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Quarta à oitava semana do desenvolvimento embrionário SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6. Estende-se da terceira à oitava semana do desenvolvimento e é quando cada um dos três folhetos embrionários, o ectoderma, o mesoderma e o endoderma, dá origem a vários tecidos e órgãos específicos. Ao fim do período embrionário, por volta do final do segundo mês, a maioria dos sistemas orgânicos se estabeleceu, tornando reconhecíveis as principais características externas do corpo. Período de Organogênese Período de Organogênese • Crescimento por sucessivas mitoses • Diferenciação celular • Exposição à teratógenos que podem resultar em anomalias congênitas. SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6. 19 Dias Vista dorsal do embrião pré-somítico tardio (aproximadamente 19 dias). A. O âmnio foi removido, e a placa neural é claramente visível. B. Vista dorsal de um embrião humano com 19 dias.. SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6. 20 Dias C. Vista dorsal de um embrião com aproximadamente 20 dias apresentando somitos e formação do sulco neural com as pregas neurais. D. Vista dorsal de um embrião humano com 20 dias. SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6 SOMITOS •São corpos epiteliais formados pela divisão da mesoderma. •São fundamentais para a correta formação da coluna vertebral, dos músculos esqueléticos e sistema nervoso periférico. •São dispostos de forma regular ao longo dos dois lados do tubo neural do embrião. • A quantidade é um marcador importante para determinar a idade do embrião. Neurulação 4ª semana • É o processo pelo qual a placa neural forma o tubo neural. • Conforme a placa neural é alongada, suas extremidades laterais elevam-se para formar as pregas neurais, enquanto a região média deprimida forma o sulco neural. 4ª semana SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6 Neurulação 4ª semana • Gradualmente, as pregas neurais se aproximam uma da outra e se fundem na região cervical. Como resultado, forma-se o tubo neural. • O fechamento do neuróporo cranial ocorre no vigésimo quinto dia (18 a 20 somitos), enquanto o neuróporo posterior se fecha no vigésimo oitavo dia (25 somitos) - A neurulação está completa! 4ª semana A. Vista lateral de um embrião com 14 somitos (aproximadamente 25 dias). Observe a área pericárdica proeminente e o primeiro e o segundo arcos faríngeos. B. Lado esquerdo de um embrião de 25 somitos de aproximadamente 28 dias de idade. Os primeiros três arcos faríngeos, os placódios ótico e do cristalino são visíveis. SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6 Crista Neural Conforme as pregas neurais se elevam e se fundem, as células na borda lateral da crista do neuroectoderma começam a se dissociar de suas vizinhas. Essa população celular é a crista neural. Crista Neural Derivados da crista neural: 1. Tecido conjuntivo e ossos da face e do crânio 2. Gânglios nervosos craniais 3. Células C da glândula tireoide 4. Septo do coração 5. Odontoblastos 6. Derme da face e do pescoço 7. Gânglios espinais (da raiz dorsal) 8. Gânglios da cadeia simpática e pré-aórticos 9. Gânglios parassimpáticos do sistema digestório 10. Medula suprarrenal 11. Células de Schwann 12. Células gliais 13. Meninges (prosencéfalo) 14. Melanócitos 15. Células musculares lisas dos vasos sanguíneos da face e do prosencéfalo Correlações clínicas: Defeitos do tubo neural Exemplos de defeitos do tubo neural (DTNs) que ocorrem quando o fechamento do tubo neural falha. A. Anencefalia. B e C. Recém-nascidos com espinha bífida. A maioria dos casos ocorre na região lombossacral. De 50 a 70% de todos os DTNs podem ser evitados com a ingestão de ácido fólico. Os defeitos do tubo neural ocorrem quando não há fechamento do tubo neural. Cranial- anencefalia. Parte caudal - espinha bífida. SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6 Correlações clínicas: Defeitos do tubo neural A ocorrência desses defeitos é comum e varia nas diferentes regiões do mundo. Antes da complementação da farinha de trigo com ácido fólico nos EUA, por exemplo, a taxa geral desses defeitos era de 1 para cada 1.000 nascimentos, enquanto na Carolina do Norte e na Carolina do Sul era de 1 em 500 nascimentos. Em algumas regiões da China, as taxas são muito mais altas, chegando a 1 em 200 nascimentos. Vários fatores genéticos e ambientais são aparentemente responsáveis pela variabilidade. As causas genéticas dos DTNs permanecem vagas, embora, recentemente, tenham sido identificadas mutações nos genes VANGL associadas a casos familiares com esses defeitos. A expressão