias operacionais podem examinar, em um mesmo trabalho, 
uma ou mais das principais dimensões de análise ± RV���(¶V� FLWDGRV� QD�
definição e definidos a seguir. 
 
ECONOMICIDADE 
 
A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na 
consecução de uma atividade, sem comprometimento dos padrões de 
qualidade. Refere-se à capacidade de uma instituição de gerir 
adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição. 
 
Seu exame poderá abranger a verificação de práticas gerenciais, sistemas 
de gerenciamento, benchmarking de processos de compra e outros 
procedimentos afetos à auditoria operacional. 
 
 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 40 
 
EFICIÊNCIA 
 
A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens e 
serviços) gerados por uma atividade e os custos dos insumos 
empregados para produzi-los, em um determinado período de tempo, 
mantidos os padrões de qualidade. 
 
Refere-se ao esforço do processo de transformação de insumos em 
produtos. Pode ser examinada sob duas perspectivas: minimização do 
custo total ou dos meios necessários para obter a mesma quantidade 
e qualidade de produto; ou otimização da combinação de insumos para 
maximizar o produto quando o gasto total está previamente fixado. Nesse 
caso, a análise do tempo necessário para execução das tarefas é uma 
variável a ser considerada. 
 
A eficiência pode ser medida calculando-se e comparando-se o custo 
unitário da produção de um bem ou serviço. Portanto, podemos 
considerar que o conceito de eficiência está relacionado ao de 
economicidade. 
 
EFICÁCIA 
 
A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas 
(bens e serviços) em um determinado período de tempo, 
independentemente dos custos implicados (Manual de ANOp do TCU, 
citando COHEN e FRANCO, 1993). 
 
Diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos imediatos, 
traduzidos em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a 
capacidade de prover bens ou serviços de acordo com o estabelecido no 
planejamento das ações. 
 
É importante observar que a análise de eficácia deve considerar os 
critérios adotados para a fixação da meta a ser alcançada. Uma meta 
subestimada pode levar a conclusões equivocadas a respeito da eficácia 
do programa ou da atividade sob exame. 
 
Além disso, fatores externos, como restrições orçamentárias, podem 
comprometer o alcance das metas planejadas e devem ser levados em 
conta durante a análise da eficácia. 
 
EFETIVIDADE 
 
A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a 
médio e longo prazo. Refere-se à relação entre os resultados de uma 
intervenção ou programa, em termos de efeitos sobre a população 
alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 40 
 
esperados), traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Trata-
se de verificar a ocorrência de mudanças na população-alvo que se 
poderia razoavelmente atribuir às ações do programa avaliado. 
 
Portanto, ao examinar a efetividade de uma intervenção governamental, 
pretende-se ir além do cumprimento de objetivos imediatos ou 
específicos, em geral consubstanciados em metas de produção ou de 
atendimento (exame da eficácia da gestão). 
 
Trata-se de verificar se os resultados observados foram realmente 
causados pelas ações desenvolvidas e não por outros fatores. Pressupõe 
que bens e/ou serviços foram ofertados de acordo com o previsto. 
 
O exame da efetividade ou avaliação de impacto requer tratamento 
metodológico específico que busca estabelecer a relação de causalidade 
entre as variáveis do programa e os efeitos observados, comparando-os a 
uma estimativa do que aconteceria caso o programa não existisse. 
 
O manual ressalta, ainda, que, além das quatro dimensões de 
desempenho examinadas, outras, a elas relacionadas, poderão ser 
explicitadas em razão de sua relevânciapara a delimitação do escopo das 
auditorias operacionais. 
 
Aspectos como a qualidade dos serviços, o grau de adequação dos 
resultados dos programas às necessidades das clientelas (geração de 
valor público) e a equidade na distribuição de bens e serviços podem 
ser tratados em auditorias operacionais com o objetivo de subsidiar 
a accountability de desempenho da ação governamental. 
 
Características da Auditoria Operacional 
 
As auditorias operacionais possuem características próprias que as 
distinguem das auditorias tradicionais. Ao contrário das auditorias de 
regularidade, que adotam padrões relativamente fixos, as auditorias 
operacionais, devido à variedade e complexidade das questões tratadas, 
possuem maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de 
auditoria, métodos de trabalho e forma de comunicar as conclusões de 
auditoria. 
 
Empregam ampla seleção de métodos de avaliação e investigação de 
diferentes áreas do conhecimento, em especial das ciências sociais. Além 
disso, requerem do auditor flexibilidade, imaginação e capacidade 
analítica. 
 
Algumas áreas de estudo, em função de sua especificidade, necessitam 
de conhecimentos especializados e abordagem diferenciada, como é o 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 40 
 
caso das avaliações de programa, auditoria de tecnologia de 
informação e de meio ambiente. 
 
Nas auditorias operacionais, o relatório trata da economicidade e da 
eficiência na aquisição e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e 
da efetividade dos resultados alcançados. Tais relatórios podem variar 
consideravelmente em escopo e natureza, informando, por exemplo, 
sobre a adequada aplicação dos recursos, sobre o impacto de políticas e 
programas e recomendando mudanças destinadas a aperfeiçoar a gestão. 
 
Pela sua natureza, as auditorias operacionais são mais abertas a 
julgamentos e interpretações e seus relatórios, consequentemente, 
são mais analíticos e argumentativos. 
 
Enquanto nas auditorias de regularidade o exame da materialidade está 
diretamente relacionado ao montante de recursos envolvidos, nas 
auditorias operacionais essa é uma questão mais subjetiva e pode se 
basear em considerações sobre a natureza ou o contexto do objeto 
auditado. 
 
A participação do gestor e de sua equipe é fundamental em várias etapas 
do ciclo de ANOp. Desde a etapa de seleção do tema e definição do 
escopo da auditoria até a caracterização dos achados e possíveis 
recomendações, a equipe deve contar com a imprescindível colaboração 
do auditado. 
 
Para que a auditoria contribua efetivamente para o aperfeiçoamento da 
gestão, o gestor precisa apoiar o trabalho e estar disposto a colaborar, 
facilitando a identificação das áreas relevantes a serem examinadas. 
 
Já o envolvimento do gestor favorece a apropriação dos resultados da 
auditoria e a efetiva implementação das recomendações propostas. 
 
Ciclo de Auditoria Operacional 
 
Fonte: Manual de ANOp/TCU. 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 40 
 
Sinteticamente, o ciclo de auditoria operacional se inicia com o processo 
de seleção dos temas. Após a definição de tema específico, deve-se 
proceder ao planejamento com vistas à elaboração do projeto de 
auditoria, que tem por finalidade detalhar os objetivos do trabalho, as 
questões a serem investigadas, os procedimentos a serem desenvolvidos 
e os resultados esperados com a realização da auditoria. 
 
