Buscar

O trabalho na obra de Marx: classes sociais e exploração

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sociologia 
 
 
 
 
 
O TRABALHO NA OBRA DE MARX: CLASSES 
SOCIAIS E EXPLORAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Sumário 
 
Introdução ...........................................................................................................................................2 
Objetivos ..............................................................................................................................................2 
1. A luta de classes ..........................................................................................................................2 
1.1. Os modos de produção ............................................................................................................2 
1.2. O capitalismo ............................................................................................................................4 
1.3 A exploração da força de trabalho .........................................................................................6 
Exercícios .............................................................................................................................................8 
Gabarito ............................................................................................................................................ 10 
Resumo ............................................................................................................................................. 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
Para o autor Karl Marx, as relações sociais são permeadas de contradições. 
Nesta aula temos por objetivo destacar os principais elementos da teoria da luta de 
classes, central na sua percepção das contradições presentes nos sistemas de 
produção – formas pelas quais a sociedade se reproduz, ou seja, produz mercadorias 
necessárias para sua sobrevivência. Para isso, compreenderemos sua percepção 
evolucionista sobre os modos de produção da sociedade: o comunismo primitivo, o 
modo de produção asiático, o modo de produção antigo, o feudalismo e o atual 
capitalismo. 
Além dos modos de produção existentes, Marx propõe, como veremos, a 
superação do modo de produção capitalisto, do qual é crítico ferrenho, pelo modo 
de produção comunista a partir de uma revolução da classe proletária. 
Para entendermos as formas pelas quais o modo de produção capitalista se 
reproduz estudaremos a concepção de exploração de Marx, bem como o 
desenvolvimento dos conceitos de valor de uso, valor de troca, mais-valia e lucro, 
centrais em sua compreensão e análises econômica e social do modo de produção 
capitalista, considerado injusto pelo autor. 
Objetivos 
• Identificar diferentes modos de produção ao longo da história da 
humanidade a partir da teoria marxista. 
• Elencar e analisar as principais características do modo de produção 
capitalista. 
 
1. A luta de classes 
1.1. Os modos de produção 
Como vimos nas aulas anteriores, Karl Marx foi um dos maiores estudiosos do 
capitalismo, entendendo que o motor da história é a luta de classes. Essas classes 
sociais se referem a dois grupos socioeconômicos antagonistas dentro de um modo 
de produção, a burguesia e o proletariado. 
De acordo com Quintaneiro (2010, p. 76), Marx elenca 5 modos de produção 
distintos de acordo com a linha do desenvolvimento histórico: “o comunismo 
primitivo, o antigo, o feudal, o capitalista e o comunista”. Podemos acrescentar a 
esses o modo de produção asiático também elencado por ele. Assim, 
caracterizamos esses modos de produção da seguinte forma: 
 
