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TCC 2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
SANEAMENTO BÁSICO 
ÁGUAS PLUVIAIS 
 
 
 
WILLAME MORAIS SILVA 
VANDERLEI FELIX DO 
NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
ORIENTADOR: CARLOS 
 
 
 
 
 
 
MONOGRAFIA FINAL DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
PUBLIÇÃÇÃO: Nº /2019 
BRASILIA / DF: NOVEMBRO / 2019 
ii 
CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL 
 
 
 
 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
SANEAMENTO BÁSICO 
ÁGUAS PLUVIAIS 
 
 
 
WILLAME MORAIS SILVA 
VANDERLEI FELIX DO 
NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
MONOGRAFIA SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO EM 
ENGENHARIA CIVIL UNIPLAN COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS 
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL. 
 
APROVADA POR: 
 
 
CARLOS (ORIENTADOR) XXXXXXXXXXXXXXXXXX, 
título, instituição (1º EXAMINADOR INTERNO) 
 
XXXXXXXXXXXXXXXXXX, título, instituição (2º EXAMINADOR INTERNO
iii 
 
iv 
FICHA CATALOGRÁFICA 
Willame morais silva Vanderlei Felix Do Nascimento ; 
Saneamento básico. Águas pluviais. Distrito Federal, 2019. 
xii, 53 p., 210x297 mm (ENC,/ UNIPLAN, Engenheiro Civil, 2019). 
Monografia de conclusão de Graduação – UNIPLAN, Departamento de Engenharia 
Civil. 
 
 
1. xxxx 
xxxx 
I. EnC / UNIPLAN 
 
 
2. xxxx 
4. xxxx 
II. Engenheiro Civil 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
Soares, M. A; Cardoso, R. L. Saneamento básico. Águas pluviais. 2019. 
NºXXXXXXXXXX. Projeto Final de Graduação, Publicação ENC. PFG, Departamento de 
Engenharia Civil, Centro Universitário Planalto do Distrito Federal, Brasília, DF. 
 
CESSÃO DE DIREITOS 
NOME DOS AUTORES: Willame Morais Silva e Vanderlei Felix Nasciment 
TÍTULO DA MONOGRAFIA: Saneamento básico. Águas pluviais. 
GRAU: Graduação ANO: 2019. 
 
 
É concedido ao Instituto de Centro Universitário Planalto do Distrito Federal a 
permissão para reproduzir cópias deste projeto final e para emprestar ou vender tais cópias 
somente para propósitos acadêmicos e científicos. Os autores reservam outros direitos de 
publicação e nenhuma parte deste projeto final de graduação pode ser reproduzida sem a 
autorização por escrito dos autores. 
 
 
Willame Morais Silva 
Endereço: QD 206 CONJ 04 CASA 01 
CEP: 72610604, Recanto Das Emas/ DF – 
Brasil. 
 
 
Vande rlei Felix Do Nascimento 
Endereço:QS 5 RUA 456 LOTE 06 AREAL AGUAS 
CLARAS/DF – Brasil. 
iv 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
Dedicamos primeiramente a Deus, por sempre nos abençoar, principalmente 
durante estes últimos cinco anos com muita saúde e força pra trilhar essa difícil jornada de 
trabalho e formação acadêmica; 
Aos amigos e colegas de curso, que por diversas vezes nos auxiliaram e nos 
apoiaram, ajudando a superar todas as dificuldades em sala de aula, contribuindo 
grandemente para nossa formação acadêmica; 
A nossa família que sempre nos apoiou nos momentos mais difíceis e que 
nunca nos abandonou nem mesmo quando tudo parecia estar perdido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Willame Morais Silva e Vanderlei Felix Do Nascimento 
v 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradecemos antes de tudo a Deus que nos deu saúde, disposição e 
paciência para enfrentar essa longa jornada. 
Aos nossos familiares e todos os amigos pelo apoio e crença de que nossos 
objetivos seriam alcançados. 
A todos os professores do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário 
Planalto do Distrito Federal, pela amizade e dedicação com que nos passaram 
conhecimento, a todos, muito obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Willame Morais Silva e Vanderlei Felix Do Nascimento 
vi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vi 
RESUMO 
 
 
Através de relatos é possível perceber que o conduto de água para sanar necessidades 
humanas é recorrente na maioria dos períodos históricos. Porem, com a urbanização e o 
aumento da impermeabilidade do solo, principalmente em cidades, surge outro problema 
ligado a eficiência de sistemas de escoamento de águas pluviais. A fim de evitarmos 
problemas recorrentes de alagamentos, deslizamentos de terra, inundações entre outros 
vários problemas é fundamental que se desenvolva cada vez mais soluções para 
escoamento de água pluvial, principalmente em grandes cidades. 
O trabalho que segue, mostra de forma concisa os principais problemas de um sistema de 
escoamento de água pluvial mal executado e a importância do desenvolvimento de 
soluções viáveis para o aumento da eficiência dos sistemas de captação e condução das 
águas das chuvas. Lembrando que sistemas deficitários fomentam o aumento do risco de 
perdas não só materiais, mas também de vidas humanas. Mediante este panorama, é de 
suma importância a realização de estudo que analise o tema proposto “saneamento básico 
- águas pluviais”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: Sistema. Drenagem. Águas. Saneamento básico. Pluviais. 
Normatização. Solução. 
vii 
ABSTRACT 
 
 
Through reports you can see that the canal water to remedy human needs recurs in most 
historical periods. However, with urbanization and increased soil impermeability, especially 
in cities, there arises another problem linked to efficiency of stormwater runoff systems. In 
order to avoid recurring problems of flooding, landslides, floods and other various problems 
it is essential to develop more solutions to drain rainwater, especially in large cities. 
The work that follows shows concisely the main problems of a poorly executed rainwater 
drainage system and the importance of developing viable solutions for increasing the 
efficiency of collecting and carrying rainwater systems. Recalling that deficient systems 
foster increased risk of loss not only material, but also of human lives. Upon this background, 
it is extremely important to carry out studies to analyze the theme "sanitation - rainwater". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Keywords: System. Drainage. Waters. Basic sanitation. Rain. Regulation. Solution. 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 13 
vii 
 
1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................... 14 
1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................................... 14 
1.1.2 Objetivos Específicos ......................................................................................................... 14 
1.2 ESCOPO DO TRABALHO ..................................................................................... 15 
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ....................................................................................... 16 
2.1 SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS: CONCEITO, HISTÓRIA, BENEFÍCIOS E 
DESCRIÇÃO DO SISTEMA .................................................................................................................................. 17 
2.2 CONCEITOS GERALMENTE EMPREGADOS NOS SISTEMAS DE DRENAGEM EM GERAL ............ 17 
2.3 BREVE HISTÓRICO ...............................................................................................................................18 
2.4 IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL ................................................................ 20 
2.5 PERSPECTIVA FUTURA DO SISTEMA DE ÁGUA PLUVIAL ................................................................ 24 
2.6 DESCRIÇÃO DOS ITENS DE UM SISTEMA DE ÁGUA PLUVIAL ......................................................... 25 
2.6.1 Microdrenagem .................................................................................................................. 27 
2.6.2 Meio-fio .............................................................................................................................. 27 
2.6.3 Sarjeta ............................................................................................................................... 28 
2.6.4 Sarjetão ............................................................................................................................. 29 
2.6.5 Boca de lobo ...................................................................................................................... 30 
2.6.6 Galerias ............................................................................................................................. 33 
2.6.7 Poços de visita ................................................................................................................... 34 
2.6.8 Condutos de ligação .......................................................................................................... 35 
2.6.9 Caixas de ligação ............................................................................................................... 36 
2.7 ASPECTOS DA NORMATIZAÇÃO BRASILEIRA REFERENTE À DRENAGEM PLUVIAL URBANA ..37 
2.7.1 Referências normativas ..................................................................................................... 37 
2.7.2 Condições gerais ............................................................................................................... 38 
2.7.3 Tubos de concreto ............................................................................................................. 39 
2.7.4 Equipamentos .................................................................................................................... 39 
2.7.5 Execução ........................................................................................................................... 40 
2.7.6 Galerias ............................................................................................................................. 40 
2.7.7 Boca de lobo ...................................................................................................................... 41 
2.7.8 Poços de visita ................................................................................................................... 41 
3 METODOLOGIA ......................................v..i.i.i ................................................................................ 42 
vii 
 
