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Aula 10 Auditoria Governamental p/ Concursos de Tribunais de Contas - Curso Regular (Nível Superior) Professor: Claudenir Brito !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1!∀#!22 ! ! AULA 10: Auditoria governamental segundo a INTOSAI (International Organization of Supreme Audit Institutions). Normas da INTOSAI: código de ética e princípios fundamentais de auditoria do setor público (ISSAIs 100, 200, 300 e 400). SUMÁRIO PÁGINA 1. Auditoria Governamental segundo a INTOSAI 3 2. Código de Ética da INTOSAI 8 3. Princípios fundamentais (ISSASs 100, 200, 300 e 400) 26 Questões comentadas 89 Referências bibliográficas 99 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) Olá, pessoal. Chegamos ao final do nosso curso, e hoje vamos estudar a Auditoria Governamental segundo a INTOSAI, seu Código de Ética, e suas normas de auditoria - ISSAI. Estes temas também são bastante recorrentes nos editais de concursos de Tribunais de Contas, na disciplina Auditoria Governamental, mas o número de questões não é tão grande, motivo pelo qual vamos utilizar exercícios de nossa autoria. Além disso, as normas mais recentes do Intosai - princípios fundamentais de auditoria do setor público (ISSAIs 100, 200, 300 e 400), foram !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!3!∀#!22 ! ! cobradas pela primeira vez no concurso do TCU de 2015, realizado pelo CESPE. A INTOSAI é a Organização Internacional das Instituições Superiores de Auditoria (International Organization of Supreme Audit Institutions - INTOSAI)1, organização central de auditoria externa que reúne as Entidades Fiscalizadoras Superiors – EFS – dos países membros da ONU, e que suas atividades envolvem o intercâmbio, a disseminação e o aprimoramento de técnicas de fiscalização relacionadas ao Controle Externo governamental. É um organismo autônomo, independente e apolítico e suas decisões devem visar ao atendimento das necessidades dos seus membros. O TCU é o representante do Brasil na INTOSAI, e aqui somente esse Tribunal se enquadra na definição de EFS. Os editais normalmente cobram as seguintes normas da INTOSAI: - Declaração de Lima (vista na aula anterior); - Código de Ética; e - Normas da INTOSAI: princípios fundamentais de auditoria do setor público (ISSAIs 100, 200, 300 e 400). O Código de Ética e as normas de auditoria tomaram por base a Declaração de Lima, que, por sua vez, é considerada um documento básico da INTOSAI, que estabelece as linhas gerais de auditoria no Setor Público. De acordo com a INTOSAI, o Código de Ética representa um próximo nível normativo, após a Declaração de Lima, com a declaração dos valores e princípios que apoiam os auditores na execução de suas tarefas. Um dos princípios estabelecidos no Código de Ética é a obrigação do auditor de aplicar as normas de auditoria geralmente aceitas. Feitas essas rápidas considerações, vamos à matéria. Dúvidas que forem surgindo, só perguntar no fórum do curso, enviar um email para claudenirbrito@gmail.com ou, ainda: (61) 98104-2123 Uma boa aula para todos nós. 1 http://www.intosai.org/ !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!4!∀#!22 ! ! 1. Auditoria Governamental segundo a INTOSAI Enquanto a INTOSAI trata da Auditoria Externa (governamental), o IIA trata da Auditoria Interna (tanto governamental quanto privada). Como vocês já sabem a definição de Auditoria Governamental, vamos reforçar a ideia sobre o que é INTOSAI? De acordo com a página da Instituição na internet - http://www.intosai.org –,! a Organização Internacional das Instituições Superiores de Auditoria (International Organization of Supreme Audit Institutions - INTOSAI) é a “organização central de auditoria externa do Estado, que há mais de 50 anos fornece um quadro institucional para a transferência e o aumento do conhecimento para melhorar a auditoria de governo em todo o mundo fora e, por conseguinte, reforçar a posição, a concorrência e o prestígio das diferentes Entidades Fiscalizadoras Superiores – EFS – nos respectivos países”. (tradução livre - grifei) Conforme o lema da INTOSAI, a troca de experiências entre os membros, além das descobertas posteriores e perspectivas, são uma garantia para que a Auditoria Governamental continue avançando para novos objetivos. De acordo com Lima (2007), suas atividades envolvem “o intercâmbio, a disseminação e o aprimoramento de técnicas de fiscalização, objetivando a indução de melhorias na gestão pública”. Foi fundada em 1953 por iniciativa do então Presidente da EFS de Cuba, Emilio Fernandez Camus, reunindo 34 EFS para o primeiro Congresso daquele ano, e que atualmente possui 189 membros de pleno direito e 4 membros associados. O que vocês devem estar imaginando é que o TCU seja o representante do Brasil na INTOSAI, o que está correto. Alguns autores afirmam que a INTOSAI congrega as entidades supremas de fiscalização pública dos países membros da Organização das Nações Unidas – ONU –, o que também está correto. Entretanto, não podemos interpretar “suprema” como aquela que detém superioridade sobre as demais, pois sabemos que os órgãos de Controle Interno – CGU, Secretarias de Controle Interno dos Poderes Legislativo e !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!5!∀#!22 ! ! Judiciário, Auditoria Interna do MPU, dentre outros - não são subordinados ao órgão de Controle Externo – TCU. Dessa forma, podemos afirmar que a INTOSAI congrega as entidades supremas de fiscalização, relacionadas ao Controle Externo, dos países membros da ONU. Uma dúvida que sempre surge entre os alunos de nossas aulas presenciais e do Estratégia é se os Tribunais de Contas dos Estados, do DF, dos Municípios e do Município, onde existem, são Entidades Fiscalizadoras Superiores. Levando-se em conta as finalidades e conceitos da INTOSAI, no Brasil, somente o TCU se enquadraria na definição de EFS. No próximo tópico, vamos nos ater à Declaração de Lima sobre Diretrizes para Preceitos de Auditoria, ou simplesmente Declaração de Lima, editada em 1977 na cidade de Lima, no Peru. A Declaração de Lima se constitui num documento básico da INTOSAI, e estabelece as linhas gerais de auditoria no Setor Público. Com base nesse documento, foram editados o Código de Ética e as Normas (padrões) de auditoria. Enquanto a INTOSAI trata da Auditoria Externa (governamental), o IIA trata da Auditoria Interna (tanto governamental quanto privada). 1.1 Declaração de Lima De acordo com a norma, o conceito e o estabelecimento da auditoria sãoinerentes à gestão financeira pública, já que a gestão de recursos públicos envolve um voto de confiança. Lembrem-se do que dissemos na aula 00, sobre o proprietário dos recursos escolher um gestor para se responsabilizar por sua administração. Não há como se proceder dessa forma sem um mínimo de confiança nos responsáveis. No Setor Público, as coisas funcionam mais ou menos do mesmo modo: a sociedade (proprietária dos recursos) elege um governante (gestor) para se responsabilizar pelos recursos públicos, dando a eles um voto de confiança para essa gestão. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!6!∀#!22 ! ! Quanto à definição de Auditoria, para a INTOSAI: “A auditoria não é um fim em si, e sim um elemento indispensável de um sistema regulatório cujo objetivo é revelar desvios das normas e violações dos princípios da legalidade, eficiência, eficácia e economia na gestão financeira com a tempestividade necessária para que medidas corretivas possam ter tomadas em casos individuais, para fazer com que os responsáveis por esses desvios assumam a responsabilidade por eles, para obter o devido ressarcimento ou para tomar medidas para impedir - ou pelo menos dificultar - a ocorrência dessas violações.” (tradução livre – grifei) Alguns pontos merecem destaque na definição. Inicialmente, vemos que a Auditoria não existe de forma isolada, mas fazendo parte de um sistema de regulação – que podemos chamar de sistema de controle – cujo objetivo pode ser dividido em 4 itens: - assinalar desvios em relação às normas e aos princípios da gestão; - possibilitar a efetivação de medidas para corrigir os desvios; - promover a responsabilização dos que incorrerem nos desvios; - impedir ou dificultar a reincidência dos desvios. ! Na Declaração de Lima, estão dispostos dois momentos de controle: o prévio, denominado pré-auditoria e o posterior, denominado pós- auditoria, não se fazendo menção ao controle concomitante. O controle prévio tem a vantagem de poder impedir prejuízos antes de sua ocorrência, mas tem a desvantagem de gerar um volume excessivo de trabalho e de tornar indistintas as responsabilidades previstas no direito público. Vamos trazer essa ideia para a vida prática para facilitar o entendimento. Do ponto de vista da prevenção – estamos presos culturalmente à ideia de que prevenir é melhor que remediar – o mais eficiente seria que realizássemos um controle prévio de todos os atos da administração pública. