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SEMIOLOGIA OSTEOARTICULAR

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AULA 4 – SEMIOLOGIA OSTEOMUSCULAR
 SISTEMA OSTEOMUSCULAR
Estruturas que tem a função de unir os ossos do esqueleto e permitir a movimentação de alguns. 
 Anatomia e Fisiologia :
Estruturas Articulares: cápsula (protege a articulação), cartilagem (relacionada à diminuição do atrito), sinóvia e líquido sinovial, ligamentos intra-articulares e osso justa-articular .
Estruturas não-articulares: ligamentos, tendões, bursas, músculo, fáscia, osso, nervo e pele sobrejacente. 
Tipos de articulações:
Articulações sinoviais: movimentação ampla. Ex: joelho, ombro.
Articulações cartilaginosas: levemente móveis. Ex: articulações entre as vértebras.
Articulações fibrosas: não permite movimentação. Ex: suturas cranianas.
ANAMNESE 
Idade:
febre reumática: 5 a 15 anos 
doença reumatóide: 20-40 anos 
gota: >50 , antes dos 50 anos esta relacionada a doenças metabólicas
Sexo: 
Feminino: maior incidência de colagenosas que estão relacionadas com doenças como o lúpus, doença reumatóide e osteoporose. 
Masculino: espondilite anquilosante (doença autoimune, tem fator genético, acometimento do esqueleto axial – coluna, gera uma espécie de fusão das articulações, fazendo com que ocorra uma diminuição da mobilidade vertebral, tem-se uma acentuação nas concavidades cervical e lombar gerando uma coluna mais reta), gota e poliarterite nodosa.
Ocupação – atividade que levam a traumas repetitivos, a ocupação pratica do paciente, em muitos casos, tem relação direta com a patologia osteomuscular. Ex: Tenista com artralgia de cotovelo, pode ser decorrente do movimento repetitivo. Empresário com vida sedentária, queixa-se de dor articular, pode ser decorrente de trauma ou causa infecciosa. 
ARTRALGIA x ARTRITE 
A Artralgia é a dor na articulação, não necessariamente oriunda de uma inflamação.
A Artrite é a inflamação da articulação.
Tem que se ter a avaliação da:
Intensidade 
Irradiação: se é apenas articular ou tem comprometimento nervoso associado.
Presença de rigidez
Rigidez matinal – dorme e acorda com dificuldade e exercer alguns movimentos, podendo ou não ter dor associado. 
Ex: Osteoartrose (doença que tem fatores de idade e envelhecimento associado, ao acordar à relato de rigidez e dor na articular, conforme o dia passa e tem-se a movimentação das articulações a dor e a rigidez diminui)
Quais articulações acometidas 
Quantas articulações 
Fatores de melhora e piora 
Associada a lesões cutâneas – podendo ser uma lesão sobre a articulação ou em locais próximos ex: Lúpus.
EXAME FISICO 
Inspeção estática:
Pesquisar a assimetria articular alinhamento e deformidades ósseas, atrofia muscular (se for crônico pode ocorrer comprometimento da muscular), nódulos, alterações cutâneas.
Inspeção dinâmica:
Marchas, movimentos como despir-se, levantar de cadeira, amplitude de movimentos ativos – observar se os movimentos são simétricos, se há lentidão ou agilidade.
Palpação:
Observar se à alteração de temperatura, pontos dolorosos, espessamento ou derrame.
Palpação durante a movimentação da articulação:
Crepitação (processo degenerativo – parece uma areia, ocorre atrito durante a movimentação o que causa o som de ranger, pode ser decorrente de um aumento da densidade do liquido sinovial) 
Estalidos (deslizamentos de tendões e ligamentos sobre a superfície óssea)- sem significado patológico. 
Exame físico da Articulação Temporomandibular (ATM)
É pedido para que o paciente faça três tipos de movimento:
Abertura e fechamento da boca 
Protrusão e retrocesso da mandíbula 
Movimento de lateralidade 
Algumas pessoas podem apresentar luxação durante execução dos movimentos, portanto observa-se que a articulação sai do lugar, sente o deslocamento articular ocorrendo de forma irregular.
Exame físico Geral das Mãos 
Observar a forma, o movimento (pedir a extensão, flexão, abdução, adução, o movimento dos dedos no geral, sempre comparando ambos os lados), dimensões e a pele.
Osteoartrite – ocorre um aumento de volume das articulações interfalangeanas distais e proximais dos dedos
Nódulo de Heberden – hipertrofia das articulações interfalangeanas distais.
Nódulo de Bouchard – hipertrofia das articulações interfalangeanas proximais.
Artrite Reumatoide – pode gerar desvios nos dedos, decorrentes de luxações das articulações interfalangeanas proximais, esta deformidade e chamada de mãos em forma de Cisne.
Acromegalia – ocorre um aumento desproporcional nas dimensões das mãos, especialmente nas partes moles, mãos suculentas.