Na fase de execução, realiza-se a coleta e análise das informações que 
subsidiarão o relatório destinado a comunicar os achados e as conclusões 
da auditoria. A etapa de monitoramento destina-se a acompanhar as 
providências adotadas pelo auditado em resposta às recomendações e 
determinações exaradas pelo TCU, assim como aferir o benefício 
decorrente de sua implementação. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
3. (CESPE/FUB/2015) O objetivo da auditoria operacional é 
responder a questões-chave de auditoria e apresentar 
recomendações para aperfeiçoamento de procedimentos para 
evitar possíveis fragilidades. 
Comentários: 
Uma auditoria operacional objetiva, ao final dos trabalhos, 
responder as questões de auditoria formuladas no planejamento e, 
quando aplicável, elaborar recomendações que aprimorem os 
procedimentos executados pela entidade auditada. 
Gabarito: C 
 
4. (CESPE/FUB-DF/2013) A auditoria operacional ou de 
desempenho é a que procede a avaliações quanto aos aspectos 
conhecidos como os 4 Es, entre os quais se destaca a 
equidade, em consonância com o princípio da justiça social. 
Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
Vimos que o Manual de Auditoria Operacional do TCU define a 
Auditoria de 1DWXUH]D� 2SHUDFLRQDO� �$12S�� GD� VHJXLQWH� IRUPD�� ³p� R�
exame independente e objetivo da economicidade, eficiência, eficácia e 
efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, 
com a finalidade de promover o aperfeiçoamento da gestão S~EOLFD´�
(Grifamos). Assim, as auditorias operacionais podem examinar, em um 
mesmo trabalho, uma ou mais das principais dimensões de análise ± os 
4 Es citados na definição, dentre os quais não se inclui a equidade. 
Gabarito: E 
 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 40 
 
4. Instrumentos de Fiscalização 
 
Lima (2007) explica que: 
³DQWHV�GD�&RQVWLWXLomR�GH�1988, as fiscalizações dos Tribunais 
de Contas restringiam-se a auditorias financeiras e 
orçamentárias. A partir da nova Carta, ampliaram-se as 
dimensões da fiscalização exercida pelo controle externo, 
cabendo-lhe exeminar os aspectos de natureza contábil, 
financeira, oeçamentária, patrimonial e operacional da gestão 
pública, sob os critérios da legalidade, legitimidade, 
economicidade, eficiêQFLD��HILFiFLD�H�HIHWLYLGDGH�´ 
 
1HVVH�VHQWLGR��R�7&8�YHP�GHVHQYROYHQGR�³Lnstrumentos de fiscalização´��
que são técnicas e ferramentas, com características próprias, utilizadas no 
exercício de suas atribuições de fiscalização. 
 
De acordo com o disposto no Regimento Interno do TCU ± RITCU ±, os 
instrumentos que o Tribunal utiliza na realização de suas atividades de 
fiscalização são os seguintes (L ± A ± M ± A ± I): 
- Levantamento; 
- Auditoria; 
- Monitoramento; 
- Acompanhamento; e 
- Inspeção; 
 
Vamos comentar cada um deles neste tópico, mas antes, é importante 
VDEHUPRV� TXH�� GH� DFRUGR� FRP� R� $UW�� ���� GR� 5,7&8�� ³As auditorias, 
acompanhamentos e monitoramentos obedecerão a plano de 
fiscalização elaborado pela Presidência, em consulta com os relatores 
das listas de unidades jurisdicionadas, e aprovado pelo Plenário em 
VHVVmR�GH�FDUiWHU�UHVHUYDGR�´ (grifamos) 
 
Sobre o plano de fiscalização, trataremos ao final do tópico. 
 
Na sequência, no § 2º, HVFODUHFH�TXH�³Os levantamentos e inspeções 
serão realizados por determinação do Plenário, da câmara, do relator 
ou, na hipótese do art. 28, inciso XVI, do Presidente, 
independentemente de programação, observada a disponibilidade dos 
recursos humanos e materiais necessários.´��JULIamos) 
 
Assim, fica claro que os casos de auditorias, acompanhamentos e 
monitoramentos (A ± M - A) devem constar de plano de fiscalização 
anterior, enquanto os levantamentos e inspeções podem ser 
determinados pelos referidos no § 2º. 
 
Aqui em Brasília, na épocaem que estudávamos para concursos, 
costumávamos XWLOL]DU� D� H[SUHVVmR� ³2� 7&8� $0$´�� FRPR� OHPEUHWH� GRV�
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 40 
 
instrumentos que necessitavam estar previstos no plano de fiscalização. 
Mas aí é com vocês. 
 
4.1 Levantamento 
 
O RITCU trata do levantamento da seguinte forma: 
³Art. 238. Levantamento é o instrumento de fiscalização 
utilizado pelo Tribunal para: 
I ± conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e 
entidades da administração direta, indireta e fundacional dos 
Poderes da União, incluindo fundos e demais instituições que 
lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos sistemas, 
programas, projetos e atividades governamentais no que se 
refere aos aspectos contábeis, financeiros, orçamentários, 
operacionais e patrimoniais; 
II ± identificar objetos e instrumentos de fiscalização; e 
III ± avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações.´�
(grifamos) 
 
É o primeiro contato com as unidades jurisdicionadas ao Tribunal, ou 
programas, por meio do qual ficam conhecidos em seus aspectos mais 
relevantes. 
 
A análise da viabilidade da realização de uma fiscalização também é 
efetuada por meio do levantamento. 
 
Exemplo: 
 
Identificação 
Acórdão 10/2003 - Plenário 
Ementa 
Levantamento de auditoria. Execução física dos programas do Plano Plurianual 2000-
2003 de órgãos da administração direta do governo federal. Execução de despesas sem cobertura 
orçamentária no SIVAM. Correção da irregularidade. Determinação. 
Natureza 
Relatório de Levantamento de Auditoria 
Entidade 
Órgãos: Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda, da 
Educação, da Saúde, das Relações Exteriores, da Defesa e da Integração Nacional. 
Interessados 
Interessada: Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do 
Congresso Nacional 
Sumário 
Relatório de Levantamento de Auditoria. Sistemática de registros da execução física 
das ações contidas nos programas do PPA 2000/2003, previstos para o exercício de 2000. 
Execução de despesas sem a devida cobertura orçamentária, contrariando o disposto no art. 167, 
inciso II, da Constituição Federal e no art. 80 da Lei nº 9.811/99. Apreciação dos esclarecimentos 
prestados em razão do subitem 8.4 da Decisão nº 837/2001. Determinação. 
Assunto 
Relatório de Levantamento de Auditoria 
Relatório do Ministro Relator 
Adoto como parte do presente, a zelosa instrução de fls. 108/109, verbis: 
³&XLGDP�RV� DXWRV�GH� OHYDntamento de auditoria destinado a verificar as fontes de 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 40 
 
informação e a natureza da sistemática de registro da execução física dos programas contidos no 
Plano Plurianual 2000-2003 nos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda, 
da Educação, da Saúde, das Relações Exteriores, dos Transportes, da Defesa e da Integração 
Nacional. 
Conduzido por técnicos da Secretaria de Macroavaliação - Semag, o levantamento de 
auditoria foi a julgamento em 10.10.2001, tendo sido expedida a Decisão nº 837/2001TCU-
Plenário, fl. 70. No subitem 8.4 da Decisão, foram solicitados esclarecimentos à Comissão 
Coordenadora do Sistema de Vigilância da Amazônia - CCSIVAM, do Ministério da Defesa, acerca 
da execução de despesas sem a devida cobertura orçamentária, em inobservância ao que 
dispõem o inciso 11 do art. 167 da Constituição Federal e o art. 80, da Lei nº 9.811, de 28 de 
julho de 1999. 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
5. (CESPE/FUB/2015) O instrumento conhecido por 
levantamento é utilizado para avaliar a viabilidade de realização 
de inspeção, desde que seja confirmada a existência de riscos 
que justifique a realização de trabalhos de fiscalização 
diretamente na sede do ente público. 
Comentários: 
Segundo o Regimento Interno do TCU, Levantamento é o 
instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para: 
I ± conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e 
entidades da administração direta, indireta e fundacional dos 
Poderes da União, incluindo fundos e demais instituições que 
lhe sejam jurisdicionadas, assim como dos sistemas, 
programas, projetos e atividades governamentais no que se 
refere aos aspectos contábeis, financeiros, orçamentários, 
operacionais e patrimoniais; 
II ± identificar objetos e instrumentos de fiscalização; 
III ± avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações. 
 Gabarito: E 
 
 
4.2 Auditoria 
 
Definição do RITCU: 
³Art. 239. Auditoria é o instrumento de fiscalização utilizado 
pelo Tribunal para: 
I ± examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de 
gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao 
aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial; 
II ± avaliar o desempenho dos órgãos e entidades 
jurisdicionados, assim como dos sistemas, programas, 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 40 
 
projetos e atividades governamentais, quanto aos aspectos de 
economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados; 
III ± VXEVLGLDU� D� DSUHFLDomR� GRV� DWRV� VXMHLWRV� D� UHJLVWUR�´ 
(grifamos) 
 
Por meio da leitura do Art. 239, podemos identificar as duas principais 
vertentes da Auditoria Governamental, a Auditoria de Regularidade 
(conformidade) e a Auditoria Operacional (desempenho), conforme já 
estudamos nesta aula ± motivo pelo qual não vamos nos aprofundar no 
assunto. 
 
