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MONOGRAFIA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
CLARICE CAROLYNE PEREIRA
FERNANDA PEREIRA SANTANA
MARCELO EFIGÊNIO FERREIRA JÚNIOR
VANESSA CAMPOS DE SOUZA
ABUSO SEXUAL INFANTO-JUVENILE PEDOFILIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
UBERLÂNDIA – MG
2019
CLARICE CAROLYNE PEREIRA
FERNANDA PEREIRA SANTANA
MARCELO EFIGÊNIO FERREIRA JÚNIOR
VANESSA CAMPOS DE SOUZA
ABUSO SEXUAL INFANTO-JUVENILE PEDOFILIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Monografia apresentada como requisito parcial para aprovação na disciplina de Orientação Monográfica II ministrada pelaProfessoraMaria Tereza Oliveira Ramos e orientado anteriormente por Kléber Galante Sousa, no curso de Psicologia do Centro Universitário do Triângulo, UNITRI.
UBERLÂNDIA – MG
2019
RESUMO
Este estudo possui como temática central o abuso sexual infantil e pedofilia, considerado um tema delicado estudado por psicólogos, um problema onipresente que ocorre com frequência independente da origem e cultura das vítimas. Objetiva descrever o abuso sexual infantil, a pedofilia e a relação com a Psicologia, uma vez que esses transtornos geram severas consequências à saúde mental e física das crianças e adolescentes vitimizados. Denota relevância devida sua contribuição social ao relacionar informações acerca do abuso sexual e da pedofilia, sua ocorrência, demandas patológicas, comportamentos específicos e prováveis dos abusadores. Diante disso é possível modificar o cenário de violência, através da construção de ambientes que sejam acolhedores e inclusivos nos diversos espaços utilizados pelas crianças e adolescentes. A pesquisa configura um estudo monográfico de revisão bibliográfica, por meio de artigos publicados entre 2012 a 2017, obtidos em pesquisas realizadas na base de dados Scielo, Pepsico e Lilacs, utilizando-se dos seguintes descritores: Abuso sexual infanto-juvenil, pedofilia, Abusador/Abusado, tratamento psicológico para crianças abusadas sexualmente, quais os tipos que tratamentos psicológicos para pedófilos/abusadores. Foram encontradas 35 publicações, mas com o refinamento feito, somente 6 artigos atenderam aos critérios de inclusão, com objetivo descritivo de abordagem quantitativa em torno do tema de Abuso sexual e Pedofilia. Conclui-se que a pedofilia é um transtorno psiquiátrico e passível de tratamento, assim como o abuso sexual.Sugere-se então, o uso do tratamento psicanalítico como ferramenta para auxiliar as vítimas de abuso sexual na infância. Assim, é necessário que novas pesquisas sejam realizadas a fim de melhor compreender e desenvolver o tema do presente trabalho.
Palavras-chave: Abuso Sexual, Pedofilia, Abusadores e Abusados.
ABSTRACT
This study has as its central theme child sexual abuse and pedophilia, considered a delicate subject studied by psychologists, a ubiquitous problem that occurs frequently independently of the origin and culture of the victims. It aims to describe child sexual abuse, pedophilia and the relationship with psychology, since these disorders generate severe consequences to the mental and physical health of children and adolescents victimized. It denotes its social contribution due relevance when it relates information about sexual abuse and pedophilia, its occurrence, pathological demands, specific and probable behaviors of abusers. Given this, it is possible to modify the scenario of violence, through the construction of environments that are welcoming and inclusive in the various spaces used by children and adolescents. The research establishes a monographic study of bibliographic review, through articles published between 2012 to 2017, obtained in research carried out in the database Scielo, Pepsico and Lilacs, using the following descriptors: Sexual abuse of children and adolescents, pedophilia, Abuser / Abused, psychological treatment for sexually abused children, what types do psychological treatments for pedophiles / abusers. We found 35 publications, but with the refinement made, only 6 articles met the inclusion criteria, with a descriptive objective of quantitative approach around the theme of Sexual Abuse and Pedophilia. It is concluded that pedophilia is a psychiatric disorder that is amenable to treatment, as well as sexual abuse. We suggest the use of psychoanalytic treatment as a tool to help victims of childhood sexual abuse. Thus, it is suggested that new research be done in order to better understand and develop the theme of this work.
Keywords: Sexual Abuse, Pedophilia, Abusers and Abusers.
1. INTRODUÇÃO
Este estudo possui como temática central o abuso sexual infantil e pedofilia, considerado um tema delicadoestudado por psicólogos, um problema onipresente, que ocorre com uma frequência considerável esempre relatado em meios midiáticos, através do jornalismo, redes sociais, revistas, artigos e livros. A incidência ocorre independente da origem, cultura ou raça destas criançasviolentadas sexualmente(FURNISS, 1993).
Segundo Swanston (2003), com maior predominância entre os abusadores sexuais reincidentes, o abuso sexual na infância para a vitimização sexual na idade adultaé visto como fator de risco, independentemente da atuação familiar (MESSMAN-MOORE & BROWN, 2004)para a evolução de psicopatologias futuras (MOLNAR, 2001).
Para ser considerado abuso sexual, os atos devem ser cometidos por uma pessoa responsável pelo cuidado da criança e caracteriza-se por uma agressão sexual que inclui relação sexual contra a vontade da vítima (DEPANFILIS & SALUS, 1992).
Finkelhor e Hotaling (1984) explanam que as definições de abuso sexual devem incluir as diferenças de idade e o tipo de comportamento envolvido,considerados como elementos de coerção. Assim, deve haver uma diferença de idade de cinco anos ou mais quando a vítima é menor de 12 anos e uma diferença de dez anos ou mais quando a criança tiver entre 13 e 16 anos. Entretanto, o uso de força, de ameaça ou de abuso da autoridade, independentemente das diferenças de idade, sempre deveria ser considerado um comportamento abusivo.
Indivíduos abusadores, em sua maioria, participam do convívio intrafamiliar, como pais, tios/tias, avôs, primos, irmãos, amigos próximos da família ou pessoas de confiança das vítimas. A partir desta posição de confiança o pedófilo utiliza – se de atitudes persuasivas, através de falas ou histórias, para que as mesmas não revelem os seus atos, dificultando a descoberta de tais atitudes. Embora possua incidência menor, os abusos sexuais em âmbitos extrafamiliares, não podem ser descartados e são geralmente provocadospor vizinhos, professores, figuras religiosas ou desconhecidos, culminando, por vezes, em óbitos (FILHO, 2002).
Apesar da relevância desta questão, o poder público demonstra dificuldades para a criação de medidas efetivas para alteração da realidade. Atualmentea psiquiatria e psicologia vemgerando avanços no estudo sobre as condutas de abusadores, culminando em esclarecimentos sobre o abuso sexual e a pedofilia (FURNISS,1993).
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mental(DSM-IV, 1995), a pedofilia se enquadra nos Transtornos Sexuais e da identidade de gênero, o qual considera as disfunções sexuais, as parafilias e os transtornos da identidade de gênero.
