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RESUMO - VANTAGENS E DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA BIOMASSA DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS

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RESUMO DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA BIOMASSA DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS
A biomassa de macrófitas aquáticas pode ser utilizada pelo homem de várias maneiras, como na alimentação humana, ração para bovinos, fertilização do solo, fertilização de tanques de piscicultura, medicamento e manifestação cultural. Cada tipo de utilização possui vantagens e desvantagens, como mostrado a seguir.
Na alimentação humana, os rizomas, os frutos e as sementes são as partes das macrófitas aquáticas que têm sido mais utilizadas. As sementes são ingeridas cruas ou assadas, ou transformadas em farinha, com a qual pode-se fazer pães e biscoitos. A macrófita aquática mais importante na alimentação humana é Oryza sativa, o arroz, sendo esta uma das plantas mais importantes na dieta de mais de 50% da humanidade. No Brasil, uma das macrófitas aquáticas mais utilizadas na alimentação humana é o agrião, além de espécies da família das Aráceas, conhecidas como inhames ou taiás.
Já a utilização como ração para bovinos, considerando por base o peso seco das macrófitas aquáticas, sua composição quanto a proteínas, lipídios, amido e carboidratos solúveis, frequentemente supera os valores obtidos para plantas utilizadas como forragem. O alto teor de água é o principal fator limitante na utilização de macrófitas aquáticas frescas como forragem, e para a secagem eficiente da biomassa das macrófitas necessita-se de muita energia, tornando difícil sua utilização como forragem. A administração de biomassa de macrófitas isoladamente tem como conseqüência imediata a queda de peso destes animais e diarréia. Além do alto teor de água das macrófitas aquáticas, a baixa palatabilidade associada ao alto teor de compostos fenólicos, presença frequente de oxalato de cálcio e alta concentração de sais minerais também podem atuar negativamente na redução do seu valor nutritivo. 
Para a fertilidade do solo, várias espécies de macrófitas aquáticas têm sido utilizadas. Os solos lateríticos são os mais adequados para serem adubados com macrófitas aquáticas, devido ao alto teor de potássio destas plantas. Outra vantagem da adubação com macrófita aquática é a possibilidade de se aumentar o grau de umidade do solo. Por outro lado, é o alto teor da água que reduz seu valor como adubo, devido ao grande volume e à pouca contribuição como matéria orgânica para o solo. Utilizando biomassa seca e moída, misturando-a com fertilizantes comerciais, somente em poucos casos a utilização como adubo no solo é vantajosa, devido a gastos com a coleta, transporte e secagem da biomassa. A utilização das cinzas de macrófitas aquáticas pode ser um possível meio de enriquecer o solo com nutrientes, no entanto, aspectos como perda de nitrogênio provocada pela a queima de biomassa; dificuldade de secagem da biomassa em regiões úmidas ou de longos períodos chuvosos devem ser considerados. 
Como fertilizante, a biomassa de macrófitas aquáticas tem sua melhor aplicação em tanques de piscicultura. Seu princípio baseia-se no aumento de indivíduos que constituem a cadeia alimentar de peixes e não como fonte direta de alimento para estes.
Na medicina popular, poucas espécies de macrófitas aquáticas têm sido utilizadas com alguma frequência, pois muitas possuem produtos tóxicos que retardaram sua utilização na medicina. Pistia stratiotes foi utilizada para combater inflamações na pele e inflamações urinárias. O suco desta espécie em combinação com açúcar e água de rosas foi utilizado como eficiente medicamento contra asma e tosse. Outra espécie muito utilizada é Acorus calamus, seu rizomajá era utilizado para combater doenças de olhos, tosse, dor de dentes e garganta. Echinodorus macrophyllus é utilizada na terapia de infecções renais e hepáticas, enquanto Victoria amazonica no combate às infecções respiratórias. Em muitas regiões no Brasil, utiliza-se xaropes de agrião no combate às inflamações do aparelho respiratório, especialmente como expectorante.
Como elemento cultural, há muitos séculos as macrófitas aquáticas têm desempenhado importante em vários povos, como os hindus. Estas manifestações culturais foram, e ainda são expressas através da pintura em teias e em porcelanas, esculturas, vestimentas e adornos. Pelos escritores antigos, Nelumbo nua/era era uma planta que simbolizava a nobreza, notadamente na Índia, tanto assim que, durante muito tempo, os nobres usavam coroas estampadas com esta planta. No Japão e China, essa planta é o símbolo do verão. Para os hindus e budistas, a macrófita aquática Nelumbo nuc~fera (nativa da lndia) corresponde ao símbolo da criação cósmica. A construção de jardins aquáticos foi uma prática muito comum na Ásia antiga. Na Europa, tornou-se um hábito em construções públicas e grandes residências a partir do século XVII. No início deste século, a prática de se cultivar jardins aquáticos na Europa tornou-se de tal maneira difundida, que surgiram inúmeras firmas especializadas na construção de tais jardins. 
Como pode ser observado, o homem pode utilizar estes vegetais de muitas maneiras. O uso da biomassa de macrófitas aquáticas era uma prática muito freqüente, especialmente na Grécia antiga, Ásia e África. Muito embora atualmente a utilização da biomassa de macrófitas aquáticas não seja tão frequente quanto no passado, esta prática pode exercer importante papel econômico.

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