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CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE

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CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE: 
CONCEITO: Trata-se da verificação de compatibilidade entre as normas infraconstitucionais diante do bloco de constitucionalidade (corpo da CF, ADCT e os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos, desde que aprovados por 3/5 em dois turnos nas duas casas do Congresso Nacional). O controle concentrado surge com a constituição austríaca de 1920, através da obra de Hans Kelsen, que prevê a teoria da supremacia nacional diante das demais normas. 
Ação direta de constitucionalidade (ADI ou ADIN - art 102°, I, a, CF): O objeto da ADIN é Lei ou Ato Normativo Federal , Distrital ou Estadual , desde que editado após a CF/88. Não caberá nunca ADIN contra Lei Municipal. 
OBJETO: Cabe o STF julgar ADI desde que tenha por objeto lei ou ato normativo federal... como está abaixo. 
Conforme previsto pelo art 102, I, a, CF, caberá ADIN para discutir/verificar a constitucionalidade de Lei ou Ato Normativo Federal, Estadual ou Distrital, no exercício de sua competência Estadual, desde que editado após a CF/88. 
As espécies legislativas previstas pelo art. 59, CF, podem ser objeto de controle de Constitucionalidade através da ADIN. Importante observar que a própria emenda constitucional pode ser objeto de discussão. Contudo, para o STF, norma originária da CF não pode sofrer controle de Constitucionalidade (se houver conflito entre normas originárias, a resolução deve ser dada pela hermenêutica constitucional). Ainda, segundo o STF, súmulas e súmulas vinculantes não podem ser objeto de ADIN, na medida em que possuem processo de criação, atualização e extinção específico. Medida provisória pode ser por ADIN por que tem força de lei. PEC pode ser por ADIN tanto para verificar tanto para a compatibilidade formal ou material. 
* OBS: Cabe ADIN contra Lei Distrital (DF) desde que a Lei tenha competência Estadual. 
A Lei anterior à Constituição quando recepcionada pela própria Constituição, ou seja, compatível com a Constituição, essa Lei continuará vigente. E o STF entende que cabe ADIN quando Lei posterior à Constituição não tiver sido recepcionada por ela a ferir. 
PARÂMETROS: O Ministro Celso de Mello chamou de bloco de Constitucionalidade as normas utilizadas como parâmetro para controle de Constitucionalidade, quais sejam: CF, ADCT, TIDH (desde que aprovados por 3/5, em 2 turnos, nas 2 casas do CN). 
BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE 
● CF (apenas o corpo), porque o preâmbulo não é parâmetro. 
● ADCT (somente normas em plena vigência) 
● TIDH (com quórum especial: aprovado por 3⁄5, 2 turnos, 2 casas do CN) 
* OBS: O ADCT possui normas em vigor (Ex.: arts. 68 e 78, CF) e outras normas com eficácia exaurida (Ex.: art. 2°, CF); somente aquelas em plena vigência podem ser utilizadas como parâmetro para controle de Constitucionalidade. 
LEGITIMADOS ou Legitimidade (art. 103, CF): 
● 4 Pessoas: 
Presidente da República
Procurador Geral da República
Governador do DF
Governador Estado 
● 4 Mesas: 
Mesa da Câmara dos Deputados
Mesa do Senado Federal
Mesa da Câmara Legislativa do DF
Mesa da Assembleia Legislativa 
● 4 Entidades: 
Confederação Sindical
Entidade de Classe de Âmbito Nacional
Conselho Federal da OAB
Partido Político com Representação no Congresso Nacional 
1. OBS: Ao partido político basta comprovar 1 representante em qualquer uma das casas do Congresso Nacional para que o partido político seja um legitimado para propor a ação. 
2. OBS: O legitimado precisa demonstrar legitimidade no momento da propositura da ação e não no andamento da ADIN. 
3. OBS: Mesa do Congresso Nacional NÃO pode propor ADIN, somente a mesa da Câmara e a mesa do Senado podem. 
PERTINÊNCIA TEMÁTICA: 
● Legitimação UNIVERSAL: 
PROPOR ADIN A QUALQUER. 
Pres. República,
Mesa do Senado Federal, 
Mesa da Câmara dos Deputados, 
Procurador Geral da República, Conselho Federal da OAB, 
Partido Político com Representação no Congresso Nacional. 
● Legitimação ESPECIAL: 
Mesa da Assembleia Legislativa, 
Mesa da Câmara Legislativa do DF, 
Governador do Estado, 
Governador do DF, 
Confederação Sindical, 
Entidade de Classes em Âmbito Nacional. 
* OBS: O Legitimado Especial deve comprovar pertinência, ligação, interesse com o tema a ser discutido na ADIN. Essa comprovação deve ser feita na própria Inicial em tópico preliminar. Tal exigência não é aplicada aos Legitimados Universais. 