4 ESTUDO DE CASO .................................................................................................... 43 
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 50 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
x 
TABELA 2.1 -EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE DRENAGEM URBANA PLUVIAL (ACOSTA,2012). .......... 19 
TABELA 2.2 - MUNICÍPIOS QUE SOFRERAM INUNDAÇÕES OU ENCHENTES EM 1998 E 1999 .......... 21 
TABELA 2.3 - CAUSAS DAS CONDIÇÕES PRECÁRIAS DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL (ACOSTA, 
2012). ................................................................................................................................ 22 
TABELA 2.4 -BENEFÍCIOS DE UM SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL (RIBEIRO E ROOKE, 2010). .... 23 
TABELA 2.5 - TIPOS DE BOCA DE LOBO (MASCARÓ, 1997). ...................................................... 31 
TABELA 2.6 - NORMAS BRASILEIRAS QUE REGEM OS DISPOSITIVOS DE DRENAGEM PLUVIAL URBANA 
(BRASIL, 2004) .................................................................................................................... 38 
xi 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
FIGURA 2.1 - SUBSISTEMAS DA INFRAESTRUTURA DO SANEAMENTO BÁSICO. (UFRJ, 2010). ....... 18 
FIGURA 2.2 - SISTEMA TOUT À L’ÉGOUT. (MENTIONS LÉGALES, 2012). ..................................... 20 
FIGURA 2.3 – ENCHENTE (BACAN, 2011). .............................................................................. 21 
FIGURA 2.4 - EMPOÇAMENTO.(GUARAPARI VIRTUAL, 2009). ................................................... 23 
FIGURA 2.5 - OBRA DE MACRODRENAGEM.(CAVALCANTI, 2011). ............................................. 26 
FIGURA 2.6 - SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL. (ROSAR E LUCENA, 2012). ............................... 27 
FIGURA 2.7 - MEIO-FIO. (DTVB, 2011). ................................................................................. 28 
FIGURA 2.8 - SARJETA EM PERSPECTIVA.(MOREIRA, 2012). .................................................... 29 
FIGURA 2.9 - SARJETÃO.(BRASIL, 2010). .............................................................................. 29 
FIGURA 2.10 - SARJETÃO EM PERSPECTIVA.(MOREIRA, 2012). ................................................ 30 
FIGURA 2.11 - TIPOS DE BOCA DE LOBO. (MOREIRA, 2012). ..................................................... 32 
FIGURA 2.12 - POSICIONAMENTO DE BOCAS DE LOBO. (MASCARÓ, 1996). ................................ 32 
FIGURA 2.13 - TUBOS UTILIZADOS EM GALERIAS. (GRUPO ITAIPU, 2012). .................................. 34 
FIGURA 2.14 - POÇO DE VISITA.(MOREIRA, 2012) .................................................................. 35 
FIGURA 2.15 - CONDUTO DE LIGAÇÃO ACOPLADO A BOCA DE LOBO. (MOREIRA, 2012). ............... 36 
FIGURA 2.16 - CAIXA DE LIGAÇÃO. (MOREIRA, 2012). .............................................................. 37 
FIGURA 4.1 - ENCONTRO DAS ÁGUAS NA AVENIDA DO CONTORNO, SOE QUADRA 18. ................. 44 
FIGURA 4.2 - AVENIDA SOE QUADRA 18 EM DIA DE SOL ........................................................................... 45 
FIGURA 4.3 - BOCA DE LOBO LATERAL OBSTRUÍDA ...................................................................................... 45 
FIGURA 4.4 - BOCA DE LOBO DANIFICADA ...................................................................................................... 46 
FIGURA 4.5 - BOCA DE LOBO SEM MANUTENÇÃO ......................................................................................... 47 
FIGURA 4.6 - FALTA DE SARJETA NO AUXILIO DA BOCA DE LOBO .............................................................. 48 
FIGURA 4.7 - RECAPEAMENTO ASFÁLTICO .................................................................................................... 48 
FIGURA 4.8 - ENCONTRODE JUSANTES ......................................................................................................... 49 
xii 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
 
 
CA – Concreto Armado. 
DER – Departamento de estreadas e rodagens. 
DNER – Departamento nacional de estradas e rodagens (extinto pela lei 10.233 de 5 de 
junho de 2001). 
DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. 
Fck - Resistência Característica do Concreto à Compressão. 
m – metros. 
MPA – Mega Pascal (unidade de medida). 
NBR – Norma brasileira. 
13 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Sabemos das consequências para a sociedade, referente à existência de um 
sistema de drenagem pluvial inadequado, ou até da ausência do mesmo, o que pode 
acarretar prejuízos e perdas irreparáveis. Por isso, tratou-senesse trabalho dos diversos 
benefícios que podem sobrevir a todos, caso o sistema de drenagem pluvial seja bem 
planejado e estruturado. 
Procurou-se analisar a real importância de um sistema de drenagem de águas 
pluviais levando-se em consideração sua importância na melhoria da qualidade de vida das 
populações enfatizando que a condução das águas de chuvas é fundamental para melhoria 
do saneamento de uma cidade. 
É apresentado um breve histórico do desenvolvimento dos sistemas de drenagem 
de águas pluviais, descrevendo desde um projeto pioneiro até os diversos conceitos 
aplicados ao tema no decorrer do tempo, abordando os itens que compõem um sistema de 
drenagem pluvial e mencionando as suas respectivas especificações e funções citando 
normas brasileiras que regem a execução de um sistema de drenagem pluvial. 
São apresentados alguns conceitos básicos sobre a drenagem, e a qual conjunto 
de outros sistemas este pertence, mostrando, de forma bem simples e clara, os problemas 
que impedem a eficiência funcional da captação e o conduto da água capitada, as 
consequências de um sistema mal construído e as soluções necessárias para que este 
funcione de forma eficaz. 
14 
1.1 OBJETIVOS 
 
 
1.1.1 Objetivo Geral 
 
 
Analisar os principais problemas e dificuldades na execução de um sistema de 
drenagem pluvial, mostrando as causas mais frequentes relacionadas aos problemas 
encontrados e expondo possíveis soluções técnicas para cada tipo de problema. 
 
1.1.2 Objetivos Específicos 
 
 
• Analisar métodos para assentamento de tubulações com seções pré- 
moldadas discutindo a importância da compatibilidade do sistema 
construtivo adotado em projeto e local de implementação. 
• Verificar a real Importância dos dissipadores de energia, diagnosticando os 
principais problemas encontrados nesse item dos sistemas. 
• Observar as causas da desqualificação dos profissionais envolvidos no 
processo de execução; 
• Orientar sobre os problemas causados pela não obediência do plano de 
manutenção e conservação; 
• Apontar problemas causados pela má utilização de sistemas de drenagem 
de águas pluviais; 
15 
1.2 ESCOPO DO TRABALHO 
 
 
O trabalho por motivos didáticos foi dividido em quatro capítulos: 
 
 
No capítulo 1 contempla-se a introdução os objetivos gerais e os objetivos 
específicos. 
 
