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Prof. Marcus V. Castegnaro Efeito de campos elétricos externos sobre cargas e dipolos elétricos Turmas L, LL, M, MM, N, NN Ação de campos sobre uma carga + F F _ extE extE Se uma carga é colocada em uma região do espaço onde existe umcampo elétrico, ela sofre a ação de uma força eletrostática: 𝑭 = 𝒒𝑬𝒆𝒙𝒕 Note que a força é exercida pelo campo EXTERNO. O campo gerado pela própria carga não pode exercer força sobre ela mesma. Ação de campos sobre uma carga Exemplo: Elétron se movendo em um campo elétrico uniforme Um elétron, inicialmente se movendo com velocidade constante de 1,00x106 m/s î, adentra em um campo elétrico uniforme de -2000 N/C ĵ. (a) Calcule a deflexão sofrida pelo elétron após ele ter viajado 1,00 cm na direção X, no interior do campo. (b) Calcule o módulo e a direção do vetor velocidade do elétron após ele ter viajado 1,00 cm na direção X, no interior do campo. - 𝑣0 𝐸 Ação de campos sobre uma carga Exemplo: Elétron se movendo em um campo elétrico uniforme - 𝑣0 𝐸 Na direção X MRU 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0𝑥 ∙ 𝑡 𝑡 = 1,00 × 10−2 1,00 × 106 𝑡 = 1,00 × 10−8 s (a) Ação de campos sobre uma carga Exemplo: Elétron se movendo em um campo elétrico uniforme - 𝑣0 𝐸(a) Na direção Y: campo uniforme força constante aceleração constante 𝐹 = 𝑞𝐸 𝐹 = −1,6 × 10−19 ∙ −2000 𝑗 𝐹 = 3,20 × 10−16 𝑗 N Ação de campos sobre uma carga Exemplo: Elétron se movendo em um campo elétrico uniforme - 𝑣0 𝐸(a) Na direção Y: campo uniforme força constante aceleração constante 𝐹 = 𝑚 𝑎 3,20 × 10−16 𝑗 = 9,11 × 10−31 ∙ 𝑎 𝑎 = 3,51 × 1014 m/s2 𝑗 Ação de campos sobre uma carga Exemplo: Elétron se movendo em um campo elétrico uniforme - 𝑣0 𝐸(a) ∆𝑦 = 𝑣0𝑦 ∙ 𝑡 + 𝑎𝑦 ∙ 𝑡 2 2 ∆𝑦 = 3,51 × 1014 ∙ 1,00 × 10−16 2 ∆𝑦 = 1,76 × 10−2 m = 1,76 cm Ação de campos sobre uma carga Exemplo: Elétron se movendo em um campo elétrico uniforme - 𝑣0 𝐸(b) 𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 + 𝑎𝑦 ∙ 𝑡 𝑣𝑦 = 3,51 × 10 14 ∙ 1,00 × 10−8 𝑣𝑥 = 1,00 × 10 6 m/s 𝑣 = 1,00 × 106 2 + 3,51 × 106 2 𝑣 = 3,65 × 106 m/s 3,51 × 106 1,00 × 106 v q 𝑣𝑦 = 3,51 × 10 6 m/s Módulo tan 𝜃 = 3,51 × 106 1,00 × 106 𝜃 = 74,1° Direção Ação de campos sobre um dipolo Exemplo: molécula de água - + d -q +q 𝒑 𝑝 = 𝑞𝑑 ∙ 𝑟 𝒑 𝑬 𝑬 Momento de dipolo Ação de campos sobre um dipolo Exemplo: molécula de água - + d -q +q 𝒑 𝒑 = 𝒒𝒅 Na presença de um campo elétrico externo: 𝑬 + - 𝒑 𝜽 𝑭+ 𝑭− 𝐹𝑟𝑒𝑠 = 𝐹+ + 𝐹− = +𝑞𝐸 − 𝑞𝐸 𝐹𝑟𝑒𝑠 = 0 !! Ação de campos sobre um dipolo Apesar da FORÇA RESULTANTE sobre o dipolo ser zero, o campo produz um TORQUE sobre o dipolo: 𝑬 + - 𝜽 𝑭+ 𝑭− c.m. 