3 
 
Comunismo primitivo – considerado o modo de produção inicial da 
humanidade, prévio ao surgimento do dinheiro/moeda de troca e do Estado 
modern. Nesse sistema a propriedade era coletiva, ou seja, de todos os membros da 
comunidade, bem como responsabilidade era de todos. 
Asiático – neste modo de produção temos presentes proprietários de 
grandes porções de terra, camponeses forçados a trabalhos pesados, implicando a 
perda da maioria de seus direitos e, por fim, pessoas escravizadas e submetidas a 
trabalhos ainda mais pesados que os camponeses. Esse modo de produção foi 
vigente em países hoje conhecidos como Índia, China e Egito. 
Antigo – marcado por grandes latifúndios dominados por poucos senhores 
da terra. Esse modo de produção também ficou conhecido como modo de produção 
escravista em que havia o domínio e escravização por parte dos senhores da terra 
sobre as pessoas escravizadas, que eram submetidas a trabalhos forçados, 
humilhações e condições sub-humanas de sobrevivência. 
Feudalismo – aqui podemos enfatizar a divisão das grandes propriedades 
privadas de posse dos senhores feudais (os feudos) e alguns reinos administrados 
por reis – principalmente na Baixa Idade Média. Nesse sistema, a exploração do 
trabalho era servil. 
Capitalismo – atual modo de produção vigente na grande maioria dos 
Estados-nação modernos, caracterizado pelo controle e posse dos meios de 
produção (fábricas, máquinas, grandes empresas, etc.) por parte da burguesia 
(capitalistas) e venda da mão-de-obra do proletariado, classe trabalhadora. 
Comunismo – para Marx seria o estágio final dos modos de produção em que 
haveria o fim da propriedade privada, sendo essa de posse de todo o proletariado. 
No comunismo, haveria o fim das classes sociais, de forma que os meios de 
produção e os lucros seriam socializados, permitindo a igualdade socioeconômica. 
O Socialismo se trata, para Marx, de uma fase intermediária entre o 
capitalismo e o comunismo. Nesta etapa, há a tomada dos meios de produção pelo 
proletariado e a concentração de poder político, econômico e social nas mãos dos 
trabalhadores – é a chamada “ditadura do proletariado”. Ela ocorre com a finalidade 
de consolidar a vitória sobre o capitalismo e o avanço para a implementação do 
comunismo, uma sociedade sem Estado, sem classes e de bem comum. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com a análise da evolução dos modos de produção, Marx não quis dizer que 
todas as sociedades passaram pelos mesmos estágios, mas que as especificidades 
de cada sociedade geraram suas contradições e que estas gerariam uma nova 
síntese, transformando o modo de produção anterior no modo de produção 
seguinte. 
Sua visão era evolucionista porque o fim da evolução dos modos de 
produção levaria ao comunismo inevitavelmente, ao estágio final, mais justo e 
aprimorado da reprodução social. 
 
1.2. O capitalismo 
A maior parte da obra de Marx e Engels é dedicada ao estudo científico do 
capitalismo. Antigamente, o que era produzido pelos seres humanos era assim feito 
para satisfazer suas necessidades imediatas, ou seja, não havia acumulação de bens 
e mercadorias. 
Dessa forma, havia o trabalho dividido de acordo com a faixa etária e com o 
gênero (crianças, mulheres, homens, idosos), conceituado na Sociologia como 
divisão natural do trabalho. 
 
 
 
Marx acreditava que o socialismo e o comunismo 
emergiriam primeiro em países com o nível de 
capitalismo em desenvolvimento mais avançado, como 
Inglaterra e Alemanha, o que acabou não acontecendo. 
São, portanto, experiências de influência comunista ou 
socialista de extrema relevância na história da política 
global a Revolução Russa com a criação da União 
Soviética, a Revolução Cubana e a Revolução Cultural 
Chinesa. 
Inclusive, até hoje muitos partidos politicos se inspiram 
no socialismo ou no comunismo para buscar uma 
sociedade maisigualitária. 
 
 
5 
 
Com a crescente industrialização e de maneira decorrente, a crescente 
urbanização, se torna possível a exploração da mão-de-obra dos trabalhadores por 
parte dos donos dos meios de produção. Através desta, ocorre a acumulação de 
bens e mercadorias por meio do lucro gerado. A acumulação do considerado “extra” 
produzido pelos trabalhadores é um dos marcos do capitalismo. 
01 
 
Uma das características da acumulação do capitalista provinda do lucro da exploração da mão-
de-obra da classe trabalhadora é a concentração de grandes riquezas nas mãos de poucas 
pessoas, conforme a imagem. 
 
Para Marx, um dos aspectos que condicionam a luta de classes no capitalismo 
é a “(...) apropriação por não-produtores (pessoas, empresas ou Estado) de uma 
parcela do que é produzido socialmente.” (QUINTANEIRO, 2010, p. 78). 
Essa apropriação não deve ser naturalizada e em seu trabalho o autor busca 
fazer com que o trabalhador perceba o seu lugar histórico nessa divisão social do 
trabalho e se rebele contra a ordem estabelecida através de estruturas da luta de 
classes formadas historicamente. 
A desigualdade e as classes sociais, portanto, são criadas pelos seres 
humanos (criadas socialmente) e passíveis de superação pelos mesmos, em especial 
da classe interessada nessa superação, a classe trabalhadora, ou seja, o 
proletariado. 
O conceito de luta de classes não significa necessariamente luta corporal ou 
explícita entre as classes, mas a subordinação constante de uma classe sobre outra 
por diversos mecanismos, sendo o mais importante deles, a estrutura econômica. 
Além desse domínio material, também é exercido pela classe dominante e opressora 
o domínio ideológico, de maneira que os próprios trabalhadores passam a aceitar 
sua condição de subordinados como natural. 
 