O capítulo 2 trata da revisão bibliográfica contendo o histórico do desenvolvimento 
tecnológico e de conceitos básicos para o entendimento dos sistemas de drenagem de 
água pluviais urbanas. Ainda no capítulo 2 é apresentada uma breve descrição de sistemas 
de drenagem de água pluvial juntamente com opiniões de especialistas sobre tipos 
construtivos, materiais, acessórios e etapas de construção. 
 
O capítulo 3 trata da metodologia utilizada no estudo de caso. 
 
 
No capítulo 4 encontra-se a apresentação do estudo de caso com seus problemas. 
A observância de evidências e medidas tomadas na fase de execução das obras também 
está presente nesse capítulo. Também se apresenta uma possível solução técnica para 
sanar os problemas apresentados na rede de captação e condução de águas pluviais dos 
setores sul e oeste da cidade do Gama situada no Distrito Federal, Brasil. Os resultados do 
estudo de caso também fazem parte do texto desse capítulo. 
16 
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 
 
 
As melhorias dos sistemas de captação de água da chuva juntamente com o 
surgimento de novas tecnologias só se intensificam quando a humanidade começa seu 
processo de impermeabilização demasiada do solo. Problemas com as águas das chuvas 
eram frequentes, mas já havia técnicas satisfatórias de condução das águas pluviais. O 
surgimento de grandes calçamentos e a pavimentação de pisos de trânsito, principalmente 
asfalto, intensificou o processo de diminuição da capacidade de absorção de água no solo, 
criando problemas causados pelas águas que permaneciam sobre a superfície em períodos 
maiores. 
Assim pode-se verificar que as falhas em sistemas de captação e condução de 
grandes volumes de água traziam sempre um grande risco aos centros urbanos. Assim, 
começa a surgir a necessidade de ordenação e regulamentação das técnicas empregadas 
nas construções destinadas a esse fim. A criação de leis e normas é o maior indício desse 
processo em que esse tipo de construção começa a ganhar importância. 
A necessidade de avanço tecnológico com a diminuição do custo desses sistemas 
acabou por fomentar as áreas de estudo dentro da engenharia civil no ramo de captação e 
condução de águas pluviais. Esse processo acontecesse sempre visando melhorias na 
qualidade de vida da população, sendo que, neste contexto, procurou-se expandir 
conhecimentos relativos ao campo, no que diz respeito também a saneamento básico, já 
que se começou a verificar que vários problemas de saúde estão relacionados ao mau 
escoamento das águas das chuvas. Ainda hoje existe um grande desafio de melhoria na 
eficiência de sistemas de captação e condução de águas pluviais no intuito de se evitar 
alagamentos e prejuízos a todos que utilizam esses sistemas. 
Uma constante que se pode observar de causa e efeito é que um bom estudo 
preliminar seguido de uma boa execução em geral garante a eficiência e a durabilidade de 
qualquer obra de engenharia, evitando assim, os imprevistos e os prejuízos causados por 
ele. Esses seriam os dois primeiros pilares de um bom sistema de águas pluviais. 
Outro aspecto que está ligado à segurança é a economia do sistema, 
principalmente na sua fase construtiva. Garantir a viabilidade econômica de investimentos 
futuros em sistemas de captação e condução das águas pluviais é uma responsabilidade 
dos engenheiros civis, lembrando que a viabilidade do plano de manutenção também faz 
parte dessa análise. Limpeza, desobstrução de dutos e projetos de conscientização sobre 
a utilização desses sistemas também devem estar inclusas nas contas que ajudam a 
17 
verificar os custos do sistema. Sendo assim, é de suma importância que se busque um bom 
planejamento e acompanhamento na execução, pois só assim poderá se garantir um bom 
escoamento das águas pluviais por meio de um sistema viável economicamente. 
Podemos citar aqui também que o uso de materiais de qualidade e equipamentos 
adequados na concepção da obra também influencia na sua eficiência, durabilidade e 
resistência ao longo de cada provação, sejam em precipitações de curtos ou longos 
períodos. 
 
2.1 Sistema de drenagem de águas pluviais: conceito, história, benefícios e 
descrição do sistema 
 
Como parte integrante da infra-estrutura de uma cidade, é imprescindível a 
existência de um sistema de drenagem de águas pluviais, o qual pode 
prevenir a ocorrência de problemas que afetam o bem estar da população. 
Primeiramente, pode-se iniciar o conteúdo deste tema, mostrando conceitos 
relacionados e a importância de uma boa execução das obras (MASCARÓ; 
YOSHINAGA, 2005). 
 
2.2 Conceitos geralmente empregados nos sistemas de drenagem em geral 
 
 
Segundo Ferreira, entende-se por drenagem, “o conjunto de operações e 
instalações para remover o excesso de águas da superfície ou do subsolo” (FERREIRA, 
2009). 
O sistema de drenagem pluvial possui como função principal proporcionar o 
apropriado escoamento da água das chuvas que caem sobre as áreas urbanas, podendo 
assim assegurar o trânsito público e proteger as edificações (MACKENZIE, 2012). 
O sistema de drenagem pluvial é um item integrante dos sistemas técnicos que 
compõem a infraestrutura de saneamento básico de um loteamento (Figura 2.1), fazendo 
parte deste conjunto os seguintes subsistemas: viário, de abastecimento de água, de 
esgotos sanitários, energéticoe de comunicações. 
18 
 
Figura 2.1 - Subsistemas da infraestrutura do saneamento básico. (UFRJ, 2010). 
 
 
2.3 Breve Histórico 
 
 
Um relato pioneiro de infraestrutura pluvial existente na literatura ocorreu no 
primeiro milênio antes de Cristo, a construção de um canal de pedra, feito pelo Imperador 
Senaqueribe que transportava água até a capital do Império Assírio, a cidade de Nínive. O 
comprimento deste canal era de oitenta quilômetros; e para cruzar um vale que havia nessa 
extensão, construiu-se um aqueduto de 275 metros de extensão de comprimento. 
O fundo e as laterais deste canal possuíam revestimento de blocos de pedra caliça. 
Para impedir que a infiltração causasse perdas de água, além de talhar os blocos com 
perfeição, o fundo e as paredes tinham impermeabilização feita com alcatrão. Este canal 
foi traçado com tamanha precisão e possui uma inclinação constante. 
No decorrer da história humana ocorreu uma evolução do conceito de drenagem 
urbana pluvial, o que é representado através das informações contidas na Tabela 2.1 a 
seguir. 
19 
Tabela 2.1 - Evolução do conceito de drenagem urbana pluvial 
(Acosta, 2012). 
 
 
A Figura 2.2 mostra de forma sucinta como funciona um “Tout à l’égout”, sistema 
de saneamento básico desenvolvido principalmente na França no período absolutista. O 
termo Tout à (sistema) e L’égout (moderno) se refere ao período histórico que 
didaticamente é conhecido como Idade moderna, que vai desde a tomada de 
Constantinopla pelos turcos otomanos, 1453, até a revolução francesa, 1789, se tratando 
de um sistema onde esgoto e águas pluviais são conduzidas pelos mesmos condutos. 
20 
 
Figura 2.2 - Sistema Tout à l’égout. (Mentions Légales, 2012). 
 
