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ARTIGO _Telhado Verde

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I CONGRESSO NACIONAL DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS 
TEMA: ENGENHARIA E TECNOLOGIA SUSTENTÁVEL 
Faculdade Mauricio de Nassau – Campus Campina Grande - 24 a 26 de novembro de 2016. 
 
Fabricia Queiroz de Oliveira – Graduanda em Engenharia Civil – fabricia_q@yahoo.com.br 
João Paulo de Melo Almeida – Graduando em Engenharia Civil – joaopaulo.meloalmeida@gmail.com 
Valter Silva da Costa – Graduando em Engenharia Civil – valtersilva27@outlook.com 
Wellyngton Severino da Silva – Graduando em Engenharia Civil – wellyngtonseverino@hotmail.com 
Josedite Saraiva de Souza – Professora Doutora em Engenharia Química - eng.josedite@hotmail.com 
 
CONFORTO TÉRMICO: O USO DE COBERTURA VERDE 
 
Fabrícia Queiroz DE OLIVEIRA
1
; João Paulo de Melo ALMEIDA
1
; Valter Silva DA COSTA
1
; Wellyngton 
Severino DA SILVA
1
; Josedite SARAIVA DE SOUZA
2
 
 
1,2
 Faculdade Maurício de Nassau, Campina Grande/PB. 
 
RESUMO 
 
Desenvolvimento sustentável é referente à capacidade de consumo e de 
aproveitamento das matérias-primas extraídas da natureza sem comprometer a disponibilidade 
desses elementos para futuras gerações, unindo o desenvolvimento econômico com 
responsabilidade ambiental. Diante do cenário competitivo no setor da construção civil, tem-
se observado uma crescente preocupação ambiental buscando tecnologias mais viáveis na 
reutilização destes recursos materiais, focando no desenvolvimento sustentável. Neste 
sentido, o presente trabalho pretende contribuir com estudos referentes à transferência de 
calor que pode afetar no conforto térmico do ser humano, que é definido como um estado de 
espírito que reflete satisfação com o ambiente térmico que envolve as pessoas. Tendo em 
vista que conforto térmico especialmente no ambiente de trabalho é regido por normas 
regulamentadoras legais que obrigam a empresa a se preocupar com o assunto. Assim esse 
trabalho busca avaliar a influencia do telhado verde na redução de transferência de calor para 
o ambiente interno. 
 
 
Palavras-chave:: conforto térmico; sustentabilidade; telhado. 
 
 
1-INTRODUÇÃO 
 
Conforto térmico é definido como um estado de espírito que reflete satisfação com o 
ambiente térmico que envolve as pessoas (LAMBERTS et al, 1997). Sentir calor não causa 
simplesmente desconforto, mas também danos à saúde, dependendo do grau de intensidade e 
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TEMA: ENGENHARIA E TECNOLOGIA SUSTENTÁVEL 
Faculdade Mauricio de Nassau – Campus Campina Grande - 24 a 26 de novembro de 2016. 
 
Fabricia Queiroz de Oliveira – Graduanda em Engenharia Civil – fabricia_q@yahoo.com.br 
João Paulo de Melo Almeida – Graduando em Engenharia Civil – joaopaulo.meloalmeida@gmail.com 
Valter Silva da Costa – Graduando em Engenharia Civil – valtersilva27@outlook.com 
Wellyngton Severino da Silva – Graduando em Engenharia Civil – wellyngtonseverino@hotmail.com 
Josedite Saraiva de Souza – Professora Doutora em Engenharia Química - eng.josedite@hotmail.com 
tempo de permanência nessas condições. Apesar de muita gente pensar que conforto térmico 
é opcional, no ambiente de trabalho, por exemplo, há exigências legais que obrigam a 
empresa a se preocupar com o assunto. Visto que nas edificações horizontais a maior parte 
exposta à radiação solar é o telhado, o qual absorve grande parte da energia solar e a transfere 
para o interior das edificações, aumentando os ganhos térmicos e consequentemente, elevando 
a temperatura interna. 
O uso de telhados verdes pode ser um grande aliado para diminuir o aquecimento, 
além de ser uma maneira de arborizar centros urbanos. A ação melhora a qualidade do ar e o 
isolamento térmico da construção onde foi instalada. (ESBERSPACHER, 2011) 
As coberturas verdes aparecem como uma forma promissora de utilização das lajes e 
telhados, em que o concreto das cidades é substituído pelo verde e o colorido das plantas. 
Além das vantagens ambientais como a purificação do ar urbano, através da fotossíntese e da 
absorção de poluentes; a implantação da vegetação na cobertura reduz significativamente a 
necessidade de climatização dos ambientes especialmente no verão, reduzindo a temperatura. 
(ECOLOGIC, 2013) 
Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar a redução na transferência de calor 
proporcionada pelo uso de cobertura verde, por meio de comparação do comportamento de 
um sistema de cobertura verde com o sistema de cobertura convencional de telhas em 
cerâmica. 
 
2- MATERIAL E MÉTODOS 
Quanto aos meios, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, consultando e interpretando 
publicações ligadas ao tema descrito. Quanto aos fins considera-se uma pesquisa descritiva e 
de abordagem quantitativa. 
Para comprovar a possível redução na transferência de calor do ambiente externo para o 
ambiente interno na edificação, realizaram-se os cálculos necessários para obter a quantidade 
de calor. 
Segundo a AESA (Agência Executiva de Gestão das Águas), uma das temperaturas 
mais alta registrada em Campina Grande em 2015 foi de 35°C. Essa temperatura foi à 
escolhida para a realização dos cálculos necessários. 
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3- RESULTADOS E DISCUSSÃO 
3.1 Telhado Convencional 
O telhado convencional, como apresentado na figura 1, é composto por telha cerâmica 
com espessura L = 0,05m e condutividade térmica K = 0,85 W/m°C, apoiada na laje, L = 
0,10m e K = 1,75 W/m°C, finalizando com revestimento em argamassa de cimento e areia, L 
= 0,05m e K = 1,15 W/m°C. Com esses dados iremos calcular a intensidade total de fluxo de 
calor, em W (J/s), de acordo com a equação 1. 
 