Os gêneros que buscam sua satisfação sexual por estímulos sexuais incomuns, tendo como espécie, além da pedofilia, o exibicionismo, o fetichismo, o frotteurismo, o masoquismo, o sadismo, o voyeurismo, entre outros, são considerados parafilias. Sendo assim, de acordo com o conceito citado, pedofilia é desvio no desenvolvimento da sexualidade e se constitui pelo desejo de adultos por crianças e/ou adolescentes até a idade de treze anos, ou seja, é definida através de termo clínico, não penal (TRINDADE,2010).
É uma doença reconhecida pela Organização Mundial da Saúde – OMS e Classificação Internacional de Doenças em sua décima revisão, identificada pelo DSM - V CID F65-4como Pedofilia e definida como preferência
sexual por crianças, independente de gênero, em idadespré–púberes ou início da puberdade, possuindo como parâmetro a diferença de seis anos entre agressor e vítima.Diversos autores afirmam que a maioria dos pedófilos praticaeste ato em função de seu transtorno psicológico, a ponto da psiquiatria e a psicologia forense, na área criminal,considerarem a pedofilia uma perturbação da saúde mental. Iniciam-se assim discussões e hipótesesrevelando que a patologia do abusador não possui cura definitiva, ocasionando em buscademedidas para diminuir a recorrência destes delitos (FURNISS, 1993).
2. OBJETIVO
Esta revisão objetivadescrever o abuso sexual infantil, a pedofilia e a relação com a Psicologiauma vez que esses transtornos geram severas consequências à saúde mental e física das crianças e adolescentes vitimados, por isso, a importância no combate desta violência. 
3. JUSTIFICATIVA
	Esta revisão denota relevância devida sua contribuição social ao relacionar informações acerca do abuso sexual e da pedofilia, sua ocorrência, demandas patológicas, comportamentos específicos e prováveis dos abusadores. Desvendar estas questões contribuem para alertar a população sobre esses transtornos, haja vista que a informação é o instrumento mais importante para a compreensão e a ação adequada em casos de violência sexual. Diante disso é possível modificar o cenário de violência, através da construção de ambientes que sejam acolhedores e inclusivos nos diversos espaços utilizados pelas crianças e adolescentes. Além disso, poderá estimular novas produções, revisões e estudos sobre o tema, ao ser considerado um conteúdo ainda pouco explorado,apesarde ser um tema incitante e pouco provável de estudo por outros pesquisadores.
4. METODOLOGIA
Esta pesquisa configura um estudo monográfico de revisão bibliográfica, com objetivo descritivo de abordagem quantitativa em torno do tema de Abuso sexual e Pedofilia. Realizamos pesquisas em fontes primárias (publicações científicas de autores diversos) para conhecimento geral acerca do conhecimento gerado em trabalhos acadêmicos realizados neste campo, sobretudo para quantificação dos mesmos.
Enfatizar as formas de orientar e erguer um processo de pesquisa, referentes à definição dos procedimentos metodológicos que encaminharão ao processo, fundamenta-se na observação de que vários relatos de pesquisas, especialmente, necessitam de severidade científica no modo de decidir seus métodos, que demandam do pesquisador nitidez na definição do método a ser utilizado. A pesquisa bibliográfica pode ter sua seleção definida sem a necessidade de cuidado com o objeto de estudo proposto, sendo o método mais visto atualmente pelos investigadores (LIMA, 2007).
Referente à abordagem utilizada, não limitamos a uma em específico, devido à abrangência do tema, apoiamos em diversas reflexões para revelar diferentes conteúdos sobre o tema. Como estratégia inicial de pesquisa, utilizamosas plataformas digitais de banco de dados de informação bibliográficas em ciências da saúde, para seleção de publicações acadêmicas que discorram sobre o tema, especificamente, os portais online de Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Foram adotados os termos: “Abuso sexual” e “Pedofilia”, para esta etapa de captação de material. Os critérios inclusivos foram cronologia, idioma português, e por fim, publicações que relacionassem a pedofilia no contexto da saúde mental. Atenderam aos critérios de seleção, 06 publicações, todas escritas em formato de artigo acadêmico, publicadas entre os anos de 2013 a 2016, analisadas e discutidas neste estudo. 
De acordo com Lima eMioto (2007), determinar um estudo como sendo bibliográfico, aborda a seriedade que possui a delimitação dos critérios e dos procedimentos metodológicos. À medida que se constrói a procura por soluções ao objeto de estudo escolhido, surgem às exigências que a escolha por esse tipo de método traz ao pesquisador.
A pesquisa é um método no qual o pesquisador tem uma maneira e uma prática teórica de busca invariável que determina um processo intrinsecamente incompleto e constante, realizando atividades de aproximações contínuas da realidade, o mesmo apresenta uma carga histórica e reflete posições diante da realidade (MINAYO, 1994).
5. REFERENCIAL TEÓRICO
5.1. O QUE É ABUSO SEXUAL?
Segundo a Abrapia (1997), o abuso sexual é um ato que coloca uma criança ou um adolescente em posição de bonificação sexual aos adolescentes mais velhos ou adultos. O abuso sexual ocorre a partir de carícias, manipulação de genitálias, mama ou ânus, exploração sexual, exibicionismoerótico, pornografia e até o ato sexual com ou sem penetração e/ou com violência física. A etiologia e os fatores relacionados ao abuso sexual contêm várias implicações múltiplas como de modo cultural (incesto) e de relacionamentos (dependência social e afetiva entre membros da família).
De acordo com Penso (2009), na maioria dos casos o abuso sexual é acometido por pessoaspróximas da criança, alguém que ela ama, confia e tem segurança e, em alguns casos pode até ocasionar um ato de violênciafísica, porém muito raro. O abusador pode aproveitar a questão econômica, social e afetiva para realizar o ato, por isso, muitos abusadores são adolescentes(ABRAPIA, 1997).
Osabusadoressão pessoas normais perante a sociedade, com uma inteligência média ou maior, a maioria já sofreu algum tipo de abuso na infância, transferindo isso para sua vida adulta como um ato “normal” a se praticar com uma criança/adolescente. Grande parte dos abusos é em famílias de classe baixa e classe média, sendo na maioria decorrente do uso abusivo de drogas ou álcool e outros casos podem ser relacionados quando os pais e mães trabalham o dia todo, proporcionado uma facilitação para o sujeito (WATSON, 1994).
Por conta da fase sexual muito aflorada na criança e no adolescente, o vitimizador consegue com facilidade o consentimento para realização do ato, com isso muitos vitimizados se sentem culpados por sentirem prazer na ação acometida pelo vitimizador. Os abusos sexuais podem ser de várias formas, e divide-se em duas etapas: abuso sem contato físico: violação sexual verbal, telefonemas obscenos, exibicionismo e voyeurismo e abuso com contato físico: ação física – genitais atos pornográficos e prostituição (ABRAPIA, 1997).