 
Podemos perceber pela Tabela 2.1 que esse sistema perdurou na maior parte dos 
períodos históricos. Isso acontece por não haver a necessidade de sistemas mais eficientes 
de escoamento pluvial, pois o processo de impermeabilização do solo ainda não possuía 
avanços, diminuindo consideravelmente o fluxo dessas águas e pela dificuldade de 
construção desses sistemas que ainda não contavam com máquinas hidráulicas 
contemporâneas. O custo de construção desses sistemas também caiu de forma a viabilizar 
a implementação em locais de menos circulação de capital, expandindo as redes 
individualizadas de esgoto e águas das chuvas. 
 
2.4 Importância de um sistema de drenagem pluvial 
 
 
No Brasil e em diversos países subdesenvolvidos as consequências da falta 
de sistemas de drenagens pluviais bem estruturados vêm contribuindo para 
a ocorrência de problemas como as enchentes (Figura 2.3), as quais 
causam todo ano milhões de reais em prejuízos (MOREIRA, 2012). 
 
A situação referente às enchentes é tão crítica, que pode ser observado em cidades 
tanto de porte médio quanto grande, que até mesmo chuvas de pequena intensidade 
provocam empoçamentos, enchentes e deslizamentos de encostas. 
O número de enchentes que ocorrem no Brasil a cada ano é alarmante conforme é 
apresentado na Tabela 2.2. 
21 
Tabela 2.2 - Municípios que sofreram inundações ou enchentes em 1998 e 1999 
(IBGE, 2002) 
 
A impermeabilização do solo ocasiona o aumento da intensidade do volume do 
escoamento superficial diretamente nas águas pluviais, e tais modificações conduzem a 
uma redução no tempo de concentração e produz altos índices de vazões a jusante. 
 
 
Figura 2.3 – Enchente (Bacan, 2011). 
22 
Embora as enchentes tenham outras causas, tais como: crescimento 
desordenado, desmatamento e erosão do solo, assoreamento de canais, 
deficiência da coleta de lixo, comportamento indisciplinado da população, 
ocupação de áreas ribeirinhas, aspectos econômicos, ineficácia de políticas 
públicas; uma deficiente rede pluvial é a maior responsável pela ocorrência 
de enchentes (ROSAR; LUCENA, 2012). 
 
Em concordância com Rosar e Lucena (2012) e Moreira (2012) as principais causas 
das péssimas condições do saneamento básico são as que constam na Tabela 2.3. 
 
Tabela 2.3 - Causas das condições precárias do saneamento básico no Brasil 
(Acosta, 2012). 
 
 
 
 
Além dos prejuízos materiais as enchentes, que podem ser evitadas por um sistema 
de drenagem eficiente, geram vários outros problemas como o favorecimento de 
proliferação de doenças, podendo chegar a iniciar epidemias, além de risco de poluição dos 
mananciais utilizados como fonte para o consumo humano. 
Os riscos de perdas humanas talvez sejam os maiores motivos para implementação 
de sistemas eficientes de captação e condução das águas das chuvas, já que estes têm 
como principal objetivo a garantia da saúde da população. Lembrando que cada sistema 
deverá atender a necessidade da região na qual será implementado. As necessidades de 
cada região devem ser levadas em consideração para o estudo de viabilidade. 
23 
De acordo com Ribeiro e Rooke (2010), os sistemas de drenagem urbana 
correspondem a sistemas preventivos contra inundações, empoçamentos (Figura 2.4), 
erosões e assoreamentos, principalmente em regiões mais baixas das comunidades 
sujeitas a alagamentos ou marginais de cursos naturais de água. 
 
 
Figura 2.4 - Empoçamento. (Guarapari Virtual, 2009). 
 
 
Ainda de acordo com Ribeiro e Rooke (2010), dentre os diversos benefícios de um 
sistema de drenagem pluvial adequado, tanto superficial quanto subterrâneas estão 
expresso na Tabela 2.4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2.4 - Benefícios de um sistema de drenagem pluvial (Ribeiro e Rooke, 2010). 
24 
 
 
 
Então, podemos concluir que os benefícios são diversos, vão desde a saúde da 
população a diminuição ou extinção do risco de perdas materiais até a diminuição do custo 
de manutenção de vias públicas e conforto a população. 
 
2.5 Perspectiva futura do sistema de água pluvial 
 
 
Planejamento e técnica são essenciais para que se resolvam os problemas 
relacionados ao saneamento básico. Indícios mostram que os sistemas que compõem os 
requisitos para excelência sanitária nas cidades devem estar correlacionados de modo à 
integralização destes a um plano central. Os sistemas de drenagem de esgotos, águas 
pluviais, coleta de lixo, limpeza e manutenção de vias, fiscalização e políticas públicas 
devem ser parte de um mesmo plano para que se chegue a um resultado satisfatório no 
que diz respeito a saneamento básico, manutenção e restauração do meio ambiente. 
Diversas pesquisas têm sido realizadas mostrando um conceito recente a respeito 
de projetos de drenagem urbana. Este é definido como desenvolvimento sustentável da 
drenagem urbana, que tem como princípio o ciclo hidrológico natural. 
Conforme Parkinson (2003), as estratégias em questão incluem as ações 
estruturais, que representam os componentes físicos ou de engenharia como aspecto 
importante da infraestrutura, e inclui também as ações não estruturais, que abrangem as 
formas de atividades que tratam das práticas de gerenciamento e alterações de 
comportamento. 
Dentre os novos princípios da drenagem urbana pluvial estão: 
25 
- Novos desenvolvimentos não podem aumentar a vazão de pico das 
condições naturais (ou prévias) - controle da vazão de saída; 
- O planejamento da bacia deve incluir controle do volume; 
- Deve se evitar a transferência dos impactos para jusante (ROSAR; 
LUCENA, 2012). 
 
Parkinson (2003), diz que o controle da drenagem diretamente na fonte pode ser 
feito por intermédio de planos de infiltração e trincheiras, detenção ou pavimentos 
permeáveis. A idéia é preservar a vazão pré-existente, não repassando o impacto do novo 
desenvolvimento para o sistema de drenagem. 
Visto que o volume deágua pluvial manejado através destes mecanismos é menor, 
o cidadão possui uma liberdade de escolha superior a de controlar a vazão, desde que a 
vazão de saída não seja maior que o permitido. 
Neste modelo de sistema pluvial, são inseridas técnicas tais como a construção de 
estacionamentos permeáveis e canais abertos com vegetação visando amenizar as vazões 
de pico e diminuir a concentração de poluentes das águas de chuva nas áreas urbanas. 
Outra técnica constitui em armazenar as águas de chuva para reuso. 
Em síntese o sistema pluvial sustentável é definido como sendo: 
 
 
[...] conjunto de medidas que têm como finalidade a minimização dos riscos 
aos qual a sociedade está sujeita e a diminuição dos prejuízos causados 
pelas inundações, possibilitando o desenvolvimento urbano da forma mais 
harmônica possível, articulado com as outras atividades urbanas (ROSAR; 
LUCENA, 2012). 
 