4.3 Inspeção 
 
Transcrição de trecho do RITCU: 
³Art. 240. Inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado 
pelo Tribunal para suprir omissões e lacunas de 
informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou 
representações quanto à legalidade, à legitimidade e à 
economicidade de fatos da administração e de atos 
administrativos praticados por qualquer responsável sujeito à 
sua jurisdição.´ (grifamos) 
 
'H�DFRUGR�FRP�/LPD� �������� ³XVXDOPHQWH��D�QHFHVVLGDGH�GH� LQVSHomR�p�
constatada no momento da instrução de um processo, quando o analista 
VH�GHSDUD�FRP�D�DXVrQFLD�GH�LQIRUPDo}HV�VREUH�R�DVVXQWR�HP�H[DPH´� 
 
Assim, podemos concluir que não se trata de processo independente, mas 
se insere no conjunto de instrução de outro processo. 
 
Identificação 
Acórdão 285/2007 - Plenário 
Natureza 
Levantamento de Auditoria 
Entidade 
Entidade: Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (extinto) -11º Distrito 
Rodoviário Federal 
Interessados 
Responsável: XXXXX (CPF XXXXX, ex-Diretor-Geral) 
Sumário 
LEVANTAMENTO DE AUDITORIA. OBRAS DE RESTAURAÇÃO DA RODOVIA BR-
174/MT. INDÍCIOS NÃO CONFIRMADOS DE SOBREPREÇO. REALIZAÇÃO DE PAGAMENTO COM 
BASE EM ÍNDICE DE REAJUSTE INCORRETO. DETERMINAÇÃO. 
(...) 
 
�����$QWH�D�JUDYLGDGH�GD�GHFODUDomR�GR�6U��;;;;;;;;�GH�TXH�D�IRUWH�UHVWULomR�RUoDPHQWiULD�µSRGH�
WHU� OHYDGR�D�XPD� LQVXILFLrQFLD�GH�GDGRV�GH� FDPSR¶�� LVWR� p�� DQWH�D�DGPLVVmR�SHOR�JHVWRU�TXH�R�
projeto básico pode não ter sido adequadamente realizado por falta de recursos, concluímos 
pela necessidade de efetuar inspeção para análise dos projetos e de sua adequação às exigências 
da norma da ABNT e do DNER. 
 
 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Britowww.estrategiaconcursos.com.br 15 de 40 
 
Observem que no exemplo acima, no curso de um levantamento de 
auditoria, foi identificada a necessidade de se efetuar uma inspeção, a fim 
de se esclarecer aspectos específicos constantes do processo. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
6. (CESPE/FUB/2015) A inspeção é o instrumento de 
fiscalização utilizado para esclarecer dúvidas, suprir omissões e 
lacunas de informações; no entanto, quando o foco for apuração 
de denúncias, exige-se plano de fiscalização suplementar ao 
plano de auditoria para legitimar os trabalhos dos auditores 
responsáveis pelo exame de regularidade dos atos e fatos 
delatados. 
Comentários: 
Segundo o Regimento Interno do TCU, Inspeção é o instrumento 
de fiscalização utilizado pelo Tribunal para suprir omissões e lacunas de 
informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou 
representações quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade 
de fatos da administração e de atos administrativos praticados por 
qualquer responsável sujeito à sua jurisdição. 
Dessa forma, mesmo para apuração de denúncias não há essa 
exigência de plano de fiscalização, que só é necessário para os 
instrumentos de auditoria, monitoramento e acompanhamento. 
Gabarito: E 
 
4.4 Acompanhamento 
 
Como de costume, vamos começar pelo que prescreve o RITCU: 
³Art. 241. Acompanhamento é o instrumento de fiscalização 
utilizado pelo Tribunal para: 
I ± examinar, ao longo de um período predeterminado, a 
legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos 
responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto 
contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial; e 
II ± avaliar, ao longo de um período predeterminado, o 
desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionadas, assim 
como dos sistemas, programas, projetos e atividades 
governamentais, quanto aos aspectos de economicidade, 
eficiência e eficácia dos atos praticados.´ (grifamos) 
 
Assim, podemos concluir que se trata de instrumento de fiscalização 
utilizado para examinar e avaliar atos de gestão quanto à legalidade, 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 40 
 
legitimidade e desempenho, ³DR� ORQJR� GH� XP� SHUtRGR�
SUHGHWHUPLQDGR´, ou seja, ³acompanhando´ a gestão. 
 
O Art. 242 do RITCU define que as atividades dos órgãos e entidades 
jurisdicionadas ao Tribunal deverão ser acompanhadas de forma seletiva 
e concomitante, mediante informações obtidas: 
 
³I ± pela publicação no Diário Oficial da União e mediante 
consulta a sistemas informatizados adotados pela 
administração pública federal: 
a) da lei relativa ao plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias, da lei orçamentária anual e da abertura de 
créditos adicionais; 
b) dos editais de licitação, dos extratos de contratos e de 
convênios, acordos, ajustes, termos de parceria ou outros 
instrumentos congêneres, bem como dos atos referidos no 
art. 259; 
II ± por meio de expedientes e documentos solicitados 
pelo Tribunal ou colocados à sua disposição; 
III ± por meio de visitas técnicas ou participações em 
eventos promovidos por órgãos e entidades da administração 
pública.´ (grifamos) 
 
Como podemos observar, o acompanhamento poderá ser realizado à 
distância, por meio da leitura do Diário Oficial, do acesso a sistemas de 
informações dos órgãos (SIAFI do Poder Executivo Federal, por exemplo), 
e solicitações de documentos. 
 
Também poderá ser realizado de forma presencial, por meio de visitas 
técnicas aos órgãos gestores. 
 
Exemplo de Acompanhamento: 
 
Identificação 
Acórdão 34/2005 - Plenário 
Ementa 
Acompanhamento. Companhia de Desenvolvimento do Piauí - COMDEPI. 
Concorrência. Licitação para construção da Barragem de Estreito em Padre Marcos/PI. Regime de 
empreitada por preço unitário. Obra paralisada. Ausência de projeto básico. Suspensão cautelar 
do processo licitatório. Apresentação de informações pela empresa. Ilegalidade insanável. 
Determinação. Anulação da licitação. Conversão dos autos em monitoramento. 
Entidade 
Entidade: Companhia de Desenvolvimento do Piauí - COMDEPI. 
Interessados 
Responsável: XXXXXXXX (CPF XXXXXXXX). 
Sumário 
Acompanhamento. Identificação de indícios de irregularidades no procedimento de 
licitação da Barragem de Estreito, no município de Padre Marcos/PI. Concessão, por meio de 
despacho, de medida cautelar obstando a continuidade da referida licitação. Estipulação de prazo 
para apresentação de esclarecimentos por parte da COMDEPI. Apresentação de informações por 
essa empresa... 
Unidade Técnica 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 40 
 