Entender as informações interacionais e estruturais da responsabilidade, conhecimento e culpa no abuso sexual da criança, possibilita aos profissionais que guerreiam com o abuso, demonstrar empatia e compreender porque pais e outras pessoas cometem esse tipo de violência (SCHERER & SCHERER, 2000).
Chauí (1999) define que violência é a base sobre a qual se origina o abuso sexual, o incesto e a exploração sexual, é um ato de crueldade, tortura e abuso físico e/ou psíquico contra alguém e caracteriza vínculos intersubjetivos e sociais estabelecidas pelo domínio e ameaça.
O abuso sexual envolve os atos abusivos intra e extrafamiliares (LEAL & LEAL, 2002).
Azevedo e Guerra (2002) conceituam o abuso sexual como parte das diversas manifestações de violência doméstica ou violência intrafamiliar, sendo todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis contra crianças e/ou adolescentes.
Quando falamos em explorador sexual, englobamos tanto aqueles que fazem uso sexual direto do corpo da criança ou do(a) adolescente para fins sexuais, obtendo prazer sexual individual nessa relação, como aqueles que se beneficiam do comércio desses sujeitos, obtendo benefícios lucrativos a partir da aliciação direta ou indireta de crianças e adolescentes para as redes de exploração sexual (DAVIDSON, 2001).
Para Warburton (2001) o abuso sexual contra crianças e adolescentes é consideradocomo uma forma de tratamento que causa estrago na criança ou no adolescente, que são colocados em risco de maus tratos, o que inclui as falhas no direito à proteção, incluindo uma área extensa de atos, além da relação sexual com penetração.
O pedófilo é considerado abusador por
ter poder sobre a criança ou adolescente com menos domínio. O abusador sexual tem grandes vantagens sobre crianças e adolescentes por se encontrarem em um estágio de desenvolvimento da personalidade superior a esses sujeitos menores de 18 anos, que ainda se encontram em fase de desenvolvimento e construção de identidade e personalidade, possuem maior poder aquisitivo, os deixando em situação desigual de poder, sendo na maioria do sexo masculino. Todas as formas de abuso sexual representam uma violação dos direitos à privacidade e à propriedade sobre o próprio corpo, não sendo semelhantesàs consequências para o vitimizado ou o abusador. A maioria não utiliza força física para cometer o abuso sexual, induzindo a vítimapara lhe obedecer. Uma vez ocorrido o abuso, é frequente uma constante ameaça, que provoca uma terrível pressão psicológica na vítima reduzindo a capacidade de denúncia (BORGES; DELL’AGLIO, 2008; CÂMARA FILHO, 2001; SOUGEY, 2001).
5.2. PEDOFILIA.
	O termo pedofilia etimologicamente origina-se do grego pados (criança) e filia (atração, amizade, afeição, preferência). A pedofilia é de fato um exercício tão antigo quanto a nossa sociedade ocidental e, embora ainda não houvesse a posição, há relatos de sua aparição na Antiguidade (DE MASI, 2008).
	No século XIX, essa execução foi denominada como perversão sexual, e hoje é caracterizada como uma parafilia, ou seja, um distúrbio de preferência sexual, correlacionada à escolha do objeto sexual. Fantasias, cobiças ou comportamentos sexuais rotineiros e agudos que envolvem objetos, exercícios ou situações incomuns são características da pedofilia, causando angústias clinicamente significativas ou danos no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas significantes na vida do sujeito (FERRAZ, 2000).
	Apenas pela presença de fantasias ou desejos sexuais o indivíduo pode ser clinicamente considerado como pedófilo, mesmo sem ocorrência do ato sexual entre o adulto e a criança. (BULAWSKI e CASTRO, 2011).
	Segundo a Classificação Internacional das Doenças na sua 10ª edição (CID-10) ou pelo Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais 4ª Edição (DSM IV), a pedofilia é um distúrbio psiquiátrico, classificado como um transtorno de preferência sexual. Alguns pedófilos são atraídos por meninas apenas, outros apenas por meninos e outros se interessam por ambos os gêneros. É uma condição crônica, sendo mais frequente em homens do que em mulheres, que se inicia em geral na adolescência e perdura ao longo da vida. 
	Segundo Salter (2009), pedofilia é o sentimento de quem é pedófilo, designado a pessoa que “gosta de crianças”. Segundo a autora, somente se sentir atraído por uma criança não é considerado crime, ou seja, a pedofilia não é assim considerada no Código Penal. Deste modo, somente quem pratica tais atos libidinosos contra crianças é considerado um criminoso. De maneira exata, a etiologia do transtorno nunca foi identificada e retrata que algumas pesquisas atribuem tal fator ao nível excessivo de hormônios masculinos androgênicos, que poderiam aumentar a agressão.
	O pedófilo é aquele sujeito que sente atração sexual exclusivamente por crianças, o que alguns autores classificam como “permanente”; os que apresentam tais sintomas quando estão sobre situações estressantes, são classificados como “regressivos”; e, por fim, há os que molestam crianças sem fins regressivos. Em função disso, o tema é considerado controverso. Como o transtorno não tem cura, a psicoterapia é para a vida toda, tendo como objetivo ensinar o indivíduo a se controlar, principalmente em casos de ansiedade, nos quais os sintomas podem se agravar. A única forma de diminuir é evitar a recaída da prática e por meio de aplicações em pesquisa e assistência especializada. Mesmo que ainda existem poucos locais de tratamento bem embasados e voltados para ajudar essas pessoas a se tratarem e se reintegrarem a sociedade, encará-las como monstros não resolverão o problema, pois continuará a existir em todas as suas singularidades (SPIZZIRI, 2011).
	Já Serafim (2009), acredita que a promoção de campanhas de conscientização concentradas também na parafilia, e não somente na vítima, é uma necessidade, pois são importantes para o esclarecimento das pessoas que possuem o transtornopara que procurem ajuda. Segundo o autor, apedofilia é vista como um ato cometido por pessoas sem vergonha, quando, na verdade, é uma doença que precisa ser tratada.
	Teoricamente está relacionado a fatores psicológicos, biológicos e sociais o ato de pedofilia, relacionadas a distúrbios psicopatológicos, que na busca da satisfação sexual são expressos, o que leva a agressão sexual infantil (BALTIERI, 2005).
	O Projeto de Lei 552/2007, revelaque a pedofilia é uma doença reconhecida pela comunidade científica internacional, que a descreve em seu Código de Doenças, cujas consequências para a sociedade têm sido das mais gravosas. Menores são psicológica e fisicamente torturados por indivíduos cuja formação psíquica apresenta tal deformidade a ponto de os impedirem de reabilitar-se perante a sociedade, mesmo se submetidos aos mais modernos e refinados tratamentos clínicos(BRASIL, 2007).	
	O conceito compreendido como “atentado violento ao pudor”, na lei brasileira atual era desconhecido na maioria dos códigos legais antigos, levando em consideração a prática de pedofilia associado ao crime sexual a fatores socioculturais, consequentemente um ato criminoso. A classificação criminosa do ato de pedofiliase relaciona a aspectosligados aos fenômenos de crimes sexuais(BALTIERI, 2005).