Síndrome de Volkman – contratura isquêmica devido à oclusão aguda da Artéria Braqueal – leva a flexão de punho e retração das articulações metacarpo falangeanas.
Esclerodermia – doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, ligada a fatores autoimunes. A principal característica é o endurecimento da pele, que se torna mais espessa, brilhante e escura nas áreas afetadas. Ocorre a perda das pregueações da pele, as rugas naturais existentes sobre as articulações dos dedos, assim há a perda da flexibilidade no movimento das mãos.
Crontratura de Dupuytren – Presença de um cordão fibroso que causa deformidade de flexão local permanente, não permite a extensão.
Exame físico Geral do Punho
Flexão, extensão, abdução, adução (observar o desvio radial e desvio ulnar), pronação e supinação.
 Observar a pele (manchas, lacerações, formação de calosidade).
Exame físico Geral da Perna 
Alinhamento dos membros – Pernas
Inspeção – simetria, deformação, desvios, calosidades 
Exames complementares – radiografias 
Genu Valgum – pernas em X, os joelhos estão mais próximos.
Normalidade
Genu Varum – perna de cowboy, joelhos afastados. 
Deve-se comparar as articulações homologas, observando se a alteração encontra-se em ambos os membros, em qual deles é mais exacerbada ou acentuada. 
OBS: Valgum não Cavalga. 
Exame físico do Joelho 
Avaliar a extensão, flexão de 135 graus, rotação externa e interna do joelho. 
Exame físico da Coluna Normal 22min
Coluna Cervical – Concavidade (vértebras C1 à C7)
Coluna Torácica – Convexidade (vértebras T1 à T12)
Coluna Lombar – Concavidade (vértebras L1 à L5)
INSPEÇÃO: paciente em pé, ereto, observar perfil da coluna em visão posterior + lateral + anterior 
PALPAÇÃO: tumefação, calor, pontos dolorosos, palpar processos espinhosos, músculos
MOBILIZAÇÃO: testar mobilidade e amplitude dos movimentos
Paciente em posição neutra, teste de lateralidades (D/E), rotação (D/E), flexão e extensão.
Ambos os testes são feitos quando o paciente tem uma queixa de cervicalgia (dor na coluna)
Manobra de Spurling: pesquisa cervicobraquialgia – pressão sobre o topo da cabeça com o pescoço inclinado para o lado acometido e cervical extendida – sugere compressão nervosa no forame intervertebral cervical – dor na extremidade do mmss homolateral.
Com o paciente sentado confortavelmente, o examinador apoia as palmas das mãos no alto da cabeça do paciente. A ação consiste no examinador aplica pressão para baixo enquanto o paciente flexiona lateralmente a cabeça. O teste é repetido com o paciente flexionando a cabeça para o lado oposto. A flexão lateral pode ser realizada tanto ativamente como passivamente
Teste da tração cervical: vai gerar o alívio da dor, pela descompressão radicular no forame intervertebral. Portanto vai diferenciar a dor de compressão nervosa da dor de origem articular do ombro.
Com o paciente sentado, o examinador coloca uma das mãos sob o queixo e a outra na nuca do paciente.A ação consiste no examinador traciona lentamente a cabeça do paciente para cima enquanto o paciente se mantém relaxado.
Teste de Schober: Paciente na posição ortostática é delimitado o espaço entre o processo espinhoso de L5 e 10 cm acima; solicita-se ao paciente que faça uma flexão anterior da coluna, e mede-se novamente. Exame normal – aumentar pelo menos 5 cm. Avalia o grau de flexibilidade do paciente.
Pacientes com artroses ou artrites tem a flexibilidade diminuída.
Exame físico de Coluna Patológico
Cifose – alteração de forma acentuada
da curvatura torácica 
Lordose – alteração curvatura cervical ou lombar 
Escoliose – desvios lateriais da coluna a esquerda ou a direita 
Primaria – congênitas, paralisias 
Secundárias – traumas, osteomielites, tuberculoses 
Exame físisco de Coxas e Panturrilhas
Avaliação de força muscular (*neuro) e tonicidade dos músculos (*contraturas, espasmos) 
Empastamentos – pele eritematosa, brilhante, a palpação de edema mole e pele elástica.
Sd. Compartimental – aumento da pressão junto a diminuição de fluxo de sangue (o sangue fica parado no membro), que pode gerar uma isquemia do membro. Faz-se o corte para gerar o alivio da pressão no membro. 
Atrofias musculares – proeminência da ossatura, achatamento das emiencias tenar e hipotenar, afinamento mmii – comprometimento muscular, pode ser devido a paralisia. 
Observar os movimentos básicos do ombro, rotação interna e rotação externa observer imagens no slide.