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!7!∀#!22 ! ! Mas imaginem como seria trabalhoso se a EFS – TCU, no nosso caso – tivesse que analisar todos os atos relativos à utilização de recursos públicos antes de sua realização. Imaginem quantos processos licitatórios, atos de admissão, convênios, teriam de ser analisados. Concordam que seria impraticável? O Tribunal não teria estrutura para isso tudo, além do fato de que atrasaria por demais a realização das atividades de governo. Outro problema seria a identificação dos responsáveis por um ato que “ainda não aconteceu”, pois não se pode culpar alguém por um erro que ainda não tenha ocorrido. Já o controle posterior enfatiza a responsabilidade dos responsáveis pela gestão financeira, fiscal e patrimonial, e pode determinar o ressarcimento por prejuízos provocados, além de impedir novas ocorrências de violações às normas. Complementando, a Declaração de Lima dispõe que a existência de um controle prévio vai depender da situação jurídica de cada país, mas que o controle posterior sempre deverá existir, independentemente da existência, ou não, do controle prévio. Sobre a diferença entre Auditoria Interna e Externa, a INTOSAI esclarece que “Os serviços de auditoria interna são estabelecidos dentro dos órgãos e instituições governamentais, enquanto os serviços de auditoria externa não fazem parte da estrutura organizacional das instituições a serem auditadas.” E que, apesar de a auditoria interna ser subordinada ao chefe do departamento no qual foi estabelecida, deve ser, na maior medida possível, funcional e organizacionalmente independentes. O que fica claro é que “As Entidades Fiscalizadoras Superiores prestam serviços de auditoria externa”. Auditoria de Legalidade, de Regularidade e Operacional, segundo a INTOSAI, são os tipos de Auditoria que a EFS tem a seu dispor para cumprir suas finalidades, sendo que as duas primeiras são consideradas sua tarefa tradicional. Não há uma mais importante que as outras, apenas uma importância relativa dada pela EFS no momento de sua realização. Quanto à Auditoria Operacional, estabelece que sua finalidade é verificar o desempenho, a economia, a eficiência e a eficácia da administração pública, não se restringindo a operações financeiras específicas, abrangendo todas as atividades governamentais, inclusive seus sistemas organizacionais e administrativos. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!8!∀#!22 ! ! Prosseguindo no estudo da Declaração de Lima, vamos abordar o entendimento de independência para a INTOSAI. De acordo com a norma, a independência da EFS deve ser entendida sob três aspectos: - independência da EFS propriamente dita: independência da entidade auditada e proteção contra influências externas, inclusive do Parlamento, conseguidas por meio de previsão constitucional; - independência dos membros e diretores da EFS: no caso do TCU, a independência de seus Ministros, estabelecida na Constituição, incluindo seus quadros, que não podem ser dependentes das entidades auditadas; - independência financeira: A EFS devem poder!solicitar diretamente os recursos financeiros necessários junto ao órgão público responsável por decisões relativas ao orçamento nacional. Outro ponto abordado na Declaração de Lima se refere aos métodos e procedimentos de Auditoria, cujos aspectos principais estão relacionados a seguir: 1 – as EFS deverão estabelecer programas de auditoria, embora alguns órgãos tenham a prerrogativa de poder solicitar auditorias específicas. 2 – as EFS deverão avaliar a necessidade de adotar a amostragem na seleção do que será auditado. 3 – as EFS devem elaborar manuais para orientação de seus auditores. Por fim, vamos ressaltar algumas competências das EFS, de acordo com a Declaração de Lima, especificadas nos tipos de auditoria seguintes: - Auditoria da Gestão Financeira Pública: todas as operações financeiras públicas, a despeito de estarem ou não refletidas no orçamento nacional, ficarão sujeitas à auditoria das EFS; !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!9!∀#!22 ! ! - Auditoria de Instituições no Exterior: lembrem-se de que o que dá a competência de um órgão de fiscalização não é a área geográfica, mas a origem (o dono) dos recursos. - Auditorias Fiscais: relacionadas à arrecadação de receitas. - Contratos e Obras públicas. - Auditorias de sistemas de processamento eletrônico de dados. - Auditorias de empresas comerciais com participação pública. - Auditorias de instituições subsidiadas:aquelas que receberem subsídios públicos. 2. Código de Ética da INTOSAI O Código de Ética da INTOSAI foi aprovado pelo Comitê de Normas de Auditoria, no XVI Congresso da INTOSAI (1998, Montevidéu, Uruguai). É dividido em cinco capítulos, da seguinte forma, além de um glossário: - Capítulo 1: Introdução; - Capítulo 2: Integridade; - Capítulo 3: Independência, Objetividade e Imparcialidade; - Capítulo 4: Segredo profissional; e - Capítulo 5: Competência profissional. 2.1 Capítulo I - Introdução O Código de ética da INTOSAI apresenta os valores e princípios que guiam o trabalho dos auditores. A independência e as responsabilidades do auditor no setor público ocasionam elevadas exigências éticas das EFS, do seu pessoal e dos especialistas contratados para os trabalhos (lembrem-se de que aqui estamos falando do patrimônio público). Está dirigido ao auditor e a todas as pessoas que trabalham a serviço da EFS ou que intervenham no trabalho de auditoria, mas não deve influenciar a estrutura organizacional da EFS. Devido às diferenças nacionais de cultura, de idioma e de sistemas jurídicos e sociais, cada cada EFS deve elaborar um Código de Ética próprio, fundamentado no Código de Ética da INTOSAI. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!2!∀#!22 ! ! Qualquer conduta inadequada dos auditores em sua vida profissional ou pessoal prejudica a imagem de integridade dos próprios auditores, da EFS que representam, da qualidade e da validade de seu trabalho, podendo ocasionar dúvidas acerca da confiabilidade e da competência profissional da própria EFS. E como é que o auditor vai passar essa confiança? De acordo com a INTOSAI, mediante a aplicação das exigências éticas descritas nos seguintes conceitos-chave: integridade, independência e objetividade, confidencialidade e competência profissional. E para que os relatórios e pareceres da EFS sejam considerados precisos e confiáveis, o Código de Ética prevê que todo o trabalho realizado seja submetido à avaliação pública acerca de sua correção, mediante inspeção realizada pelo Poder Legislativo e/ou Executivo. 2.2 Capítulo 2 – Integridade A integridade constitui o valor central do Código de Ética da INTOSAI. Segundo esse princípio, os auditores estão obrigados a cumprir normas elevadas de conduta (honradez e imparcialidade) durante seu trabalho e em suas relações com o pessoal das entidades auditadas. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1:!∀#!22 ! ! Essa afirmação pode ser mais bem entendida quando imaginamos um auditor com excelente capacidade técnica, discreto, competente, impessoal, mas... desonesto. Vocês concordam que todo o trabalho resultante de seu julgamento seria suspeito? Pode ser medida em função do que é correto e justo, e exige que os auditores ajustem-se às normas de auditoria e de ética, e aos princípios de objetividade e independência, além de manterem conduta profissional exemplar, tomando decisões de acordo com o interesse público. 2.3 Capítulo 3 - Independência, objetividade e imparcialidade 0 Para os auditores, é indispensável que haja independência em relação à entidade auditada e a outros grupos de interesses externos. Pessoal, muito importante: é essencial que não apenas sejam independentes e imparciais de fato, como também pareçam ser independentes. Esse aspecto é considerado muito importante: não basta SER independente, é preciso PARECER SER independente. Ou seja, não basta que o auditor atue com independência na apresentação do resultado final se, durante os trabalhos de auditoria, apresentou uma conduta muito próxima do auditado, participando de suas atividades, recebendo presentes, e outras condutas incoerentes com sua demonstração de independência. A partir do momento em que sua independência foi colocada em dúvida, sua confiabilidade já foi prejudicada. Em todas os assuntos relacionados com o trabalho de auditoria, a independência dos auditores não deve ser afetada por interesses pessoais ou externos. Por exemplo, a independência poderia ser afetada pelas pressões e por influências externas; pelos prejulgamentos dos auditores; por haver trabalhado recentemente na entidade auditada; ou por relações pessoais ou financeiras que provoquem conflitos de lealdade ou de interesse. Para tanto, estão obrigados a não intervir em qualquer assunto em que tenham algum interesse pessoal. Essa objetividade e imparcialidade é requerida em todo trabalho efetuado pelos auditores, e em particular em seus relatórios, que deverão ser exatos e objetivos. Suas conclusões devem se basear exclusivamente nas evidências obtidas. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!11!∀#!22 ! ! Isso serve para impedir que o auditor, em vista de um prejulgamento (“naquela unidade sempre encontramos problemas...”) chegue a determinadas conclusões que não tenham amparo nas evidências apresentadas. Os auditores deverão utilizar a informação fornecida pela entidade auditada e por terceiros, que deverá ser considerada de modo imparcial nos pareceres emitidos. Essa informação deve ser analisada em relação à fonte e à forma como foi elaborada pelo “terceiro”. Neutralidade política É importante manter a neutralidade política da EFS — tanto a real quanto a percebida. Isso é essencial, pois as EFSs trabalham em estreito contato com o Poder Legislativo, com o Poder Executivo e outros órgãos. Conflitos de interesses Quando os auditores estão autorizados a assessorar uma entidade auditada, não podem ser conduzidos a um conflito de interesses, nem podem incluir responsabilidades na gestão, que devem continuar sendo desempenhadas com transparência. Os auditores devem dispensar regalias ou gratificações que possam vir a ser interpretadas como tentativas de influenciar sua independência e integridade. Devem evitar qualquer tipo de relação com os diretores e com o pessoal da entidade auditada ou outras pessoas que possam influenciar sua independência. Não deverão utilizar o seu cargo oficial com propósitos privados e não deverão utilizar informação recebida no desempenho de suas obrigações como meio de obter benefícios pessoais para si ou para outrem. 2.4 Capítulo 4 - Segredo profissional (sigilo) A informação obtida no processo de auditoria não deve ser revelada a terceiros, salvo aos responsáveis pelo cumprimento de determinações legais ou outra classe que correspondam às EFSs, como parte dos procedimentos normais desta, ou em conformidade com as leis pertinentes. Aqui, segredo profissional se refere ao sigilo das informações obtidas no exercício de suas atividades profissionais. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!13!∀#!22 ! ! 2.5 Capítulo 5 - Competência profissional Os auditores têm a obrigação de atuar de maneira profissional e de aplicar elevados níveis profissionais na realização de seu trabalho, para desempenhar suas atribuições de maneira competente e imparcial. Os auditores não devem realizar trabalhos para os quaisnão possuam a competência profissional necessária. Os auditores não devem realizar trabalhos para os quais não possuam a competência profissional necessária. Desenvolvimento profissional Os auditores devem atuar com o profissionalismo devido na realização e supervisão da auditoria e na preparação dos relatórios correspondentes, devem ajustar-se aos postulados básicos e às normas de auditoria, e tem a obrigação de se atualizarem, melhorando as capacidades requeridas para o desempenho de suas responsabilidades profissionais. Glossário Accountability Pública (Obrigação de Prestar Contas Públicas) A obrigação que têm as pessoas ou entidades as quais se tenham confiados recursos públicos (incluídas as empresas e corporações públicas) de assumir as responsabilidades que lhes foram conferidas; e de informar a quem lhes delegou essas responsabilidades. Auditoria da devida gestão Análises dos gastos públicos com base nos princípios gerais da devida gestão. Controle Interno Conjunto de sistemas de controles financeiros e outros — que abarcam a estrutura organizacional, os métodos, os procedimentos e a auditoria interna — estabelecido pela direção como parte de seus objetivos corporativos para ajudar a realizar as operações da entidade auditada de forma regular, econômica, eficiente e eficaz; para permitir a observância !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!14!∀#!22 ! ! às políticas administrativas; para salvaguardar os bens e recursos; para assegurar a exatidão e a completude dos registros contábeis; e para produzir informação financeira e gerencial oportuna e confiável. Economia Consiste em reduzir ao mínimo o custo dos recursos utilizados para desempenhar uma atividade a um nível de qualidade apropriado. Eficácia A medida em que se alcançam os objetivos, e a relação entre os resultados pretendidos e os resultados alcançados. Eficiência Relação entre o produto — expresso em bens, serviços e outros produtos — e os recursos utilizados para produzi-los. Escopo da Auditoria O marco ou limites da auditoria e as matérias que são objeto da mesma. Evidências de Auditoria Informação que constitui a base em que se sustentam as opiniões, conclusões ou relatórios do auditor ou da EFS. Adequadas: informação que, quantitativamente, é suficiente e apropriada para alcançar os resultados da auditoria; e que, qualitativamente, tem a imparcialidade necessária para inspirar confiança e confiabilidade. Pertinentes: informação que é pertinente em relação aos objetivos da auditoria. Razoáveis: informação que é econômica, ou seja, que o custo de reuni-la guarda razoável proporção com o resultado que o auditor ou a EFS tem de alcançar. Postulados Pressupostos básicos, premissas coerentes e princípios lógicos que representam o marco geral de referência para a elaboração de normas de auditoria. Procedimentos de Auditoria Comprovações, instruções e detalhes incluídos no programa de auditoria que devem ser executados de forma sistemática e razoável. Resultados, Conclusões e Recomendações Os resultados ou fatos postos em destaque são as evidências concretas reunidas pelo auditor para cumprir os objetivos da auditoria; as conclusões são declarações deduzidas pelo auditor a partir desses fatos; !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!15!∀#!22 ! ! as recomendações são medidas sugeridas pelo auditor, atendendo aos objetivos da auditoria. Sistema de Controle Série de ações que se consideram como parte do sistema total de controle interno e que se refere à realização dos fins contábeis da entidade. Isto inclui o cumprimento das políticas e dos procedimentos contábeis e financeiros, a salvaguarda dos recursos da entidade e a preparação de relatórios contábeis confiáveis. Sistema de Controle Administrativo Série de ações que é parte integrante do sistema de controle interno e que se refere aos procedimentos administrativos necessários para adotar decisões gerais, alcançar a máxima eficiência econômica e administrativa possível, e assegurar a aplicação das políticas administrativas relacionados ou não a assuntos financeiros. EXERCÍCIOS COMENTADOS 1.! (CESPE/TCE-PR/2016) Relativamente às EFSs e às diretrizes para preceitos de auditoria definidas na Declaração de Lima, assinale a opção correta. A) O Poder Executivo deve estabelecer o grau necessário de independência de que deve gozar a EFS e garantir a proteção adequada contra qualquer interferência sobre a referida independência e(ou) o mandato de auditoria da EFS. B) As normas de auditoria, às quais as EFSs devem obediência, podem ser divididas em dois grandes grupos: as que contemplam os requisitos da auditoria do setor público no nível operacional e as normas que visam regulamentar a formatação dos trabalhos de auditoria. C) Qualquer que seja o normativo vigente e qualquer que seja a natureza das disposições adotadas, às EFSs cabe, fundamentalmente, fomentar e fazer respeitar a obrigação da prestação de contas no setor público. D) Segundo a Declaração de Lima, a EFS poderá atuar como um agente do parlamento, fazendo auditorias segundo as instruções dessa casa legislativa, em posição de entidade auxiliar ou consultora, mas, nesse caso, para assegurar sua independência e autonomia, as matérias de que ela tratar deverão ser submetidas ao seu pleno para decisão por escrutínio nominal. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!16!