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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO GRADUAÇÃO BACHARELADO EM BIOMEDICINA VINÍCIOS EDUARDO HOLANDA DA SILVA TRANSPORTE ENTRE MEMBRANAS CELULARES Fluxo molecular e iônico das proteínas CRUZEIRO DO SUL 2019 VINICIOS EDUARDO HOLANDA DA SILVA TRANSPORTE ENTRE MEMBRANAS CELULARES Fluxo molecular e iônico das proteínas Portfolio descritivo apresentado ao Curso de Graduação Bacharelado de Biomedicina do Centro Universitário Claretiano, a ser utilizado como diretrizes para obtenção de aprovação no trabalho de conclusão do 2° semestre da disciplina de Biologia humana. Orientador(a): Prof. Mestre Carla Fernanda Coelho de Melo Sampaio. CRUZEIRO DO SUL 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO_____________________________________________________04 2. DESENVOLVIMENTO______________________________________________05 2.1. Quais são os componentes das membranas plasmáticas?________________07 2.2. Definição de transporte celular_____________________________________07 3. CONCLUSÃO______________________________________________________09 4. REFERÊNCIAS____________________________________________________10 4 1 INTRODUÇÃO Com base na ótica descrita no artigo do autor Carlos Moacir Colodete, este portfolio expõem os mecanismos e os componentes que participam do transporte de substâncias entre as células, enfatizando principalmente as proteínas carregadoras como as bombas de prótons, e como ocorre o processo de regulação iônica da célula. Por fim, outros aspectos serão apresentados sobre a composição da membrana plasmática e a definição do transporte celular, com o objetivo de complementar os conhecimentos analisados no artigo. 5 2 DESENVOLVIMENTO Tópico 1: A membrana plasmática também transmite informações sobre o ambiente físico, com sinais moleculares enviados de outras células e sobre a presença de patógenos invasores. Constantemente os processos de transdução de sinais são mediados por mudanças no fluxo iônico. Além disso, a extensão com o qual uma membrana permite ou restringe o movimento de uma substância é denominada permeabilidade de membrana. A permeabilidade depende das propriedades químicas do soluto em questão e da composição lipídica da membrana, assim como das proteínas de membrana que facilitam o transporte de substâncias. (COLODETE, 2013, p.44). Conforme Colodete (2013), as células possuem a capacidade de detectar os acontecimentos ao seu redor, respondendo simultaneamente aos sinais enviados das células vizinhas e do meio extracelular. Através dos receptores que residem na membrana plasmática é possível para célula perceber a presença de patógenos invasores por meio dos sinais enviados por outras células vizinhas, para que essas moléculas possam adentrar ou retirar-se do meio intracelular é necessário que tenham a composição e carga iônica que a célula necessita no momento, esse processo é chamado de permeabilidade da membrana. Posto que a mesma depende das propriedades químicas do soluto, que neste caso, a molécula deve ser lipossolúvel para atravessar a bicamada lipídica da membrana, assim como o transporte através das proteínas de canais dependem da carga iônica da molécula para a regulação da voltagem da célula e neste processo facilitando a entrada de substâncias especificas. Tópico 2: As proteínas de membrana que catalisam o transporte ativo primário são chamadas de bombas (Figura 1C), e na sua maioria transportam íons, como H+ ou Ca2+. Entretanto, as bombas que pertencem à família de transportadores do tipo cassetes ligadores de ATP, podem transportar grandes moléculas orgânicas. As bombas iônicas (Figura 1C) podem ser ainda caracterizadas como eletrogênicas ou eletroneutras. Em geral, o transporte eletrogênico refere-se ao transporte de íons envolvendo o movimento líquido de cargas através da membrana. Por outro lado, o transporte eletroneutro, não envolve qualquer movimento líquido de cargas. (COLODETE, 2013, p.45). Em conformidade com Colodete (2013) as proteínas responsáveis por realizar o transporte ativo onde a gasto energético da célula, são denominadas de “Bombas”. Cabe a maioria o transporte de íons, porém, bombas classificadas como transportadoras que utilizam ATP são capazes conduzir