Ação declaratória de constitucionalidade (ADC art. 102, I, a, CF) 
Ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF art 102, $2°, CF) 
Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADIN por omissão art. 103, $2°, CF) 
Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (ADIN interventiva art. 36, III, CF) 
ADIN 
● Objeto : Lei / Ato Normativo (Federal / Estadual / Distrital) -> Editado atos a CF/88. 
● PGR e AGU : O art. 103, $1, CF prevê que o PGR deve ser ouvido em todos os processos que tramitam no STF. Ao se manifestar ele não estará vinculado à nenhuma tese prévia, ou seja, pode se manifestar tanto de forma favorável quanto desfavorável o texto impugnado. Já o AGU, segundo o art. 103, $3, CF, deverá ser citado para defender a lei ou o ato normativo. 
* OBS: Para o STF há duas hipóteses em que o AGU não precisará defender o ato normativo, quais sejam: Autoria da ADIN pelo Presidente da República e nos casos em que a lei ferir interesse da união. 
● Amicus Curiae (amigos da corte) (art. 7, $2, Lei 9.868/99): Previsto pelo artigo mencionado, é a figura que, ao demonstrar sua representatividade na matéria, poderá ser admitida no processo, por decisão do relator para auxiliar o julgamento dos Ministros, seja através de manifestação favorável à norma, ou contrária. Este parágrafo prevê que, no caso de admissão do amicus curiae, não caberá recurso, logo, segundo a doutrina, à contrario sensu, caberá agravo para a turma, ou embargo de declaração, no caso de sua inadmissão. 
● Efeitos da Decisão: A decisão no controle concentrado de constitucionalidade possui efeitos erga omnes e, em regra, ex tunc . Importante observar que o Plenário do STF não fica vinculado à essa decisão; isso ocorre para evitar a fossilização/petrificação/imutabilidade da Constituição. Ainda, o Poder Legislativo, na sua função típica de legislar, também não fica vinculado à decisão do STF. Assim, poderá o CN editar lei ou ato normativo que contrarie a decisão do STF no controle concentrado. Todavia, se o CN editar lei, deverá demonstrar que houve mudança no substrato fático que embasou o julgamento do STF; já se houver edição de emenda constitucional, a mesma terá presunção de constitucionalidade, só podendo ser declarada inconstitucional por violação ao art. 60, $4, CF. 
● Modulação dos Efeitos (art. 27, Lei 9.868/99): O artigo mencionado prevê que o STF poderá, por segurança jurídica ou excepcional interesse social modular os efeitos temporais ao conceder à decisão efeitos ex nunc ou pro futuro, desde que pela maioria qualificada de 2/3 de seus membros (8 Ministros). 
● O principio da PARCELARIDADE - rege o controle difuso. Isso significa que o Supremo Tribunal Federal pode julgar parcialmente procedente o pedido de declaração de inconstitucionalidade, expurgando do texto legal apenas uma palavra, uma expressão, do mesmo modo que ocorre com o veto presidencial. 
O STF poderá julgar parcialmente procedente o pedido de declaração de inconstitucionalidade, retirando do texto apenas parte, ou expressão, ou palavra. 
* OBS: Essa mesma regra NÃO se aplica ao Presidente da República no veto ao projeto de lei. 
ADPF - ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 
● Art. 102, $1, CF c/c Lei 9.868/99 
Segundo o Prof. Uadi Lamego Bullos, qualificam-se com preceitos fundamentais os grandes preceitos que informam o sistema constitucional, sendo considerados comandos basilares e estruturais da sociedade. 
EX: art. 34, VII, CF; direito à vida - ADPF 54; proteção ao meio ambiente - ADPF 101; liberdade de expressão - ADPF 130. 
● Objeto: Evitar ou reparar lesão à preceito fundamental gerado deAto do Poder Público Federal, Estadual, Municipal e Distrital, observado o Princípio da Subsidiariedade. 
Ato do Poder Público (Federal / Estadual / Municipal / Distrital) -> Subsidiariedade. 
● Legitimados: Os mesmos da ADIN. 
● Efeitos: Os mesmos da ADIN. 
● AGU e PGR: Devem ser intimados. 
Cabe Modulação dos Efeitos da Decisão 
* OBS: Ato do Poder Público: Este conceito é mais amplo que lei ou ato normativo, assim, mesmo Atos do Poder Público sem densidade normativa (ato administrativo e sentença judicial) podem ser discutidos no âmbito da ADPF. 
ADC - AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
● Art. 102, I, a, CF c/c Lei 9.868/99 
Prevista pelo artigo mencionado e pela Lei 9.869/99 tem, por objeto, confirmar a constitucionalidade de lei ou ato normativo Federal, editado após a CF/88, desde que comprovada controvérsia em sua aplicação. 
● Objeto: Lei / Ato Normativo (Federal) -> Após a CF/88. 
