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Obturação Endodôntica: Materiais e Procedimentos

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Obturação 
Seu propósito é selar toda a cavidade endodôntica, desde sua abertura 
coronária até o seu término apical, ou seja, todo o espaço que antes 
era ocupado pela polpa. 
 
Quando não devo obturar? 
Depois do PQC, sanificação e modelagem do canal. Mas antes devemos 
avaliar: 
 Quando o paciente apresentar sintomatologia 
 Sensibilidade à percussão 
 Sensação de dente extraído 
 Dor espontânea 
 Estado pulpar 
 Polpa viva ou necrosada 
 Grau de dificuldade 
 Quando ainda há exsudato 
 Isso interfere nas propriedades físicas do 
material restaurador 
 
 
Quais as propriedades que os materiais 
devem ter? 
 Fáceis de serem introduzidos no canal 
 Selar o canal lateralmente, assim como apicalmente 
 Não contrair depois de inserido 
 Não sofrer influencia de umidade 
 Ser bactericida ou não favorecer a proliferação de 
bactérias 
 Ser radiopaco 
 Não deve manchar o dente 
 Ser facilmente removido do canal 
Materiais levados ao canal no estado 
s´ólido 
Os cones de guta percha são, atualmente, industrializados com 
tamanho e diâmetro iguais aos das limas. Portanto, facilmente 
selecionados para obturação associados a pastas e ou cimentos. 
 Possui 2 formas: Convencionais e padronizadas 
 
Figura 1 - Cones padronizados. 
 
Figura 2 - Cones convencionais. 
Vantagens 
 Plasticidade: Se adaptam facilmente às irregularidades do 
canal 
 Boa tolerância tecidual 
 Baixa toxicidade 
 Radiopacos 
 Estabilidade dimensional 
 Não alteram a cor do dente 
 Facilidade de remoção 
Desvantagens 
 Pouca adesividade 
 Necessita de cimentos endodônticos 
 Falta de rigidez para ser utilizada em canais estreitos 
 Podem ser deslocados pela pressão (sobreobturação) 
 
Se o paciente continua a apresentar problemas, a 
resolução é mais difícil se o canal estiver obturado. 
 
 
Sua finalidade é ocupar os espaços entre a guta-percha e as paredes 
do canal radicular, assim como aqueles entre os próprios cones de gp. 
Propriedades 
 Fácil inserção e remoção do canal 
 Bom tempo de trabalho 
 Endurecimento lento 
 Estabilidade dimensional 
 Bom escoamento 
 Radiopacidade 
 Não manchar a estrutura dentária 
 Deve proporcionar o selamento hermético 
 Insolúvel ou reabsorvível nos tecidos periapicais 
 Biocompatível 
 Antimicrobiano 
Tipos de cimento 
 À base de hidróxido de cálcio 
 Estabilidade dimensional 
 Baixa solubilidade 
 Alto escoamento 
 Boa adesão 
 Biocompatível 
 Antimicrobiano 
 Tempo de presa= 12 hrs 
 Resinosos 
 AH 26 
 AH PLUS 
 À base de óxido de zinco e eugenol 
 Cimento de Grossman 
 Endomethasone 
Manipulação do cimento 
 Pó no líquido 
 2 a 3 de pó e 1 de líquido 
 Espatular sobre uma placa de vidro 
Etapas prévias à obturação 
1. Seleção do cone principal 
 Selecionar de acordo com o IAF 
 Desinfetar em um pote dappen com hipoclorito de 
sódio 1% 
2. Prova do cone 
 Teste visual: Conferir o CRT com uma régua 
endodôntica 
 
 Teste tátil: Inserir o cone no canal e sentir que o 
mesmo travou 
o Travar: Sentir uma pequena resistência 
 
 Teste radiográfico: Radiografar e verificar se o 
cone atingiu o CRT 
3. Secagem do canal: Irrigar, aspirar e introduzir cones de 
papel calibrados 
 Normalmente usamos 3 cone, se a partir do 3º, o 
mesmo ainda se mostrar úmido, estamos diante 
de exsudato, ou seja, um processo inflamatório, o 
qual será necessário voltar com as 2 ultimas limas 
do PQC e colocar MIC. 
4. Manipulação do cimento 
 Manipular o cimento em uma placa de vidrou ou 
bloco de papel, utilizando uma espátula nº 24, com 
proporções iguais das pastas. 
 
 
 
 No momento da obturação, os cones principais e 
acessórios devem estar secos com gaze estéril, 
antes de serem aplicado com o cimento. 
5. Inserção do cimento 
 O cone principal ou secundário deve ser utilizado 
para levar o cimento ao interior do canal, nas 
pontas dos mesmos 
 Devemos pincel o cimento nas paredes 
 Esse processo deve ser feito até que o cimento 
flua para a câmara pulpar 
 
6. Condensação lateral 
 A partir do primeiro cone secundário, com 
espaçadores digitais de calibre adequado buscar 
espaço para a colocação dos cones secundários, 
sempre dos menores para os maiores diâmetros 
e os mais longos precedem os curtos, buscando 
maior quantidade de guta percha do terço apical 
para o cervical, com menor quantidade possível de 
cimento obturador. 
 
Iniciar a condensação lateral após a inserção do cone principal 
 
Após inserção do 1º cone secundário envolto por cimento, nova 
condensação 
 
Introduzir o cone secundário envolto com cimento rapidamente 
após remoção do espaçador 
 
Repetir a condensação e introdução de mais cones secundários 
 
Parar quando não for possível inserir mais cones 
 
 
Caso houver falhas de preenchimento, limite inadequado 
ou bolhas, necessário se faz remover toda a obturação, 
puxando todos os cones de uma só vez. 
 
 
7. Corte dos cones 
 Aquecer o calcador de paiva, aquecer e cortar os 
cones 
o Anteriores: 2mm abaixo do colo 
o Posteriores: Entrada do canal 
8. Limpeza da cavidade 
 Remover o excesso de cimento com bolinhas de 
algodão embebidas no álcool etílico 
 
9. Selamento final 
 Aplicar de 1 a 2 mm de cimento provisório, 
umedecer uma bolinha de algodão em água e 
deixar por 1 min 
 Secar e preencher a cavidade com ionômero de 
vidro, selando toda a câmara pulpar, com no 
mínimo 3mm de espessura. 
 
Cavidade selada com cimento provisório 
 
Cavidade preenchida com Ionômero

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