∀#!22 ! ! E) As EFSs devem cumprir as normas de auditoria da INTOSAI em todas as questões consideradas relevantes; como consequência, as normas de auditoria da INTOSAI, exceto qualquer outra norma de auditoria alheia à própria EFS, são de aplicação obrigatória para as EFSs, inclusive para o seu pessoal. Comentários: A – ERRADA. A independência das EFS deve ser dada por meio de previsão constitucional, e não pelo Poder Executivo. B – ERRADA. O documento “normas de Auditoria” é composto por quatro capítulos, da seguinte forma, além de um glossário: - Capítulo I: Postulados básicos de auditoria pública; - Capítulo II: Normas gerais e profissionais; - Capítulo III: Normas de procedimentos na execução da auditoria; - Capítulo IV: Normas para elaboração dos relatórios de auditoria. C – CERTA. A assertiva apresenta corretamente a função primordial da EFS. D – ERRADA. A independência da EFS propriamente dita diz respeito à independência da entidade auditada e proteção contra influências externas, inclusive do Parlamento, conseguidas por meio de previsão constitucional. Assim, ainda que a EFS atue sob solicitação do Parlamento, a conclusão de seus trabalhos deverá ser independente, não cabendo qualquer tipo de ratificação parlamentar posterior. E – ERRADA. As EFS devem julgar quais normas são compatíveis com os trabalhos a serem desenvolvidos, a fim de garantir um alto nível de qualidade em seus trabalhos. Gabarito: C 2.! (CESPE/FUB/2015) Relativamente às normas internacionais para o exercício profissional da auditoria, julgue os itens que se seguem. A integridade exige que os auditores mantenham normas irretocáveis de conduta profissional, ajustem-se tanto à forma quanto ao espírito das normas de auditoria e de ética e evitemtomar decisões contrárias aos interesses públicos. Comentários: Segundo o Código de Ética da Intosai, a integridade pode ser medida em função do que é correto e justo. A integridade exige que os auditores se ajustem tanto à forma quanto ao espírito das normas de auditoria e de ética. A integridade também exige que os auditores se ajustem aos princípios de objetividade e independência, mantenham normas irretocáveis de conduta profissional, tomem decisões de acordo com os interesses públicos, e apliquem um critério de honradez absoluta na realização de seu trabalho e no emprego dos recursos da EFS. Gabarito: C 3.! (CESPE/CGE-PI/2015) O Tribunal de Contas da União (TCU), no desempenho de auditoria solicitada pelo Poder Legislativo, !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!17!∀#!22 ! ! deve atuar de modo a resguardar sua independência e autonomia, observando a hierarquia institucional de subordinação existente entre os controles interno e externo no setor público. Comentários: Não existe subordinação entre os controles interno e externo no setor público. A Constituição estabelece dois sistemas de controle no âmbito da gestão contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União, o externo, exercido pelo Congresso Nacional com o auxílio do TCU e o interno, no âmbito de cada Poder. Embora o controle interno tenha o dever estabelecido constitucionalmente de apoiar o controle externo, não há relação de hierarquia entre eles, há complementaridade. Gabarito: E 4.! (CESPE/TCU/2013) Acerca das Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS) e da Declaração de Lima, julgue o item a seguir. Consoante a Declaração de Lima de Diretrizes para Preceitos de Auditoria, é permitido às Entidades Fiscalizadoras Superiores usar, à sua discrição, os recursos alocados a elas em uma rubrica orçamentária separada. Comentários: De acordo com a Declaração de Lima, a independência da EFS deve ser entendida sob três aspectos: – independência da EFS propriamente dita: independência da entidade auditada e proteção contra influências externas, inclusive do Parlamento; – independência dos membros e diretores da EFS: seus quadros não podem ser dependentes das entidades auditadas; – independência financeira: A EFS deve poder solicitar diretamente os recursos financeiros necessários junto ao órgão público responsável por decisões relativas ao orçamento nacional. Com base no terceiro aspecto, podemos concluir que as EFS possuem a discricionariedade na utilização dos recursos alocados a elas no orçamento público. Gabarito: C 5.! (CESPE/TCU/2013) No que se refere às normas internacionais para o exercício profissional da auditoria e às normas específicas do TCU, julgue o item que se segue. As entidades fiscalizadoras superiores que compõem a Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI) estão obrigadas a adotar um código de ética comum, o qual se aplica tanto aos auditores governamentais e aos dirigentes de suas próprias organizações quanto aos auditores das respectivas entidades auditadas. Comentários: !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!18!∀#!22 ! ! Como vimos no decorrer da aula, o Código de Ética da INTOSAI está dirigido ao auditor e a todas as pessoas que trabalham a serviço da EFS ou que intervenham no trabalho de auditoria, mas não deve influenciar a estrutura organizacional da EFS. Devido às diferenças nacionais de cultura, de idioma e de sistemas jurídicos e sociais, cada cada EFS deve elaborar um Código de Ética próprio, fundamentado no Código de Ética da INTOSAI, o que torna a assertiva incorreta, ao afirmar que deverá haver um Código comum. Gabarito: E 6.! (CESPE/TCU/2012) Julgue os itens a seguir, relativos às entidades fiscalizadoras superiores (EFSs) e à Declaração de Lima. A Organização das Entidades Fiscalizadoras dos Estados partes do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), da Bolívia e do Chile, além de seus respectivos órgãos nacionais, admitidos como membros ativos, pode admitir, como membros associados, organizações supranacionais de controle e fiscalização dos recursos públicos, bem como EFSs dos países com expressão comunitária e organismos internacionais de crédito. Comentários: A questão foi anulada pelo CESPE, com a seguinte justificativa: “A utilização do termo "experiência" no lugar do termo "expressão" prejudicou o julgamento objetivo do item.” (?) O Gabarito inicial havia sido dado como certo, mas em nossa opinião, a matéria não constava do edital do concurso, o que justificaria sua anulação. O estatuto da Organização das Entidades Fiscalizadoras dos Estados partes do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), da Bolívia e do Chile pode ser consultado por meio do link: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/relacoes_institucionais/r elacoes_internacionais/organizacoes_internacionais/ESTATUTO_MERCOSU L.pdf Gabarito: X (anulada) 7.! (CESPE/TCU/2012) Julgue os itens a seguir, relativos às entidades fiscalizadoras superiores (EFSs) e à Declaração de Lima. O fato de órgãos e entidades governamentais serem objeto do controle exercido por uma EFS não implica subordinação de tal maneira que eles possam isentar-se de responsabilidades em relação às suas operações e decisões. Se, entretanto, em vez de recomendações, a EFS emitir resoluções ou atos similares, o seu cumprimento se tornará obrigatório. Comentários: A questão apresenta duas informações principais, ambas corretas. Primeiro, afirmando que não há subordinação entre a EFS e os órgãos e entidades governamentais auditados. Logo após, informando acerca da !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!19!∀#!22 ! ! possibilidade de a EFS editar resoluções e outros atos normativos de cumprimento obrigatório. Gabarito: C 8.! (CESPE/TCU/2012) Julgue os itens a seguir, relativos às entidades fiscalizadoras superiores (EFSs) e à Declaração de Lima. As obras públicas, em geral, por envolverem recursos consideráveis, requerem atenção especial, cabendo à EFS exclusivamente o controle da regularidade das despesas efetuadas. A avaliação dos resultados e a qualidade da execução das obras constituem responsabilidade exclusiva dos próprios contratantes. Comentários: Como vimos, as EFS podem avaliar os resultados e a qualidade das obras públicas, por meio das auditorias operacionais, não se limitando à verificação da regularidade das despesas. Gabarito: E 9.! (CESPE/TCU/2011) Com relação às características da auditoria governamental e às instituições reguladoras de seu exercício, julgue o item a seguir. De acordo com o Código de Ética para os auditores do setor público, da INTOSAI, o preceito do sigilo profissional, segundo o qual as informações obtidas pelos auditores em razão de suas funções não podem ser reveladas a terceiros, não se aplica aos casos de cumprimento das responsabilidades próprias da respectiva entidade de fiscalização superior. Comentários: De acordo com o Código de Ética da INTOSAI, a informação obtida no processo de auditoria não deve ser revelada a terceiros, salvo aos responsáveis pelo cumprimento de determinações legais ou outra classe que correspondam às EFSs, como parte dos procedimentos normais desta,ou em conformidade com as leis pertinentes. Aqui, segredo profissional se refere ao sigilo das informações obtidas no exercício de suas atividades profissionais. Gabarito: C 10.! (CESPE/TCU/2008) As normas de auditoria da INTOSAI, ao contrário das de outras procedências, em particular no âmbito interno de cada país, não podem ser prescritivas nem aplicadas compulsoriamente pelas entidades fiscalizadoras superiores ou por seu pessoal. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Um dos postulados básicos das Normas de Auditoria da INTOSAI dispõe que a competência legal da EFS está acima de quaisquer convenções contábeis ou de auditoria com as quais possa conflitar e, !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!12!∀#!22 ! ! portanto, guarda uma relação significativa com as normas de auditoria empregadas pelas EFSs. Consequentemente, as normas de auditoria da INTOSAI — e também quaisquer normas de auditoria de outras procedências — não podem ser prescritivas nem de aplicação compulsória por parte da EFS ou de seu pessoal. A questão afirma que as normas de outras procedências – como as normas de auditoria de cada país – podem ser aplicadas compulsoriamente. As normas da INTOSAI, como podemos ver no trecho sublinhado acima, consideram de forma contrária, o que, a meu ver, tornaria a questão correta. O CESPE alterou o gabarito de ERRADO para CERTO da divulgação preliminar para a definitiva, de forma equivocada. Gabarito: C 11.! (CESPE/AUGE_Auditor Interno/2008) A INTOSAI emitiu um conjunto de normas gerais e específicas que definem um nível mínimo de aceitabilidade para os sistemas de controle interno. Entre as normas específicas, citam-se as que estabelecem que A) as principais responsabilidades, nos diferentes estágios das transações, devem ser atribuídas às mesmas pessoas. B) o acesso a recursos e registros pode ser irrestrito, desde que monitorado pelos responsáveis por sua custódia ou uso. C) o registro das transações e atividades deve ser imediato. D) os objetivos de controle específico para cada atividade da organização devem ser definidos. E) o sistema deve fornecer garantia absoluta de que os objetivos de controle interno serão cumpridos. Comentários: A alternativa A está incorreta porque é contrária ao princípio da segregação de funções, que é um dos princípios do controle interno. A alternativa B está incorreta, pois os acesso a recursos e registros deve ser limitado a seus responsáveis, a fim de manter um sistema de responsabilização adequado. A alternativa C está correta, e é o gabarito da questão, pois o sistema de controle interno deve possibilitar o registro tempestivo das transações e atividades. A alternativa D está incorreta, pois os objetivos de controle específicos devem ser definidos para as atividades da organização que foram selecionadas durante a avaliação dos riscos na entidade. Ou seja, nem toda atividade vai receber tratamento específico. A alternativa E está incorreta, pois, em controle interno, não se pode falar em garantia “absoluta”. Existem uma série de variáveis que podem influenciar o resultado da organização, e consequentemente dos controles internos, independentemente da qualidade dos trabalhos desenvolvidos. O máximo que se deve esperar é uma garantia “razoável”. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!3:!∀#!22 ! ! Gabarito: C ! 12.! (CESPE/TCU/2008) A exemplo da auditoria no setor privado, as entidades públicas auditadas devem manter uma relação de cliente com a entidade fiscalizada superior (EFS). Nesse sentido, ao levar em consideração as opiniões da administração em suas conclusões e recomendações, a EFS assume, perante essa administração, quaisquer responsabilidades quanto ao âmbito ou à natureza de sua auditoria. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Ao contrário da auditoria do setor privado, onde se estipula o trabalho do auditor em um contrato de prestação de serviços, a entidade auditada não mantém uma relação de cliente para com a EFS, que deve ser livre e imparcial no desempenho de sua competência legal e levar em consideração as opiniões da administração ao formular seus pareceres, conclusões e recomendações de auditoria, sem assumir, todavia, qualquer responsabilidade perante a administração da entidade auditada quanto ao escopo ou natureza de sua auditoria. Gabarito: E 13.! (CESPE/TCU/2008) De acordo com o INTOSAI, as entidades fiscalizadoras superiores, quando responsáveis pela auditoria financeira das empresas privatizáveis, devem considerar que a auditoria contábil prévia à venda das empresas implica, para o auditor, menor nível de risco do que nos casos em que não haja transferência de propriedade. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Uma empresa “privatizável” é uma empresa na iminência de ser privatizada, ou seja, de ser transferida para controle particular. Uma empresa nessa condição será avaliada, dentre outros fatores, pelo resultado da auditoria financeira realizada pela EFS, na hipótese da questão. Ou seja, os interessados podem levar em consideração a opinião do auditor da EFS. Assim, a auditoria contábil prévia à venda da empresa implica maior nível de risco do que nos casos em que não haja transferência de propriedade, contrariando o que se afirma na questão. Gabarito: E 14.! (CESPE/TCU/2007) Julgue os seguintes itens, que versam sobre auditoria governamental. A INTOSAI é um organismo internacional cujo objetivo é fomentar o intercâmbio de idéias e experiências entre entidades fiscalizadoras superiores quanto ao controle das finanças públicas. Entre os documentos elaborados pela INTOSAI, destacam-se a Declaração de Lima, o código de ética e normas de auditoria. Na Declaração de Lima, só constam o controle prévio e o controle posterior, ao passo que, no Brasil, !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!31!∀#!22 ! ! além desses, há o controle concomitante, por expressa disposição legal. Comentários: Na Declaração de Lima, estão dispostos dois momentos de controle: o prévio, denominado pré-auditoria e o posterior, denominado pós-auditoria, não se fazendo menção ao controle concomitante. Gabarito: C 15.! (FGV/TCM-SP/2015) A Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai, na sigla em inglês) foi fundada em 1953 e promove o intercâmbio de informações e de experiências entre as chamadas entidades fiscalizadoras superiores (EFS), que são organizações de auditoria governamental externa, entre elas tribunais de contas, auditorias gerais, controladorias e congêneres, a depender do país onde estão instituídas. A “Declaração de Lima”, adotada no IX Congresso da Intosai, ocorrido em 1977, em Lima, no Peru, é reconhecida como a magna carta da auditoria governamental, e fornece as bases filosóficas e conceituais para os trabalhos desenvolvidos pelas EFS. De acordo com a Declaração de Lima, é atividade considerada típica e indispensável de uma EFS: A) a realização de pré-auditorias; B) a realização de pós-auditorias; C) a realização de auditorias estritamente nas operações previstas no orçamento; D) o estabelecimento de procedimentos operacionais para a administração pública; E) o estabelecimento de normas de auditoriapara o setor governamental. Comentários: A Declaração de Lima dispõe (item 4, seção 2) que a existência de um controle prévio vai depender da situação jurídica de cada país, mas que o controle posterior (pós-auditoria) sempre deverá existir, independentemente da existência, ou não, do controle prévio. Ou seja, a pós-auditoria é atividade considerada típica e indispensável de uma EFS. Gabarito: B 16.! (FGV/TCM-SP/2015) A Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai, na sigla em inglês) foi fundada em 1953 e promove o intercâmbio de informações e de experiências entre as chamadas entidades fiscalizadoras superiores (EFS), que são organizações de auditoria governamental externa, entre elas tribunais de contas, auditorias !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!33!∀#!22 ! ! gerais, controladorias e congêneres, a depender do país onde estão instituídas. A “Declaração de Lima”, adotada no IX Congresso da Intosai, ocorrido em 1977, em Lima, no Peru, é reconhecida como a magna carta da auditoria governamental, e fornece as bases filosóficas e conceituais para os trabalhos desenvolvidos pelas EFS. A Seção 3 da Declaração de Lima trata de preceitos aplicáveis aos serviços de auditoria interna e externa. Sobre esse tema, analise as afirmativas a seguir: (I) As entidades fiscalizadoras superiores são serviços de auditoria externa. (II) Apesar de o serviço de auditoria interna ser subordinado ao chefe do departamento no qual foi estabelecido, ele deve ser, na medida do possível, funcional e organizacionalmente independente. (III) Incumbe aos responsáveis pelo serviço de auditoria externa avaliar a eficácia dos serviços de auditoria interna. Está correto o que se afirma em: A) somente (I); B) somente (I) e (II); C) somente (I) e (III); D) somente (II) e (III); E) (I), (II) e (III). Comentários: I – CORRETO. Vimos que Enquanto a INTOSAI trata da Auditoria Externa (governamental), o IIA trata da Auditoria Interna (tanto governamental quanto privada). II – CORRETO. A INTOSAI esclarece que “Os serviços de auditoria interna são estabelecidos dentro dos órgãos e instituições governamentais, enquanto os serviços de auditoria externa não fazem parte da estrutura organizacional das instituições a serem auditadas.” E que, apesar de a auditoria interna ser subordinada ao chefe do departamento no qual foi estabelecida, deve ser, na maior medida possível, funcional e organizacionalmente independentes. III – CORRETO. Uma das atribuições dos auditores externos (governamentais) e promover a avaliação da estrutura, da implementação e da eficácia dos controles internos (governamentais). Gabarito: E 17.! (FCC/TCM-GO/2015) Na condução de auditorias, devem ser observados os princípios éticos estruturais do Código de Ética do International Organization of Supreme Audit Institutions − INTOSAI, recomendado às Entidades Fiscalizadoras Superiores − EFS, tais como os princípios de integridade, da independência, do conflito de interesse, da objetividade, da imparcialidade, da aparência, da neutralidade política, da confidencialidade e do !