6 
 
ANOTE AÍ! 
 
 
 
 
 
Como vimos na aula anterior, além do domínio material (infraestrutura), a 
classe dominante exerce seu domínio através da propagação de uma ideologia e de 
outras formas culturais (artes, educação, política) em sua superestrutura. 
No capitalismo, o que define alguém como parte da classe burguesa, como 
dito anteriormente, são os meios de produção do capital, incluindo matéria prima, 
objetos de trabalho, como máquinas e ferramentas, as instalações de trabalho, a 
água, a energia, etc. São definidores no esquema de reprodução capitalista a 
acumulação do capital e a exploração da mão-de-obra (GIDDENS, 2005). 
Segundo Quintaneiro (2010, p. 88), o capital “(...)é uma forma historicamente 
determinada de distribuição das condições de produção resultante de um processo 
de expropriação e concentração da propriedade.”. Já a mão de obra é compreendida 
por Marx como a força de trabalho que o trabalhador vende como mercadoria em 
troca de um salário que vai proporcionar sua sobrevivência. 
 
 1.3. A exploração da força de trabalho 
Um dos pontos fundamentais e bem fundamentados na teoria de Marx e 
Engels sobre a reprodução do capital é a exploração da burguesia sobre a força de 
trabalho. Veremos agora alguns dos conceitos fundamentais dessa teoria: o valor de 
uso, o valor de troca e a mais-valia. 
O valor de uso é definido pela utilidade da mercadoria. 
O valor de troca é o tempo e a matéria-prima necessária na produção de 
uma mercadoria. O valor de troca não é, portanto, essencial, variando de acordo 
com seu valor de mercado e suas condições de produção. 
Aqui podemos observar uma tabela que explicita a divisão 
de classes ao longo da História: 
Período/ 
Sistema 
Classe 
dominante 
Classe 
oprimida 
Antiguidade Patrícios Escravizados 
Feudalismo Senhores feudais Servos 
Capitalismo Burgueses Proletários 
 
 
 
 
 
7 
 
Mais-valia é um conceito existente previamente a Marx e reutilizado por ele 
para explicar como ocorre a relação entre valor de uso, valor de troca e a extração da 
mais-valia do trabalhador, cerne da exploração capitalista. Como isso acontece? 
Imaginemos uma produção de cadeiras: um trabalhador leva 5 dias para 
produzir 5 cadeiras, sendo que cada cadeira tem o custo de 10 reais para o burguês 
(em matéria-prima, instalações, etc.) e paga 10 reais por dia ao trabalhador como 
parte de seu salário, tendo custo total (matéria prima + instalações + salário) de 20 
reais. Em 10 dias, portanto, será gasto no total 200 reais. Esse é o valor de troca 
dessa produção. Se o valor dessas cadeiras for cobrado igualmente ao seu valor de 
troca, não haverá lucro para o burguês, que investiu na produção dessa mercadoria, 
não havendo acúmulo de capital. 
Para a obtenção do lucro, é realizado um acordo compulsório entre o 
burguês e o trabalhador (que o aceita por sua sobrevivência) em que o trabalhador 
precisa trabalhar 10 dias a mais para receber seu salário, por exemplo. Neste 
excedente de trabalho por parte do proletário é que está o lucro do burguês, 
podendo ser calculado ao subtrair o valor do salário do trabalhador do valor 
produzido pelo total dos dias de trabalho desse trabalhador. 
Essa mais-valia é chamada por Marx e Engels de mais-valia absoluta. 
Já a mais-valia relativa se dá ao mesmo tempo em que há inovações 
tecnológicas que proporcionam a possibilidade do burguês de produzir mais em 
menor tempo, mantendo, no entanto, o mesmo valor do salário do proletário e 
mantendo o tempo de trabalho dele. A mais-valia é, portanto, um dos mecanismos 
principais de manutenção do poder da burguesia e da desigualdade social. 
 