2.6 Descrição dos itens de um sistema de água pluvial 
 
 
A importância do conhecimento dos itens que compõem um sistema de drenagem 
é fundamental para o entendimento dos problemas e soluções relacionados ao tema. 
Analisemos de forma sucinta cada um dos itens pertencentes a um sistema de drenagem 
pluvial, sendo mencionadas suas funções e especificações. 
A trajetória percorrida pela água pluvial sobre uma superfície. Esta pode ser 
topograficamente bem definida ou não. Depois de a cidade ser implantada, o percurso das 
26 
enxurradas é delineado através do traçado das vias, acabando por se comportar tanto de 
modo quantitativo quanto qualitativo, de modo bem distinto do seu comportamento original. 
Em relação às torrentes originadas mediante a precipitação direta sobre as vias públicas, 
estas desembocam nos bueiros instalados nas sarjetas. As torrentes se escoam por 
intermédio das tubulações as quais alimentam os condutos secundários, atingindo o 
fundo do vale, no qual o escoamento é bem determinado topograficamente. 
Em síntese um sistema de macrodrenagem é constituído por: cursos d’água, zonas 
de inundação natural, lagos permanentes, canais, bueiros, pontes, reservatórios de 
retenção e de detenção, extravasores e comportas (ROSAR; LUCENA, 2012). 
A Figura 2.5 apresenta uma obra de macrodrenagem, na qual estão sendo 
instalados quatro conjuntos de galerias retangulares, contendo cada uma dois metros de 
largura por um metro e meio de altura e vinte metros de comprimento (CAVALCANTI, 2011). 
 
 
Figura 2.5 - Obra de macrodrenagem. (Cavalcanti, 2011). 
 
 
Um sistema de drenagem pluvial pode ser ilustrado através do conteúdo da Figura 
2.6 a seguir. 
27 
 
Figura 2.6 - Sistema de drenagem pluvial. (Rosar e Lucena, 2012). 
 
 
2.6.1 Microdrenagem 
 
 
O sistema de microdrenagem é responsável por captar a água pluvial e conduzi-la 
até o sistema de macrodrenagem. Os seus elementos principais são: o meio-fio, sarjeta, 
sarjetão, boca-de-lobo, condutos de ligação, caixas de ligação, poços de visita e as galerias. 
Na sequência serão analisados cada um destes itens mencionados. 
 
2.6.2 Meio-fio 
 
 
O meio-fio (Figura 2.7) de acordo com Mascaró e Yoshinaga (2005) é um elemento 
usado entre o passeio e o leito carroçável, disposto paralelamente ao eixo da rua, 
construído geralmente de pedra ou concreto pré-moldado, formando um conjunto com as 
sarjetas. A altura do meio-fio é de aproximadamente 15 cm em relação ao nível superior da 
sarjeta. Uma altura maior dificultaria a abertura das portas dos automóveis e uma altura 
menor reduziria, sem benefício à capacidade de conduzir as águas nas ruas. 
28 
 
Figura 2.7 - Meio-fio. (DTVB, 2011). 
 
 
2.6.3 Sarjeta 
 
 
Sarjetas são faixas do leito das vias, situadas juntamente ao meio-fio, executadas 
normalmente em concreto moldado “in loco” ou pré-moldadas. Formando com o meio-fio 
canais triangulares que tem a finalidade de receber e direcionar as águas pluviais para o 
sistema de captação. 
O conjunto meio-fio sarjeta precisa ser dimensionado em razão da declividade 
longitudinal e transversal da via, rugosidade e outros detalhes construtivos. A Figura 2.8 
apresenta uma sarjeta em perspectiva sendo indicados o meio-fio, a calçada, e a altura em 
relação à pista. 
29 
 
Figura 2.8 - Sarjeta em perspectiva. (Moreira, 2012). 
 
 
2.6.4 Sarjetão 
 
 
Sarjetões são calhas geralmente construídas do mesmo material das sarjetas, em 
formato de “V”, localizadas nos cruzamentos de vias, permitindo desta maneira que a água 
da chuva possa passar de um lado para o outro ou paralelamente à via em que converge. 
Os “pés-de-galinha” são os sulcos construídos nas interseções das vias com o objetivo de 
levar as águas de um sarjetão para outro, (Figura 2.9). 
 
 
Figura 2.9 - Sarjetão. (Brasil, 2010). 
30 
Caso as vias venham a servir como finalidade dupla, ou seja, dar escoamento ao 
tráfego e inclusive às águas pluviais, elas necessitam estar projetadas como sendo canais 
a céu aberto. Um dos pontos críticos deste sistema ocorre nos cruzamentos de vias onde 
as águas, na medida do possível, não atrapalham o trânsito. 
Uma imagem em perspectiva de um sarjetão em paralelepípedos é apresentada 
por intermédio da Figura 2.10 a seguir. 
 
 
Figura 2.10 - Sarjetão em perspectiva. (Moreira, 2012). 
 
 
2.6.5 Boca de lobo 
 
 
Entende-se por boca de lobo as caixas de captação das águas, inseridas ao longo 
das sarjetas com a finalidade de captar as águas pluviais em escoamento superficial e 
conduzi-las ao interior das galerias (MASCARÓ; YOSHINAGA, 2005). 
Existem três modelos de boca de lobo, os quais são apresentados na 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2.5 a seguir: 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2.5 - Tipos de boca de lobo (Mascaró, 1997). 
 
 
 
A eficiência das bocas-de-lobo está associada à seção transversal da via 
pública. Seções parabólicas fazem com que o caudal se comprima 
juntamente ao meio-fio, o que favorece a captação do escoamento 
superficial. Como as seções de ruas pavimentadas, especialmente as 
asfaltadas, não são realizadas com esta curvatura, e ocorrem aumentos 
indesejáveis na largura da lâmina de água juntamente ao meio-fio 
(MASCARÓ; YOSHINAGA, 2005). 
32 
As bocas de lobo de captação vertical são as mais eficazes em termos hidráulicos, 
porém necessitam de uma grade, sendo tecnicamente a mais eficiente a de ferro fundido. 
Em cidades de países emergentes, quando ancoradas ao solo, são com frequência 
roubadas para serem comercializadas como ferro velho, uma solução prática para esta 
questão é adotar duas meias grade articuladas e ancoradas em um marco de base, porém 
seu custo é proibitivo para a maior parte das cidades. 
Uma imagem da boca de lobo com grade e uma com entrada pela guia, consta na 
Figura 2.11. 
 
 
Figura 2.11 - Tipos de boca de lobo. (Moreira, 2012). 
 
 
Um jogo de bocas de lobo pode ser inserido de modo que impeçam o alagamento 
da faixa de pedestres, conforme consta na Figura 2.12. 
33 
 
Figura 2.12 - Posicionamento de bocas de lobo. (Mascaró, 1996). 
 
 
 
 
 
 
2.6.6 Galerias 
 
 
Galerias são condutores de deflúvios provindos da superfície rodoviária. Servem 
para capitação da água até as canalizações subterrâneas, que integram o sistema de 
drenagem da rodovia ao sistema urbano, permitindo a livre circulação de veículos. 
De acordo com Zmitrowicz e Angelis Neto (1997), geralmente as galerias são 
localizadas na rua, no eixo em seus terços. Tais tubulações precisam ser recobertas no 
mínimo de um metro, não sendo normalmente necessário seu dimensionamento estrutural 
para esta profundidade. As galerias mais usadas são as de concreto pré-fabricado com 
seçãocircular, e seus diâmetros comerciais são entre 400 e 1.500 milímetros. Ressaltando 
que o diâmetro mínimo das galerias não deve ser menor que 400 milímetros. 
Ainda de acordo com Zmitrowicz e Angelis Neto (1997) o assentamento dos tubos 
precisa ser realizado de jusante para montante, visto que a forma do cano e seus encaixes 
determinam esse método construtivo para evitar vazamentos. Em se tratando de diâmetros 
superiores a 1.500 milímetros, usam-se galerias moldadas “in loco”, com seções distintas. 
Sempre que possível, indica-se a utilização da fôrma pneumática, executada em dois 
estágios (berço e teto), com a grande vantagem do ponto de vista hidráulico, de apresentar 
34 
internamente seção circular de baixa rugosidade, em razão do sistema de moldagem à 
base de uma câmara elástica inflável. 
As galerias são dimensionadas supondo escoamento livre (sem pressão), e sua 
capacidade é estabelecida para a seção plena em regime de escoamento que não ocupe 
mais do que 90% da seção do tubo (Figura 2.13). 
A tubulação propriamente dita, dependendo do seu diâmetro, em geral, não 
representa a maior parcela do custo total de implantação da rede. A tubulação de 400 mm 
de diâmetro, a mais comum, possui uma participação inferior a 40% do custo total do tubo 
colocado, aumentando progressivamente com o aumento do diâmetro, chegando a 
aproximadamente 73% do custo total para tubulações com diâmetro de 1.500 mm 
(MASCARÓ; YOSHINAGA, 2005). 
 