● Legitimados: Os mesmos da ADIN. 
● Efeitos: Os mesmos da ADIN. 
* OBS: Há a possibilidade de amicus curiae também. 
Resumo: Controle concentrado: Legalidade de leis ou atos normativos é questionada em 1.040 ações no STF 
Tramitam atualmente no Supremo Tribunal Federal (STF) 1.040 ações que fazem o chamado “controle concentrado” de constitucionalidade – quando se contesta diretamente a legalidade de uma determinada lei ou ato normativo. Dados fornecidos pela Assessoria de Gestão Estratégica do STF dão conta de que a Ação Direta de Inconstitucionalidade é o instrumento mais utilizado nesses questionamentos, com 976 pedidos em curso na Corte. 
Para realizar o “controle concentrado” de constitucionalidade, há quatro tipos de instrumentos jurídicos que podem ser apresentados no STF: as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs), as Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs), as Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) e as Ações Diretas de Inconstitucionalidade por Omissão (ADOs). 
Diferentemente do controle concentrado, o “controle difuso” ocorre quando as inconstitucionalidades de normas são questionadas indiretamente, por meio da análise de situações concretas. Qualquer magistrado pode fazer esse tipo de controle ao analisar um caso. No Brasil, os dois sistemas são adotados, o que é considerado um sistema misto, híbrido. 
As leis que regulamentam ADC e ADI (Lei 9868/99), assim como ADPF (Lei 9882/99), completam, em 2009, 10 anos de vigência. 
ADIs 
Dos 1.040 processos em tramitação na Corte, 976 são ADIs, que têm por finalidade declarar que uma lei ou parte dela é inconstitucional. Até abril deste ano, foram distribuídas no Supremo 4.230 ADIs. Dessas, 2.797 contam com decisão final. 
A maior parte delas – 1.769 (41,8%) – não chegou sequer a ser “conhecida”, ou seja, efetivamente julgada. Nesses casos, os pedidos são arquivados. Do total que chegou a ter o pedido de mérito analisado, 686 (16,2%) foram consideradas procedentes, resultando na declaração de inconstitucionalidade de alguma norma legal. 
Uma parte pequena dessas ADIs foi julgada procedente em parte – ao todo foram 173 (4,1%). Outras 169 ações, 4% do total com decisão final, foram julgadas improcedentes. 
Os governadores lideram o ranking de autoridades que mais ajuízam pedidos de ADIs no Supremo. Até abril deste ano foram 1.061 (25,1%). Depois deles estão as confederações sindicais ou entidades de classe, com 928 pedidos (21,9%), seguidas do procurador-geral da República, com 903 (21,3%) ações. A relação dos legitimados a ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade está no artigo 103 da Constituição Federal. 
ADPFs 
As Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) são a segunda categoria de instrumento jurídico mais ajuizado no Supremo para fazer o “controle concentrado” de uma determinada norma ou ato normativo. As ADPFs servem para evitar ou reparar uma violação de algum preceito fundamental da Constituição Federal. 
Até abril deste ano chegaram à Corte 166 ADPFs. Dessas, 101 já contam com decisão final. Três foram julgadas procedentes, uma foi julgada improcedente e a maioria, 97 (58,4%), não foi conhecida. Outras 54 (32,5%) ainda aguardam julgamento de mérito. 
Entre as autoridades autorizadas para apresentar ADPFs no Supremo, as confederações sindicais e entidades de classe de âmbito nacional são as que mais o fazem. Até abril, elas foram responsáveis por 49 (29,5%) do total de ADPFs apresentadas à Corte. 
ADCs 
Das 22 Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) ajuizadas no Supremo até o momento, somente quatro aguardam julgamento de mérito. As ADCs têm por finalidade confirmar a constitucionalidade de uma lei federal e garantir que essa constitucionalidade não seja questionada em outras ações. 
Das 13 ADCs com decisão final, a maioria, 7 (31,8%), não foi conhecida; cinco (22,7%) foram julgadas procedentes e uma foi julgada procedente em parte. 
Novamente as confederações sindicais e entidades de classe de âmbito nacional lideram o ajuizamento de ADCs. Até abril deste ano, foram 7 (31,8%). Depois delas, está o presidente da República, com cinco pedidos (22,7%), e governadores de estado, com quatro (18,2%). 
ADOs 
A Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) é uma classe processual criada ano passado para abranger pedidos em que se aponta omissão na criação de norma para tornar efetiva uma regra constitucional. 
Segundo o parágrafo 2o do artigo 103 da Constituição, uma vez "declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias". 
Desde que a nova classe foi criada, foram ajuizadas no Supremo 7 pedidos de ADOs. Quatro são de confederações sindicais e entidades de classe de âmbito nacional; duas são de partidos políticos e uma é de governador de estado. Todas aguardam julgamento pelo STF.

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