SECEX-PI - Secretaria de Controle Externo - PI 
Relatório do Ministro Relator 
Trata-se de Acompanhamento realizado pela SECEX/PI em procedimento licitatório 
conduzido pela Companhia de Desenvolvimento do Piauí - COMDEPI (Concorrência nº 01/2004) 
que tem por objeto a contratação de empresa para execução das obras e serviços de engenharia, 
em regime de empreitada por preço unitário, de conclusão da Barragem Estreito, no município de 
Padre Marcos - PI. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
7. (CESPE/FUB/2015) O instrumento denominado 
acompanhamento é utilizado para examinar ao longo de um 
período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos 
de gestão dos responsáveis sujeitos à tomada e prestação de 
contas; logo, pressupõe a existência de plano de auditoria para 
legitimar essa avaliação mais ampla. 
Comentários: 
Segundo o Regimento Interno do TCU, Acompanhamento é o 
instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para examinar, ao 
longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos 
atos de gestão dos responsáveis sujeitos à sua jurisdição, quanto ao 
aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. 
Além disso, o Acompanhamento pressupõe um plano de 
fiscalização, não de auditoria. 
Gabarito: E 
 
4.5 Monitoramento 
 
O RITCU dispõe sobre monitoramento da seguinte forma: ³Art. 243. 
Monitoramento é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal 
para verificar o cumprimento de suas deliberações e os resultados 
delas advindos.´ (grifamos) 
 
O monitoramento tem por objetivo verificar o cumprimento das 
deliberações do Tribunal, bem como os resultados delas advindos, ou 
seja, seus benefícios efetivos. 
 
Serve para verificar se as determinações que o TCU fez constar de suas 
decisões estão sendo cumpridas pelos gestores. Por exemplo, vamos 
supor que conste de um Acórdão do Tribunal que a CGU (órgão de 
Controle Interno do Poder Executivo Federal) devesse, no prazo de 90 
dias, comunicar ao TCU as providências efetivamente adotadas para a 
apuração de fatos narrados em determinado Relatório. O instrumento que 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 40 
 
o TCU dispõe para ter certeza de que essa deliberação foi cumprida é o 
monitoramento. 
 
O monitoramento pode abranger desde um subitem de um acórdão até o 
inteiro teor de vários acórdãos, devendo as Unidades Técnicas, quando da 
proposição do monitoramento, priorizar as deliberações mais importantes 
(aquelas cuja implementação gere impactos consideráveis em termos 
financeiros ou qualitativos). 
 
Como já vimos, para realização de monitoramentos, é necessáriaautorização do Plenário do TCU que definirá e limitará o seu escopo. 
 
A sistemática do monitoramento inicia-se antes da formalização do 
processo propriamente dito. Quando da proposição de deliberações que a 
Unidade Técnica avalie que devam ser monitoradas, as seguintes 
propostas devem ser também elaboradas: 
 
- realização de verificação do cumprimento das deliberações; 
- fixação de prazo para cumprimento das deliberações e/ou para 
elaboração e remessa de plano de ação. 
 
O plano de ação é o documento elaborado pelo gestor do 
órgão/entidade fiscalizado que explicita as medidas que serão tomadas 
para fins de cumprimento das deliberações e/ou para solucionar os 
problemas apontados. Deve conter, no mínimo, por deliberação: 
 
- as ações a serem tomadas; 
- os responsáveis pelas ações; 
- os prazos para implementação. 
 
 
O plano de ação deve conter, no mínimo, por deliberação: 
- as ações a serem tomadas; 
- os responsáveis pelas ações; 
- os prazos para implementação. 
 
 
Para determinadas deliberações, é recomendável, ainda, que o plano de 
ação contemple alguns elementos de medida, como indicadores e metas, 
e, quando possível, os benefícios efetivos advindos do atendimento das 
deliberações. 
 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 40 
 
A quantidade e a periodicidade de monitoramentos para verificar o 
cumprimento das deliberações variarão de acordo com as 
particularidades, a complexidade e os prazos necessários para as 
implementações conforme estabelecido no plano de ação. 
 
É aconselhável que o cumprimento das deliberações seja verificado tão 
logo quanto possível, a fim de conferir tempestividade ao monitoramento. 
 
A verificação do cumprimento das deliberações deverá ser feita na menor 
quantidade possível de ações de monitoramento, sendo que, nos casos 
em que mais de um monitoramento seja necessário, cada trabalho deverá 
indicar a data prevista para a realização do próximo. 
 
É recomendável que o coordenador da equipe tenha participado do 
trabalho que originou as deliberações que serão monitoradas. Isso nem 
sempre é possível, mas daria maior qualidade ao trabalho. 
 
Nos monitoramentos, a designação da equipe é feita mediante Portaria de 
Fiscalização, na qual são identificados o coordenador, os demais membros 
da equipe e o supervisor, bem como o objetivo dos trabalhos, o 
órgão/entidade fiscalizado, a deliberação que originou a fiscalização, a 
fase de planejamento e, quando conhecidas, as fases de execução e de 
elaboração do relatório. 
 
Após a emissão da Portaria de Fiscalização, o titular da Unidade Técnica 
deverá encaminhar ofício de comunicação de fiscalização ao dirigente do 
órgão/entidade, informando que o órgão/entidade encontra-se sob 
fiscalização, além do objetivo e da deliberação que originou a fiscalização; 
a data provável para apresentação da equipe, se estiver prevista ida ao 
órgão/entidade. 
 
Além disso, pode solicitar, quando for o caso, documentos e informações 
necessários à avaliação da execução do plano de ação, disponibilização de 
ambiente reservado e seguro para a instalação da equipe, senha para 
acesso aos sistemas informatizados e designação de uma pessoa de 
contato do órgão/entidade. 
 
Pode haver reunião de apresentação, tal qual ocorre nas auditorias. A 
execução dos monitoramentos pode ocorrer no Tribunal de Contas, 
no órgão/entidade fiscalizado ou em ambos. Sempre que na execução 
estiver prevista ida ao órgão/entidade fiscalizado, a equipe deve se 
apresentar mediante a realização de reunião de apresentação. Nas 
demais situações, a reunião de apresentação é facultativa. 
 
Durante a fase de execução, a equipe deve aplicar os procedimentos 
previstos na fase de planejamento a fim de identificar o grau de 
atendimento das deliberações monitoradas. 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 40 
 
A verificação do cumprimento de cada uma das deliberações monitoradas 
deve estar estruturada sob os seguintes aspectos: 
 
1 - situação que levou à proposição da deliberação, com ênfase na 
irregularidade, impropriedade, problema ou deficiência apontados; 
2 - providências adotadas e comentários dos gestores ± que medidas 
foram tomadas pelos responsáveis até a data do monitoramento; 
esclarecimentos dos responsáveis acerca de obstáculos ou dificuldades 
encontrados, bem como sobre melhorias, em decorrência das 
implementações; 
3 - análise ± avaliação das medidas implementadas em confronto com a 
situação original; deve ficar claro o que foi cumprido, o que está pendente 
de cumprimento, o que, porventura, não é mais aplicável, bem como o 
atendimento aos prazos estipulados; 
4 - evidências que fundamentem as conclusões; 
5 - conclusão ± deve ser informado o grau de atendimento da 
deliberação, no período verificado, de acordo com as seguintes 
categorias: 
a) cumprida ou implementada�� 2� WHUPR� ³FXPSULGD´� Geve ser 
XWLOL]DGR�SDUD�R�FDVR�GH�GHWHUPLQDo}HV��Mi�R�WHUPR�³LPSOHPHQWDGD´�
deve ser utilizado para o caso de recomendações; 
b) em cumprimento e no prazo ou em implementação e no 
prazo ± as providências para cumprir ou implementar a deliberação 
ainda estão em curso ou o cumprimento ou a implementação é 
medido em unidades de produtos e nem todos os produtos foram 
concluídos; 
c) em cumprimento com prazo expirado ou em 
implementação com prazo expirado ± as providências para 
cumprir ou implementar a deliberação ainda estão em curso ou a 
implementação ou o cumprimento é medido em unidades de 
produtos e nem todos os produtos foram concluídos; 
d) parcialmente cumprida ou parcialmente implementada ± o 
gestor considerou concluídas as providências referentes ao 
cumprimento ou à implementação, sem cumpri-la ou implementá-la 
totalmente; 
e) não cumprida ou não implementada; 
f) não mais aplicável ± em razão de mudanças de condição ou de 
superveniência de fatos que tornem inexequível o cumprimento ou 
a implementação da deliberação; 
6 - proposta de encaminhamento. 
 