 
Figura 2.13 - Tubos utilizados em galerias. (Grupo Itaipu, 2012). 
 
 
Deve-se ressaltar que a economia representada pela tubulação pré- 
fabricada não chega a justificar a adoção de duas galerias pré-fabricadas 
quando as vazões não possam ser evacuadas por somente uma pré- 
fabricada de 1.500 mm, o maior diâmetro disponível no mercado nacional. 
Neste caso, o custo total médio é em média 15% superior ao da moldada “in 
loco” (MASCARÓ; YOSHINAGA, 2005). 
 
2.6.7 Poços de visita 
35 
Os poços de visita são caixas intermediárias as quais estão localizadas ao longo 
da rede para que se permitam alterações de alinhamento, dimensões, declividade ou 
modificações de quedas e também proporcionando o acesso aos condutos para inspeção 
e limpeza. Os poços são importantes quando ocorre alteração na direção ou declividade na 
galeria, nas junções de galerias, nas extremidades de montante, ou quando acontece 
alteração de diâmetro das galerias. 
De acordo com Moreira (2012), além de permitir acesso aos condutos para que 
passem por manutenção, os poços de visita agem inclusive como caixas de ligação aos 
ramais secundários. Entretanto, sempre precisa existir um poço de visita para ocorrer 
alterações na seção de declividade ou de direção nas tubulações e nas junções desde os 
troncos até os ramais. 
Normalmente os poços de visita são compostos por concreto, blocos de concreto 
ou metal corrugado e tijolos. Na Figura 2.14 é apresentada a forma mais comum de poços 
de visita de concreto ou de tijolos. O fundo do poço é normalmente de concreto e apresenta 
uma canaleta de seção semicircular destinada ao escoamento da água. 
O poço pode ser interligado nos ramais da forma que é ilustrado na Figura 2.14a, 
ou também se por intermédio de uma queda externa interligá-los até o fundo do poço Figura 
2.14b. Caso a queda seja maior que sessenta centímetros, adota-se um diâmetro maior 
que 1,20m e o poço precisa ser edificado de modo apresentado na Figura 2.14c. No que 
diz respeito às tampas dos poços, assim como as molduras onde são encaixadas, precisam 
ser de ferro fundido com peso entre noventa e duzentos e setenta quilos. 
Ressalta-se que as tampas não podem ser lisas para que os veículos não derrapem 
quando passar sobre estas. Aconselha-se que as tampas sejam aferrolhadas, se houver 
chance de saltarem devido à pressão de águas refluídas ou mediante explosão de gás 
advindo do esgoto. 
36 
 
Figura 2.14 - Poço de visita. (Moreira, 2012). 
 
 
2.6.8 Condutos de ligação 
 
 
Entende-se por condutos de ligação como sendo as tubulações que tem como 
função transportar a água coletada nas bocas de lobo, conduzindo-as até as galerias 
pluviais, conforme consta na Figura 2.15. Estes precisam ser retilíneos e devem apresentar 
uma declividade, sendo usualmente edificados em concreto pré-moldado. 
 
 
 
Figura 2.15 - Conduto de ligação acoplado a boca de lobo. (Moreira, 2012). 
37 
As dimensões destes elementos são feitas como conduto livre a seção plena. 
Levando-se em consideração toda a seção do conduto, visto que o esgoto pluvial não tem 
a presença de gases, o que proporciona que a massa líquida ocupe-a plenamente. 
 
2.6.9 Caixas de ligação 
 
 
Por caixas de ligação entende-se que são caixas de alvenarias subterrâneas, que 
tem como função reunir os condutos de ligação, ou todos estes até a galeria. Ressaltando 
que ao reunir os condutos não terá espaço para que seja realizada a limpeza. 
As caixas de ligação são edificadas em concreto ou alvenaria e normalmente tem 
seção quadrada com as seguintes dimensões: 1,00 x 1,00 ou 1,40 x 1,40. 
A Figura 2.16 apresenta uma caixa de ligação identificando as posições das 
unidades de drenagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.16 - Caixa de ligação. (Moreira, 2012). 
38 
 
2.7 Aspectos da normatização brasileira referente à drenagem pluvial urbana 
 
 
O conteúdo deste capítulo tem como objetivo apresentar alguns procedimentos de 
dispositivos de drenagem pluvial urbana, abrangendo tubos, poços de visita e bocas de 
lobo, elementos estes com a função de coletar águas da superfície e conduzi-las até áreas 
de descarga mais adequadas de acordo com a normativa específica para cada item 
(BRASIL, 2004). 
 
2.7.1 Referências normativas 
 
 
De acordo com Brasil (2004), caso não tenha nenhuma norma mais recente após 
a publicação deste trabalho de conclusão de curso, as normas que regem os dispositivos 
de drenagem pluvial urbana são as constantes na Tabela 2.6 a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2.6 - Normas brasileiras que regem os dispositivos de drenagem pluvial urbana 
(Brasil, 2004) 
39 
 
 
 
2.7.2 Condições gerais 
 
 
Conforme mencionado por Brasil (2005) referente à execução dos serviços de 
drenagem pluvial urbana, não se permite que esta ocorra: 
 
• Sem a implantação prévia da sinalização da obra, conforme normas de 
segurança para trabalhos em rodovias do DER; 
• Sem o devido licenciamento ambiental conforme Manual de Instruções 
Ambientais para Obras Rodoviárias do DER; 
40 
• Sem a marcação topográfica do local com indicações de cotas vermelhas de 
escavação, respeitadas as declividades indicadas em projeto; 
• Em dias de chuva. 
 
As galerias precisam dispor de seção de escoamento seguro de deflúvios, o que 
em si deve atender as descargas de projeto calculadas nos casos de períodos de 
recorrência pré-estabelecidos. Para que se obtenha um escoamento seguro e satisfatório, 
o dimensionamento hidráulico precisa levar em consideração o desempenho das galerias 
com velocidade de escoamento apropriada, e inclusive tentar impedir que ocorram 
velocidades erosivas no terreno natural, na tubulação e nos dispositivos acessórios 
(BRASIL, 2005). 
De acordo com Brasil (2004), os dispositivos abordados pela especificação em 
questão, deverão ser realizados conforme é indicado no projeto. Mediante a falta de 
projetos específicos precisam ser usados os dispositivos padronizados pelo extinto DNER 
(Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), os quais estão presentes no álbum de 
projetos-tipo de dispositivos de drenagem. 
 
