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Epidemiologia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Alexandre da Silva Revisão Textual: Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin A Construção do Conhecimento Epidemiológico 5 • Introdução • Breve Histórico • Destaques • Pós II Guerra Mundial • Século XX e Início do Século XXI • Estudos Epidemiológicos – Relevância e Indicações • Aplicação do Conhecimento Epidemiológico na Prática do Profissional de Saúde Nesta unidade você poderá adquirir conhecimentos sobre as bases da Epidemiologia, sua evolução histórica, alguns conceitos e possível aplicabilidade prática na sua área de autação. Para maior aprofundamento desses assuntos, sugerimos a leitura da parte 1 do livro “Epidemiologia – teoria e prática”, do autor Maurício Pereira Gomes (1995) e o capítulo 1 do livro “Epidemiologia e Saúde”, dos autores Maria Zélia Rouquayrol e Naomar de Almeida Filho (versão 2003 ou a última versão que esteja à disposição). Durante a realização desta Unidade, não esqueça: » Verifique as datas para realização da Atividade de Sistematização e não deixe para resolvê-la no último dia. Assim, caso necessite de ajuda do seu professor tutor, haverá tempo hábil para este contato; » Realize a atividade de Reflexão, que é uma produção de um texto; » Participe do Fórum de Discussão. Ele é uma ferramenta importante de interação entre você, seus colegas e professor tutor; » Não se esqueça de passar em Material Complementar, para se aprofundar sobre o assunto discutido. A Construção do Conhecimento Epidemiológico 6 Unidade: A Construção do Conhecimento Epidemiológico Contextualização Ao entrar em contato com o conteúdo desta Unidade, gostaria que percebesse o quanto a Epidemiologia faz parte do nosso cotidiano e como os conhecimentos gerados por seus estudos são usados constantemente por todos nós. Ao final, faça uma reflexão sobre os fatores que contribuíram para a evolução desta área e quais os prováveis caminhos para os próximos anos? Para pensar Abaixo, algumas “inquietações”: » Como o uso das novas tecnologias, como smartphones e computadores poderão comprometer a postura dos adolescentes a médio ou longo prazo? » Seriam os “alimentos fast food” grandes vilões da qualidade da saúde bucal? » Como os alimentos industrializados mudarão os hábitos dos brasileiros? » Seria mesmo a depressão uma das maiores epidemias das próximas décadas? » A maior escolaridade das mulheres é um dos meios de proteção para a não ocorrência da violência contra ela? » 7 Introdução O termo “epidemiologia” vem do grego epi (sobre), demos (povo) e logos (estudo). Logo, epidemiologia trata do estudo das populações. Existem outras definições para a Epidemiologia. Para Mauricio Pereira (1995), epidemiologia “é o ramo das Ciências da Saúde que estuda, em populações, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a Saúde. Já Rouquayrol e Goldbaum (1999) definiram epidemiologia como a ciência que estuda o processo saúde-doença, em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, dos danos à saúde e os eventos associados à saúde coletiva; propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças; fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação de saúde. Em 2003, uma dessas autoras também definiu epidemiologia como o eixo da Saúde Pública que proporciona as bases para a avaliação das médias de profilaxia, fornece pistas para a diagnose de doenças transmissíveis e não-transmissíveis e verifica a consistência de hipóteses de causalidade (Rouquayrol, 2003). Esta área se atualiza constantemente na medida em que as doenças mudam, no decorrer de certo tempo e local. Por muitos séculos, predominaram as doenças infecciosas e contagiosas. E, que nessas últimas décadas, deixaram de ocupar os primeiros lugares para dar lugar às doenças crônicas não transmissíveis e de seus fatores determinantes. Há também o aumento de outras condições que agravam a integridade física das pessoas (como acidentes de trânsito ou de trabalho, homicídios e suicídios), todos inseridos em contextos sociais específicos e dinâmicos e que definem “trajetórias específicas” para o processo de adoecimento. Breve Histórico Grécia A maioria dos autores fundamenta que a epidemiologia nasceu com Hipocrátes, vez que grande parte dos seus escritos sobre as epidemias e sobre a distribuição das enfermidades nos ambientes