Para deliberações de implementação complexa, que envolvam 
grande número de ações, etapas de implementação interdependentes, 
diversos órgãos/entidades ou demandem prazo longo de monitoramento, 
a fase de execução do primeiro monitoramento pode ser utilizada 
para validar o plano de ação apresentado pelos responsáveis e, ainda, 
para a elaboração de um plano de monitoramento. 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 40 
 
O plano de monitoramento é o documento elaborado pela Unidade 
Técnica que registra a previsão de monitoramentos necessários para a 
verificação do cumprimento das deliberações. Para cada 
monitoramento, deverá ser prevista a data provável para a realização 
do trabalho, o tempo estimado de duração e as principais ações a 
serem verificadas. 
 
Ao final da fase de execução, realiza-se a reunião de encerramento, 
na qual a equipe apresenta verbalmente o grau de atendimento das 
deliberações monitoradas ao gestor do órgão/entidade fiscalizado e outros 
responsáveis, cuja participação seja considerada oportuna. 
 
Sempre que possível, o grau de atendimento das deliberações 
monitoradas deverá ser discutido com o supervisor, anteriormente à 
reunião de encerramento. 
 
Deve ser informado ao gestor que as constataçõessão 
preliminares, podendo ser corroboradas ou alteradas em decorrência do 
aprofundamento da análise. 
 
A apresentação do grau de atendimento das deliberações monitoradas na 
reunião de encerramento somente pode ser dispensada nos casos em que 
represente risco à equipe ou à consecução do objetivo da fiscalização. 
 
Relatório é o instrumento formal e técnico por intermédio do qual a 
equipe comunica aos leitores: o objetivo; a metodologia utilizada; o 
grau de atendimento das deliberações, as conclusões e a proposta de 
encaminhamento. 
 
Identificação 
Acórdão 9/2003 - Plenário 
Ementa 
Auditoria de Desempenho. CNEN. Programa de gerenciamento de rejeitos 
radioativos. Segundo monitoramento da implementação das recomendações do TCU. 
Implementação parcial. Determinação para um terceiro monitoramento. Remessa de cópia à 
entidade. Encaminhamento dos autos à unidade técnica do TCU responsável. 
Natureza 
Relatório de Auditoria de Desempenho 
Entidade 
Entidade: Comissão Nacional de Energia Nuclear - Cnen 
Sumário 
Relatório de auditoria de desempenho. Avaliação do programa de gerência de 
rejeitos radioativos. Segundo monitoramento da implementação das recomendações exaradas na 
Decisão Plenária nº 527/2000. Necessidade de adiamento do próximo monitoramento com vistas 
à avaliação do uso de indicadores de desempenho. Determinação. Envio de cópias. Remessa dos 
autos à Unidade Técnica. 
Relatório do Ministro Relator 
(...) 
1.4 O Relatório de Auditoria foi submetido ao Tribunal, resultando na Decisão 
527/2000 - Plenário, Ata 26/2000 (fls. 187/188), onde foram proferidas recomendações com o 
objetivo de melhorar o desempenho do programa. A referida decisão também determinou o 
encaminhamento do processo à 6ª Secex, para acompanhamento da implementação das 
recomendações, por meio de monitoramento. 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 40 
 
(...) 
1.6 Por ocasião do primeiro monitoramento, foi realizada reunião com o grupo de 
contato da Cnen, em Brasília (ata e documentação no vol. II, fls. 01/195), tendo sido elaborado o 
relatório de fls. 266/275, submetido ao Exmo Ministro-Relator Adylson Motta, que dele anuiu e 
restituiu os autos à 6ª Secex, para continuação do processo demonitoramento e de avaliação de 
impacto... 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
8. (CESPE/TCU/2015) O monitoramento das deliberações 
tomadas em decorrência da realização de determinada auditoria 
é de responsabilidade do auditor, a quem cabe decidir o escopo e 
a oportunidade desse monitoramento. 
Comentários: 
As deliberações proferidas pelo Tribunal devem ser devidamente 
acompanhadas quanto ao seu cumprimento ou à sua implementação, 
observando-se que as determinações endereçadas aos jurisdicionados 
serão obrigatoriamente monitoradas e as recomendações o serão a 
critério do Tribunal, do relator ou da unidade técnica. 
Gabarito: E 
 
4.6 Plano de Fiscalização 
 
De acordo com o Art. 244 do RITCU: 
 
³As auditorias, acompanhamentos e monitoramentos 
obedecerão a plano de fiscalização elaborado pela 
Presidência, em consulta com os relatores das listas de 
unidades jurisdicionadas, e aprovado pelo Plenário em sessão 
de caráter reservado. 
§ 1º A periodicidade do plano de fiscalização, bem como os 
critérios e procedimentos para sua elaboração, serão 
estabelecidos em ato próprio do Tribunal. 
§ 2º Os levantamentos e inspeções serão realizados por 
determinação do Plenário, da câmara, do relator ou, na 
hipótese do art. 28, inciso XVI, do Presidente, 
independentemente de programação, observada a 
disponibilidade dos recursos humanos e materiais 
necessários.´��JULIamos) 
 
Como vimos, ³2�7&8�$0$´. 
 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 40 
 
Finalizando o tema, vamos apresentar ± com os devidos créditos, é claro 
± um quadro resumo constante na obra de Lima (2007) sobre os 
instrumentos de fiscalização: 
 
Instrumento Quem determina Característica 
Levantamento Plenário, Câmara, 
Relator ou Presidente 
Destina-se a acumular 
conhecimento sobre o órgão 
ou empreendimento 
Auditoria Plano de fiscalização Procedimento de maior 
profundidade e dimensão 
Inspeção Plenário, Câmara, 
Relator ou Presidente 
Medida adotada no curso de 
um processo 
Acompanhamento Plano de fiscalização Não exige a presença in loco 
da equipe de fiscalização 
Monitoramento Plano de fiscalização É consequência de uma 
deliberação do Tribunal 
Fonte: Lima (2007) 
 
 
 
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 
 
 
9. (CESPE/TCE-RO/2013) A função dos tribunais de contas é a 
verificação do cumprimento da regularidade e da execução dos 
programas sob a responsabilidade dos órgãos e entidades 
governamentais. Consequentemente, recomendações de caráter 
gerencial, visando à melhoria dos processos operacionais, cabem 
exclusivamente à auditoria interna e às assessorias 
especializadas. 
Comentários: 
Quando o tribunal de contas realiza uma auditoria operacional 
(desempenho), ele está sim preocupado com o processo, pois irá avaliar a 
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade do objeto auditado. 
Dessa forma, as recomendações nesse tipo de auditoria visam à melhoria 
dos processos operacionais, não sendo essa uma prerrogativa apenas da 
auditoria interna e assessorias especializadas. 
Gabarito: E 
 
