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Importância da Microbiologia e Bioprocessos na Engenharia Ambiental Palestrante: Profa. Dra. Luciane Colla Biotecnologia ambiental Conjunto de técnicas que permitem a diminuição do impacto das poluições no meio ambiente, seja em meios urbanos ou rurais Biorremediação Inoculantes agrícolas Biofertilizantes Bioinseticidas Biossurfactantes Compostagem Fitorremediação Tratamento de resíduos domésticos Produção de microalgas para biocombustíveis Produção de biogás A PETase é mostrada em azul com uma cadeia de PET (amarelo) ligada a seu sítio ativo, onde o polímero é degradado. Microrganimos, evolução e ciclos biogeoquímicos Fonte: Microbiologia de Brock - Michael T. Madigan, John M. Martinko, Paul V. Dunlap e David P. Clark Ciclo do C • CO2 – forma mais oxidada do carbono – estado de oxidação = +4 – bom aceptor de elétrons (na fotossíntese é o aceptor de elétrons) • CH4 – forma mais reduzida do carbono – estado de oxidação = -4 – bom doador de elétrons • Outras formas de C – carboidratos (0), ácido acético (0), ácido propiônico (-0,66), ácido butírico (-1) possuem estados de oxidação intermediários – úteis em processos de fermentação Reações de fixação do carbono – reações de redução do Carbono Reações de oxidação do carbono Reações de oxidação do carbono VIAS METABÓLICA DE OXIDAÇÃO INTEGRADAS Na respiração anaeróbia aceptores de elétrons ao final da CTE podem ser nitratos e sulfatos A energia necessária para a fixação de carbono nos quimioautotróficos pode vir de reações dos ciclos do Nitrogênio e Enxofre Exemplo Nitratos (N +5) recebem elétrons passam a nitritos (N+3) (desnitrificação) Exemplo Nitritos doam elétrons para síntese de ATPs nitritos (nitrificação) • Etapas – Fixação biológica • Conversão do nitrogênio atmosférico até amônia • (bactérias, cianobactérias, leguminosas-simbiose com bactérias) • Necessitam da enzima nitrogenase (heterocistos: compartimentos celulares que contém a enzima) – Amonificação • Proteínas são convertidas em aminoácidos e estes são desaminados formando amônia • Proteínas são hidrolisadas por proteases liberadas pelos micro-organismos decompositores – Nitrificação • Conversão da amônia em nitritos e nitratos através de micro-organismos (PROCESSO AERÓBIO) – Desnitrificação • Nitratos são convertidos em nitrogênio gasoso através de micro-organimos (PROCESSO ANAERÓBIO) • Formas reduzidas (doadores de elétrons) – H2S e S – Doadores de elétrons na oxidação aeróbica de compostos inorgânicos com fixação de CO2 na ausência de luz – Ocorre na presença de agentes oxidantes como O2 – H2S é usado como doador de elétrons na fotossíntese anoxigênica • Formas oxidadas (aceptores de elétrons) – SO4 -2, SO3 -2 – Receptores de elétrons na respiração anaeróbia (condições anóxicas) – Ocorre em sedimentos ricos em matéria orgânica – Podem ser convertido novamente em H2S por procarióticos (SO4) -2 – Utilizado na síntese de proteínas (aminoácidos sulfurados) formas reduzidas (S-2) formas oxidadas (SO4) -2 Nox (-2) Nox (+6) Processos e bioprodutos de interesse industrial e na biotecnologia ambiental • Enzimas • Biossurfactantes • Microalgas e outras biomassas microbianas • Biorremediação • Biossorção • Biocombustíveis • Biocimentação • Biodegradações Exemplos de bioprodutos Exemplos processos que usam microrganismos ou enzimas ou outros bioprodutos Mas não limitados a estes Etapas de um bioprocesso genérico para obtenção de bioprodutos Fermentação em estado sólido Fermentação submersa Enzimas A Biotecnologia ambiental pode se ocupar de produzir e de usar enzimas Produção de enzimas valoração de resíduos agroindustriais fermentação submersa e em estado sólido Uso de enzimas em bioprocessos, biorremediações, biodegradações, biocombustíveis Enzimas de aplicação ambiental Celulases Amilases Pectinases Lipases PET “ASES” Exemplo de processo de produção e uso de enzimas Surfactantes ou tensoativos Estrutura: moléculas constituídas de: grupo polar (hidrofílico) – afinidade com água grupo apolar (hidrofóbico) – afinidade compostos insolúveis em água Exemplo de estrutura de um tensoativo BS favorecem captação/utilização de substratos hidrofóbicos Ação dos biossurfactantes sobre petróleo Metal ( )adsorvido na superfície do solo Sorção das moléculas biossurfactantes nas interfaces