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!34!∀#!22 ! ! profissionalismo. O princípio ético que requer que o auditor observe a forma e a finalidade dos padrões de auditoria e de ética, considere os princípios de independência e objetividade, seja absolutamente honesto na realização de seu trabalho e na utilização dos recursos da EFS, mantenha impecáveis padrões de conduta profissional e tome decisões de acordo com o interesse público, é o princípio: a) de integridade; b) da neutralidade política; c) da objetividade; d) da aparência; e) do conflito de interesse. Comentários: De acordo com a INTOSAI, mediante a aplicação das exigências éticas descritas nos seguintes conceitos-chave: integridade, independência e objetividade, confidencialidade e competência profissional. A integridade constitui o valor central do Código de Ética da INTOSAI. Segundo esse princípio, os auditores estão obrigados a cumprir normas elevadas de conduta (honradez e imparcialidade) durante seu trabalho e em suas relações com o pessoal das entidades auditadas. Pode ser medida em função do que é correto e justo, e exige que os auditores se ajustem às normas de auditoria e de ética, e aos princípios de objetividade e independência, além de manterem conduta profissional exemplar, tomando decisões de acordo com o interesse público. Gabarito: A 18.! (FMP/CGE-MT/2015) Tendo em vista o Código de Ética da INTOSAI, considere as seguintes assertivas: I – Os Auditores são obrigados a cumprir normas superiores de conduta, como por exemplo, honradez e imparcialidade, durante seu trabalho, e em suas relações com o pessoal das entidades fiscalizadas. II – O Auditor deve tratar os colegas e o público em geral de forma autoritária, para que compreendam a hierarquia e a necessária obediência aos seus comandos imperativos. III – Os Auditores devem portar-se de maneira que promova a cooperação e as boas relações entre eles e dentro da profissão. A cooperação recíproca e o apoio à profissão constituem elementos essenciais do profissionalismo. Estão corretas apenas A) I e II. B) II e III. C) I e III. D) I, II e III. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!35!∀#!22 ! ! E) Nenhuma assertiva está correta. Comentários: I – CORRETA. II – INCORRETA. O Auditor deve tratar os colegas e o público em geral de forma cordial e educada, jamais autoritária. A autoridade do auditor é dada pelas normas, não pelo autoritarismo. III – CORRETA. Gabarito: C 19.! (ESTRATÉGIA/2011) São conceitos-chave apresentados no Código de Ética da INTOSAI, exceto: A) integridade B) independência e objetividade C) confidencialidade D) legalidade E) competência profissional Comentários: Como vimos, o auditor promove credibilidade e confiança mediante a aplicação das exigências éticas das noções descritas nos seguintes conceitos-chave: integridade, independência e objetividade, confidencialidade e competência profissional. A alternativa que não se traduz em conceito-chave é a letra D. Gabarito: D 20.! (ESTRATÉGIA/2011) Com relação a Noções, antecedentes e objetivos do Código de Ética da INTOSAI, assinale a alternativa incorreta: A) Tendo como fundamento a Declaração de Lima de Diretrizes sobre Preceitos da Auditoria, o Código de Ética da INTOSAI deverá constituir-se em um complemento necessário que fortaleça ainda mais as Normas de Auditoria da INTOSAI. B) O conceito de integridade é considerado o valor central do Código de Ética, e pode ser medido em função do que é correto e justo. C) O Código de Ética da INTOSAI está dirigido ao auditor individualmente, ao diretor da EFS, aos responsáveis executivos e todas as pessoas que trabalham a serviço da EFS ou em representação desta e que intervenham no trabalho de auditoria. Assim, deve-se considerar que o Código influencie a estrutura organizativa da EFS. D) É responsabilidade de cada EFS a elaboração de um Código de Ética próprio que se ajuste otimamente às suas próprias características. A adoção e aplicação de um código de ética para auditores do setor público promovem a confiançanos auditores e em seu trabalho. E) O auditor alcança credibilidade e confiança mediante a adoção e aplicação das exigências éticas das noções descritas nos seguintes conceitos-chave: integridade, independência e objetividade, confidencialidade e competência profissional. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!36!∀#!22 ! ! Comentários: Com essa questão proposta, procuramos passar por vários conceitos do Código de Ética da INTOSAI, e vamos apresentar os principais pontos de cada alternativa. A: o Código de Ética (juntamente com as Normas de Auditoria) teve como fundamento a Declaração de Lima. B: a integridade é o valor central do Código de Ética, e é medida em função do que é correto e justo. C está errada, e é o gabarito da questão, por afirmar que o Código vai influenciar a estrutura organizativa da EFS, o que vimos que não é verdadeiro. D: cada EFS deve elaborar seu próprio Código de Ética. E: correta. Gabarito: C 21.! (ESTRATÉGIA/2011) Com relação à independência, objetividade e imparcialidade descritas no Código de Ética da INTOSAI, assinale a alternativa incorreta: A) É essencial que os auditores não somente sejam independentes e imparciais de fato, como também pareçam ser. B) Requer-se objetividade e imparcialidade em todo trabalho efetuado pelos auditores, e em particular em seus relatórios, que deverão ser exatos e objetivos. C) As conclusões dos pareceres e relatórios, por conseguinte, devem basear-se exclusivamente nas evidências obtidas e reunidas de acordo com as normas de auditoria da EFS. D) Os auditores não deverão utilizar a informação fornecida pela entidade auditada e por terceiros, limitando-se, por uma questão de confiabilidade, às informações obtidas por suas próprias observações. E) Quando os auditores se dedicam ou estudam a possibilidade de dedicar-se a atividades políticas, é importante que considerem a forma que tal dedicação poderá afetar sua imparcialidade. Comentários: Questão proposta que trata dos atributos “independência, objetividade e imparcialidade” do Código de Ética da INTOSAI, requerendo a marcação da alternativa incorreta. A única alternativa que contraria a norma é a letra D, por afirmar que os auditores não deverão utilizar a informação fornecida pela entidade auditada e por terceiros. Na prática, qualquer informação que o auditor possa utilizar para a formação de sua opinião é válida, desde que tenha um mínimo de confiança na fonte e no processo utilizado em sua obtenção. Gabarito: D !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!37!∀#!22 ! ! 