antecipam o chamado raciocínio epidemiológico. Nessa época, a tensão essencial entre a medicina coletiva e individual, refletia o antagonismo entre as duas filhas do deus Asclépio: Panaceia e Higeia. Panaceia preconizava a medicina curativa, prática terapêutica baseada em intervenções sobre indivíduos doentes, mediante manobras físicas, encantamentos, preces e uso de medicamentos, enquanto Higeia defendia a saúde como resultante da harmonia entre os homens e ambientes, e buscava promovê-la por meio de ações preventivas 8 Unidade: A Construção do Conhecimento Epidemiológico Com Hipócrates, as doenças começaram a ser analisadas a partir de bases racionais, como o produto da relação entre o indivíduo e o meio ambiente. O clima, a maneira de viver, os hábitos de comer e beber passaram a ser considerados ao analisar as doenças. Ele iniciou o estudo de doenças epidêmicas e as variações geográficas das endemias. Ele considerava fundamentais a ética médica e o exame minucioso para o correto diagnóstico e fiel descrição da história natural da doença (Juramento de Hipócrates). Idade Média Durante este período, a prática médica para os “pobres” era exercida pelos religiosos e pelos leigos (boticários), enquanto os barbeiros-cirurgiões já “exerciam” suas profissões. A medicina árabe, sob os princípios de Hipócrates, já demonstrava certo avanço tecnológico e de caráter coletivo, com Avicena e Averroés. Século XVII Esse século foi marcado pelo tratado de John Graunt, que elaborou as tabelas mortuárias em Londres, com dados sobre mortalidade por gênero e região (por exemplo, quantos óbitos ocorriam em relação ao total da população). Ele foi considerado o “pai da demografia e das estatísticas vitais”. Séculos XVIII e XIX Nesse período, a Europa era considerada o centro das ciências. A Revolução Industrial, o deslocamento das populações para as cidades e a ocorrência das epidemias de cólera, febre tifoide e febre amarela preocupava pesquisadores e estudiosos, que se dividiam entre a teoria dos miasmas e a dos germes. Teoria dos Miasmas A má qualidade do ar advindo da decomposição de material orgânico era responsabilizada por algumas doenças (malária = mal + ar). Teoria dos Germes Os microorganismos transmissíveis eram considerados os causadores das doenças (agente etiológico). 9 Destaques Pierre Louis Introduziu o método estatístico na contagem dos eventos, revelou a letalidade da pneumonia, quando ainda era realizado o tratamento por sangria. Louis Villermé Investigou a pobreza, as condições de trabalho e suas repercussões sobre a Saúde. Estudou, ainda, a estreita relação entre situação socioeconômica e mortalidade (saúde dos trabalhadores das indústrias de algodão, lã e seda). Willian Farr Trabalhou durante 40 anos no Escritório Geral de Registros da Inglaterra, com a classificação das doenças e descrição das leis das epidemias (Leis de Farr). Reportou que mais da metade das crianças não chegava à idade de 5 anos. A idade média de óbito nas classes altas era 36 anos, sendo uma média de 22 anos entre os trabalhadores do comércio e 16 anos de idade entre os trabalhadores da indústria. Seus relatórios forneceram subsídios para a reforma sanitária inglesa. John Snow Valendo-se de conhecimentosmédicos e estatísticos, além de sua preocupação social, realizou importante investigação da epidemia de cólera em Londres, elucidando a relação da cólera com o fornecimento de água (contaminada) de certa companhia de abastecimento da cidade inglesa. Com esta investigação, conseguiu produzir conhecimentos úteis para a profilaxia da doença. Louis Pasteur Identificou, em laboratório, os micro-organismos transmissíveis – agente etiológico – como causadores de várias doenças (teoria bacteriológica). Louis Pasteur em seu laboratório - Albert Edelfelt, óleo sobre tela, 1885. 