entre solo e água e complexo metal Precipitação do biossurfactante para fora do complexo. Desorsão do complexo metal-biossurfactante da matriz do solo para a solução e incorporação do metal com as micelas. Ação dos biossurfactantes sobre remoção de metais Remoção de metais do solo Exemplos de uso de resíduos agroindustriais na produção de biossurfatantes Substrato Classe química BS Microrganismo Referência Efluente óleo oliva ramnolipídeos Pseudomonas sp. Mercadé et al., 1993 Água lavagem batatas surfactina B. subtilis Fox & Bala, 2000 Melaço surfactina B. subtilis Makkar & Cameotra, 1997 Melaço lipopeptídeos B .liqueniformis, B. subtilis Joshi et al, 2008 Soro de leite soforolípideos C. bombicola Daniel et al, 1999 Soro de leite lipopeptídeos B.liqueniformis, B. subtilis Joshi et al, 2008 Borra óleo soja ramnolipídeos P. aeruginosa Nitschke et al, 2005 Resíduos óleo girassol ramnolipídeos P. aeruginosa Benincasa & Accorsini, 2008 Manipueira surfactina B. subtilis Nitschke & Pastore, 2006 Manipueira ramnolipídeos P. aeruginosa Costa et al, 2009 Cascas de laranja ramnolipideos P. aeruginosa George & Jayachandran, 2009 Resíduos refino óleos glicolipídeos C. antarctica , C. apicola Bednarski et al, 2004 Glicerol ramnolipídeos P. aeruginosa Wadekar et al, 2010 Bagaço cana (FES) ramnolipídeos P. aeruginosa Camilios Neto et al, 2008 37 PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTES A PARTIR DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS PARA APLICAÇÃO EM PROCESSOS DE BIORREMEDIAÇÃO Caracterização dos Resíduos Produção de Biossurfactantes Recuperação e Identificação dos Biossurfactantes Aplicação dos biossurfactantes em processos de biorremediação Soro de Leite Permeado da Ultrafiltração do Soro de Leite Estudo do Meio de Cultivo Precipitação Análises: sais, gordura, proteína, lactose, sólidos totais e umidade Análises: concentração de biomassa, tensão superficial, atividade emulsificante óleo/água, água/óleo Análises: tensão superficial, espectrometria de massa Montagem dos experimentos com o contaminante e biossurfactante Análises: umidade, evolução de CO2, óleos e graxas, contagem de microrganismos heterotróficos, cromatografia gasosa 26,02 mN/m 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en são S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) 20 25 30 35 40 45 0 2 5 T en sã o S u p er fi al ( m N /m ) Tempo (d) T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 T11 T12 T13 T14 T15 T16 Então....biossurfactantes • O que são? • Para que servem? • Como e onde são produzidos? • Como estimular a produção de biossurfactantes por microrganismos? • Por que isso é importante? • Quais os desafios da área? Técnicas de Biorremediação 1. Bioventilação/ Bioventing 2. Aspersão de ar/air sparging 3. Landfarming 4. Compostagem 5. Biopilhas 6. Biobarreiras 7. Fitorremediação 8. Injeção de inóculo 9. Biorreatores 10.Sistema de recirculação de água biodiesel diesel AN e controles fico Spirulina Sulfato amônio Spirulina fico Sulfato amônio • Bioestimulação afeta a capacidade de retenção do contaminante no solo • Presença de nutrientes e umidade cria condições favoráveis à migração do contaminante no solo NPK BIOMASSA Polissacarídeos/proteínas/ lipídios/hidrocarbonetos BIORREMEDIAÇÃO BIOSSORÇÃO BIOCOMBUSTÍVEL Meio Ambiente Medicamentos Ind. Alimentos MICROALGA CO2 MICROALGA O2 MICROALGA ATP Luz Condições de cultivo para microalgas Figura 1: Produção de microalgas em larga escala – tanques abertos (“raceway ponds”) Figura 4: Imagem 3D de uma fábrica de produção de Microalgas em larga escala no deserto Aplicações ambientais de microalgas • Matéria prima para obtenção de biocombustíveis • Biossorventes • Pós-tratamento de efluentes • Remoção de poluentes emergentes • Bioestimulantes em processos de biorremediação Potencial das microalgas para biocombustíveis Figura 7: Etapas de produção de Bioetanol Processo produção Etanol Biossorção Diagrama do processo de biossorção Biossorção ativa Biossorção passiva C o n cl u sõ es Estude microrganismos Estude metabolismo microbiano Estude os processos enzimáticos Aprofunde para as interações entre os processos biológicos+químicos+físicos Na biotecnologia ambiental há muitas possibilidades para a engenharia ambiental
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