10. (CESPE/FUB-DF/2013) A efetividade é uma dimensão do 
desempenho voltada para o atendimento imediato das metas 
inicialmente traçadas. Se, por exemplo, o objetivo é o de construir 
uma usina hidrelétrica, os aspectos relacionados ao meio 
ambiente e à população da área deverão ser considerados 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 40 
 
paralelos e avaliados sob outros critérios que não o do objetivo 
central do programa. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
A dimensão que diz respeito à capacidade da gestão de cumprir 
objetivos imediatos, traduzidos em metas de produção ou de 
atendimento, é a eficácia, e não a efetividade. 
A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a 
médio e longo prazo, e se refere à relação entre os resultados de uma 
intervenção ou programa, em termos de efeitos sobre a população alvo 
(impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos esperados), 
traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Ao examinar a 
efetividade de uma intervenção governamental, pretende-se ir além do 
cumprimento de objetivos imediatos ou específicos, em geral 
consubstanciados em metas de produção ou de atendimento (exame da 
eficácia da gestão). 
Aspectos como a qualidade dos serviços, o grau de adequação dos 
resultados dos programas às necessidades das clientelas (geração de 
valor público) e a equidade na distribuição de bens e serviços podem ser 
tratados em auditorias operacionais com o objetivo de subsidiar a 
accountability de desempenho da ação governamental. 
Gabarito: E 
 
11. (CESPE/TCE-ES/2012) Nos exames realizados na auditoria 
de regularidade, devem ser respeitados, além do princípio da 
legalidade, os critérios de economicidade, eficiência, eficácia, 
efetividade, equidade, ética e proteção ao meio ambiente. Julgue 
CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
Não há obrigatoriedade de se verificar esses atributos nasauditorias 
de regularidade, que servem para a verificação da legalidade e 
legitimidade. Observem que a banca havia incluído uma questão muito 
semelhante na prova do TCU de 2007 (questão 11 da presente aula). 
Gabarito: E 
 
12. (CESPE/TCU/2012) Julgue os próximos itens, a respeito das 
normas de auditoria do TCU, da auditoria de regularidade e 
operacional e dos instrumentos de fiscalização. A CF, ao conferir 
ao TCU competência para realizar, inclusive por conta própria, 
auditorias de natureza operacional, reconheceu que, além de o 
controle externo ter como balizamento para sua atuação 
fiscalizadora os aspectos de legalidade, legitimidade e 
economicidade, deve também contemplar os critérios da eficiência 
² com status de princípio constitucional da administração pública 
², eficácia e efetividade. 
Comentários: 
 Vimos no decorrer da presente aula que, quanto à natureza, as 
auditorias no TCU classificam-se em: 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 40 
 
- Auditorias de regularidade, que objetivam examinar a 
legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos à 
jurisdição do Tribunal, quanto aos aspectos contábil, financeiro, 
orçamentário e patrimonial. Compõem as auditorias de regularidade as 
auditorias de conformidade e as auditorias contábeis. 
- Auditorias operacionais, que objetivam examinar a 
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, 
programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu 
desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública. 
Gabarito: C 
 
13. (CESPE/TCU/2012) Julgue os próximos itens, a respeito das 
normas de auditoria do TCU, da auditoria de regularidade e 
operacional e dos instrumentos de fiscalização. As determinações 
e recomendações do TCU são monitoradas obrigatoriamente pelos 
seus ministros e pelas unidades técnicas. Quando as devidas 
providências forem adotadas, o resultado dos monitoramentos 
deixará de ser considerado no planejamento dos trabalhos 
subsequentes. 
Comentários: 
As deliberações proferidas pelo Tribunal devem ser devidamente 
acompanhadas quanto ao seu cumprimento ou à sua implementação, 
observando-se que as determinações endereçadas aos jurisdicionados 
serão obrigatoriamente monitoradas e as recomendações o serão a 
critério do Tribunal, do relator ou da unidade técnica. 
 Durante a fase de planejamento, devem ser consideradas as 
situações verificadas em trabalhos anteriores, tendo sido as providências 
referentes às recomendações sido adotadas ou não. 
Gabarito: E 
 
14. (CESPE/TCDF/2012) O relatório de auditoria operacional de 
uma entidade pública pode conter críticas relativas a casos de 
desperdícios, exageros ou ineficiências na aplicação de recursos 
públicos. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
O relatório de auditoria é o instrumento formal e técnico por 
intermédio do qual a equipe de auditoria comunica aos leitores o 
objetivo e as questões de auditoria, o escopo e as limitações de 
escopo, a metodologia utilizada, os achados de auditoria, as 
conclusões e as propostas de encaminhamento. 
Nesse sentido, dentro dos achados de auditoria, o auditor 
evidenciará esses desperdícios, exageros ou ineficiências descritos na 
questão. 
Cabe ressaltar que o relatório de auditoria pode reconhecer 
também os aspectos positivos do objeto auditado, se aplicável aos 
objetivos da auditoria. 
Gabarito: C 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 40 
 
 
15. (CESPE/TCDF/2012) A responsabilidade do auditor 
governamental inclui avaliar a eficácia, a eficiência, a equidade e a 
proteção ambiental na aplicação dos recursos públicos, por parte 
do gestor público, na sua gestão orçamentária, financeira, 
econômica, patrimonial e operacional. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
 Questão retirada de forma quase literal das Normas de Auditoria 
Governamental ± 1$*��6HJXQGR�HVVH�GRFXPHQWR�� ³D responsabilidade 
do profissional de auditoria governamental está relacionada com a 
constatação da legitimidade, impessoalidade, moralidade e publicidade 
dos atos praticados pelos administradores de recursos públicos, 
observando-se o ordenamento jurídico vigente, bem como com a 
avaliação da economicidade, eficiência, eficácia, efetividade, equidade 
e proteção ambiental na aplicação desses recursos, por ocasião da 
sua gestão orçamentária, financeira, econômica, patrimonial e 
operacional.´��JULIDPRV� 
Gabarito: C 
 
16. (CESPE/TCDF/2012) Um dos objetivos específicos do 
tribunal de contas, ao efetuar suas auditorias governamentais, é 
recomendar, quando necessário, ações de caráter gerencial 
visando a promoção da melhoria das operações. Julgue CERTO ou 
ERRADO. 
Comentários: 
Mais uma questão retirada em sua literalidade das NAG. Segundo 
esse documento, em uma auditoria governamental, é objetivo do Tribunal 
GH�&RQWDV� ³UHFRPHQGDU�� HP�GHFRUUrQFLD�GH�SURFHGLPHQWRV�GH�Duditoria, 
quando necessário, ações de caráter gerencial visando à promoção da 
PHOKRULD�QDV�RSHUDo}HV´�� 
Gabarito: C 
 
17. (CESPE/TCDF/2012) Sendo a auditoria operacional etapa 
preparatória para a auditoria de regularidade, devido às suas 
peculiaridades, essas auditorias não podem, na prática, ser 
realizadas concomitantemente. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
 Segundo as Normas de Auditoria do TCU ± NAT, a classificação das 
auditorias como de regularidade ou operacional dependerá do objetivo 
prevalecente em cada trabalho de auditoria, já que elas constituem parte 
de um mesmo todo da auditoria governamental e, às vezes, integram o 
escopo de um mesmo trabalho de auditoria. Além disso, a auditoria 
operacional não é etapa preparatória para a de regularidade, nem o 
contrário também estaria correto. Portanto, alternativa incorreta. 
Gabarito: E 
 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 40 
 