10 Unidade: A Construção do Conhecimento Epidemiológico Pós II Guerra Mundial Durante este período, passaram a ser desenvolvidas as pesquisas voltadas para grupos de indivíduos, na tentativa de maior compreensão da distribuição dos agravos na população. Podemos citar algumas das temáticas estudadas: » Condições de saúde da população (indicadores/inquéritos); » Fatores de risco de doenças não transmissíveis (doenças cardiovasculares); » Fatores de risco de algumas doenças crônicas (câncer de pulmão); » Formulação de novas hipóteses, visto que os agentes microbiológicos e físicos não explicavam totalmente as questões relacionadas à etiologia e prognóstico de algumas doenças; » Necessidade de incorporação de conceitos e procedimentos de outras áreas, como a sociologia e a psicologia, nas pesquisas em saúde. Exemplo O estudo longitudinal norte americano (Framington Heart Study), que contribuiu para a compreensão das causas das doenças coronarianas. Século XX e Início do Século XXI Sabe-se que os fundadores da epidemiologia eram, majoritariamente, médicos. No entanto, a partir do século XX, os clínicos e os epidemiologistas se separaram, com escolas, revistas e oportunidades de emprego distintas. Algumas discussões conceituais sobre a Epidemiologia passaram a existir, durante este período, dividindo-a em duas vertentes: a Epidemiologia Clínica e a Epidemiologia Social. Mais recentemente, a Epidemiologia passou a ser dividida, conceitualmente, em duas vertentes: a Epidemiologia Clínica e a Epidemiologia Social. A Epidemiologia Clínica foi definida por Fletcher et al. (1996) como “a ciência que faz predições sobre pacientes individuais contando eventos clínicos similares e usando métodos científicos sólidos em estudos de grupos de pacientes, para assegurar que as predições sejam corretas. O objetivo da epidemiologia clínica é desenvolver e aplicar métodos de observação clínica que levem a conclusões válidas.” 11 Epidemiologia Clínica » Epidemiologia – o cuidado individual do paciente deve ser visto no contexto da população na qual ele está inserido. » Clínica – procura guiar decisões clínicas, com base nas melhores evidências disponíveis. Exemplos: Medicina Baseada em Evidências (MBE) e Fisioterapia Baseada em Evidências (OBE). Já a Epidemiologia Social contempla os estudos sobre a determinação social da doença, buscando melhorar o atendimento à saúde da população, na tentativa de diminuir desigualdades sociais e prevenir doenças evitáveis. Segundo Antunes e Peres (2006), a epidemiologia das doenças crônicas, gradativamente, fez emergir complexidades envolvendo novos desenhos de estudo e técnicas de análise estatística, dando suporte aos estudos epidemiológicos voltados para os aspectos sociais das populações. Durante os anos 1950 e 1960, intensificaram-se os estudos sobre o processo saúde-doença, segundo a lógica de busca de modelos explicativos multifatoriais. Na América Latina, esta temática passou a fazer parte da atenção dos pesquisadores em saúde coletiva. Como resultado, voltou-se a reconhecer a determinação social no processo saúde-doença em um contexto político caracterizado pelo regime autoritário dos anos 1970. Na última década do século XX, surgiram as discussões em torno da epidemiologia a serviço de mudanças sociais, orientadas para o reconhecimento das reais necessidades das classes oprimidas, lançando as bases conceituais da epidemiologia social moderna dentro de alguns postulados básicos, que são encontrados principalmente no campo da Sociologia. Contemporaneamente, três teorias epidemiológicas são argumentadas: a teoria psicossocial, a teoria da produção social das doenças e/ou economia política de saúde e a teoria ecossocial. Todas buscam explicar as desigualdades sociais – iniquidades em saúde – e representam o atual entendimento sobre a distribuição das doenças, que não podem ser reduzidas a mecanismos de causalidade. Diferem, basicamente, no modo como integram os aspectos sociais e biológicos, na compreensão do processo saúde-doença e em suas respectivas recomendações para as ações coletivas. De acordo com a abordagem ecossocial, as iniquidades em saúde constituem o problema definidor da disciplina de epidemiologia, requer situar o contexto social gerador de comportamentos em saúde, de forma que as pessoas possam ser compreendidas em suas determinações mais abrangentes, a partir de intervenções que, muitas vezes, exigem ações mais amplas, como o direcionamento dos recursos públicos para saneamento básico, moradia e educação. Portanto, os epidemiologistas não se preocupam apenas com a incapacidade (que é a dificuldade para se fazer algo), a doença ou a morte, mas também com os indicadores positivos de saúde e as estratégias para a sua promoção. Veja este vídeo da Universidade Aberta do Sul: https://youtu.be/BwQ2AhPC-ek 12 Unidade: A Construção do Conhecimento Epidemiológico Estudos Epidemiológicos – Relevância e Indicações Os estudos epidemiológicos