2.7.3 Tubos de concreto 
 
 
Os tubos de concreto destinadosàs galerias precisam ser do tipo e dimensões 
indicadas no projeto e serão de encaixe tipo ponta e bolsa, devendo estar em conformidade 
com as exigências das normas NBR 9793/87 e NBR 9794/87 (BRASIL, 2004). 
Segundo Brasil (2005), o concreto utilizado na produção dos tubos deve ser 
confeccionado conforme as NBR 12654 e 12655, e deve ser dosado experimentalmente 
para a resistência, fckmin aos 28 dias, de 15 MPa, ou acima se estiver indicado no projeto 
específico. Os tubos precisam ser rejuntados utilizando-se argamassa de areia e cimento, 
no traço de 1:4, em massa. 
 
 
 
 
2.7.4 Equipamentos 
 
 
De acordo com Brasil (2004), os equipamentos essenciais para que se executem 
os serviços devem ser apropriados aos locais de instalação das obras em questão, 
41 
atendendo ao que dispõem as prescrições específicas referentes aos serviços similares. 
Os equipamentos mínimos necessários são: 
 
Caminhões: 
- basculante; 
- de carroceria fixa; 
- Betoneira ou caminhão betoneira; 
- com grua ou “Munck”; 
- Guincho; 
Tratores: 
- Moto niveladora; 
- Pá carregadeira; 
- Rolo compactador metálico; 
- Retro escavadeira ou valetadeira; 
Ferramentas: 
- Serra elétrica para fôrmas; 
- Vibradores de placa ou de imersão. 
 
 
Deve-se ressaltar que todos os equipamentos devem estar em perfeitas condições 
de uso. 
 
 
2.7.5 Execução 
 
 
Na sequência serão apresentados os modos de execução das galerias, bocas de 
lobo e dos poços de visita de acordo com a norma vigente. 
 
2.7.6 Galerias 
 
 
Precisam de escavações executadas conforme o projeto e com a largura 
ultrapassando o diâmetro da canalização em pelo menos sessenta centímetros. O fundo 
das cavas poderá ser compactado de forma mecânica até que alcance a resistência 
prevista. 
42 
De acordo com Brasil (2005) quando as galerias estão sob vias trafegáveis, estas 
precisam estar assentes sobre berços de concreto como os definidos pela especificação do 
DER/PR ES-D 09/05. 
O assentamento dos tubos poderá ser realizado sobre berço de concreto ciclópico 
com 30% de pedra- de- mão, lançado sobre o terreno natural, caso este tenha condições 
de resistência adequada, adotando-se fckmin aos 28 dias de 15 MPa (BRASIL, 2004). 
 
Caso o material local for de pouca resistência, precisa ser prevista a sua 
substituição ou execução de camada de reforço com inserção de pedra- de- 
mão ou rachão. As juntas dos tubos deverão ser preenchidas com 
argamassa de cimento e areia em traço 1:3 em massa, tratando de retirar a 
argamassa excedente no interior à tubulação. Os tubos devem ter as suas 
bolsas assentadas no lado de montante para que se possam captar os 
deflúvios no sentido descendente das águas (BRASIL, 2004). 
 
2.7.7 Boca de lobo 
 
 
Conforme Brasil (2005), a execução das bocas de lobo deve ser de acordo com as 
especificações do projeto, quanto à localização e ao tipo de material a ser usado nas 
paredes, ou seja, alvenaria de tijolos ou concreto armado. Devem ser consideradas as 
recomendações publicadas pelo DER/PR ES-D 05/05. 
Ao estar concluída a escavação e preparada a superfície do fundo, será realizada 
a compactação para a fundação da boca-de-lobo, sobre uma base de concreto com 
resistência fckmin de 15 MPa aos 28 dias. 
Devem-se executar as paredes com alvenaria de tijolo maciço recozido ou bloco de 
concreto, assentados com argamassa de cimento e areia no traço de 1:3, sendo que na 
parte interna o revestimento seja feito com a mesma argamassa, desempenada e alisada. 
A parte superior da alvenaria deverá ser fechada com uma tampa de concreto simples, com 
resistência de fckmin de 15 MPa aos 28 dias, sobre a qual fixará o quadro para que se 
assente a grelha. 
 
2.7.8 Poços de visita 
43 
Os poços de visita são câmaras de trabalho na parte inferior da superfície. Devem 
ser executados com as dimensões e características fixadas por projetos específicos. 
Estes deverão ser assentados sobre a superfície escavada, regularizada e 
devidamente compactada, sobre concreto magro com resistência de fckmin de 11 MPa aos 
28 dias. 
De acordo com BRASIL (2004) devem ser inseridas as fôrmas das paredes da 
câmara de trabalho e inclusive os tubos convergentes ao poço. Logo após deve-se proceder 
a colocação das armaduras e deve ser concretado o fundo na caixa, usando concreto com 
resistência fckmin de 15 MPa aos 28 dias. E ao concluir a concretagem das paredes, deve 
ser realizado o desmolde, seguindo a inserção da laje pré-moldada de cobertura da caixa, 
executada com concreto dosado para resistência característica a compressão mínima fckmin 
de 22 MPa aos 28 dias, tendo esta abertura circular com a dimensão da chaminé. 
Ainda de acordo com BRASIL (2004) a laje de cobertura do poço deverá ser 
moldada in loco sendo executado o cimbramento e o painel de fôrmas e logo depois, tirados 
pela chaminé. Deve ser instalada sobre a laje a chaminé de alvenaria contendo tijolos 
maciços recozidos, rejuntados e revestidos na parte interna com argamassa de cimento e 
areia no traço 1:3, em massa. 
De modo alternativo, a chaminé deve ser feita com anéis de concreto armado, 
conforme os procedimentos mencionados na norma NBR 9794/87. Do lado interno deve 
ser fixada a escada de marinheiro, para que se tenha acesso à câmara de trabalho, tendo 
degraus feitos de aço CA-25 de 16 milímetros de diâmetro, chumbados na alvenaria, 
distanciados em até trinta centímetros. Na parte de cima da chaminé deve ser executada 
uma cinta de concreto, na qual será inserida a laje de redução, pré-moldada, sendo esta 
ajustada para que possa receber o caixilho (aro) do tampão de ferro fundido. Conclui a 
instalação do poço de visita inserindo o tampão devidamente especificado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 METODOLOGIA 
44 
O trabalho buscou primeiramente fazer uma pesquisa bibliográfica para esclarecer 
dúvidas sobre o funcionamento de um sistema de captação de água pluvial urbano e para 
verificar a preocupação dos autores em relação a problemas construtivos observados em 
nossa região. Entre os formatos escolhidos por esses autores estão livros, tese de 
monografias de graduação, mestrado e doutorado, artigos publicados em periódicos, 
revistas ou em sítios virtuais. Uma segunda pesquisa foi realizada a fim de verificar o corpo 
de leis e normas nacionais na qual esses sistemas estão submetidos. 
Também foi realizado um estudo de caso que teve como principal fonte de coleta 
de dados documentos fotográficos e visitas in loco aos aparelhos que de alguma forma 
apresentavam evidencias de problemas de execução. 
Os dados obtidos foram analisados de forma qualitativa. Sendo assim, a análise 
final foi realizada baseada nas informações trazidas pelos autores abordados e as 
evidencias encontradas nos locais de coleta de dados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 ESTUDO DE CASO 
45 
O estudo de caso foi realizado nos setores oeste e sul da cidade do Gama, no 
Distrito Federal. Procurou-se relacionar problemas evidenciados em imagens tiradas em 
momentos de precipitação e posteriormente em estiagem. As imagens foram analisadas e 
vícios identificados nos sistemas de captação de água pluvial da região. Os principais vícios 
estão relacionados à compatibilidade dos projetos de pavimentação e drenagem, 
manutenção das redes e a falta de modernização dos aparelhos de captação. 
As primeiras imagens foram tiradas na Avenida do Contorno SOE, quadra 18. O 
local é um ponto baixo onde acontece o encontro de águas de várias ruas causando o 
aumento demasiado do volume de água na boca coletora. Outro problema é que são 
carreados vários resíduos como terra, pedaçosde madeira, lixos urbanos entre outros tipos 
de materiais que são jogados pela população, causando o entupimento do sistema. 
A imagem abaixo (Figura 4.1) foi obtida no dia 01 de novembro de 2015, por volta 
das 15 horas. É possível verificar que o sistema não consegue captar todo o volume de 
água da superfície viária, indicando a existência de um ou vários problemas no sistema. 
 