𝝉 = 𝒓 × 𝑭 𝒓+ 𝒓− Torque é dado por: módulo: 𝝉 = 𝒓 ∙ 𝑭 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝝋 𝝉+ = 𝒓+ ∙ 𝑭+ ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽d x 𝝉+ = (𝒅 − 𝒙) ∙ 𝒒𝑬 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 𝝉+ = −(𝒅 − 𝒙) ∙ 𝒒𝑬 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 negativo por ser horário perpendicular ao plano da figura Ação de campos sobre um dipolo 𝝉+ = 𝒓+ ∙ 𝑭+ ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽d x 𝝉+ = (𝒅 − 𝒙) ∙ 𝒒𝑬 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 𝝉+ = −(𝒅 − 𝒙) ∙ 𝒒𝑬 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 negativo por ser horário perpendicular ao plano da figura 𝝉− = 𝒓− ∙ 𝑭− ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽d x 𝝉− = 𝒙 ∙ 𝒒𝑬 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 𝝉− = −𝒙 ∙ 𝒒𝑬 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 negativo por ser horário perpendicular ao plano da figura 𝝉𝒓𝒆𝒔 = − 𝒅 − 𝒙 ∙ 𝒒𝑬 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 − 𝒙 ∙ 𝒒𝑬 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 𝝉𝒓𝒆𝒔 = −𝒅𝒒𝑬 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 𝝉𝒓𝒆𝒔 = −𝒑𝑬 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 𝝉𝒓𝒆𝒔 = 𝒑 × 𝑬 Ação de campos sobre um dipolo O TORQUE RESULTANTE sobre o dipolo é igual ao produto vetorial entre os vetores momento de dipolo e campo elétrico. Esse torque tende a alinhar o eixo do dipolo com o campo elétrico, fazendo com que o dipolo gire em torno do ponto do seu centro de massa. 𝝉𝒓𝒆𝒔 = 𝒑 × 𝑬 𝑬 + - 𝜽 𝑭+ 𝑭− c.m. 𝑬 𝑭+𝑭− c.m. 𝒑 𝒑 Assim como há variação de energia potencial gravitacional quando o pêndulo oscila, também podemos considerar que há variação de energia potencial do dipolo quando ele gira em torno do seu centro de massa Ação de campos sobre um dipolo Podemos fazer uma analogia entre o movimento do dipolo em um campo elétrico e o movimento de um pêndulo simples no campo gravitacional; em ambos os casos, o campo age sobre o sistema tendendo a restaurá-lo para a posição de equilíbrio = posição de menor energia (direção alinhada com a direção do campo). 𝑮 𝑬 + - 𝒑 𝜽 𝜽 Ação de campos sobre um dipolo O trabalho realizado pelo campo sobre o dipolo ao fazê-lo girar da posição de energia potencial zero para outra posição é dado por: 𝑾 = 𝟗𝟎° 𝜽 𝝉𝒅𝜽 = 𝟗𝟎° 𝜽 −𝒑𝑬 ∙ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 ∙ 𝒅𝜽 = −𝒑𝑬 − 𝐜𝐨𝐬 𝜽 𝟗𝟎° 𝜽 𝑾 = 𝒑𝑬 𝐜𝐨𝐬 𝜽 Lembrando que a força elétrica (logo, o campo também) é CONSERVATIVA temos: 𝑾 = −∆𝑼 𝑾 = − 𝑼𝒇 − 𝑼𝟎 −𝑾 = 𝑼𝒇 − 𝟎 𝑼𝒇 = −𝒑𝑬 𝐜𝐨𝐬 𝜽 Mesmo formato de um produto escalar! Ação de campos sobre um dipolo Escrevemos então: 𝑼 = −𝒑 ∙ 𝑬 U é mínima para θ = 0° (equilíbrio estável) U é máxima para θ = 180° (equilíbrio instável) Dipolos (moléculas) em um campo elétrico variável: Ex: Forno de microondas f ~ 109 Hz !
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