	Não necessariamente o abuso sexual precisa acontecer junto de um ato de violência, mas também em uma relação de poder e dominância em relação à vítima, ou dependência dada a confiança da vítima em relação ao agressor. Adjunto ao abuso e exploração sexualestá vinculada a pornografia, o aliciamento de menores e a prostituição (GABEL, 1997).
	Segundo Jesus (2006), compreendendo o código penal, a pedofilia, se enquadra como crime contra a liberdade pessoal, integridade corporal, costumes, liberdade sexual ou exclusivamente, caracterizada como sedução ou corrupção de menores. A pedofilia se vincula indiretamente a crimes virtuais relacionados ao mercado pornográfico infantil. 
	A ampliação da tecnologia provocou a criação de novos tipos de criminalidade e, ao mesmo tempo, propiciou que as criminalidades tradicionais encontrassem outros campos de atuação. Com isso, espalhar materiais abusivos de forma rápida e múltipla abrange técnicas avançadas nos dias atuais. Tais atos são facilitados pela rápida evolução das novas tecnologias, oferecendo sigilo e o anonimato que ajudam a prática de atividades ilegais. (SANCHEZ, 2002).
	Em 2008, foi sancionada a lei de número 11.829/2008, que percebendo cada vez mais o perigo da internet constante para crianças e adolescentes, modificou o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e criou novos tipos de estratégiaspara combater a pornografia infantil, assim como a produção de pornografia infantil simulada, aliciamento de crianças e a prostituição infantil, ao aumentar a pena de seis para oito anos (SERRA, 2009).
O Estatuto da Criança e Adolescente significa um microssistema jurídico que dispõe sobre direitos próprios e especiais das crianças e dos adolescentes, em desenvolvimento, que necessitam de proteção diferenciada, especializada e integral, transmitindo prioridade absoluta para a questão da infância e da juventude, inclusive enquanto dever da família, da sociedade e do Estado. Destaca que é dever de todos zelar pela dignidade da criança e do adolescente, os colocando a proteção de qualquer tratamento cruel, violento, aterrorizante, desonroso ou constrangedor (BRASIL, 1990).
	Segundo Nucci (2009), a lei dizque toda criança deve ter os mesmos direitos dos adultos, devendo receber atenção especial da família e de toda a sociedade, crescendo de forma segura, saudável e feliz. Tendo por fim a punição de atividades que envolvam crianças e adolescentes, em práticas sexuais, com o objetivo
e satisfação lucrativa, sem que haja necessariamente o contato sexual direto. 
	A falta de segurança e fiscalização de muitos computadores ligados à rede, propaga dados globalizado em tempo real o que facilita a atuação dos pedófilos, os quaisse aproveitam disso para satisfazer sua excitação, sendo que a falta de normatização favorece que executem suas ações livremente, através de perfis falsos na internet. Assim, mesmo que haja punição, a falta de políticas e agentes especializados limita a localização dos pedófilos e rastrear esses indivíduos é o mais complicado (PAUVELS, 2013). 
5.3. PSICOLOGIA JURÍDICA
Discussões sobre a atuação do psicólogo no meio judiciário érecente, de acordo com Miranda Júnior (1998) e a aproximação entre psicologia e direito se deu a partir do campo da psicopatologia, através de diagnósticos de sanidade mental solicitados por juízes. Inicialmente a função do psicólogo era fornecer um parecer técnico que fundamentasse as decisões do poder judiciário.
 Atualmente os psicólogos podem ter atuações diferentes no judiciário e duas são destacadas na literatura em relação às situações de violência sexual contra crianças e adolescentes: o auxílio a tomada de depoimento de crianças e adolescentes e a avaliação psicológica. Ao relatarmos sobre avaliação psicológica consideramos suas duas subdivisões no meio jurídico, uma relacionada ao contexto de perícia e outra denominada como estudo psicossocial. 
Ambas utilizam – se das ferramentas técnicas da psicologia, estando a “perícia” com um foco investigativo e o “estudo social” enfatizando a intervenção e a tarefa da escuta com objetivos além de diagnóstico. A tomada de depoimento atualmente denominado “depoimento especial” é considerado um depoimento testemunhal, em que a própria vítima testemunha em audiência com a atuação facilitadora do Psicólogo (CÁTULA et al. 2013).
Entende – se a perícia como limitadora quanto ao papel do psicólogo, visto que possui objetivo investigativo e diagnóstico, não intervindo na realidade. Já o estudo psicossocial possui foco na compreensão social do indivíduo sem enfatizar a psicopatologia. O momento deste estudo é a oportunidade para que as famílias também compreendam o sentido de seus conflitos e para que a justiça possa redefinir os afetos e emoções destes, sendo de responsabilidade da equipe multidisciplinar o reconhecimento da necessidade e encaminhamento dos envolvidos (COSTA, LEGNANIET al., 2009).
O depoimento especial, segundo Daltoé (2007), é um método de tomada de depoimento que visa proteger a vítima que será entrevistada por um profissional capacitado, objetivando a redução do dano à criança e ao adolescente vítima; a garantia dos direitos, proteção e prevenção; melhoria da produção da prova produzida.
Em um estudo transversalqualitativo, para obtenção de dados de cinco psicólogas do estado do Rio Grande do Sul, foi aplicado um questionário semiestruturadopara investigar o papel da psicologia em situações de abuso sexual contra crianças e adolescentes, as habilidades necessárias e elementos que influenciam as decisões sobre o caso. Os resultados indicaram que o conhecimento teórico contribui de forma significante para fundamentação dos achados de cada caso demonstrando que as avaliações não são subjetivas, técnicas lúdicas, gráficas, análises, visitas domiciliares e entrevistas(PELISOLI; DELL’AGLIO, 2013).
Coimbra (2004) afirma que a intervenção da equipe interdisciplinar na cena jurídica não deve ser limitada à produção de prova, pois esta é apenas uma das formas de atuação do psicólogo jurídico, mas podem ser incluídas ainda orientações e acompanhamentos, colaborações para políticas preventivas, entre outros. Assim, é necessário a criação de políticas inovadoras, desvencilhando – se da perspectiva clínica. Há ainda a necessidade de empenho no que diz respeito à prevenção da violência e de medidas de apoio a famílias, uma vez que os acompanhamentos das famílias e dos abusadores ainda não é contemplado pelo sistema.
É notório o predomínio dos psicólogos no âmbito jurídico enquanto avaliadores, contudo demanda de orientações familiares, participação em políticas de cidadania, combatea violência, entre outros, tem crescido consideravelmente, fazendo com que cada vez mais o profissional seja inserido e considerado no meio judicial, exigindo assim uma atualização constante e disposição para o enfrentamento de novas possibilidades. Além disso, exige-se uma abrangência maior no meio acadêmico e a ampliação do repertório para além da ciência psicológica, realizando um trabalho em parceria com a área jurídica a fim de redimensionar a compreensão do agir humano, considerando também os aspectos legais (LAGO; AMATO; TEIXEIRA; ROVINSKI; BANDEIRA, 2009).