 
𝑄𝑇𝐶 =
∆𝑇
∑
𝐿
𝐾
 → 𝑄𝑇𝐶 =
(𝑇1−𝑇2)
𝐿1
𝐾1
+
𝐿2
𝐾2
+
𝐿3
𝐾3
 (1) 
 
𝑄𝑇𝐶 =
(35−30)
0,05
0,85
+
0,10
1,75
+
0,05
1,15
 → 𝑄𝑇𝐶 =
5
0,159
 → 𝑄𝑇𝐶 = 31,45 𝑊 
 
3.2 Telhado Verde 
O telhado verde, como apresentado na figura 2, é composto por cobertura vegetal com 
espessura L = 0,15m e condutividade térmica K = 0,12 W/m°C, apoiada na laje, L = 0,10m e 
K = 1,75 W/m°C, finalizando com revestimento em argamassa de cimento e areia, L = 0,05m 
e K = 1,15 W/m°C, onde pode ser observado na figura 3. Com esses dados iremos calcular a 
intensidade total de fluxo de calor, em W (J/s), de acordo com a equação 2. 
 
 
Figura 1 – Telhado Convencional 
 
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Josedite Saraiva de Souza – Professora Doutora em Engenharia Química - eng.josedite@hotmail.com 
 
 
 
 
𝑄𝑇𝑉 =
∆𝑇
∑
𝐿
𝐾
 → 𝑄=
(𝑇1−𝑇2)
𝐿1
𝐾1
+
𝐿2
𝐾2
+
𝐿3
𝐾3
 (2) 
 
𝑄𝑇𝑉 =
(35−30)
0,15
0,12
+
0,10
1,75
+
0,05
1,15
 → 𝑄𝑇𝑉 =
5
1,351
 → 𝑄𝑇𝑉 = 3,70 𝑊 
 
4- CONCLUSÃO 
Com a presente pesquisa foi possível concluir que o telhado é efetivamente eficiente 
quando aplicado em telhados, pois era esperado inicialmente que o telhado verde tivesse 
maior retenção na transferência de calor, atuando como um bom isolante térmico. Esta 
expectativa se confirmou à medida que os cálculos foram realizados. 
O telhado verde contribuiu para temperatura interna ser menor comparado com o 
telhado convencional, com telha cerâmica. Assim, acredita-se que a economia de energia para 
climatização de ambientes internos terá impacto positivo, poupando recursos naturais. 
Figura 2 – Telhado Verde 
Figura 3 – Corte Telhado Verde 
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Josedite Saraiva de Souza – Professora Doutora em Engenharia Química - eng.josedite@hotmail.com 
A lista de benefícios do telhado verde é extensa. Além da redução do calor, como foi 
comprovado com os cálculos, há também redução de ruídos no interior das edificações, 
filtragem do ar externo (diminuindo a poluição) e regulação da umidade relativa do ar. 
Percebe-se que as vantagens são inúmeras. Porém, dentre algumas desvantagens, está o 
fato de que se o telhado verde não for bem cuidado ele pode atrair pragas urbanas como, por 
exemplo, o mosquito da dengue. O custo de um telhado verde também é alto, infiltrações e 
umidade, são outras desvantagens, caso a aplicação do telhado verde seja mal feita, mas pelos 
benefícios que traz, acaba compensando. 
Portanto com este trabalho pode-se constatar a grande importância em pesquisas de 
forma a viabilizar essa técnica e consequentemente minimizar os aspetos negativos inerentes á 
mesma tendo em vista a influencia que o conforto térmico exerce na vida das pessoas. 
 
5 REFERÊNCIAS 
1. ASHRAE Standard 55 – 2004: Condições Ambientais Térmicas para ocupação 
Humana 
2. LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F.O.R. Eficiência energética na arquitetura. 
3.ed. Rio de Janeiro, 2014. 
3. CONSTRUCÕES, Ecologic. Cobertura Verde. Disponível em: 
<http://www.ecologicconstrucoes.com.br/cobertura-verde/>. Acesso em: 28 de out. de 
2016. 
4. EBERSPACHER, Gisele. Telhado Verde: veja diferentes modelos. Disponível em: 
<http://atitudesustentavel.com.br/blog/2011/08/22/telhadoverde-veja-diferentes-
modelos/>. Acesso em: 28 de out. de 2016. 
5. FERRAZ, I. L., 2012. O desempenho térmico de um sistema de cobertura verde em 
comparação ao sistema tradicional de cobertura com telha cerâmica. Dissertação de 
Mestrado. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Departamento de 
Engenharia de Construção Civil. São Paulo, SP. Brasil. 
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Fabricia Queiroz de Oliveira – Graduanda em Engenharia Civil – fabricia_q@yahoo.com.br 
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Josedite Saraiva de Souza – Professora Doutora em Engenharia Química - eng.josedite@hotmail.com 
6. INCROPERA, F.P. e DEWITT, D.P., Fundamentos de transferência de Calor e 
Massa, Ed. LTC-Livros Técnicos e Científicos, 6a. Edição, 2008. 
7. RODRIGUES, Edmundo. Conforto Térmico das Construções. IFSC. Disponível em: 
http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/c/c6/Transmissao_de_Calor_em_Edificacoes.pdf

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