DICA DE VÍDEO 
 
 
 
 
 
 
 
A história das coisas. 2007. Dirigido por Louis Fox. 
O fetichismo da mercadoria e a alienação de Marx são 
usados para designar o processo de distanciamento dos 
trabalhadores do processo total de produção. Assista ao 
documentário “A história das coisas” para entender 
melhor como esse processo ocorre na atualidade. 
 
8 
 
Exercícios 
1. (Uema, 2011) As sociedades modernas são complexas e multifacetadas. Mas é com 
o capitalismo que as divisões sociais se tornam mais desiguais e excludentes. Marx já 
observara que só o conflito entre as classes pode mover a história. Assim sendo, para 
o referido autor, em qual das opções se evidencia uma característica de classe 
social? 
 
a) O status social e cultural dos indivíduos. 
b) A função social exercida pelos indivíduos na sociedade. 
c) A ação política dos indivíduos nas sociedades hierarquizadas. 
d) A identidade social, cultural e coletiva. 
e) A posição que os indivíduos ocupam nas relações de produção. 
 
2. (Uenp, 2013) 
“Tá vendo aquele edifício, moço, ajudei a levantar. 
Foi um tempo de aflição, eram quatro condução, 
Duas pra ir, duas pra voltar. 
Hoje depois dele pronto, olho pra cima e fico tonto, 
Mas chega um cidadão e me diz desconfiado: 
Tu tá aí admirado, ou tá querendo roubar. 
Meu domingo tá perdido, vou pra casa entristecido, 
Dá vontade de beber 
E pra aumentar o meu tédio, eu nem posso olhar pro prédio, 
Que eu ajudei a fazer. 
Tá vendo aquele colégio, moço, eu também trabalhei lá. 
Lá eu quase me arrebento, pus massa, fiz cimento, 
Ajudei a rebocar. 
Minha filha, inocente, vem pra mim toda contente 
Pai quero estudar. 
Mas me diz um cidadão: 
Criança de pé no chão aqui não pode estudar. 
Esta dor doeu mais forte. 
Porque eu deixei o Norte, eu me pus a me dizer. 
Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava, 
Tinha direito de comer. 
Tá vendo aquela Igreja, moço, onde o padre diz amém. 
 
9 
 
Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo, 
Lá eu trabalhei também. 
Lá sim, valeu a pena, tem quermesse, tem novena, 
E o padre me deixa entrar. 
Foi lá que Cristome disse: 
Rapaz, deixe de tolice, não se deixe amedrontar. 
Fui eu que criei a terra, enchi os rios, fiz a serra, não deixei nada faltar. 
Hoje o homem criou asas, e na maioria das casas, 
Eu também não posso entrar”. 
(Música “Cidadão”, escrita por Zé Geraldo em 1981.) 
 
Sobre a Mais-Valia, conceito de Karl Marx, o que é correto afirmar? 
 
a) Karl Marx não tematizou a mais-valia e, sim, afirmou que ela era própria do 
período medieval, quando as pessoas viviam nos feudos medievais. 
b) A mais-valia é o lucro que o burguês tem no final do mês, diferença entre 
receitas e despesas. 
c) A mais-valia depende da capacidade administrativa de um proletário, que 
administra as rendas obtidas através da exploração do seu empregado 
burguês. 
d) Karl Marx nunca falou em mais-valia e, sim, os marxistas que, 
equivocadamente, atribuem a Marx o termo. 
e) É a diferença entre o valor da força de trabalho e o valor do produto do 
trabalho, sem a qual não existiria o capitalismo. 
 
2. (UNESP SP/2016) A condição essencial da existência e da supremacia da 
classe burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos dos particulares, a formação e 
o crescimento do capital; a condição de existência do capital é o trabalho 
assalariado. […] O desenvolvimento da grande indústria socava o terreno em que a 
burguesia assentou o seu regime de produção e de apropriação dos produtos. A 
burguesia produz, sobretudo, seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória do 
proletariado são igualmente inevitáveis. (Karl Marx e Friedrich Engels. “Manifesto 
Comunista”. Obras escolhidas, vol. 1, s/d.) 
 