5.4. PSICOLOGIA E ASSISTÊNCIA
	É essencial que em momentos difíceis, assim como no caso do abuso sexual, a vítima esteja amparada de alguma forma, como também a família e até mesmo o abusador. Com base nisso é de suma importância os programas assistenciais oferecidos, tanto quanto os profissionais capacitados que possam orientar e auxiliar no enfrentamento de um momento como este. A Assistência Social, direito do cidadão e dever do estado sãopolíticas de seguridade social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento das necessidades básicas (LOAS, 1993.)
	Entre alguns programas de assistência social oferecido está o Sistema Único de Assistência Social – SUAS, que se constitui na regulação e organização em todo o território nacional das ações sócio assistenciais. Os serviços, programas, projetos e benefícios têm como prioridade a atenção às famílias, seus membros e indivíduos e o território como base de organização, passando a ser definidos pelas funções que executam, pelo número de pessoas que deles necessitam e pela sua complexidade. Presume, ainda, gestão compartilhada, cofinanciamento da política pelas três esferas de governo e definição clara das competências técnicas-políticas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com a participação e mobilização da sociedade civil, onde esses exercem papel efetivo na sua implantação e implementação. O SUAS materializa o conteúdo da LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social), cumprindo no tempo histórico dessa política as exigências para a realização dos objetivos e resultados esperados que devem consagrar direitos de cidadania e inclusão social (PNAS, 2004).
	No campo do atendimentoàsvítimas de violência sexual na área da saúdeé importante contextualizar que se refere a uma política articulada aos demais segmentos das Políticas Públicas como, a proteção, segurança e a assistência social. O SUAS engloba também a oferta de Benefícios Assistenciais, prestados a públicos específicos de forma articulada aos serviços, contribuindo para a superação de situações de vulnerabilidade. Também gerencia a vinculação de entidades e organizações de assistência social ao Sistema, mantendo atualizado o Cadastro Nacional de Entidades e Organizações de Assistência Social e concedendo certificação a entidades beneficentes, quando é o caso. 
Os atendimentos voltados para pessoas que sofreram algum tipo de violência sexual são de extrema importância, sendo cada passo a ser seguido essencial para que esta pessoa consiga superar e consequentemente lidar melhor com a situação. É importante que a vítima, assim que chegar em algum dos locais de atendimento, sinta-se acolhida, esse acolhimento poderá ser realizado pelo enfermeiro, assistente social ou psicólogo, ou então um técnico qualificado e com habilidades para atendimento às vítimas de abuso sexual. 
De acordo com a Norma Técnica do Ministério da Saúde (2012) e o Decreto Presidencial nº 7958, de 13 de março de 2013, relativo aos registros, é necessário constar em prontuário sobre os registros que devem constar em prontuário, o local, dia e horário aproximado do abuso sexual, como também do atendimento médico e histórico clínico detalhado,
devendo conter elementos relativos ao abuso sofrido e os tipos de abusos sexuais relatados e os constrangimentos advindos desse abuso. Ainda no prontuário, deve constar o exame físico completo, inclusive ginecológico e urológico, os profissionais que atenderam a vítima e por fim o preenchimento da ficha de notificação compulsória de violência doméstica, sexual e outras violências.
A Portaria GM/MS nº 1.271, de 06 de junho de 2014, estabelece a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. Nesta, a violência sexual e a tentativa de suicídio passam a ter notificação imediata (24 horas) para a Secretaria Municipal de Saúde. 
Posterior ao atendimento, se em situação emergencial no hospital a vítima deverá ser encaminhada para dar seguimento ao cuidado em uma unidade de atenção primária à saúde, ou outro serviço da rede de atenção à saúde decorrente da necessidade apresentada. Neste contexto é relevante que seja feito atendimento individual e familiar.
5.5. PSICOLOGIA E PEDOFILIA
Considerado como um transtorno psiquiátrico a pedofilia seria passível de tratamento. Admitindo que algumas pessoas, por razões não muito precisas, enfrentam tendências incontroláveis necessitando assim de tratamento para conter tal disfunção, considerando então o pedófilo como vítima de uma doença tratável. A forma atual de intervenção para pedofilia consiste em tratamento psiquiátrico, com a prescrição de algumas drogas para redução da libido, conhecido como “castração química, além de técnicas como treino de autocontrole de impulsos e outros (FIGUEIREDO, 2009).
Este transtorno pode ser entendido e tratado em diferentes contextos. Dentro da Psicologia, em um contexto psicanalítico, a pedofilia representa uma perversão sexual, termo esse adotado por Freud a partir do ano de 1905, dando a entender que no sujeito perverso havia um desvio sexual quando deparado a uma regra. De acordo com Melo (2011), o sujeito perverso age como um escravo de seus desejos, levando isso até as últimas consequências (ETAPECHUSK, SANTOS 2017). 
 A oportunidade de um espaço onde se crie condições de dar voz ao abusador em seus devaneios pode intervir de forma com que ele produza momentos de controle sobre a necessidade de desejar o outro. Para as vítimas de abuso sexual sofridas na infância, o tratamento psicanalítico pode auxiliar possibilitando para que esse sujeito tenha mais confiança nas relações interpessoais, lidando também com seus medos, angústias provenientes desse trauma sofrido(VICENTE,2018).
6.RESULTADOS E DISCUSSÕES
O seguinte trabalho objetivou descrevero abuso sexual infantil, a pedofilia e a relação com a Psicologia, uma vez que esses transtornos geram severas consequências à saúde mental e física das crianças e adolescentes vitimados. Para isso foi realizado a partir de um levantamento bibliográfico. Após levantamento inicial foram encontrados um total de 35 artigos e após refinamento complexo (critérios de inclusão e exclusão) chegou-se a um total de 6 publicações que auxiliariam na construção deste trabalho.
Os critérios de inclusão foram: idioma dos artigos em português, publicados no Brasil entre os anos de 2012 a 2017 e publicados pela Scielo, Pepsi e Lilacs. Já os critérios de exclusão foram: publicações que não condiziam com o tema e idioma ser diferente de língua portuguesa, além da data de publicação anterior a 2012.
Os resultados foram organizados a partir dos seguintes critérios: objetivo da pesquisa, abordagem e principais resultados.Diversos artigos em torno do tema proposto foram encontrados e a partir desses artigos obtivemos um entendimento e desenvolvimento maior para a realização do presente trabalho. 
Em relação ao ano de publicação, do total de 6 artigos encontrados, 4 são do ano de 2013 (67%), 1 artigo do ano de 2014 (17%) e 1 artigo do ano de 2015 (17%). 