3. Princípios fundamentais (ISSASs 100, 200, 300 e 400) 3.1 ISSAI 100 – Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor Público Introdução É importante deve-se ressaltar que Normas e diretrizes profissionais são essenciais para a credibilidade, a qualidade e o profissionalismo da auditoria do setor público. Nesse sentido, as Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores (ISSAI), desenvolvidas pela Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI), visam promover a realização de auditorias independentes e eficazes pelas Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS), que no nosso país é o Tribunal de Contas da União (TCU). As ISSAI abrangem os requisitos da auditoria do setor público no nível organizacional, ou seja, na EFS, enquanto no nível dos trabalhos de auditoria, visam apoiar os membros da INTOSAI no desenvolvimento de suas próprias abordagens profissionais, de acordo com seus mandatos e com leis e regulamentos nacionais. O marco referencial de Normas Profissionais da INTOSAI tem quatro níveis. O nível 1 contém os princípios fundamentais da estrutura. O nível 2 (ISSAI 10-99) estabelece pré-requisitos para o funcionamento adequado e a conduta profissional das EFS (ex.: independência, transparência, accountability, ética e controle de qualidade, que são relevantes para todas as auditorias das EFS). Já os níveis 3 e 4 tratam da realização de cada tipo de auditoria e incluem princípios profissionais geralmente reconhecidos que dão suporte a auditoria eficaz e independente das entidades do setor público. Os Princípios Fundamentais de Auditoria no nível 3 (ISSAI 100-999) são os que iremos estudar hoje e foram elaborados a partir da ISSAI 1 – A Declaração de Lima e das ISSAI de nível 2, fornecendo uma estrutura normativa de referência internacional definindo a auditoria do setor público. O nível 4 traduz os Princípios Fundamentais de Auditoria em diretrizes operacionais mais específicas e detalhadas que podem ser usadas diariamente na realização de auditorias e também como normas de auditoria, quando normas nacionais de auditoria não tenham sido desenvolvidas. Este nível engloba as Diretrizes Gerais de Auditoria (ISSAI 1000-4999), que estabelecem os requisitos para auditorias financeiras, !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!38!∀#!22 ! ! operacionais e de conformidade. São normas mais detalhadas e que não serão objeto do nosso estudo. A ISSAI 100 fornece informações detalhadas sobre: !! O propósito e a aplicabilidade das ISSAI. !! O contexto da auditoria no setor público. !! Os elementos de auditoria do setor público. !! Os princípios aplicáveis à auditoria do setor público. 3.1.1 Propósito e Aplicabilidade das ISSAI A ISSAI 100 estabelece princípios fundamentais que são aplicáveis a todos os trabalhos de auditoria do setor público, independentemente de sua forma ou contexto. As ISSAI 200, 300 e 400 baseiam-se nesses princípios e adicionalmente os desenvolvem para ser aplicados no contexto das auditorias financeiras, operacionais e de conformidade, respectivamente. Assim, devem ser aplicados em conjunto com os princípios estabelecidos na ISSAI 100. Estudaremos essas ISSAI nos próximos itens. Deve-se ressaltar que os princípios, de maneira nenhuma, se sobrepõem às leis, aos regulamentos ou mandatos nacionais, nem impedem as EFS de realizar investigações, revisões ou outros trabalhos que não sejam especificamente cobertos pelas ISSAI existentes. Eles formam o núcleo das Diretrizes Gerais de Auditoria no nível 4 do marco referencial das ISSAI e podem ser usados para estabelecer normas oficiais de três formas: !! Como base sobre a qual as EFS podem desenvolver normas próprias. !! Como base para a adoção de normas nacionais consistentes com esses princípios. !! Como base para a adoção das Diretrizes Gerais de Auditoria como normas oficiais. Uma EFS pode declarar que as normas por ela desenvolvidas ou adotadas são baseadas ou são consistentes com os Princípios Fundamentais de Auditoria somente se essas normas cumprirem integralmente todos os princípios relevantes. Os relatórios de auditoria podem incluir uma referência ao fato de que as normas utilizadas são baseadas ou são consistentes com a ISSAI ou ISSAI relevantes para o trabalho de auditoria realizado. Essa referência pode ser feita declarando-se: !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!39!∀#!22 ! !“Conduzimos nossa auditoria em conformidade com [normas], que são baseadas em [ou são consistentes com] os Princípios Fundamentais de Auditoria (ISSAI 100-999) das Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores.” As EFS (Entidades de Fiscalização Superiores) podem decidir adotar as Diretrizes Gerais de Auditoria como suas normas oficiais. Em tais casos, o auditor deve cumprir com todas as ISSAI relevantes para a auditoria. A referência às ISSAI aplicadas pode ser feita declarando-se: “Conduzimos nossa(s) auditoria(s) em conformidade com as Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores.” As Normas Internacionais de Auditoria (ISA), elaborados pela Federação Internacional de Contadores (IFAC) estão incorporadas nas diretrizes de auditoria financeira (ISSAI 1000-2999). Portanto, em auditorias financeiras, a referência pode ser feita tanto às ISSAI como às ISA. As ISSAI fornecem orientação adicional para o setor público (“Notas Práticas”), mas os requisitos do auditor em auditorias financeiras são os mesmos. As NBC TA que costumamos estudar em auditoria independente são traduções literais das ISA, o que nos indica que o mesmo raciocínio que usamos para auditoria independente devemos usar para auditoria financeira no setor público. 3.1.2 Marco Referencial para Auditoria do Setor Público Mandato Uma EFS exercerá sua função de auditoria do setor público dentro de um ordenamento constitucional específico e em virtude de sua missão e mandato, que lhe garantem suficiente independência e poder discricionário para desempenhar suas atribuições. As EFS podem ter mandatos para realizar muitos tipos de trabalho sobre qualquer assunto de relevância para as responsabilidades da administração e responsáveis pela governança e do uso apropriado de recursos e bens públicos. A auditoria do setor público e seus objetivos O ambiente da auditoria do setor público é aquele no qual governos e outras entidades do setor público são responsáveis pelo uso de recursos provenientes de tributação e outras fontes, para a prestação de serviços aos cidadãos e outros beneficiários. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!32!∀#!22 ! ! Essas entidades devem prestar contas de sua gestão e desempenho, assim como do uso dos recursos, tanto para aqueles que proveem os recursos como para aqueles que dependem dos serviços prestados com a utilização de tais recursos, incluindo os cidadãos. No Brasil essa prestação de contas se dá por meio do Relatório de Gestão. A auditoria do setor público ajuda a criar condições apropriadas e a fortalecer a expectativa de que as entidades do setor público e os servidores públicos desempenharão suas atribuições de modo efetivo, eficiente, ético e em conformidade com as leis e os regulamentos aplicáveis. ! Auditoria do setor público pode ser descrita como um processo sistemático de obter e avaliar objetivamente evidência para determinar se a informação ou as condições reais de um objeto estão de acordo com critérios estabelecidos. A auditoria do setor público é essencial, pois, fornece aos órgãos legislativos e de controle, bem como aos responsáveis pela governança e ao público em geral, informações e avaliações independentes e objetivas acerca da gestão e do desempenho de políticas, programas e operações governamentais. As EFS estão a serviço desse objetivo como importantes pilares dos sistemas democráticos e como mecanismos de governança nacionais, e desempenham um importante papel no aperfeiçoamento da administração pública ao enfatizar os princípios de transparência, accountability, governança e desempenho. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!4:!∀#!22 ! ! As auditorias do setor público partem de objetivos que podem ser distintos (programa de governo, demonstrações financeiras, licitações, etc.), dependendo do tipo de auditoria que está sendo realizada. No entanto, todas elas contribuem para a boa governança: !! Fornecendo aos usuários previstos, com independência, informações objetivas e confiáveis, conclusões ou opiniões baseadas em evidência suficientes e apropriada, relativas às entidades públicas. !! Aperfeiçoando a accountability e a transparência, promovendo melhorias contínuas e permanente confiança no uso apropriado de recursos e bens públicos e no desempenho da administração pública. !! Fortalecendo a efetividade1 dos órgãos que, dentro do ordenamento constitucional, exercem funções gerais de controle e correição sobre o governo, bem como dos responsáveis pela gestão de atividades financiadas com recursos públicos. !! Criando incentivos para mudança ao proporcionar conhecimento, análises abrangentes e recomendações bem fundamentadas para aprimoramentos. Em geral, as auditorias do setor público podem ser classificadas em um ou mais de três tipos principais, sendo que os objetivos de cada auditoria irão determinar as normas que lhe são aplicáveis. Tipos de auditoria do setor público Os três tipos principais de auditoria do setor público são definidos como segue: FINANCEIRA Foca em determinar se a informação financeira de uma entidade é apresentada em conformidade com a estrutura de relatório financeiro e o marco regulatório aplicável. Isso é alcançado obtendo-se evidência de auditoria suficiente e apropriada para permitir o auditor expressar uma opinião quanto a estarem as informações financeiras livres de distorções relevantes devido a fraude ou erro. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!41!