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Recurso-Ordinário-concessão-de-pensão-por-morte

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AO
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL GUARULHOS
REF.: PENSÃO POR MORTE
NB. 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, brasileira naturalizada, do lar, nascida em xxxxxxxxxxxxxx, portadora do RG xxxxxxxxxxxxxx SSP/SP e inscrita no CPF sob o nº xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, residente e domiciliada xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx – São Paulo – CEP xxxxxxxxxxxxxxxxx - SP, vem respeitosamente perante esta autarquia, por intermédio de seu procurador e advogado que esta subscreve, com arrimo nos artigos 56 e 58 da Lei Federal 9.784/99, c.c. com artigo 305 do Decreto 3.048/99, 537 da IN 77/2015 e art. 5º do RICRSS, portaria 116/2017, apresentar o presente:
RECURSO ORDINÁRIO
Pelos motivos de fatos e direitos a seguir, que, não havendo a retratação, nos termos do §1º do art. 56 da Lei 9.784/99, após os trâmites legais seja o mesmo encaminhado para a E. Junta de Recursos.
DO PRAZO PARA CONTRARRZAÕES E JULGAMENTO DO RECURSO
Nos termos do § 1º do artigo 305 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3.048/99, o prazo para o INSS apresentar contrarrazões ao Recurso interposto é de 30 (trinta) dias, contados da data da interposição.
Ademais, conforme preceitua o § 1º do artigo 59 da Lei 9.784/99, que regulamenta o Processo Administrativo Federal, o prazo o órgão julgador decidir o mérito do Recurso é de 30 (trinta) dias, contados a partir do recebimento dos autos.
Assim sendo, em obediência ao princípio constitucional da Legalidade Estrita, segundo o qual a Administração Pública está estritamente vinculada aos termos legais, o Recorrente requer observância aos prazo legais, tanto para oferecimento das contrarrazões, bem como para julgamento do mérito recursal. 
DOS FATOS
O Recorrente, em xxxxxxxxxxxxxx, requereu perante a Autarquia Previdenciária, a concessão do benefício de pensão por morte, por ser dependente de 1ª classe do instituidor do benefício xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, tendo em vista que eram casados, sob o regime da comunhão universal de bens. 
O requerimento restou assim consignado: NB xxxxxxxxxxxxxxx – DER xxxxxxxxxxxx.
A Recorrente e o de cujus, conforme se comprova da inclusa certidão consular anexada, contraíram núpcias aos dias 13 de julho do ano de 1955, em Istambul, na Turquia.
O pleito da Recorrente, foi indeferido sob o fundamento da falta de qualidade de dependente do segurado.
A Recorrente, é dependente de primeira classe, eis que era casada com o segurado falecido, xxxxxxxxxxxxxxxx, assim sendo, o indeferimento do benefício foi indevido, como se verá mais adiante.
DO MÉRITO
Dispõe o artigo 201 da Constituição Federal de 1.988, in verbis:
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:     (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)       (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;  
A Norma Constitucional, transcreve que a Previdência Social, cobrirá entre outros benefícios, o evento morte.
O benefício de pensão por morte previdenciária é previsto no artigo 74 da Lei de Benefícios 8.213/91, veja-se:
A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a conta da data: (I) – do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste; (II) – do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior; (III) – da decisão judicial, no caso de morte presumida.
 