Entre as características do pensamento marxista, é correto citar: 
 
 
10 
 
a) A caracterização da sociedade capitalista como jurídica e socialmente 
igualitária. 
b) O reconhecimento da importância do trabalho da burguesia na 
construção de uma ordem socialmente justa. 
c) A celebração do triunfo da revolução proletária europeia e o desconsolo 
perante o avanço imperialista. 
d) O princípio de que a história é movida pela luta de classes e a defesa da 
revolução proletária. 
e) O temor perante a ascensão da burguesia e o apoio à internacionalização 
do modelo soviético. 
Gabarito 
1. e) A posição que os indivíduos ocupam nas relações de produção. 
Justificativa: Para Marx, as classes sociais estão divididas de acordo com as 
posições nas relações sociais, sendo na Antiguidade divididas entre 
patrícios e escravizados, no Feudalismo entre senhores feudais e servos e no 
capitalismo entre burgueses e proletários. 
 
2. e) É a diferença entre o valor da força de trabalho e o valor do produto do 
trabalho, sem a qual não existiria o capitalismo. 
Justificativa: A mais-valia é o tempo excedente que o trabalhador trabalha 
para receber seu salário. É um valor que exacerba o valor da matéria prima 
somado às instalações e ao salário do trabalhador gastos para produzir uma 
mercadoria, gerando assim o lucro do burguês. 
 
3. d) O princípio de que a história é movida pela luta de classes e a defesa da 
revolução proletária. 
Justificativa: A partir de sua análie da realidade, Marx percebe que a 
desigualdade social é promovida pelas classes dominantes ao longo da 
história em que há exploração do ser humano pelo ser humano. Ele coloca-
se assim, contrário a essa desigualdade, sendo defensor de uma revolução 
da classe oprimida, no caso de sua época o capitalismo vigente, essa classe 
era o proletariado que ele acreditava que devia se rebelar contra a 
burguesia. 
 
11 
 
Resumo 
Nesta aula pudemos ter contato com o significado da teoria de conflito de 
Marx e Engels a partir da história da luta de classes, em que, de acordo com os 
autores, há sempre a divisão de classes em exploradores e explorados. 
Conhecemos diferentes modos de produção elencados por Marx como o 
comunismo primitivo (sociedade anterior ao desenvolvimento das classes sociais), o 
modo de produção asiático (dividido em grandes proprietários e escravizados) e, o 
modo de produção antigo (dividido em patrícios e escravizados), o feudalismo 
(dividido em senhores feudais e servos), o capitalismo (dividido em burguesia e 
proletariado) e o comunismo (sociedade sem classes em que o poder está nas mãos 
da classe proletária). 
Também aprendemos conceitos básicos relacionados à economia para Marx. 
Para ele, as mercadorias têm valor de uso (relacionada à sua utilidade) e valor de 
troca (valor relacionado a quanto vale a mercadoria em relação a outras 
mercadorias disponíveis no mercado). 
De acordo com Marx, a acumulação de capital feita pela burguesia se daria 
pela apropriação da mais-valia – mão-de-obra excedente realizada pelo proletário e 
não-remunerada – gerando assim, o lucro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Referências bibliográficas 
GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. 
 
QUINTANEIRO, Tânia. Um toque de clássicos. 2 ed. Belo Horizonte: UFMG, 2010. 
 
MARX, Karl. O Capital. Vol. 2. 3ª edição, São Paulo: Nova Cultural, 1988. 
 
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. O Manifesto Comunista. 3ª edição, São Paulo: Global, 1988. 
 
MARX, Karl. O Dezoito Brumário e Cartas a Kugelmann. 5ª edição, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. 
Referências imagéticas 
Figura 01. DEDUCA. Disponível em: https://delinea.deduca.com.br/mediabank/432 Acessado em 02/02/2019 às 
02h01min.

Continue navegando