∀#!22 ! ! OPERACIONAL Foca em determinar se intervenções, programas e instituições estão operando em conformidade com os princípios de economicidade, eficiência e efetividade, bem como se há espaço para aperfeiçoamento. O desempenho é examinado segundo critérios adequados, e as causas de desvios desses critérios ou outros problemas são analisados. O objetivo é responder a questões-chave de auditoria e apresentar recomendações para aperfeiçoamento. CONFORMIDADE Foca em determinar se um particular objeto está em conformidade com normas identificadas como critérios. A auditoria de conformidade é realizada para avaliar se atividades, transações financeiras e informações cumprem, em todos os aspectos relevantes, as normas que regem a entidade auditada. Essas normas podem incluir regras, leis, regulamentos, resoluções orçamentárias, políticas, códigos estabelecidos, acordos ou os princípios gerais que regem a gestão financeira responsável do setor público e a conduta dos agentes públicos. As EFS podem realizar auditorias ou outros trabalhos sobre qualquer tema de relevância para as responsabilidades de gestores e responsáveis pela governança e o apropriado uso de recursos públicos. As EFS podem realizar auditorias combinadas, incorporando aspectos financeiros, operacionais e/ou de conformidade. ! Financeira: opinião sobre as demonstrações. Operacional: eficiência, economicidade e efetividade. Conformidade: comparação com normas utilizadas como critérios. Cabe lembrar que, pelas normas do TCU, os tipos de auditoria ainda são: regularidade, que engloba auditoria contábil e de conformidade;e operacional. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!43!∀#!22 ! ! 3.1.3 Elementos de Auditoria do Setor Público A auditoria do setor público é indispensável para a administração pública, uma vez que a gestão de recursos públicos é uma questão de confiança. A auditoria aumenta a confiança dos usuários previstos, fornecendo informações e avaliações independentes e objetivas a respeito de desvios dos padrões aceitos ou dos princípios de boa governança. Todas as auditorias do setor público contam com os mesmos elementos básicos: o auditor, a parte responsável, os usuários previstos (as três partes da auditoria), os critérios para avaliar o objeto e a informação resultante da avaliação do objeto. Os trabalhos de auditoria no setor público podem ser classificados em dois tipos diferentes: trabalhos de certificação e trabalhos de relatório direto. As três partes As auditorias do setor público envolvem pelo menos três partes distintas. A relação entre as partes deve ser vista no contexto específico do ordenamento constitucional para cada tipo de auditoria. !! O auditor: na auditoria do setor público, o papel de auditor é desempenhado pelo Titular da EFS e pelas pessoas a quem é delegada a tarefa de conduzir auditorias. !! A parte responsável: na auditoria do setor público, as principais responsabilidades são determinadas pelo ordenamento constitucional ou legal. As partes responsáveis podem ser responsáveis pela elaboração da informação sobre o objeto, pela gestão do objeto ou por atender recomendações acerca do objeto, e podem ser pessoas ou organizações. !! Os usuários previstos: as pessoas, organizações ou grupos destas para quem o auditor elabora o relatório de auditoria. Os usuários previstos podem ser órgãos legislativos ou de controle, responsáveis pela governança ou o público em geral. Objeto, critérios e informação sobre o objeto O objeto refere-se à informação, condição ou atividade que é mensurada ou avaliada de acordo com certos critérios. Pode assumir várias formas e ter diferentes características, dependendo do objetivo da auditoria. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!44!∀#!22 ! ! Os critérios são as referências usadas para avaliar o objeto. Cada auditoria deve ter critérios adequados às circunstâncias daquela auditoria. Critérios podem ser específicos ou mais gerais, e podem ser extraídos de várias fontes, incluindo leis, regulamentos, padrões, princípios sólidos e boas práticas. Os critérios devem estar disponíveis para os usuários previstos para lhes permitir entender como o objeto foi avaliado ou mensurado. A informação sobre o objeto refere-se ao resultado da avaliação ou mensuração do objeto de acordo com os critérios. Tipos de trabalho Existem dois tipos de trabalho: !! Nos trabalhos de certificação a parte responsável mensura o objeto de acordo com os critérios e apresenta a informação do objeto, sobre a qual o auditor então obtém evidência de auditoria suficiente e apropriada para proporcionar uma base razoável para expressar uma conclusão. !! Nos trabalhos de relatório direto é o auditor quem mensura ou avalia o objeto de acordo com os critérios. O auditor seleciona o objeto e os critérios, levando em consideração risco e materialidade. O resultado da mensuração do objeto de acordo com os critérios é apresentado no relatório de auditoria na forma de achados, conclusões, recomendações ou de uma opinião. As auditorias financeiras são sempre trabalhos de certificação, uma vez que são baseadas em informações financeiras apresentadas pela parte responsável. As auditorias operacionais são, normalmente, trabalhos de relatório direto. As auditorias de conformidade podem ser trabalhos de certificação, de relatório direto ou ambos ao mesmo tempo. Constituem o objeto ou a informação sobre o objeto nos três tipos de auditoria cobertos pelos ISSAI os seguintes: !! Auditoria financeira: o objeto é a posição financeira, o desempenho, o fluxo de caixa ou outros elementos que são reconhecidos, mensurados e apresentados em demonstrações financeiras. A informação sobre o objeto são as demonstrações financeiras. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!45!∀#!22 ! ! !! Auditoria operacional: o objeto é definido pelos objetivos e questões de auditoria. Os objetos podem ser programas específicos, entidades, fundos ou certas atividades (com seus produtos, resultados e impactos), situações encontradas (incluindo causas e efeitos), assim como informações financeiras ou não financeiras sobre qualquer um desses elementos. O auditor mensura ou avalia o objeto para avaliar a extensão na qual os critérios estabelecidos foram ou não atendidos. !! Auditoria de conformidade: o objeto é definido pelo escopo da auditoria. Podem ser atividades, transações financeiras ou informações. Em trabalhos de certificação sobre conformidade, o auditor foca na informação sobre o objeto, que pode ser uma declaração de conformidade com uma estrutura de relatório estabelecida e padronizada. Confiança e asseguração na auditoria do setor público Os usuários previstos desejam ter segurança sobre a confiabilidade e relevância da informação que eles utilizam como base para a tomada de decisões. Portanto, as auditorias devem fornecer informação baseada em evidência suficiente e apropriada, e os auditores devem executar procedimentos para reduzir ou administrar o risco de chegar a conclusões inadequadas. O nível de asseguração que pode ser fornecido aos usuários previstos deve ser comunicado de forma transparente. Contudo, devido a limitações que lhes são inerentes, as auditorias nunca poderão oferecer uma asseguração absoluta. Dependendo da auditoria e das necessidades dos usuários previstos, a asseguração pode ser comunicada de duas maneiras: !! Por meio de opiniões e conclusões que transmitem explicitamente o nível de asseguração. Isso se aplica a todos os trabalhos de certificação e a certos trabalhos de relatório direto. !! De outras formas. Em alguns trabalhos de relatório direto, o auditor não dá uma declaração explícita de asseguração sobre o objeto. Em tais casos, o auditor fornece aos usuários o grau de confiança necessário descrevendo explicitamente como achados, critérios e conclusões foram desenvolvidos, de uma maneira equilibrada e razoável, e porque as combinações de achados e critérios resultaram em uma determinada conclusão geral ou recomendação. !∀#∃%&∋∃()∗&+,∋−(.,−%(/)012∋∃3∀−(∃4)#,)5&−%(4 2,&∋∃(),),6,∋787∃&4)7&.,−%(#&4) 9∋&:)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)<)!∀/()=>! ! 9∋&:?)5/(∀#,−∃∋);∋∃%&)))))))))))))))))))!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!46!∀#!22 ! ! A asseguração pode ser de dois tipos: A asseguração razoável é alta, mas não absoluta. A conclusão da auditoria é expressa de forma positiva, transmitindo que, na opinião do auditor, o objeto está ou não em conformidade em todos os aspectos relevantes, ou, quando for o caso, que a informação sobre o objeto fornece uma visão verdadeira e justa, de acordo com os critérios aplicáveis. Ao fornecer uma asseguração limitada, a conclusão da auditoria
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