No mesmo sentido, arranja o artigo 105 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3.048/99:
A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a conta da data: (I) – do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste; (II) – do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior; (III) – da decisão judicial, no caso de morte presumida.
Veja, tanto a Lei de Benefícios 8.213/91, bem como o Decreto 3.048/99, transcrevem que a pensão por morte será devida ao conjunto dependentes do segurado falecido.
A questão é: quem são os dependentes, detentores de direito próprio subjetivo, a fim de gozar o benefício previdenciário de pensão por morte?
 Com efeito, para a Lei 8.213/91, os dependentes são:
Art. 16 da Lei 8.213/91
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;   (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)
(...)
Portanto, pela simples leitura do dispositivo legal, o cônjuge é dependente de primeira classe do segurado, logo faz jus ao benefício previdenciário de pensão por morte.
In casu, a Recorrente e o de cujus, já exposto, contraíram matrimonio na Cidade de Istambul, na Turquia, eis que ambos tem naturalidade Siria, sendo a Recorrente naturalizada brasileira.
Por essa simples razão, a Recorrente, quando do requerimento, não apresentou a certidão de casamento, pelo fato não existir nenhuma certidão de casamento, confeccionada no Brasil, porquanto que o matrimonio ocorreu em outro país.
E, portanto, o indeferimento do benefício foi indevido, haja vista ser a Recorrente dependente de 1º classe.
Destarte, a fim de evitarmos maiores transtorno para à Recorrente, a qual dependia de seu falecido marido para sobreviver, além da idade avança, junta-se nesta oportunidade, documentos necessários comprovando a qualidade de dependente, contudo, sem necessidade, eis que é dependente de 1º classe:
Colaciona-se os seguintes documentos:
Cópia Autenticada da Certidão Consular, expedida em 04 de dezembro de 1958, pela Secretaria de Estado das Relações Exteriores, onde consta que a Recorrente e o instituidor do benefício eram casados;
 Cópia da certidão de óbito, declarada autentica, onde consta a informação de que o de cujus era casado com a Recorrente;
Cópia da certidão de casamento, declarada autentica, do filho havido em comum entre a Recorrente e o de cujus;
Cópia Autenticada da escritura de venda e compra de imóvel, qualificando o de cujus e a Recorrente como casado pelo regime de comunhão universal de bens;
Cópia da Declaração de Imposto de Renda do de cujus, declarada autentica, onde este declara a Recorrente como única dependente;
 Cópia autenticada do comprovante de endereço, onde a Recorrente e o de cujus conviveram por mais de 30 anos.
Destarte, a Recorrente, pelos documentos anexados ao processo administrativo, corroborados pelos documentos ora anexados, comprova a qualidade de dependente de primeira classe, eis que era casada com o instituidor da pensão por morte.
Outrossim, o que se admite apenas por argumentar, não sendo esse o entendimento de Vossa Senhoria, a Recorrente, tem direito à pensão por morte, haja vista preencher todos os requisitos necessários para ser considerada como companheira do de cujus, mormente pelo fato da convivência, estável, pública e duradoura por mais de 59 (cinquenta e nove) anos, como faz prova a vasta documentação apresentada. 
Assim sendo, não há razão plausível para o indeferimento do pleito da Recorrente e por tudo que já foi exposto, a Recorrente tem direito ao benefício requerido e sua negativa é ato manifestamente ilegal, senão vejamos:
Dispõe o artigo 687 da IN 77/2015, verbis:
O INSS deve conceder o melhor benefício que o segurado fizer jus, cabendo ao servidor orientar nesse sentido
No mesmo sentido é o Enunciado de nº 05, veja-se:
"A Previdência Social deve conceder o melhor benefício a que o segurado fizer jus,
cabendo ao servidor orientá-lo nesse sentido.”
Ainda, a Instrução Normativa número 45/2010, nos incisos VI e VII do artigo 659 determina que: 
Art. 659. Nos processos administrativos previdenciários serão observados, entre outros, os seguintes preceitos:
VI - condução do processo administrativo com a finalidade de resguardar os direitos subjetivos dos segurados, dependentes e demais interessados da Previdência Social, esclarecendo-se os requisitos necessários ao benefício ou serviço mais vantajoso;
VII - o dever de prestar ao interessado, em todas as fases do processo, os esclarecimentos necessários para o exercício dos seus direitos, tais como documentação indispensável ao requerimento administrativo, prazos para a prática de atos, abrangência e limite dos recursos, não sendo necessária, para tanto, a intermediação de terceiros;
Portanto, não poderia o INSS negar o benefício para à Recorrente, sem ao menos, se utilizar de todos os expedientes para resguardar-lhe seu direito, a final, é dever da administração pública, proteger e socorrer os administrados. 
DO PEDIDO
Diante de todo o acima exposto, a Recorrente vem à presença de Vossa Senhoria, requerer a vossa retração, nos termos do § 1º do artigo 56 da Lei 9.784/99, a fim de reconsiderar a decisão ora impugnada, concedendo o benefício de pensão por morte, devendo os efeitos financeiros da retratação retroagir até a DER. Todavia, caso não esse o entendimento de Vossa Senhoria, que, após as contrarrazões, seja o presente Recurso encaminhado à c. Junta Recursal.
A Junta Recursal, a Recorrente requer o provimento do Recurso Ordinário, ora interposto, com fito de reformar integralmente a decisão do INSS, reconhecendo o direito da Recorrente ao benefício de pensão por morte, eis que preenchido os pressupostos legais, bem como seja deflagrado o processo administrativo disciplinar em face do servidor que negou vigência aos ditames da Lei Federal 9.784/99, pelo fato de ter praticado ato ilegal, uma vez que é dever do INSS conceder o melhor benefício que o segurado fizer jus, cabendo o servidor orientar nesse sentido. 
Que em caso de descumprimento do prazo para resposta deste Requerimento Administrativo pela Autarquia-Previdenciária, seja procedida a abertura de Sindicância para a apuração da responsabilidade pela mora administrativa; e
No caso da analise previa no ato do recebimento deste recurso a ser recepcionado pela APS Guarulhos, não entenda a devida reforma no ato administrativo, requer à JUNTA DE RECURSOS quando do julgamento deste a SUSTENTAÇÃO ORAL do mesmo.
De acordo com os artigos 27 e 28 da portaria MDSA 116 de 2017, as intimações deverão ser realizadas em nome do Dr. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, OAB/SP xxxxxxxxxxxx, o qual realizará a sustentação oral, sob pena de nulidade.
Nesses termos,
pede o devido deferimento.
São Paulo, 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxx
OAB/SP xxxxxxxxxxxxxx

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