grandes moléculas orgânicas. Classificadas em eletrogênicas, cuja função é a manutenção da voltagem da membrana através da troca de íons de hidrogênio ao invés de sódio e potássio por meio do movimento líquido de cargas. Já as bombas eletroneutras 6 desenvolvem a mesma função, porem sem a necessidade de qualquer movimento líquido de cargas. Tópico 3: O vacúolo é a maior organela da maioria das células vegetais, podendo compreender até 90% do espaço intracelular, contendo a maior fração de solutos celulares (TAIZ & ZEIGER, 2010). Entretanto uma vez que as plantas aumentam de tamanho, principalmente pela absorção de água pelos grandes vacúolos centrais, a pressão osmótica do vacúolo precisa ser mantida suficientemente alta para que a água do citoplasma penetre nele. O tonoplasto regula o trânsito de íons produtos metabólicos entre o citosol e o vacúolo, da mesma forma que a membrana plasmática regula a absorção pela célula (COLODETE, 2013, p.47). O vacúolo é uma grande organela típica da célula vegetal. Apresenta uma membrana denominada tonoplasto e possui em seu interior uma série de substâncias que formam o suco celular. Segundo Colodete (2013) A osmose na célula vegetal depende da pressão osmótica exercida pela solução do vacúolo, forçando a entrada de água na célula vegetal. O tonoplasto é uma membrana lipoproteica que delimita os vacúolos das células vegetais, regula o transporte de íons e produtos metabólicos, que acontece devido à atividade de uma bomba de próton no tonoplasto. Dois tipos de ATPase’s irão gerar a força protomotriz para possibilitar o transporte de solutos. Tópico 4: Em plantas a enzima está localizada na membrana do tonoplasto (V-H+ -PPase) funcionando como bomba de prótons acoplada a hidrólise de pirofosfato inorgânico (PPi) e na acidificação do vacúolo. Pesquisas recentes sugerem que esta H+ -PPase pode também residir em outras membranas celulares e que ela contribui para a regulação do transporte de auxinas, crescimento e desenvolvimento vegetal (LI et al., 2005). Segundo GAXIOLA et al., (2007), foi descrito que o nível de V-PPase em plantas é estimulado em resposta aos estresses energéticos, incluindo o frio, anoxia e hipoxia os quais induzem um aumento na transcrição da pirofosfatase (PPase) (COLODETE, 2013, p.49). As duas bombas de prótons transmembranares funcionam como sistemas de transporte primário nas células vegetais e ambas as enzimas geram uma diferença de potencial eletroquímico de prótons através da membrana vacuolar. Utilizam o gradiente eletroquímico de prótons gerado pelos transportadores primários para transportar auxina, e auxiliando no desenvolvimento do vegetal. As premissas de Colodete (2013) e GAXIOLA (2007), apontam que a específica bomba de prótons V-PPase é estimulada ao acumulo e desregulação iônica da célula, e a condições climáticas como o frio. Tópico 5: Em tecidos em desenvolvimento, RNAs, proteínas e celulose são ativamente sintetizados para a construção de células, e como resultado, uma grande quantidade de PPi é produzido como um co-produto destes processos metabólicos.7 Assim, a H+ -PPase recolhe o PPi no citosol e o usa como fonte de energia para o transporte de prótons em vacúolos em expansão (MAESHIMA, 2000) (COLODETE, 2013, p.49). Segundo a colocação no artigo de Colodete (2013). Durante o metabolismo da célula são sintetizadas diversas biomoléculas, nesse processo uma grande quantidade de PPi é produzido como um produto de uma atividade de produção conjunta das reações metabólicas. Logo, a bomba de prótons PPase absorve o PPi disperso no citosol da célula, e o usa como fonte energética para o transporte e regulação dos prótons nos vacúolos em crescimento. 