Exame físico Geral do Ombro 
INSPEÇÃO: observar o ângulo inferior da escápula, borda ventral, acrômio, espinha da escápula, músculo supra-espinhal e músculo infra-espinhal 
PALPAÇÃO dos mesmos locais já descritos acima 
Pedir para o paciente fazer o movimento de FLEXÃO, observando os principais musculos responsáveis pelo movimento: mm deltoide anterior, peitoral maior (cabeçaclavicular), coracobraqueal, bíceps braqueal. Dando a instrução “Levante seus braços à frente e acima da cabeça”. 
Pedir para o paciente fazer o movimento de EXTESÃO, observando os principais musculos responsáveis pelo movimento: mm latíssimo do dorso, redondo maior, deltoide posterior, bíceps braqueal (cabeça longa). Dando a instrução “Leve seus braços para trás”. 
Pedir para o paciente fazer o movimento de ABDUÇÃO, observando os principais musculos responsáveis pelo movimento: mm supra espinhal, deltoide, serrátil anterior (por rotação para cima da escápula). Dando a instrução “Levante o seu braço para o lado e acima da cabeça”
Pedir para o paciente fazer o movimento de ADUÇÃO, observando os principais musculos responsáveis pelo movimento: mm peitoral maior, coracobraqueal, latíssimo do dorso, redondo maior, subescapular. Dando a instrução “Cruze o braço à frente de seu corpo”
Pedir para o paciente fazer o movimento de ROTAÇÃO INTERNA (MEDIAL), observando os principais músculos responsáveis pelo movimento: mm subescapular, deltoide anterior, peitoral maior, redondo maior, latíssimo do dorso. Dando a instrução “Coloque uma das mãos nas costas e toque sua escápula”
Pedir para o paciente fazer o movimento de ROTAÇÃO EXTERNA (LATERAL), observando os principais musculos responsáveis pelo movimento: mm infraespinal, redondo maior, deltoide (parte posterior). Dando a instrução “Levante os braços até o nível do ombro; dobre o cotovelo e rode seu antebraço em direção ao teto formando 90°”
Quando a lesão as principais queixas de dor são nos movimentos de ABDUÇÃO e ROTAÇÃO EXTERNA (LATERAL), devido a fraqueza nos respectivos músculos supra-espinhal e infra-espinhal. 
Principais relatos de dor no ombro estão relacionado à:
O manguito Rotador 
FUNÇÃO: estabilizar o ombro. “Capuz” ao redor da cabeça do úmero
Ruptura do manguito: fraqueza do músculo supraespinal à abdução, a fraqueza do músculo infraespinal durante a rotação externa (lateral) e sinal de compressão positivo
Teste o sinal de compressão de Neer. Faça compressão com uma das mãos sobre a escápula para impedir seu movimento e erga o braço do paciente com a outra mão. Isso comprime a tuberosidade maior do úmero contra o acrômio. Se o paciente tiver alguma inflamação, bursites ou compressão nervosa não irá conseguir realizar o movimento.
Teste o sinal de compressão de Hawkins. Flexione o ombro e o cotovelo do paciente a 90°, com a palma de sua mão voltada para baixo. Em seguida, com uma das mãos no antebraço e a outra no braço, efetue a rotação interna do braço. Isso comprime a tuberosidade maior do úmero contra o ligamento coracoacromial.
A dor durante estas manobras representam um teste positivo, que indica possível inflamação ou ruptura do manguito rotador.
Exame físico do Cotovelo
Principais relatos de dor no ombro estão relacionado à:
Epicondilite Lateral : Tenista.
Teste de Cozen é realizado com o cotovelo em 90º de flexão e com o antebraço em pronação. Pede-se ao paciente que realize a extensão ativa do punho contra a resistência que será imposta pelo examinador. O teste será positivo quando o paciente referir dor no epicôndilo lateral. 
Epicondilite Medial : Golfista. 
Com o antebraço em supinação e extensão do punho. Você pede para o paciente realizar uma flexão forçada. Teste positivo o paciente referir dor no epicôndilo medial. 
Exame físico do Quadril 
Movimentos básicos de observação a movimentação da articulação do quadril.
Manobra de Lasegue – lombociatalgia: O teste é composto por duas etapas: primeiramente com o paciente em decúbito dorsal, eleva-se o membro com o joelho em extensão até o momento em que o paciente apresentar dor, usualmente por volta de 70º por tensão do ciátio, quando então se fleter o quadril e o joelho lentamente para se afastar dor por patologia do quadril.
A dor observada ao movimento pode irradiar para todo o membro inferior e parede abdominal. Pode estas associada a parestesia de nervo ciático. 
 Exame físico do Tornozelo 
Realização de movimentos básicos: dorso flexão, eversão, extensão e flexão (do tornozelo e dos dedos do pé).
Síndromes traumáticas de tornozelo: 
Entorse – modificação do equilíbrio articular estático e dinâmico (causa: torção,distensão), mantendo o eixo anatômico da articulação – não há deslocamento das estruturas articulares – observa-se bastante dor, edema, equimose, normalmente não
Luxação – é o entorse com desvio do eixo anatômico articular
Fratura – Descontinuidade do tecido ósseo

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