Tabela 1 – Ano de publicação dos artigos revisados
	Ano de publicação
	Quantidade de artigo
	Porcentagem (%)
	2013
2014
2015
	4
1
1
	67%
17%
17%
Fonte: Artigos revisados	
Fonte: Artigos revisados	
Com base na metodologia utilizada na construção dos artigos podem afirmar que:5 artigos realizaram revisão bibliográfica e 1 artigo realizou um estudo de caso baseado em diagnóstico de pedofilia, utilizando – se de entrevista semi dirigida para coletar dados sociodemográficos e caracterizar a ocorrência do abuso sexual, além do método Rorschach a fim de investigar as características de personalidade.
Tabela 2 – Metodologia utilizada na construção dos artigos revisados
	Instrumentos
	Quantidade de artigo
	Porcentagem (%)
	Revisão literária
Estudo de caso
	5
1
	83,3%
16,6%
Fonte: Artigos revisados
Fonte: Artigos revisados
Dentro das abordagens verificou-se que 4 artigos são de abordagem qualitativa e 2 de abordagem quantitativa. Além disso, os artigos foram relacionados a várias áreas do conhecimento, sendo elas psicologia, antropologia, medicina, enfermagem e psicanálise, englobando áreas biológicas.
Tabela 3 – Abordagem dos artigos revisados
	Abordagens
	Quantidade de artigo
	Porcentagem (%)
	Qualitativos
Quantitativos
	4
2
	66,6%
33,3%
Fonte: Artigos revisados
Fonte: Artigos revisados
Com base nos principais objetivos observados nos artigos, em síntese podemos perceber uma busca por tratar a pedofilia através de um entendimento maior, não só como um crime hediondo, mas também com uma doença que deve ser tratada, buscando meios de intervenções tanto para a vítima como para o pedófilo.
Tabela 4 – Tabulação dos artigos da revisão bibliográfica
	Artigos
	Objetivos
	Castração química em casos de pedofilia: considerações bioéticas
	Possui como objeto de estudo a pedofilia e a castração química como possível solução para controle desse transtorno psiquiátrico, que também vem a ser um crime hediondo, segundo a legislação brasileira. 
	Rorschach e Pedofilia: A Fidedignidade no Teste-Reteste							
	O objetivo desse trabalho foi investigar as características de personalidade de um indivíduo pedófilo com base nas características de personalidade mais típicas, e demonstrar a fidedignidade do Rorschach no teste-reteste, bem como a sua estabilidade temporal. 
	Obtenção de informações sobre violência sexual infanto-juvenil entre universitários do Triângulo Mineiro							
	Objetiva-se caracterizar jovens ingressantes em uma universidade pública do Triângulo Mineiro, Brasil, descrever como obtêm informações sobre violência sexual infanto-juvenil, e discutir formas de acesso à temática durante a formação acadêmica.							
	A cruzada anti-pedofilia e a criminalização das fantasias sexuais							
	Analisar a construção da "pedofilia" como problema social e fabricação do "pedófilo" no novo monstro contemporâneo.							
	Pedofilia como transtorno comportamental psiquiátrico crônico e transtornos comportamentais assemelhados 							
	Este artigo objetiva definir pedofilia, mostrar seus principais fatores causais e discutir formas para fazer o diagnóstico correto.							
	O que resta da sexualidade infantil?							
	Examinar a hipótese de que a pregnância da "criança maltratada", bem como da "criança abusada", implica a recusa da sexualidade infantil, paradigma da psicanálise. A denúncia da "pedofilia generalizada" visa de fato a silenciar o trauma sexual para assim eliminar toda causalidade psíquica, em benefício de uma "realidade objetiva" que relegaria o fantasma do amor incestuoso à pedofilia.							
Considerando os principais resultados obtidos nos artigos revisados, podemos fazer uma leitura de aspectos importantes que cada um trouxe, constando:
No artigo “Castração química em casos de pedofilia: considerações bioéticas.”, escrito por Thais Meirelles de Sousa Maia e Eliane Maria Fleury Seidi, traz discussões sobre a castração química em casos de pedofilia, considerandonão
só o caráter criminoso, mas também o possível transtorno psiquiátrico. O artigo também apresenta que no âmbito da bioética, a castração química para o pedófiloconsiste em um ato interventivo do procedimento, podendo ser encarada como pena, tratamento médico ou experimento científico.
A Associação Americana de Psiquiatria entende que duranteo tratamento do pedófilo, o acompanhamento psicológico precisa ser prolongado e pertinente, o que vai de encontro com o que as autoras pensam sobre esse aspecto. O que podemos concluir é que a castração química como pena, tratamento médico e experimento científico estão ligados mesmo que possuam conotações éticas particulares.
Isso vai de encontro aos achados em Figueiredo (2009) o qual apresenta que a forma atual de intervenção para pedofilia consiste em tratamento psiquiátrico, com a castração química, ou seja, com a prescrição de algumas drogas para a redução da libido, além do desenvolvimento de técnicas como o treino de autocontrole de impulsos e outros.
Outro artigo intitulado “Obtenção de informações sobre violência sexual infanto-juvenil entre universitários do triângulo mineiro” que tem como autores Clemente et.al buscam
dentro da temática violência sexual infanto-juvenil uma discussão sobre a importância da visibilidade e o acesso a informações em torno disso entre os universitários, sendo essa uma abordagem importante na graduação de jovens universitários, tendo em vista o potencial para lidarem com essa situação em suas futuras práticas profissionais. Foi realizado um estudo exploratório com acadêmicos em 23 cursos de graduação de uma universidade pública federal, entre os cursos estavam nutrição, psicologia, serviço social, ciência biológica entre outros. Para a
coleta de dados, foi utilizado um questionário estruturado autoaplicável desenvolvido pelos pesquisadores composto por 23 questões. Ao total participaram desse estudo 946 estudantes. 
	Em relação a obtenção de informações sobre a temática em questão, o abuso e a pedofilia foram os temas mais mencionados pelos universitários, a televisão e a internet foram os meios mais recorrentes de acesso a informações pelos universitários sobre qualquer um dos tipos de violência sexual infanto-juvenil. Em âmbito familiar o tema é muito pouco discutido. Quanto a notificações de casos de violência sexual infanto-juvenil, estudos apontam que grande e parte 23 devem ser feitas primeiramente no conselho tutelar, neste estudo os universitários apontaram a polícia como primeiro órgão a ser notificado nesse caso, tornando -se essencial fornecer aos jovens uma melhor orientação sobre uma intervenção adequada diante de casos suspeitos de violência sexual infanto-juvenil. 
O reconhecimento da relevância de se aproximar da temática durante a formação acadêmica foi positivo entre ao universitários, porém somente uma pequena parte já tinham participado de algum evento sobre o assunto. Algumas das categorias de interesses apresentadas pelos universitários foi o desenvolvimento psicossocial da criança e do adolescente, as funções dos serviços de atendimento, turismo sexual entre outras. Para ampliar a temática durante a formação de forma que o tema ganhe espaço, foi sugerido meios como , discussão de casos, exibição e debates de filmes, oficinas, etc.