normal dos genes VANGL é necessária para que o fechamento normal ocorra. Derivados da Ectoderme Dá origem a órgãos e estruturas que mantêm contato com o mundo externo: • Sistema nervoso central • Sistema nervoso periférico • Epitélio sensorial do ouvido, do nariz e do olho • Epiderme, incluindo o cabelo e as unhas. Além disso, ele dá origem: • Às glândulas subcutâneas • Às glândulas mamárias • À glândula hipófise • Ao esmalte dos dentes. Derivados da Mesoderme Uma camada contínua com o mesoderma cobrindo o âmnio, conhecida como camada mesodérmica somática ou parietal Uma camada contínua com o mesoderma cobrindo a vesícula vitelínica, conhecida como camada mesodérmica visceral ou esplâncnica Cortes transversais mostrando o desenvolvimento do folheto embrionário mesodérmico. A. Décimo sétimo dia. B. Décimo nono dia. C. Vigésimo dia. D. Vigésimo primeiro dia. A lâmina mesodérmica dá origem ao mesoderma paraxial (futuros somitos), ao mesoderma intermediário (futuras unidades excretórias) e à placa ou ao mesoderma lateral, que se divide nas camadas mesodérmicas parietal e visceral, recobrindo a cavidade intraembrionária Derivados da Mesoderme Corte transversal através dos somitos e do tubo neural mostrando a organização do mesoderma paraxial em somitos e nos mesodermas intermediário e lateral. SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6 Derivados da Mesoderme Vista dorsal dos somitos se formando ao longo do tubo neural (o ectoderma foi removido parcialmente). Os somitos se formam caudalmente a partir do mesoderma paraxial pré-somítico não segmentado e se tornam segmentados em regiões posicionadas mais cranialmente. SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6 Derivados da Mesoderme •Mesênquima da cabeça e se organizam. Os somitos originam: •o miótomo (tecido muscular) •o esclerótomo (cartilagem e osso) • o dermátomo (derme da pele), Também dá origem: • ao sistema vascular (coração, artérias, veias, vasos linfoides e todas as células do sangue). •ao sistema urogenital: rins, gônadas e seus ductos • o baço • o córtex suprarrenal Derivados da Endoderme Revestimento epitelial: • do sistema digestório • do sistema respiratório • da bexiga urinária • da cavidade do tímpano • da tuba auditiva • Também forma o parênquima da tireoide, as paratireoides, o fígado e o pâncreas. Cortes sagitais através deembriões mostrando os derivados do folheto embrionário endodérmico. A. Bolsas faríngeas, revestimento epitelial dos brotos pulmonares e da traqueia, do fígado, da vesícula biliar e do pâncreas. B. A bexiga urinária deriva da cloaca e, nesse estágio do desenvolvimento, está em conexão aberta com o alantoide. Dobramento do embrião 4ª semana SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6 Derivados da Mesoderme Embrião humano (CCC de 9,8 mm, quinta semana). Os membros anteriores têm formato de remo. 5ª semana • Crescimento da cabeça excede de outras regiões • Formação dos membros anteriores • Primórdios dos dedos • Movimentos espontâneos SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6 Derivados da Mesoderme Embrião humano (CCC de 13 mm, sexta semana), mostrando a vesícula vitelínica na cavidade coriônica. 6ª semana • olho mais visível • Formação a aurícula ouvido externo • Cabeça maior em relação ao tronco • Respostas ao toque. SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6 Derivados da Mesoderme Embrião humano (CCC de 25 mm, sétima à oitava semana). O cório e o âmnio foram abertos. Observe o tamanho da cabeça, o olho, a aurícula da orelha, os dedos dos pés bem formados, a tumefação no cordão umbilical causada pelas alças intestinais e a vesícula vitelínica na cavidade coriônica. 7ª à 8ª semana • Regiões dos membros evidentes. • Perda da membrana interdigital. • Início da ossificação no fêmur. • Desaparecimento da cauda • Cabeça desproporcional ao corpo • Intestino encontra-se no interior da porção proximal do cordão umbilical; • Diferenças sexuais da genitália SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 6 www.saude.pr.gov.br Correlações clínicas: TOXOPLASMOSE CONGÊNITA É uma doença infecciosa que resulta da transferência transplacentária do Toxoplasma gondii para o concepto, decorrente de infecção primária da mãe durante a gestação ou por reagudização de infecção prévia em mães imunodeprimidas. Lícia Maria Oliveira Moreira –FMUFBa Tríade toxoplasmótica coriorretinite calcificações intracerebrais hidrocefalia SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Capítulos. 6. Bibliografia Básica Complementar Nos slides. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27
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