18. (CESPE/TCU/2007) O julgamento das contas dos gestores 
públicos em virtude de danos ao erário decorrentes de atos de 
gestão ilegítima ou antieconômica, ou por desfalques ou desvio de 
dinheiros, bens e valores públicos, é um meio de detecção de 
fraudes propiciado pela fiscalização adotada pelo TCU, e a 
modalidade específica de auditoria que o TCU utiliza para detectar 
fraudes é a auditoria de conformidade. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
Uma parte da questão está correta ao afirmar que a modalidade 
específica de auditoria que o TCU utiliza para detectar fraudes é a 
auditoria de conformidade, cuja finalidade é examinar a legalidade e a 
legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis, embora possamos 
identificar fraudes durante a realização de uma auditoria operacional, 
ainda que não seja o objetivo dessa. 
Entretanto, a afirmação de que o julgamento das contas realizado 
pelo TCU é um meio de detecção de fraudes não está correta. Poderíamos 
até aceitar que o julgamento previna fraudes, já que as sanções que dele 
possam advir podem alcançar um efeito de intimidação contra a 
ocorrência de novas fraudes. Entretanto, a detecção em si geralmente é 
conseguida por meio da auditoria. 
Gabarito: E 
 
19. (CESPE/TCU/2007) Em uma situação em que se avaliem 
dados e informações de licitações e contratos, o sistema de 
controle interno doPoder Executivo federal deve, 
necessariamente, adotar os critérios de economicidade e 
efetividade. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
2� JDEDULWR� GHILQLWLYR� DSUHVHQWDGR� SHOR� &(63(� IRL� ³&(572´� �QR�
preliminar constava como ERRADO). Entretanto, discordamos da banca 
quanto ao definitivo, pois, como vimos na questão 1 da presente aula, 
não há obrigatoriedade de se verificar a economicidade e efetividade nas 
auditorias de regularidade, que servem para a verificação da legalidade e 
legitimidade, o que é, sem dúvida, o caso da questão ± avaliação de 
dados e informações de licitações e contratos. 
Gabarito: C 
 
20. (CESPE/TCU/2007) Suponha que uma auditoria, realizada 
em uma escola agrícola federal subordinada ao Ministério da 
Educação, tenha constatado falhas e deficiências na área 
orçamentário-financeira, no sistema escola-fazenda e na área de 
recursos humanos. Nessa situação hipotética, a auditoria descrita 
é um exemplo de auditoria de natureza operacional, que abrange, 
inclusive, avaliação de programas, o que permite à equipe de 
auditoria pronunciar-se sobre o aumento da evasão escolar em 
virtude da situação. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 40 
 
Vimos que a auditoria de natureza operacional ± ANOP ± é o 
³exame independente e objetivo da economicidade, eficiência, 
eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades 
governamentais, com a finalidade de promover o aperfeiçoamento da 
gestão S~EOLFD�´ 
Ou seja, o exemplo apresentado na questão trata da verificação da 
eficácia e da eficiência da gestão da escola-fazenda, o que se encaixa 
perfeitamente na definição de ANOP. 
Quanto à avaliação de programas, a própria definição dada pelo 
manual de ANOP do TCU prevê essa possibilidade. A questão trata da 
verificação da efetividade do programa, que nada mais é do que o 
impacto do programa (nesse caso, a evasão escolar) na população 
interassada. 
Gabarito: C 
 
21. (CESPE/TCU/2007) Considere-se que, em cumprimento a 
decisão do TCU, tenha sido elaborado relatório de auditoria na 
área de licitações e contratos de determinado tribunal e tenham 
sido constatadas as seguintes falhas na condução de 
procedimentos licitatórios: edital de licitação com imposições 
restritivas à competição; prévio cadastramento de licitantes no 
sistema integrado de cadastramento unificado de fornecedores; 
exigências, durante a fase de habilitação de licitantes, de 
documentos não-previstos em lei específica; falta de critério de 
aceitabilidade dos preços unitário e global. Nesse caso, a situação 
descrita caracteriza uma auditoria operacional. Julgue CERTO ou 
ERRADO. 
Comentários: 
A auditoria apresentada na questão apontou fatos claramente 
relacionados à legalidade em licitações e contratos, particularmente em 
relação à aderência à Lei 8.666/93. Ou seja, trata-se de auditoria de 
conformidade, o que torna o item errado. 
Gabarito: E 
 
22. (CESPE/TCU/2008) Na auditoria operacional realizada no 
âmbito de um órgão ou programa governamental, os critérios ou 
objetivos pelos quais eficiência e eficácia são medidas devem ser 
especificados pelos auditores e, não, pela administração, e os 
pareceres relativos a esses trabalhos não podem conter 
recomendações ou sugestões. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
Os critérios ou objetivos devem ser definidos pela Administração, 
não pelos auditores, o que torna o item errado. O trabalho dos auditores 
inclui comparar a situação encontrada (o que é) com os critérios e 
objetivos definidos pela Administração (o que deveria ser). 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 40 
 
Outro erro encontrado na questão é a afirmação de que, nos 
pareceres relativos a esses trabalhos (auditoria operacional), não devem 
ser incluídas recomendações ou sugestões. 
Pessoal, haveria algum sentido em se avaliar o desempenho de um 
órgão ou programa e não apresentar subsídios para promover o 
aprimoramento da gestão? É, também entendemos que não. 
Gabarito: E 
 
23. (CESPE/TCE-RN/2009) Um dos principais objetivos da 
auditoria operacional é atestar a conformidade do funcionamento 
do órgão ou entidade à estratégia e às políticas e diretrizes que 
lhes foram estabelecidas. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
A questão deve ter confundido diversos candidatos ao utilizar a 
H[SUHVVmR� ³DWHVWDU� D� FRQIRUPLGDGH´�� TXH� GHYHP� WHU� UHODFLRQDGR� j�
auditoria de regularidade (ou conformidade). 
Entretanto, vimos em diversos momentos de nosso curso que as 
auditorias operacionais também podem verificar a aderência da gestão a 
normas e regulamentos específicos, como na situação apresentada na 
questão. Isso torna o item correto. 
O que não estaria certo é se afirmar, como já vimos em outra 
questão desta aula, que nas auditorias de regularidade deve-se, 
obrigatoriamente, verificar aspectos do desempenho, como, por exemplo, 
economicidade e efetividade. Perceberam a diferença? 
Gabarito: C 
 
24. (CESPE/SECONT-ES/2009) Somente por meio da auditoria 
operacional verifica-se a efetividade e a aplicação de recursos 
externos, oriundos de agentes financeiros e organismos 
internacionais. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
A questão trata da classificação de auditoria dada pela IN 01/01, da 
Secretaria Federal de Controle Interno, do Poder Executivo Federal, que 
não vimos em nossas aulas. 
Entretanto, podemos responder ao pedido somente com o 
conhecimento necessário para a prova do TCU, quando vimos na aula 
anterior (e nesta) que na classificação de auditorias de regularidade se 
incluem as auditorias contábeis, o tipo ideal de auditoria para a 
verificação de recursos oriundos de fontes externas. 
Ou seja, a questão está incorreta ao afirmar que somente a 
auditoria operacional se prestaria a essa tarefa. 
Gabarito: E 
 
25. (CESPE/TCU/2004) Se um Ministro do TCU desejar que a 
área técnica realize alguma auditoria, deverá enviar sua 
solicitação ao presidente do tribunal, ao qual, então, caberá 
determinar a realização do trabalho. Julgue CERTO ou ERRADO. 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 40 
 
Comentários: 
Como vimos, as auditorias, acompanhamentos e 
monitoramentos obedecerão a plano de fiscalização elaborado pela 
Presidência e aprovado pelo Plenário em sessão de caráter reservado. 
Ou seja, o procedimento apresentado na questão não poderá ser utilizado 
na determinação de uma auditoria. 
Gabarito: E 
 