 
Figura 4.1 - Encontro das águas na avenida do contorno, SOE quadra 18. 
 
 
No dia 06 de novembro do mesmo ano retornamos ao local que se encontrava seco 
(Figura 4.2) evidenciando alguns dos problemas que diminuíam a eficiência do sistema. A 
captação de águas pluviais nesse local é constituída por bocas de lobo laterais (Figura 4.3), 
que segundo Mascaró, dependem principalmente da declividade da sarjeta que conduziria 
a água para o interior da galeria. No local não há sarjetas para a condução da água até a 
46 
boca de lobo fazendo com que o sistema não consiga levar a água até a entrada lateral, 
diminuindo sua eficiência. 
 
 
Figura 4.2 - Avenida SOE quadra 18 em dia de sol. 
 
 
Pode-se verificar observando a imagem abaixo (Figura 4.3) que há uma obstrução 
dos condutos já que grande parte da boca de lobo está preenchida com resíduos. O 
carreamento desses resíduos é bem comum na região já que ao longo da avenida existem 
vários pontos onde o solo está sem nenhuma cobertura superficial, facilitando o 
desprendimento de partículas que descem com a enxurrada em dias de chuva intensa. 
 
 
Figura 4.3 - Boca de lobo lateral obstruída. 
47 
As bocas de lobo do local não contam com gradeamento nas bocas coletoras, 
facilitando a entrada de resíduos maiores, como pedaços de madeira, vergalhões, sacos 
plásticos etc. Esses materiais, quando acumulados dentro da boca de lobo acabam por 
reter materiais de menores dimensões, esses por sua vez retêm menores ainda até a 
obstrução completa de toda a saída para o conduto de ligação. 
 
 
Figura 4.4 - Boca de lobo danificada. 
 
 
Na imagem acima (Figura 4.4) podemos identificar a diversidade de resíduos que 
existe no interior da boca de lobo. 
Essa imagem nos sugere que esse dispositivo de captação não tenha sido limpo 
nos últimos dias o que caracteriza outra falha do sistema. O gradeamento das bocas 
coletoras, apesar de acrescentar um custo considerável ao sistema, permite com que a 
limpeza das bocas de lobo e caixas de inspeção seja feitas em períodos maiores, com 
menor frequência, diminuindo o custo de limpeza periódica das mesmas. 
Podemos observar também que a falta de limpeza periódica pode diminuir o 
período de manutenção estrutural da boca de lobo. Na última imagem acima (Figura 4.4) 
fica claro o desgaste da parte posterior da boca de lobo pela força da água, que já começa 
carrear o solo em volta de todo o ponto de captação apesar do mesmo apresentar cobertura 
vegetal. Esse carreamento pode danificar a fundação do aparelho causando mais danos. 
Em ponto próximo podemos perceber outra boca de lobo sem a devida manutenção 
de sua estrutura (Figura 4.5), o que também indica a falta de manutenção periódica desses 
aparelhos de captação da região. 
48 
 
 
Figura 4.5 - Boca de lobo sem manutenção. 
 
 
Quando há um dano significativo como o mostrado na imagem anterior o custo de 
manutenção aumenta significativamente, pois toda estrutura do aparelho já foi danificada, 
sendo muitas vezes necessária a substituição de toda a boca de lobo. Além de custos 
podemos observar que nesse caso há um risco a população, pois pedestres podem cair ou 
em dias chuvosos serem dragados pelo dispositivo. Há também o risco a veículos, pois em 
chuva intensa a água esconde a boca de lobo não permitindo com que o motorista tenha 
certeza da parte pavimentada limitadas pelos meios fios. 
Ainda em um ponto próximo, em dia de precipitação, verificam-se bocas de lobo 
laterais que não conseguem dragar todo o volume de água que passa frente a ela (Figura 
4.6). A falta de sarjeta para direcioná-la contribui para tal deficiência, sendo que no local 
também apenas a inclinação da rua é utilizada para direcionar a água. 
49 
 
Figura 4.6 - Falta de sarjeta no auxilio da boca de lobo 
 
 
Podemos observar também que a pavimentação asfáltica foi recapeada de forma 
que diminuiu as dimensões de entrada da boca de lobo (Figura 4.7) fazendo com que não 
seja captado todo o volume de água previsto em projeto. Observa-se que também não 
foram feita as sarjetas ao longo do meio fio. 
 
 
Figura 4.7 - Recapeamento asfáltico 
 
 
Em outro ponto na quadra 01 do setor sul, próximo ao hospital regional do Gama, 
podemos perceber o encontro de várias vias secundárias de cotas superiores ao 
entroncamento. Nesse local podemos perceber que há um volume excessivo de água sobre 
50 
a superfície da via. Essa lâmina d’água provoca entre outros problemas o aumento da 
possibilidade de aquaplanagem, motivo de acidentes. 
Uma solução viável sugerida por Mascaró seria inserção de bocas de lobos verticais 
no piso da via. Esse é um aparelho que conta com uma grade sobre o piso que drena de 
forma vertical e pode ser instalada no meio ou nos encontros dessas vias diminuindo 
significativamente a lâmina de água sobre o pavimento. 
 
 
Figura 4.8 - Encontro de jusantes 
51 
5 CONCLUSÃO 
 
Podemos perceber durante o estudo e análise de caso que já existem tecnologias 
e soluções bastante eficientes no combate dos problemas gerados pelas águas que não 
são infiltradas rapidamente ao solo e geram escoamento nas cidades. Mas os dados 
obtidos pelo estudo de caso indicam que soluções não estão sendo implementadas da 
forma indicada na literatura e que, como previsto pelos autores, dessa forma não é possível 
garantir a eficiência de todo o sistema. 
Verificou-se que os autores tendem a um novo conceito onde a preocupação está 
na absorção de água no solo no local onde ela precipita evitando a condução desse volume 
da água a pontos de deságue. 
Parkinson deixa claro em sua obra a intenção de difusão de aparelhos que 
garantam a drenagem direta na fonte, já que esses garantiriam a diminuição do volume de 
água conduzida. 
Em projetos de novos bairros do Distrito Federal, como o Setor Noroeste, podemos 
perceber a repercussão dessas idéias nos planos de governo. Nesse bairro os poços de 
infiltração já são obrigatórios nos projetos de novas edificações. 
Assim vemos que, apesar das idéias e conhecimentos gerados nas academias 
levarem um período grande para serem aplicados de forma efetiva pelos governos, elas 
acabam por trazer benefícios a sociedade no caso citado, tanto ambiental quanto 
econômico e sociais. Medidas como a infiltração de água pluvial na fonte geram sistemas 
de captação e condução de menores dimensões representando benefícios econômicos, 
além de alimentarem de forma mais eficientes os lençóis freáticos e contribuindo para 
solucionar os problemas de alagamento, que além de trazerem prejuízos financeiros podem 
desencadear epidemias e doenças relacionadas. 
52 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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