são formas de investigações das condições de saúde ou de doenças das populações. Podem ser realizados para aspectos clínicos (como a preocupação por um aspecto particular de uma doença), laboratorial (como a análise de um componente sanguíneo), social (como um estilo de vida salutar), sustentando conhecimentos necessários para os programas de saúde e tomadas de decisão nas diversas especialidades. Podemos citar como exemplo o estudo que testou a eficácia da vacina Salk contra a poliomielite, a elucidação causal da relação entre tabagismo e câncer de pulmão, as investigações iniciais sobre as formas de transmissão da AIDS e, mais recentemente, o empenho dos epidemiologistas com relação à Gripe A H1N1. Algumas indicações para o planejamento de estudos epidemiológicos: » Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas; » Identificar fatores etiológicos das enfermidades; » Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de promoção da saúde, prevenção, controle e tratamento das doenças; » Descrever ou analisar as características de um grupo ou de uma população (gênero/ sexo, idade, estatura, peso, etnia, renda etc.); » Investigar a morbidade e/ou mortalidade de certa doença em determinada população e realizar comparações entre grupos populacionais; » Identificar a evolução de doenças durante um período de tempo numa população; » Avaliar programas e campanhas (vacinas, pré-natal etc.); » Investigar o impacto de uma medicação sobre uma doença ou agravo e seus efeitos colaterais; » Avaliar exames diagnósticos destinados a determinados grupos populacionais; » Identificar comportamentos ou fatores de impacto sobre a saúde de uma população; » Avaliar o funcionamento e a satisfação gerados por um serviço ou programa implementados; » Conhecer e analisar as opiniões e o entendimento que uma população tem a respeito de uma doença, tratamento, intervenção ou serviço. 13 Aplicação do Conhecimento Epidemiológico na Prática do Profissional de Saúde A aplicação desses conhecimentos pode ser em diversos segmentos como o clínico, isto é, na rotina dos atendimentos dos Profissionais de Saúde, social,quando se discutem intervenções para a redução de fatores de risco para um determinado segmento ou acadêmico, quando o profissional ensina ou utiliza as ferramentas epidemiológicas para a geração de mais conhecimento. No mundo todo, já se reconhece a qualidade dos profissionais envolvidos em pesquisas, bem como a qualidade destas e das tomadas de decisões e implantações de serviços de saúde ou sociais decorrentes dos achados científicos obtidos em estudos epidemiológicos (ler a página do Boletim de Saúde que apresenta o Programa “Acompanhante de Idosos”, disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/instituto-de-saude/homepage/bis/pdfs/bis_n47.pdf. Além disso, este conhecimento ajuda a construção de equipes interprofissionais ao padronizar terminologias ou por apresentar ferramentas de trabalho ou para demonstrar a efetividade de intervenções. Perspectivas Futuras Acredito que já estamos no momento no qual parte dos resultados são investigados cientificamente como deveriam ser e para uma situação na qual a preocupação com a cientificidade já existe desde a graduação. O crescimento de revistas nacionais de alta credibilidade e o maior número de Profissionais da Saúde, sejam graduados ou pós-graduados, propiciam um momento de “reforço do papel” deste profissional da epidemiologia. Além disso, vale destacar o quanto o avanço das tecnologias de saúde proporcionaram maior longevidade e, ao mesmo tempo, mais anos convivendo com incapacidades, demanda novos serviços e novas discussões sobre o custo-efetividade destes. 14 Unidade: A Construção do Conhecimento Epidemiológico Material Complementar Sites: Algumas dificuldades da pesquisa e da prática na área da deficiência estão relacionadas à imprecisão dos conceitos, que acarretam problemas na aplicação e na utilização do conhecimento produzido em diversos países. São discutidos os conceitos de deficiência, incapacidade e desvantagem, tomando como ponto de partida o documento do Secretariado Nacional de Reabilitação da Organização Mundial da Saúde e fazendo uma análise de publicações recentes sobre esse tema. AMIRALIAN, Maria L. T. et al . Conceituando deficiência. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.34, n.1, Feb. 2000. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102000000100017&lng=en&nrm=iso. O artigo analisa a importância da ideia de constituição epidêmica, identificada pela presença recorrente do pensamento hipocrático na história da epidemiologia. Em termos gerais, constituição relaciona epidemias a circunstâncias geográfico-atmosféricas. O que se destaca é a concepção do fenômeno epidêmico como desequilíbrio da harmonia da natureza, como totalidade e ultrapassando a dimensão geográfica. CZERESNIA, Dina. Constituição epidêmica: velho e novo nas teorias e práticas da epidemiologia. Hist. cienc. saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro , v.8, n.2, ago. 2001 - Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702001000300003&lng=pt&nrm=iso Este artigo trata das doenças emergentes e re-emergentes, apresentando seu conceito, as principais ocorrências nos últimos 25 anos e os determinantes dessas ocorrências. Trata, também, da epidemiologia descritiva e sua utilização na investigação desses problemas de saúde apontando a importância de sua recuperação pelos epidemiologistas. BARATA, Rita de Cássia Barradas. O desafio das doenças emergentes e a revalorização da epidemiologia descritiva. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.31, n.5, out.1997. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101997000600015&lng=pt&nrm=iso Apesar do impulso permanente que os epidemiologistas habitualmente têm de fazer previsões e predições a partir de suas observações, tais procedimentos mostram-se sempre arriscados na medida em que a estrutura de determinantes e a configuração dos processos de gênese das integrais saúde-doença-cuidado são extremamente variáveis e rapidamente modificáveis. Assim sendo, a tarefa de abordar as perspectivas para a epidemiologia brasileira no próximo século parece comportar riscos. BARATA, Rita Barradas. Epidemiologia no século XXI: perspectivas para o Brasil. Rev. bras. epidemiol, São Paulo , v.2, n. 1-2, ago. 1999 - Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X1999000100002&lng=pt&nrm=iso 15 Livros: FLETCHER RH, Fletcher SW, Wagner EH. Epidemiologia clínica: elementos essenciais. 3a ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. Pereira, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995. ROUQUAYROL, M. Z., GOLDBAUM M. Epidemiologia, história natural e prevenção das doenças. In: ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e Saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999. ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e Saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999. 16 Unidade: A Construção do Conhecimento Epidemiológico Referências ALMEIDA FILHO, N. D. O conceito de saúde: o ponto-cego da epidemiologia. Rev Bras Epidemiol. 2000;3(1):4–20. AMIRALIAN, M. L. T.; PINTO, E. B.; GHIRARDI, M. I. G. et al. Conceituando deficiência. Rev Saude Pública. 2000; 34(1): 97-103. BARATA R. B. Epidemiologia no século XXI : perspectivas para o Brasil. Rev Bras Epidemiol. 1999;2(1/2):6–18. BARATA R. de C. B. O desafio das doenças emergentes e a revalorização da epidemiologia descritiva. Rev Saude Publica. 1997;31(5):531–537. BARATA, R. B. Epidemiologia e saber científico. Rev Bras Epidemiol. 1998;1(a):14–27. doi:10.1590/S1415-790X1998000100003. CZERESNIA, D. Constituição epidêmica: velho e novo nas teorias e práticas da epidemiologia. História, Ciênciais, Saude - Manguinhos. 2001;VIII(2): 341-356. ________. Do contágio à transmissão: uma mudança na estrutura perceptiva de apreensão da epidemia. História, Ciênciais, Saude - Manguinhos. 1997;IV(1): 75-94. DI NUBILA H. B. V.; BUCHALLA, C. M. O papel das Classificações da OMS - CID e CIF nas definições de deficiência e incapacidade. Rev Bras Epidemiol. 2008;11(2):324–335. doi:10.1590/S1415-790X2008000200014. FLETCHER R. H., FLETCHER S. W., WAGNER, E. H. Epidemiologia clínica: elementos essenciais. 3.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. PEREIRA M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995. ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e Saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999. ROUQUAYROL, M. Z; GOLDBAUM M. Epidemiologia, história natural e prevenção das doenças. In: ROUQUAYROL M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e Saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999. 17 Anotações
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