26. (CESPE/TCU/2007) Julgue os itens a seguir, que tratam de 
metodologias empregadas em auditoria governamental e da etapa 
de monitoramento do trabalho de auditoria. O monitoramento é 
um instrumento de fiscalização exclusivo da auditoria, cujas 
finalidades são desenvolver metodologias, corrigir desvios e 
assegurar os objetivos previstos. 
Comentários: 
O monitoramento serve para verificar o cumprimento de 
deliberações do Tribunal, resultantes de decisões proferidas em outros 
trabalhos, não necessariamente apenas da auditoria. 
Observem o exemplo de acompanhamento que inserimos nesta 
aula. Há um trecho iluminado que cita a conversão dos autos de 
acompanhamento em monitoramento. 
Gabarito: E 
 
27. (ESAF/APO-MPOG/2015) Em relação às dimensõesde 
análise, é correto afirmar que: 
a) economicidade é a maximização dos custos dos recursos utilizados na 
consecução de uma atividade, sem comprometimento dos padrões de 
qualidade; 
b) eficiência é o grau de alcance das metas programadas em um 
determinado período de tempo, independente dos custos envolvidos; 
c) eficácia é a relação entre os produtos gerados por uma atividade e os 
custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado 
período de tempo, mantidos os padrões de qualidade; 
d) efetividade é o alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo 
prazo; 
e) objetividade é a realização do trabalho de forma direta, resumida e 
tempestiva. 
Comentários: 
Questão retirada do Manual de Auditoria Operacional do TCU. 
Vamos aos erros: 
A ± Economicidade é a MINIMIZAÇÃO dos custos; 
B ± isso é Eficácia e não Eficiência; 
C ± isso é Eficiência e não Eficácia; 
E ± a objetividade indica que o critério de auditoria deve ser livre de 
qualquer tendenciosidade por parte do auditor ou da gerência. 
Gabarito: D 
 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 40 
 
28. (ESAF/APO-MPOG/2015) Restrições orçamentárias e metas 
subestimadas podem afetar o exame da meta a ser alcançada em 
relação à dimensão da: 
a) eficácia; 
b) eficiência; 
c) efetividade; 
d) economicidade; 
e) equidade. 
Comentários: 
A dimensão que se preocupa com a meta traçada é a eficácia. 
Gabarito: A 
 
29. (FCC/TCE-CE/2015) A auditoria realizada em determinada 
autarquia pública na qual o relatório emitido pelos auditores 
aborda os aspectos da economicidade e da eficiência na aquisição 
e aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade 
dos resultados alcançados, refere-se à auditoria: 
a) de gestão de recursos; 
b) operacional; 
c) de acompanhamento de gestão; 
d) de avaliação de gestão; 
e) orçamentária. 
Comentários: 
Segundo as Normas de Auditoria do TCU, as auditorias 
operacionais objetivam examinar a economicidade, eficiência, eficácia e 
efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, 
com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o 
aperfeiçoamento da gestão pública. 
Gabarito: B 
 
30. (ESAF/SEFAZ-SP/2009) Sobre a auditoria de natureza 
operacional, é correto afirmar: 
A) tem por objetivo certificar as contas do gestor público, apurando 
eventuais responsabilidades. 
B) é realizada, tão somente, com base na verificação das demonstrações 
contábeis. 
C) no âmbito da administração indireta, só pode ser realizada por 
auditores independentes contratados mediante licitação. 
D) compreende duas modalidades: auditoria de desempenho operacional 
e avaliação de programas. 
E) é aplicável, apenas, no âmbito da administração direta. 
Comentários: 
Segundo as Normas de Auditoria do TCU ± NAT ±, quanto à 
natureza, as auditorias classificam-se em: 
9 Auditorias de regularidade, que objetivam examinar a 
legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos 
responsáveis sujeitos à jurisdição do Tribunal, quanto aos 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 40 
 
aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. 
Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de 
conformidade e as auditorias contábeis. 
9 Auditorias operacionais, que objetivam examinar a 
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de 
organizações, programas e atividades governamentais, com a 
finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o 
aperfeiçoamento da gestão pública. 
'H� DFRUGR� FRP� /LPD� �������� ³1DV� ANOp busca-se a avaliação 
sistemática dos programas, projetos, atividades e sistemas 
governamentais, assim como dos órgãos e entidades jurisdicionadas ao 
Tribunal. Suas duas modalidades são: auditoria de desempenho e 
auditoria de programa�´��JULIDPRV� 
Ainda de acordo com o autor, na auditoria de desempenho 
examina-se a economicidade, eficiência e eficácia da ação 
governamental, enquanto na auditoria de programas, examina-se a 
efetividade dos programas, políticas e projetos governamentais. 
Gabarito: D 
 
31. (ESAF/Pref. Niterói/1999) Os relatórios de auditoria 
operacional visam descrever os trabalhos planejados, com o 
intuito de apresentar: 
A) questionários à alta administração 
B) conclusões sobre o trabalho realizado 
C) indicadores de performance 
D) questionários de controle interno 
E) indicadores de controle interno 
Comentários: 
Questão bastante simples, se resolvida com atenção. As conclusões 
de um trabalho de auditoria operacional são apresentadas aos 
interessados por meio de um relatório. 
Segundo o Manual de Auditoria Operacional do TCU, o relatório é o 
principal produto da auditoria; é o instrumento formal e técnico por 
intermédio do qual a equipe comunica o objetivo e as questões de 
auditoria, a metodologia usada, os achados, as conclusões e a proposta 
de encaminhamento. 
Gabarito: B 
 
32. (ESAF/TCU/2006) Em relação aos instrumentos de 
fiscalização utilizados pelo TCU, assinale a opção que aponta a 
correta correlação entre as colunas. 
1) Levantamentos 
2) Auditorias 
3) Inspeções 
4) Acompanhamentos 
5) Monitoramentos 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 40 
 
( ) Verificar o cumprimento das deliberações do TCU e os 
resultados delas advindos. 
( ) Avaliar, ao longo de um período predeterminado, o 
desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionados, quanto aos 
aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos 
praticados. 
( ) Suprir omissões e lacunas de informações. 
( ) Avaliar a viabilidade de realização de fiscalizações. 
( ) Subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a registro. 
A) 2 ± 5 ± 3 ± 4 ± 1 
B) 4 ± 2 ± 1 ± 3 ± 5 
C) 5 ± 4 ± 3 ± 1 ± 2 
D) 3 ± 2 ± 1 ± 4 ± 5 
E) 1 ± 2 ± 3 ± 4 ± 5 
Comentários: 
A primeira lacuna será preenchida sem problemas com o 
instrumento de fiscalização monitoramento, por tudo que vimos no 
decorrer da aula, e a segunda lacuna com o acompanhamento, pois a 
H[SUHVVmR�FKDYH�³DR�ORQJR�GH�XP�SHUtRGR´�QmR�GHL[D�G~YLGDV�GH�TXH�VH�
trata desse instrumento. Assim, por exclusão, podemos marcar a letra C. 
Como nossa prova não deve trazer questões com alternativas (se 
ainda for CESPE), vamos verificar as demais definições. A terceira 
demonstra, como vimos, o que seria uma inspeção (suprir lacuna de 
informação), enquanto a quarta define o levantamento. 
A única que poderia nos deixar com um mínimo de dúvida seria a 
última, pois não vimos na aula. Entretanto, para subsidiarmos a 
apreciação de atos sujeitos a registro ± portanto, a legalidade do ato ± 
devemos realizar uma auditoria de regularidade, cuja definição já 
tratamos. 
Gabarito: C 
 
Pessoal, terminamos nossa Aula 3 por aqui. Como disse, uma aula 
bastante simples, mas espero que tenham gostado. Se as bancas 
cobrarem qualquer questão sobre esses assuntos, temos certeza de que 
terão condições de acertar. 
 
Aproveitem seus estudos, um abraço, e até a próxima. 
 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA 
 
 
30710608748
Auditoria Governamental p/Tribunais de Contas 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 03 
 
 
 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br

Continue navegando