Isso vai de encontro com que o próprio autor diz Clemente et.al (2013), podemos direcionar para o desenvolvimento de ações relacionadas a um maior diálogo entre academia, sociedade civil e poder público, com o intuito de promover abordagens mais consistentes para a violência sexual infanto-juvenil.
O autor Danilo Antônio Baltieri (2013), criou o artigo “Pedofilia como transtorno comportamental psiquiátrico crônico e transtornos comportamentais assemelhados”, demonstrando que até o momento existem mínimos estudos sobre etiologia dos transtornos de preferência sexual e mostra que familiares dos sujeitos com pedofilia apresentam mais frequentemente e significativamente essa mesma condição clínica do que familiares de portadores de outros transtornos de preferência sexual e do que familiares de não portadores. 
Tais achados corroboram com BALTIERI, (2013) para sujeitos agressores sexuais que têm pedofilia, o tratamento deve ser disponível sempre que necessário e indicado. O tratamento de uma doença adequadamente categorizada nos manuais de Medicina é um direito humano básico e deve ser disponibilizado para aqueles que sofrem de pedofilia e desejam tratar-se. Infelizmente, sujeitos com esse transtorno têm sido rotulados e isolados e, às vezes, apenas encarceradas sendo que seus sinais e sintomas podem ser adequadamente manejados.
Laura Lowenkron (2013), em seu artigo “A cruzada anti-pedofilia e a criminalização das fantasias sexuais”, traz que a categoria “pedofilia” passou a ser largamente utilizada nas pregações públicas para se referir a um conjunto de comportamentos criminosos catalogadas a práticas sexuais envolvendo menores, e segundo a APA (2000), referindo-se ao termo a uma categoria diagnosticada adjunta de desejos e fantasias sexuais envolvendo crianças.
O artigo avalia como o enfrentamento à violência sexual contra crianças a partir da noção de “pedofilia” e com o enfoque na pornografia infantil na internet gera um enterro das fronteiras entre atos e fantasias sexuais, gerando um deslocamento da atenção política das desigualdades de poder para a ameaça das perversões. Discussões legislativas foi o material de análise, realizadas no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia.
Isso vai de encontro segundo Salter (2009) ao qual apresenta o sentimento que o pedófilo designa a uma criança, segundo a autora o sentir-se atraído por uma criança não e considerado crime pois o mesmo mantém seus desejos reprimidos e com isso não se encaixa no código penal, apenas quem realiza tais ato libidinoso contra uma criança e considerado um criminoso.
Silvana Alba Scortegagna e Anna Elisa de Villemor-Amaral (2013) por meio do artigo “Rorschach e pedofilia: a fidedignidade no teste-reteste” buscam investigar as características de personalidade de um pedófilo e evidenciar a fidedignidade do Rorschach no teste-reteste, utilizando – se, como voluntário, um participante do sexo masculino, com 38 anos de idade, divorciado, comerciante, com ensino fundamental completo e nível socioeconômico médio baixo, denunciado por pedofilia contra sua filha primogênita, desde o seu nascimento. Como instrumento utilizaram – se de entrevista semi dirigida e o método Rorschach. Sobre os dados da entrevista, o voluntário é o caçula entre 4 filhos, duas meninas e dois meninos, sendo seu irmão falecido quando era criança. Relata que sempre foi quieto durante sua infância e adolescência, teve poucos amigos e somente uma namorada, sua ex mulher. Casou – se aos 24 anos e teve três filhos, duas meninas e um menino. Na ocasião sua primeira filha estava com 14 anos, o menino com quatro e a mais nova com dois anos de idade. Desde que sua primeira filha nasceu cuidaram dela de uma forma mais livre, permitindo beijos na boca e carícias no corpo, com o passar dos anos a situação tornou – se incontrolável e seu desejo por tocá-la cresceu incontrolavelmente. Manteve a situação utilizando – se de coerção e ameaças, a revelação do abuso ocorreu por sua filha durante a adolescência e a notificação legal um ano antes da primeira avaliação. A partir de então afastou se de sua família e passou a responder o processo judicial. Passou a residir em uma hospedaria e frequentemente, contrariando a lei e atendendo pedidos de sua ex-esposa, retornava em sua casa para resolver problemas domésticos. 
Nas variáveis de teste e no reteste de Rorschach verifica – se que na autopercepção e no relacionamento interpessoal houve uma diminuição no reteste das respostas de conteúdo mórbido, de comida, e do somatório das respostas textura. As respostas de conteúdo humano completas e de movimento humano mantiveram – se rebaixadas no teste, no ajustamento perceptivo constatou-se um rebaixamento no percentual da qualidade
formal convencional no teste e no teste-reteste, na avaliação do autocontrole e dos estímulosinternos constata-se em ambas as aplicações um aumento das respostas de movimento animal, das respostas de movimento inanimado. Os indicadores de estresse mantiveram-se abaixo da média normativa. 
Os resultados sugerem que o participante apresenta uma autoimagem negativa e desfavorável em relação ao corpo e suas funções, ocorrendo uma diminuição destas respostas no reteste, ainda que mantendo um valor elevado em relação a medida normativa. Sugerindo que em situações de contenção da ação pode ter ocorrido uma melhora nos sentimentos de desvalorização não eliminando – os. Quanto ao relacionamento interpessoal, a distorção da autoimagem pode ser representativa da percepção que tem sobre si e dos demais, demonstrando dificuldade para formular uma visão realística de si e dos outros, sendo sugestivo de um funcionamento psíquico mais arcaico e precário.
 Tais achados apresentado Segundo Blatte Lerner (1983), quanto mais severa a patologia do indivíduo, piores serão suas representações humanas, maior será o grau de dificuldade para manutenção do seu significado na representação do objeto. Desse modo, a ausência de movimento associa-se à ausênciade representações humanas inteiras, o que coloca em evidência as falhas do registro da representação de si, os conflitos na conformação da própria identidade, a falta de habilidades empáticas e de um maior comprometimento psicológico.
Nas variáveis que mensuram o autocontrole e apreensão dos estímulos internos verifica-se altos índices, indiciando aspectos imaturos e infantis da personalidade. O excesso de respostas de movimento animal e de movimento inanimado pode refletir a ideação de uma sobrecarga interna, de pensamentos não deliberados que invadem a mente. As variáveis que expressam as capacidades de controle e tolerância, também demonstraram, que em condições gerais há recursos insuficientes para lidar com as demandas cotidianas. As demais variáveis reforçaram a dificuldade do sujeito de lidar com emotividade e atividades cognitivas na resolução de problemas e baixo controle de impulso em situações estressantes, além de passividade em relações interpessoais. 
O artigo “O que resta da sexualidade” de Eric Bidaud apresenta que a referência ao infantil é o pressuposto fundamental da psicanálise e que a questão hoje, é saber de sua ligação com a sexualidade. Nesse sentido, o artigo buscou interrogar a emergência e a importância no discurso da criança maltratada e mais ainda, da ideia da infância em risco. Buscou-se examinar a hipótese de que a criança maltratada ou abusada culminaria na recusa da sexualidade infantil e por isso, a denúncia generalizada da pedofilia visa extinguir o trauma sexual para assim eliminar toda causalidade psíquica.