2.1 Quais são os componentes das membranas plasmáticas? A membrana plasmática é constituída principalmente por fosfolipídios, colesterol e proteínas, por este motivo também pode ser definida como lipoprotéica. Sabemos que os lipídios formam uma camada dubla e continua chamada de bicamada lipídica, é fluida de consistência oleosa, onde as proteínas que nela residem mudam de posição constantemente. Funcionam como mecanismos de transporte para substâncias e íons, que se deslocam para dentro e fora da célula de acordo com a necessidade da mesma. As proteínas encontradas na membrana plasmática são: Proteínas de adesão, que facilitam a aderência em células adjacentes. Proteínas que facilitam o transporte de substâncias entre as células. Proteínas de reconhecimento, conhecidas com glicoproteínas atuam com uma espécie de “selo marcador”, sendo identificadas especificamente por outras células. Proteínas receptoras, que quando entram em contato com moléculas especificas, desencadeiam reações químicas no interior da célula. Proteínas de transporte, que desempenha o papel na difusão facilitada, formando um canal por onde passam algumas substâncias, ou no transporte ativo, em que há gasto de energia fornecida pela substância ATP. Proteínas de ação enzimática que atua como enzima na membrana quando necessário a quebra de molécula neste setor específico. Por fim, as proteínas com função de ancoragem para o citoesqueleto. Todas fazem parte da composição da membrana sendo classificadas em Integrais ou periféricas de acordo com o seu posicionamento. 2.2 Definição de transporte celular Devido o acoplamento das proteínas na bicamada lipídica, estas funcionam como verdadeiros poros na membrana plasmática e outras como receptores. Por conta destas características a membrana é capaz de selecionar o que entra e saí da célula, garantindo assim a manutenção do meio intracelular. 8 Este meio de transporte é classificado em dois tipos: Transporte passivo e ativo, que são definidos principalmente se haverá gastos ou não de energia por parte da célula nesta atividade de transporte das moléculas. No transporte passivo pode ocorrer três formas de transportamento, a difusão simples, onde moléculas e íons se deslocam de forma natural do local de maior concentração para o de menor quantidade. Osmose, nesse tipo de transporte, o soluto não se move, mas sim, o solvente. Ela ocorre entre dois meios aquosos que são separados por uma membrana semipermeável. A água difunde-se do meio menos concentrado para o mais concentrado através dos canais aquaporinas até que o equilíbrio seja alcançado. Enfim, a difusão facilitada que como o próprio nome já define o transporte será facilitado por algo, que no caso é uma proteína da membrana. Esse transporte acontece a favor do gradiente de concentração, mas substâncias impermeáveis estão envolvidas, por isso, a necessidade de ligação a uma proteína carreadora. O transporte ativo por outro lado, necessita do gasto de energia, especificamente o gasto da molécula de ATP, este transporte ocorre por meio de uma proteína carregadora denominada de bomba de sódio e potássio. Responsável por manter a concentração ideal dos íons na célula, a bomba de sódio bombeia sódio para fora da célula e potássio para dentro dela. Esse transporte é realizado contra os gradientes de concentração desses dois íons, o que ocorre graças à energia liberada pela quebra da molécula de ATP. 9 3 CONCLUSÃO Por meio da análise deste núcleo de conhecimento, que argumenta sobre o fluxo molecular e iônico das proteínas e o transporte em Membranas. Alcancei o entendimento de como ocorre a mobilidade de moléculas e íons por meio da membrana celular. Frisando que neste processo ocorre diferentes formas de transportamento, a principal delas por intermédio de proteínas carregadoras que funcionam como canais para a passagens dessas substâncias especificas, auxiliando na voltagem ideal da célula, e contribuindo para o desenvolvimento saudável do organismo. 10 4 REFERÊNCIAS COLODETE, C. M. Fluxo molecular e iônico das proteínas de transporte em membranas. Per spectivasonline, 2013. Disponivel em: <https://www.seer.perspectivasonline.com.br/index.ph p/biologicas_e_saude/article/viewFile/11/9>. Acesso em: 27 out. 2019. Funções das proteínas na membrana plasmática. Só Biologia, 2008. Disponivel em: <https://w ww.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia/cito6.php>. Acesso em: 28 out. 2019. Membrana plasmática. Só Biologia, 2008. Disponivel em: <https://www.sobiologia.com.br/co nteudos/Citologia/cito5.php>. Acesso em: 28 out. 2019. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Transporte ativo e passivo; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/transporte-ativo-passivo.htm. Acesso em 28 de outubro de 2019.
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