 O reconhecimento da sexualidade infantil, sempre pensada como a sexualidade da criança, será uma continuidade da história que manterá a imagem da mesma como pura, inocente e assexuada. A criança maltratada representará juntamente com “Monstro Pedófilo” uma nova forma de configurar o mal-estar presente em novas formas de relação com a criança na contemporaneidade.Conclui-se que a criança passará por uma sucessão de estágios do desenvolvimento psicossexual,e a partir dessa lógica, nos permitindo pensar e articular, o que é o normal e o que é patológico, podendo promover assim um desenvolvimento mental do mesmo.
	Tais achados corroboram como apresentado por Vicente (2018), em que apresenta o tratamento psicanalítico como opção para as vítimas de abuso sexual sofrido na infância, como forma de auxiliar tal sujeito, possibilitando a construção de confiança nas relações interpessoais, na lida com os medos e as angústias provenientes desse trauma e abuso sofrido.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
	Pode-se concluir que indivíduos abusadores, em sua maioria, compartilham do convívio intrafamiliar. São pessoas normais perante a sociedade, com uma inteligência média ou maior, e a maioria já sofreu algum tipo de abuso na infância. 
Grande parte dos abusos é em famílias de classe baixa e classe média, sendo na maioria decorrente do uso abusivo de drogas ou álcool e outros casos podem ser relacionados quando os pais e mães trabalham o dia todo. Apenas pela presença de fantasias ou desejos sexuais, caricias, e indução da vítima, mesmo sem ocorrência do ato sexual, ou ato que coloca uma criança ou um adolescente em posição de bonificação sexual aos adolescentes mais velhos ou adultos já é considerado abuso sexual.
Levando em consideração que diversos autores afirmam que a maioria dos pedófilos pratica este ato em função de seu transtorno psicológico, a ponto da psiquiatria e a psicologia forense, na área criminal, considerarem a pedofilia uma perturbação da saúde mental. 
Conclui que a pedofilia é um transtorno psiquiátrico e passível de tratamento, assim como o abuso sexual, admitindo que algumas pessoas, por razões não muito precisas, enfrentam tendências incontroláveis necessitando assim de tratamento para conter tal disfunção, considerando então o pedófilo e/ ou abusador como vítima de uma doença tratável. As discussões e hipóteses revelam que a patologia do abusador não possui cura definitiva, ocasionando em busca de medidas para diminuir a recorrência destes delitos. 
Sugere-se a oportunidade de um ambiente onde se crie condições de dar voz ao abusador para que ele produza momentos de controle sobre a necessidade de desejar o outro. Para as vítimas de abuso sexual sofridas na infância, o tratamento psicanalítico pode auxiliar possibilitando para que esse sujeito tenha mais confiança nas relações interpessoais, lidando também com seus medos, angústias provenientes desse trauma. Além disso, sugere-se a de realização de novas pesquisas a fim de melhor compreender e desenvolver o tema proposto no presente trabalho. 
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7. REFERÊNCIAS DOS ARTIGOS/REVISÃO
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BIDAUD, Eric.O que resta da sexualidade infantil? Estilos clin. vol.18 n.2 São Paulo ago. 2013. Disponível em:<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282013000200007>. Acesso em 05 de Dezembro de 2018.
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LOWENKRON, Laura.A cruzada antipedofilia e a criminalização das fantasias sexuais. Revista LatinoamericanaSexualidad, Salud y Sociedad. ISSN 1984.6487 / n.15 : p.37.61, 2013.Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/sess/n15/a03n15.pdf>. Acesso em 05 de Dezembro de 2018. 
MAIA, Thais Meirelles de Sousa; SEID, Eliane Maria Fleury. Castração química em casos de pedofilia: considerações bioéticas. Rev. bioét. (Impr.). 2014; 22 (2): 252-61. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/bioet/v22n2/07.pdf>. Acesso em 05 de Dezembro de 2018.
SCORTEGAGNA, Silvana Alba; VILLEMOR-AMARAL, Anna Elisa de. Rorschach e Pedofilia: A Fidedignidade no Teste-Reteste. Psico, Porto Alegre, PUCRS, v. 44, n. 4, p. 508-517,2013. Disponível em: <https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:_0m0lpl50pwJ:https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5631454.pdf+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em 05 de Dezembro de 2018.
8. ANEXOS – TABELAS
8.1. Tabela 1
8.2. Tabela 2
8.3. Tabela 3
	Título
	A cruzada antipedofilia e a criminalização das fantasias sexuais
	Ano
	dez/13
	Autor 
	Laura Lowenkron
	Área
	Antropologia
	Objetivo
	Analisar a construção da "pedofilia" como problema social e fabricação do "pedófilo" no novo monstro contemporâneo.
	Método
	Revisão bibliográfica
	Abordagem
	Qualitativa
	Instrumento
	Análise de discussões legislativas
	Participantes
	0 participante
	Principais Resultados
	 É importante lembrar que tanto na CPI da Pedofilia quanto nas investigações da Polícia Federal a categoria "pedofilia" aparece primordialmente associada à "pornografia infantil na internet" que, por sua vez, é condenada por estar relacionada ao "abuso sexual de crianças". Entretanto, como já foi dito, as "vítimas" e os "abusadores" que aparecem nas cenas pornográficas raramente são identificados. Apesar de os principais empreendedores morais10 dessa cruzada afirmarem que o "alvo" ideal é aquele criminoso que "abusa" de crianças e registra e divulga as cenas na rede mundial de computadores (o monstro exemplar), os principais atingidos são os consumidores e os difusores dessas imagens. Ainda que raramente seja identificado entre esses alvos o produtor do material divulgado na rede e/ou o abusador sexual da(s) criança(s) retratada(s) nas cenas pornográficas, de modo geral, esses criminosos são identificados e condenados por armazenarem e/ou divulgarem imagens, e não por terem tido contato sexual direto com as vítimas.
A partir dos debates políticos e do caso policial analisados, sugiro que esses criminosos sejam responsabilizados não apenas pelo que fazem (divulgar, trocar, distribuir, adquirir, possuir e armazenar imagens), mas também pelo que suas ações revelam sobre seus desejos e pelos perigos que estes representam – associados tanto à lógica da "oferta e da demanda" quanto ao risco de passagem da fantasia ao ato ou, ainda, de pedofilização de crianças e adultos pela difusão de cenas de pornografia infantil que contaminam os nossos ideais de infância – seja a noção de criança pura e inocente fabricada no século XVIII (Ariès, 1981), ou a de criança como sujeito de direitos especiais, do final século XX, que deve ter sua sexualidade protegida e tutelada por sua condição peculiar de "pessoa em desenvolvimento" (art. 6º, ECA, 1990).
8.4. Tabela 4
8.5. Tabela 5
8.6. Tabela 6

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